• Nenhum resultado encontrado

Um ´ Indice de Somabilidade para Pares de Espa¸ cos de Banach

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Um ´ Indice de Somabilidade para Pares de Espa¸ cos de Banach"

Copied!
86
0
0

Texto

(1)

Programa de P´ os–Gradua¸ c˜ ao em Matem´ atica Mestrado em Matem´ atica

Um ´ Indice de Somabilidade para Pares de Espa¸ cos de Banach

Lucas de Carvalho Nascimento

Jo˜ ao Pessoa – PB

Julho de 2017

(2)

Centro de Ciˆ encias Exatas e da Natureza Programa de P´ os–Gradua¸ c˜ ao em Matem´ atica

Mestrado em Matem´ atica

Um ´ Indice de Somabilidade para Pares de Espa¸ cos de Banach

por

Lucas de Carvalho Nascimento

sob a orienta¸ c˜ ao do

Prof. Dr. Jamilson Ramos Campos

Jo˜ ao Pessoa – PB

Julho de 2017

(3)

Banach / Lucas de Carvalho Nascimento.- Jo˜ao Pessoa, 2017.

85 f.

Orientador: Jamilson Ramos Campos.

Disserta¸c˜ao (Mestrado) - UFPB/CCEN.

1.Matem´atica. 2.Polinˆomios absolutamente somantes 3.Operadores multilineares absolutamente somantes.

4.Espa¸co de Banach. 5.´Indice de somabilidade. I. T´ıtulo.

UFPB/BC CDU: 51(043)

(4)
(5)
(6)

Agradecimentos

Primeiramente, agrade¸co a Deus, fonte de toda a sabedoria, por todas as ben¸c˜ aos derramadas sobre mim.

A minha fam´ılia, em especial, a minha m˜ ` ae, Verˆ onica Maria de Carvalho Nasci- mento; ao meu pai, Luciano Ferreira do Nascimento; a minha tia, Raimunda Cristina de Carvalho e a minha irm˜ a, Vanessa de Carvalho Nascimento; pelo incetivo, zelo, con- fian¸ca, dedica¸c˜ ao e pelo o apoio em todas as minhas decis˜ oes. Est´ a conquista tamb´ em

´ e de vocˆ es.

A minha namorada Vanicleise dos Santos Silva, pelo companheirismo, paciˆ ` encia e constante apoio. Sem d´ uvida, seu carinho incondicional foi muito importante para eu conseguir superar todas minhas dificuldades.

Ao meu orientador Jamilson Ramos Campos, por toda disponibilidade, paciˆ encia e boa vontade em tirar minhas d´ uvidas sempre que precisei; sendo desta forma um dos grandes respons´ aveis por esta conquista.

Aos professores da UPE, institui¸c˜ ao onde tive o prazer de fazer a licenciatura em matem´ atica. Especialmente a Esdras Jafet, a Ernani Martins, a Gutemberg Alves e a Islanita Cec´ılia, com os quais tive o prazer de compartilhar v´ arios momentos agrad´ aveis.

Aos professores da p´ os-gradua¸c˜ ao. Especialmente a Jamilson Ramos Campos, a Adriano Alves de Medeiros, a Nacib Andr´ e Gurgel e Albuquerque, a Napoleon Caro Tuesta, a Antˆ onio de Andrade e Silva e a Manass´ es Xavier de Souza que muito con- tribu´ıram para a minha forma¸c˜ ao no mestrado.

Aos professores Gustavo da Silva e Joedson Santos, membros da Banca Examina- dora, por aceitarem nosso convite e por suas valorosas contribui¸c˜ oes ao trabalho.

Aos meus amigos e colegas da gradua¸c˜ ao e da p´ os-gradua¸c˜ ao. Em especial, a Ricardo Dias, pelos in´ umeros dias de estudos e pela convivˆ encia, a Adailton Souza, por todos momentos agrad´ aveis de estudo, a Eriverton Jos´ e, por todos os conselhos, incentivos e ajuda, e a Djair Paulino, por toda ajuda que me deu desde o ver˜ ao em Algebra Linear. ´

A todos os meus amigos que de forma direta ou indireta me ajudaram para a realiza¸c˜ ao deste trabalho. Em especial, a Salatiel Dias pelos incentivos, conselhos e por toda ajuda que me deu, em particular, a minha vinda a Jo˜ ao Pessoa.

Aos meus amigos e colegas da SOCONTEL, por me apoiarem e pelos incentivos

para buscar aquilo que almejo. Em especial, agrade¸co a Alberto guerra e a Bil Mendes

(7)
(8)

Resumo

Neste trabalho, estudamos a no¸c˜ ao de ´ındice de somabilidade para pares de espa¸cos de Banach. Esse ´ındice desempenha o papel de um tipo de “medida” de como o espa¸co dos polinˆ omios m-homogˆ eneos de E em F (ou o espa¸co dos operadores multilineares de E

1

× · · · × E

m

em F ) est´ a longe de coincidir com o espa¸co dos polinˆ omios m- homogˆ eneos absolutamente somantes (ou com o espa¸co dos operadores multilineares m´ ultiplo somantes). Em alguns casos o ´ındice ´ otimo de somabilidade ´ e apresentado.

Palavras-chave: Polinˆ omios absolutamente somantes, operadores multilineares abso-

lutamente somantes, espa¸cos de Banach, ´ındice de somabilidade.

(9)

In this work, we study the notion of index of summability for pairs of Banach spaces.

This index plays the role of a kind of “measure” of how the space of m-homogeneous polynomials from E to F (or the space of multilinear operators of E

1

× · · · × E

m

to F ) are far from being the space of absolutely summing m-homogeneous polynomials (or with the space of multiple summing multilinear operators). In some cases the optimal index of summability is presented.

Keywords: Absolutely summing polynomials, absolutely summing multilinear opera-

tors, Banach spaces, index of summability.

(10)

Sum´ ario

Introdu¸ c˜ ao xiv

1 Preliminares 1

1.1 Resultados Cl´ assicos de An´ alise Funcional . . . . 1

1.2 S´ eries em Espa¸cos de Banach . . . . 9

1.3 Espa¸cos de Sequˆ encias a Valores Vetoriais . . . . 12

1.4 Cotipo e Fatora¸c˜ ao Formal . . . . 20

2 O ideal dos Operadores Absolutamente Somantes 23 2.1 Operadores Multilineares . . . . 23

2.2 Polinˆ omios Homogˆ eneos . . . . 29

2.3 Ideais de Operadores Multilineares . . . . 33

2.4 Ideais de Polinˆ omios . . . . 37

2.5 Operadores Absolutamente Somantes . . . . 40

3 Um ´ Indice de Somabilidade para Pares de Espa¸ cos de Banach 51 3.1 Preliminares . . . . 51

3.2 O ´Indice de Somabilidade . . . . 53

3.2.1 Estimativas Superiores . . . . 54

3.2.2 Estimativas Inferiores . . . . 61

Referˆ encias Bibliogr´ aficas 70

(11)

A seguir, listamos algumas nota¸c˜ oes utilizadas neste trabalho.

