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SUBESTAÇÃO DE PARAIMO A 400/220/60 kv

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SUBESTAÇÃO DE

PARAIMO

A 400/220/60 kV

PROJECTO EXECUTIVO

ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL

Consultores de Arquitectura Paisagista e Ambiente, Lda.

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Consultores de Arquitectura Paisagista e Ambiente, Lda.

SUBESTAÇÃO DE PARAIMO A 400/220/60 kV

PROJECTO EXECUTIVO

ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL VOLUM E 1 − RESUMO NÃO TÉCNICO

Este Documento contém 20 Páginas, incluindo páginas de índice, texto e desenho

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Consultores de Arquitectura Paisagista e Ambiente, Lda.

SUBESTAÇÃODEPARAIMO400/220/60 KV PROJECTO EXECUTIVO

ESTUDODEIMPACTEAMBIENTAL APRESENTAÇÃO

A ARQPAIS, Consultores de Arquitectura Paisagista e Ambiente, Lda., em colaboração com a ECOSSISTEMA, Consultores de Engenharia do Ambiente, Lda., apresentam o Estudo de Impacte Ambiental (EIA) relativo à ”Subestação de Paraimo a 400/220/60 kV, em fase de Projecto Executivo.

No âmbito do contrato de fornecimento à REN – Rede Eléctrica Nacional, S.A., do Projecto da subestação em epígrafe, o consórcio EPME/EGSP/ESTEREOFOTO adjudicou à ARQPAIS, Consultores de Arquitectura Paisagística e Ambiente, S.A., em colaboração com a ECOSSISTEMA, Consultores de Engenharia do Ambiente, Lda., a elaboração do respectivo EIA, efectuado de acordo com as condições fixadas no Caderno de Encargos para a sua execução e no respeito pela legislação ambiental aplicável em vigor, nomeadamente o Decreto-lei n.º 69/00, de 3 de Maio e a Portaria n.º 330/01, de 2 de Abril. O Estudo de Impacte Ambiental é composto por:

ƒ pelo presente Resumo Não Técnico,

ƒ Relatório Síntese,

ƒ Anexos Técnicos,

ƒ Estudo das Grandes Condicionantes Ambientais e Selecção da Subestação,

ƒ Plano Geral de Acompanhamento Ambiental,

ƒ Projecto de Medidas de Minimização. Integração Paisagística.

O Estudo de Impacte Ambiental apresentado acompanha o Projecto de Execução da Subestação de Paraimo, da autoria da equipa da REN, SA (pela parte de Projecto Electrotécnico) e da ESTUDOCIVL – Estudos, Projectos E Obras de Engenharia Civil, Lda (pela parte de Engenharia Civil).

Contou ainda com a colaboração de especialistas de reconhecida competência em diversas áreas ambientais, os quais prestam habitualmente a sua colaboração às nossas empresas. Lisboa, Novembro de 2004

ARQPAIS, Lda. ECOSSISTEMA, Lda.

Otília Baptista Freire Júlio de Jesus

(Arqª Paisagista) (Engº do Ambiente)

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SUBESTAÇÃO DE PARAIMO A 400/220/60 kV PROJECTO EXECUTIVO

ESTUDODEIMPACTEAMBIENTAL

VOLUME 1 – R E S U M O N Ã O T É C N I C O

Í N D I C E

Pág.

1 INTRODUÇÃO... 1

2 JUSTIFICAÇÃO DO PROJECTO... 2

3 ANTECEDENTES... 3

4 DESCRIÇÃO DO PROJECTO... 4

4.1 Descrição Geral ... 4

4.2 Localização do Projecto ... 4

4.3 Características Técnicas da Subestação ... 6

4.4 Faseamento e Programação Geral dos Trabalhos... 8

4.5 Actividades de Construção da Nova Subestação ... 8

4.6 Procedimentos Usuais de Exploração e Manutenção da Subestação ... 10

4.7 Desactivação da Subestação... 10

5 CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL DA ÁREA DE ESTUDO E PRINCIPAIS IMPACTES AMBIENTAIS... 10

6 CONCLUSÃO FINAL... 16

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1 - INTRODUÇÃO

O presente documento constitui o Resumo Não Técnico referente ao Estudo de Impacte Ambiental (EIA) da “Subestação de Paraimo a 400/220/60 kV”, em fase de Projecto de Execução.

O Proponente do projecto é a empresa REN – Rede Eléctrica Nacional, S.A., concessionária da Rede Nacional de Transporte (RNT) de energia eléctrica de alta tensão. A entidade licenciadora é a Direcção-Geral de Energia.

O EIA agora apresentado constitui-se como uma das peças que acompanha o Projecto da Subestação de Paraimo a 400/220/60 kV, da autoria do consórcio EPME/EGSP/ESTEREOFOTO, adjudicado a este consórcio no âmbito do concurso lançado pela REN, S.A.

O EIA referente ao Projecto de Execução, tem por objectivo a análise ambiental da implantação da subestação, tendo sido efectuado com vista ao cumprimento da legislação em vigor sobre Avaliação de Impacte Ambiental e aplicável ao projecto em análise, nomeadamente o Decreto-Lei n.º 69/2000, de 3 de Maio, regulamentado através da Portaria n.º 330/2001, de 2 de Abril.

Relativamente à legislação aplicável ao projecto em estudo refere-se o Decreto Regulamentar n.º 1/92 (RSLEAT – Regulamento de Segurança de Linhas Eléctricas de Alta Tensão) e ainda os Decretos-Lei n.º 182/95 (estabelece as bases de organização do sistema Eléctrico Nacional) e n.º 185/95 (estabelece o regime jurídico de exercício de transporte de energia), ambos de 27 de Julho, alterados pelo Decreto-Lei n.º 56/97, de 14 de Março e pelo Decreto-lei nº 24/99, de 28 de Janeiro. Refere-se ainda o Regulamento de Segurança de Subestações e Postos de Transformação e de Seccionamento, aprovado pelo Decreto nº 42895 de 31 de Março de 1960, com as alterações introduzidas pelos Decretos Regulamentares nºs 14/77 de 18 de Fevereiro e 56/85 de 6 de Setembro e Portaria nº 37/70 de 17 de Janeiro, que definem distâncias mínimas dos condutores em tensão à vedação das subestações.

