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É preciso respeitar a autonomia da escola

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JORNAL DO SISMMAR | www.SISMMAR.com.br | 41ª edição | Outubro 2013

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É preciso respeitar a autonomia da escola

Reposição

O magistério muni-cipal tem compromisso com a educação e vai cumprir a LDB. Os estu-dantes têm direito a 800 horas ou 200 dias letivos

É do Conselho Escolar de cada unidade a incumbência de organizar o calendário

A professora Sônia Guariza de Miranda conversou com profissio-nais da Educação Especial na tarde do dia 20 de setembro, no Sismmar. Ela esclareceu e discutiu a nota téc-nica 05/2013, emitida pelo Conselho Nacional de Educação. Este docu-mento prevê o financiadocu-mento e o atendimento dos educandos com necessidades educativas especiais apenas nos Centros de Atendimen-to Especializado e exclui as escolas e classes especiais.

Segundo a professora, essa no-ta técnica é apenas uma orienno-tação. Não tem valor de lei. Sônia indicou outros documentos que podem orientar a discussão, como a LDB 9394/96 e o Decreto 6571/08.

ção da escola especial não é idêntica à da escola regular e deve contemplar muito mais do que a escolarização.

É preciso lutar pela continuação desta modalidade, mesmo a contra-gosto daqueles que tentam forçar um modelo de inclusão que não é factí-vel. Devemos propor discussões que indiquem mudanças ao modelo atual e não a sua extinção.

PNE

O novo relatório sobre o Plano Nacional de Educação (PNE), apre-sentado Vital do Rêgo (PMDB-PB), poderá superar o impasse em torno da Meta 4, que garante acesso à edu-cação básica para alunos com defici-ência de 4 a 17 anos.

Atendendo ao forte lobby de Os documentos oficiais trazem

mais do que normas ou regulamen-tações sobre os sistemas de ensino. Eles demonstram concepções de mundo, de sociedade, do ensino e dos educandos, tenham necessida-des especiais ou não.

Na Educação Especial é muito arriscado pensar em um modelo que prevê o fim dos atendimentos, bara-teando os custos. Há estudantes que demandam atendimento por longos períodos. Portanto, não é possível pensar o atendimento desses edu-candos apenas do ponto de vista financeiro, sem pensar nas pessoas que usufruem os serviços.

Conforme explica a professora Sônia, devemos entender que a

fun-entidades como a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), o relatório altera a redação dada por José Pimentel (PT-CE). Os repasses do Fundeb às instituições que oferecem ensino especial seriam encerrados em 2016. Diante dos protestos, Vital retirou essa previsão.

O Ministério da Educação (MEC) é a favor da inclusão de todas as crianças entre 4 e 17 anos na escola regular, independente do grau de de-ficiência intelectual. Defende ainda, que os alunos precisam de acompa-nhamento especial diferenciado no contraturno, o que pode ser ofere-cido em salas de recursos instaladas nas próprias escolas ou em centros especiais, como as Apaes.

Ensino Especial

no ano. A reforma da LDB ocorrida neste ano estendeu esta prescrição às pré-escolas. Portanto, as aulas e os conteúdos não ministrados durante a

RelevO surgiu em agosto de 2010 como meio alternati-vo para publicar crônicas e textos que não têm espaço na mí-dia. Com o passar das edições, novos escritores se inseriram e o jornal foi recebendo contos, trechos de romances, poesia e artigos de crítica literária.

O RelevO não tem fins lucrativos. O projeto sobrevive com investimento de assinantes e anunciantes.

Contato: jornalrelevo@gmail.com

Leia as edições na internet www.issuu.com/jornalrelevo

RelevO

Leia e asssine

www.sismmar.com.br

O sindicato baseia sua posição na Resolução 09/06 do CME.

Tempo integral No caso dos Cmeis, o Sismmar entende que os alunos já são contem-plados com mais de 800 horas letivas anuais, pois o atendimento na maioria das vezes ocorre em tem-po integral. Portanto, não haveria por que se exigir reposição nestes casos.

Para as pré-escolas, a Smed entende que traba-lho pedagógico é apenas

Nota técnica restringe atendimento aos CAEs

greve serão repostos. São

26 horas, ou seis dias e meio letivos.

A Smed propôs um calendário de reposi-ção que prevê aulas até 23 de dezembro. Mas o Sismmar alerta que é do Conselho Escolar de cada unidade a incumbência de organizar o calendá-rio de reposição. À Smed e ao Conselho Municipal de Educação competem aprovar e fiscalizar o cum-primento da deliberação, conforme a LDB.

aquele desenvolvido na presença dos professores. Por isto, vêm exigindo dos docentes o cumprimento da compensação.

O sindicato orienta que o Conselho Escolar avalie se foi cumprida a exigência legal – tempo mínimo e conteúdo – e encaminhe documento à Smed e ao CME relatan-do a realidade local. Se os dispositivos legais estive-rem contemplados, não há razão para fazer repo-sição.

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JORNAL DO SISMMAR | www.SISMMAR.com.br | 41ª edição | Outubro 2013

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Etapa estadual foi

realizada em Curitiba

Conae 2014

Uma das polêmicas em torno da reposição se refere às atendentes que atuam nas turmas de pré-escola nos Cmeis. Segundo a Smed, a reposição é obrigatória apenas aos profissionais que exercem a docência, ou seja, os professores. Os/as aten-dentes infantis, portanto, es-tariam desobrigados/as.

