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Terapia celular em regeneração óssea. Avaliação histomorfométrica de diferentes metodologias

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Academic year: 2021

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André Antonio Pelegrine* Rafael de Mello e Oliveira** Allan Zimmermann*** Antonio Carlos Aloise**** Lydia Masako Ferreira*****

*Professor titular da disciplina de Implantodontia – São Leopoldo Mandic; Coordenador do Mestrado em Implantodontia – São Leopoldo Mandic. **Mestrando em Cirurgia Translacional – Unifesp, EPM.

***Doutorando em Cirurgia Translacional – Unifesp, EPM.

****Professor assistente do Mestrado em Implantodontia – São Leopoldo Mandic; Co-orientador do Programa de Pós-graduação em Cirurgia Translacional – Unifesp, EPM.

*****Professora titular da disciplina de Cirurgia Plástica – Unifesp, EPM.

Terapia celular em regeneração óssea. Avaliação

histomorfométrica de diferentes metodologias

Falta Título INGLÊS

RESUMO

Proposição: este estudo analisou a associação de diferentes metodologias de terapia celular a um enxerto ósseo xenógeno (Bio-Oss). Material e Métodos: trinta e três coelhos Nova Zelândia foram divididos, randomicamente, em cinco grupos experimentais (n=6) e um grupo controle (n=3). Fo-ram criadas situações de defeitos ósseos bilaterais com o auxílio de fresas trefi nas com 12 mm de diâmetro preenchidos – no grupo 1 com Bio-Oss; no grupo 2 com Bio-Oss enriquecido com medula óssea fresca; no grupo 3 com Bio-Oss enriquecido com a fração de células mononucleares da medula óssea; no grupo 4 com Bio-Oss enriquecido com células-tronco mesenquimais da medula óssea; e no grupo 5 com Bio-Oss enriquecido com células-tronco mesenquimais do tecido adiposo. Em cada animal, um dos defeitos ósseos foi recoberto com uma membrana colágena e o outro foi mantido sem recobrimento. Após oito semanas, os animais foram sacrifi cados, sendo seus ossos parietais fi xados em formol 10% e processados para análise histomorfométrica. Resultados: no grupo controle não existiu formação óssea. A histomorfometria demonstrou, para os lados sem recobrimento por membrana nos grupos de 1 a 5, TMV de 6,56 + 1,20%; 12,45 + 11,65%; 21,13 + 0,55; 27,9 + 5,79 e 16,67 + 5,0; respectivamente. O TMV para os lados com recobrimento pela membrana, nos grupos de 1 a 5, foi de 13,06 + 5,24%; 21,14 + 7,38%; 28,17 + 3,19; 28,24 + 6,17 e 17,21 + 7,3; respectiva-mente. Conclusão: a terapia celular pode maximizar os resultados regenerativos, normalmente propiciados por um biomaterial osseocondutor. O uso do concentrado de células mononucleares da medula óssea pareceu ser a metodologia com maior potencial para uso clínico.

Unitermos – Células-tronco; Regeneração óssea; Medula óssea; Enxertos ósseos. ABSTRACT

Objective: this study investigated the combination of different cell therapy approaches in combi-nation with a xenograft (Bio-Oss). Material and Methods: thirty three New Zealand rabbits were randomly divided into fi ve experimental groups (n=6) and one control group (n=3). Bilateral bone defects were created using 12 mm diameter trefi n burs fi lled – in group 1, with Bio-Oss, in group 2 with Bio-Oss enriched with fresh bone marrow, in group 3 with Bio-Oss enriched with bone marrow mononuclear fraction, in group 4 with Bio-Oss enriched with bone marrow stem cells and, in group 5, with Bio-Oss enriched with adipose tissue stem cells. In each animal, one bone defect was covered by a collagen membrane and the other defect was not covered. After eight weeks, the animals were sacrifi ced and their parietal bone fi xed in 10% formalin and processed for histo-morphometric analysis. Results: in control group bone formation did not occur. Histomorphometry demonstrated, for the sides not covered by the collagen membrane, in groups 1, 2, 3, 4 and 5, a VMT of 6.56 + 1.20%; 12.45 + 11.65%; 21.13 + 0.55; 27.9 + 5.79 and 16.67 + 5.0, respectively. The sides covered by the collagen membrane demonstrated, in groups 1, 2, 3, 4 and 5, a VMT of 13.06 + 5.24%; 21.14 + 7.38%; 28.17 + 3.19; 28.24 + 6.17 and 17.21 + 7.3, respectively. Conclusion: cell therapy can maximize the regenerative results normally obtained by an osseoconductor biomaterial. The use of bone marrow mononuclear fraction concentration seems to be the methodology with higher potential for clinical use.