O objectivo deste estudo é, analisar as implicações ambientais de todo o projecto em geral, indicando as principais medidas de minimização dos impactes gerados passíveis da sua implementação em fase de Construção, de Exploração e de Desactivação.

O Estudo de Impacte Ambiental é composto pelo presente Resumo-Não-Técnico, um Relatório Síntese, um volume de Anexos Técnicos, um volume do Estudo das Grandes Condicionantes Ambientais, um Plano Geral de Acompanhamento Ambiental e finalmente o Projecto de Integração Paisagística.

Na elaboração do Estudo foram analisados os seguintes parâmetros ambientais: Factores Físicos (Clima, Geologia e Geomorfologia, Solos, Hidrologia e Hidrogeologia), Qualidade do Ambiente (Qualidade da Água, Qualidade do Ar e Ambiente Sonoro), Sistemas Ecológicos (Flora e Fauna), Património Cultural, Paisagem, Planeamento e Gestão do Território e Componente Social.

O EIA foi elaborado entre Dezembro de 2002 e Abril de 2004.

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2 - JUSTIFICAÇÃO DO PROJECTO

A Subestação de Paraimo, presentemente em estudo, corporiza o planeamento de um novo eixo da Rede Nacional de Transporte, sendo a partir desta subestação que será aberto um novo eixo a 400 kV, passando pela nova Subestação de Bodiosa, na zona de Viseu, até à futura subestação de Valdigem II.

A REN – Rede Eléctrica Nacional, S.A. pretende desta forma licenciar e explorar as Linhas de Muito Alta Tensão de 400 kV do Eixo Paraimo-Bodiosa-Valdigem. Este eixo permitirá estabelecer um caminho alternativo ao Eixo Recarei - Rio Maior, entre a zona Norte, de produção de energia essencialmente hídrica e a zona Sul, de produção de energia essencialmente térmica, com vantagens evidentes em termos de qualidade de serviço e de optimização dos recursos (Figura 1).

Figura 1 - Principais ligações eléctricas na região (Fonte: http://www.ren.pt)

Os projectos incluídos neste empreendimento têm por finalidade a extensão da Rede Nacional de Transporte (RNT) à Beira Alta visando, simultaneamente, criar melhores condições de alimentação dos consumos e facilitar o transporte de energia proveniente de instalações de Produtores em Regime Especial (PRE).

O eixo Paraimo-Bodiosa-Valdigem para além de permitir um melhor escoamento de produção de energia da bacia do rio Douro, vai também contribuir para uma nova interligação com Espanha no escalão de tensão 400 kV, para além de poder vir a servir de transporte da energia proveniente dos

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parques eólicos existentes e previstos nesta região de Portugal, recolhendo, assim, alguma produção de energia proveniente dos PRE.

A Subestação de Paraimo, constitui desta forma, um nó fundamental da RNT que tem por finalidades a interligação das redes de 400 kV e de 220 kV através de Autotransformadores, para além da alimentação da rede regional de alta tensão a 60 kV da EDP Distribuição, quer a partir da rede de 400 kV, quer a partir da rede de 220 kV.

3 - ANTECEDENTES

A REN, S.A. adopta em geral um critério de priorização ambiental e de ordenamento pelo qual, antes de optar pela localização de uma subestação pertencente à Rede Nacional de Transporte (RNT), analisa a viabilidade ambiental das soluções encontradas.

Com o objectivo de conhecer a área onde se irá implantar a subestação em estudo, e propor localizações alternativas que minimizassem a afectação ambiental, foi realizado, em Abril de 2003, um Estudo de Grandes Condicionantes Ambientais e Selecção do local da subestação, tendo sido analisadas as principais condicionantes existentes em diversos locais propostos pela REN, SA.

O estudo da localização para a nova subestação foi naturalmente acompanhado dos contactos com as entidades consideradas potenciais fornecedoras de informação relevante na região, nomeadamente a autarquia abrangida pela localização do traçado, tendo sido atendidos, desta forma, aspectos que se prendem com o Plano Director Municipal e outros instrumentos de ordenamento em vigor ou em elaboração.

Para além do ordenamento e condicionantes, foram atendidos aspectos ambientais, paisagísticos e culturais.

Tendo em consideração que a localização da subestação condiciona o traçado das linhas de alta tensão que a ela se irão ligar, no âmbito desse relatório foi igualmente considerado o corredor das linhas de alta tensão subjacente a cada uma das subestações em estudo. A análise efectuada no âmbito desse Relatório, revelou que a actual localização apresenta vantagens significativas a diversos níveis, reduzindo de forma significativa os impactes detectados quer ao nível da localização da subestação, quer no pressuposto corredor que a ela se irá ligar. A região em estudo não apresenta grandes condicionalismos à implantação da subestação, encontrando-se numa zona de pinhal e matos, afastada dos núcleos urbanos.

Por último é de referir que entre a elaboração do Relatório de Grandes Condicionantes Ambientais e o momento actual correspondente à elaboração do presente EIA, decidiu a REN, S.A. proceder à alteração do nome da Subestação em estudo, passando de subestação de

“Anadia” para subestação de Paraimo, facto relacionado com normalização interna, na sequência da sua localização se encontrar próxima da povoação de Paraimo, na freguesia de Sangalhos.

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4 - DESCRIÇÃO DO PROJECTO

4.1 - DESCRIÇÃO GERAL

A Subestação de Paraimo localiza-se na freguesia de Sangalhos, no concelho da Anadia, localizando-se entre as povoações de Paraimo (norte da subestação) e de Sá (a sudoeste da subestação), estando ligada à linha Bodiosa-Paraimo com uma orientação geral de noroeste/sudeste. Embora concebida integralmente como uma subestação 400/220/60 kV, na fase inicial, a Subestação de Paraimo irá comportar apenas a transformação 400/60 kV.