Por sua vez, as aten-dentes infantis lutam pelo reconhecimento como pro-fissionais da educação. Delas

No final de setembro a Co-missão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal aprovou o parecer do senador Vital do Rêgo ao PLC 103/12, que trata do Plano Nacional de Educação (PNE). A matéria agora está na Co-missão de Educação.

Para pressionar o Senado pela aprovação do PNE, a Confe-deração Nacional dos

Trabalhado-res da Educação (CNTE) montou acampamento na frente do Con-gresso Nacional. Caravanas dos diversos estados se revezaram a cada semana para manter as ati-vidades.

Devido a isto, a CNTE conse-guiu negociar algumas alterações ao projeto. Porém, a proposta aprovada contempla em parte os anseios dos educadores. Para

A CNTE criticou alterações

do parecer aprovado para o PNE

a. a inclusão da pré-escola nas exceções do financiamento público; b. a extinção das conferências municipais e estaduais precedentes à Conae; c. a extinção do prazo para regulamentar a gestão democrática;

d. a extinção do prazo para regulamentar o Sistema Nacional de Educação; e. a retirada dos pré-requisitos de diagnóstico, metas e estratégias para

protocolar novos PNEs;

f. a extinção do prazo para aprovar a Lei de Responsabilidade Educacional; g. a supressão da estratégia que previa a complementação da União ao

CAQi e ao CAQ.

Projeto da CCJ do Senado recebe críticas

PNE

Os parâmetros da educação brasileira e as necessidades e propos-tas do ensino no Paraná foram dis-cutidos na etapa estadual da Conae. Participaram 1200 representantes municipais e regionais nas atividades realizadas no Centro de Convenções de Curitiba, de 24 a 26 de setembro.

Para fazer o debate e organi-zar as propostas, representantes de instituições sindicais, educacionais e governamentais dividiram-se em tor-no de sete eixos. Das 44 conferências municipais e intermunicipais foram retiradas 18 mil emendas. A sínte-se de tudo isto sínte-será encaminhada à Conferência Nacional de Educação, em fevereiro de 2014, em Brasília.

No primeiro dia da etapa esta-dual da Conae os debates trataram de “O Plano Nacional de Educação e o Sistema Nacional de Educação: Organização e Regulação”. O tema foi exposto pelo professor Carlos

Abica-lil, ex-presidente da CNTE, ex-depu-tado federal e membro do Conselho Consultivo da Confederação dos Educadores Americanos. Participam como debatedoras a presidenta da APP-Sindicato Marlei Fernandes de Carvalho, e Heliana Hemetério dos Santos, da Rede de Mulheres Negras do Paraná e da Associação Paranaen-se de Lésbicas.

Na plenária final foram aprova-das emenaprova-das importantes como a destinação exclusiva de recursos pú-blicos para a educação pública. Esta decisão motivou protestos de enti-dades filantrópicas como as Apaes, que participaram do evento com fai-xas e manifestações. Outra emenda importante trata do respeito irrestri-to às diversidades. Foi reconhecida também a necessidade de eleição para presidentes de conselhos de educação, não mais a indicação pelo Executivo.

é exigida formação inicial na área de Educação, partici-pação em formação conti-nuada ofertada pela Smed, controle de frequência dos estudantes e planejamento das atividades com base nas Diretrizes Curriculares Muni-cipais. Mas elas possuem sa-lário, carreira e jornada dis-tintos dos professores, além de pertencerem ao quadro geral.

Há a necessidade ur-gente de construir a

iden-tidade profissional deste segmento. As atividades de-senvolvidas pelas atenden-tes, desde o berçário, pos-suem dimensões de práticas educativas que requerem saberes específicos ligados à educação.

Profissionalização O espaço do Cmei pas-sou de local com função me-ramente assistencialista para um direito das crianças de 0 a 5 anos por educação públi-ca e gratuita, ainda que não

Atendentes infantis

obrigatória. Ali é impossível dissociar o educar e o cuidar.

A Educação Infantil traz consigo a exigência da pro-fissionalização do trabalho educacional. Além das aten-dentes, os demais trabalha-dores em educação também devem ser reconhecidos: assistentes e auxiliares ad-ministrativos, cozinheiras, serventes, etc.

A legislação precisa incorporar tais categorias, redefinindo suas funções e

as perspectivas de carreira. É necessário também inves-tir na formação continuada desse pessoal.

Não dá para pensar em unidade na escola apenas por conveniências adminis-trativas e de momento. É preciso construir um debate para consolidar direitos e re-estruturar as carreiras. Desta forma nos aproximaremos da valorização profissional e da educação de qualidade que almejamos.

Luta do segmento é pelo reconhecimento profissional

CNTE e sindicatos montam acampamento na frente do Congresso Nacional para pressionar pelo plano

A mobilização pelo PNE iniciada em setembro continua em outubro, em Brasília

evitar o uso indevido do nome da confederação, a CNTE divulgou nota esclarecendo os pontos que negociou e os itens que discorda do projeto.

A CNTE interveio junto ao MEC e conseguiu o compromisso de implantar o Custo Aluno Qua-lidade inicial (CAQi) em três anos, e o CAQ no oitavo ano de vigência

da lei.

