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Livro Eletrônico Aula 00 Estatuto da Criança e do Adolescente p/ TJ-SC (Analista Jur. e Oficial de Justiça e Avaliador) 2018

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(1)

Aula 00

Estatuto da Criança e do Adolescente p/ TJ-SC (Analista Jur. e Oficial de Justiça e Avaliador) 2018

Professor: Ricardo Torques

(2)

A ULA 00

J UIZADOS E SPECIAIS C ÍVEIS

Su m á r io

Est at ut o da Criança e do Adolescent e para TJ- SC ... 3

Cronogram a de Aulas ... 6

1 - Considerações ... 7

2 - I nt rodução ... 7

2.1 - Razões para a ex ist ência dos Juizados ... 7

2.2 - Juizado especial com o espécie de procedim ent o especial ... 8

2.3 - Fundam ent o legal dos Juizados ... 9

3 - Jurisprudência nos Juizados ... 10

4 - Princípios I nform adores dos Juizados Especiais ... 11

4.1 - Princípio da Oralidade ... 11

4.2 – Princípio da Sim plicidade e I nform alidade... 12

4.3 - Princípio da Econom ia Processual ... 12

4.4 - Princípio da Celer idade ... 12

4.5 - Princípio da Conciliação ... 12

5 - Facult at iv o ou obrigat ório? ... 13

6 - Aplicabilidade do NCPC aos Juizados ... 14

7 - Juizados Especiais Cív eis ... 15

7.1 - Com pet ência ... 15

7.2 - Juiz, dos Conciliadores e dos Juízes Leigos ... 20

(3)

7.4 - At os processuais ... 24

7.5 - Pedido ... 25

7.6 - Cit ações e I nt im ações ... 27

7.7 - Rev elia ... 28

7.8 - Conciliação e do Juízo Arbit ral ... 28

7.9 - I nst rução e Julgam ent o ... 29

7.10 - Respost a do Réu ... 30

7.11 - Provas ... 30

7.12 - Sent ença ... 32

7.13 - Em bargos de Declaração ... 34

7.14 - Ex t inção do Processo ... 35

7.15 - Ex ecução ... 36

7.16 - Despesas ... 38

7.17 - Disposições Finais ... 39

7.18 - Disposições Finais Com uns ... 40

8 – Quest ões ... 40

8.1 – List a de Quest ão sem Com ent ários ... 40

8.2 – Gabarit o ... 57

8.3 – List a de Quest ão com Com ent ários ... 57

9 - Dest aques da Legislação ... 96

10 - Enunciados do FONAJE ... 98

11 - Resum o ... 107

12 - Considerações Finais ... 112

A PRESEN TAÇÃO DO C URSO

Est a t u t o da Cr ia n ça e do Adole sce n t e pa r a TJ- SC

I niciam os hoj e o est udo da disciplina de Est a t u t o da Cr ia n ça e do Adole sce n t e para o Concurso do Tr ibu n a l de Ju st iça de Sa n t a Ca t a r in a ( TJ- SC) . Nosso curso é v olt ado par a o cargo de Oficia l de Ju st iça Av a lia dor Fe de r a l - AJOAF.

O últ im o concurso TJ- SC t eve edit al lançado em dezem bro de 2014. Basearem os nosso cronogram a de aulas nesse edit al.

Nosso cur so abrangerá:

Lei dos Juizados Especiais – Lei 9.099/ 95.

Est at ut o da criança e do Adolescent e – Lei 8.069/ 90.

(4)

OBSERVO que o curso t rará o ECA at ualizado com as reform as de 2017. O curso foi reform ulado e t em os m uit as quest ões novas para vocês!

Vej am os a m et odologia do curso.

M e t odologia do Cu r so

Algum as const at ações acerca da prov a v indoura são im port ant es!

Podem os afirm ar que as aulas levar ão em consideração as seguint es “ font es” .

Para t ornar o nosso est udo m ais com plet o, é m uit o im port ant e resolver quest ões ant eriores para nos sit uarm os diant e das possibilidades de cobrança. Trarem os, t am bém , quest ões de concursos j ur ídicos im port ant es para com plem ent ar nosso est udo.