A subestação irá ocupar uma área com cerca de 56.000 m2, que se irá dividir em três zonas distintas, destinadas respectivamente aos postos de 60 kV, 220 kV e 400 kV. A obra inclui construção de um caminho de acesso à subestação, que será pavimentado em toda a extensão (cerca de 395 m). Na Figura 3 apresenta-se a cartografia do projecto, na escala 1:25.000.

4.2 - LOCALIZAÇÃO DO PROJECTO

O território em estudo abrange a NUT II do Centro, pertencendo ao distrito de Aveiro, concelho de Anadia, freguesia de Sangalhos. Na Figura 2 são apresentados os concelhos abrangidos pelo projecto da linha de muito alta tensão Bodiosa/Paraimo, que se encontra associada a este projecto.

Figura 2 - Localização da subestação de Paraimo no concelho de Anadia. Subestação de Paraimo

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Figura 3 - Implantação do Projecto

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4.3 - CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DA SUBESTAÇÃO

A subestação irá ocupar uma área com cerca de 56.000 m2, que se irá dividir três zonas destinadas, respectivamente, aos parques de 60 kV, 220 kV e 400 kV. O projecto em estudo consiste para além da construção da subestação de Paraimo, na construção de um caminho de acesso à instalação.

Do ponto de vista técnico, o Projecto é constituído pelos seguintes elementos estruturais: Posto de 400 kV, Posto de 220 kV, Posto de 60 kV, Autotransformadores 400/220 kV (450 MVA) e Transformadores 400/63 kV (170 MVA).

A configuração esquemática dos postos de 400 kV e de 220 kV são de disjuntor e meio com dois barramentos. A configuração do posto de 60 kV é de duplo barramento e disjuntores extraíveis motorizados. Quer o Transformador 400/63 kV (170 MVA) quer o futuro Autotransformador 400/220 kV (450 MVA) são máquinas trifásicas de fases dissociadas, em banho de óleo e instalados em celas individuais.

A montagem dos transformadores nestas zonas, baseia-se na fixação de todas as unidades previstas a um maciço de fundação, com recolha periférica de óleo e respectivo encaminhamento para um depósito de retenção.

De acordo com os princípios de coordenação de isolamento adoptados na Rede Nacional de Transportes (RNT), os painéis de linha são protegidos contra sobretensões vindas do exterior por hastes de descarga montadas nas cadeias de amarração e os transformadores são protegidos individualmente com descarregadores de sobretensão montados nos lados da alta e da baixa tensão; complementarmente os enrolamentos de compensação/auxiliar dos transformadores serão igualmente protegidos por descarregadores de sobretensões.

A protecção desta instalação contra descargas atmosféricas directas é constituída, na sua maior parte, por uma rede de cabos de guarda de alumínio-aço do tipo Guinea, amarrados nas cabeças dos pórticos e ligados à rede de terra subterrânea através da massa metálica das próprias estruturas, as quais possuirão na sua base ligadores adequados.

Nas áreas não cobertas pelos referidos cabos de guarda, ou por questões de faseamento de construção, poderão ser utilizadas torres equipadas com pára-raios de haste de Franklin. A rede de terra subterrânea será constituída por condutores de cobre nú de 150 mm2 enterrados à profundidade de 0,80 m, de modo a abranger toda a área ocupada pela instalação. Esta malha tem a configuração indicada na respectiva peça desenhada, sendo utilizados ligadores do tipo "C". A resistência de terra deverá ser inferior a 1 Ω.

Os valores máximos dos campos eléctricos e magnéticos esperados nos 400 kV são de 4,0 kV/m e 13,4 µT, respectivamente. Nos 220 kV, nível de tensão a ser explorado provisoriamente, os valores máximos dos campos eléctricos e magnéticos esperados são de 1,54 kV/m e 11,06 µT, respectivamente. Nos 60 kV os valores máximos dos campos eléctricos e magnéticos esperados são de 9,7 kV/m e 450 µT, respectivamente Estes valores são consideravelmente inferiores aos valores limite recomendados pela Comissão Internacional de Protecção de

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Radiações Não-Ionizantes (ICNIRP na sigla em inglês) para a exposição durante algumas horas diárias (respectivamente 30kV/m e 5000 T). Estas recomendações foram homologadas pela União Europeia em 1999.

A fim de evitar a contaminação dos solos, devido a eventuais fugas ou derrame de óleo dos transformadores de potência, estes equipamentos pesados ficarão instalados em maciços de fundação dotados de recolha periférica de óleo, o qual é encaminhado para um depósito de retenção com capacidade para a maior das máquinas instaladas ou previstas.

O nível máximo de pressão acústica (LpA) produzida por qualquer dos transformadores de potência, está limitado a 80 dB.

No que respeita ao hexafluoreto de enxofre (SF6), gás utilizado como dieléctrico nos disjuntores, há que considerar uma taxa de fuga inferior a 1 %/ano da massa daquele gás, sendo certo que qualquer manipulação é sempre feita de modo controlado entre depósitos exteriores e os disjuntores, quer seja no enchimento ou no esvaziamento. Deste modo, só em casos de acidente haverá fugas significativas para a atmosfera.

O Regulamento de Segurança das Linhas de Energia em Alta Tensão – RSLEAT, aprovado pelo Decreto Regulamentar n.º 1/92, de 18 de Fevereiro, define distâncias mínimas dos condutores das linhas de alta tensão ao solo, às árvores, aos edifícios, às vias e a outras linhas aéreas, não apresentando contudo, qualquer critério condicionante às subestações. Por sua vez o Regulamento de Segurança de Subestações e Postos de Transformação e de Seccionamento, aprovado pelo Decreto nº 42895 de 31 de Março de 1960, com as alterações introduzidas pelos Decretos Regulamentares nºs 14/77 de 18 de Fevereiro e 56/85 de 6 de Setembro e Portaria nº 37/70 de 17 de Janeiro, definem distâncias mínimas dos condutores em tensão à vedação das subestações, as quais de acordo com o Projecto de Execução se encontram cumpridas.