Outra preocupação foi garan-tir investimento público na educa-ção pública. A CNTE apresentou emenda para corrigir a redação aprovada na Comissão de Assun-tos Econômicos, que excedia o acordo entre o MEC e entidades da sociedade para manter as ações do governo que já existem.

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Dias 7 e 8. No final de semana, instalam acampamento na

frente da Prefeitura e mantêm vigília até o fim da greve

Dia 9. A assembleia conjunta

acata decisão da Justiça para manter 50% dos serviços a partir do dia seguinte

Dia 10. A audiência com o vice-prefeito não faz a

negociação avançar

Dia 11. Finalmente o prefeito recebe

servidores. Mas também não oferece qualquer proposta concreta

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União do início ao fim levou à vitória

Apesar do cansaço, o apoio recebido aproximava as pessoas e restituía o vigor ao movimento

História

A maior vitória do movimento paredista de se-tembro foi firmar a unidade entre os servidores muni-cipais. As várias categorias do serviço público agora ca-minham juntas e precisam aprofundar esta comunhão para conquistar as condições necessárias ao serviço público de qualidade.

Foram treze dias de greve, de 4 a 16 de setembro. Um movimento que exigiu muita determinação por parte do funcionalismo e paralisou todas as atividades da Prefeitura Municipal.

A greve já marcou a história dos servidores e da cidade de Araucária. Os funcionários agora conhecem melhor sua força e seu poder de luta.

Desde o início Olizandro deu mostras de que não privilegiaria a negociação. Quando os servidores ainda tentavam um acordo antes de deflagrar a greve, ele re-corria à Justiça. Já no dia 3, Procuradoria Geral do Mu-nicípio (PGM) entrou com pedido de liminar na Justiça local solicitando a ilegalidade da greve. Errou, porque desde 2010 este tipo de decisão é de responsabilidade

do Tribunal de Justiça (TJ).

A PGM então recorreu ao TJ. O despacho do de-sembargador Nilson Mizuta foi mais uma derrota do prefeito. Ele não declarou a greve ilegal e não deter-minou o desconto dos dias parados. Apenas acatou o pedido para manter 50% dos serviços funcionando.

Em assembleia, os servidores decidiram respeitar a decisão judicial e retornar parcialmente ao trabalho. As aulas passaram a ser ministradas até o recreio e os Cmeis funcionaram apenas à tarde.

O passo seguinte da administração foi tentar des-gastar o movimento, que seguia forte e unido, apesar do cansaço que submetia todos. Mas o apoio que rece-biam no acampamento mantido na frente da Prefeitu-ra aproximava as pessoas e restituía o vigor.

Como nem a campanha de mídia logrou sucesso, quando a greve ia para a terceira semana o prefeito mudou sua estratégia. Apresentou proposta de nego-ciação. Assumiu compromissos, com prazos claros e objetivos, que levaram ao fim da greve.

Dia 4. O movimento centra-se nas unidades do serviço

público, para convencer aqueles que ainda hesitam.

Dia 5. O funcionalismo se

concentra na frente do Paço Municipal, com passeata pela cidade à tarde

Dia 6. Os servidores levam a situação do serviço público aos

vereadores e passam o dia no local. A reunião é transmitida pelo repórter Joe, pela Rádio Gralha Azul. A intervenção dos parlamentares não traz resultados

Reivindicações

e conquistas

Os principais motivos da greve foram o desrespeito aos planos de carreira e as péssi-mas condições de trabalho.

Os servidores obtiveram os seguintes compromissos da administração municipal:

• Pagamento de 13º salário até dezembro; • Reajuste dos salários em 7% em fevereiro; • Pagamento das promoções em quatro

parcelas a partir de janeiro, retroativas a janeiro de 2013;

• Os dias da greve não serão descontados e estas faltas não repercutirão na carreira; • Manter negociação permanente para

melhorar as condições de trabalho.

Dias de intensa mobilização

Em 25 de setembro ocorreu na Câmara de Ve-readores audiência pública para avaliar as contas do Município relativas ao segundo quadrimestre (maio a agosto). A maior expectativa estava na divulgação do índice de gasto com pessoal, que foi de 51,57% da arrecadação, abaixo dos 52,83% apresentados no pri-meiro quadrimestre.

O índice ainda encontra-se no limite pruden-cial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que é de 51,3%. Mas a situação já poderia estar regularizada, caso fosse demitida parte dos 250 cargos comissiona-dos que possuem altos salários e pouco trabalho.

Os recursos para educação e saúde também fo-ram reduzidos no quadrimestre. Porém, nenhum re-presentante destas secretarias estava presente para explicar os motivos.

Segundo o Sandro Silva, economista do Dieese – instituto que presta assessoria ao Sismmar – “de modo geral, o pior momento das finanças públicas de Araucária já passou”. Mas Silva alerta que no cálculo

da LRF “ainda irá pesar o mês de setembro de 2013, ao substituir setembro de 2012, que foi extremamen-te positivo, com ISS de R$ 12,2 milhões. Foi a segunda maior arrecadação mensal do ano, atrás apenas de julho, com R$ 12,85 milhões”.

O grande vilão da arrecadação municipal é o ISS. De janeiro a agosto o recolhimento deste imposto caiu 52,12% em relação ao mesmo período em 2012. Baixou de R$ 61,4 milhões para R$ 29,4 milhões, com queda de R$ 32 milhões.