Essas observações são im port ant es, pois perm it irão que, dent ro da nossa lim it ação de t em po e com m áxim a obj et iv idade, possam os organizar o curso de m odo focado, volt ado para acert ar quest ões de prim eira fase.

Est a é a nossa pr opost a!

Vist os alguns aspect os gerais da m at éria, t eçam os algum as considerações acer ca da m e t odologia de e st u do.

As aulas em .pdf t em por car act eríst ica essencial a didá t ica . Ao cont rário do que encont rarem os na dout rina especializada, o curso t odo se desenvolv erá com um a leit ura de fácil com preensão e assim ilação.

I sso, cont udo, não significa superficialidade. Pelo cont rário, sem pre que necessár io e im por t ant e os assunt os serão apr ofundados. A didát ica, ent ret ant o, será fundam ent al para que diant e do cont ingent e de disciplinas, do t rabalho, dos problem as e quest ões pessoais de cada aluno, possam os ext rair o m áx im o de inform ações para hora da pr ova.

Para t ant o, o m at erial ser á perm eado de e squ e m a s, gr á ficos in for m a t iv os, r e su m os, figu r a s, t udo com o fit o de “ cham ar at enção” para as inform ações que realm ent e im port am .

Com essa est rut ura e pr opost a pret endem os conferir segurança e t ranquilidade para um a pr e pa r a çã o com ple t a , se m n e ce ssida de de r e cu r so a ou t r os

FON TES

Dout rina quando essencial e m aj orit ária

Assunt os relev ant es no cenário j urídico

Jurisprudência relev ant e dos

Tribunais Superiores

Legislação e Docum ent os I nt ernacionais pert inent es ao

assunt o.

(5)

Finalm ent e, dest aco que um dos inst rum ent os m ais r elevant es para o est udo em .pdf é o con t a t o d ir e t o e pe ssoa l com o Pr ofe ssor . Além do nosso fór u m de dú v ida s, est am os disponív eis por e - m a il e, event ualm ent e, pelo Fa ce book . Aluno nosso não v ai para a pr ova com dúvida. Por vezes, ao ler o m at erial surgem incom preensões, dúvidas, curiosidades, nesses casos bast a acessar o com put ador e nos escrever. Assim que possível r espondem os a t odas as dúvidas.

É not ável a evolução dos alunos que levam a sério a m et odologia.

Assim , cada aula será est rut urada do seguint e m odo:

Apr e se n t a çã o Pe ssoa l

Por fim , r est a um a breve apr esent ação pessoal. Meu nom e é Ricardo St rapasson Torques! Sou graduado em Direit o pela Universidade Federal do Paraná ( UFPR) e pós- graduado em Direit o Processual.

Est ou env olvido com concurso público há 07 anos, aprox im adam ent e, quando ainda na faculdade. Trabalhei no Minist ér io da Fazenda, no cargo de ATA. Fui aprovado para o car go Fiscal de Tr ibut os na Prefeit ura de São José dos Pinhais/ PR e para os cargos de Técnico Adm inist r at iv o e Analist a Judiciário nos TRT 4ª , 1º e 9º Regiões. At ualm ent e t rabalho ex clusivam ent e com o Professor do Est rat égia Concursos.

Quant o à at iv idade de professor, leciono exclusiv am ent e para concurso, com foco na elabor ação de m at eriais em pdf. Tem os, at ualm ent e, cursos em Direit os Hum anos, Legislação, Direit o Eleit oral e Filosofia do Direit o.

Deix arei abaixo m eus cont at os para quaisquer dúvidas ou sugest ões. Terei o prazer em or ient á- los da m elhor for m a possível nest a cam inhada que est am os iniciando.

E- m a il: rst .est rat egia@gm ail.com

METODOLOGIA ESTRATÉGIA CARREIRA JURÍDICA

Te o ria d e fo rma o b je tiva e d ire ta c o m sínte se d o p e nsa me nto d o utriná rio

re le va nte e d o mina nte .

Re fe rê nc ia e a ná lise d a le g isla ç ã o p e rtine nte a o

a ssunto .

Súmula s, o rie nta ç õ e s jurisp rud e nc ia is e jurisp rud ê nc ia p e rtine nte

c o me nta d a s.