Muito embora esteja previsto no regime legal de construção e exploração de linhas aéreas a constituição de uma servidão administrativa, numa faixa com a largura máxima de 45 m, que constitui a zona de protecção, na qual são condicionadas, ou sujeitas a autorização prévia, algumas actividades, as subestações não apresentam qualquer tipo de faixa de protecção à construção, uma vez que a área afecta à mesma se encontra vedada.

Relativamente à drenagem da plataforma, refere-se que as águas superficiais são encaminhadas para o exterior da plataforma pela execução de uma pendente variável entre 0,3 e 2 % na plataforma no sentido E-W. Para a drenagem das águas pluviais no interior da plataforma propõem-se valetas trapezoidais ao longo de arruamentos perpendiculares ao sentido do escoamento, ligadas através de sumidouros a colectores em betão que conduzirão as águas para o exterior da plataforma, lançando-as nos terrenos circundantes através de bocas de saída em betão armado.

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4.4 - FASEAMENTO E PROGRAMAÇÃO GERAL DOS TRABALHOS

A calendarização deste projecto, indicada pela REN, S.A., prevê com os devidos ajustes necessários ao desenrolar do processo de Avaliação de Impacte Ambiental:

ƒ O início da fase de construção, logo após o licenciamento do projecto, que ocorre após a emissão da Declaração de Impacte Ambiental;

ƒ A 1ª fase (fase inicial) da obra está prevista entrar em serviço em Junho de 2005 com a instalação de um painel de Transformador 400/63 kV - 170 MVA (P441), de 2 painéis de Linha a 400 kV e um painel de TT/ST. Do lado do posto de 60 kV está prevista a construção de 3 painéis de linha a 60 kV, um painel de Transformador 400/63 kV - 170 MVA (P610), bem como um painel de interbarras.

ƒ A 2ª fase da obra está prevista para Novembro de 2005, onde será construído um painel de Autotransformador 400/220 kV - 450 MVA (P431) e um painel de TT/ST. Do lado do posto de 220 kV prevê-se a instalação de 2 painéis de linha a 220 kV, um painel Autotransformador 400/220 kV - 450 MVA (P271) e um painel TT/ST.

ƒ A configuração da 3ª fase da subestação está prevista para Novembro de 2006, com a instalação de um painel de Linha (P272 - Bodiosa) a 220 kV.

ƒ O período de concessão do projecto é idêntico ao da Rede Nacional de Transporte: 50 anos, contados desde a data de assinatura do contrato de concessão (2000-09-06).

O investimento global previsto pela REN, S.A. para a Instalação da subestação de Paraimo é de 20.087.522,98 €.

4.5 - ACTIVIDADES DE CONSTRUÇÃO DA NOVA SUBESTAÇÃO

Em termos de execução do projecto de construção civil, os primeiros trabalhos a executar serão os necessários à realização da plataforma onde se localizará a Subestação, nomeadamente, todos os movimentos de terras e terraplenagens. Após a realização da plataforma proceder-se-á à execução das estruturas da subestação. Nesta fase, prevê-se a utilização de uma área para o parque de máquinas, armazenamento de materiais, instalações sanitárias e escritórios provisórios, nas proximidades da plataforma. Encontra-se prevista ainda a organização de um estaleiro, posicionado na plataforma, para localização das oficinas para preparação de cofragens, execução de armaduras, armazéns de materiais, escritórios e instalações sanitárias de apoio à obra. Para além disso, tendo em consideração que esta subestação terá a sua construção faseada no tempo, serão executadas de forma intercalada as instalações e equipamentos de acordo com o planeamento da REN, SA.

A construção da nova subestação envolve as seguintes actividades:

ƒ Instalação de estaleiro(s)/parque(s) de material: tendo em consideração o faseamento de obra previsto, tem-se como mais vantajosa a instalação do estaleiro em locais distintos: para as terraplenagens será instalado um estaleiro provisório fora do local da

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plataforma, mas num terreno próximo da zona da plataforma. Este estaleiro será mais ligeiro que o final, já que nesta fase tanto a carga de pessoal como de material será bastante menor. O terreno foi ainda escolhido em função da vegetação existente, evitando-se por exemplo escolher um local que obrigue ao desbaste de árvores. Terminadas as operações de terraplenagens, o estaleiro será então instalado na zona da plataforma.

ƒ Desmatação e Terraplenagem – Irá verificar-se desmatação e terraplenagem, na execução das estradas de acesso à plataforma e para o estabelecimento da plataforma da Subestação. Será removida a camada de terra vegetal superficial, prevendo-se o seu reaproveitamento para revestimento de taludes, e as camadas seguintes nas alturas necessárias para o estabelecimento das cotas de trabalho definidas no projecto. As terras excedentárias serão transportadas para o aterro municipal existente na localidade.

ƒ Tendo em conta que se prevê a reutilização de cerca de 1.085 m3 de terras de decapagem no revestimento de taludes, estima-se assim ser necessário depositar em vazadouro cerca de 11.259 m3 de terras.

ƒ Construção dos maciços de fundação – Inclui a instalação da rede de terra. Envolve operações de betonagem no local.

ƒ Construção de edifícios na plataforma (edifício de comando, casa de serviços auxiliares e casa de painel), incluindo estrutura, instalações eléctricas, instalações de ar condicionado, detecção de incêndios e acabamentos de arquitectura.

ƒ Execução de rede de abastecimento de água no edifício de comando e casa de funções auxiliares, incluindo depósito enterrado.

ƒ Execução de redes de drenagem de águas residuais e pluviais, incluindo bocas de saída/descarga nas linhas de água existentes, poço absorvente e fossa séptica.

ƒ Estruturas diversas da Plataforma, incluindo maciços enterrados para fundação de pórticos metálicos e de suporte de aparelhagem exterior, em betão armado; caleiras de cabos, em betão armado; troços de valetas, em betão; rede de terras; espalhamento de gravilha; vedação do terreno de propriedade da REN, SA; vedação de segurança da plataforma; arruamentos interiores da plataforma; outros trabalhos diversos decorrentes do mapa de trabalhos.

