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FARMÁCIA CLÍNICA EM ONCOLOGIA

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Academic year: 2022

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FARMÁCIA CLÍNICA EM ONCOLOGIA

Dra Priscila Rodrigues Farmacêutica Clínica e Hospitalar Especialista em Farmacologia Clínica MBA em Gestão Hospitalar e Ciências da Saúde Membro da Comissão Acessora de Farmácia Clínica 08/10/2017

(2)

Não possuo conflito de interesse.

(3)

Um pouco da minha história...

(4)

E agora???

(5)

O que querem saber sobre Oncologia?????

(6)

FARMACÊUTICO EM ONCOLOGIA

Cuidados de Terapia Intensiva

Protocolos e Ciclos

Seguimento Farmacoterapêutico

Conciliação de Medicamentos Orientações Gerais

Exames Laboratoriais

Análise técnica da prescrição

Profilaxia/Med Suporte

Comorbidades

Possíveis Reações

Armazenamento e Descarte Seguro Sonda

Alergia

Interação Medicamentosa Polifarmácia

CMTA Cuidados

Paliativos Pesquisa Clínica

Manipulação

Incompatibilidades

Educação

Continuada

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Caso Clínico 1

ABC, feminino, 80 anos, tumor colorretal. Utilizado tratamento com FOLFOX 6 + ressecção tumoral cirúrgica.

Apresentou metástase hepática, porém como risco de vasoespasmo com tratamento com fluoropirimidinas, suspenso tratamento sistêmico. Evoluiu com PD pulmonar.

Paciente portadora de hipertensão arterial e DPOC,

internou para cuidados hospitalares com diagnóstico de

sepse com provável foco abdominal e suspeita de Síndrome

Coronariana Aguda. Acompanhada pelas equipes de

Oncologia Pélvica, Oncologia Torácica, Oncologia Clínica,

SCIH e Cardiologia.

(8)

Laboratório:

Hb: 11,5 / Leuco: 9.700 / Plaq: 237.000 / Na: 144 /

K: 3,8 / Cr: 0,78 / PCR: 0,87 / Alb: 2,6.

(9)

Epidemiologia e História da doença

• A neoplasia colorretal é a 4° neoplasia maligna que mais atingem os brasileiros.

• Sintomas mais comuns: alteração do hábito intestinal e emagrecimento presentes em 75% dos casos, dor abdominal 62,5% dos casos, hematoquezia e anemia 37,5% dos casos.

• Tempo médio entre o inicio dos sintomas e o diagnóstico tem variação de 2,3 – 10 meses, sendo que no paciente jovem, por serem julgados portadores de pequena relevância clínica, o período de diagnóstico pode ser estendido.

FANELLI, MF. Práticas em Oncologia Clínica, AC Camargo Cancer Center, 2015.

(10)
(11)

Um pouco da Farmacologia...

Fluorouracil

: análogo da pirimidina, interfere com a síntese de DNA e RNA.

Interações Medicamentosas Graves:

Em combinação com varfarina, pode haver risco aumentado de sangramento. Monitorar o INR semanalmente durante a terapia e até 1 mês após descontinuar o tratamento; aumentar a frequência e duração do monitoramento se INR instável e ajustar a dose de varfarina, se necessário. Considerar a anticoagulação com heparina de baixo peso molecular. Em combinação com metronidazol, pode ocorrer aumento da concentração plasmática da fluorouracila. Evitar o uso concomitante. Monitorar a toxicidade, caso sejam associados.

Interações Medicamentosas moderadas:

Em combinação com a fenitoína, pode resultar em aumento nos níveis plasmáticos e na toxicidade desta.

Monitorar os níveis plasmáticos da fenitoína e acompanhar a resposta clínica no início e ao término do tratamento. Em combinação com clortalidona, hidroclorotiazida, pode resultar em mielossupressão. Considerar terapia anti-hipertensiva alternativa. Se associadas, monitorar a mielossupressão.

