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MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

O ano de 2008 foi o primeiro de implementação do plano estratégico, num esforço interno de reorganização, visando introduzir novas e adequadas medidas para uma maior dinâmica na gestão das participações do Estado, uma nova abordagem ao processo de alienação e liquidação das empresas paralisadas ou não-estratégicas, e um esforço de envolvimento e comunicação com os Gestores Públicos e Representantes do Estado nas empresas.

O processo de alienação de participações e património, resultou na conclusão de 6 processos de entre os 13 em curso, estando os restantes em vias de concretização. Isto representa um esforço apreciável, atendendo que a maioria das empresas com potencial, já tinha sido alienada em anos anteriores.

O processo de reestruturação das empresas mereceu também uma atenção particular estando em curso acções específicas em oito empresas e negociações em quatro, onde sobressaem, pelo volume de recursos envolvidos a LAM e a Açucareira de Moçambique.

O ano de 2008 também se caracterizou pelo agravamento da crise mundial ao nível financeiro, económico e social que teve os seus efeitos negativos na região austral de África e no nosso país.

Com efeito, a crise financeira, de alimentos e de combustíveis teve um impacto no tecido empresarial moçambicano, em particular nas empresas participadas pelo Estado. Foram sentidas dificuldades de aquisição de insumos e de matérias-primas, disto ressentindo-se a produção, a competitividade e as receitas, em particular a receita de dividendos para os accionistas, afectando, em última instância, a contribuição para o Tesouro Público.

A crise económica mundial afectou algumas empresa, tendo resultado numa diminuição da contribuição das receitas para o IGEPE, com reflexos nos resultados finais. Não obstante, as receitas de dividendos de outras empresas aumentaram, o que revela um esforço notável de organização e de eficácia de gestão e de melhoria dos processos operacionais de produção e de fornecimento de serviços nessas empresas.

(2)

O resultado prático do nosso trabalho e das empresas participadas, também se baseou na operacionalização e funcionamento dos Órgãos Sociais, na promoção da melhoria contínua do desempenho dos membros dos Conselhos de Administração, da promoção das práticas de planificação e gestão orientadas para resultados e congruentes com os objectivos traçados para cada empresa, bem como a adequação dos regulamentos internos e Estatutos à legislação em vigor. Esta postura deverá continuar a nortear as nossas actividades de gestão e governação nos próximos anos, para garantir o alcance dos objectivos finais do sector empresarial do Estado.

Os desafios adiante são grandes e vão exigir um maior sentido de oportunidade para reverter os efeitos nefastos da presente crise mundial. Estamos, contudo, seguros de que, tal como no ano que finda, com o entusiasmo e o saber dos colaboradores do IGEPE, aliados ao empenho das direcções e colaboradores das empresas participadas, poderemos atingir os nossos objectivos.

Os nossos agradecimentos especiais vão para o Ministério das Finanças pelo apoio que nos tem dispensado e para o Conselho Fiscal e Conselho Consultivo pela preciosa contribuição que nos têm providenciado. Extensivamente, endereçamos o nosso reconhecimento a todos os parceiros nacionais e internacionais que de algum modo facilitaram ou contribuíram para os resultados do nosso trabalho.

Daniel Gabriel Tembe

(Presidente do Conselho de Administração)

(3)

CARACTERIZAÇÃO DO IGEPE

Missão

Gerir as Participações do Estado, de acordo com os princípios de boa governação e catalisar novas iniciativas de investimento público e privado.

Visão

Ser uma Instituição de referência na dinamização e gestão do sector empresarial participado pelo Estado, no quadro do desenvolvimento do País.

Objectivo Geral

Reforçar a capacidade de intervenção na gestão do sector empresarial do Estado, com vista à captação de receitas resultantes de dividendos nas sociedades participadas.

Valores

Liderança na gestão de participações do Estado e no estabelecimento da boa governação das sociedades.

Transparência na gestão da coisa pública e no funcionamento das sociedades participadas.

Lealdade para com o Estado e com a tutela bem como para com outros sectores e entidades públicas ou privadas que confiam a gestão das suas participações ao IGEPE.

Empenho no cumprimento da Missão e das metas estabelecidas nos planos e programas de trabalho.

Responsabilidade na realização das actividades através da aplicação do princ´pio de prestação de contas interna, com relação à tutela e aos órgãos sociais dos quais façamos parte.

Colaboração para criar sinergias internas e externas para o cumprimento cabal das estratégias aprovadas.

Inovação nos processos de gestão criando sempre valor acrescentado às nossas participações nas sociedades.

Qualidade Superior dos produtos e serviços resultantes das actividades em que estejamos envolvidos.

(4)

Responsabilidade Corporativa para com os colaboradores, a comunidade onde nos inserimos e para com o ambiente.

Órgãos Sociais

Os Órgãos Sociais do IGEPE são constituídos pelo Conselho Consultivo, Conselho de Administração, composto por 5 membros e Conselho Fiscal.

Conselho de Administração

 Daniel Gabriel Tembe

Presidente do Conselho de Administração

 Maria Iolanda Macamo Wane Administradora

 Silvestre Valente Sechene Administrador

 Amélia Carlos Muthemba Administradora

 Mahomed Rafique Josob Mahomed Administrador

Conselho Fiscal

 José Chichava

Presidente do Conselho Fiscal

 Isabel Sumar Vogal

 Ilídio Guibalo Vogal

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Estrutura Organizacional

A estrutura Organizacional é constituída por dois Pelouros, o de Controlo de Participações e o de Planificação e Assuntos Corporativos, quatro Direcções: Controle de Participações e Engenharia Financeira, Gabinete Técnico, Direcção de Alienações e Liquidações e 6 Departamentos.