ƒ Colocação das estruturas – Transporte, assemblagem e levantamento das estruturas metálicas. As peças são transportadas para o local e levantadas com o auxílio de gruas. Para a execução dos trabalhos de betão, nomeadamente a estrutura dos edifícios, as caleiras pré-fabricadas de cabos, os muros pára-fogo, os maciços, as bacias, os depósitos e as caixas, prevê-se o recurso ao betão pronto, utilizando-se pontualmente, em trabalhos em que não se justifique o emprego do betão pronto, o betão fabricado em pequenas betoneiras eléctricas, de baixa produção de ruídos.

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Todas as viaturas são abastecidas directamente nos postos de venda de combustíveis pelo que também não existem em estaleiro depósitos significativos de combustíveis ou lubrificantes. 4.6 - PROCEDIMENTOS USUAIS DE EXPLORAÇÃO E MANUTENÇÃO DA SUBESTAÇÃO

Durante o período de funcionamento da subestação têm lugar acções programadas de inspecção e vistoria. Estas acções, também chamadas inspecções de rotina, constam sobretudo de inspecções visuais aos diversos aparelhos existentes no parque de AT da subestação e do registo de algumas medidas.

Relativamente às operações de manutenção, desencadeadas apenas quando detectada a sua necessidade, refere-se a lavagem de isoladores com água desmineralizada e reparação/substituição de elementos da subestação.

4.7 - DESACTIVAÇÃO DA SUBESTAÇÃO

Este tipo de infra-estruturas tem uma vida útil longa (não menos de 50 anos) não sendo possível prever, com rigor, uma data para a sua eventual desactivação. Não é previsível o abandono da subestação, sendo intenção da REN, S.A. proceder às alterações, remodelações e actualizações que as necessidades de transporte de energia ou a evolução tecnológica aconselhem.

5 - CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL DA ÁREA DE ESTUDO E PRINCIPAIS

IMPACTES AMBIENTAIS

Dadas as características climáticas da região em estudo e do projecto a construir, não se prevêem impactes do mesmo sobre o clima ou microclima da região.

Quanto à geomorfologia e geologia, a área em estudo, localizada na denominada Orla Meso- Cenozoica Ocidental, a sul do rio Vouga, apresenta-se enquadrada no vale do rio Cértima, predominando as rochas predominantemente detríticas terciárias e quaternárias. As formações sedimentares dominam este território, dando origem a um extracto geológico de menor dureza e mais homogéneo texturalmente, caracterizado pela deposição de sedimentos marinhos e continentais. No que respeita à sismicidade, a região caracteriza-se por uma reduzida actividade sísmica, agora foram do grau V na escala de Mercalli modificada, que de acordo com esta escala, são sentidos por pessoas nas ruas, objectos pequenos e instáveis deslocam-se, o estuque dos tectos cai e partem-se pratos e vidros de janelas. De salientar também que, em termos de recursos minerais, o local de implantação da subestação e respectivo acesso se inserem numa área cativa para Argilas (Aguada/Anadia). Contudo, uma vez que não existe exploração nessa área cativa, não existe impedimento ao estabelecimento da subestação. Os impactes decorrentes da realização do projecto serão pouco significativos ao nível da geologia. Relativamente à construção da subestação e respectivos acessos, as principais

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actividades susceptíveis de induzir impactes sobre a geologia e geomorfologia serão as terraplenagens necessárias à criação da plataforma onde se irá implantar a subestação, bem como as escavações e aterros a efectuar no decurso da construção do caminho de acesso, alterando-se em qualquer um dos casos a topografia preexistente e, pontualmente, as condições fisiográficas, prevendo-se ainda terras sobrantes que deverão ser conduzidas ao aterro municipal existente. No entanto, refira-se que no Projecto de Execução foram desenvolvidas medidas específicas para minimizar estes impactes, pelo que os impactes negativos resultantes se consideram pouco significativos.

No caso da desactivação da subestação, a qual não se encontra prevista, mas apenas a sua modernização à medida que ocorrem avanços tecnológicos, considera-se que a principal acção indutora de impactes negativos sobre este descritor será a desmontagem dos equipamentos com o posterior abandono da plataforma executada. O principal impacte daí decorrente será a indução a médio-longo prazo de fenómenos de erosionamento resultantes das escorrências em solo nu.

Como medidas de minimização, importa salientar que, caso se venha a verificar a desactivação da subestação, a área ocupada pela plataforma deverá ser alvo de recuperação paisagística de forma a restabelecer na medida do possível a topografia do local, e as respectivas condições fisiográficas.

No que respeita aos solos, na área de influência do projecto, verifica-se que este é derivado de arenitos, é pobre e apresenta locais de encharcamento prolongado.

Da análise do projecto verifica-se a construção da subestação não provocará a destruição de solos com aptidão agrícola ou classificados na Reserva Agrícola Nacional (RAN). A estrada de acesso à subestação afectará uma pequena área de solos que actualmente pertencem à RAN, mas que se prevê que a breve prazo seja englobada na zona industrial.

Outras medidas serão tomadas para que sejam muito reduzidos os prejuízos nos solos, destacando-se a escolha criteriosa dos locais para implantação do estaleiro da obra e para depósito das terras sobrantes da construção da plataforma e ainda a sementeira dos taludes, para reduzir a erosão.

Relativamente aos recursos hídricos, verifica-se que a subestação em estudo se encontra localizada na bacia hidrográfica do rio Vouga. Tendo em consideração que a área em estudo se localiza numa zona de vale do rio Cértima, afluente da margem esquerda do rio Vouga, o projecto poderá apenas interferir com linhas de água de regime temporário com um caudal bastante reduzido. Tendo em conta as características do projecto, prevê-se que o mesmo não induza impactes negativos significativos sobre este descritor. Durante a fase de construção da subestação, as acções potencialmente geradoras de impactes nos cursos de água superficiais e subterrâneos são a instalação de estaleiros/parques de materiais, os trabalhos de terraplenagem, incluindo desmatação, escavações e aterros e a construção do caminho de acesso. No entanto, serão adoptadas diversas medidas que permitirão a minimização dos impactes.