Se considerarmos o período de um ano, de se-tembro de 2012 a agosto de 2013, a arrecadação re-duziu 41,1% em relação aos 12 meses anteriores. Pas-sou de R$ 100,6 milhões para R$ 59,3 milhões, com perda de R$ 41,3 milhões.

A Secretaria de Finanças apresentou uma série de programas que pretende realizar para ampliar a ar-recadação. Porém, a única medida tomada para equi-librar as contas, por enquanto, tem sido a retirada de direitos dos servidores de carreira.

Orçamento

Pior momento das finanças públicas de

Araucária já passou, diz economista

Dia 12. O Coletivo de Aposentados leva para o

acampamento o Seminários sobre o Estatuto e a Violência contra a Pessoa Idosa

Dia 13. Os servidores fazem o Dia do Branco. Com roupas

brancas, realizam grande passeata pela cidade. O prefeito abre os cofres públicos para a mídia e inicia campanha

de propaganda contra o movimento. Compra espaço em rádios, jornais televisão e até telemarketing

Dia 14. Os grevistas fazem caminhada até o Parque

Cachoeira e atividades com a população neste local

Greve

Dia 15. O acampamento libera a rua Pedro Druszcz,

mantendo-se junto ao paço.

Dia 16. O prefeito apresenta proposta. Os servidores

aceitam e encerram a greve.

A luta nossa de cada dia

A greve é um direito legítimo e legal dos trabalhadores. Várias irrom-peram pelo país nas últimas semanas. Destaque para a dos bancários e dos Correios. Na educação não tem sido diferente e em todo o país as reivindi-cações se assemelham.

Em Colombo a categoria enfren-tou a prefeita e a Justiça, que declarou a

greve ilegal. A alegação é de que a APMC -Sindicato ainda não tem carta sindical. A autorização do Ministério do Trabalho é uma burocracia que sobrevive da concep-ção sindical fascista do Estado Novo.

Maior destaque nacional teve a gre-ve dos professores municipais do Rio de Janeiro. Na luta contra mudanças no Pla-no de Carreira, eles ocuparam a Câmara

de Vereadores e foram reprimidos vio-lentamente pela Polícia Militar. A des-militarização da polícia é um debate ur-gente. Militar é treinado para combater o inimigo. Não tem formação para lidar com a população civil.

A quem luta o magistério de Arau-cária já deixou sua mensagem:

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Dias 7 e 8. No final de semana, instalam acampamento na

frente da Prefeitura e mantêm vigília até o fim da greve

Dia 9. A assembleia conjunta

acata decisão da Justiça para manter 50% dos serviços a partir do dia seguinte

Dia 10. A audiência com o vice-prefeito não faz a

negociação avançar

Dia 11. Finalmente o prefeito recebe

servidores. Mas também não oferece qualquer proposta concreta

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União do início ao fim levou à vitória

Apesar do cansaço, o apoio recebido aproximava as pessoas e restituía o vigor ao movimento

História

A maior vitória do movimento paredista de se-tembro foi firmar a unidade entre os servidores muni-cipais. As várias categorias do serviço público agora ca-minham juntas e precisam aprofundar esta comunhão para conquistar as condições necessárias ao serviço público de qualidade.

Foram treze dias de greve, de 4 a 16 de setembro. Um movimento que exigiu muita determinação por parte do funcionalismo e paralisou todas as atividades da Prefeitura Municipal.

A greve já marcou a história dos servidores e da cidade de Araucária. Os funcionários agora conhecem melhor sua força e seu poder de luta.

Desde o início Olizandro deu mostras de que não privilegiaria a negociação. Quando os servidores ainda tentavam um acordo antes de deflagrar a greve, ele re-corria à Justiça. Já no dia 3, Procuradoria Geral do Mu-nicípio (PGM) entrou com pedido de liminar na Justiça local solicitando a ilegalidade da greve. Errou, porque desde 2010 este tipo de decisão é de responsabilidade

do Tribunal de Justiça (TJ).

A PGM então recorreu ao TJ. O despacho do de-sembargador Nilson Mizuta foi mais uma derrota do prefeito. Ele não declarou a greve ilegal e não deter-minou o desconto dos dias parados. Apenas acatou o pedido para manter 50% dos serviços funcionando.

Em assembleia, os servidores decidiram respeitar a decisão judicial e retornar parcialmente ao trabalho. As aulas passaram a ser ministradas até o recreio e os Cmeis funcionaram apenas à tarde.

O passo seguinte da administração foi tentar des-gastar o movimento, que seguia forte e unido, apesar do cansaço que submetia todos. Mas o apoio que rece-biam no acampamento mantido na frente da Prefeitu-ra aproximava as pessoas e restituía o vigor.

Como nem a campanha de mídia logrou sucesso, quando a greve ia para a terceira semana o prefeito mudou sua estratégia. Apresentou proposta de nego-ciação. Assumiu compromissos, com prazos claros e objetivos, que levaram ao fim da greve.

Dia 4. O movimento centra-se nas unidades do serviço

público, para convencer aqueles que ainda hesitam.

Dia 5. O funcionalismo se

concentra na frente do Paço Municipal, com passeata pela cidade à tarde

Dia 6. Os servidores levam a situação do serviço público aos

vereadores e passam o dia no local. A reunião é transmitida pelo repórter Joe, pela Rádio Gralha Azul. A intervenção dos parlamentares não traz resultados

Reivindicações

e conquistas

Os principais motivos da greve foram o desrespeito aos planos de carreira e as péssi-mas condições de trabalho.