Key Words – Stem cells; Bone regeneration; Bone marrow; Bone grafts.

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Introdução

A reconstrução de defeitos ósseos extensos com o objetivo de instalar implantes representa um dos maiores desafi os à equipe odontológica. Infelizmente, este tipo de situação pode ser considerada um achado comum. Defeitos ósseos alveolares podem ser consequentes a várias causas, como reabsorção óssea fi siológica após exodontia, trauma, doença periodontal, falha no trata-mento endodôntico e tumor1-5.

Os defeitos ósseos podem, usualmente, ser tratados por meio de procedimentos de enxertia óssea. Para estas situações, o enxerto ósseo autógeno é considerado o padrão ouro, particularmente devido ao seu potencial osteogênico6-8. No entanto, a retirada de um enxerto

autógeno frequentemente representa um risco signifi -cativo de morbidade e complicações pós-operatórias9.

Portanto, outros biomateriais, tais como os enxertos aló-genos, xenógenos e aloplásticos, vêm sendo estudados a fi m de se evitar a remoção do osso autógeno10-12. Porém,

os materiais substitutos do osso autógeno não possuem potencial osteogênico, já que são acelulares. O potencial osteogênico somente está presente no enxerto ósseo autógeno, o qual apresenta a possibilidade de manter a viabilidade celular após remoção13.

A engenharia tecidual tem avançado recentemen-te no sentido de se recentemen-tentar reproduzir órgãos e recentemen-tecidos, incluindo o tecido ósseo. Com isso, muitos estudos vêm sendo direcionados à criação de protocolos para tera-pias14-15, no sentido de se restaurar os tecidos nativos

sem a necessidade da remoção de grandes enxertos ós-seos autógenos. Autores16 afi rmaram que “a efi cácia de

todas as ferramentas clínicas disponíveis na atualidade depende inteiramente das células no sítio enxertado, particularmente do pequeno subconjunto de células-tronco (CTs) e células progenitoras, capazes de gerar novo tecido”. Portanto, a presença destas células no enxerto ósseo autógeno faz com que a reconstrução de extensos defeitos ósseos – onde esta desejada celularida-de é escarça – seja mais previsível. Entretanto, se estas células – evidentemente células autógenas – pudessem ser adicionadas em um arcabouço apropriado, como um substituto ósseo liofi lizado comercialmente disponível, talvez fosse possível utilizar um biomaterial (carreado) com um adequado potencial osteogênico, comparável ao do osso autógeno.

O uso da célula-tronco vem sendo extensivamente relatado na literatura científi ca. Sua habilidade de se diferenciar em uma variedade de células especializadas (produzindo tecido adiposo, ósseo, cartilaginoso, endo-telial) se tornou objeto de grande interesse no campo

da engenharia tecidual. Muitos estudos têm reportado o uso de células mesenquimais da medula óssea para se maximizar os resultados do reparo ósseo2,17-20. Esta terapia

promove o uso de um enxerto ósseo vital, com potencial osteogênico, porém, sem a necessidade de se remover um enxerto ósseo autógeno.

No entanto, até recentemente não existia nenhum consenso sobre qual seria a melhor metodologia para se utilizar células-tronco estromais da medula óssea. A literatura científi ca relevante vinha sendo focada, basicamente, em três possíveis opções: 1. Aspirado de medula óssea fresca “in natura”2,21; 2. Concentração do

aspirado de medula óssea22-24; e 3. Células-tronco

mesen-quimais cultivadas25-26. A despeito da existência destas

quatro metodologias, não existia – até a presente data – nenhum estudo comparando o potencial de formação das mesmas in vivo.

Proposição

O objetivo deste estudo foi o de avaliar, através da análise histomorfométrica em um modelo de enxertia inlay na calvária de coelhos, o potencial para formação óssea de um enxerto xenógeno associado ou não à te-rapia celular.

Material e Métodos

O projeto de pesquisa deste estudo foi analisado e aprovado pelo Comitê de Ética da EPM-Unifesp.