• N denota o conjunto {1, 2, 3, . . .};

• N

n0

denota o conjunto {0, 1, 2, . . . , n};

• R denota o conjunto dos n´ umeros reais;

• C denota o conjunto dos n´ umeros complexos;

• K denota o corpo R ou C ;

• E, F, G, H, E

m

, G

m

denotam espa¸cos vetoriais ou espa¸cos normados ou espa¸cos de Banach sobre o corpo K ;

• BAN denota a classe de todos os espa¸cos de Banach;

• L(E; F ) denota o espa¸co de todos os operadores lineares e cont´ınuos de E em F ;

• B

E

denota a bola unit´ aria fechada no espa¸co E;

• E

0

denota o dual topol´ ogico do espa¸co E ;

• e

n

denota a sequˆ encia escalar (0, . . . , 0, 1, 0, . . .) cujos termos s˜ ao todos nulos com exce¸c˜ ao do n-´ esimo;

• id

E

denota o operador identidade em E;

• span {x

1

, . . . , x

n

} denota o espa¸co vetorial gerado pelos vetores x

1

, . . . , x

n

;

• p

denota o conjugado de p, isto ´ e, 1 = 1/p + 1/p

;

• C(K) denota o espa¸co de Banach formado por todas as fun¸c˜ oes f : K −→ R cont´ınuas, onde K ´ e um espa¸co de Hausdorff compacto;

• J

E

denota o mergulho canˆ onico de E em E

00

;

• E , →

1

F denota E ⊆ F com kxk

F

≤ kxk

E

para todo x ∈ E;

(12)

• L(E

1

, . . . , E

m

; F ) denota o espa¸co de todos os operadores multilineares cont´ınuos de E

1

× · · · × E

m

em F ;

• P(

m

E; F ) denota o espa¸co de todos os polinˆ omios m-homogˆ eneos cont´ınuos de E em F ;

• X ou X(·) denota uma classe de sequˆ encias;

• Q

(p,q)

denota a classe dos operadores multilineares absolutamente (p, q)-somantes;

• P

(p,q)

denota a classe dos polinˆ omios homogˆ eneos absolutamente (p, q)-somantes;

• Q

mult

(p,q)

denota a classe dos operadores m´ ultiplo (p, q)-somantes;

(13)

Em 1950, A. Dvoretzky e C. A. Rogers [12] apresentaram uma solu¸c˜ ao para o seguinte problema: existe em qualquer espa¸co de Banach de dimens˜ ao infinita um s´ erie incondicionalmente convergente que n˜ ao ´ e absolutamente convergente? Tal problema foi proposto por S. Banach em [11]. A resposta afirmativa, conhecida atualmente como Teorema de Dvoretzky-Rogers, s´ o veio d´ ecadas depois com o c´ elebre trabalho [12].

Este fato despertou o interesse de A. Grothendieck que mediante dois trabalhos importantes, [20] e [21], apresenta uma demonstra¸c˜ ao diferente para o Teorema de Dvoretzky-Rogers e introduz o que hoje ´ e visto como a base da teoria dos operadores absolutamente somantes. Por´ em, somente na d´ ecada de 60, com os trabalhos de A.

Pietsch [14], J. Lindenstrauss e A. Pelczy´ nski [16] e B. Mitjagin e A. Pelczy´ nski [15], as ideias de Grothendieck come¸caram a ser melhor compreendidas e reescritas de forma mais acess´ıvel.

Os dois trabalhos de A. Grothendieck citados acima s˜ ao considerados o ponto de partida da teoria de ideais de operadores. No livro [18], A. Pietsch sistematiza a teoria de ideais de operadores lineares, no qual exibe o conceito, desenvolve a teoria geral, investiga alguns casos particulares e exibe v´ arias aplica¸c˜ oes. Posteriormente, o pr´ oprio A. Pietsch, em seu artigo [19], apresenta o conceito de ideal para operadores m-lineares, tamb´ em conhecido como multi-ideal, cuja adapta¸c˜ ao para polinˆ omios ´ e imediata (veja [8, 13, 17]).

Em 2003, D. P´ erez-Garc´ıa [24] e M. C. Matos [25], de maneira independente, de- finem os operadores m´ ultiplo somantes, que constituem uma classe que mant´ em, sob certo sentido, a essˆ encia da teoria linear. Desde ent˜ ao, os operadores m´ ultiplo somantes tem sido estudado por diversos autores (veja [26, 27]).

Neste trabalho estudamos a no¸c˜ ao de ´ındice de somabilidade para pares de espa¸cos de Banach. Esse ´ındice desempenha o papel de uma esp´ ecie de “medida” que estima a qual distˆ ancia o espa¸co L(E

1

, . . . , E

m

; F ) (respectivamente P (

m

E; F )) est´ a de coincidir com o espa¸co Q

mult

(p,q)

(E

1

, . . . , E

m

; F ) (respectivamente P

(p,q)

(

m

E ; F )).

Para isso, dividimos nosso trabalho em trˆ es cap´ıtulos. No primeiro cap´ıtulo intro-

duzimos algumas defini¸c˜ oes, nota¸c˜ oes e resultados da teoria b´ asica da an´ alise funcional

(14)

No segundo cap´ıtulo, estudamos os ideais de operadores multilineares, os ideais de polinˆ omios e os conceitos relativos a estes, alguns resultados b´ asicos e uma ca- racteriza¸c˜ ao dos operadores multilineares absolutamente somantes, bem como dos po- linˆ omios absolutamente somantes. Para obter certas caracteriza¸c˜ oes fazemos uso do ambiente abstrato criado por G. Botelho e J. R. Campos em [22]. Al´ em disso, mos- traremos que a classe Q

(p;q)

dos operadores multilineares absolutamente somantes ´ e um ideal de Banach, bem como que a classe P

(p,q)

dos polinˆ omios homogˆ eneos ab- solutamente somantes ´ e um ideal de Banach de polinˆ omios. Para isso, faremos uso novamente do mesmo ambiente abstrato j´ a citado. Por fim, apresentamos o conceito e alguns resultados importantes sobre a classe dos operadores m´ ultiplo somantes.

No terceiro cap´ıtulo, estudamos a no¸c˜ ao do ´ındice de somabilidade para pares de espa¸cos de Banach. Este tipo de ´ındice foi recentemente proposto no artigo [28] por M. Maia, D. Pellegrino e J. Santos tendo por base a tese de doutorado do primeiro.

Veremos que sempre existe estimativas superiores pare este ´ındice. Terminamos nosso trabalho, apresentado estimativas inferiores, em alguns casos, para o ´ındice de soma- bilidade entre os espa¸cos P (

m

E; F ) e P

(p,q)

(

m

E; F ). A principal referˆ encia para este

´

ultimo cap´ıtulo ´ e, obviamente, o trabalho [28] mas tamb´ em foi consultado o trabalho

de tese [9].

(15)

Preliminares

Neste cap´ıtulo, introduzimos algumas defini¸c˜ oes, nota¸c˜ oes e resultados que ser˜ ao necess´ arios para o desenvolvimento deste trabalho. Para a primeira se¸c˜ ao, temos como objetivo apresentar alguns resultados cl´ assicos de An´ alise Funcional; na segunda se¸c˜ ao, apresentamos alguns resultados envolvendo s´ eries em espa¸cos de Banach; na terceira, apresentamos alguns espa¸cos de sequˆ encias a valores vetoriais e na quarta se¸c˜ ao, apre- sentamos os conceitos de cotipo e o de fatora¸c˜ ao formal. As principais referˆ encias para a elabora¸c˜ ao deste cap´ıtulo foram [2, 4, 8]. Alguns dos resultados aqui citados encontram-se, pelo car´ ater breve do texto, n˜ ao demonstrados. Para estes, buscamos citar as devidas referˆ encias para as respectivas demonstra¸c˜ oes.