(6)

6 Conselho de

Administração

Secretariado

Pelouro de Controlo das Participações

Pelouro de Planificação e Assuntos Corporativos

Direcção de Alienações e Liquidações Direcção de Controlo das

Participadas

Alienações e

Assuntos dos GTTs Departamento de Planificação e Governação

Corporativa Colectivo de

Directores

Departamento de Recursos

Humanos Conselho

Consultivo

Conselho Fiscal

Gabinete Técnico

Assessoria Jurídica

Assessoria de Informática e Cadastro

Assessoria Económica

Reestruturação das Empresas Acompanhamento das

Empresas

ESTRUTURA ORGÂNICA E FUNCIONAL DO IGEPE 2008-2010

Direcção de Engenharia Financeira

Dissoluções e Liquidações

Departamento de Administração e

Contabilidade

Departamento de Investimentos

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I. RELATÓRIO DE GESTÃO DE 2008

1. Introdução

O ano de 2008 foi marcado pela aprovação e início da implementação do Plano Estratégico do IGEPE para o triénio 2008-2010. Como primeiro ano, 2008 teve também características de um ano de reorganização e de criação das condições para que as várias actividades do Plano fossem cumpridas de uma forma consistente, neste e nos anos subsequentes.

Na sequência da aprovação do Plano Estratégico foram elaborados os planos anuais sectoriais e estabelecidos mecanismos de comunicação e de monitoria que incluem a prestação de contas mensal ao Conselho de Administração e semestral ao Conselho Consultivo, sobre o progresso das actividades.

Foi assinado um Acordo de Parceria com o Instituto de Directores de Moçambique, que abre portas para uma cooperação mais ampla e para o estabelecimento de sinergias, tendo em vista a intensificação do processo de promoção das boas práticas de governação em empresas participadas pelo Estado.

Outro acordo, desta feita com o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa foi assinado em Dezembro de 2008, durante a participação de uma delegação do IGEPE no 9º Congresso Brasileiro de Governação Corporativa.

Para o estreitamento da comunicação e acompanhamento do

trabalho com as Administrações das Empresas participadas,

visando passar em revista o funcionamento dos Órgãos Sociais

e para debater as boas práticas de Governação Corporativa,

foram realizados quatro seminários de igual conteúdo, com os

(8)

Gestores Públicos e Representantes do Estado nas empresas,

que contaram com a presença de 115 participantes.

(9)

2. Enquadramento Macro-económico

2.1 Economia Global

O ano de 2008 foi repleto de acontecimentos no mercado global, derivados da eclosão da crise financeira mundial, que analistas económicos e sociais consideram crise mundial global, devido aos efeitos consequentes em toda a esfera económica, política e social, com muitas instituições financeiras e empresas outrora consideradas robustas a declararem falência, e as que ainda resistem a despedirem trabalhadores, medidas de consequências sociais nefastas.

A maioria das commodities alcançou preços mais altos da história do mercado internacional, onde se podem destacar subidas notáveis em artigos como o Crude que alcançou um marco histórico de preço, US$147 por barril até Julho de 2008, tendo caído em cerca de 70% até final do mesmo ano quando o barril se negociava a US$45.

A génese desta recessão económica, focada na chamada crise de crédito global, afectou significativamente economias tidas por robustas, de países altamente desenvolvidos como os Estados Unidos da América, o Reino Unido, Japão, Rússia e outros, fundamentalmente, membros da União Europeia, onde o colapso dos bancos comerciais e das bolsas de valores, trouxe inúmeros problemas.1

Os preços dos produtos alimentares também atingiram máximos históricos em Julho de 2008, tendo até Outubro de 2008 caído em 27%, como consequência da baixa no preço do barril de petróleo.2

2.2 Moçambique

Segundo dados divulgados pelo Banco de Moçambique, a inflação anual acumulada em 2008, fixou-se em 6.19%, contra os 10.33% verificados em 2007.

O produto interno total do país tem crescido progressivamente durante os últimos anos, suportado por Investimento Directo Estrangeiro em projectos diversificados, fundamentalmente nas

(10)

áreas de turismo, indústria extractiva, transportes e comunicações e serviços. Porém, devido aos efeitos da recessão da economia mundial, espera se que tenha desacelerado em 2008 atingindo 5.5% contra 7% observado em 2007. 3

O Metical apresentou-se inicialmente, em redor de MT 24,2/1USD, mas fechou o ano em cerca de MT 25.3/1USD. Projecções, reportam que o Metical continuou a tendência de depreciação relativamente ao Dólar, que tem conhecido ligeira ascendência, mesmo em relação à maioria das moedas correntes, incluído o Euro (Banco de Moçambique).

3 Axco relatório de Moçambique 2008, Dezembro

(11)

3. Actividades Realizadas em 2008

3.1 BALANÇO DAS ACTIVIDADES REALIZADAS

A aprovação e início da implementação do Plano Estratégico do IGEPE para o triénio 2008-2010, constituem destaque no rol das actividades desenvolvidas no presente exercício económico.

Neste âmbito, salientam-se as seguintes acções:

• A alteração da estrutura orgânica e funcional onde se destaca a extinção do Pelouro de Engenharia Financeira e a criação do Pelouro de Planificação e Assuntos Corporativos;

• A criação da Direcção de Alienações e Liquidações para facilitar e acelerar os processos inerentes à adequação da carteira às características impostas pelo mandato do IGEPE;

• A segmentação da carteira de participações e a adopção de uma estratégia de tratamento de cada um dos segmentos com particular destaque para o saneamento da carteira;

• A alienação de participações e venda de património em quatro unidades e duas alienações aos GTTs, estando outros sete processos em curso adiantado;

• A aprovação do novo quadro de pessoal e admissão de

seis colaboradores, o que veio permitir o suprimento das

necessidades em recursos humanos face aos novos

desafios;

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• A participação em acções de formação por parte dos membros da Administração do IGEPE e doutros colaboradores;

• A participação em eventos internacionais de grande importância para troca de experiências em matéria de boas práticas de governação corporativa, donde se destaca o seminário da OCDE, em Paris e a participação no Fórum Regional de Cape Town, outrossim promovido pela OCDE;

• Visita ao Instituto Português de Corporate Governance (IPCG), em Março de 2008 e a algumas empresas públicas: Parpública, Portugal Telecom, EDP – Energias de Portugal;

• Visita ao DEST- Departamento do Controlo das empresas estatais do Ministério de Planejamento do Brasil e à Petrobrás e Banco do Brasil;

• Visita à Farmanguinhos – Fábrica de Medicamentos no Brasil;

• Participação no 9º Congresso do IBGC, onde foram colhidas ricas experiências em matérias atinentes à responsabilidade social e governação corporativa;

• A formalização de acordos de parceria e contactos com

instituições e organizações relevantes, onde se destaca o

Instituto de Directores de Moçambique (IOD), o Instituto

Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) e a

revitalização do acordo com a Bolsa de Valores de

Moçambique (BVM);

(13)

• O diálogo consubstanciado em Seminários com os Gestores Públicos e Representantes do Estado, para discussão de assuntos que afectam o seu desempenho, o funcionamento dos Órgãos Sociais e as formas de implementação das boas práticas de governação corporativa nas empresas.