Para a realização deste experimento, foram utiliza-dos 33 coelhos machos da raça New Zealand, com peso entre 3,5 e 4 Kg, e idade entre dez e 12 meses. A anestesia geral foi induzida pela injeção de 10 mg/Kg de cloridrato de quetamina. A manutenção da anestesia foi feita por meio da administração de oxigênio a 100% (2 L/min) e isofl uorano em vaporizador universal, aplicado através de máscara facial. Em adição, foi executada anestesia local com lidocaína HCl 2% com epinefrina 1:100.000.

Os animais foram mantidos em salas com temperatu-ra controlada (18 a 20ºC) e gaiolas individuais específi cas para coelhos. Eles receberam alimentação baseada em ração comercial peletizada e água ad libitum.

Biomateriais comercialmente disponíveis

utilizados no estudo

Substituto ósseo xenógeno Bio-Oss (Figura 1) foi utilizado na pesquisa para servir como parâmetro (con-trole), assim como para arcabouço das quatro terapias celulares propostas.

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a região enxertada, colaborando para o estabelecimento de regeneração tecidual guiada (RTG) nos sítios onde foi usada (Figura 2).

Desenho experimental e protocolo cirúrgico

Após a obtenção da anestesia geral, a cabeça dos 33 animais foram raspadas e desinfetadas com solução de iodo povidona. Após administração de anestésico local de lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000, foi realizada incisão sagital, sendo a pele e o periósteo rebatidos. Neste momento, foram criados dois defeitos críticos nos ossos parietais, preservando-se a sutura sagital, com uma fresa trefi na com 12 mm de diâmetro (Figuras 3).

Figura 1

Enxerto xenógeno de origem bovina com partículas pequenas (de 0,25 mm a 1 mm) utilizado no estudo.

Figura 2

Membrana colágena de origem suína utilizada no estudo.

Figuras 3 A. Sítio cirúrgico durante a osteotomia. B. Após a osteotomia. C. Após remoção do osso. D. Osso removido.

A

B

C

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Os 33 animais foram divididos em seis grupos: grupo 1, grupo 2, grupo 3, grupo 4, grupo 5 e grupo controle. Destes 33 coelhos, 30 foram divididos em cinco grupos de seis animais cada. Os defeitos bilaterais foram preenchidos da seguinte maneira: Grupo 1 – Bio-Oss; grupo 2 – Bio-Oss associado à medula óssea autóloga; grupo 3 – Bio-Oss associado ao concentrado da fração mononuclear da medula óssea; grupo 4 – Bio-Oss as-sociado à cultura de células-tronco mesenquimais da medula óssea; e grupo 5 – Bio-Oss associado à cultura de células-tronco mesenquimais do tecido adiposo. Nes-tes cinco grupos, um dos defeitos ósseos foi recoberto com uma membrana Bio-Gide (Figura 4). Em um grupo adicional de três coelhos, os defeitos bilaterais foram

deixados vazios (grupo controle) e nenhuma membrana foi utilizada. Em todos os grupos, a incisão foi fechada por planos.

A Figura 5 é um desenho esquemático que represen-ta o desenho do estudo, com todos os seus seis grupos.

Aspiração da medula óssea

Sob anestesia geral, com o auxílio de uma agulha 40 x 10 (1,10 mm X 38 mm), foi realizada uma trepanação óssea na região da epífi se da tíbia dos coelhos, ganhando-se acesso à cavidade medular. Posteriormente, 2 ml de medula óssea foram aspirados das tíbias, acoplando-se à agulha uma seringa descartável de 20 ml heparinizada, para prevenir-se a coagulação (Figuras 6).

Figura 4

Um dos defeitos de tamanho crítico sendo protegido com uma membrana colágena.

Figura 5 Esquema do desenho experimental utilizado no estudo. Figuras 6

A. Ponto de punção para aspiração. B. Medula óssea aspirada.

A

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Associação do aspirado de medula óssea “in natura”

A medula óssea autóloga, após ser aspirada da tíbia, foi imediatamente misturada ao enxerto xenógeno Bio-Oss, sem qualquer tipo de processamento, e enxertada nos defeitos ósseos dos coelhos do grupo 2 (Figura 7).

