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ICMS/SP - Principais operações - Demonstração

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ICMS/SP - Principais operações - Demonstração

Sumário

1. Suspensão do ICMS

...

2

2. Incidência do IPI

...

3

3. Remessa para não-contribuintes

...

4

3.1 Retorno das mercadorias

...

4

3.2 Transmissão de propriedade

...

4

3.3 Inobservância do prazo de 60 dias para a transmissão de propriedade ou para o retorno das mercadorias

...

5

4. Remessa para contribuintes

...

6

4.1 Retorno das mercadorias

...

6

4.2 Transmissão de propriedade no prazo de 60 dias

...

6

4.3 Transmissão de propriedade após 60 dias

...

7

4.4 Inobservância do prazo de 60 dias para a transmissão de propriedade ou para o retorno das mercadorias

...

7

5. Como calcular os acréscimos legais por inobservância do prazo

...

8

5.1 Hipótese de existência de saldo credor

...

8

6. Mercadorias isentas ou não tributadas

...

9

7. Operações interestaduais

...

10

7.1 Decisões do Tribunal de Impostos e Taxas

...

10

Legislação

...

12

Dúvidas Frequentes

...

13

SP - ICMS - DEMONSTRAÇÃO - Remessa em operação interna

...

13

SP - ICMS - DEMONSTRAÇÃO - Conceito

...

13

SP - ICMS - DEMONSTRAÇÃO - Remessa para Teste

...

13

SP - ICMS - DEMONSTRAÇÃO - Operação interestadual -BC inclusão do IPI

...

13

SP - ICMS - SUSPENSÃO - Demonstração

...

14

(2)

1. Suspensão do ICMS

Estão beneficiadas com a suspensão do ICMS as saídas, para o território do Estado, de mercadoria remetida para demonstração. O imposto suspenso só será exigido no momento em que ocorrer a transmissão de propriedade da mercadoria.

Note-se que o benefício da suspensão é aplicável tanto nas operações de remessa para não-contribuintes como nas de remessa para contribuinte.

(3)

2. Incidência do IPI

No âmbito federal, só poderão ser contempladas com a suspensão do IPI - prevista no RIPI/2002, art. 42 , II, - as remessas para demonstração ou exposição ao público, isto é, remessas para feiras ou exposições.

Desse modo, não estão alcançadas pelo benefício da suspensão do IPI as remessas para demonstração a contribuintes ou mesmo a particulares.

(Parecer Normativo CST nº 78/1973)

Em face das considerações anteriormente expendidas, na remessa para demonstração realizada por contribuinte do ICMS que também o seja do IPI, faz-se necessário observar os seguintes procedimentos:

1º) o lançamento do ICMS, conforme já examinado no item inicial, poderá ocorrer normalmente, mediante destaque do respectivo valor na nota fiscal, ou o contribuinte, se assim o desejar, poderá usufruir o benefício da suspensão do imposto;

2º) o IPI será normalmente lançado na nota fiscal de remessa. Para tanto, o remetente adotará como base de cálculo o preço corrente do produto, ou o seu similar, no mercado atacadista da praça do remetente, nos termos do RIPI/2002 , art. 133 , aprovado pelo Decreto nº 4.544/2002.

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3. Remessa para não-contribuintes

Na remessa para demonstração (dentro do Estado) a não-contribuintes (particular, produtor, pessoa jurídica não obrigada à emissão de documentos fiscais etc.), o contribuinte emitirá Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, sem destaque do ICMS, com as seguintes indicações:

a) mencionar como Código Fiscal de Operações e Prestações, 5.912 seguido da expressão "Remessa para demonstração";

b) no campo "Informações Complementares" apor a expressão "Suspensão do ICMS, conforme art. 319 do RICMS - Decreto nº 45.490/2000".

Referido documento fiscal será lançado no livro Registro de Saídas nas colunas "ICMS - Valores Fiscais - Operações ou Prestações sem Débito do Imposto - Outras" e, quando for o caso, nas colunas "IPI - Valores Fiscais - Operações com Débito do Imposto".

