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ABERTURA DA LINHA BATALHA PARAIMO A 400 KV PARA A SUBESTAÇÃO DE PENELA ESTUDO PRÉVIO ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL ABRIL 2013

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SUBESTAÇÃO DE PENELA

ESTUDO PRÉVIO

ESTUDO DE

IMPACTE AMBIENTAL

A

BRIL

2013

(2)
(3)

ABERTURA DA LINHA BATALHA – PARAIMO A 400 KV

PARA A SUBESTAÇÃO DE PENELA

ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL

ESTUDO PRÉVIO

VOLUME 1 − RESUMO NÃO TÉCNICO

Estado da Revisão

REVISÃO DATA MOTIVO DA REVISÃO ELABOROU APROVOU

0 2013-03 Edição inicial Sofia Lince Otília Freire

a 2013-04 Revisões decorrentes dos comentários da

REN,SA. Edição Final Sofia Lince Otília Freire

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ABERTURA DA LINHA BATALHA – PARAIMO A 400 KV PARA A SUBESTAÇÃO DE PENELA

ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL

ESTUDO PRÉVIO

VOLUME1–RESUMO NÃO TÉCNICO

APRESENTAÇÃO

A ARQPAIS, Consultores de Arquitectura Paisagista e Ambiente, Lda., apresenta o Estudo de Impacte Ambiental (EIA) relativo à "Abertura da Linha Batalha – Paraimo a 400 kV para a Subestação de Penela", em fase de Estudo Prévio.

A REN – Rede Eléctrica Nacional, S.A. adjudicou à empresa Electrolinhas – Montagens Eléctricas S.A., o Projeto da Abertura da Linha Batalha - Paraimo a 400 kV para a Subestação de Penela. A elaboração do respetivo Estudo de Impacte Ambiental, no âmbito da qual se inclui o presente volume do Resumo Não Técnico, foi, por sua vez, adjudicado à ARQPAIS - Consultores de Arquitectura Paisagista e Ambiente, Lda.

O EIA foi efetuado de acordo com as condições fixadas no Caderno de Encargos para a sua execução e no respeito pela legislação ambiental aplicável em vigor, nomeadamente o Decreto-Lei n.º69/2000, de 3 de Maio com a redação dada pelo Decreto-lei n.º 197/2005, de 8 de Novembro, e a Portaria n.º 330/01, de 2 de Abril.

Na elaboração do Estudo de Impacte Ambiental, a ARQPAIS contou com a colaboração e apoiou-se nos estudos elaborados pela Electrolinhas, S.A., autor do projeto. Contou ainda com a colaboração de especialistas de reconhecida competência em diversas áreas ambientais, os quais prestam habitualmente a sua colaboração à nossa empresa.

Lisboa, Abril de 2013

ARQPAIS, Lda.

Otília Baptista Freire (Diretora Técnica)

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ABERTURA DA LINHA BATALHA – PARAIMO A 400 KV PARA A SUBESTAÇÃO DE PENELA

ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL

ESTUDO PRÉVIO

VOLUME1–RESUMO NÃO TÉCNICO

ÍNDICE

Pág.

1 INTRODUÇÃO ... 1 

2 JUSTIFICAÇÃO DO PROJECTO ... 2 

3 ANTECEDENTES ... 2 

4 ENQUADRAMENTO E DESCRIÇÃO DO PROJECTO ... 4 

4.1 Enquadramento Administrativo ... 4 

5 CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DO PROJETO ... 9 

5.1 Faseamento e Programação Geral dos Trabalhos... 10 

5.2 Atividades de Construção ... 10 

5.3 Procedimentos Usuais de Exploração e Manutenção da Linha ... 11 

5.4 Desativação da Linha ... 11 

5.5 Identificação das Restrições e Condicionantes Legais e Regulamentares ... 12 

6 CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL DA ÁREA DE ESTUDO E PRINCIPAIS IMPACTES AMBIENTAIS .... 12 

7 CONCLUSÃO ... 20 

(8)
(9)

1 - INTRODUÇÃO

O presente documento constitui o Resumo Não Técnico que acompanha o Estudo de Impacte Ambiental da Abertura da Linha Batalha - Paraimo a 400 kV para a subestação de Penela, em fase de Estudo Prévio. A linha tem uma extensão de cerca 14 km, a implantar entre a subestação de Penela, existente, e a atual linha Batalha – Paraimo a 400 kV.

O Proponente do projeto é a empresa REN – Rede Eléctrica Nacional, S.A., adiante também designada como REN, S.A., concessionária da Rede Nacional de Transporte (RNT) de eletricidade. A entidade licenciadora é a Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG).

A REN – Rede Eléctrica Nacional, S.A. adjudicou à empresa Electrolinhas – Montagens Eléctricas S.A, o Projeto da Abertura da Linha Batalha - Paraimo a 400 kV para a subestação de Penela. A elaboração do Estudo de Impacte Ambiental foi, por sua vez, adjudicado à ARQPAIS - Consultores de Arquitectura Paisagista e Ambiente, Lda..

O EIA tem por objetivo a análise das implicações ambientais dos dois corredores alternativos para o desenvolvimento da linha e apoiar a seleção do corredor com menores impactes esperados, indicando as principais medidas de minimização dos impactes gerados passíveis de implementação nas fases de Construção, de Exploração e de Desativação. Foi efetuado com vista ao cumprimento da legislação em vigor sobre Avaliação de Impacte Ambiental e aplicável ao projeto em análise, nomeadamente o Decreto-Lei n.º 69/2000, de 3 de Maio alterado pelo Decreto-Lei nº 197/2005 de 8 de Novembro e a Portaria n.º 330/2001, de 2 de Abril.

O Estudo de Impacte Ambiental é composto pelo presente Resumo Não Técnico, um Relatório Síntese, um volume de Anexos Técnicos, um de Peças Desenhadas, um Estudo das Grandes Condicionantes Ambientais – Seleção do Corredor, e por um volume correspondente ao Plano Geral de Acompanhamento Ambiental.

Na elaboração do Estudo foram analisados os seguintes parâmetros ambientais: Fatores Físicos (Clima, Geologia e Geomorfologia, Solos, Recursos Hídricos), Qualidade do Ambiente (Qualidade da Água, Ambiente Sonoro e Gestão de Resíduos), Sistemas Ecológicos (Flora e Fauna), Património Cultural, Paisagem, Usos do Solo, Ordenamento e Gestão do Território e Componente Social.