MOC –https://mocbrasil.com/

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Um pouco da Farmacologia...

Oxaliplatina:

agente alquilante, inibe a síntese e a replicação posterior do DNA. Interfere também com a síntese do RNA e das proteínas celulares.

Interações Medicamentosas Graves:

Em combinação com varfarina, possível aumento da toxicidade desta.

Toxicidade: neuropatia periférica, náuseas, vômitos e neurotoxicidade.

MOC –https://mocbrasil.com/

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Um pouco da Farmacologia...

Ácido Folínico:

usado principalmente como um antídoto dos antagonistas do ácido fólico, tais como metotrexato, que bloqueiam a conversão do ácido fólico a tetra-hidrofolato por ligação à enzima di-hidrofolato redutase.

Neste protocolo, o ácido folínico é utilizado para aumentar o efeito do fluoruracila por estabilizar a ligação da forma convertida de fluoruracila a timidilato sintetase (TS), contribuindo para a inibição dessa importante enzima no reparo e replicação do DNA.

Interações Medicamentosas Graves:

Em combinação com primidona, fenobarbital e fenitoína, pode resultar em eficácia diminuída desses fármacos. Monitorar o paciente no controle de convulsões se doses altas de ácido folínico são administradas.

MOC –https://mocbrasil.com/

(14)

Prescrição Paciente Internado

Medicamentos Posologia

Rosuvastatina 40mg 1x/dia

Enoxaparina 40mg 1x/dia

Omeprazol 20mg 1x/dia

Simeticona 40 gotas 3x/dia

Ondansetrona 8mg 3x/dia

Haloperidol 1mg ACM

Domperidona 10mg 3x/dia

Óleo mineral Se constipação intestinal

AAS 100mg 1x/dia

Carvedilol 6,25mg 2x/dia

(15)

Prescrição Paciente Internado

Medicamentos Posologia

Furosemida 40mg 2x/dia

Quetiapina 25mg / noite

Piperacilina+tazobactam 4,5G 6/6hs

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Protocolos e Ciclos

Conciliação de Medicamentos Orientações

Gerais/Posologia

Exames Laboratoriais Análise técnica

da prescrição

Profilaxia/Med Suporte

Dose

Possíveis Reações

Armazenamento e Descarte Seguro

Alergia Interação

Medicamentosa Polifarmácia

Ações da Farmácia Clínica em Todos os Pontos de

Análise desde a Admissão até a Alta

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Caso Clínico 2 - Pediatria

EFJ, 6 anos, leucemia linfoblástica aguda pré B.

Utilizado protocolo BMF, com boa resposta,

apresentou sintomas neurológicos – afasia / disfagia/

Hipotonia sendo transitórios, acompanhada pela

equipe de Neurologia. Interna para continuação da

QT.

(18)

Laboratório:

Hb: 7 / Leuco: 4.000 / Plaq: 101.000 / Na: 138 / K: 3,6 / Cr: 0,55.

Dados:

Peso 22Kg / SC 0,84

(19)

Epidemiologia e História da Doença

• É uma doença malígna derivada das células linfóides indiferenciadas (linfoblastos), onde acumulam-se em diferentes etapas de diferenciação mas não até formas maduras e normais;

• Forma mais comum de câncer na infância 2-5 anos, abrangendo 70% dos casos. Incidência diminui em adolescentes e adultos jovens;

• Nos adultos atinge apenas 20% dos casos, pode ocorrer com mais frequência nos idosos.

FARIAS, MG; CASTRO SM. Diagnóstico laboratorial das leucemias linfóides agudas. J Bras Patol Med Lab; v.40; p. 91-98; 04/2004.

(20)

Protocolos Mencionado de QT

• Vincristina 1,5mg/m² D1 - EV

• Metotrexate 2.000mg/m² D1 – EV em 24hs

• Metotrexate 12mg/m² – IT

• Citarabina 30mg/m² – IT

• Dexametasona 2mg/m² - IT

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Um pouco da Farmacologia...