1.1 Resultados Cl´ assicos de An´ alise Funcional

Durante todo este texto, K denotar´ a o corpo R dos n´ umeros reais ou o corpo C dos n´ umeros complexos e os espa¸cos vetoriais sempre ser˜ ao considerados sobre K = R ou C . Come¸camos esta se¸c˜ ao relembrando a defini¸c˜ ao de norma.

Defini¸ c˜ ao 1.1. Uma norma em um espa¸co vetorial E ´ e uma aplica¸c˜ ao k · k

E

: E −→ R que satisfaz:

N1) kxk

E

≥ 0 para todo x ∈ E e kxk

E

= 0 se, e somente se, x = 0, N2) kλxk

E

= |λ| · kxk

E

, para todo x ∈ E e qualquer λ ∈ K ,

N3) kx + yk

E

≤ kxk

E

+ kyk

E

, para todos x, y ∈ E.

Neste caso, o par (E, k·k

E

) ´ e chamado de espa¸ co vetorial normado, ou simplesmente

espa¸ co normado. Quando n˜ ao houver perigo de ambiguidade, escreveremos k·k ao inv´ es

(16)

de k·k

E

. Por sua vez, um espa¸co normado ´ e um espa¸co m´ etrico com a m´ etrica induzida pela norma, ou seja, a m´ etrica d : E × E −→ R dada por

d(x, y) = kx − yk com x, y ∈ E.

Como espa¸cos m´ etricos s˜ ao espa¸cos de Hausdorff, com maior raz˜ ao espa¸cos nor- mados tamb´ em o s˜ ao e, consequentemente, satisfazem propriedades importantes que usaremos de forma direta ao longo do texto. Para maiores detalhes sobre os espa¸cos de Hausdorff veja [3, Cap´ıtulo 3].

Dizemos que um espa¸co normado E ´ e um espa¸ co de Banach ou um espa¸ co completo quando E for completo na m´ etrica induzida pela norma, e denotamos por BAN a classe de todos os espa¸cos de Banach. O resultado abaixo destaca a importˆ ancia dos subespa¸cos fechados de um espa¸co de Banach, no qual sua demonstra¸c˜ ao pode ser encontrada em [2, Proposi¸c˜ ao 1.1.1].

Proposi¸ c˜ ao 1.1. Sejam E um espa¸co de Banach e F um subespa¸co de E. Ent˜ ao F ´ e um espa¸co de Banach se, e somente se, F ´ e fechado em E.

Sejam E e F espa¸cos normados, ambos sobre o mesmo corpo K . Um operador T : E −→ F ´ e dito linear se T (x + λy) = T (x) + λT (y) para todos x, y ∈ E e todo λ ∈ K . Quando para qualquer x

0

∈ E e ε > 0 existe δ > 0 tal que

kT (x) − T (x

0

)k < ε sempre que x ∈ E e kx − x

0

k < δ,

ent˜ ao T ´ e, por defini¸c˜ ao, um operador cont´ınuo. N˜ ao faremos distin¸c˜ ao entre os termos

“aplica¸c˜ ao”, “fun¸c˜ ao” ou “operador”.

O conjunto de todos os operadores lineares cont´ınuos de E em F ser´ a denotado por L(E, F ), o qual ´ e um espa¸co vetorial com as opera¸c˜ oes usuais de fun¸c˜ oes. Quando F = K , denotamos L(E, K ) = E

0

e chamamos esse espa¸co de dual topol´ ogico de E, ou simplesmente dual de E, e seus elementos s˜ ao chamados de funcionais lineares.

Dizemos que os espa¸cos normados E e F s˜ ao topologicamente isomorfos, ou sim- plesmente isomorfos, se existir um operador linear cont´ınuo bijetor T : E −→ F cujo operador inverso T

−1

: F −→ E, que ´ e sempre linear, tamb´ em ´ e continuo. Neste caso, dizemos que T ´ e um isomorfismo. Por fim, dizemos que um operador linear T : E −→ F ´ e uma isometria linear se kT (x)k = kxk para todo x ∈ E; caso T seja sobrejetor dizemos que T ´ e um isomorfismo isom´ etrico.

O pr´ oximo resultado nos diz que podemos substituir a defini¸c˜ ao de operador linear

cont´ınuo por umas das equivalˆ encias abaixo. Usaremos B

E

para denotar a bola unit´ aria

fechada no espa¸co normado E, mais explicitamente B := {x ∈ E : kxk ≤ 1}.

(17)

Teorema 1.2. Seja T : E −→ F um operador linear entre espa¸ cos normados. Ent˜ ao as seguintes condi¸ c˜ oes s˜ ao equivalentes:

(a) T ´ e lipschitziano.

(b) T ´ e uniformemente cont´ınuo.

(c) T ´ e cont´ınuo.

(d) T ´ e cont´ınuo em algum ponto de E.

(e) T ´ e cont´ınuo na origem.

(f ) sup {kT (x)k : x ∈ E e kxk ≤ 1} = sup

x∈BE

kT (x)k < ∞.

(g) Existe uma constante C ≥ 0 tal que kT (x)k ≤ C kxk para todo x ∈ E Demonstra¸ c˜ ao. Veja [2, Teorema 2.1.1.]

A express˜ ao kT k = sup

x∈BE

kT (x)k define uma norma no espa¸co L(E, F ) e n˜ ao ´ e dif´ıcil verificar que kT (x)k ≤ kT k kxk para todos T ∈ L(E, F ) e x ∈ E. Mais ainda, se F ∈ BAN , ent˜ ao (L(E, F ) , k·k) ´ e um espa¸co de Banach (ver [2, Proposi¸c˜ ao 2.1.4.]).

Em particular, E

0

´ e sempre um espa¸co de Banach, uma vez que K ∈ BAN . Al´ em disso, Se T ∈ L(E; F ) e R ∈ L(F ; G), onde E , F e G s˜ ao espa¸cos normados, ent˜ ao R ◦ T ∈ L(E, G) e kR ◦ T k ≤ kRk kT k .

Exibiremos agora uma lista de alguns, j´ a bem conhecidos, espa¸cos formados por sequˆ encias de escalares, os quais ser˜ ao generalizados mais adiante. Por c

0

denotamos o espa¸co vetorial de todas as sequˆ encias de escalares que convergem para zero, ou seja,

c

0

= {(a

n

)

n=1

: a

n

∈ K para todo n ∈ N e a

n

→ 0} .

Este ´ e um espa¸co de Banach com a norma k(a

n

)

n=1

k

= sup {|a

n

| : n ∈ N } . Denotamos agora por c

00

o subespa¸co de c

0

formado pelas sequˆ encias eventualmente nulas, isto ´ e,

c

00

= {(x

n

)

n=1

∈ c

0

: existe n

0

∈ N tal que a

n

= 0 para todo k ≥ n

0

} e este ´ e um espa¸co normado incompleto com a norma induzida de c

0

.

Seja 1 ≤ p < ∞. O espa¸co vetorial das sequˆ encias absolutamente p-som´ aveis ´ e dada por

`

p

= (

(a

n

)

n=1

: a

n

∈ K para todo n ∈ N e

X

n=1

|a

n

|

p

< ∞ )

,

(18)

O espa¸co `

p

´ e um espa¸co de Banach com a norma

k(a

n

)

n=1

k

p

=

X

n=1

|a

n

|

p

!

1p

.