Associação da fração mononuclear da medula óssea

Após a aspiração da medula óssea, esta foi depo-sitada em tubos de polipropileno contendo heparina (1.000 units/ml) e homogeneizada. As células mononu-cleares foram isoladas por gradiente de densidade por centrifugação utilizando histopaque-1077 (Sigma), de acordo com as instruções do fabricante. A medula óssea foi diluída em proporção 1:1 com PBS, ecentrifugada a 400 g por 30. A camada de células mononucleares foi então removida e lavada duas vezes com PBS. A fração mononuclear foi, posteriormente, misturada ao enxerto xenógeno Bio-Oss (Figuras 8) e enxertada nos defeitos ósseos dos coelhos do grupo 3.

Técnica operatória para a remoção

do tecido adiposo (lipectomia)

Após anestesia geral, os animais foram submetidos a uma tricotomia no dorso. Em seguida, foram marca-dos dois pontos de orientação na linha média entre as escápulas, limitados rostralmente pelo encontro de uma linha unindo os ângulos superiores das escápulas, e caudalmente por uma linha unindo os ângulos inferiores das escápulas, delimitando o local da incisão. Após a antissepsia do local com iodopovidona, foi realizada uma incisão com bisturi lâmina 15. Em seguida, foi realizada a divulsão dos tecidos até expor o tecido adiposo subja-cente, que foi dissecado e cortado com o auxílio de uma tesoura ponta curva, sendo logo após acondicionado em tubos de 15 ml estéreis contendo 10 ml de uma solução salina balanceada Hank’s (HBBS, Sigma Aldrich Sant Louis USA), com 100U/ml de penicilina e 100 μg/ml de estreptomicina, e levados ao Laboratório de Cultura de Células para processamento do tecido. A região doadora do tecido adiposo foi suturada por planos.

Cultura primária de células-tronco mesenquimais adultas

derivadas da medula óssea e do tecido adiposo

Após a obtenção da fração mononuclear da medula óssea e dos fragmentos do tecido adiposo, os quais foram submetidos à digestão enzimática, ambos foram levados para um ambiente estéril, cabine de fl uxo laminar (Class IIA B3, Forma Scientifi c) e cultivados em meio DMEM de forma padronizada27. As células-tronco provenientes da

medula óssea e do tecido adiposo foram associadas ao biomaterial xenógeno e enxertadas nos defeitos ósseos dos coelhos dos grupos 4 e 5, respectivamente (Figura 9).

Ensaios de diferenciação

Para comprovar que as células cultivadas tratavam-se de células-tronco pluripotentes, foram realizados ensaios de diferenciação, em incubadora úmida a 37ºC e

Figura 7

Medula óssea associada ao Bio-Oss.

Figuras 8

A. Centrífuga utilizada no experimento. B. Aspecto após centrifugação. Notar a região da fração mononuclear (seta). C. Concentrado da fração

mononuclear da medula óssea sendo associado ao Bio-Oss.

A

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5% de CO2 com meio de cultura trocado a cada três dias, promovendo-se diferenciação osteogênica, condrogênica e adipogênica, com marcação por alizarina vermelha, azul de toluidina e oil red, respectivamente28 (Figuras 10).

Óbito induzido e remoção dos espécimes

Todos os 33 animais foram sacrifi cados com sobre-dose de tiopental sódico, oito semanas após a cirurgia inicial, e parte de seus ossos parietais foram removidos.

Posteriormente à fi xação dos espécimes removidos com formol a 10%, eles foram processados a fi m de per-mitir as avaliações histomorfométricas.

Preparação histológica e análise histomorfométrica

Os espécimes foram descalcifi cados por submersão em EDTA 10% por um período entre oito e 12 semanas. Cada calvária foi posteriormente seccionada em uma porção anterior e posterior. Ambas as porções foram in-cluídas em blocos de parafi na. Posteriormente, secções de 7 μm de cada calvária foram obtidas progressivamente a partir do meio dos defeitos, coradas com Tricrômio de Mallory e Stevenels Blue, e foram qualitativamente examinadas sob microscopia óptica.

Após a obtenção das lâminas histológicas, ima-gens digitalizadas foram capturadas utilizando-se uma câmera digital CCD (RT Color; Diagnostic Instruments, Sterling Heights, MI, USA) acoplada ao microscópio de luz (Magnifi cation X 1.25). Para se criar uma imagem específi ca para cada corte histológico, foi utilizado Ado-be Photoshop Elements 2.0 (AdoAdo-be Systems, San Jose, CA, USA).