Metotrexato:

Interações Medicamentosas Graves: antimetabólito, inibidor de diidrofolato redutase, inibidor direto das enzimas dependentes de folato. Causam morte celular na fase S do ciclo celular e são mais efetivos quando as células estão em rápida proliferação.

- Toxicidade: mielossupressão, mucosite, trombocitopenia, fibrose portal hepática.

- Importante uso do folinato de cálcio para redução da toxicidade causada por estes medicamentos.

GILMAN, Alfred Goodman. The Pharmacological Basis of Therapeutics. 9. ed. New York: McGraw-Hill, 1996.

(22)

Um pouco da Farmacologia...

Citarabina:

antimetabólito, inibem a síntese de DNA devido inibição da DNA polimerase.

- Toxicidade: leucopenia, trombocitopenia, anemia aguda grave, estomatite, conjuntivite, elevação das enzimas hepáticas, edema pulmonar e dermatite.

GILMAN, Alfred Goodman. The Pharmacological Basis of Therapeutics. 9. ed. New York: McGraw-Hill, 1996.

(23)

Um pouco da Farmacologia...

Vincristina:

alcalóide derivado da vinca, causam bloqueio de células em mitose, Impedem a formação do fuso celular por disfunção dos microtúbulos.

- Toxicidade: toxicidade neurológica, formigamento e dormência de membros, leucopenia, náusea, vômitos, anorexia e diarreia.

- Alto risco de extravasamento podendo levar ao desenvolvimento de flebite e celulite.

GILMAN, Alfred Goodman. The Pharmacological Basis of Therapeutics. 9. ed. New York: McGraw-Hill, 1996.

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Prescrição Paciente Internado

Medicamentos Posologia

Sulfametoxazol 200mg + trimetoprima 40mg em 5mL

8mL 3x/semana (320mg/64mg)

Dexametasona 8mg / manhã

Dexametasona 4mg / tarde e noite

Ondansetrona 4mg 3x/dia

Dimenidrato 5mL 4x/dia

Ranitidina 20mg 1x/dia

Vitamina E 3x/dia

Medicamentos Posologia

Soro Glicosado 5% + bicarbonato de sódio + cloreto de potássio

12/12hs

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Protocolos e Ciclos

Conciliação de Medicamentos

Orientações Gerais Pais

Exames Laboratoriais Análise técnica

da prescrição Profilaxia/Med Suporte

Possíveis Reações

Alergia Interação

Medicamentosa Dose Kg

Ações da Farmácia Clínica em Todos os Pontos de

Análise desde a Admissão até a Alta

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Caso clínico 3 - Onco-hemato

JKL, 25 anos, Linfoma de Hodgkin. Em tratamento com protocolo DHAP, internado para mobilização e realização de transplante alogênico.

Laboratório:

Hb: 12,2 / Leuco: 3.580 / Plaq: 26.000 / Na: 144 / K:

3,8 / Cr: 0,86.

(27)

Epidemiologia e História da Doença

• Descrito pela primeira vez em 1832 por Thomas Hodgkin.

• Definido como uma neoplasia do tecido linfóide.

• Pode ocorrer em qualquer faixa etária; no entanto, é mais comum no adulto jovem, dos 15 aos 40 anos, atingindo maior frequência entre 25 a 30 anos.

MACHADO M, CORREIA A, FALCÃO LM, RAVARA LP. Linfoma de Hodgkin Conceitos Atuais. Medicina Interna;v11; n.4 2004; pag 207-215.

(28)

Protocolo de Condicionamento

• Dexametasona 40mg VO - D1 ao D4

• Cisplatina 100mg/m 2 - D1 em 24hs

• Citarabina 2000mg/m 2 12/12 hs no D2

• Filgrastim 300mcg SC D4 ao D13

• Pré QT com anti-eméticos e uso de colírio com

corticosteróides.