O espa¸co vetorial das sequˆ encias limitadas ´ e dada por

`

=

(a

n

)

n=1

: a

n

∈ K para todo n ∈ N e sup

n

|a

n

| < ∞

e tamb´ em ´ e um espa¸co de Banach com a norma k(a

n

)

n=1

k

= sup

n

|a

n

|.

Ao longo do texto denotamos por (e

n

)

n=1

a sequˆ encia de vetores canˆ onicos do espa¸co de sequˆ encias escalares K

N

, com e

n

= (0, . . . , 0, 1, 0, 0, . . .) ∈ c

00

, onde o 1 aparece na n-´ esima coordenada.

Enunciaremos agora os principais resultados desta se¸c˜ ao, a saber, o Teorema de Banach-Steinhaus, o Teorema da Aplica¸c˜ ao Aberta, o Teorema do Gr´ afico Fechado e o Teorema de Hahn-Banach. Entretanto, apenas demonstraremos o Teorema do Gr´ afico Fechado e alguns corol´ arios do Teorema de Hahn-Banach, por se tratarem, dentre estes citados acima, dos resultados mais utilizados neste trabalho.

Um grande n´ umero de resultados em an´ alise est´ a associada a algum tipo de con- trole uniforme a partir de hip´ oteses pontuais. Como por exemplo, o fato de que fun¸c˜ oes cont´ınuas definidas em conjuntos compactos s˜ ao uniformemente cont´ınuas. O pr´ oximo resultado trabalha com tal indaga¸c˜ ao, para uma fam´ılia de operadores lineares cont´ınuos.

Teorema 1.3 (Banach-Steinhaus). Sejam E um espa¸ co de Banach e F um espa¸ co normado. Ent˜ ao qualquer fam´ılia {T

i

}

i∈I

de operadores em L(E, F ) que ´ e pontualmente limitada, ser´ a uniformemente limitada; ou seja, se para cada x ∈ E existe 0 < C

x

< ∞ tal que

sup

i∈I

kT

i

(x)k < C

x

, ent˜ ao sup

i∈I

kT

i

k < ∞.

Demonstra¸ c˜ ao. Veja [2, Teorema 2.3.2.]

Recordemos que uma aplica¸c˜ ao entre espa¸cos topol´ ogicos ´ e dita aberta se a ima-

gem de todo subconjunto aberto no dom´ınio for tamb´ em um subconjunto aberto no

contradom´ınio. Al´ em disso, nem toda aplica¸c˜ ao cont´ınua invert´ıvel ´ e aberta. A seguir

(19)

Exemplo 1.1. O operador linear e bijetor T : c

00

−→ c

00

dado por T ((a

n

)

n=1

) = a

1

,

a22

,

a33

, . . .

´ e cont´ınuo, pois kT ((a

n

)

n=1

)k

=

a

1

, a

2

2 , a

3

3 , . . .

= sup

n∈N

a

n

n ≤ sup

n∈N

|a

n

| = k(a

n

)

n=1

k

. Todavia, o operador inverso T

−1

dado por T

−1

((a

n

)

n=1

) = (a

1

, 2a

2

, 3a

3

, . . .) n˜ ao ´ e cont´ınuo. De fato, suponhamos que T

−1

seja cont´ınuo. Neste caso, existe C > 0 tal que kT

−1

((a

n

)

n=1

)k

≤ C k(a

n

)

n=1

k

para todo (a

n

)

n=1

∈ c

00

. Para cada n ∈ N , tomando e

n

= (0, . . . , 0, 1, 0, 0, . . .) ∈ c

00

, tem-se

n = k(0, . . . , 0, n, 0, 0, . . .)k

=

T

−1

(e

n

)

≤ C ke

n

k

= C para todo n ∈ N , e isso configura uma contradi¸c˜ ao, logo T

−1

n˜ ao ´ e cont´ınuo.

O pr´ oximo resultado estabelece condi¸c˜ oes suficientes para que uma aplica¸c˜ ao linear cont´ınua e invert´ıvel entre espa¸cos de Banach tenha inversa cont´ınua, ou seja, que essa aplica¸c˜ ao seja aberta. Sua demonstra¸c˜ ao pode ser encontrada em [2, Teorema 2.4.2.].

Teorema 1.4 (da Aplica¸c˜ ao Aberta). Sejam E e F espa¸ cos de Banach e T : E −→ F linear, cont´ınuo e sobrejetor. Ent˜ ao T ´ e uma aplica¸ c˜ ao aberta. Em particular, todo operador linear cont´ınuo e bijetor entre espa¸ cos de Banach ´ e um isomorfismo.

Sejam E, F espa¸cos normados e T : E −→ F um operador linear. O gr´ afico de T ´ e definido como o conjunto

Graf(T ) = {(x, T (x)) : x ∈ E} ⊆ E × F.

A linearidade de T garante que Graf(T ) ´ e um subespa¸co vetorial de E × F. Al´ em disso, a fun¸c˜ ao k(·, ·)k

1

:= k·k

E

+ k·k

F

define uma norma em Graf(T ). Vejamos que o gr´ afico de um operador linear T entre espa¸cos de Banach est´ a inteiramente relacionada com a continuidade de T .

Teorema 1.5 (do Gr´ afico Fechado). Sejam E, F espa¸ cos de Banach e T : E −→ F um operador linear. Ent˜ ao T ´ e cont´ınuo se, e somente se, Graf(T ) ´ e fechado em E × F . Demonstra¸ c˜ ao. Suponha que T seja cont´ınuo. Sejam x

n

→ x em E e T (x

n

) → y em F. Como x ∈ E e T ´ e cont´ınuo temos que T (x

n

) → T (x) = y; logo Graf(T ) ´ e fechado em E × F .

Reciprocamente, suponhamos que Graf(T ) seja fechado em E × F . Como E × F ´ e

um espa¸co de Banach com a norma k·k

1

, uma vez que E e F s˜ ao espa¸cos de Banach,

(20)

temos que Graf(T ) tamb´ em ´ e um espa¸co de Banach com a norma k·k

1

. A aplica¸c˜ ao π : Graf (T ) −→ E , π (x, T (x)) = x,

claramente est´ a bem definida, ´ e linear e bijetora. Al´ em disso, π ´ e cont´ınua pois kπ (x, T (x))k = kxk ≤ kxk + kT (x)k = k(x, T (x))k

1

.

Do Teorema da Aplica¸c˜ ao Aberta temos que π ´ e um isomorfismo, logo π

−1

´ e linear, cont´ınua e bijetora. Assim, existe C > 0 tal que kπ

−1

(x)k

1

= k(x, T (x))k

1

≤ C kxk, para todo x ∈ E. Desta forma, temos

kT (x)k ≤ kT (x)k + kxk = k(x, T (x))k

1

≤ C kxk , para todo x ∈ E.

Portanto, pelo Teorema 1.2 temos que T ´ e um operador cont´ınuo.

O pr´ oximo resultado, conhecido como Teorema de Hahn-Banach, lida com extens˜ oes de funcionais lineares definidos em subespa¸cos a todo espa¸co vetorial. A vers˜ ao desse teorema, enunciada a seguir, ´ e v´ alida para espa¸cos vetoriais sobre K = R ou C .

Teorema 1.6 (Hahn-Banach). Sejam E um espa¸ co vetorial e p : E −→ R uma fun¸ c˜ ao que satisfaz

p(λx) = |λ|p(x), ∀λ ∈ K , ∀x ∈ E e p(x + y) ≤ p(x) + p(y), ∀x, y ∈ E.