Assinale-se que constitui condição da suspensão do ICMS a ocorrência, dentro do prazo de 60 dias contados da data da saída, da transmissão de propriedade das mercadorias ou o seu retorno ao estabelecimento de origem.

( RICMS-SP/2000 , art. 319 , § 1º)

3.1 Retorno das mercadorias

No retorno, realizado no prazo de 60 dias, de mercadorias remetidas para demonstração a particular, produtor ou qualquer pessoa natural ou jurídica não considerada contribuinte ou não obrigada à emissão de documentos fiscais, o remetente deverá adotar os seguintes procedimentos:

a) emitir nota fiscal relativa à mercadoria que retorna, mencionando o número de ordem e a série, se adotada, a data e o valor do documento fiscal original, que servirá para acobertar o transporte das mercadorias em seu retorno e respectivo lançamento no livro Registro de Entradas;

b) colher, na nota fiscal referida na letra "a" ou em documento apartado, assinatura do particular ou da pessoa que promover a devolução, mencionando o número do respectivo documento de identidade;

c) lançar a nota fiscal relativa à entrada no livro Registro de Entradas nas colunas "ICMS - Valores Fiscais Operações ou Prestações sem Crédito do Imposto Outras" e "IPI Valores Fiscais -Operações com Crédito do Imposto", se for o caso.

Se a devolução for efetuada por produtor, este emitirá Nota Fiscal de Produtor para acompanhar a mercadoria no seu transporte, persistindo, ainda, a obrigatoriedade de emissão de nota fiscal, relativa à entrada, pelo estabelecimento de origem, dispensada, porém, a exigência descrita na letra "b".

( RICMS-SP/2000 , art. 321 )

Nota

Se o retorno for realizado após decorrido o prazo de 60 dias, a nota fiscal relativa à entrada a que se refere a letra "a" será lançada no livro Registro de Entradas, na coluna "ICMS - Valores Fiscais - Operações ou Prestações com Crédito do Imposto", porque, como veremos no subitem 3.3, pela inobservância do prazo de 60 dias, o remetente é obrigado a emitir nota fiscal especialmente para o fim de recolhimento do ICMS incidente sobre a respectiva operação.

3.2 Transmissão de propriedade

Na transmissão de propriedade de mercadoria remetida para demonstração nas condições anteriormente descritas, dentro do prazo de 60 dias, o remetente deverá:

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"Retorno simbólico de mercadoria em demonstração", mencionando o número de ordem e a série, se adotada, a data e o valor do documento fiscal emitido por ocasião da remessa para demonstração, bem como os dados da nota fiscal relativa à transmissão de propriedade (veja letra "c" adiante); b) lançar o documento fiscal acima referido no livro Registro de Entradas, nas colunas "ICMS Valores Fiscais Operações ou Prestações sem Crédito do Imposto Outras" e "IPI Valores Fiscais -Operações sem Crédito do Imposto - Outras", se for o caso;

c) emitir nota fiscal em nome do adquirente, com destaque do ICMS, mencionando o número, a série, se for o caso, a data e o valor do documento fiscal emitido por ocasião da remessa para demonstração e a natureza da operação "Transmissão da propriedade";

Nota

Se o vendedor for também contribuinte do IPI, deverá ser observado na nota fiscal aqui referida que o imposto devido foi lançado na nota fiscal de remessa para demonstração.

d) lançar a nota fiscal citada na letra "c" anterior no livro Registro de Saídas, nas colunas "ICMS Valores Fiscais Operações ou Prestações com Débito do Imposto" e "IPI Valores Fiscais -Operações sem Débito do Imposto - Outras", se for o caso.