O EIA foi elaborado entre Março de 2012 e Abril de 2013.

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ESTUDODEIMPACTEAMBIENTAL ESTUDO PRÉVIO VOLUME1RESUMO NÃO TÉCNICO

2 ABERTURA DA LINHA BATALHA – PARAIMO A 400 KV PARA A SUBESTAÇÃO DE PENELA

IP.DEP.01.01

2 - JUSTIFICAÇÃO DO PROJECTO

Como já se referiu, a Abertura da Linha Batalha - Paraimo a 400 kV para a Subestação de Penela tem por finalidade estabelecer um eixo a 400 kV que interligue o atual corredor norte-sul a 400 kV da Rede Nacional de Transporte (RNT) localizado no litoral (atual linha Batalha – Paraimo) com a zona interior de Seia/Guarda/Covilhã. Para tal, o presente projeto está articulado, a par com a Ampliação da subestação de Penela para 400 kV, com o projeto da linha Penela – “Vila Chã B” e com a construção da Subestação de “Vila Chã B”.

Este novo eixo irá permitir criar as condições necessárias para a receção e transporte através da RNT da energia gerada no futuro Aproveitamento Hidroelétrico de Girabolhos (415 MW reversíveis), incluído no Plano Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroelétrico (PNBEPH) e localizado no rio Mondego, na fronteira entre os concelhos de Seia e Mangualde. Com este reforço de rede introduzir-se-á igualmente um adicional de nova capacidade para a integração na RNT de outros projetos de energia renovável, em particular eólica, a desenvolver nesses concelhos e circundantes.

Efetivamente, este projeto integra a estratégia de reforço da RNT visando dotar a rede de capacidade de receção adequada em cada região, de modo a não condicionar a promoção e o desenvolvimento de futuros centros electroprodutores, de acordo com os cenários previstos no Plano de Desenvolvimento e Investimento da Rede de Transporte de Eletricidade (PDIRT) para o período 2012-2017 (2022). Face aos montantes de potência em jogo, para os quais a rede de 220 kV da região não possui capacidade, a solução a 400 kV é a que se apresenta como a mais adequada.

Desta forma, o projeto em análise contribui para os objetivos nacionais para a produção de energia elétrica a partir de fontes renováveis, nomeadamente os inscritos na Estratégia Nacional para a Energia 2020 (ENE 2020), que apontam para que em 2020 cerca de 60% da eletricidade produzida tenha origem em fontes renováveis, nomeadamente a energia elétrica de origem hídrica e eólica.

3 - ANTECEDENTES

A Abertura da Linha Batalha - Paraimo a 400 kV para a Subestação de Penela encontra-se prevista nos Planos de Desenvolvimento e Investimento da Rede de Transporte de Eletricidade (PDIRT) para o período de 2009-2014 (2019) e para o período de 2012-2017 (2022), ambos alvo de Avaliação Ambiental Estratégica (AAE). No âmbito da AAE do PDIRT de 2012-2017 (2022) foram consultadas diversas entidades com jurisdição na área em estudo, entre as quais as Câmaras Municipais, tendo- se estas pronunciado sobre a estratégia de desenvolvimento da REN para a região, que inclui a linha agora em estudo.

(11)

No âmbito da realização da 1ª fase do Estudo de Impacte Ambiental – Estudo de Grandes Condicionantes Ambientais e Seleção do Corredor -, foi analisada uma área compreendida entre a linha Batalha – Paraimo e a subestação de Penela, com o objetivo de definir uma área de estudo (Figura 1) com uma largura máxima de 9,5 km de largura, sobre a qual foram desenvolvidos contacto com diversos organismos e entidades públicas e privadas, para obtenção de informação específica em relação a situações sob a sua tutela ou concessão. A definição desta área em estudo atendeu desde logo a grandes condicionantes territoriais já conhecidas, nomeadamente, à existência da área da Rede Natura 2000, Sítio Sicó / Alvaiázere, estabelecendo o limite sul da área em estudo, e a presença do Parque Eólico de Degracias, que constitui um impedimento à passagem de uma linha de alta tensão.

Figura 1 - Definição da área de estudo no âmbito da 1ª Fase do Estudo de Impacte Ambiental

Após a análise das grandes condicionantes territoriais na 1ª Fase do EIA, conclui-se que dos três corredores estudados, aquele com desenvolvimento mais a norte (Corredor A) não apresentava viabilidade e/ou vantagem comparativa que justificasse a sua manutenção, uma vez que se apresenta fortemente condicionado no que respeita ao património arqueológico, tendo assim sido abandonado e não prosseguindo em avaliação na presente fase do EIA.

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ESTUDODEIMPACTEAMBIENTAL ESTUDO PRÉVIO VOLUME1RESUMO NÃO TÉCNICO

4 ABERTURA DA LINHA BATALHA – PARAIMO A 400 KV PARA A SUBESTAÇÃO DE PENELA

IP.DEP.01.01

São então avaliados no EIA os corredores B e C, para o delinear da linha, a 400 kV, entre a Subestação de Penela e a Linha Batalha-Paraimo.

4 - ENQUADRAMENTO E DESCRIÇÃO DO PROJECTO

4.1 - E

NQUADRAMENTO

A

DMINISTRATIVO

A Linha em estudo, com uma extensão de aproximadamente 14 km, localiza-se na Região do Centro, integrando as NUTS III do Pinhal Interior Norte e Baixo Mondego, e os concelhos de Ansião, Penela, Condeixa-a-Nova e Soure. No quadro seguinte apresenta-se o enquadramento dos referidos concelhos, bem como as freguesias atravessadas pela área e corredores em estudo. Na Figura 2 apresenta-se o enquadramento administrativo da área em estudo.

Quadro 1 - NUTS III, distritos, concelhos e freguesias atravessados pela área em estudo

NUTS III Distrito Concelho Freguesias atuais Freguesia (Lei nº 11-A/2013 de 28 de Janeiro)

Pinhal Interior Norte

Leiria Ansião Lagarteira, Torre de Vale de

todos e Alvorge Alvorge e Ansião

Coimbra

Penela Rabaçal, Penela (Santa Eufémia) e Penela (São Miguel)

União das freguesias de São Miguel, Santa Eufémia e Rabaçal

Condeixa-a-Nova Zambujal e Furadouro Zambujal e Furadouro Baixo

Mondego Soure Pombalinho, Degracias e Tapéus Tapéus e União das Freguesias de Degracias e Pombalinho

Figura 2 - Localização do projeto – concelhos interferidos pela área em estudo

(13)

Os dois corredores alternativos na análise do presente EIA (Corredor B e Corredor C) são apresentados na Figura 3, na escala 1:25.000.

