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Material Teórico. Macroeconomia III: Setor Externo. Responsável pelo Conteúdo: Profª. Ms. Herida Cristina Tavares

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Academic year: 2022

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Economia

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Macroeconomia III: Setor Externo

Material Teórico

Responsável pelo Conteúdo:

Profª. Ms. Herida Cristina Tavares

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• O que é Taxa de Câmbio?

• Regimes Cambiais

• Exportações e importações (Balança comercial)

Você deve ler o conteúdo e assistir à videoaula para depois realizar as atividades propostas.

Dado que o tema, diariamente, é noticiado pela mídia, o acompanhamento via jornal e revista ou telejornais pode facilitar a aprendizagem desta unidade.

O tema central da unidade será o setor externo, principalmente a taxa de câmbio e seus impactos na economia como um todo.

Macroeconomia III: Setor Externo

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Unidade: Macroeconomia III: Setor Externo

Contextualização

“Política cambial não muda, ela veio para ficar”, diz Mantega

Por Eduardo Campos, Edna Simão, Lucas Marchesini, Ligia Guimarães e José de Castro | Valor Atualizado às 13h25 BRASÍLIA – O câmbio é flutuante sim, mas, se exagerar na dose, a gente vai lá e conserta. Essa foi a conclusão do ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao falar sobre a política cambial no Brasil durante o Encontro Nacional de Prefeitos e Prefeitas, nesta quarta-feira.“A política cambial não muda, ela veio para ficar”, disse o ministro. “Não permitiremos variação especulativa. Aviso aos navegantes”, alertou, dizendo que a moeda pode flutuar, mas “dentro de um patamar”, sem precisar qual patamar é esse. “Não espere que o câmbio venha a derreter.”

O ministro frisou que o câmbio brasileiro é flutuante e que o importante é manter a estabilidade da taxa. Segundo Mantega, a elevada volatilidade prejudica os exportadores. Ele complementou que as empresas continuarão sendo estimuladas a exportar. Segundo o ministro, junto com a queda de juros e as desonerações, a política cambial é uma “força poderosa”

para dar competitividade à economia. De acordo com Mantega, “estávamos com o real muito valorizado” e as ações tomadas nesse campo foram importantes para dar competitividade à indústria. “O real é mais competitivo”, disse.“Estávamos com um câmbio muito valorizado, com o real valorizado. O pessoal que ia para o exterior gostava disso, e se ressentiu um pouco.

Em compensação, isso deu competitividade para a indústria brasileira”, afirmou.

“Para nós, é mais importante ter a indústria, que vai aumentar o salário, do que deixar a indústria atrofiar baseada em vantagem cambial [dos outros]”, acrescentou durante a palestra.

Para Mantega, o Brasil sofreu uma “enxurrada” de importados em 2011 porque, segundo o ministro, “o câmbio de certos países estava manipulado para baixo”.

Câmbio e inflação

O ministro da Fazenda disse que a taxa de câmbio não é instrumento de política monetária.

“Não é instrumento para abaixar preços”, declarou, ressaltando que o instrumento para isso é a taxa de juros. Mantega reconheceu, no entanto, o impacto da valorização do dólar de cerca de 20% no ano passado sobre a inflação de 2012.

Segundo ele, se o dólar não tivesse se valorizado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2012 teria sido de 0,4 ponto percentual a 0,5 ponto percentual menor do que o 5,84% registrado. Ainda assim, disse ele, esse é um fenômeno que não se repete. Agora em 2013 não há pressão inflacionária em função da taxa de câmbio, pois ela está mais estabilizada. “No ano passado tivemos a elevação do dólar, que nós apoiamos, agora não temos isso. O câmbio caminha para um patamar mais adequado”, disse.

Fonte:Jornal Valor Econômico

http://www.valor.com.br/financas/2989518/politica-cambial-nao-muda-ela-veio-para-ficar-diz- mantega#ixzz2JTqXkeTr

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O que é Taxa de Câmbio?

Taxa de câmbio é o preço de uma moeda estrangeira em moeda nacional. Ou seja, é a taxa com a qual duas moedas diferentes podem ser trocadas. Por exemplo, a cotação do dólar é 2 reais, ou seja, cada 1 dólar vale 2 reais.

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Saiba mais em: http://www.bcb.gov.br/?txcambio

A importância do câmbio em âmbito nacional

A taxa de câmbio influencia o nível de produção e do emprego do país, conforme as variações nas exportações e nas importações. Também impacta na taxa de inflação, pois, se um produto ou insumo importado se torna mais caro, o país sofre uma pressão nos preços. Por isso, os Governos tentam regulamentar e manipular a taxa de câmbio.

Pense

Por que variações nas exportações e nas importações podem afetar o nível de produção de um país?

A importância do câmbio para o comércio internacional

Para os países realizarem transações, eles precisam ter a cotação de suas moedas. Chamamos o comércio de moedas de mercado cambial. O comércio entre os países seria impossível sem a taxa de câmbio, pois, por exemplo, se um produto vale 100 dólares, o importador brasileiro precisa trocar reais por dólares. Assim, se a taxa de câmbio estiver em 2,00 Reais/Dólar, o importador brasileiro precisará de 200 reais para comprar o produto.