• A participação em Assembleias Gerais das empresas participadas;

• Elaboração de um documento que contém os principais problemas constatados pelo IGEPE relativamente ao Código Comercial. O trabalho será submetido ao Ministério da Justiça, entidade a quem compete criar a Comissão de Acompanhamento do novo Código Comercial.

3.1.1- Planificação e Governação Corporativa

Na sequência da aprovação do Plano Estratégico foram desenhados os planos anuais sectoriais e estabelecidos mecanismos de comunicação e de monitoria que incluem a prestação de contas mensal ao Conselho de Administração e semestral ao Conselho Consultivo sobre o progresso das actividades.

Foi assinado um Acordo de Parceria com o Instituto de Directores de Moçambique, que abre portas para uma cooperação mais ampla e para o estabelecimento de sinergias, tendo em vista a intensificação do processo de promoção das boas práticas de governação em empresas participadas pelo Estado.

Outro acordo, desta feita com o Instituto Brasileiro de

Governança Corporativa, foi assinado em Dezembro de 2008,

durante a participação de uma delegação do IGEPE, no 9ª

Congresso Brasileiro de Governança Corporativa.

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Técnicos do IGEPE participaram no Seminário de Governação Corporativa em África, organizado pela Fundação Joaquim Chissano, e nos Seminários de formação organizados pelo Instituto de Directores de Moçambique (IOD);

Para o estreitamento da comunicação e acompanhamento do trabalho com as Administrações das Empresas participadas, visando passar em revista o funcionamento dos Órgãos Sociais e para debater as boas práticas de Governação Corporativa, foram realizados quatro seminários de igual conteúdo, com os Gestores Públicos e Representantes do Estado nas empresas, que contaram com 115 participações.

Foi aprovado por S. Exa o Ministro das Finanças, o novo

Quadro de Pessoal do IGEPE, que contempla o reforço em 11

colaboradores dos quais 6 foram já admitidos.

(15)

3.1.2 - Situação das Participações do Estado

A 31 de Dezembro de 2008 a carteira de participações do Estado era constituída por 135 sociedades, compreendendo participações em sociedades que actuam em diversos sectores de actividade económica, com destaque para a indústria ligeira, indústria alimentar e bebidas, serviços e agro-processamento.

Comparativamente a 31 de Dezembro de 2007 em que o universo de participações era de 146 , verifica-se uma redução de cerca de 8%, como resultado, por um lado, da conclusão de alienações e, por outro, da continuação do processo de saneamento da carteira.

Este universo de participações, contempla sociedades em diferentes estágios no que respeita ao estado operacional.

Assim, segue o gráfico no qual é ilustrada esta situação.

Gráfico 1: Situação Operacional das Participadas.

Empre sas Participadas - Estado de Ope racionalidade

Pleno Funcionamento 34%

Deficiente funcionamento

39%

Paralisadas

27% Pleno Funcionamento

Deficiente funcionamento Paralisadas

De seguida apresenta-se o gráfico que ilustra a distribuição das

participadas por sectores de actividade.

(16)

Gráfico 2: Empresas participadas por sectores de actividade.

9%

13%

1%

20%

9%

7%

4%

7%

1%

4%

6%

4% 3%

11%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

AGRO - PROCESSAMENTO INDÚSTRIA ALIMENTAR E BEBIDAS

INDÚSTRIA DE COURO E CAADO INDÚSTRIA LIGEIRA

CORCIO GERAL CONSTRÃO

TRANSPORTES TURISMO E HOTELARIA

PESCAS COMUNICÃO ENERGIA E RECURSOS MINERAIS

SECTOR FINANCEIRO

ARTES GFICAS, PUBLICAÇÕES E EDIÇÕES SERVIÇOS

Peso das Empresas por Sector de Actividade

A indústria ligeira é líder com 20% do total, seguida da indústria alimentar e bebidas e serviços com 13% e 11%, respectivamente. As empresas consideradas estratégicas encontram-se em vários sectores, totalizando 25%.

O gráfico seguinte agrupa as participadas por natureza jurídica e percentagem a que corresponde no universo das mesmas:

Gráfico 3: Empresas Participadas por Tipo de Sociedade

Empresas Participadas - Tipo de Sociedade

Sociedades Anónimas

77%

Sociedades Por Quotas

22%

Fundação 1%

Sociedades Anónimas Sociedades Por Quotas Fundação

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3.1.3 - Venda de participações sociais do Estado nas empresas

No período em análise foram alienadas as participações sociais que o Estado detinha em três sociedades, nomeadamente:

DIMAC – Distribuição de Material de Construção, SA – a participação do Estado (20%) foi alienada ao accionista maioritário.

EDICREL – Construção Civil e Obras Públicas, SA – a participação do Estado (25%) foi alienada ao accionista maioritário.

FREXPO DE MOÇAMBIQUE, Lda – a participação do Estado (50%) foi alienada ao accionista maioritário.

2.3 – Venda do Património

UP – Unidade de Produção de Chá N.º 11 - foi alienado o património da sociedade a um investidor nacional.

Armazéns Ex-Tabacos de Manica – O património foi alienado a um investidor nacional.

2.4 – Venda de Participações do Estado aos GTT’s

Foram concluídos os processos relativos à Sabrina, S.A. e à Metalúrgica de Tete, Lda.

Entretanto, há processos cuja conclusão se previa para o ano de 2008, mas tal não foi possível, devido à complexidade que caracteriza este tipo de processos.

Eis a lista dos processos acima referidos.

• GAPI, S.A;

• Poliplásticos;

• Interquímica;

(18)

• Soares da Costa;

• Sociedade Sococo; e

• Sogex.

No período em análise foram alienadas participações em cinco sociedades e o património do Estado em duas sociedades, sendo que três se referem à alienação em geral e duas dizem respeito à transmissão da participação do Estado aos GTT’s (Gráfico 4).