Dois investigadores cegos calibrados traçaram todas as imagens para neo formação óssea usando-se o Image Pro Plus 4.5 Software para Windows (Media Cybernetics, San Diego, CA, USA). Os seguintes parâmetros foram mensurados: 1. Tecido mineralizado não vital (TMNV); 2. Tecido mineralizado vital (TMV); e 3. Tecido não mineralizado (TNM). Estes resultados foram expressos como uma porcentagem da área total do defeito. Qua-tro secções tomadas posterior e quaQua-tro secções tiradas anterior ao centro do defeito original foram analisadas.

Figura 9

Células-tronco mesenquimais aderidas após 21 dias de cultura.

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Análise estatística

Os dados quantitativos foram analisados com o software SPSS-V17 (SPSS Inc. 233, Chicago, IL, USA). O teste de Wilcoxon foi usado para comparar os resulta-dos obtiresulta-dos com e sem a cobertura pela membrana em relação às variáveis NVMT, VMT e NMT em todos os grupos numerados. O teste de Friedman para dados pa-reados foi usado para comparar os resultados de NVMT, VMT e NMT para situações com e sem a cobertura pela membrana em todos os grupos numerados. O teste de Kruskall-Wallis foi utilizado para comparar os grupos em relação a cada variável (NVMT, VMT e NMT), e também em relação aos resultados obtidos com e sem cobertura pela membrana. O teste de Bartlett foi usado para avaliar a homoscedasticidade. Um p-valor menor que 0,05 indicou signifi cância estatística. O coefi ciente de correlação de Spearman foi utilizado para se acessar a concordância entre os examinadores.

Resultados

Todos os três espécimes abordados no grupo con-trole não demonstraram qualquer formação óssea no centro do defeito e, portanto, não foram incluídos na análise histomorfométrica, contrastando com os grupos numerados de 1 a 5.

Com relação à área de tecido mineralizado vital (TMV), de todos os grupos numerados, os grupos 3 e 4 obtiveram a maior porcentagem de formação óssea (p < 0,05), sendo para o grupo 3 de 28,17 + 3,19% e 21,12 + 0,55%, com e sem recobrimento pela membrana, res-pectivamente, e para o grupo 4 de 28,24 + 6,17% e 27,9 + 5,79%, com e sem recobrimento pela membrana, res-pectivamente. Neste quesito, em segundo lugar fi caram os grupos 5 (17,21 + 7,3% e 16,67 + 5,0%, com e sem membrana, respectivamente) e 2 (21,14 + 7,38% e 12,45 + 11,65%, com e sem membrana, respectivamente). O grupo 1 apresentou os menores níveis de formação óssea (13,06 + 5,24% e 6,56 + 1,2%, com e sem membrana, res-pectivamente), demonstrando que algum tipo de terapia celular associada ao enxerto ósseo xenógeno melhora os

resultados regenerativos.

Para a área de tecido mineralizado não vital (TMNV), que representa partículas remanescentes de Bio-Oss, de todos os grupos numerados, os grupos 4 e 5 obtiveram os menores índices de reabsorção (p < 0,05), sendo para o grupo 4 de 27,79 + 2,72% e 27,23 + 6.8%, com e sem recobrimento pela membrana, respectivamen-te; e para o grupo 5 de 25,51 + 5,02% e 26,26 + 5,71%, com e sem recobrimento pela membrana, respectiva-mente. Neste quesito, em segundo lugar fi cou o grupo 3 (21,24 + 3,78% e 20,91 + 2,01%, com e sem recobrimento pela membrana, respectivamente). O grupo 2 apresentou um nível de reabsorção do biomaterial um pouco maior (20,10 + 3,77% e 15,74 + 4,78%, com e sem recobrimento pela membrana, respectivamente), porém, menor que o do grupo 1 (13,52 + 3,00% e 13,08 + 1,72%, com e sem recobrimento pela membrana, respectivamente), sendo a situação onde o enxerto xenógeno foi mais reabsorvido. Para a área de tecido não mineralizado (TNM), de todos os grupos numerados, o grupo 4 obteve a menor porcentagem (p < 0,05) – (43,96 + 4,7% e 44,86 + 5,88%, com e sem recobrimento pela membrana, respectiva-mente), seguido dos grupos 3 (50,59 + 6,64% e 57,97 + 1,91%, com e sem recobrimento pela membrana, respec-tivamente) e 5 (57,27 + 10,96% e 57,06 + 5,81%, com e sem recobrimento pela membrana, respectivamente). O grupo 2 apresentou um nível de tecido não mineralizado um pouco maior (58,75 + 7,14% e 71,74 + 6,63%, com e sem recobrimento pela membrana, respectivamente), mas não tão elevado quanto o grupo 1 (73,41 + 8,87% e 80,37 + 2,67%, com e sem recobrimento pela membrana, respectivamente), que foi a situação com maior porcen-tagem de tecido não mineralizado.