Assim como no retorno efetuado após decorrido o prazo de 60 dias, na hipótese de transmissão de propriedade após esse prazo, a sistemática no tocante à emissão e escrituração da nota fiscal relativa à entrada, por idênticas razões, será a seguinte: a nota fiscal será escriturada nas colunas "ICMS - Valores Fiscais - Operações ou Prestações com Crédito do Imposto" e "IPI - Valores Fiscais - Operações sem Crédito do Imposto - Outras", quando for o caso.

( RICMS-SP/2000 , art. 322 )

3.3 Inobservância do prazo de 60 dias para a transmissão de propriedade ou para o retorno das mercadorias

Decorrido o prazo de 60 dias sem que ocorra a transmissão de propriedade ou o retorno da mercadoria, será exigido o ICMS devido por ocasião da saída, sujeitando-se o recolhimento espontâneo aos acréscimos legais, cujo cálculo deverá ser efetuado segundo orientações contidas no tópico 5.

No 61º dia contado da saída original, deverá ser emitida outra nota fiscal, que, além dos requisitos regulamentares, deverá conter:

a) o número, a série, se for o caso, e a data da nota fiscal original; b) a expressão: "Emitida nos termos do art. 320 do RICMS/SP ";

c) o número, a data e o valor da Gare-ICMS (recolhimento especial), relativos à operação; d) o destaque do imposto recolhido em guia especial, conforme letra "c" anterior.

( RICMS-SP/2000 , art. 319 , § 3º, e art. 320 , § 2º)

Notas

1ª) Essa nota fiscal será emitida para efeito de recolhimento do imposto devido e transmissão, quando for o caso, do crédito ao destinatário.

2ª) Conforme ficou esclarecido na letra "c" anterior, o ICMS relativo à operação deverá ser recolhido por guia especial (veja subtópico 5.1).

3ª) O documento fiscal, ora mencionado, será escriturado no livro Registro de Saídas mediante utilização apenas das colunas "Documento fiscal" e "Observações", anotando-se nesta a expressão:

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4. Remessa para contribuintes

Os procedimentos fiscais aplicáveis nas remessas para contribuintes são idênticos àqueles que comentamos no item 3.

4.1 Retorno das mercadorias

Por se tratar de estabelecimento normalmente inscrito, portanto obrigado à emissão de documentos fiscais, o retorno ao estabelecimento de origem de mercadoria recebida para demonstração será acobertado com nota fiscal sem destaque do ICMS, na qual, além dos requisitos regulamentares, deverão constar as seguintes indicações:

a) o número, a série, se for o caso, a data e o valor da nota fiscal pela qual foi a mercadoria recebida em seu estabelecimento;

b) a circunstância de que a saída está ao abrigo da suspensão do ICMS, nos termos do RICMS-SP/2000 , art. 319 , § 2º.

Nota

Caso tenha sido lançado o IPI na nota fiscal emitida pelo remetente, o estabelecimento que está procedendo ao retorno mencionará (na nota fiscal de retorno anteriormente referida) o valor do IPI constante na nota fiscal de remessa.

Como poderá ser observado no subtópico 4.4, a inobservância do prazo de 60 dias para o retorno das mercadorias obriga o remetente a emitir nota fiscal para efeito de recolhimento do ICMS e conseqüente remessa ao destinatário para que este possa se creditar do imposto.

Tendo ocorrido tal fato, a nota fiscal de retorno deverá ser emitida com lançamento do ICMS, devendo nela constar, também, o número, a série, se for o caso, e a data da nota fiscal emitida pelo remetente, para recolhimento do ICMS por inobservância do prazo.