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Durante a fase de exploração, o principal impacte advêm da impermeabilização do terreno, que originará a alteração das condições de drenagem natural, aumentando o escoamento superficial e diminuindo a recarga de aquíferos. Este impacte não terá grande significado na zona em estudo, uma vez que o projecto da plataforma inclui drenagem de águas pluviais, a topografia apresenta-se aplanada, pelo que embora sendo um impacte permanente é considerado pouco significativo e localizado. Além disso, uma área considerável da plataforma tem revestimento apenas com gravilha, permitindo a infiltração da água.

Quanto à qualidade da água, o abastecimento público e o consumo agrícola constituem as utilizações mais significativas da água. As fontes poluidoras de origem doméstica são as maiores responsáveis pela degradação da qualidade das águas. Os impactes na qualidade da água não serão relevantes, sendo apenas de referir o impacte pouco significativo do arrastamento de material particulado para as linhas de água existentes nas proximidades e o risco de contaminação do nível freático em caso de derrame do óleo, resultante de avaria grave e pouco provável das unidades de transformação. No entanto, o projecto prevê medidas adequadas para a sua minimização; em caso de derrames ou perdas importantes de óleos dos transformadores, a subestação está equipada com um sistema de alarme.

Quanto à qualidade do ar considera-se que a zona de implantação da Subestação não apresenta focos de poluição relevantes. Relativamente aos impactes na qualidade do ar, provocados pela construção do projecto em estudo, consideram-se pouco significativos, resultantes essencialmente da emissão de partículas. Durante a fase de exploração poderá ocorrer o risco de fuga de Hexafluoreto de Enxofre (SF6) para a atmosfera. Apesar do SF6 contribuir para o efeito de estufa, não estão previstas interferências com a qualidade do ar da região.

Os impactes decorrentes da eventual desmontagem da Subestação são pouco significativos, prevendo-se um ligeiro aumento da emissão de poeiras derivado das actividades de desmontagem das respectivas fundações, mas que será muito localizado, não assumindo qualquer expressão na qualidade do ar da área.

Do ponto de vista do ambiente sonoro, o levantamento acústico efectuado na envolvente da Subestação permitiu verificar que as principais fontes de perturbação do ambiente sonoro na área de estudo são o tráfego das vias rodoviárias, nomeadamente a EN 235 e a estrada que liga Sá a Paraimo, a via ferroviária do Norte e o ruído produzido pelas actividades rurais e movimentação de pessoas. Considerando a tipologia da ocupação e os níveis sonoros de referência, a generalidade da área envolvente à subestação enquadra-se na classificação de

“zona mista” e, pontualmente, na classificação de “zona sensível”.

Na fase de construção, observa-se que praticamente todas as operações de construção empregam equipamento e maquinaria ruidosa. Consequentemente, as operações ruidosas ocuparão o tempo total de construção.

As previsões mostram que o ruído de construção poderá afectar utilizações situadas numa vizinhança até cerca dos 800 m, que sejam sensíveis ao ruído, essencialmente, por terem utilização habitacional. As acções de construção serão causadoras de impactes negativos,

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pouco significativos, temporários e reversíveis, mesmos quando ocorram na proximidade de zonas edificadas.

Na fase de exploração, as operações de funcionamento têm um carácter permanente, admitindo um regime de funcionamento contínuo, e resultará da existência do “efeito coroa” (este efeito assumirá proporções residuais) e do funcionamento das unidades de transformação (transformadores e autotransformadores).

Relativamente ao funcionamento das unidades de transformação, está estipulado, segundo especificações técnicas da REN, S.A um limiar máximo de 80 dB(A) para o ruído intrínseco ao funcionamento das referidas máquinas eléctricas.

Os níveis de ruído serão, para distâncias à Subestação superiores a 50 m, inferiores ao valor máximo em que não se verifica incomodidade, segundo o critério da EPA (52,5 dB(A)). A 100 m de distância à Subestação, os valores reduzem-se para 44 dB(A).

A operação da Subestação de Paraimo não incrementa os níveis de ruído ambiente em nenhum dos receptores sensíveis. Deste modo, o impacte classifica-se como negativo, muito pouco significativo, permanente e irreversível.

Os impactes do ruído na fase de desactivação serão do mesmo tipo dos que ocorrem na fase de construção, com excepção do eventual desmonte dos maciços de fundação que obrigará ao recurso a martelos-perfuradores, verificando-se então a geração de níveis de ruído superiores. Recomenda-se assim que as operações de construção, em especial as mais ruidosas, deverão apenas ter lugar no período diurno dos dias úteis, de acordo com os critérios legais vigentes. Para a fase de exploração não se justifica qualquer medida de mitigação no entanto, a eventualidade de se realizarem de acções de monitorização do ruído ficará dependente da existência de eventuais reclamações.

Relativamente à gestão de resíduos, o projecto em estudo insere-se na área Centro-Norte. Na metodologia de gestão de resíduos adoptada pela REN, S.A. (considerada adequada pelo Instituto dos Resíduos), o local de depósito dos resíduos produzidos será a Subestação de Pereiros. A gestão de resíduos da fase de construção, exploração e desactivação não apresenta impactes relevantes, devendo cumprir-se a legislação em vigor, assim como as medidas indicadas no EIA. Relativamente aos sistemas ecológicos, considera-se que no que respeita à fauna, no conjunto de habitats da área de estudo podem ocorrer 20 espécies de Mamíferos, 72 espécies de Aves, 8 espécies de Répteis e 7 espécies de Anfíbios. Entre os Mamíferos que frequentam a área destaca-se as cinco espécies de Morcego, ainda que só um possua estatuto de conservação segundo o Livro Vermelho dos Vertebrados. Entre as aves que potencialmente se encontra na área, 3 possuem estatuto de conservação elevado, a Cegonha-branca, a Rola e o Noitibó da Europa. Uma espécie dos Répteis e duas espécies dos Anfíbios também merecem atenção pois são referidas no Anexo IV da Directiva Habitats, o Sardão, o Sapo-de-unha-negra, o Sapo- corredor e a Rela-comum.