Se somarmos os resultados de TMNV e TMV, tere-mos o total de tecido mineralizado e veretere-mos que apenas nos grupos 3 e 4 encontram-se níveis de tecido minerali-zado ao redor de 50%, próximo ao que se observa em osso nativo. Os resultados histomorfométricos acima descritos podem ser mais didaticamente visualizados na Tabela 1. As Figuras 11 ilustram os resultados histológicos obtidos, onde o grupo 1 (Bio-Oss sozinho) apresentou o

TMNV: tecido mineralizado não vital; TMV: tecido mineralizado vital; TNM: tecido não mineralizado.

G1: grupo 1 (Bio-Oss); G2:grupo 2 (Bio-Oss + medula); G3: grupo 3 (Bio-Oss + fração mononuclear); G4: grupo 4 (Bio-Oss + CT da medula); e G5: grupo 5 (Bio-Oss + CT da gordura). TABELA 1 – ANÁLISE INTERGRUPOS: COMPARAÇÃO DAS MÉDIAS + DESVIO-PADRÃO (EM %) ENTRE OS GRUPOS G1, G2, G3, G4 E G5

Com membrana Sem membrana

G1 G2 G3 G4 G5 G1 G2 G3 G4 G5

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Figuras 11

Vista histológica do tecido mineralizado não vital TMNV (laranja), tecido mineralizado vital TMV (vermelho) e tecido não mineralizado TNM (azul) de espécimes dos grupos: G1 (Figura A), G2 (Figura B), G3 (Figura C), G4 (Figura D) e G5 (Figura E) em magnifi cação de 100x (Stevenels Blue). Notar como a quantidade de osso vital é maior nos grupos onde foi utilizada terapia celular quando comparados ao grupo 1.

pior resultado, seguido do grupo 5 (Bio-Oss + cultura CTs gordura) e do grupo 2 (Bio-Oss + medula fresca), tendo como os melhores resultados o grupo 3 (Bio-Oss + fração mononuclear da medula) e o grupo 4 (Bio-Oss + cultura de CTs da medula), não havendo diferença estatistica-mente signifi cante entre os dois últimos.

Discussão

O conceito de osseointegração postula que deva existir contato ósseo entre titânio e tecido mineralizado vital. Portanto, um nível adequado de tecido minerali-zado vital após o procedimento de reconstrução óssea é indispensável ao sucesso de uma reabilitação sobre implante. O processo de reabsorção das partículas do enxerto que são desvitalizadas não deve ser muito rápi-do, a ponto de comprometer a manutenção do volume, nem demasiadamente lento. A quantidade de tecido não mineralizado após enxertia óssea, se muito alta, pode resultar em osso de qualidade inadequada à obtenção da osseointegração. Portanto, no presente estudo, o incre-mento do percentual de tecido mineralizado vital quando

A

B

C

D

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do uso de metodologias de terapia celular aponta para um caminho promissor no escopo da regeneração óssea.

Em reconstruções de defeitos ósseos críticos, a uti-lização de uma membrana com excelentes propriedades – como as de oclusão celular22, estabilização da ferida29,

transferência de oxigênio e nutrientes29, e integração

tecidual25 – deve ser abordada. No presente estudo em

modelo animal, o uso da membrana Bio-Gide demonstrou um incremento nos resultados regenerativos, provavel-mente por prevenir invasão indesejável de tecidos ad-jacentes ao defeito ósseo. Nos grupos experimentais em coelhos, no lado onde Bio-Gide foi utilizada, as análises histomorfométricas mostraram que o uso da membrana aumenta a quantidade de tecido mineralizado vital (TMV) e diminui a quantidade de tecido não minerali-zado (TNM), corroborando um estudo30.

