Sexta-Feira, 16 de Setembro de 2016
IPC-S mostra queda. O indicador apresentou variação de 0,27% na segunda semana (queda de 0,07 p.p. frente à
última divulgação). Cinco das oito classes des despesas que compõe o índice apresentaram redução, com expressiva queda do grupo Alimentação (queda de 0,76% para 0,44%). Os itens com maior contribuição foram mamão papaya e tomate, enquanto batata inglesa e leite tipo longa vida apresentaram as maiores quedas em termos de variações percentuais ao mês. A queda deste grupo é um ponto importante que se confirma, e norteia boa parte das expectativas com relação aos índices de preços, sobretudo no período agosto-novembro. Além do esperado "melhor comportamento" de alimentos, a expectativa para 2017 é de menores choques de preços administrados, sustentando a redução da SELIC.
"El patrón" do mensalão/petrolão e apoio de "centrão" a Temer podem pavimentar melhora de ambiente para o governo. Ainda que a oposição levante divergências com relação à apresentação de provas envolvendo a
Indicadores norte americanos devem mexer com expectativas. Muito mais por conta da proximidade da reunião
do FOMC (dias 20 e 21 de setembro) do que propriamente por surpresas com relação aos números a serem divulgados. Entre os anúncios, destacamos a inflação (CPI), que deve apresentar algum avanço, mas ainda longe da "meta" de 2% estabelecida pela autoridade monetária. Outros dados importantes são a confiança do consumidor, sobretudo em razão da representatividade do consumo na formação do PIB dos EUA, que deve apresentar melhora, e o indicador de perfuração de poços de petróleo que certamente mexerá com as cotações do barril. Fato é que, na medida em que nos aproximamos do dia 21, as especulações crescerão trazendo volatilidade para os mercados. Continuamos a entender que aumento de juros deve ocorrer somente a partir de
dezembro, e olhe lá.
Custo Unitário do Trabalho da Zona do Euro avança 1% no 2°trim/16, na comparação anual. Assim como
divulgado hoje pela manhã pela agência oficial de estatísticas da Zona do Euro, a Eurostat, o indicador que mede o custo unitário do trabalho no bloco apresentou variação de 1% frente ao mesmo período de 2015. Quando o escopo se torna a União Europeia (com seus 28 membros) a variação sobre os mesmos períodos de análise foi de 1,4%, com destaque para a pressão de custos nos membros "periféricos" como a Romênia (12%) e Bulgária (7,3%), e para a queda nos custos apresentados na Finlândia (-2%) e Itália (-1%).
pregão altista na véspera, com dados mais fracos dos EUA ajudando a diminuir as chances de uma alta de juros tão cedo por lá. Na Ásia, as Bolsas reagem com "delay" a essa expectativa e fecharam no campo positivo, com
exceção de Shanghai.
JCP da OdontoPrev (ODPV3). O conselho de administração da companhia aprovou a distribuição do montante de
R$ 11,3 milhões, correspondentes a R$ 0,021356434 bruto por ação. Os acionistas posicionados ao fim do pregão de 20/09/2016 terão direito aos proventos, as ações ficam ex-JCP a partir do dia 21/09/2016 e o pagamento será
feito na data de 05/10/2016.
Ferbasa (FESA4) divulga boletim mensal com novas contrações. Todas as comparações a seguir são em relação
CPFL Energia (CPFE3) afirma estar atenta às oportunidades de expansão. Em reunião com analistas, o presidente
da CPFL, Andre Dorf, declarou que o novo preço da Celg parece mais realista, mas que ainda não houve tempo hábil para avaliar se a empresa irá de fato participar do leilão e reiterou que a companhia segue atenta a essa e outras oportunidades de expansão. Dorf também ressaltou que a Bonaire participação tem até o fim desse mês para anunciar se irá exercer a opção de Tag Along por R$ 25,00. Caso o fundo exerça a opção, após a aprovação dos órgãos controladores, deverá ser aberta uma OPA tanto para a CPFL Energia quanto para a CPFL Renováveis (CPRE3). Reiteramos a companhia como nossa top pick do setor de energia/ integradas, pois além da perspectiva de melhores resultados ao longo do segundo semestre, a CPFL conta com sólida situação operacional e financeira para fazer frente às oportunidades de expansão via aquisição e privatizações.
Rebalanceamento do índice FTSE Global deve pressionar ativos da BRF (BRFS3) no pregão de hoje, uma boa oportunidade! Assim como anunciado no início do mês, o índice FTSE Global (que serve como referência de
diversos fundos internacionais e possui presença em mais de 7 mil empresa em 46 países) deve reformular sua composição a partir de hoje, reduzindo a exposição aos papéis da BRF, sendo a única empresa brasileira com variação relevante. Isso deve gerar pressão vendedora hoje. Consideramos os papéis da empresa como a top pick do setor e a pressão momentânea nos seus papéis no pregão de hoje deve gerar interessante momento para se posicionar em um ativo com sólidos fundamentos.
Eternit (ETER3) com novo presidente. O então conselheiro Luiz Barsi Filho, tornou-se presidente do Conselho de
dividendos.
Aporte em Belo Monte e renegociação de usinas no radar da Cemig (CMIG4). Amanhã os sócios da Norte
Energia, responsável pela usina de Belo Monte, vão deliberar a proposta de aumento de capital da ordem de R$ 245 milhões. Caso a medida seja aprovada, a Cemig deverá desembolsar o equivalente a R$ 28 milhões, valor expressivo diante da sua delicada situação financeira. Por outro lado, o Ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho, declarou que analisa a possibilidade de renovar a concessão das três usinas da estatal mineira, desde que haja respaldo jurídico para tanto e que o governo receba a receita de ourtoga das usinas, cuja estimativa é de algo em torno de R$ 10 bilhões. Ou seja, ainda que exista essa possibilidade, vislumbramos que é pouco provável uma renovação dessas concessões, que são relevantes para as operações da Cemig (representam quase 50% de sua capacidade instalada). A expectativa em torno da possibilidade de negociação com o MME deve se sobressair, dando fôlego para os papéis no pregão de hoje. Todavia, mantemos recomendação de cautela na exposição aos
ativos da Cemig.
AGENDA DE PROVENTOS