As principais acções causadoras de impacte estão concentradas na fase de construção do projecto, envolvendo trabalhos preparatórios como a desmatação e nivelamento de terrenos,

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mas também a própria actividade das equipas de construção. No entanto, todos os impactes considerados foram classificados com magnitude reduzida. A eliminação mecânica de toda a vegetação na área dos edifícios, parques de máquinas, armazenamento de materiais e nas melhorias dos acessos, deverá afectar apenas espécies de crescimento rápido, nomeadamente Eucaliptos. Para a fauna isso resultará apenas numa ligeira diminuição dos locais de protecção e abrigo. A presença de equipas de trabalhadores têm características bastante intrusivas, mas constitui um aumento pouco significativo em relação à perturbação do Loteamento Industrial adjacente. O impacte de Alteração dos caudais das águas superficiais, que expressa alguma preocupação com os lençóis freáticos elevados, poderá afectar os Anfíbios da orla húmida a Norte da alternativa A original. No entanto a contribuição da construção e exploração da subestação de Paraimo será negligenciável.

Devido aos efeitos reduzidos dos impactes identificados não será necessário a aplicação de medidas de minimização específicas, bastando as medidas de carácter geral previstas para este tipo de projectos.

A zona de instalação da subestação de Paraimo atravessa uma zona pouco diversificada em termos de vegetação, predominando os pinhais bravos, os eucaliptais e os matos. Na área em estudo não existem áreas protegidas (Decreto-Lei n.º 19/93, de 23 de Janeiro) nem Sítios da Rede Natura 2000 (Decreto-Lei n.º 140/99, de 24 de Abril). Os habitats de maior interesse na zona são os matos.

Os impactes são essencialmente exercidos pela instalação da plataforma (desmatação e terraplenagem) e pela beneficiação/rectificação dos acessos à subestação (desmatação e movimentação da maquinaria afecta à obra).

No que respeita à vertente do património, o presente estudo teve como objectivos principais identificar os elementos patrimoniais, arqueológicos e edificados, que possam sofrer um impacte directo ou indirecto decorrente da construção do empreendimento em causa, analisar esses impactes e preconizar medidas minimizadoras dos mesmos.

Foi realizada uma pesquisa bibliográfica e documental, foram contactadas todas as entidades que pudessem fornecer informações úteis ao estudo e realizada a prospecção sistemática da área de projecto e da sua envolvente. Contudo, não foram identificados elementos patrimoniais passíveis de ser afectados pela implantação do projecto. Apesar disso, o acompanhamento arqueológico dos trabalhos deverá ser sistemático e presencial em todas as fases que impliquem desmatação do terreno e revolvimento de solos.

No que diz respeito à paisagem, a subestação em estudo situa-se no concelho de Anadia, na freguesia de Paraimo, num espaço com baixa densidade de ocupação edificada.

Relativamente à área afecta à implantação da subestação em estudo, verifica-se uma ocupação do solo com floresta de produção de eucaliptos, pinheiros, surgindo também alguns matos. Esta área contrasta com a sua envolvente na medida em que esta é rica em vinhas, em grande densidade e extensão, pertencendo por isso à região demarcada de vinhos da Bairrada.

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Surgem, nesta paisagem de elevada valorização, pequenos aglomerados populacionais com um núcleo bem definido e também com uma disposição linear ao longo das vias de comunicação, sendo por vezes difícil perceber o início e fim de cada povoação, havendo quase sempre fusão entre povoações adjacentes. Localizado a norte do terreno para a instalação da subestação, o caminho de acesso a esta infra-estrutura garante a ligação entre esta e a área industrial, sendo fundamentalmente utilizado pelos operadores da subestação.

A morfologia do terreno na área de implantação da subestação, como também na sua envolvente, uma vez que é suave, não implica grandes variações em termos de declives ou de exposições, apresentando assim a área uma paisagem relativamente uniforme, variando apenas entre floresta de produção, culturas agrícolas ou pequenos aglomerados urbanos. Tendo em consideração que a área em estudo se encontra implantada num local com cerca de 49m de altitude, apresentando a área envolvente a esta estrutura uma baixa variação de altitudes, não é permitido a observação de grande diversidade de planos visuais, apresentando-se assim esta zona como um local pouco exposto.

A subestação em estudo, não apresenta impactes elevados sendo, praticamente, nulos pelo facto da sua pouca visibilidade a partir dos principais pontos da sua envolvente: áreas habitacionais e vias de comunicação. Outros factores que contribuem para a sua baixa visibilidade são o relevo suave por vezes até, muito suave e a densa vegetação que se encontra no local (eucaliptal, pinhal e matos). Através da análise efectuada verifica-se, de um modo geral, que a área envolvente à subestação, apresenta média a elevada absorção visual.

Foram propostas algumas medidas de minimização, que passam pela implementação em fase de obra, de uma série de acções, que têm como principal objectivo uma melhor recuperação paisagística dos locais intervencionados, das quais se destacam as seguintes: reposição da situação semelhante à envolvente após a construção da subestação; limpeza da via pública sempre que nela sejam vertidos materiais de construção ou materiais residuais da obra, não perturbando a sua utilização pela população.

No que se refere ao planeamento e gestão do território, a Subestação de Paraimo irá ocupar solos classificados pelo PDM de Anadia (único instrumento de gestão do território com aplicação nesta área) como Espaço Florestal (actualmente ocupados por eucalipto) e como Espaço Agrícola.

Este local fica fora de áreas urbanas ou de equipamento, e contíguo ao previsto Loteamento Industrial Camarário de Paraimo (em fase de desenvolvimento) podendo os seus impactes ser considerados como praticamente nulos.