( RICMS-SP/2000 , art. 323 )

4.2 Transmissão de propriedade no prazo de 60 dias

Ocorrendo a transmissão de propriedade de mercadoria remetida com suspensão do ICMS para demonstração a estabelecimento comercial ou industrial, ou a qualquer outro obrigado à emissão de nota fiscal, sem que tenha retornado ao estabelecimento de origem, observar-se-ão os seguintes procedimentos:

a) o estabelecimento adquirente deverá:

a.1) emitir nota fiscal em nome do estabelecimento de origem, como destinatário, na qual consignará, como natureza da operação, a expressão "Retorno simbólico de mercadoria em demonstração", sem destaque do ICMS (e sem indicação do IPI, quando for o caso), mencionando, ainda, o número, a série, se adotada, a data e o valor da nota fiscal pela qual foi a mercadoria recebida em seu estabelecimento;

a.2) lançar a nota fiscal anteriormente mencionada no livro Registro de Saídas;

a.3) enviar ao estabelecimento transmitente (de origem) e ficar aguardando a nota fiscal para regularizar a transmissão de propriedade;

a.4) de posse da nota fiscal de transmissão de propriedade, emitida pelo estabelecimento transmitente , proceder ao seu lançamento no livro Registro de Entradas;

b) o estabelecimento transmitente deverá, por sua vez:

b.1) lançar no livro Registro de Entradas a nota fiscal de devolução simbólica a que nos referimos na letra "a.3";

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destaque do ICMS, mencionando o número, a série, se for o caso, a data e o valor do documento fiscal emitido por ocasião da remessa para demonstração e, como natureza da operação, "Transmissão de propriedade";

Nota

Se o vendedor for também contribuinte do IPI, mencionará na nota fiscal aqui referida que o imposto devido foi lançado na nota fiscal de remessa para demonstração. b.3) lançar a nota fiscal anteriormente referida no livro Registro de Saídas;

b.4) enviar as vias da nota fiscal pertencentes ao estabelecimento adquirente a fim de que este proceda conforme descrito na letra "a.4" anterior.

( RICMS-SP/2000 , art. 324 )

4.3 Transmissão de propriedade após 60 dias

A inobservância do prazo de 60 dias contados da data da saída para a transmissão da propriedade obriga o estabelecimento de origem à emissão de outra nota fiscal no 61º dia, a fim de recolher o ICMS devido e transmitir o correspondente crédito ao destinatário, na forma do citado RICMS-SP/2000 , art. 320 , § 1º.

Desse modo, quando se tratar de transmissão de propriedade após 60 dias, os procedimentos fiscais serão os seguintes:

a) o estabelecimento adquirente deverá, em relação ao que aludimos na letra "a.1" do subtópico 4.2, emitir nota fiscal com destaque do ICMS, devendo nela constar, também, o número, a série, se for o caso, e a data da nota fiscal emitida pelo estabelecimento transmitente para recolhimento do ICMS por inobservância do prazo de 60 dias;

b) o estabelecimento transmitente escriturará a nota fiscal acima referida no livro Registro de Entradas, nas colunas "ICMS - Valores Fiscais - Operações ou Prestações com Crédito do Imposto" e "IPI - Valores Fiscais - Operações sem Crédito do Imposto - Outras".

( RICMS-SP/2000 , art. 324 , parágrafo único)

4.4 Inobservância do prazo de 60 dias para a transmissão de propriedade ou para o retorno das mercadorias

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5. Como calcular os acréscimos legais por inobservância do prazo

Vimos anteriormente que, caso o retorno ou a transmissão de propriedade das mercadorias não ocorra dentro do prazo de 60 dias contados da saída originária, o remetente fica obrigado ao recolhimento do imposto devido pela saída (como se não tivesse existido a suspensão).

Assinalamos também que o referido recolhimento deve ser efetuado mediante guia especial.

Quanto aos acréscimos legais, previstos nos RICMS-SP/2000 , arts. 528 , 565 , o contribuinte deve levar em consideração os seguintes aspectos:

a) a multa moratória será calculada sobre o valor do imposto, a partir do vencimento do prazo regulamentar correspondente ao período em que ocorreram as remessas para demonstração;

b) os juros de mora serão calculados a partir do dia seguinte ao do vencimento. Para melhor compreensão quanto à incidência dos acréscimos legais, vejamos o seguinte exemplo:

a) remessa para demonstração efetuada em 05.01.2004;

b) retorno (ou transmissão da propriedade) no dia 11.03.2004, portanto 67 dias após a remessa.