Gráfico 4: Evolução das alienações das participações do Estado

6

10

27

15

10

7

0 5 10 15 20 25 30

2003 2004 2005 2006 2007 2008

Alienações Totais

Esta tendência decrescente do número de alienações deve-se ao facto de as empresas apetecíveis já terem sido alienadas nos anos anteriores. Note-se também que o IGEPE tem na sua carteira 3 grandes empresas que são os casos da Mabor, Vidreira de Moçambique e Cristalaria de Moçambique, cujas negociações ainda não foram frutíferas.

2.5 - Processos de Reestruturação nas Empresas

Açucareira de Moçambique – decorre o processo de

reestruturação que inclui a expansão, modernização e reforco

do balanco da sociedade que culminou com o aumento de

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capital social e a reducao da participacao do Estado para 15%, o que implicará um investimento global de 1.103.348.909,00 MT.

IFLOMA - Está em estudo um novo projecto para a produção de pasta de papel que se vai localizar na província de Sofala, distrito de Muanza numa área de 100.000 hectares e avaliado em U$D 100 milhões de dólares, que prevê empregar cerca de 1.500 trabalhadores.

Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) – decorre o processo de renovação da frota, com o objectivo de substituir parte dos Boeings 737-200 actualmente existentes, por aeronaves mais modernas e económicas do ponto de vista de consumo de combustível, cujo investimento está avaliado em cerca de USD 100.000.000, 00 (cem milhões de dólares americanos). Com efeito, ja foram recebidas 2 aeronaves e que já estao a operar nas diversas rotas.

Mobeira – Decorre o processo de reestruturação que inclui a integração de parte do património da Mobeira, na Companhia Industrial da Matola.

Sementes de Moçambique (SEMOC) - decorre o processo de reestruturação da sociedade e de procura de novos parceiros, tendo em conta a necessidade da produção e comercialização de sementes.

Regadios e Construções (Ex-SRBL) - foi concluído o processo de pagamento do passivo laboral onde o Estado desembolsou cerca de 7.200.000,00 MT, para o efeito. Decorre a inventariação do património da sociedade. A conclusão do processo de reestruturação da sociedade ocorrerá sob direcção do Fundo Hidráulico Agrícola, entidade gestora do empreendimento.

Ainda no âmbito da reestruturação, esforços têm sido envidados no sentido de encontrar soluções para grandes empresas, com destaque para as seguintes:

Riopele, S.A – em coordenação com o accionista Casa

(20)

pelo Estado à sociedade, no âmbito do processo de saneamento do passivo laboral. Entretanto, estão em curso negociações visando a venda do património da sociedade a um investidor interessado.

Mabor, S.A. – Está em curso a negociação com um investidor sul africano, para alienação do património da MABOR. Em simultâneo, está sendo negociada com uma empresa de consultoria, a continuidade do trabalho de avaliação do património. Esta actualização da avaliação tem como fim o lançamento de um concurso internacional, caso não se concretizem as negociações em curso.

2.6 - Assembleias Gerais

No ano de 2008, ora em análise, foram realizadas 53 Assembleias Gerais em sociedades participadas, sendo. 42 Ordinárias e 11 Extraordinárias. Com a sua presença, o IGEPE continuou a fazer o acompanhamento das actividades e da situação das empresas.

Durante a participação do IGEPE nas Assembleias Gerais que decorreram em 2008, foi destacado o artigo 119 do Código Comercial em vigor, o qual prevê que sempre que se verifique que a situação líquida da sociedade é inferior a metade do capital social, deve ser proposta a dissolução da sociedade, ou a entrada de quantias em dinheiro para reintegrar o património, em medida igual ao valor do capital, nos 60 dias seguintes à deliberação da proposta de dissolução.

Este dispositivo legal tem criado alguns constrangimentos na medida em que muitas empresas em que o Estado participa encontram-se na situação acima descrita. Este facto foi reportado à Comissão de Acompanhamento do Código Comercial, junto do Ministério da Justiça.

Outro aspecto, tem a ver com o incumprimento dos prazos

para aprovação das contas, que se verifica com a maior parte

(21)

das empresas. Esforços estão sendo feitos para que nos próximos exercícios esta situação seja invertida.

4 – PERSPECTIVAS PARA 2009

4.1 - Área de Controle das Participadas

Para o segundo semestre de 2008, esperava-se a conclusão dos processos relativos à transmissão da participação do Estado aos Gestores, Técnicos e Trabalhadores em 6 empresas.

Não tendo sido possível concretizar os processos que se seguem, os mesmos serão transferidos para 2009, a saber:

• Poliplásticos;

• Interquimica;

• Companhia Industrial da Matola;

• Soares da Costa;

• Sociedade Sococo;

• Sogex.

• GAPI – Venda aos GTT´s

Espera-se ainda, no decurso de 2009, dar continuidade aos processos relativos a GTT’s, nas seguintes sociedades:

• Diário de Moçambique

• A Distribuidora

• Pintex – Maputo

• Pintex – Beira

• Hidromoc Beira

Vamos prosseguir com esforços no sentido de encontrar soluções para as empresas Vidreira de Moçambique, Cristalaria de Moçambique, Mabor de Moçambique, Riopele e Tecnauto.

Ainda no âmbito da carteira de participações prevê-se, entre

outras, desenvolver as seguintes actividades:

(22)

• Seleccionar, por concurso, uma empresa que nos prestará assistência técnica nos processos de dissolução, alienações aos GTT’s e alienações em geral.

4.2 Desenvolvimento Institucional e Governação

• Estabelecer a página de INTERNET E INTRANET priorizando “links” com as participadas e organizações nacionais e internacionais relevantes;

• Estabelecer o Sistema Integrado de Gestão Multiposto;

• Aprovar o Código de Conduta do IGEPE;

• Aprovar o Manual de Boas Práticas para as empresas participadas;

• Organizar cursos de treinamento para os colaboradores do IGEPE e para os Gestores das empresas participadas;

• Estabelecer acordos de parceria com organizações e instituições internas e internacionais no âmbito da governação e da promoção de investimentos;

• Lançar as publicações regulares da revista do IGEPE.