No entanto, a Subestação será construída sobre uma área de Reserva Ecológica Nacional (área de máxima infiltração), sendo contudo estes impactes considerados como pouco significativos. Na fase de funcionamento da subestação não serão provocadas quaisquer novas alterações nas áreas florestais ou prejuízos nas áreas agrícolas.

No que se refere à análise da componente social, o local previsto para a construção da Subestação de Paraimo situa-se num local de características rurais, mas em processo de transformação, pela densidade e pressão das utilizações urbanas e industriais próximas.

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O afastamento em relação a habitações e equipamentos públicos permite considerar os impactes decorrentes da presença da Subestação como não significativos, nomeadamente o ruído emitido pelo seu equipamento.

Os principais impactes esperados terão lugar durante a fase de construção, causados pelo tráfego de máquinas e veículos pesados, que deverão evitar o atravessamento de povoações, e pela presença de um número considerável de trabalhadores.

Considera-se que embora as características do projecto e as características do território da sua implantação não façam prever a ocorrência de impactes significativos na Componente Social, poderá ser utilizado pelo público em geral o mecanismo já existente de atendimento ao público da REN, SA, quer para a fase de obra quer para a fase de exploração, que permita a recolha e encaminhamento de reclamações, sugestões e esclarecimentos.

Refira-se ainda que no Plano de Segurança e Saúde da REN, S.A., especificamente elaborado para esta Subestação, para além da identificação e caracterização dos potenciais riscos associados à presença e exploração da Subestação, define os procedimentos habituais levados a cabo pela REN, S.A., em caso de ocorrência de situações de acidente e emergência, de forma a minimizar os potenciais efeitos negativos das mesmas.

6 - CONCLUSÃO FINAL

Considera-se que um factor de extrema importância na localização da Subestação de Paraimo é a articulação das novas infra-estruturas de linhas de alta tensão que a ela se irão ligar com os planos de ordenamento do território existentes, atendendo às condicionantes legais e sua delimitação espacial, sendo relevante nomeadamente a salvaguarda do uso e ocupação do solo nas zonas adjacentes à instalação tendo em vista a saída de linhas.

Um dos factores preponderantes na escolha da localização para uma instalação da RNT, consiste em evitar, sempre que possível a proximidade de zonas urbanas/urbanizáveis e industriais. Ainda que a legislação actualmente em vigor não impossibilite a implantação de subestações em zonas urbanas, existe a este respeito sensibilidade por parte da REN, SA, na medida que é reconhecido que as instalações de transporte de energia criam desconforto a nível social, reduzindo a qualidade de vida das populações.

Com o objectivo de conhecer a área de instalação da subestação em estudo, de forma a minimizar a afectação ambiental, foi realizado, em Abril de 2003, um Estudo de Grandes Condicionantes Ambientais, tendo sido analisadas as principais condicionantes existentes numa área de estudo com três localizações possíveis para a subestação, propostas pela REN, SA. A análise ambiental efectuada permitiu seleccionar a localização ambientalmente mais favorável, tendo sido adoptada no projecto de execução, sendo alvo do presente EIA. Refere- se igualmente que, de modo a possibilitar uma escolha tão completa e informada quanto possível para o local da subestação, foram igualmente identificadas e analisadas as condicionantes, não só do local da subestação, mas também dos corredores das linhas que a

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ela se irão ligar, que irão constituir a Linha Bodiosa/Paraimo a 400 kV e as ligações às linhas já existentes de Recarei/Rio Maior a 400 kV e de Mourisca/Pereiros a 220 kV.

A análise efectuada no âmbito desse Relatório, revelou que o local da subestação seleccionado e respectivos corredores, permitem a minimização de diversos impactes previamente identificados, nomeadamente o atravessamento de:

ƒ diversas áreas urbanas e urbanizáveis;

ƒ áreas incluídas na REN (Reserva Ecológica Nacional);

ƒ áreas florestais sujeitas a regime de protecção;

ƒ áreas de expansão industrial;

ƒ áreas com elementos patrimoniais.

Desta forma, considera-se que a subestação se encontra localizada numa região ambientalmente mais favorável, minimizando/evitando diversos impactes inerentes quer à sua fase de construção, quer à sua fase de exploração, na região envolvente.

A subestação localiza-se numa área predominantemente de floresta de produção, sobretudo de pinhal, e de matos rasteiros; desenvolvendo-se a sul da zona industrial prevista na revisão do PDM de Anadia.

Toda a área envolvente apresenta características semelhantes, com floresta de produção, sendo escassas as circulações nas proximidades do caminho a construir, já que as actividades aqui desenvolvidas não implicam permanência de pessoas nem deslocações frequentes. Esta situação permite boas condições para o estabelecimento futuro de corredores para a passagem de linhas de alta tensão que se venham a ligar à Subestação.

Para além disso, o solo afecto à área em estudo, apresenta fraca aptidão pedológica, que lhe conferem reduzida aptidão para outros usos mais valorizados que os existentes actualmente. Desta forma, conclui-se da análise efectuada aos vários descritores ambientais no âmbito do Estudo de Impacte Ambiental da Subestação de Paraimo a 400/220/60 kV, tendo em consideração quer as fases de construção, de exploração e de uma possível desactivação, que não se prevêem impactes negativos significativos sobre a generalidade destes descritores. No presente EIA, apresentam-se diversas medidas com vista à minimização das situações consideradas potencialmente críticas em cada uma das fases.

Salienta-se porém, que a REN, SA apresenta actualmente um Sistema de Gestão Ambiental, certificado de acordo com a norma ISO 14001, que permitirá a implementação do Plano de Acompanhamento Ambiental proposto no presente EIA, assim como diversas acções definidas especificamente para a gestão ambiental da Subestação, visando o cumprimento da legislação ambiental aplicável em vigor. De entre estas acções destaca-se o Plano de Gestão de Resíduos, considerado como adequado pelo Instituto Nacional dos Resíduos (INR).

Referências

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