Admitindo-se que o estabelecimento remetente deveria recolher o ICMS no dia 03.02.2004, teremos a incidência dos seguintes acréscimos legais, considerando-se que o recolhimento tenha sido feito em 17.03.2004:

a) juros de mora de 2% correspondentes às frações dos meses de fevereiro e março de 2004; b) multa de 10% na forma do RICMS-SP/2000 , art. 528 , § 1º, item 3

5.1 Hipótese de existência de saldo credor

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6. Mercadorias isentas ou não tributadas

As orientações contidas no presente procedimento aplicam-se, no que couber, às operações de remessa e retorno em demonstração de mercadorias isentas ou não tributadas e às efetuadas por contribuintes optantes pelo Simples Nacional.

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7. Operações interestaduais

Os procedimentos relacionados ao ICMS, expendidos nos itens precedentes, especialmente no que se refere à suspensão do imposto, são aplicáveis às operações internas, ou seja, remessa para demonstração a destinatário localizado no Estado.

No que se refere às operações interestaduais, o assunto foi objeto da Resposta da Consultoria Tributária da Secretaria da Fazenda à Consulta nº 107/1992, aprovada pelo Coordenador da Administração Tributária, que, por si só, explica o procedimento em causa.

Nota

Observe-se que mantivemos a fundamentação legal citada originariamente nesta Resposta à Consulta não obstante ter sido editado o Decreto nº 45.490/2000 , que aprovou o Regulamento do ICMS.

7.1 Decisões do Tribunal de Impostos e Taxas

Embora o Regulamento do ICMS dispense o tratamento tributário da suspensão do imposto apenas às operações internas, relativamente às remessas de mercadoria para fins exclusivos de demonstração, o Tribunal de Impostos e Taxas (TIT) relevou a situação de contribuinte que emitiu documento fiscal sem destaque do imposto, em operação interestadual, uma vez que foi comprovado o retorno da mercadoria no prazo regulamentar, sem a apropriação do crédito e, conseqüentemente, sem prejuízo para o erário público.

Nesse sentido, reproduzimos, a seguir, as ementas 5.454 e 5.494, colhidas do Boletim TIT nº 287/1995:

"5.454 - Mercadorias em Demonstração - Remessa interestadual - Inocorrência do fato gerador do imposto em face da devolução da mercadoria dentro do prazo previsto em lei - Provido o recurso - Decisão unânime.

Coerente com a posição que venho adotando neste TIT, com relação ao conceito de circulação de mercadorias, devo admitir que in casu, restou comprovado que não se concretizou o requisito da circulação econômica do bem, que é conseqüência lógica e irrecusável do fato tributário gerador da incidência do imposto estadual. Sobre o conceito de mercadoria, lembro os ensinamentos de Pontes de Miranda, quando diz que 'o imposto sobre circulação é o imposto sobre o negócio jurídico bilateral, consensual, da compra e venda, e sobre qualquer outro negócio jurídico bilateral ou unilateral, de que se irradia circulação' (in Comentários à Constituição de 1967). Na mesma linha de raciocínio segue Roque A. Carrazza quando diz que 'de fato o imposto é sobre operações mercantis, só quem as pratica poderá ser compelido a pagá-lo'. Consoante tenho entendido, a operação mercantil em questão pressupõe a efetiva obtenção de lucro por parte do agente e a conseqüente mudança de titularidade do bem seu objeto, de tal sorte que, sem a ocorrência de tais pressupostos, não ocorre o fato gerador do ICMS. Embora não ocorra de fato, a circulação da mercadoria, esta suspensão da cobrança do ICMS é situação especial,onde é permitido, caso não consumada a condição, para sua perfeição exigida, da devolução da mercadoria em 60 dias, considerar-se ocorrido o fato gerador do imposto, na forma do art. 286, parágrafo 3º e 287 do RICMS, como forma de controlar tais operações demonstração -sob pena de ter-se aberta porta à sonegação. Entretanto, na hipótese destes autos, tendo sido devidamente escriturada a operação e tendo ocorrido a devolução da mercadoria, ainda dentro do mês de competência - agosto - conforme fazem prova os documentos de fls., convalido o procedimento adotado. Pelo exposto, dou provimento ao presente Recurso Ordinário, julgando improcedente o AIIM vestibular, cancelando todas as exigências nele contidas.