Se G ⊆ E ´ e um subespa¸ co vetorial e ϕ : G −→ K ´ e um funcional linear tal que

|ϕ(x)| ≤ p(x) para todo x ∈ G, ent˜ ao existe um funcional linear ϕ e : E −→ K que estende ϕ a E e que satisfaz | ϕ(x)| ≤ e p(x) para todo x ∈ E.

Demonstra¸ c˜ ao. Veja [2, Teorema 3.1.2.]

Apresentamos a seguir trˆ es corol´ arios importantes do teorema acima. Mesmo sendo corol´ arios, estes resultados tamb´ em s˜ ao conhecidos como Teoremas de Hahn-Banach e, juntamente com o teorema, ser˜ ao usados indistintamente ao longo do texto.

Corol´ ario 1.7. Sejam G um subespa¸co de um espa¸co normado E e ϕ: G −→ K um funcional linear cont´ınuo. Ent˜ ao existe um funcional linear cont´ınuo ϕ: e E −→ K cuja a restri¸c˜ ao a G coincide com ϕ e k ϕk e = kϕk.

Demonstra¸ c˜ ao. Consideremos a fun¸c˜ ao p : E −→ R dada por p(x) = kϕk · kxk. Note

que, |ϕ(x)| ≤ kϕk · kxk = p(x), para todo x ∈ G, e que para todo λ ∈ K e quaisquer

(21)

x, y ∈ E, temos

p(λx) = kϕk · kλxk = |λ| · kϕk · kxk = |λ| · p(x) e

p(x + y) = kϕk · kx + yk ≤ kϕk (kxk + kyk) = kϕk · kxk + kϕk · kyk = p(x) + p(y).

Assim, pelo Teorema de Hahn-Banach, existe um funcional linear ϕ: e E −→ K cuja restri¸c˜ ao a G coincide com ϕ e que satisfaz | ϕ(x)| ≤ e p(x) = kϕk · kxk para todo x ∈ E.

Logo, ϕ e ´ e cont´ınuo e k ϕk ≤ kϕk. Por outro lado, e kϕk = sup

x∈BG

|ϕ(x)| = sup

x∈BG

| ϕ(x)| ≤ e sup

x∈BE

| ϕ(x)| e = k ϕk e . Portanto, k ϕk e = kϕk.

Corol´ ario 1.8. Seja E um espa¸co normado. Para todo x

0

∈ E, x

0

6= 0, existe ϕ ∈ E

0

tal que kϕk = 1 e ϕ(x

0

) = kx

0

k.

Demonstra¸ c˜ ao. Consideremos G = span {x

0

} e o funcional linear cont´ınuo ϕ: G −→

K dado por ϕ(λx

0

) = λ kx

0

k. Ent˜ ao, pelo Corol´ ario 1.7 existe um funcional linear cont´ınuo ϕ e : E −→ K cuja a restri¸c˜ ao a G coincide com ϕ e k ϕk e = kϕk . Portanto, ϕ(x e

0

) = ϕ(x

0

) = kx

0

k e

k ϕk e = kϕk = sup

λx0∈BG

|ϕ(λx

0

)| = sup

λx0∈BG

|λ| · kx

0

k = sup

λx0∈BG

kλx

0

k = 1.

Corol´ ario 1.9. Sejam E um espa¸co normado, E 6= {0} e x ∈ E. Ent˜ ao kxk = sup

ϕ∈BE0

|ϕ(x)| = max {|ϕ(x)| : ϕ ∈ E

0

e kϕk = 1} .

Demonstra¸ c˜ ao. Se x = 0 o resultado ´ e claro. Suponhamos que x 6= 0; pelo Corol´ ario 1.8 existe ψ ∈ E

0

tal que kψk = 1 e ψ(x) = kxk. Logo,

kxk = ψ(x) ≤ sup

ϕ∈BE0

|ϕ(x)| ≤ sup

ϕ∈BE0

kϕk · kxk = kxk .

Dessa forma, temos a primeira igualdade. O funcional ψ garante a segunda igualdade, pois kxk = ψ(x), isto ´ e, o sup ´ e atingido em ψ.

Vejamos agora que ´ e poss´ıvel descrever todos os funcionais lineares cont´ınuos do

espa¸co (`

p

)

0

com 1 ≤ p < ∞ por sequˆ encias de escalares que pertencem a `

p

. Por

p

denotamos o (´ unico) n´ umero maior que 1 tal que

1p

+

p1

= 1. Dizemos que p

´ e o

conjugado de p e vice-versa.

(22)

Proposi¸ c˜ ao 1.10. Dado 1 ≤ p < ∞. Os espa¸cos `

p

e (`

p

)

0

s˜ ao isomorfos isometrica- mente por meio da rela¸c˜ ao de dualidade

b = (b

j

)

j=1

∈ `

p

7→ ϕ

b

∈ (`

p

)

0

, ϕ

b

((a

j

)

j=1

) =

X

j=1

a

j

b

j

para toda (a

j

)

j=1

∈ `

p

.

Demonstra¸ c˜ ao. Veja [2, Proposi¸c˜ ao 4.2.1.].

Para finalizar esta se¸c˜ ao vamos definir espa¸co de Hilbert. Para isso, come¸caremos definindo produto interno.

Defini¸ c˜ ao 1.2. Seja E um espa¸co vetorial sobre o corpo K = R ou C . Um produto interno em E ´ e uma aplica¸c˜ ao

h·, ·i : E × E −→ K , (x, y) 7→ hx, yi , tal que para quaisquer x, x

1

, x

2

, y ∈ E e λ ∈ K :

(a) hx

1

+ x

2

, yi = hx

1

, yi + hx

2

, yi , (b) hλx, yi = λ hx, yi ,

(c) hx, yi = hy, xi,

(d) Para todo x 6= 0, hx, xi ´ e um n´ umero real estritamente positivo.

A fun¸c˜ ao k·k : E −→ R , kxk = p

hx, xi ´ e uma norma, no qual dizemos que ´ e a norma induzida pelo produto interno h·, ·i.

Defini¸ c˜ ao 1.3. Um espa¸co com produto interno que ´ e completo na norma induzida pelo produto interno ´ e chamado de espa¸ co de Hilbert. Em particular, um espa¸co de Hilbert ´ e um espa¸co de Banach com a norma induzida pelo produto interno.

Dadas as sequˆ encias num´ ericas x = (x

j

)

j=1

, y = (y

j

)

j=1

∈ `

2

, a express˜ ao hx, y i =

X

j=1

x

j

y

j

define um produto interno em `

2

. Al´ em disso, a norma induzida obviamente coincide

com a norma original k·k

2

de `

2

. O fato de `

2

ser um espa¸co de Hilbert ser´ a utilizado

no Cap´ıtulo 3.

(23)

1.2 S´ eries em Espa¸ cos de Banach

Conhecemos da An´ alise Real que para trabalhar com s´ eries de n´ umeros reais, basta saber fazer somas finitas e entender sobre processos de limites de sequˆ encias. Em espa¸cos normados podemos proceder de forma similar.