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Saiba mais em: http://www4.bcb.gov.br/pec/taxas/batch/tabmoedas.asp?id=tabmoeda Dado que a moeda é um produto como qualquer outro, o que determina seu preço são as forças de oferta e demanda.

Glossário

Inflação: Aumento generalizado e contínuo dos preços.

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Unidade: Macroeconomia III: Setor Externo

No Brasil, tem-se, por exemplo, oferta e demanda por dólares:

Oferta de Moeda

Os principais ofertantes de moedas (dólares) são:

• Exportadores brasileiros. Os exportadores brasileiros vendem seus produtos a outros países e recebem em moeda estrangeira.

• Investidores estrangeiros. Os investidores estrangeiros possuem moeda do seu país e, quando decidem investir no Brasil, têm que trocar sua moeda estrangeira pelo Real.

• Turistas estrangeiros. Os turistas estrangeiros vêm para o Brasil com a moeda de seu país, porém, para consumir no Brasil, necessitam trocá-las por Real.

• Tomadores de Empréstimos no exterior e outros. Os bancos estrangeiros possuem a moeda de seu país e os agentes brasileiros que tomam empréstimos externos devem trocar a moeda por Real.

Demanda por moeda

Os principais demandantes de moedas (dólares) são:

• Importadores de mercadorias norte-americanas, que necessitam de dólares. Quem importa qualquer mercadoria deve pagar por ela na moeda do país de origem do produto.

• Remessa de lucro. Empresas estrangeiras que atuam no Brasil e recebem em reais, procuram a moeda de seu país de origem para enviar os lucros.

• Turistas brasileiros. Os turistas brasileiros, quando viajam para o exterior, devem levar consigo a moeda de cunho forçado do país de destino.

• Investidores Nacionais. Qualquer investidor brasileiro que deseje atuar no exterior deve possuir a moeda do país no qual deseja investir.

• Agentes que necessitam de dólares para saldar dívidas contraídas no exterior e outros.

Em tese, o equilíbrio entre a demanda e a oferta das diferentes moedas ocorre na definição da taxa de câmbio. Essa tendência ao equilíbrio se dá devido ao mercado de moedas ter homogeneidade dos produtos e à transparência do mercado, causada pelo desenvolvimento dos meios de comunicação e pelo grande número de pessoas que transacionam nesse mercado.

As oscilações na demanda e na oferta de determinada moeda devem conduzir as modificações no equilíbrio desse mercado (taxa de câmbio). Pode, assim, ocorrer uma:

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Valorização cambial ou apreciação cambial: ocorre quando aumenta o poder de compra da moeda nacional perante outras moedas. Fator que representa uma queda da taxa de câmbio.

Desvalorização cambial ou depreciação cambial: representa uma perda do poder de compra frente outras moedas, o que corresponde a um aumento da taxa de câmbio.

Trocando Ideias

Uma diferenciação importante para avaliar a competitividade dos produtos nacionais é a que existe entre a taxa de câmbio real e a nominal. A taxa de câmbio real é a taxa de câmbio nominal deflacionada pela razão entre inflação doméstica e inflação externa. Dessa forma, se a desvalorização nominal superar a variação da inflação, o produto nacional torna-se mais competitivo, ou seja, mais barato.

É obvio que a competitividade do produto nacional é diretamente influenciada pelo patamar da taxa de câmbio vigente, pois a desvalorização cambial aumenta a competitividade dos produtos do país, já uma valorização cambial reduz a competitividade. Devido a isso, os países procuram desvalorizar sua taxa de câmbio para aumentarem suas exportações. Porém, se todos os países procuram usar esse artifício para aumentar sua competitividade, ocorre a chamada guerra cambial ou guerra comercial.

Outra artimanha dos países para manipular a taxa de câmbio é utilizar a política monetária. Por exemplo, conforme aumenta a taxa de juros, aumenta o ingresso de fluxo de capital no país, fator que pressiona o câmbio para uma valorização.

Ideias Chave

Quando aumenta a taxa de juros...

• Incentiva o ingresso de recursos financeiros do exterior;

• Instrumento anti-inflacionário;

Glossário

Guerra Cambial/Comercial:

quando os países desvalorizam ou mantêm sua taxa de câmbio desvalorizada para estimular as exportações.

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Unidade: Macroeconomia III: Setor Externo

Regimes Cambiais

O Banco Central de cada país pode determinar o regime cambial vigente. Esse regime cambial pode ser definido da seguinte forma: câmbio fixo e câmbio flutuante.

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Saiba mais em: http://www.bcb.gov.br/?txcambio

Taxa de câmbio fixa

O Banco Central fixa a taxa de câmbio, assim o ajuste é via oferta e demanda de divisas naquele valor. Porém podem ocorrer pressões nesse regime cambial.

Se ocorrer excesso de oferta, para manter a taxa de câmbio fixa, o Banco Central compra a moeda estrangeira, a fim de evitar a valorização da taxa de câmbio.