(23)

III ANÁLISE ECONÓMICO-FINANCEIRA

1. Resultado Líquido do Exercício

O resultado líquido do exercício de 2008 é positivo, no montante de 70,98 milhões meticais. Comparado com o resultado obtido em 2007 de 147,48 milhões de meticais, significa uma redução em 76,49 milhões de meticais, como consequência da redução dos dividendos das empresas participadas e os proveitos e ganhos extraordinários.

2. Proposta de Aplicação do Resultado

A proposta de aplicação do resultado acima é feita tendo em conta, por um lado, a necessidade de criação de capacidade financeira do IGEPE para investimentos e possível necessidade de acompanhar o aumento de capital social nas empresas onde é accionista (Tabela 1) e, por outro, cumprir a função primordial do IGEPE de contribuir para o financiamento do Tesouro Público.

Tabela 1: Resultado e Aplicação – 2008

un: MT

Rubrica % jan-dez/08 % jan-dez/07

Resultado Liquido do exercicio 100,00% 70.988.952,73 100,00% 147.476.306,33

Tesouro 50,00% 35.494.476,37 50,00% 73.738.153,17

IGEPE 50,00% 35.494.476,37 50,00% 73.738.153,17

APLICAÇÃO

3. Receita Total

A Receita total arrecadada no exercício económico de 2008 foi no montante de 522,76 milhões de meticais, correspondendo a uma redução de 28.63% em relação ao ano de 2007 (Tabela 2).

A variação negativa nesta rubrica, deve-se à diminuição de comparticipação das participadas nos dividendos, resultante, fundamentalmente, da crise económica global que afectou algumas das nossas participadas, pese o facto de no presente ano haver sido alargada a base de recolha de dividendos pelo facto

(24)

do número de contribuintes, não foi suficiente em termos de valor para superar a contribuição do ano anterior.

(25)

Tabela 2: Receitas Totais - 2008

un: MT

jan-dez/08 jan-dez/07

Receitas de Dividendos 447.228.565,84 570.167.984,96

Receitas de Alienações das Participações 10.477.941,71 29.506.523,36

Receitas de Despesas de Praça 108.270,66 949.453,56

Receitas de Alienações aos GTT´s 33.578.111,00 47.722.299,80 Receitas de Juros de Depositos 12.775.640,63 17.023.134,14

Outras Receitas 18.596.107,96 67.077.169,92

Total das Receitas 522.764.637,80 732.446.565,74 -28,63%

Descrição Variação %

A receita arrecadada é resultante de dividendos pagos pelas empresas participadas, com um peso relativo de 85,55%, alienações das empresas ao sector privado e a GTT´s com pesos de 2,00% e 6,42%, respectivamente e a componente de outras receitas com o peso de 6,02% (Gráfico 6).

Gráfico 1: Receita Total

3.1 Receita Total, subdividida em, Estado e IGEPE 3.1.1 Receita do Estado

A receita do Estado, em 2008, reduziu em 27,98%

comparativamente ao mesmo período do ano passado. Tal redução, deve-se à diminuição do nível de dividendos de

Figura 1: Receita Total

85.55%

6.42%

6.02% 2.00%

Receitas de Dividendos

Receitas de Alienações das Participações Receitas de Alienações aos GTT´s

Outras Receitas

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Tabela 3: Receitas do Estado - 2008

Receitas do ESTADO- 2008

un: MT

Descrição jan-dez/08 jan-dez/07

Receitas de Dividendos 334.818.761,25 450.350.467,85 -25,65%

Mozal 237.753.670,00 398.099.625,00

Stema 0,00 2.611.176,23

Domus 223.108,90 68.399,30

BIM 27.726.352,61 27.137.895,55

Mcel 18.913.120,59 22.415.659,88

Ciedima 19.448,10 17.711,89

CMH 33.999.950,18 0,00

Casino do Hotel Polana 1.467.179,41 0,00

T.D.M. 14.715.931,46 0,00

Receitas de Alienações das Participações 9.430.147,55 26.598.144,97 -64,55%

Hotel Dona Ana 0,00 3.985.649,93

Bazaruto 0,00 17.424.315,00

Premap 0,00 335.237,83

Morfeu 668.250,00 674.312,86

Companhia do BUZI 0,00 4.178.629,35

Unidade de Produção 11 720.000,00 0,00

Dimac 326.430,00 0,00

Chá da Zambezia 4.911.230,79 0,00

Frexpo 1.632.150,00 0,00

Texlom 1,00 0,00

Armazém Tabaco de Manica 1.172.085,76 0,00

Receitas de Alienações aos GTT´s 30.220.299,90 43.014.761,50 -29,74%

Cimentos de Moçambique 26.352.000,00 26.352.000,00

Pintex 0,00 587.804,85

BIM 1.933.299,90 15.565.844,70

EMOSE 1.935.000,00 509.111,95

Total das Receitas 374.469.208,70 519.963.374,32 -27,98%

Variação %

A receita do Estado canalizada ao Tesouro, no ano de 2008, totaliza o montante de 374,47 milhões de meticais, contra 519,96 milhões de meticais, realizado em 2007. Da contribuição de cada componente da receita, em termos de peso relativo, destacam-se os dividendos, com um peso relativo de 89,41% da receita total e receitas de alienações aos GTT’s, com o peso de 8,07% (Gráfico 7).

(27)

Gráfico 2: Receitas do Estado - 2008

Figura 2: Receita do Estado

2.52%

8.07%

89.41%

Receitas de Div idendos

Receitas de Alienações das Participações

Receitas de Alienações aos GTT´s

3.2. Receita do IGEPE

Em 2008, a receita e proveitos do IGEPE reduziram em 30,21%, comparativamente ao ano anterior, devido à diminuição da receita de dividendos 6.18%, das aplicações financeiras em 24,95%

e outros proveitos em 72,28% (Tabela 4).