Seja (x

n

)

n=1

uma sequˆ encia de vetores em um espa¸co normado E. A partir dela, formamos uma nova sequˆ encia (s

n

)

n=1

cujos elementos s˜ ao as somas

s

1

= x

1

, s

2

= x

1

+ x

2

, . . . , s

n

= x

1

+ x

2

+ · · · + x

n

, . . . a qual chamamos de sequˆ encia das somas parciais da s´ erie

P

n=1

x

n

. Se existir x ∈ E tal que

x = lim

n→∞

s

n

= lim

n→∞

(x

1

+ x

2

+ · · · + x

n

) diremos que a s´ erie

P

n=1

x

n

´ e convergente. Todavia, se a sequˆ encia das somas parciais n˜ ao convergir diremos que a s´ erie

P

n=1

x

n

´ e divergente.

Al´ em disso, vale o crit´ erio de Cauchy, an´ alogo ao de R , para s´ eries em um espa¸co de Banach. Mais precisamente, uma s´ erie

P

n=1

x

n

´ e convergente se, e somente se, para todo ε > 0, existe n

0

∈ N tal que

m

X

j=n

x

j

< ε, sempre que m > n ≥ n

0

.

Sejam E um espa¸co vetorial normado e (x

n

)

n=1

uma sequˆ encia em E. Dizemos que (x

n

)

n=1

´ e absolutamente som´ avel quando a s´ erie P

n=1

kx

n

k ´ e convergente. Quando para qualquer permuta¸c˜ ao σ : N −→ N , a s´ erie P

n=1

x

σ(n)

´ e convergente, dizemos que a sequˆ encia (x

n

)

n=1

´ e incondicionalmente som´ avel e no caso em que σ seja a fun¸c˜ ao identidade diremos apenas que a sequˆ encia (x

n

)

n=1

´ e som´ avel.

De acordo com a defini¸c˜ ao de sequˆ encia incondicionalmente som´ avel est´ a aberta a possibilidade da s´ erie

P

n=1

x

σ(n)

convergir para limites distintos considerando per- muta¸c˜ oes diferentes. O pr´ oximo resultado afirma que isto n˜ ao ´ e poss´ıvel, no qual sua demonstra¸c˜ ao pode ser encontrada em [2, Proposi¸c˜ ao 5.3.8.].

Proposi¸ c˜ ao 1.11. Seja (x

n

)

n=1

uma sequˆ encia incondicionalmente som´ avel em um espa¸co normado E. Se σ

1

, σ

2

: N −→ N s˜ ao permuta¸c˜ oes quaisquer, ent˜ ao

X

n=1

x

σ1(n)

=

X

n=1

x

σ2(n)

.

O pr´ oximo resultado nos d´ a um n´ umero de caracteriza¸c˜ oes ´ uteis para sequˆ encias

(24)

incondicionalmente som´ aveis em espa¸cos de Banach.

Teorema 1.12. Seja (x

n

)

n=1

uma sequˆ encia em um espa¸ co de Banach E. S˜ ao equi- valentes:

(a) (x

n

)

n=1

´ e uma sequˆ encia incondicionalmente som´ avel.

(b) Para todo ε > 0 existe um m

ε

∈ N tal que, quando M ´ e um subconjunto finito de N com min M > m

ε

, temos

P

n∈M

x

n

< ε.

(c) (x

n

)

n=1

´ e subs´ erie som´ avel, isto ´ e, para qualquer sequˆ encia estritamente crescente (k

n

)

n=1

de inteiros positivos, a s´ erie

P

n=1

x

kn

´ e convergente.

(d) (x

n

)

n=1

´ e sinal som´ avel, ou seja, a s´ erie

P

n=1

ε

n

x

n

´ e convergente para qualquer escolha de sinais ε

n

∈ {−1, 1}, n ∈ N .

Demonstra¸ c˜ ao. Veja [8, Teorema 1.1.2]

Na reta, uma sequˆ encia ´ e incondicionalmente som´ avel se, e somente se, ´ e absolu- tamente som´ avel; este resultado foi demonstrado pelo matem´ atico alem˜ ao Dirichlet em 1837. Usando a convergˆ encia coordenada a coordenada, estende-se esse resultado para espa¸cos de dimens˜ ao finita. Para uma referˆ encia mais espec´ıfica da demonstra¸c˜ ao desse resultado observemos que a pr´ oxima proposi¸c˜ ao garante uma implica¸c˜ ao dessa equivalˆ encia, uma vez que todo espa¸co normado de dimens˜ ao finita ´ e Banach, e para a outra implica¸c˜ ao, veja [5, Teorema 1.25.]. Vejamos um exemplo que essa equivalˆ encia n˜ ao ´ e verdadeira para qualquer espa¸co normado.

Exemplo 1.2. Sejam (a

n

)

n=1

∈ `

2

− `

1

e (e

n

)

n=1

a sequˆ encia de vetores unit´ arios canˆ onicos. Em `

2

, a sequˆ encia (a

n

e

n

)

n=1

= (0, . . . , 0, a

n

, 0, 0, . . .)

n=1

´ e incondicional- mente som´ avel pois

X

n=1

a

σ(n)

e

σ(n)

= a

σ(n)

n=1

∈ `

2

, para qualquer permuta¸c˜ ao σ : N −→ N ,

mas n˜ ao ´ e absolutamente som´ avel. Em contrapartida, se consideramos a sequˆ encia e

n

n

2

n=1

de elementos no espa¸co c

00

´ e f´ acil ver que ela ´ e absolutamente som´ avel, mas n˜ ao ´ e som´ avel, uma vez que

X

n=1

e

n

n

2

=

1 n

2

n=1

∈ / c

00

.

(25)

Com isso, surgem perguntas esperadas. Essa equivalˆ encia ´ e exclusiva de espa¸cos com dimens˜ ao finita? Se n˜ ao, em quais casos essa equivalˆ encia ´ e v´ alida em dimens˜ ao infinita?

O matem´ atico Stefan Banach, em sua tese [10] de 1922, respondeu, em parte, tais perguntas. Ele percebeu que a implica¸c˜ ao, “toda sequˆ encia absolutamente som´ avel

´ e incondicionalmente som´ avel”, n˜ ao s´ o ´ e preservada quando o espa¸co em quest˜ ao ´ e completo, como tamb´ em ´ e suficiente para caracterizar um espa¸co completo. A pr´ oxima proposi¸c˜ ao trata precisamente disso.

Proposi¸ c˜ ao 1.13. Um espa¸co vetorial normado E ´ e Banach se, e somente se, toda sequˆ encia absolutamente som´ avel ´ e incondicionalmente som´ avel.

Demonstra¸ c˜ ao. Suponhamos que E seja um espa¸co de Banach. Sejam (x

n

)

n=1

uma sequˆ encia absolutamente som´ avel em E e σ: N −→ N uma permuta¸c˜ ao. Se consideramos y

n

= kx

n

k para todo n ∈ N , ent˜ ao a sequˆ encia de n´ umeros reais (y

n

)

n=1

´ e absolutamente som´ avel, logo incondicionalmente som´ avel. Dessa forma, a s´ erie

P

n=1

x

σ(n)

=

P

n=1

y

σ(n)

´ e convergente. Assim, dado ε > 0 existe n

0

= n

0

(ε) ∈ N tal que

n

X

k=1

x

σ(k)

m

X

k=1

x

σ(k)

=

n

X

k=m+1

x

σ(k)

n

X

k=m+1

x

σ(k)

X

k=m+1

x

σ(k)

< ε,

para todos n ≥ m > n

0

. A convergˆ encia da s´ erie

P

n=1

x

σ(n)

segue do crit´ erio de Cauchy.

Portanto, provamos que (x

n

)

n=1

´ e incondicionalmente som´ avel.