Proc. DRT-14 nº 2.454/91, julgado em sessão da 5ª Câmara Especial de 31.03.93 - Rel. Cláudia Junqueira de Almeida Prado.

5.494 - Mercadorias em Demonstração - Operação interestadual - Saída sem destaque do imposto - Retorno dentro do período de apuração do imposto sem apropriação de crédito Ausência de prejuízo ao Erário Provido o recurso -Decisão unânime.

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se deu notícia nenhuma da ocorrência, à época, de qualquer feira ou exposição e, de outro, aceitar a afirmação da autuada, uma vez que a mercadoria retornou para o remetente, segundo o documento fiscal emitido pela Fazenda Estadual do Rio de Janeiro, que admitiu correta a operação. A solução pende, no meu entender, para a autuada, não só porque, no caso, se tem a posição do Fisco carioca acima explicada, como, também porque o Fisco paulista da mesma forma assim veio admitir, conforme sua manifestação de fls. E, finalmente, ter-se-ia que considerara ausência de prejuízo ao Estado, já que o retorno da mercadoria - quer inicialmente se tratasse de demonstração ou exposição -ocorreu no mesmo período de apuração do imposto, verificando-se, ainda, que se não houve débito na remessa primeira, não houve crédito quando do seu retorno. Por todo o exposto e pelo mais que dos autos consta, entendo não plenamente configurada a ocorrência da irregularidade denunciada no AIIM, mesmo porque, afinal, não se consumou prejuízo ao Estado. Assim, dou provimento ao recurso.

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Dúvidas Frequentes

SP - ICMS - DEMONSTRAÇÃO - Remessa em operação interna

A remessa de mercadoria em demonstração para destinatário localizado em São Paulo é tributada?

A remessa de mercadoria em demonstração para destinatário localizado neste Estado pode ser feita ao abrigo da suspensão do ICMS, prevista no art. 319 do RICMS/2000. Contudo, essa suspensão está condicionada a que haja o retorno ou a transmissão de propriedade da mercadoria, no prazo de 60 dias, contado da data da saída.

Nesse caso, a nota fiscal será emitida com todos os requisitos legalmente exigidos. Não será destacado o ICMS e, no campo "Informações complementares", deverá ser indicada a expressão "ICMS suspenso, nos termos do art. 319 do RICMS/2000".

SP - ICMS - DEMONSTRAÇÃO - Conceito

Qual é o conceito de demonstração?

Demonstração é o ato de mostrar ao cliente, pretenso comprador, a mercadoria que está à venda. Com isso, por exemplo, o cliente que pretende comprar uma máquina pode saber, avaliando esse equipamento, se é realmente o que ele quer comprar.

Na legislação do ICMS, não há dispositivo conceituando demonstração, razão pela qual buscamos o sentido da palavra. As operações internas podem ser realizadas ao abrigo da suspensão do ICMS, previsto pelo art. 319 do RICMS/2000.

Nas operações interestaduais, a nota fiscal deverá ser emitida com o destaque do ICMS, salvo se o produto tiver algum benefício, caso em que o fundamento legal específico deverá ser indicado no campo "Informações complementares".

(RICMS-SP/2000, arts. 2º, I, § 1º, 186 e 319)

SP - ICMS - DEMONSTRAÇÃO - Remessa para Teste

A remessa de mercadorias produzidas, destinadas a cliente que vai utilizá-las como teste na produção é tributada pelo ICMS?