(28)

Receitas do IGEPE- 2008

un: MT

Descrição jan-dez/08 jan-dez/07 Variação %

Receitas de Dividendos 112.409.804,59 119.817.517,11 -6,18%

Mozal 41.819.085,00 70.252.875,00

Coca-Cola S.A.R.L. 18.970.098,00 15.465.469,00

Stema 0,00 5.866.668,68

Domus S.A.R.L. 1.916.914,88 587.675,58

Cervejas de Moçambique S.A.R.L. 8.200.000,00 6.400.000,00

Mcel 8.105.623,11 9.606.711,38

TDM 6.306.827,76 0,00

BIM 11.882.722,55 11.630.526,66

Ciedima 8.334,90 7.590,81

CMH 14.571.407,22 0,00

Casino do Hotel Polana 628.791,17 0,00

Receitas de Alienações das Participações 1.047.794,16 2.908.378,39 -63,97%

Promar 0,00 37.249,13

Hotel Dona Ana 0,00 794.858,96

Pintex 0,00 65.311,65

Bazaruto 0,00 1.936.035,00

Frexpo 181.350,00 0,00

Armazém Tabaco de Manica 130.231,75 0,00

Cha'da Zambezia 545.692,31 0,00

Dimac 36.270,00 0,00

Morfeu 74.250,00 74.923,65

Texlom 0,10 0,00

Unidade de Produção 11 80.000,00 0,00

Despesas de Praça 108.270,66 949.453,56 -88,60%

Morfeu 0,00 19.963,49

Bazaruto 0,00 193.725,00

Premap 0,00 3.765,07

Cimentos de Moçambique 0,00 732.000,00

Armazém Tabaco de Manica 45.000,00 0,00

Texlom 0,01 0,00

Metalurgica de Tete 5.511,65 0,00

Empresa Moderna 36.000,00 0,00

Frexpo 18.135,00 0,00

DIMAC 3.624,00 0,00

Receitas de Alienações aos GTT´s 3.357.811,10 4.707.538,30 -28,67%

Cimentos de Moçambique 2.928.000,00 2.928.000,00

BIM 214.811,10 1.729.538,30

EMOSE 215.000,00 50.000,00

Receitas de Juros de Depósitos 12.775.640,63 17.023.134,14 -24,95%

Juros bancários 12.775.640,63 17.023.134,14 118,21%

Outros Proveitos 18.596.107,96 67.077.169,92 -72,28%

148.295.429,10 212.483.191,42 -30,21%

TOTAL DOS PROVEITOS

(29)

Tabela 4: Receita do IGEPE 2008

O montante da receita foi de 148,30 milhões de meticais, inferior aos 212,48 milhões de meticais da receita realizada em 2007. O peso significativo relativamente à receita total vai para os dividendos com 75,80% e, outras receitas, com o peso de 21,23%

(Gráfico 8).

Gráfico 3: Receitas do IGEPE – 2008

Figura 3: Receita do IGEPE

75.80%

0.71%

21.23%

2.26%

Receitas de Div idendos

Receitas de Alienações das Participações

Receitas de Alienações aos GTT´s

Outras Receitas

3.3. Mapa de Execução da Receita Arrecadada do Estado

O montante da receita orçamentada para o exercício económico de 2008 foi de 512,94 milhões de meticais, tendo sido realizado o valor de 325,75 milhões de meticais, o que corresponde a uma execução total do orçamento da receita de 63,51% (Tabela 5).

(30)

Tabela-5 Mapa de Execução Orçamental da Receita Arrecadada do Estado- 2008

un: MT

ORÇAMENTO Realização

Descrição jan-dez/08 jan-dez/08 Grau_Real %

Receitas de Dividendos 471.493.602,29 286.102.879,61 60,68%

Receitas de Alienações das Participações 15.640.876,80 9.430.147,55 60,29%

Receitas de Alienações aos GTT´s 25.800.948,00 30.220.299,90 117,13%

512.935.427,09 325.753.327,06 63,51%

TOTAL DA RECEITA

3.4. Mapa de Execução da Receita Arrecadada do IGEPE

O montante da receita orçamentada para o exercício económico de 2008 foi de 143,27 milhões de meticais, tendo sido realizado o valor de 113,14 milhões de meticais, o que corresponde a uma execução total do orçamento da receita de 78,97% (Tabela 6).

Tabela 6- Mapa de Execução Orçamental da Receita Arrecadada do IGEPE- 2008

un: MT

ORÇAMENTO Realização

Descrição jan-dez/08 jan-dez/08 Grau_Real %

Receitas de Dividendos 126.705.144,34 91.887.518,89 72,52%

Receitas de Alienações das Participações 1.737.875,20 1.047.794,16 60,29%

Despesas de Praça 0,00 108.270,66 0,00%

Receitas de Alienações aos GTT´s 2.866.772,00 3.357.811,10 117,13%

Receitas de Juros de Depositos 10.089.252,30 12.327.567,70 122,19%

Outras Proveitos 1.872.702,34 4.414.343,90 235,72%

143.271.746,18 113.143.306,41 78,97%

TOTAL DA RECEITA

4. Despesas

No domínio das despesas, salientam-se duas componentes: As despesas inerentes à execução do Orçamento do Estado no âmbito dos Encargos Gerais do Estado e as despesas respeitantes ao funcionamento normal do IGEPE.

4.1. Encargos Gerais do Estado

No que respeita à execução orçamental no âmbito dos Encargos Gerais do Estado, o plano anual foi realizado em 82,44%, considerando o valor do orçamento aprovado (Tabela 7).

(31)

Tabela 7: Despesas do Estado no Domínio Empresarial - 2008

un: MT

Orçamentado Realizado Grau_realiz. %

I. Indemnizações e Salarios em Atraso 32,376,199.45 32,368,146.40 99.98%

1. Contex 5,753,444.30 5,753,444.30 100.00%

2. Loumar 6,340,000.00 6,331,946.95 99.87%

3. Regadios e Construções 7,179,087.21 7,179,087.21 100.00%

4. Companhia do Buzi 4,048,519.16 4,048,519.16 100.00%

5. Texmoque 6,689,548.78 6,689,548.78 100.00%

6. Scanimo 2,365,600.00 2,365,600.00 100.00%

II. PASSIVOS DAS PART. ASSUMIDOS 9,832,280.55 1,375,396.00 13.99%

1. Textafrica 8,456,884.55 0.00 0.00%

2. CDM 1,375,396.00 1,375,396.00 100.00%

III. DESPESAS DE MANUTENÇÃO 6,000,000.00 6,000,000.00 100.00%

1. Riopele 2,000,000.00 2,000,000.00 100.00%

2. Mabor 4,000,000.00 4,000,000.00 100.00%

Total das despesas no dominio Empresarial 48,208,480.00 39,743,542.40 82.44%

Empresas Valor

Dado que o orçamento do Estado proposto para os Encargos Gerais do Estado não foi aprovado na totalidade, algumas acções não foram efectivadas tendo sido a sua execução, reprogramada para o exercício de 2009.