Reciprocamente, seja (x

n

)

n=1

uma sequˆ encia de Cauchy em E. Dado k ∈ N , po- demos tomar n

0

(k) ∈ N tal que kx

n

− x

m

k < 2

−k

, sempre que n, m ≥ n

0

(k). Logo, podemos construir um sequˆ encia de ´ındices n

1

< n

2

< n

3

< · · · tais que

x

nk+1

− x

nk

< 2

−k

, para todo k ∈ N . Assim,

X

k=1

x

nk+1

− x

nk

X

k=1

2

−k

= 1.

Dessa forma, a sequˆ encia x

nk+1

− x

nk

k=1

´ e absolutamente som´ avel e, por hip´ otese, ´ e incondicionalmente som´ avel e, em particular, som´ avel, ou seja, a s´ erie

P

k=1

x

nk+1

− x

nk

´ e convergente. Como

x

nk+1

= x

n1

+

k

X

j=1

x

nj+1

− x

nj

, para todo k ∈ N ,

(26)

fazendo k → ∞, segue que a sequˆ encia x

nk+1

k=1

´ e convergente, ou seja, (x

n

)

n=1

´ e uma sequˆ encia de Cauchy que possui uma subsequˆ encia convergente. Portanto, E ´ e um espa¸co de Banach.

Uma resposta completa para as perguntas feita acima permanecia ainda sem solu¸c˜ ao.

O problema de saber se sequˆ encias incondicionalmente som´ aveis s˜ ao absolutamente som´ aveis em espa¸cos de Banach de dimens˜ ao infinita foi proposto por Stefan Banach em seu livro [11, p´ agina 240] em 1932.

Esse problema permaneceu aberto at´ e o ano de 1950, quando os matem´ aticos Aryeh Dvoretzky e Claude Ambrose Rogers em seu c´ elebre trabalho [12] mostraram que, em um espa¸co de Banach, toda sequˆ encia incondicionalmente som´ avel ´ e absolutamente som´ avel se, e somente se, o espa¸co tem dimens˜ ao finita.

Dessa forma, a equivalˆ encia entre sequˆ encias absolutamente e incondicionalmente som´ aveis em espa¸cos de Banach caracteriza os espa¸cos de Banach de dimens˜ ao finita.

Vejamos a seguir, o conhecido Teorema de Dvoretzky-Rogers, cuja sua demonstra¸c˜ ao pode ser encontrada em [8, Teorema 1.2.2].

Teorema 1.14 (Dvoretzky-Rogers). Seja E um espa¸ co de Banach de dimens˜ ao infi- nita. Ent˜ ao para qualquer sequˆ encia (λ

n

)

n=1

∈ `

2

, existe uma sequˆ encia incondicio- nalmente som´ avel (x

n

)

n=1

em E com kx

n

k = |λ

n

| para todo n ∈ N . Em particular, se (λ

n

)

n=1

∈ `

2

− `

1

, obtemos uma sequˆ encia incondicionalmente som´ avel que n˜ ao ´ e absolutamente som´ avel.

1.3 Espa¸ cos de Sequˆ encias a Valores Vetoriais

J´ a conhecemos os espa¸cos de sequˆ encias c

00

, c

0

e `

p

com 1 ≤ p ≤ ∞, bem como suas propriedades. Esta se¸c˜ ao ´ e dedicada ao estudo dos espa¸cos de sequˆ encias a valores vetoriais. Mais precisamente, dado um espa¸co de Banach E, consideramos sequˆ encias formadas por elementos de E que satisfazem uma determinada condi¸c˜ ao. Estamos inte- ressados nas boas propriedades desses espa¸cos, como por exemplo, na sua completude.

Al´ em disso, veremos uma outra vers˜ ao do Teorema de Dvoretzky-Rogers visto na se¸c˜ ao anterior, s´ o que agora inserida nesse novo contexto. Come¸camos definindo um desses espa¸cos.

Defini¸ c˜ ao 1.4. Sejam 1 ≤ p < ∞ e E um espa¸co de Banach. Uma sequˆ encia (x

n

)

n=1

em E ´ e dita fortemente p-som´ avel se

P

n=1

kx

n

k

p

< ∞.

Denotamos por `

p

(E) o espa¸co vetorial de todas as sequˆ encias fortemente p-som´ aveis

(27)

em E. Al´ em disso, n˜ ao ´ e dif´ıcil verificar que a fun¸c˜ ao k·k

`

p(E)

: `

p

(E) −→ R , dada por k(x

n

)

n=1

k

`

p(E)

:=

X

n=1

kx

n

k

p

!

1p

, (1.1)

define uma norma em `

p

(E). Quando n˜ ao houver perigo de ambiguidade entre os espa¸cos `

p

e `

p

(E), denotamos a norma (1.1) simplesmente por k(x

n

)

n=1

k

p

. O pr´ oximo resultado mostra que `

p

(E) ´ e um espa¸co de Banach com a norma k · k

p

.

Proposi¸ c˜ ao 1.15. Se 1 ≤ p < ∞ e E ´ e um espa¸co de Banach, ent˜ ao

`

p

(E), k·k

p

´ e um espa¸co de Banach.

Demonstra¸ c˜ ao. Seja x

k

k=1

uma sequˆ encia de Cauchy em `

p

(E); logo para cada k ∈ N temos que x

k

= x

k1

, x

k2

, x

k3

, . . .

∈ `

p

(E). Assim, para todo ε > 0 existe n

0

= n

0

(ε) ∈ N tal que

k, k

0

≥ n

0

x

kn

− x

kn0

X

j=1

x

kj

− x

kj0

p

!

1p

=

x

k

− x

k0

p

< ε,

para cada n ∈ N . Logo, para cada natural n fixado, (x

kn

)

k=1

´ e uma sequˆ encia de Cauchy em E e, portanto, existe lim

k→∞

x

kn

= x

n

∈ E. Definindo x := (x

n

)

n=1

, o objetivo agora ´ e mostrar que x ∈ `

p

(E) e que x

k

→ x na norma k·k

p

. Para cada m ∈ N , temos

k, k

0

≥ n

0

m

X

n=1

x

kn

− x

kn0

p

!

1p

< ε.

Fazendo k

0

→ ∞, obtemos

k ≥ n

0

m

X

n=1

x

kn

− x

n

p

!

1p

< ε.

Fazendo agora m → ∞, temos

x

k

− x

p

< ε, (1.2)

para todo k ≥ n

0

. Logo x

n0

− x = (x

nn0

− x

n

)

n=1

∈ `

p

(E). Como x

n0

∈ `

p

(E), segue que

x = x

n0

− (x

n0

− x) = (x

nn0

)

n=1

− (x

nn0

− x

n

)

n=1

∈ `

p

(E).

Note que acabamos de usar o fato de que `

p

(E) ´ e um espa¸co vetorial. Al´ em disso, da desigualdade (1.2) temos lim

k→∞

x

k

= x. Portanto, `

p

(E) ´ e um espa¸co de Banach.

Defini¸ c˜ ao 1.5. Seja E um espa¸co de Banach. Uma sequˆ encia (x

n

)

n=1

em E ´ e dita

(28)

fortemente limitada se existe uma constante M ≥ 0 tal que sup

n

kx

n

k ≤ M.