O contrário é verdadeiro: se ocorrer excesso de demanda por moeda estrangeira, o Banco Central vende moeda, assim a moeda nacional não desvaloriza.

Desse modo, com o regime de câmbio fixo, as oscilações da oferta e da demanda de moeda não fazem variar a taxa de câmbio, pois o Banco Central intervêm para manter o equilíbrio naquela taxa fixada.

Por que ter uma taxa de câmbio fixo?

A vantagem do câmbio fixo é o maior controle da inflação, pois evita aumentos de preços dos produtos importados. Já, entre as desvantagens, está o fato de que o Banco Central deve manter reservas cambiais, que ficam vulneráveis aos ataques especulativos. Com isso, a política monetária do país torna-se passiva, uma vez que fica dependente da situação cambial, pois, caso a demanda por moeda aumente e as reservas do Banco Central se esgotem, o Banco Central precisa aumentar a taxa de juros para atrair moeda estrangeira.

Taxa de câmbio flutuante

O mercado determina a taxa de câmbio; assim o preço flutua para garantir o equilíbrio entre a oferta e a demanda.

“Suja”: o Banco Central intervêm comprando/vendendo divisas. Geralmente isso ocorre com o objetivo de evitar grandes oscilações na taxa de câmbio, que podem prejudicar negócios já fechados em outra taxa de câmbio.

Bandas cambiais: o governo admite flutuação da taxa de câmbio dentro de um limite.

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Impactos

Como vimos, a taxa de câmbio é uma das variáveis macroeconômicas importantes para a economia. Seus impactos ocorrem em diversas outras variáveis macroeconômicas, como veremos.

Exportações e importações (Balança comercial)

Uma desvalorização cambial pode aumentar as exportações e reduzir as importações, pois o produto nacional torna-se mais barato e o importado, mais caro.

Já uma valorização cambial pode aumentar as importações e reduzir as exportações, já que o poder de compra da moeda nacional aumenta e, dessa forma, é possível comprar com o mesmo valor mais produtos de outros países.

Por exemplo, um perfume que custa 100 dólares, se a cotação do dólar for de US$/R$1 (patamar considerado como valorizado), o perfume sairá por 100 reais. Já se houver uma desvalorização para o patamar de US$/R$ 4, o mesmo perfume aumentará para 400 reais.

Logo, neste novo patamar, haverá uma redução das importações, pois o preço do produto quadriplicou. Da mesma forma, as exportações aumentarão, pois, com o mesmo um dólar, o estrangeiro comprará mais produtos do Brasil.

Exemplo

Cotação Custo Taxa de importação Taxa de exportação

US$/R$1 R$ 100,00 Maior Menor

US$/R$ 4 R$ 400,00 Menor Maior

Inflação

Com uma valorização cambial, ocorre o que chamamos de âncora cambial. São dois os fatores que seguram a taxa de inflação. Primeiro: com o aumento das importações, aumenta a concorrência, fator que tende a pressionar a redução dos preços nacionais. Segundo: com a queda do preço dos produtos importados, os produtos são vendidos no Brasil por um preço mais baixo. Além disso, os produtos nacionais que possuem algum insumo de produção terão seus custos reduzidos, logo poderá haver uma redução dos preços.

O contrário é verdadeiro, uma desvalorização cambial tende a aumentar a taxa de inflação.

Glossário

Âncora cambial: quando o governo mantém ou valoriza o câmbio para reduzir a taxa de

inflação.

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Dívida externa

Com a desvalorização cambial, aumenta o estoque da dívida externa em reais, não afetando seu saldo em dólares. Por exemplo, se o Brasil possui uma dívida de 1 bilhão de dolares e o câmbio desvaloriza, a sua dívida continuará 1 bilhão de dolares, mas aumentará em reais.

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Material Complementar

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Site do Banco Central do Brasil: http://www.bcb.gov.br/?txcambio Moedas cambiadas:

Site do Banco Central do Brasil: http://www4.bcb.gov.br/pec/taxas/batch/tabmoedas.asp?id=tabmoeda.

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Unidade: Macroeconomia III: Setor Externo

Referências

GREMAUD, Amaury Patrick; VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de eTONETO Jr, Rudinei. Economia Brasileira Contemporânea. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2008

LACERDA, Antonio Correa de. Economia Brasileira. 5ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010 MANKIW, N. G.. Introdução à Economia. São Paulo: Pioneira Thompson Learning, 2005.

PASSOS, Carlos Roberto Martins e NOGAMI, Otto. Princípios de Economia. 5ª ed. SP:

Thomson, 2005.

PINHO, D. B., VASCONCELLOS, M. A. S. de. (Org.). Manual de Economia: equipe de professores das USP. 5ª edição. São Paulo: Saraiva, 2006

SILVA, César R. L. e LUIZ Sinclair. Economia e Mercados – Introdução à economia. 19 ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

VASCONCELLOS, M. A. S.. Economia Micro e Macro. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2001.

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Anotações

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www.cruzeirodosulvirtual.com.br Campus Liberdade

Rua Galvão Bueno, 868 CEP 01506-000

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