Os servidores obtiveram os seguintes compromissos da administração municipal:

• Pagamento de 13º salário até dezembro; • Reajuste dos salários em 7% em fevereiro; • Pagamento das promoções em quatro

parcelas a partir de janeiro, retroativas a janeiro de 2013;

• Os dias da greve não serão descontados e estas faltas não repercutirão na carreira; • Manter negociação permanente para

melhorar as condições de trabalho.

Dias de intensa mobilização

Em 25 de setembro ocorreu na Câmara de Ve-readores audiência pública para avaliar as contas do Município relativas ao segundo quadrimestre (maio a agosto). A maior expectativa estava na divulgação do índice de gasto com pessoal, que foi de 51,57% da arrecadação, abaixo dos 52,83% apresentados no pri-meiro quadrimestre.

O índice ainda encontra-se no limite pruden-cial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que é de 51,3%. Mas a situação já poderia estar regularizada, caso fosse demitida parte dos 250 cargos comissiona-dos que possuem altos salários e pouco trabalho.

Os recursos para educação e saúde também fo-ram reduzidos no quadrimestre. Porém, nenhum re-presentante destas secretarias estava presente para explicar os motivos.

Segundo o Sandro Silva, economista do Dieese – instituto que presta assessoria ao Sismmar – “de modo geral, o pior momento das finanças públicas de Araucária já passou”. Mas Silva alerta que no cálculo

da LRF “ainda irá pesar o mês de setembro de 2013, ao substituir setembro de 2012, que foi extremamen-te positivo, com ISS de R$ 12,2 milhões. Foi a segunda maior arrecadação mensal do ano, atrás apenas de julho, com R$ 12,85 milhões”.

O grande vilão da arrecadação municipal é o ISS. De janeiro a agosto o recolhimento deste imposto caiu 52,12% em relação ao mesmo período em 2012. Baixou de R$ 61,4 milhões para R$ 29,4 milhões, com queda de R$ 32 milhões.

Se considerarmos o período de um ano, de se-tembro de 2012 a agosto de 2013, a arrecadação re-duziu 41,1% em relação aos 12 meses anteriores. Pas-sou de R$ 100,6 milhões para R$ 59,3 milhões, com perda de R$ 41,3 milhões.

A Secretaria de Finanças apresentou uma série de programas que pretende realizar para ampliar a ar-recadação. Porém, a única medida tomada para equi-librar as contas, por enquanto, tem sido a retirada de direitos dos servidores de carreira.

Orçamento

Pior momento das finanças públicas de

Araucária já passou, diz economista

Dia 12. O Coletivo de Aposentados leva para o

acampamento o Seminários sobre o Estatuto e a Violência contra a Pessoa Idosa

Dia 13. Os servidores fazem o Dia do Branco. Com roupas

brancas, realizam grande passeata pela cidade. O prefeito abre os cofres públicos para a mídia e inicia campanha

de propaganda contra o movimento. Compra espaço em rádios, jornais televisão e até telemarketing

Dia 14. Os grevistas fazem caminhada até o Parque

Cachoeira e atividades com a população neste local

Greve

Dia 15. O acampamento libera a rua Pedro Druszcz,

mantendo-se junto ao paço.

Dia 16. O prefeito apresenta proposta. Os servidores

aceitam e encerram a greve.

A luta nossa de cada dia

A greve é um direito legítimo e legal dos trabalhadores. Várias irrom-peram pelo país nas últimas semanas. Destaque para a dos bancários e dos Correios. Na educação não tem sido diferente e em todo o país as reivindi-cações se assemelham.

Em Colombo a categoria enfren-tou a prefeita e a Justiça, que declarou a

greve ilegal. A alegação é de que a APMC -Sindicato ainda não tem carta sindical. A autorização do Ministério do Trabalho é uma burocracia que sobrevive da concep-ção sindical fascista do Estado Novo.

Maior destaque nacional teve a gre-ve dos professores municipais do Rio de Janeiro. Na luta contra mudanças no Pla-no de Carreira, eles ocuparam a Câmara

de Vereadores e foram reprimidos vio-lentamente pela Polícia Militar. A des-militarização da polícia é um debate ur-gente. Militar é treinado para combater o inimigo. Não tem formação para lidar com a população civil.

A quem luta o magistério de Arau-cária já deixou sua mensagem:

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AGENDA

Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Araucária Gestão Lutar e Resistir para Conquistar 2012-2014

Av. Beira Rio, 31, Bairro Iguaçu, Araucária, PR. CEP 80701-090 Fone/fax (41) 3642-1280. Email sismmar@gmail.com

Diretoria - Coordenação Geral: Giovana Piletti e Gilziane Queluz; Administrativa: Maria Regina Pedroso e Josiane P da Silveira; de Finanças: José Afonso Strozzi e Marcos Tuleski; Organização Sindical: Eloisa H Grilo e Umbelina Marli Burnagui; Comunicação: Hector Burnagui e Mara Lucia S. Correia; Assuntos Pedagógicos e Formação Política: Dirléia A Matias e Nilo Silva; Aposentados: Elecy Luvizon, Filo-mena Resner e Madalena Sallak. Atendimento - Kelle Biela Klemz, Nair Diel e Kamila Klemz. Fotos: João Victor Antunes Miranda Coelho e Luiz Herrmann. Projeto Gráfico - Luciane Vasconcelos. Redação, edição e editoração - Luiz Herrmann (DRT-2331). Impressão - Gráfica WI Impressões . Tiragem de 2 mil exemplares.