Sim. Tendo em vista que o fato gerador ocorre na saída da mercadoria, independentemente do título jurídico ou da natureza da operação, haverá a exigência do ICMS na saída de mercadorias produzidas no estabelecimento, salvo se o produto tiver algum benefício.

A base de cálculo será o valor praticado na operação de venda mais recente. Caso a mercadoria seja destinada a uso final do destinatário, o valor do IPI deverá ser incluído na base de cálculo do ICMS.

(RICMS-SP/2000, arts. 2º, I, § 4º, 37, § 1º, item 3, 38, II, § 1º, item 1, e Resposta à Consulta nº 818/1997)

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Da mesma forma, o ICMS deve ser destacado, pois a suspensão prevista pelo art. 319 do RICMS/2000 somente se aplica às operações internas.

A base de cálculo do ICMS será o valor da operação (art. 37, I, do RICMS/2000). Em caso de inexistência do valor da operação, a base de cálculo será o preço praticado na operação de venda mais recente (art. 38, I, II, do RICMS/2000).

Ao valor da operação deverá ser incluído o valor do IPI quando a mercadoria for destinada a usuário final, conforme art. 37, § 1º, item 3, do RICMS/2000.

Com isso podemos ter as seguintes situações:

A) destinatário não contribuinte - O valor do IPI deve ser incluído na base de cálculo do ICMS, haja ou não a devolução da mercadoria (art. 37, § 1º, item 3 do RICMS/2000).

B) destinatário contribuinte e com efetivo retorno da mercadoria:

b.1) se a mercadoria, em caso de ser adquirida, se destinar a posterior comercialização ou industrialização, o valor do IPI não deve ser incluído na base de cálculo do ICMS.

b.2) em geral, a base de cálculo será o valor da operação sem a inclusão do IPI, por se destinar a contribuinte que promoverá a sua devolução ao remetente. Porém, se a mercadoria fosse adquirida e destinada a uso, consumo ou ativo, o fisco poderá entender que o IPI deve ser incluído na base de cálculo. b.3) independentemente da destinação, se já é do conhecimento das partes (remetente e destinatário) que haverá o retorno da mercadoria, podemos entender que o IPI não deva ser incluído na base de cálculo do ICMS, vez que haverá uma posterior saída sujeita ao pagamento do imposto estadual, ainda que a título de retorno da demonstração.

Finalmente, como medida preventiva, ante a falta de manifestação por parte do Fisco, recomendamos cautela e interposição de consulta escrita ao órgão consultivo da Secretaria da Fazenda, para a sua manifestação oficial sobre o correto procedimento aplicável ao caso.

SP - ICMS - SUSPENSÃO - Demonstração

Na operação de remessa em demonstração para destinatário paulista não contribuinte pode ser aplicada a suspensão do ICMS?

A suspensão não é obrigatória. Assim, nas operações internas de remessa em demonstração, seja para destinatário contribuinte ou não do ICMS, poderá ser emitida a nota fiscal sem o destaque do ICMS. Nesse caso, no campo "Informações complementares" deverá constar a expressão "ICMS suspenso, nos termos do art. 319 do RICMS/2000".

Observar que a aplicação dessa suspensão está condicionada a que haja a transmissão de propriedade (venda) ou a devolução da mercadoria, no prazo de 60 dias, contados da data de saída do estabelecimento remetente. Em caso de inobservância desse prazo, o ICMS deverá ser recolhido, para o que serão observadas as disposições contidas no § 1º do art. 320 do RICMS/2000.

SP - ICMS - DEMONSTRAÇÃO - Demonstração - remessa para pessoa física

Pode o contribuinte remeter mercadorias em demonstração para uma pessoa física residente em São Paulo, com a suspensão do ICMS?

Sim. As saídas internas de mercadorias em demonstração podem ser realizadas com a suspensão do ICMS seja para destinatário contribuinte ou não do ICMS (art. 319 do RICMS/2000).

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