Os dois corredores são coincidentes desde a subestação de Penela até aproximadamente ao km 4+500. Esta situação ocorre em virtude dos condicionamentos da zona, nomeadamente pela presença de povoamento ao longo da via que liga os aglomerados de Galegas, Póvoa e Taliscas, e de outras condicionantes patrimoniais, deixando desta forma poucos espaços disponíveis para a passagem de uma linha de Muito Alta Tensão, não sendo assim possível projetar, neste troço inicial, outros corredores alternativos com viabilidade.

Assim, os corredores saem de Penela para noroeste, passando entre Casais da Póvoa e Póvoa, infletindo depois para poente e contornando por sul a povoação de Aljazede. Os corredores voltam a infletir para noroeste passando a desenvolver-se numa zona de orografia mais movimentada e, consequentemente, de povoamento mais escasso, divergindo então os dois corredores a partir do km 4+500, adotando orientações distintas, até se separarem completamente ao km 6+800 do corredor B.

A partir daqui o corredor B segue mais a sul até à Linha Batalha-Paraimo, numa extensão de 13,988 km e o Corredor C segue mais a norte, atingindo a Linha Batalha-Paraimo ao km 13,973 km.

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ESTUDODEIMPACTEAMBIENTAL ESTUDO PRÉVIO VOLUME1RESUMO NÃO TÉCNICO

6 ABERTURA DA LINHA BATALHA – PARAIMO A 400 KV PARA A SUBESTAÇÃO DE PENELA

IP.DEP.01.01

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IC3

Soure 1018-LZRPR 2 1016-LZRPR 1

Linha a 400kV Linha a 220kV Linha a 60kV Corredor B Corredor C Corredores Propostos

Limite dos Concelhos

1+0 2+0

3+0 4+0

5+0 6+0

7+0 8+0

5+0 6+0

7+0 8+0

4+0

3+0

2+0

1+0

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Soure

Soure Pombal

4057 - LBL.PI 2034 - LPR.BL1

Linha a 400kV Linha a 220kV

Linha a 120kV e 150kV Linha a 60kV

Corredor B Corredor C Corredores Propostos

Limite dos Concelhos

10+0

6+0 7+0

8+0 9+0

10+0 11+0

12+0 13+0

6+0 7+0

8+0 9+0

11+0 13+0 12+0

CHEFE DE PROJECTO: VERIFICOU: DESENHOU: PROJECTOU:

ESCALAS: SUBSTITUI:

DATA: Abril 13

FOLHA: S. Lince

M. Figueiredo O. B. Freire

02/02

Figura 3

CORREDORES ALTERNATIVOS

0

1:25 000

500m

100 300 ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL

(17)

5 - CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DO PROJETO

Uma linha aérea de transporte de energia em muito alta tensão é constituída pelos seguintes elementos fundamentais: apoios e respetiva sinalização, cabos condutores e de guarda e respetivos acessórios, amortecedores de vibração, cadeias de isoladores e circuito de terra.

Os apoios são constituídos por estruturas metálicas treliçadas, em aço, com uma altura variável, consoante a topografia e os obstáculos a vencer (Figura 4).

Os apoios encontram-se licenciados para a utilização de condutores ZAMBEZE e cabos de guarda DORKING e OPGW para uma tensão de 400 kV.

Os cabos condutores são os cabos que transportam energia são feitos de alumínio-aço.

Os cabos de guarda têm importantes funções de proteção, ao permitirem transportar a maior parte da corrente em caso de contacto acidental, reduzindo a corrente escoada para o solo via apoio, e de blindagem dos condutores às descargas atmosféricas. Um dos dois cabos de guarda possui no seu interior fibras óticas destinadas a funções de telemedida e telecontrolo bem como de telecomunicações em geral.

A ligação dos cabos condutores aos apoios é assegurada por cadeias de isoladores em vidro temperado.

Todos os apoios da linha são ligados à terra por meio de circuitos de terra adequados, de forma a obterem-se valores convenientes para as respetivas resistências de terra.

Figura 4 - Silhueta de um tipo de apoio utilizado

Os apoios têm quatro pontos de fixação ao solo sendo as respetivas fundações constituídas por betão.

Em cada apoio existe sinalização, claramente visível do solo constituída por uma chapa com o texto

“PERIGO DE MORTE” e o n.º de ordem do apoio na linha e chapa de identificação com o nome (sigla) da linha e o n.º de telefone do departamento responsável. Adicionalmente, nos apoios a instalar na proximidade de vias rodoviárias e ferroviárias, e zonas urbanas, serão ainda montados

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ESTUDODEIMPACTEAMBIENTAL ESTUDO PRÉVIO VOLUME1RESUMO NÃO TÉCNICO

10 ABERTURA DA LINHA BATALHA – PARAIMO A 400 KV PARA A SUBESTAÇÃO DE PENELA IP.DEP.01.01

Tendo em atenção o disposto na Circular 10/03 de 6 de Maio do INAC – Instituto Nacional de Aviação Civil, a balizagem aérea será feita através de esferas, alternadamente de cor branca e laranja internacional, com diâmetro de 600 mm, espaçadas de cerca de 30 m. Quando se justificar serão igualmente balizados os apoios por pintura parcial e nas cores branco e laranja internacional.

5.1 - F

ASEAMENTO E

P

ROGRAMAÇÃO

G

ERAL DOS

T

RABALHOS

A calendarização deste projeto, indicada pela REN, S.A., prevê com os devidos ajustes necessários ao desenrolar do processo de Avaliação de Impacte Ambiental, que a emissão da Declaração de Impacte Ambiental ocorra em Novembro de 2013; a elaboração dos RECAPE em Maio de 2014; o início da fase de construção em Setembro de 2014.

Tendo em conta o PDIRT 2012-2017 (2022), de Julho de 2011, aprovado, a data prevista para a entrada em serviço da abertura da Linha BLPI para SE Penela a 400 kV é Junho de 2015.

No entanto de acordo com o novo PDIRT 2014-2023, neste momento em preparação, poderão vir a ocorrer algumas alterações ao conjunto de datas indicadas, nomeadamente tendo em consideração eventuais cenários mais recentes relativamente à data de entrada em serviço de novos centros electroprodutores.