A utilização da terapia celular por meio do uso da fração mononuclear da medula óssea obtida por gradien-te de densidade, associada ao biomagradien-terial osseocondutor, nos parece representar uma escolha bastante plausível, já que mais do que dobrou a quantidade de tecido ósseo mi-neralizado vital após dois meses da enxertia em coelhos quando comparado ao grupo de animais onde se utilizou o biomaterial osseocondutor sozinho, além de manter mais partículas do biomaterial, preservando-se assim o volume, de maneira muito similar àquele conseguido pelo uso da cultura celular. Dois meses de cicatrização óssea em coelhos representam algo em torno de seis meses em humanos, que é a média do tempo de espera entre um procedimento de enxertia óssea e a instalação de implantes osseointegráveis. Isso pode ter uma implica-ção clínica importante, já que o tecido mineralizado vital está relacionado à modelação e remodelação óssea frente a cargas, além de ser indispensável à osseointegração.

A análise histomorfométrica do estudo em modelo animal mostrou, além de mais tecido mineralizado vital (TMV), também menos tecido não mineralizado (TNM) por unidade de área nos grupos onde a terapia celular foi utilizada, sugerindo que o uso da medula óssea e, melhor ainda, da fração mononuclear e cultura celular da medula óssea poderia permitir o alcance de um tecido com melhor qualidade, provavelmente em um menor período de tempo. Portanto, o uso da medula óssea fresca (aspirado de medula óssea), principalmente da cultura e fração mononuclear da medula óssea, parece ter um potencial semelhante ao do enxerto ósseo autógeno quando associado a um biomate-rial substituto do osso autógeno, já que a inclusão de uma quantidade apropriada de osso autógeno ao biomaterial tem sido relatada em diminuir substancialmente o período de cicatrização quando comparada a sítios enxertados com os biomateriais substitutos do osso autógeno sozinhos19. Os

maiores níveis de tecido mineralizado não vital (TMNV) nos grupos onde se associou a fração mononuclear e as tronco cultivadas sugerem que o uso das células-tronco pode manter o volume enxertado por um período maior de tempo. Portanto, as análises histomorfométricas dos estudos em modelo animal mostraram que o uso das células-tronco medulares isoladas e da fração mononuclear (população mista que contém células-tronco) culmina em um maior nível de tecido mineralizado após oito semanas, pela promoção de maiores níveis de formação de tecido mineralizado vital e pela preservação das partículas de Bio-Oss (tecido mineralizado não vital – TMNV) por um tempo maior. No entanto, a utilização das células-tronco isoladas do tecido adiposo não culminou no mesmo nível de sucesso que as células-tronco isoladas da medula óssea, sugerindo que o maquinário da célula-tronco medular esteja mais preparado para a diferenciação osteogênica e síntese de matriz mineralizada do que o maquinário da célula-tronco proveniente da gordura.

Este estudo em modelo animal é o primeiro trabalho científi co a comparar os resultados regenerativos, em re-construções ósseas, (1) do uso do aspirado medula óssea, (2) do concentrado da fração mononuclear da medula óssea, e (3) do cultivo das células-tronco mesenquimais provenien-tes da medula óssea e do tecido adiposo in vivo, devendo servir de base para futuras investigações em humanos.

Conclusão

Os achados deste estudo em modelo animal suge-rem que a terapia celular pode maximizar os resultados regenerativos, normalmente propiciados por um bioma-terial osseocondutor. Metodologias de concentração de células medulares, além de serem menos complexas do que técnicas de cultivo celular, apresentam resultados regenerativos importantes e parecem representar uma metodologia clinicamente plausível.

Nota de esclarecimento

Nós, os autores deste trabalho, não recebemos apoio fi nanceiro para pesquisa dado por organizações que possam ter ganho ou perda com a publicação deste trabalho. Nós, ou os membros de nossas famílias, não recebemos honorários de consultoria ou fomos pagos como avaliadores por organizações que possam ter ganho ou perda com a publicação deste trabalho, não possuímos ações ou investimentos em organizações que também possam ter ganho ou perda com a publicação deste trabalho. Não recebemos honorários de apresentações vindos de organizações que com fi ns lucrativos possam ter ganho ou perda com a publicação deste trabalho, não estamos empregados pela entidade comercial que patrocinou o estudo e também não possuímos patentes ou royalties, nem trabalhamos como testemunha especializada, ou realizamos atividades para uma entidade com interesse fi nanceiro nesta área.

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Referências (Faltam os números das edições)

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