PRESTAÇÃO DE CONTAS

JURÍDICO

O Sismmar oferece assessoria jurídica aos sindicalizados, para consultoria e ingresso de

ações referentes a questões funcionais.

Agende sua consulta

pelo fone 3642-1280

TABELA DE VENCIMENTOS DO MAGISTÉRIO

, a partir de 1º de junho de 2012

CLASSE II - Docência II e Pedagogos/as CLASSE I - Docência I Código Nível A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T C0101A I 1.228,89 1.278,04 1.329,16 1.382,33 1.437,62 1.495,13 1.554,93 1.601,58 1.649,63 1.699,12 1.750,09 1.802,59 1.856,67 1.893,81 1.931,68 1.970,32 2.009,72 2.049,92 2.090,91 2.132,73 C0102A II 1.536,12 1.597,56 1.661,46 1.727,92 1.797,04 1.868,92 1.943,68 2.001,99 2.062,05 2.123,91 2.187,63 2.253,26 2.320,85 2.367,27 2.414,62 2.462,91 2.512,17 2.562,41 2.613,66 2.665,93 C0103A III 1.843,34 1.917,07 1.993,75 2.073,50 2.156,44 2.242,70 2.332,41 2.402,38 2.474,45 2.548,69 2.625,15 2.703,90 2.785,02 2.840,72 2.897,53 2.955,48 3.014,59 3.074,88 3.136,38 3.199,11 C0104A IV 2.027,67 2.108,78 2.193,13 2.280,86 2.372,09 2.466,98 2.565,65 2.642,62 2.721,90 2.803,56 2.887,67 2.974,30 3.063,53 3.124,80 3.187,29 3.251,04 3.316,06 3.382,38 3.450,03 3.519,03 C105A V 2.331,82 2.425,10 2.522,10 2.622,98 2.727,90 2.837,02 2.950,50 3.039,02 3.130,19 3.224,09 3.320,82 3.420,44 3.523,05 3.593,51 3.665,38 3.738,69 3.813,47 3.889,73 3.967,53 4.046,88 C106A VI 2.914,78 3.031,37 3.152,63 3.278,73 3.409,88 3.546,28 3.688,13 3.798,77 3.912,73 4.030,12 4.151,02 4.275,55 4.403,82 4.491,89 4.581,73 4.673,36 4.766,83 4.862,17 4.959,41 5.058,60

0-2 anos 3-5 anos 6-8 anos 9-11 a. 12-14 a. 15-17 a. 18-20 a. 21-23 a. 24-26 a. 27-29 a.

Cód. Nível A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T C0201A I 1.536,12 1.597,56 1.661,46 1.727,92 1.797,04 1.868,92 1.943,68 2.001,99 2.062,05 2.123,91 2.187,63 2.253,26 2.320,85 2.367,27 2.414,62 2.462,91 2.512,17 2.562,41 2.613,66 2.665,93 C0202A II 1.843,34 1.917,07 1.993,75 2.073,50 2.156,44 2.242,70 2.332,41 2.402,38 2.474,45 2.548,69 2.625,15 2.703,90 2.785,02 2.840,72 2.897,53 2.955,48 3.014,59 3.074,88 3.136,38 3.199,11 C0203A III 2.027,67 2.108,78 2.193,13 2.280,86 2.372,09 2.466,98 2.565,65 2.642,62 2.721,90 2.803,56 2.887,67 2.974,30 3.063,53 3.124,80 3.187,29 3.251,04 3.316,06 3.382,38 3.450,03 3.519,03 C0204A IV 2.331,82 2.425,10 2.522,10 2.622,98 2.727,90 2.837,02 2.950,50 3.039,02 3.130,19 3.224,09 3.320,82 3.420,44 3.523,05 3.593,51 3.665,38 3.738,69 3.813,47 3.889,73 3.967,53 4.046,88 C0205A V 2.914,79 3.031,38 3.152,64 3.278,74 3.409,89 3.546,29 3.688,14 3.798,78 3.912,75 4.030,13 4.151,03 4.275,57 4.403,83 4.491,91 4.581,75 4.673,38 4.766,85 4.862,19 4.959,43 5.058,62

*OBS. 0-2 anos 3-5 anos 6-8 anos 9-11 a. 12-14 a. 15-17 a. 18-20 a. 21-23 a. 24-26 a. 27-29 a.

0-2 anos 3-5 anos 6-8 anos 9-11 a. 12-14 a. 15-17 a. 18-20 a. 21-23 a. 24-26 a. 27-29 a.