5.2 - A

TIVIDADES DE

C

ONSTRUÇÃO

ƒ Instalação de estaleiro(s) / parque(s) de material: Geralmente são propostos para estaleiro locais que possuam já infraestruturas, ainda que provisórias, de água, esgotos, eletricidade e telefones. A REN, S.A. não aprova estaleiros em locais que não possuam já estas condições ou que não sejam favoráveis ao seu estabelecimento. Os estaleiros devem localizar-se preferencialmente em armazéns já existentes, em espaços de uso industrial, em locais de antigos estaleiros ou em locais de solos degradados e de reduzido coberto vegetal.

Refira-se que os estaleiros da obra que não sejam constituídos por armazéns existentes, devem ser localizados obedecendo aos seguintes requisitos: locais afastados pelo menos 50 m relativamente a linhas de água permanentes; em áreas fora do Domínio Hídrico; locais fora de zonas côncavas do solo com propensão à presença de água (dolinas); locais não classificados como Reserva Agrícola Nacional; locais não classificados como Reserva Ecológica Nacional; locais não definidos como áreas de proteção do património cultural; locais não definidos como de importância para a conservação da natureza (sítios da Rede Natura 2000 – SIC e ZPE, áreas da Rede Nacional de Áreas Protegidas, IBA) ou locais fora das áreas de Habitats Classificados; locais com declive reduzido; locais próximos de vias de comunicação; locais situados a distância superior a 500 m de aglomerados populacionais, sempre que viável (de

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acordo com o ordenamento definido nos Planos Diretores Municipais); locais afastados de espaços turísticos; locais que não constituam montados de sobro ou azinho; locais que evitem a destruição de vegetação arbórea com interesse botânico ou paisagístico (nomeadamente sobreiros e azinheiras) e locais que não tenham grande acessibilidade visual.

ƒ Desmatação e abertura da faixa de segurança - De acordo com as disposições da REN, S.A., as linhas deverão garantir uma distância livre mínima de 8 metros entre os condutores e as espécies arbóreas. Assim, as zonas de arvoredo mais extensas e com crescimento rápido, constituídas por pinhal e por eucaliptal, deverão ser cortadas.

ƒ Reconhecimento, sinalização e abertura de acessos;

ƒ Marcação e abertura de caboucos, prevendo-se que os volumes de escavação médios dos apoios são cerca de 16 m3 por apoio. As terras sobrantes representarão apenas o volume de betão a utilizar e serão espalhadas junto de cada apoio;

ƒ Construção dos maciços de fundação e montagem das bases, incluindo a instalação da ligação à terra. Envolve operações de betonagem no local. O betão das fundações dos apoios é fabricado em centrais de betão existentes na região e transportado diretamente para os locais das fundações;

ƒ Colocação dos apoios;

ƒ Colocação dos cabos;

ƒ Colocação dos dispositivos de balizagem aérea.

5.3 - P

ROCEDIMENTOS

U

SUAIS DE

E

XPLORAÇÃO E

M

ANUTENÇÃO DA

L

INHA

Durante o período de funcionamento da linha têm lugar ações programadas de inspeção e vistoria feitas, quer por terra, quer por helicóptero. Neste último caso a linha é videogravada com câmaras de termovisão para deteção de defeitos. Na fase de exploração devem considerar-se as seguintes possíveis operações de manutenção, desencadeadas apenas quando detetada a sua necessidade: corte ou decote de árvores de modo a manter as condições de segurança da linha, recuperação de galvanização, lavagem de isoladores e reparação/substituição de elementos da linha.

5.4 - D

ESATIVAÇÃO DA

L

INHA

Este tipo de infraestruturas tem uma vida útil longa (não menos de 50 anos) não sendo possível prever, com rigor, uma data para a sua eventual desativação. Não é previsível o abandono do corredor da linha, sendo intenção da REN, S.A. proceder às alterações que as necessidades de transporte de energia ou a evolução tecnológica aconselhem.

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ESTUDODEIMPACTEAMBIENTAL ESTUDO PRÉVIO VOLUME1RESUMO NÃO TÉCNICO

12 ABERTURA DA LINHA BATALHA – PARAIMO A 400 KV PARA A SUBESTAÇÃO DE PENELA IP.DEP.01.01

De acordo com o princípio seguido pela REN, SA o estabelecimento das linhas elétricas é sempre precedido do acordo dos proprietários dos terrenos atravessados. Uma vez estabelecido o acordo com os proprietários, a desmontagem das linhas decorre pela seguinte ordem: retirada dos cabos de guarda e dos condutores; desmontagem das cadeias de isoladores e desmontagem dos apoios e respetivas fundações.

5.5 - I

DENTIFICAÇÃO DAS

R

ESTRIÇÕES E

C

ONDICIONANTES

L

EGAIS E

R

EGULAMENTARES O Regulamento de Segurança das Linhas de Energia em Alta Tensão (RSLEAT), aprovado pelo Decreto Regulamentar n.º 1/92, de 18 de Fevereiro, define distâncias mínimas dos condutores ao solo, às árvores, aos edifícios, às vias ferroviárias e rodoviárias e a outras linhas aéreas. No projeto são seguidos os critérios da REN, S.A., cujas distâncias são superiores às mínimas regulamentares, aumentando-se o nível de segurança e criando-se uma servidão menos condicionada. No quadro seguinte apresentam-se os valores das distâncias mínimas fixados no RSLEAT e os adotados pela REN, S.A., para a presente linha.

O regime legal de construção e exploração de linhas aéreas prevê a constituição de uma servidão administrativa, numa faixa com a largura máxima de 45 m, que constitui a zona de proteção, na qual são condicionadas, ou sujeitas a autorização prévia, algumas atividades. A construção de edifícios e a plantação de espécies de crescimento rápido ficam assim condicionadas à garantia das distâncias mínimas de segurança decorrentes da servidão.

Quadro 2 - Distâncias mínimas dos condutores a obstáculos (metros) para Linhas a 400 kV

Distâncias para linhas de 400kV Valores a Adotar (metros) Mínimos RSLEAT (metros)

Distância ao solo 14,0 8,0

Distância a outras linhas aéreas 7,0 (a) 6,5

Distância a edifícios 8,0 6,0

Distância a árvores 8,0 5,0

Distância a estradas 16,0 10,3

Distância a vias-férreas Eletrificadas 16,0 (b) 16,0

Obstáculos Diversos 7,0 5,0

Para linhas de maior tensão nominal de 400kV e para distâncias entre o ponto de cruzamento e o apoio de 400kV mais próximo iguais ou inferiores a 300 m.