Denotamos por `

(E) o espa¸co vetorial de todas as sequˆ encias fortemente limitadas em E. Al´ em disso, n˜ ao ´ e dif´ıcil verificar que a fun¸c˜ ao k·k

`

(E)

: `

(E) −→ R , dada por

k(x

n

)

n=1

k

`

(E)

:= sup

n

kx

n

k (1.3)

define uma norma em `

(E). Quando n˜ ao houver perigo de ambiguidade entre os espa¸cos `

e `

(E), denotamos a norma (1.3) por k(x

n

)

n=1

k

. O pr´ oximo resultado mostra que `

(E) ´ e um espa¸co de Banach com a norma k · k

. Como a demons- tra¸c˜ ao desse resultado segue um caminho similar ao da Proposi¸c˜ ao 1.15, omitiremos sua demonstra¸c˜ ao.

Proposi¸ c˜ ao 1.16. Se E ´ e um espa¸co de Banach, ent˜ ao (`

(E), k·k

) ´ e um espa¸co de Banach.

Demonstra¸ c˜ ao. Veja [6, Proposi¸c˜ ao 2.1.4]

Observemos que `

p

(E) ⊆ `

(E) para qualquer espa¸co de Banach E. De fato, se (x

n

)

n=1

∈ `

p

(E), ent˜ ao

P

n=1

kx

n

k

p

< ∞, logo lim

n→∞

kx

n

k = 0 e assim a sequˆ encia (kx

n

k)

n=1

´ e limitada, ou seja, sup

n

kx

n

k < ∞. Al´ em disso, quando E = K temos que

`

p

( K ) = `

p

e `

( K ) = `

. A seguir, continuamos definindo os espa¸cos de interesse para nosso estudo.

Defini¸ c˜ ao 1.6. Seja E um espa¸co de Banach. Uma sequˆ encia (x

n

)

n=1

em E ´ e dita eventualmente nula se existe n

0

∈ N tal que kx

n

k = 0 sempre que n ≥ n

0

. Denotamos por c

00

(E) o espa¸co vetorial de todas as sequˆ encias eventualmente nulas.

Defini¸ c˜ ao 1.7. Seja E um espa¸co de Banach. Uma sequˆ encia (x

n

)

n=1

em E ´ e dita nula em norma se lim

n→∞

kx

n

k = 0. Denotamos por c

0

(E) o espa¸co vetorial de todas as sequˆ encias nulas em norma.

Note que c

00

(E) ⊆ c

0

(E) ⊆ `

(E ), pois se (x

n

)

n=1

∈ c

00

(E), ent˜ ao existe n

0

∈ N tal que kx

n

k = 0, sempre que n ≥ n

0

. Logo lim

n→∞

kx

n

k = 0; e se (x

n

)

n=1

∈ c

0

(E), ent˜ ao lim

n→∞

kx

n

k = 0 e assim a sequˆ encia (kx

n

k)

n=1

´ e limitada, ou seja, sup

n

kx

n

k < ∞.

E imediato verificar que ´ c

00

(E) ´ e um subespa¸co vetorial de c

0

(E) e que c

0

(E) ´ e um

subespa¸co vetorial de `

(E). Podemos tamb´ em observar que quando E = K temos

que c

00

( K ) = c

00

e c

0

( K ) = c

0

. A partir de agora, consideramos nos espa¸cos c

00

(E) e

c

0

(E) a norma induzida pela norma de `

(E). Vejamos agora que c

0

(E) ´ e um espa¸co

de Banach com essa norma.

(29)

Proposi¸ c˜ ao 1.17. Seja E um espa¸co de Banach. Ent˜ ao c

0

(E) ´ e um subespa¸co fechado de `

(E).

Demonstra¸ c˜ ao. Seja (x

k

)

k=1

uma sequˆ encia em c

0

(E) que converge para x = (x

n

)

n=1

`

(E). O objetivo ´ e mostrar que x ∈ c

0

(E). Para qualquer ε > 0 existe k

0

= k

0

(ε) ∈ N tal que

k ≥ k

0

⇒ sup

n

x

kn

− x

n

=

x

k

− x

< ε

2 . Ent˜ ao, para cada k ≥ k

0

e cada n ∈ N , temos

x

kn

− x

n

< ε

2 .

Por outro lado, como para cada k ∈ N x

k

= (x

kn

)

n=1

∈ c

0

(E), existe ent˜ ao n

0

= n

0

(ε) ∈ N tal que

x

kn0

< ε

2 para todo n ≥ n

0

. Dessa forma, n ≥ n

0

⇒ kx

n

k =

x

n

− x

kn0

+ x

kn0

x

n

− x

kn0

+

x

kn0

< ε

2 + ε 2 = ε.

Logo lim

n→∞

kx

n

k = 0 e assim x ∈ c

0

(E ).

N˜ ao ´ e dif´ıcil verificar que c

00

(E) n˜ ao ´ e fechado em c

0

(E) e consequentemente n˜ ao ´ e um espa¸co de Banach. Por outro lado, podemos observar que c

00

(E) ´ e denso em `

p

(E) para qualquer 1 ≤ p < ∞. De fato, dados ε > 0 e x = (x

n

)

n=1

∈ `

p

(E), ent˜ ao existe n

0

∈ N tal que

X

n=n0+1

kx

n

k

p

!

1p

< ε.

Agora, tomando y = (x

1

, x

2

, . . . , x

n0

, 0, 0, . . .) ∈ c

00

(E), temos que

kx − yk

p

=

X

n=n0+1

kx

n

k

p

!

1p

< ε.

Defini¸ c˜ ao 1.8. Sejam 1 ≤ p < ∞ e E um espa¸co de Banach. Uma sequˆ encia (x

n

)

n=1

em E ´ e dita fracamente p-som´ avel se

P

n=1

|ϕ(x

n

)|

p

< ∞, para todo ϕ ∈ E

0

.

Denotamos por `

wp

(E), o espa¸co vetorial de todas as sequˆ encias fracamente p- som´ aveis. No pr´ oximo resultado definimos uma norma para o espa¸co `

wp

(E).

Proposi¸ c˜ ao 1.18. A fun¸c˜ ao k·k

w,p

: `

wp

(E) −→ R dada por

k(x

n

)

n=1

k

w,p

:= sup

ϕ∈BE0

X

n=1

|ϕ(x

n

)|

p

!

1p

,

Referências

Documentos relacionados

Não podem ser deduzidas dos nossos dados quaisquer informações sobre uma dada característica específica, nem sobre a aptidão para um determinado fim. Os dados fornecidos não eximem

Quando contratados, conforme valores dispostos no Anexo I, converter dados para uso pelos aplicativos, instalar os aplicativos objeto deste contrato, treinar os servidores

Após a capitulação jurídica e validação por parte do Delegado de Polícia responsável pelo atendimento virtual, o sistema pode viabilizar a inserção de informações

aos demais termos do segundo membro da equa¸c˜ao 3.2, as substitui¸c˜oes resultar˜ao em elementos de M 2 ( n ) (refa¸ca a demonstra¸c˜ao do lema 3.21 com essas substitui¸c˜oes)..

Ficou com a impressão de estar na presença de um compositor ( Clique aqui para introduzir texto. ), de um guitarrista ( Clique aqui para introduzir texto. ), de um director

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS CE - Centro de Educação CNE - Conselho Nacional de Educação CRE - Coordenadoria Regional de Educação EA - Educação Artística EArte - Ensino de Arte

Quanto às redes temáticas observamos: a Rede Cegonha foi a primeira a iniciar o processo de pactuação e a rede temática com maior número de RRAS com planejamento regional