4.2. Custos do IGEPE

Os custos de funcionamento do IGEPE, totalizaram o montante de 77,31 milhões de meticais em 2008. Comparativamente aos custos de igual período do ano anterior, no valor de 65,01 milhões de meticais, nota-se um aumento na ordem de 18,92% (Tabela 8).

A rubrica outros custos, relativamente a 2008, apresenta uma variação de 3906%, quando comparada com igual período do ano transacto. Esta variação, resulta da criação de provisões para os adiantamentos efectuados às empresas, Mabor, Riopele,

Vidreira e Açucareira de Búzi (Tabela 8).

Tabela 8: Custos do IGEPE - 2008

(32)

un: MT

Rubrica jan-dez/08 jan-dez/07 Variação %

Remunerações aos trabalhadores 36.310.216,05 32.718.813,49 10,98%

Fornecimentos e Serviços de terceiros 14.641.260,56 16.439.544,65 -10,94%

Encargos financeiros 3.611.071,97 11.339.477,29 -68,15%

Impostos e taxas 9.017,47 5.258,00 71,50%

Amortizações do exercício 5.575.681,23 4.075.453,82 36,81%

Outros custos 17.159.229,09 428.337,84 3906,00%

Total dos Custos do exercício 77.306.476,37 65.006.885,09 18,92%

4.3. Mapa de Execução da Despesa do IGEPE

O montante da despesa orçamentada para o exercício económico de 2008 foi de 102,10 milhões de meticais, tendo sido realizado o valor de 66,87 milhões de meticais, o que corresponde a uma execução total do orçamento da despesa de 65,50%

(Tabela 9).

Tabela 9- Mapa de Execução Orçamental da Despesa para 2008

un: MT

Valor Valor

Orçamento Realizsação

2008 2008

1. 58.119.781,93 48.705.868,77 83,80%

1.1. Despesas com o pessoal 43.288.663,05 34.523.671,89 79,75%

1.1.1. Salários e Remunerações 39.645.247,06 31.535.059,53 79,54%

1.1.2 Outras Despesas com Pessoal 3.643.415,99 2.988.612,36 82,03%

1.2 Bens e Serviços 14.655.998,20 14.182.196,88 96,77%

1.2.1 Bens 3.530.470,18 3.347.510,94 94,82%

1.2.2 Serviços 11.125.528,02 10.834.685,94 97,39%

1.6. Outras Despesas Correntes 175.120,68 0,00 0,00%

TOTAL DO INVESTIMENTO 43.983.518,76 18.166.792,35 41,30%

2.1. Bens de Capital 16.011.434,62 15.754.912,35 98,40%

2.1.1 Construções 150.000,00 135.000,00 90,00%

2.1.2 Maquina e Equipamento 12.861.434,62 12.719.232,24 98,89%

2.1.3 Grandes Reparações 3.000.000,00 2.900.680,11 96,69%

3.1. Operações Financeiras 27.972.084,14 2.411.880,00 8,62%

3.1.1 Activas 27.972.084,14 2.411.880,00 8,62%

Total de Despesas 102.103.300,69 66.872.661,12 65,50%

Classificação Economica

Grau_Exec_ %

Código Descrição

(33)

5. Demonstrações Financeiras do Exercício de 2008 5.1 Balanço

Tabela 10: Balanço em 31 de Dezembro de 2008

un: MT

jan-dez/08 jan-dez/07 Var_%Var_%Var_%Var_%

IMOBILIZACÕES IMOBILIZACÕESIMOBILIZACÕES IMOBILIZACÕES

Imobilizacões Financeiras 407.569.952,75 408.515.900,00 Imobilizacões Corpóreas 76.757.930,58 65.347.329,03

Imobilizacões em Curso 0,00 5.831.839,19

484.327.883,33 484.327.883,33 484.327.883,33

484.327.883,33 479.695.068,22479.695.068,22479.695.068,22479.695.068,22 0,97%0,97%0,97%0,97%

Devedores 239.227.435,70 65.831.251,19

Bancos e Caixa 128.358.880,41 230.474.488,72

Antecipações activas 727.021,19 3.146.418,25

368.313.337,30 368.313.337,30 368.313.337,30

368.313.337,30 299.452.158,16299.452.158,16299.452.158,16299.452.158,16 23,00%23,00%23,00%23,00%

TOTAL TOTAL TOTAL

TOTAL 852.641.220,63852.641.220,63852.641.220,63852.641.220,63 779.147.226,38779.147.226,38779.147.226,38779.147.226,38 9,43%9,43%9,43%9,43%

Capital Estatutário 361.014.762,89 361.014.762,89

Reservas 204.621.789,05 125.664.063,14

Resultados Transitados 1.399.355,42 1.399.355,42

Resultado liquido do exercicio 70.988.952,73 147.476.306,33 638.024.860,09

638.024.860,09 638.024.860,09

638.024.860,09 635.554.487,78635.554.487,78635.554.487,78635.554.487,78 0,39%0,39%0,39%0,39%

Fornecedores 7.497,44 438.780,62

Credor-Estado Impostos 1.076.202,09 1.051.615,22

Credor-M.F. 143.084.498,72 100.292.699,30

Outros credores 67.438.151,30 35.217.438,22

Antecipações Passivas 3.010.010,99 6.592.205,24

214.616.360,54 214.616.360,54 214.616.360,54

214.616.360,54 143.592.738,60143.592.738,60143.592.738,60143.592.738,60 49,46%49,46%49,46%49,46%

TOTAL TOTAL TOTAL

TOTAL 852.641.220,63852.641.220,63852.641.220,63852.641.220,63 779.147.226,38779.147.226,38779.147.226,38779.147.226,38 9,43%9,43%9,43%9,43%

ACTIVO CORRENTE ACTIVO CORRENTE ACTIVO CORRENTE ACTIVO CORRENTE

PASSIVO CORRENTE PASSIVO CORRENTE PASSIVO CORRENTE PASSIVO CORRENTE FUNDOS PRÓPRIOS FUNDOS PRÓPRIOSFUNDOS PRÓPRIOS FUNDOS PRÓPRIOS