Para distâncias entre o ponto de cruzamento e o apoio de 400kV mais próximo iguais ou inferiores a 200 m.

6 - CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL DA ÁREA DE ESTUDO E PRINCIPAIS

IMPACTES AMBIENTAIS

Dadas as características climáticas da região e a tipologia do projeto em estudo, não se preveem impactes do mesmo sobre o clima ou microclima da região.

As escavações para a fundação dos apoios da linha são as principais atividades de construção suscetíveis de induzirem impactes sobre a geologia e geomorfologia. Para a linha, estima-se que os

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volumes de escavação sejam, em média, 16 m3 por apoio, sendo parte deste volume de terras reutilizado para o enchimento dos caboucos. Assim, o volume de terras sobrantes será reduzido e corresponderá ao volume do betão das fundações dos apoios. Tendencialmente, as terras sobrantes da construção da linha serão espalhadas junto dos apoios de modo a regularizar o terreno.

Nenhum dos corredores interfere com pedreiras, áreas com Pedidos de Prospeção e Pesquisa, Recursos Geotérmicos ou Áreas de Concessão de Água Mineral Natural. No entanto, ambos os corredores intercetam uma Área de Ocorrência de Recursos Geológicos com Potencial Interesse Económico, a denominada área de Sicó de Calcários Ornamentais e Industriais.

Refere-se a existência de um Geo-sítio de interesse elevado, as Buracas do Casmilo, assim como um Campo de Lapiás de interesse geomorfológico, localizados a mais de 3km a norte dos corredores, não sendo intercetados por nenhuma das alternativas em estudo.

Durante a fase de exploração não se prevê impactes negativos sobre a geologia e geomorfologia. No caso de uma eventual desativação da linha, a principal ação indutora de impactes negativos será a desmontagem dos apoios e respetivas fundações, sendo o impacte muito pouco significativo, já que as depressões criadas pela remoção dos maciços serão cobertas com terra de forma a repor a superfície natural do terreno.

Como medidas de mitigação, recomenda-se que sempre que seja necessário a utilização de explosivos, dever-se-á ter em conta a Norma Portuguesa, NP 2074 – “Avaliação da Influência em Construções de Vibrações Provocadas por Explosões ou Solicitações Similares”.

Assim, no cômputo geral, e no que respeita a este descritor, refere-se que ambos os corredores apresentam viabilidade e não se verificam diferenças significativas entre eles.

Os solos atravessados pelos corredores em estudo são maioritariamente solos sem aptidão agrícola. Não obstante, ambos os corredores transpõem nas várzeas das linhas de água, zonas onde os solos têm aptidão agrícola média a elevada. As áreas de Reserva Agrícola Nacional existentes correspondem essencialmente a estas zonas de várzeas agrícolas.

A construção dos apoios da linha provocará impactes muito reduzidos nos solos de aptidão agrícola, designadamente nos classificados como Reserva Agrícola Nacional, ainda assim, para fase de Projeto de Execução, recomenda-se que seja minimizada a colocação de apoios nestes solos de melhores características.

Comparativamente, e com base nas áreas de solos de boa aptidão e incluídos na RAN por corredor, verificou-se que o corredor mais favorável é o Corredor B.

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ESTUDODEIMPACTEAMBIENTAL ESTUDO PRÉVIO VOLUME1RESUMO NÃO TÉCNICO

14 ABERTURA DA LINHA BATALHA – PARAIMO A 400 KV PARA A SUBESTAÇÃO DE PENELA IP.DEP.01.01

Na área em estudo os declives são, por vezes, acentuados, pelo que são ainda preconizadas algumas medidas de minimização para prevenir a erosão dos solos. Acresce no entanto que, após a conclusão da obra, a vegetação natural nas áreas envolventes dos apoios tenderá gradualmente a fixar o solo, reduzindo os efeitos erosivos temporariamente provocados.

Na fase de exploração da linha permanecerá ocupada uma área de solos muito reduzida. A área afetada de solos com boa aptidão agrícola e solos integrados na RAN que permanecerá ocupada pelas estruturas dos apoios será, pois, igualmente muito reduzida, o que representa um impacte negativo muito reduzido.

No caso da eventual desativação da linha em estudo, prevê-se que os impactes decorrentes das operações a realizar sejam reduzidos.

Relativamente aos recursos hídricos, a linha desenvolve-se numa zona limite entre as bacias hidrográficas dos rios Tejo e Mondego, transpondo no seu desenvolvimento algumas linhas de água, na sua maioria de reduzidas dimensões. A linha atravessa ainda uma bacia endorreica (aproximadamente entre os km 1+100 e 2+150) ou seja, uma área em que as linhas de água não têm continuidade superficial, infiltrando-se no solo num sumidouro (Algar da Várzea, localizado a norte dos corredores aproximadamente ao km 1+300), contribuindo para o meio hídrico subterrâneo.

Relativamente às águas subterrâneas, a linha enquadra-se na denominada Orla Ocidental, mais precisamente sobre os aquíferos Penela-Tomar e Sicó-Alvaiázere. Estes sistemas aquíferos são cársicos pelo que na região são identificadas diversas cavernas, dolinas, sumidouros e nascentes, estando nestas zonas favorecida a relação entre os recursos hídricos superficiais e subterrâneos.

Desta forma, as zonas mais sensíveis correspondem às zonas de várzea, em particular, a Várzea de Aljazede, inserida na área que drena para o Algar da Várzea.

Contudo, as características do projeto da linha determinam que não sejam expectáveis impactes negativos com significado, sobre os recursos hídricos. Os impactes deverão ocorrer unicamente na fase de construção, decorrendo das ações decorrentes da obra, nomeadamente da instalação dos estaleiros/parques de materiais, operação de equipamentos nos locais de construção, desmatação e desarborização. A fase de construção poderá potenciar impactes no normal escoamento das linhas de água com obstrução temporária, principalmente durante a época das chuvas. Porém, os principais impactes resultantes das características da região estão relacionados com a redução da permeabilidade do solo. Os impactes supracitados são, no entanto, temporários, reversíveis, de reduzida magnitude e minimizáveis, deste modo, não significativos.