*OBS. Pedagogos/as nomeados/as antes de 01/01/2008

OUTUBRO

• Dia 8

Conselho de Representantes, 8h30 e 13h30, no Sismmar

• Dia 10

Coletivo de Aposentados, 13h30, no Sismmar

• Dia 15

Dia do/a Professor/a

• Dia 17

Seminário sobre Assédio Moral, 18h30, no Sismmar

• Dia 23

Coletivo de Pedagogos, 8h30 e 13h30, no Sismmar

• Dia 28

Dia da/o Funcionária/o Pública/o

NOVEMBRO

• Dia 6

Conselho de Representantes, 8h30 e 13h30, no Sismmar AGOSTO

ASPP

A ASPP – Associação dos Servidores Públicos do Paraná – informa que sua mensalidade foi reajustada,

passando de R$ 23,98 para R$ 26,00 a partir de outubro. Informações pelo fone 3259-1000 SalDo De JUlHo 2013 Bancário 59.625,27 Aplicações 152.837,60 TOTAL 212.462,87 ReceitaS Repasse PMA 54.162,09 Repasse FPMA 4.887,96 Outros 807,35 TOTAL 59.827,40 DeSPeSaS Informática 429,33 assessorias e serviços Dieese 503,34 Assessoria jurídica 6.054,71 Locação fotocopiadora 150,00 campanha de lutas Água 438,00 Combustível 317,05 O Popular 527,00 Adesivos 689,00 Impressão carta 280,00 Áudio assembleia 300,00

Vídeo com Sifar 800,00

Edital Gazeta do Povo 2.270,00

Filmagem 430,00 Aluguel assembleia 960,00 Motoboy 1.978,00 auxílios Lanches e refeições 103,59 Formação sindical CNTE e outros 653,18 Sede Copel 190,10 Sanepar 76,45 Telefone fixo 258,16 IPTU 77,64 Telefone celular 520,79 Material de consumo 400,75 Segurança 98,00 Interfone 912,80 trabalhadores Salários e vales 5.628,34 Vale refeição 1.225,04 Assistência médica 745,43 Jurídico Gastos processuais 2.351,41 consignáveis Clinipam 21.771,03 ASPP 3.357,20 contribuição estatutária CNTE 3.092,57 impostos e taxas

PIS, FGTS, INSS, IPTU 3.594,75

Contabilidade 695,00 custos bancários Taxas e extratos 36,20 Devoluções Cobranças indevidas e planos de saúde 429,18 Veículo Gasolina 475,41 Estacionamento 8,00 Seguro 209,29 Diversos

Repasse fundo de caixa 1.631,47

TOTAL 64.668,21

SalDo em 31 De agoSto 2013

BANCÁRIO 53.117,95

APLICAÇÕES 153.815,67

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JORNAL DO SISMMAR | www.SISMMAR.com.br | 41ª edição | Outubro 2013

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CNE/CNTE

No dia 23 de outubro a CNTE realizará em Brasília o CNE – Con-selho Nacional de Entidades. Na reunião com sindicatos de todo o país serão debatidos temas como a avaliação das etapas estaduais da Conae, a tramitação do Plano Nacional de Educação e a prepara-ção para o 32º Congresso da CNTE, que irá eleger a nova diretoria da entidade. O Sismmar será repre-sentado pela coordenadora geral Giovana Piletti.

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Fórum Municipal

Ocorreu a primeira reunião para organizar o Fórum Municipal em Defesa da Escola Pública de 2014. As datas indicadas são 26 e 27 de setembro. A participação poderá ser por inscrição, deixando livre para as escolas que optarem pela dispensa das aulas, com a de-vida reposição. As temáticas pro-postas foram inclusão, diversida-de e corte etário para a educação infantil. As entidades consultarão suas bases para definir sua posi-ção antes da próxima reunião.

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Notas do CME

1. A funcionária de escola Creuza Ribeiro é a presidente do Conselho Municipal de Educação. Indicada pelo Sifar, ela representa os trabalhadores da educação. A vi-ce-presidência é ocupada por Car-los Alberto de Oliveira, do CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente).

2. Com extinção do mandato da representante de pais, o seg-mento passa ser representado por Claudete Rodrigues (titular) e Elia-ne Aparecida Alves (suplente).

3. Foi aprovado o Parecer 05/13, que institui normas com-plementares às DCN para a edu-cação das relações etnorraciais e ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Indígena da rede. A resolução que trata do tema será analisada na próxima plenária.

4. Os representantes reitera-ram a necessidade de se garantir a autonomia das unidades educa-cionais na elaboração de calendá-rio de reposição, como determina a Resolução 09/06 do CME.

5. Os conselheiros decidiram realizar visitas às unidades educa-cionais públicas e privadas a partir dos próximos dias.

Coletivo de Aposentadas/os

O Estatuto do Idoso comple-tou dez anos em 1º de outubro. A Lei Federal 10.741 foi criada pa-ra regular os direitos de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos.

Este foi o assunto que o Co-letivo de Aposentados levou pa-ra o acampamento de greve, na frente da Prefeitura de Araucá-ria, na tarde de 12 de setembro.

Os debates foram fomen-tados pela professora Tomyko Falleiros, secretária de Apo-sentados da APP-Sindicato, pe-lo coronel aposentado Janary Maranhão Bussmann, que re-presentou o Conselho Estadual dos Direitos do Idoso, e pelo professor Marcos Tuleski, presi-dente do Fundo de Previdência de Araucária.

Com a queda da taxa de natalidade e o aumento da lon-gevidade, a população brasileira passa por um rápido processo de envelhecimento. Esta nova reali-dade está obrigando os governos e os vários segmentos da socieda-de a olharem com mais carinho para a pessoa idosa.