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Um pouco da Farmacologia...

- Citarabina:

antimetabólito, inibe a síntese de DNA devido inibição da DNA polimerase.

Interações Medicamentosas

citarabina x tacrolimus: podem potencializar o efeito toxico de imunossupressores.

- Toxicidade: leucopenia, trombocitopenia, anemia aguda grave, estomatite, conjuntivite, elevação das enzimas hepáticas, edema pulmonar e dermatite.

- Cisplatina:

agente alquilante, liga-se aos filamentos de DNA inibindo a replicação e transcrição levando a célula a apoptose.

Interações Medicamentosas

cisplatina x diuréticos: podem potencializar os efeitos nefrotóxicos da cisplatina.

cisplatina x aminoglicosídeos: cisplatina pode aumentar o efeito nefrotóxico dos aminoglicosídeos.

- Toxicidade: nefrotoxicidade, ototoxicidade, náuseas e vômitos, mielossupressão, hipocalcemia e hipomagnesemia secundária à perda renal.

GILMAN, Alfred Goodman. The Pharmacological Basis of Therapeutics. 9. ed. New York: McGraw-Hill, 1996.

(30)

Prescrição paciente internado – Pré TX

Medicamentos Posologia

Sulfametoxazol+trimetoprima 800mg/160mg - 3x/semana

valaciclovir 500mg 2x/dia

fluconazol Se neutropenia

levofloxacino Se neutropenia

cefepima 2G se febre

Ondansetrona 8mg SN

Ácido ursodesoxicilico 300mg 8/8hs

omeprazol 40mg 1x/dia

lorazepam 1mg noite

dipirona 1G se febre

(31)

Prescrição paciente internado – Pós TX

Medicamentos Posologia

meropenem 1G 8/8hs

valaciclovir 500mg 2x/dia

Fluconazol Se neutropenia

furosemida 40mg ACM

Ondansetrona 8mg 6/6hs

Ácido ursodesoxicilico 300mg 8/8hs

Omeprazol 20mg 1x/dia

lorazepam 1mg noite

dipirona 1G se febre

(32)

Prescrição paciente internado – Pós TX

Medicamentos Posologia

Micofenolato mofetil 1G 8/8hs

Anlodipino 5mg 1x/dia

tacrolimus 2mg manhã

Tacrolimus 1mg noite

Meias elásticas

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Protocolos e Ciclos

Conciliação de Medicamentos Orientações

Gerais/Posologia

Exames Laboratoriais Análise técnica

da prescrição

Profilaxia/Med Suporte

Comorbidades

Possíveis Reações Alergia

Interação Medicamentosa Polifarmácia

Ações da Farmácia Clínica em Todos os Pontos de

Análise desde a Admissão até a Alta

(34)

O Futuro...

Nivolumab – Anti PD 1 Pembrolizumab –

Anti PD-1

Ipilimumab – Anti CTLA4

Avelumab – Anti PDL1

Blinatumumab – Ligante bi - específico

Imunoterapia

Atezolizumab – Anti PDL1

Durvalumab – Anti PDL 1

Daratumumab – Anti

CD38

(35)

O Futuro...

Pele Pulmão

Hematológicos

TGI Alto e Baixo Tórax

Tratamentos

Renal

Pelve

(36)

O que esperar???

• Efeitos Adversos

(37)

O que esperar???

• Podem acometer qualquer órgão ou região do corpo.

• Mais comuns:

- Distúrbios cutâneos;

- Colite;

- Glândulas endócrinas;

- Pneumonite.

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Considerações Finais

• Não é possível saber tudo, portanto:

- Base de dados para consulta;

- Atualização sempre.

• O paciente é o foco de toda ação, portanto:

- Saber ouvir;

- Orientar;

- Empatia.

(39)

Mensagem Final

(40)

#outubrorosa

rodrigues.priscila.r@gmail.com

Referências

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