Durante a fase de exploração da linha, dada a reduzida área ocupada pelos apoios, não se prevê qualquer tipo de impacte na permeabilidade do solo ou no escoamento das linhas de água.

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Outro aspeto a destacar, pela sua importância numa região com grandes áreas florestais, é a existência de reservas de água para abastecimento de aeronaves para combate incêndio. A afetação destas reservas de água e respetivo perímetro de 250 metros implica a inutilização do mesmo. No caso da interferência com o perímetro de 500 metros, considera-se apenas a necessidade de balizagem da linha. Nos corredores em estudo verifica-se apenas a afetação de um perímetro de 250 metros de um ponto de água pelo corredor C, no entanto, é possível projetar a linha dentro deste corredor, sem que esta venha implicar a inutilização deste ponto de água.

No caso de uma eventual desativação e desmontagem da Linha, os impactes são da mesma natureza dos da fase de construção, sendo negativos, de magnitude reduzida, diretos e reversíveis.

Atendendo ao referido, não existem impactes significativos que permitam distinguir os dois corredores alternativos em estudo ao nível dos recursos hídricos.

Em termos de qualidade da água, o desenvolvimento da linha numa zona cársica, em que é favorecida a infiltração da água no solo, determina que as ações à superfície se repercutam no meio subterrâneo. Como localização mais sensível tem-se, à semelhança do referido para os recursos hídricos, a zona da várzea de Aljazede. Ao nível do meio hídrico superficial não se referem situações de importância acrescida, dado o caráter pouco expressivo das linhas de água atravessadas.

Os impactes ocorrerão essencialmente durante a fase de construção devido à instalação e operação dos estaleiros e parque de máquinas, das ações de desmatação e da realização de escavações para as fundações dos apoios. Estes impactes são, no entanto, temporários, minimizáveis e reversíveis, pelo que serão não significativos.

Na fase de exploração da Linha o único impacte negativo a referir ocorre associado às ações de manutenção, contudo este é pouco significativo.

Comparativamente não existem elementos que permitam discernir um corredor como mais favorável, sendo os dois viáveis ao nível dos recursos hídricos e da qualidade da água.

Do ponto de vista do ambiente sonoro, refere-se que os corredores da linha foram desenvolvidos de modo a minimizar a proximidade às povoações da envolvente. As principais fontes de perturbação do ambiente sonoro na área de estudo são os fenómenos naturais e o tráfego rodoviário, com ruído característico do ambiente rural dominante na área em estudo.

A fase de construção é caracterizada, em cada local, pela sua delimitação temporal. Durante esta fase, nem todas as operações de construção de apoios empregam equipamento e maquinaria ruidosa. Consequentemente, as operações ruidosas apenas ocuparão uma fração do tempo total de construção, em cada local. As previsões mostram que o ruído de construção poderá afetar os locais

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mais próximos das frentes de obra que sejam sensíveis ao ruído. O ruído inerente às ações de construção será causador de impactes negativos, mas pouco significativos, sendo temporários e reversíveis. Assim, recomenda-se que as operações de construção, em especial as mais ruidosas, que se desenrolem na proximidade (que pode ser entendida como 400 m de distância) de casas de habitação ocorram no período diurno dos dias úteis, ou seja, das 8h00 às 20h00, de acordo com os critérios legais vigentes.

Na fase de exploração, não são expectáveis impactes negativos no Ruído Ambiente dignos de registo sobre recetores sensíveis a maior proximidade da Linha visto a definição dos corredores ter procurado o maior afastamento às povoações da envolvente. Assim, espera-se que, com os pequenos aumentos do ruído ambiente, se continuem a cumprir os valores limite legalmente estabelecidos.

Os impactes do ruído na fase de desativação serão do mesmo tipo dos que ocorrem na fase de construção, com exceção do eventual desmonte dos maciços de fundação que obrigará ao recurso a martelos-perfuradores, o que produzirá níveis de ruído ligeiramente superiores.

Comparativamente os corredores em estudo são bastante semelhantes uma vez que é possível delinear a linha sem se aproximar significativamente de aglomerados ou habitações isoladas, pelo que são ambos igualmente viáveis.

De acordo com a metodologia relativa à gestão de resíduos em obras da REN, integrada no âmbito do seu Sistema Integrado de Gestão da Qualidade, Ambiente e Segurança (SIGQAS), todos os resíduos produzidos durante as atividades de construção da linha serão recolhidos diretamente em estaleiro por operadores devidamente licenciados para o efeito, sendo por eles conduzidos ao destino final adequado (reciclagem, valorização ou eliminação). Considera-se que a gestão de resíduos não irá apresentar impactes relevantes, devendo cumprir-se a legislação em vigor e as medidas indicadas no Estudo de Impacte Ambiental.

Em termos de sistemas ecológicos, refere-se que relativamente a áreas classificadas, a proximidade ao Sítio de Importância Comunitária (SIC) Sicó-Alvaiázere no início e final dos corredores, sendo mesmo o final do corredor B, na sua ligação à Linha Batalha-Paraimo limitado por esta área classificada, no entanto, sem que a linha venha a interferir com este SIC, uma vez que este coincide com o término do corredor. O estudo pormenorizado da flora e da vegetação revela que os corredores em estudo atravessam alguns habitats de elevado valor ecológico. No entanto, as características da obra, com afetações pontuais e localizadas, de magnitude reduzida fazem com que os impactes sejam pouco significativos. Contudo, caso se verifique a afetação dos habitats de maior valor conservacionista, por serem caracterizados como pouco comuns, prioritários ou raros (8240, 9340pt2 e 9240), poderão originar impactes mais significativos. A afetação destes habitats é mais expressiva no corredor C, pelo que, comparativamente considera-se o corredor B como mais

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favorável. De qualquer modo, recomenda-se que em fase de Projeto de Execução sejam evitadas as áreas ocupadas pelos referidos habitats.

Ao nível da fauna (mamíferos, aves, anfíbios e répteis), os principais impactes podem ocorrer devido à colisão de vertebrados voadores, particularmente aves mas também morcegos.

Durante a fase de construção apenas se referem impactes decorrentes da perturbação temporária causada pelas atividades que decorrem da abertura de acessos e circulação de maquinaria, e que causam perturbação uma vez que induzem alterações no comportamento das espécies, afastando-se as mais suscetíveis e aproximando-se, eventualmente, as mais ubiquistas, o que, por sua vez aumenta o risco de atropelamento (em especial em espécies que apresentam uma reduzida mobilidade como os répteis, os anfíbios e alguns mamíferos). Estes impactes são ambos negativos e minimizáveis e pouco significativos.