(34)

5.2 Demonstração de Resultado

Tabela 11: Demonstração de Resultado em 31 de Dezembro de 2008

jan-dez/08 jan-dez/07 Var_%Var_%Var_%Var_%

Proveitos Suplementares 2.344.512,46 2.371.292,32

Proveitos e Ganhos Financeiros 129.736.152,09 153.240.552,58 Outros Proveitos e Ganhos Operacionais 4.513.875,92 8.565.370,25 Proveitos e Ganhos Extraordinarios 11.700.888,63 48.305.976,27

148.295.429,10 148.295.429,10 148.295.429,10

148.295.429,10 212.483.191,42212.483.191,42212.483.191,42212.483.191,42 -30,21%-30,21%-30,21%-30,21%

Custos com o Pessoal 36.310.216,05 32.718.813,49

Fornecimentos e Servicos de terceiros 14.641.260,56 16.439.544,65

Impostos e taxas 9.017,47 5.258,00

Amortizacões do Exercicio 5.575.681,23 4.075.453,82 Outros Custos e Perdas Operacionais 0,00 78.300,00 Outros Custos e Perdas Financeiras 3.611.071,97 11.339.477,29 Custos e Perdas Extraordinarios 17.159.229,09 350.037,84

77.306.476,37 77.306.476,37 77.306.476,37

77.306.476,37 65.006.885,0965.006.885,0965.006.885,0965.006.885,09 18,92%18,92%18,92%18,92%

Resultado Líquido Resultado Líquido Resultado Líquido

Resultado Líquido 70.988.952,7370.988.952,7370.988.952,7370.988.952,73 147.476.306,33147.476.306,33147.476.306,33147.476.306,33 -51,86%-51,86%-51,86%-51,86%

PROVEITOS E GANHOS PROVEITOS E GANHOS PROVEITOS E GANHOS PROVEITOS E GANHOS

CUSTOS E PERDAS CUSTOS E PERDAS CUSTOS E PERDAS CUSTOS E PERDAS

RESULTADOS DO EXERCICIO RESULTADOS DO EXERCICIO RESULTADOS DO EXERCICIO RESULTADOS DO EXERCICIO

un: MT

(35)

IV. NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 de Dezembro de 2008

1. Princípios Contabilísticos

O IGEPE é uma pessoa colectiva de direito público, dotada de personalidade jurídica, com autonomia administrativa, financeira e patrimonial. O seu capital Estatutário, no valor de 361.01 milhões de meticais, está integralmente realizado em participações sociais, dotação monetária e bens patrimoniais.

As contas apresentadas reflectem a posição financeira em 31 de Dezembro de 2008 e os resultados das suas operações, traduzem uma imagem fiel e verdadeira do património da instituição na data a que se referem.

As demonstrações financeiras foram elaboradas tendo em conta os princípios de contabilidade geralmente aceites e as práticas comuns aceites em Moçambique, sustentadas nos princípios de Continuidade, Consistência, Prudência, Especialização de Exercícios, Custo Histórico, Substância Sobre a Forma, Materialidade, de entre outros, explicitados em cada categoria patrimonial onde o seu emprego se verificou, em observância ao plasmado no Plano Geral de Contabilidade, Decreto n.º 36/2006 de 25 de Julho.

2. Base de Apresentação

2.1. Balanço

Da análise ao balanço, é evidente o aumento da estrutura patrimonial do IGEPE, como resultado do empenho que a instituição vem desenvolvendo na melhoria e aumento do seu património. (Tabela 10).

Há a considerar o aumento do capital social da empresa Autogás e outras duas novas participações sendo uma na Sociedade Moçambicana de Medicamentos e na sociedade ABC Leasing, com o objectivo de aumentar a carteira de participações do IGEPE.

Relativamente ao passivo corrente, verificou-se um aumento de 49,55%, como resultado dos dividendos declarados e não pagos a favor do Estado Moçambicano pelas empresas participadas. Esta

(36)

como consequência da crise mundial. Assim, o valor dos dividendos devidos ao Estado e outros montantes, não foram transferidos na totalidade para o Tesouro, ao longo do ano de 2008 porque se encontram em cobrança(Tabela 10).

A Classe de fundos próprios, observa um crescimento de 3,02%, devido à acumulação em Reservas do Resultado do Exercício de 2007, para além da contribuição do próprio resultado do exercício (Tabela 10).

(37)

2.1.1 Caixa e Bancos

O saldo inclui valores em moeda estrangeira (USD), actualizados conforme procedimento contabilístico apropriado ao câmbio de compra do Banco de Moçambique, à data do balanço (Tabela 10).

2.1.2 Devedores

Reflecte os valores adiantados pelo IGEPE a empresas inoperacionais para o pagamento de salários em atraso, indemnizações e outros passivos, receita de dividendos declarados e ainda em poder das participadas, bem como a receita do IGEPE, em poder do Tesouro (Tabela 10).

2.1.3 Antecipações Activas

Estão contabilizados os valores correspondentes às despesas de seguro automóvel e assinaturas de jornais, que tendo sido pagas no exercício, dizem respeito ao próximo exercício e ainda, as estimativas de rendimentos das aplicações financeiras cujo período de maturidade recomenda especialização, em observância ao princípio contabilístico aplicável (Tabela 10).

2.1.4 Imobilizado

Os registos efectuados nas contas de imobilizado obedecem ao princípio de custo histórico e estão enquadradas nas categorias de imobilizado, respeitando as respectivas contas (Tabela 12).

Tabela 12: Imobilizado Bruto

Transferências

Rubricas Saldo inicial Aumentos Diminuição Reavaliações Alienações e Abates Saldo final

Imobilizações financeiras 408.515.900,00 945.947,25 407.569.952,75

Imobilizações Corporeas 74.613.316,31 16.521.280,79 91.134.597,10

Imobilizações Incorporeas

Imobilizações em Curso 5.831.839,19 5.831.839,19

488.961.055,50 16.521.280,79 498.704.549,85

un: MT

Total

2.1.5 Amortizações e Reintegrações

O Mapa de Amortizações e Reintegrações foi elaborado por grupos homogéneos das respectivas contas do imobilizado e respeitando as taxas da Portaria nº 20817, de 27 de Janeiro de 1968 (Tabela 13).

Referências

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