Políticas públicas para este segmento precisam ser implan-tadas ou expandidas. Mas tam-bém é preciso conscientizar as

Estatuto e violência contra

idosos são debatidos na greve

Inicialmente previsto para a sede do Sismmar, o seminário foi levado para o acampamento na frente do Paço Municipal

pessoas para cuidar dos mais ve-lhos, garantindo-lhes autonomia e dignidade.

No site www.sismmar.com.br,

na seção Arquivos Para Baixar, são encontrados materiais de apoio para trabalhar a questão do idoso em sala de aula.

Convênios

Há opções para migrar de plano de saúde

Na reunião realizada em 26 de setembro no Sismmar, os usuários foram informados que a Clinipam cancelou o contrato coletivo com o sindicato.

Como o plano é empresarial, qualquer uma das partes pode fazer o cancelamento, desde que 30 dias antes do aniversário do plano. Foi o que ocorreu, pois vencimento é em 30 de outubro.

A própria Clinipam ofereceu co-mo opção aos usuários os planos in-dividuais sem as carências.

Mas na reunião foi levantada a possibilidade de migrar para o plano que a Aspma mantém com a

Clini-pam. Por ser coletivo, este plano é mais barato e garante vários direitos adquiridos no plano atual. Mas a mi-gração apresenta problemas:

• O plano não aceita ascendentes (pais e mães).

• Também exige algumas carências. • A Aspma cobra o plano com 40

dias de antecedência. Isto acar-retaria na cobrança de duas men-salidades em outubro, uma pelo Sismmar e outra pela Aspma.

O sindicato também consultou a Unimed e a empresa estabeleceu a data 18 de outubro como limite para que as coberturas comecem em 1º de novembro. A exceção seria para doenças pré-existentes, que têm ca-rência de 24 meses.

Para migrar para o plano indivi-dual da Clinipam os professores de-vem telefonar para o número 3021-3001 e explicar a situação.

É possível mudar

para o plano

individual da

Clinipam, ao convênio

pela Aspma ou ainda

para Unimed

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Sem estrutura, Cmeis desabam

Enquanto isto, unidades novas poderiam estar prontas e atendendo a população

Condições de Trabalho

Somente a falta de prioridade explica que uni-dades de educação pratica-mente prontas não tenham sido concluídas e entregues à população.

Um exemplo encontra--se no Porto das Laranjeiras. O Cmei Dalla Torre funciona de forma improvisada há no-ve anos em casa alugada. Há poucas semanas a calha não suportou a chuva e cedeu,

criando na cozinha uma ca-choeira.

Todos esperam a con-clusão de um novo Cmei, am-plo, no bairro. O mobiliário já havia sido adquirido, mas acabou distribuído para ou-tras unidades. Em dezembro vence o aluguel e o temor é que seja estendido por mais um ano, pois não há garantia de que a obra seja entregue até o final do ano.

Os sindicatos Sismmar e Sifar realizam em conjunto o Seminário Assédio Moral É Crime! Denuncie! Será no dia 17 de outu-bro, às 18h30, na sede do Sismmar.

As psicólogas Fernanda Zanin e Joana Freitas, da assessoria da ApufPR-SSind – sindicato que representa os professores da UFPR –, falarão sobre as característi-cas do assédio moral, para que servidores consigam perceber e saibam se

posicio-nar para evitar suas consequências. O advogado Ludimar Rafanhim, que presta assessoria para o Sismmar, abor-dará as questões jurídicas de uma prática difícil de comprovar judicialmente.

Esta é a segunda vez que o Sismmar promove o debate sobre o assédio moral. A primeira ocorreu em 2009, na Câmara Municipal. As vagas são limitadas. Inscre-va-se pelo fone 3642-1280.

Seminário

Precariedade

Outra unidade que aguarda a liberação de pré-dio novo é o Cmei Tinguis. A construção está pronta e fechada. O temor é que comece haver depredação do local. Enquanto isto, as crianças são atendidas numa pequena casa, com banheiro danificado e sala sem luz por curto circuito. O local e os materiais são inadequadas.

Ao lado do Cmei novo um terreno foi murado nos quatro lados, sem portão. Não há sequer por onde

es-coar a água da chuva, que fica empoçada. É o “piscinão da dengue”, como chama a comunidade local.

O Cmei Ipês foi refor-mado há cerca de dois anos. Chuvas recentes causaram rombo em placa de gesso da parede dry wall. Esta é ape-nas mais uma das constru-ções da gestão Zezé que têm a qualidade criticada.

Para piorar o quadro, a manutenção da Smed é pre-cária. Uma infestação de ra-tos colocou em risco a saúde das crianças e dos profissio-nais que ali trabalham.

Otimização do espaço público: direção, secretaria, sala dos professores e refeitório em poucos metros quadrados no Dalla Torre

Cmei espera liberação da construção nova, ao lado de terreno sem escoamento: o piscinão da dengue em Thomaz Coelho

Novos

A administração muni-cipal anunciou a construção de seis novos Cmeis, com verbas do Governo Federal. Aguarda a aprovação de um sétimo centro pelo FNDE - Fundo Nacional de Desen-volvimento da Educação. Es-pera com isto atender 1560 crianças e diminuir pela me-tade o défice de vagas.

Mas além de novas uni-dades, é preciso investir em pessoal, materiais, equipa-mentos, manutenção. Tudo isto demanda política e ver-bas municipais.

Referências

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