Durante a fase de exploração a mortalidade por colisão devido à presença da linha será o impacte mais significativo, afetando as aves (impacte provável, ocasional mas pouco significativo e minimizável), mas também morcegos (impacte significativo, mas raro e pouco provável). A afetação de morcegos refere-se pela proximidade a um abrigo de terceira prioridade ao nível nacional (embora num local onde já existem linhas de muito alta tensão) e pelo atravessamento de zonas com boas condições para a alimentação. As áreas consideradas boas para a alimentação de várias espécies de morcegos são mais expressivas no corredor C, pelo que, a este nível, se considera como mais favorável o corredor B para o desenvolvimento da linha.

Como medida de minimização da afetação das aves recomenda-se que, em fase de Projeto de Execução sejam identificados os troços que atravessem áreas de habitat favorável à ocorrência das espécies mais suscetíveis à colisão, que ocorram na área de afetação e que apresentam um estatuto de ameaça em Portugal.

Na vertente patrimonial são identificados todos os sítios com valor patrimonial (arqueológico, histórico e arquitetónico), que possam sofrer um impacte direto ou indireto decorrente da construção linha, sendo para estes analisados impactes e preconizadas medidas minimizadoras.

Os trabalhos arqueológicos, de prospeções seletivas revelaram a presença de 5 ocorrências patrimoniais na área de projeto e de 117 ocorrências na área de estudo. A distribuição linear das 5 ocorrências pelos 2 corredores em estudo é a seguinte: Corredor B – 5 registos; Corredor C – 5 registos.

Tendo em conta que as 5 ocorrências localizam-se no traçado comum aos Corredores B e C, não é possível estabelecer qualquer hierarquização ao nível do grau de impacte patrimonial entre as alternativas em estudo.

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Face à possibilidade de existirem ajustes ao traçado da linha elétrica e perante a ausência de elementos patrimoniais com valor patrimonial excecional, considera-se que não existem condicionantes patrimoniais determinantes que inviabilizem qualquer um dos corredores em estudo.

Após a escolha final do corredor, por onde irá passar a Linha, deverão ser realizadas prospeções arqueológicas sistemáticas em todo o corredor, numa largura de 100m, bem como, das áreas de implantação dos estaleiros e depósito de terras. Com a realização desta fase de trabalho de campo será necessário proceder a nova avaliação de impactes patrimoniais, tendo em conta a implantação do projeto e a real afetação provocada pela materialização dos componentes de obra, e nova proposta de Medidas de Minimização Patrimonial.

No que diz respeito à paisagem, a área de estudo coincide com a envolvente às serras de Sicó, Rabaçal e Alvaiázere, que integram o principal maciço calcário carsificado da Orla Mesocenozóica Ocidental Portuguesa.

Os corredores desenvolvem-se assim num território caracterizado pela diversidade orográfica, atravessando alternadamente serras, cabeços e outeiros, associados a substratos mais resistentes (calcários puros), e zonas aplanadas, assentes sobre litologias mais brandas associadas à presença de margas.

Relativamente à ocupação do solo, as zonas de relevo movimentado, condicionadas pelos solos delgados, são dominadas por floresta de produção ou bosques de Quercus faginea, em que as encostas mais íngremes e pedregosas, assim como as zonas mais elevadas, se revestem sobretudo de matos, por vezes de carrasco. A agricultura ocupa sobretudo as zonas de baixa onde por deposição se localizam as bolsas de solo agrícola. O povoamento, condicionando pela orografia, pelos solos delgados e pela reduzida disponibilidade hídrica, apresenta-se sob a forma de pequenos aglomerados dispersos no território, beneficiando das zonas de características mais favoráveis.

No que se refere aos impactes que a Linha determinará na paisagem, considera-se na fase de construção a ocorrência de impactes negativos que pelo seu carácter temporário e minimizável se poderão considerar pouco significativos, os quais decorrerão essencialmente da instalação dos estaleiros/parques de materiais, da desmatação e desflorestação a executar na zona de implantação dos apoios e na sua envolvente próxima, e da abertura de novos caminhos.

Será durante a fase de exploração que os impactes ao nível da paisagem apresentarão maior significado. Contudo, o delinear dos corredores teve em conta a intenção de afastamento relativamente às áreas urbanas, assim como de pontos paisagísticos notáveis, com o intuito de afetar áreas de reduzida a média sensibilidade, provocando impactes pouco significativos na paisagem. Porém, a dispersão do povoamento no território atravessado implica que, independentemente da alternativa escolhida, existam trechos que determinarão uma intrusão visual mais relevante. Estes

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coincidem na sua maioria com as áreas de relevo menos acidentado, vales e encostas suaves, locais preferenciais para a fixação de aglomerados urbanos e de maior amplitude visual.

Contudo, a presença de numerosas manchas florestais e outras ocupações que reduzem a visibilidade, como olivais e pomares, no território atravessado pela Linha determinam que, na globalidade, o impacte gerado pela sua presença não seja muito significativo.

No que diz respeito às duas alternativas em estudo, verifica-se que ambas apresentam magnitudes de intrusão visual e significância de impactes muito semelhantes. Prevendo-se que ambas venham a determinar um impacte moderadamente a pouco significativo. Porém, a menor interferência do Corredor B com áreas mais naturalizadas, de elevada qualidade e suscetibilidade à introdução de um elemento exógeno, determina que este sobressaia ligeiramente como mais favorável ao desenvolvimento da futura Linha.

Em relação aos usos do solo, a linha atravessa principalmente áreas florestais, sobretudo de produção (predominantemente áreas de pinheiro bravo e eucalipto). Nas áreas florestais de produção, para além da área de afetação devida à implementação dos apoios, que é diminuta, deverá considerar-se a necessidade de abertura da faixa de segurança da linha, com a largura de 45 m centrados no seu eixo, o que faz aumentar consideravelmente a área intervencionada durante a obra. No entanto, ocorrerá a indemnização aos proprietários das explorações sujeitas a corte de exemplares, e a manutenção do valor comercial da madeira abatida, além da continuação das características naturais do terreno.