Muita s q ue stõ e s a nte rio re s d e p ro va s c o me nta d a s.

Re sumo d o s p rinc ip a is tó p ic o s d a ma té ria .

(6)

Cr on ogr a m a de Au la s

Vej am os o cr onogr am a do nosso curso:

AULA CON TEÚD O D ATA

Au la 0 0 Apresent ação do curso Lei 9.099/ 95

10.03

Au la 0 1 ECA ( part e 01) 20.03

Au la 0 2 ECA ( part e 02) 30.03

Au la 0 3 ECA ( part e 03) 10.04

Essa é a dist r ibuição dos assunt os ao longo do curso. Ev ent uais aj ust es poderão ocor rer, especialm ent e por quest ões didát icas. De t odo m odo, sem pre que houver alt erações no cr onogram a acim a, vocês serão pr eviam ent e inform ados, j ust ificando- se.

(7)

J UI ZADOS E SPECI AI S

1 - Con side r a çõe s

A prim eir a aula do curso não abordar á o ECA, m as out ra lei cobr ada em edit al.

Na aula de hoj e vam os analisar a Lei nº 9.099/ 1995, em r elação à part e processual civ il, com det alhes.

Trat a- se de diplom a ext enso e com gr ande relevância para a pr ov a v indoura.

2 - I n t r odu çã o

2 .1 - Ra z õe s p a r a a e x ist ê n cia dos Ju iz a dos

Vam os com eçar a análise da m at éria com a t rat at iv a de algum as not as conceit uais.

É im port ant e que você ent enda os fat ores que levaram à criação desses órgãos específicos para com preender a r azão pela qual exist em Juizados Especiais.

São dois os m ot ivos básicos que levar am ao sur gim ent o dos Juizados.

O pr im e ir o deles se refere ao acesso à Just iça. Not ou- se que os cust os par a acesso ao Poder Judiciár io no Brasil eram dem asiadam ent e elev ados, de form a que grande part e da população se v ia obst ada de procurar a t ut ela j udicial, ainda que se t rat e de garant ia fundam ent al em nossa Const it uição.

Nesse sent ido, m esm o que exist isse a possibilidade de gozo do benefício da j ust iça grat uit a, m uit as vezes o Poder Judiciár io não est ava equipado ( aparelhado) para prover esse benefício, at é m esm o pela precar iedade das defensor ias de m uit os est ados brasileiros.

Por isso, criou- se um sist em a para os processos m ais sim ples ou com m enos repercussão financeira, a fim de possibilit ar que a part e ingressasse em Juízo, independent em ent e da presença de um advogado.

O se gu n do m ot iv o envolve a part icipação popular na adm inist ração da Just iça.

Tem os nos Juizados um sist em a que t raz para o Poder Judiciár io um cidadão que irá at uar com o m ediador ou com o conciliador. Esse conciliador ou m ediador não é j uiz t ogado, é um j urisdicionado, m as que part icipa da adm inist ração da Just iça, not adam ent e nesses processos m ais sim ples que envolvem os Juizados Especiais.

Em sínt ese:

(8)

A part ir dos fat or es acim a descr it os, t em os o desenv olvim ent o dos Juizados Especiais que, t em poralm ent e, ocor reu em 1988 com a nossa Const it uição.

2 .2 - Ju iz a do e spe cia l com o e spé cie de pr oce dim e n t o e spe cia l É im port ant e dest acar, nesses conceit os int r odut ór ios, que os Juizados nada m ais são do que procedim ent os especiais, que segue um sist e m a pr oce dim e n t a l su m a r iz a do. Trat a- se de procedim ent o especial prev ist o em lei ext ravagant e.

Por int er m édio da sum arização procedim ent al, procura- se com pr im ir et apas do processo com a finalidade de que a prest ação j urisdicional sej a m ais célere.

Tem os um esfor ço para concent rar o rit o a fim de que t enham os um processo sendo analisado em m enos t em po.

I sso não significa que a cognição será sum ária, ou sej a, não significa que o j uiz decidirá com base na probabilidade do pedido da part e ( t al com o t em os nas t ut elas prov isórias) , significa apenas a opção pela redução do procedim ent o. A cognição perm anece sendo profunda ou com plet a.

Para que você t enha ideia da est rut ura do procedim ent o, podem os ident ificar 8 fases no procedim ent o com um :

1) pet ição inicial 2) cit ação

3) audiência de conciliação 4) cont est ação

5) réplica 6) saneam ent o

7) audiência de inst rução 8) sent ença

Nos j uizados especiais, por sua vez, t em os:

1) pet ição inicial 2) cit ação

3) audiência de conciliação

4) audiência de inst rução ( oport unidade em que é apresent ada a cont est ação) 5) sent ença

Not e que t em os a concent ração de at os processuais.

FATORES QUE LEV ARAM À CRI AÇÃO

D OS JUI ZAD OS

am pliação do acesso à Just iça

part icipação popular na adm inist ração da Just iça

(9)

2 .3 - Fu n da m e n t o le ga l dos Ju iz a dos

Os Juizados possuem fundam ent o no art . 98, I e §1º , da CF:

Art . 98. A União, no Dist rit o Federal e nos Territ órios, e os Est ados criarão:

I - j uizados especiais, prov idos por j uízes t ogados, ou t ogados e leigos, com pet ent es para a conciliação, o j ulgam ent o e a ex ecução de causas cív eis de m enor com plex idade e infrações penais de m enor pot encial ofensiv o, m ediant e os procedim ent os oral e sum ariíssim o, perm it idos, nas hipót eses previst as em lei, a t ransação e o j ulgam ent o de recursos por t urm as de j uízes de prim eiro grau;

§ 1º Lei federal disporá sobre a criação de j uizados especiais no âm bit o da Just iça Federal.

( Renum erado pela Em enda Const it ucional nº 45, de 2004)

Esses disposit ivos est abelecem as prem issas do procedim ent o pelos Juizados.

Esses Juizados podem ser fixados t ant o no âm bit o do Poder Judiciário Est adual quant o Federal.

Em decor rência dessas nor m as, surgiram t rês leis:

 Lei nº 9.099/ 1995 – cria os Juizados Especiais Cív eis e Crim inais.

Dest ina- se aos processos que t ram it am perant e o Poder Judiciár io est adual, t ant o para m at érias cív eis com o para m at érias crim inais.

 Lei nº 10.259/ 2001 – Lei dos Juizados Especiais Federais.

Dest ina- se aos processos da União, aut arquias e em presas públicas federais.

 Lei nº 12.153/ 2009 – Lei dos Juizados de Fazenda Pública.

Dest ina- se aos processos cont ra est ados- m em bros, Dist rit o Federal, m unicípios e respect iv as aut arquias e em presas públicas.

Assim , t em os a criação de Juizados t ant o para o Poder Judiciário Est adual com o para o Poder Judiciário Feder al.

A part ir disso, t em os a fix ação de um m icrossist em a dos Juizados Especiais form ado pela análise conj unt a dessas leis. Ev ident em ent e que, em nosso curso, vam os sem pre levar em consideração as norm as específicas para fins do nosso est udo.

Para facilit ar a com preensão, devem os consider ar:

Ju iz a dos Espe cia is Cív e is JEC

Ju iz a dos Espe cia is Fe de r a is JEF

Ju iz a dos Espe cia is de Fa z e n da Pú blica JEFP

(10)

3 - Ju r ispr u dê n cia n os Ju iz a dos

Em relação à aplicação da j urisprudência per ant e os Juizados, devem os aplicar, prim eiram ent e, o ent endim ent o das Leis do JEF e do JEFP, pois t em os a previsão de t ribunais de uniform ização. Por ex em plo, no art . 14, da Lei nº 10.259/ 2001, t em os o incident e e a t urm a de unifor m ização de j urispr udência. No art . 18, da Lei nº 12.153/ 2009, t em os a previsão para t urm as de uniform ização.

Port ant o, t em os:

Not e que não t em os a prev isão dessas t urm as para os Juizados Especiais Cív eis ( JEC) .

Assim , no âm bit o do JEC adot am os, dent ro da ideia de sist em a dos Juizados, as regras do JEF e do JEFP para form ação dessas t urm as de uniform ização de j urisprudência.