Encontram-se igualmente presentes, embora em menor escala, as áreas agrícolas. Estas são de pequena dimensão, ocorrendo de forma descontínua e fragmentada ao longo dos corredores, estando maioritariamente restringidas às várzeas das linhas de água. Acresce que a área de ocupação de solo necessária à instalação dos apoios não é relevante, pelo que os impactes previstos são pouco significativos caso seja minimizada, na fase de projeto de execução, a colocação de apoios nas zonas com usos do solo mais sensíveis. Adicionalmente deverá ser sempre maximizada a distância aos espaços urbanos e habitações isoladas.

No que respeita aos corredores em estudo, verifica-se que não existem diferenças significativas entre as duas alternativas.

Quanto ao ordenamento e gestão do território e à potencial interferência com servidões administrativas e áreas condicionadas, verifica-se que, a linha poderá vir a ser projetada sem impactes significativos se forem cumpridas as medidas de minimização propostas no presente EIA, nomeadamente no que se refere aos cuidados a observar durante o Projeto de Execução da linha.

Relativamente às restrições e servidões de utilidade pública, a Reserva Ecológica Nacional é a

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máxima infiltração”. Existem ainda outras condicionantes que impendem sobre os corredores, sendo possível, porém, em grande medida, evitar ou minimizar significativamente a sua afetação, com um planeamento cuidado da linha. É o caso da Reserva Agrícola Nacional, infraestruturas de abastecimento de água e saneamento, pontos de água para abastecimento de aeronaves no combate a incêndios, vértices geodésicos e servidões rodoviárias.

Em relação à componente social, o projeto desenvolve-se numa região de características rurais, com ocupação essencialmente florestal e agrícola, tendo-se minimizado a presença de áreas urbanas nos corredores.

Como referido anteriormente, a componente florestal é a mais expressiva, pelo que a construção da Linha terá impactes negativos, moderadamente significativos apenas em áreas florestais que, no entanto, podem ser minimizados com a adoção de medidas de minimização, nomeadamente: redução da área de intervenção ao mínimo indispensável; indemnização dos proprietários afetados por ocupação de solos, afetação de plantações e outros prejuízos; adequada manutenção da linha e da faixa de segurança.

Nas áreas e explorações agrícolas, dada a afetação destas áreas ser, num cômputo geral, reduzida, os impactes negativos podem ser mitigados ou evitados, se a futura linha for projetada por forma a afetar o menos possível este tipo de espaços.

No caso dos espaços urbanos a sua afetação pelos corredores é mínima, pelo que pode ser evitada, uma vez que a futura linha pode ser projetada distante das habitações existentes dentro ou na proximidade dos corredores.

Desta forma, considera-se não haver, no geral, diferenças significativas entre os corredores, sendo os dois globalmente viáveis, ainda que o corredor B seja marginalmente mais favorável pela menor expressão de áreas urbanas e agrícolas nos corredores.

7 - CONCLUSÃO

Assim, da análise dos descritores ambientais analisados no Estudo de Impacte Ambiental da Abertura da Linha Batalha-Paraimo, a 400 kV, para a Subestação de Penela, do qual faz parte integrante o presente documento, conclui-se que é possível projetar a linha sem impactes negativos, significativos sobre a generalidade dos descritores ambientais, sendo para aqueles em que são identificados impactes mais relevantes, possível aplicar medidas que evitem ou minimizem esses impactes.

Os corredores desenvolvem-se em áreas predominantemente florestais, uma vez que foi promovido o afastamento das povoações, e apenas é intercalada com algumas áreas agrícolas, o que permite

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evitar/minimizar os impactes mais expressivos na paisagem, ocupação do solo, ordenamento do território, socioeconomia e ambiente sonoro.

Relativamente a disposições legais ou regulamentares consagradas em instrumentos de gestão do território ou decorrentes de servidões administrativas, a Reserva Ecológica Nacional é a condicionante mais afetada, nomeadamente nos sistemas “áreas com risco de erosão” e “áreas de máxima infiltração”. Diversas outras condicionantes impendem sobre os corredores (Reserva Agrícola Nacional, infraestruturas de abastecimento de água, pontos de água para abastecimento de aeronaves no combate a incêndios, vértices geodésicos e servidões rodoviárias), sendo possível, porém, em grande medida, evitar ou minimizar significativamente a sua afetação, com um planeamento cuidado da linha.

Ao nível dos sistemas ecológicos os impactes mais significativos decorrentes da implantação da linha incidem sobre a fauna, em particular sobre o aumento da mortalidade de aves e morcegos por colisão. Ao nível da flora são identificados alguns habitats classificados interferidos pelos corredores em estudo pelo que recomenda-se igualmente que na fase de Projeto de Execução sejam evitadas os Habitats considerados pouco comuns, prioritários ou raros (8240,9340pt2 e 9240) para colocação de apoios.

Deste modo, com base na análise efetuada, conclui-se que os dois corredores da Abertura da Linha Batalha-Paraimo, para a Subestação de Penela, são globalmente viáveis no âmbito de todos os descritores analisados.

Nos descritores Clima, Geologia, Qualidade da água, Ambiente Sonoro e Resíduos não existem diferenças relevantes que permitam distinguir os dois corredores em análise. Nos descritores Recursos Hídricos e Património Cultural ainda que tenham sido identificados alguns possíveis impactes, estes ocorrem na zona de troço comum dos dois corredores pelo que, de igual modo, não é possível distinguir um dos corredores como mais ou menos favorável.

De entre os restantes descritores avaliados comparativamente pode distinguir-se como mais favorável, o Corredor B uma vez que para todos eles é esta a conclusão, ainda que o corredor C apresente também viabilidade.

Assim, concluiu-se que o Corredor mais favorável para implantação da linha é constituído pelo Corredor B.

Saliente-se ainda que, como referido anteriormente, no EIA são apresentadas medidas com vista à minimização das situações potencialmente críticas, pelo que, no desenvolvimento do Projeto de Execução da linha deverão ser respeitadas as medidas recomendadas no EIA, bem como o Regulamento de Segurança das Linhas de Alta Tensão e os Critérios da REN, S.A., ainda mais

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exigentes, nomeadamente no que se refere às distâncias mínimas a obstáculos a respeitar, permitindo evitar a maioria dos impactes identificados.

Conclui-se assim que a infraestrutura em estudo não se afigura como um projeto que, após a sua construção e entrada em funcionamento, provoque impactes negativos elevados no ambiente, particularmente se forem cumpridas todas as recomendações patentes no presente estudo, no Plano de Acompanhamento Ambiental da Obra.

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