Com o para cada est ado t em os a cr iação de um a t urm a específica de uniform ização de j urisprudência, é im port ant e que t enham os um a for m a de t ornar o ent endim ent o unifor m izado ao longo de t odo o t err it ór io nacional e não apenas dent ro do r espect iv o est ado.

At ualm ent e, em face dessa realidade peculiar, t em os t rês inst rum ent os de uniform ização de j urisprudência:

 FON AJE/ FON AJEF;

De carát er não v inculant e, não é órgão do sist em a j udicial, pois t rat a- se de órgão m ant ido pela associação de m agist rados federais e est aduais. Esse Fórum Nacional dos Juizados Especiais t em por finalidade congregar ent endim ent os dos Juizados do país int eir o.

De um lado, t em os o FONAJE que abrange os j uizados cív eis ( JEC) e de Fazenda Pública ( JEFP) ; do out ro, t em os o FONAJEF, que env olv e os j uizados federais ( JEF) .

Esses órgãos em it em enunciados int erpret at iv os para orient ar a at uação dos Juizados.

 Re solu çã o STJ 3 / 2 0 1 6 ; e

Os Juizados Especiais não est ão v inculados ao STJ pelo que est abelece a nossa Const it uição. O STJ, nesse cont ext o, est abeleceu que t oda v ez que o sist em a do Juizados não observ ar a j urispr udência do STJ, do I RDR ou precedent es de carát er v inculant e,

EXPRESSAMENTE PREVI STO

TURM AS D E UN I FORM I ZAÇÃO D E JURI SPRUD ÊN CI A PARA

Juizados Federais

art . 14 da Lei nº 10.259/ 2001

Juizados de Fazenda Pública

art . 18 da Lei nº 12.253/ 2009

(11)

caberá reclam ação para os Tribunais de Just iça ( das decisões do JEC e do JEFP) ou Tribunal Regional Federal ( das decisões do JEF) .

Essa resolução é v inculant e.

 a r t . 9 8 5 , I , do N CPC.

Nesse disposit iv o, t em os a disciplina do I RDR, segundo o qual v am os aplicar esse incident e para os Juizados.

O incident e de resolução de dem andas repet it iv as const it ui apost a para a redução do v olum e de dem andas perant e o Poder Judiciár io. O I RDR é cabív el par a prev enir a efet iv a repet ição de processos que env olvam a m esm a sit uação de direit o e o risco de ofensa à isonom ia e à segurança j urídica.

Nesses processos que se repet em , a ideia é parar t odas as ações sem elhant es, com a finalidade de que o Tribunal possa est abelecer um ent endim ent o único para m esm as cont rov érsias.

Após a fix ação da t ese, aut om at icam ent e t odos os processos parados v olt am a correr com a adoção da t ese decidida pelo órgão ad quem .

Essas decisões são v inculant es.

4 - Pr in cípios I n for m a dor e s dos Ju iz a dos Espe cia is

Esses pr incípios est ão prev ist os no art . 2º da Lei nº 9.099/ 1990. Não obst ant e previst o para o JEC, são pr incípios que se aplicam ao JEF e ao JEFP.

Const it uem os princípios inform adores ext raídos do art . 98, I , da CF. Cont udo, vam os invest igá- los, nest e pont o da aula, com m aior profundidade.

Vej a:

Art . 2º O processo orient ar- se- á pelos crit érios da oralidade, sim plicida de , in for m a lida de , e con om ia pr oce ssu a l e ce le r ida de , buscando, sem pre que possív el, a con cilia çã o ou a t r a n sa çã o.

4 .1 - Pr in cípio da Or a lida de

O princípio da oralidade fixa a prevalência da “ palavr a falada” sobre a “ palavra escr it a” . São vár ios os exem plos de aplicação dessa oralidade nos Juizados Especiais.

O art . 9º , §3º , da Lei do JEC, est abelece a possibilidade de o m andat o de procuração ao advogado ser confer ido verbalm ent e quant o aos poderes gerais de foro.

Ext raím os out ro exem plo do art . 13, §3º , da Lei do JEC, que perm it e a r ealização de at os processuais na for m a gravada, a fim de agilizar a prát ica de at os processuais.

Do m esm o m odo, o art . 14, §1º , da Lei do JEC, fix a que os pedidos podem ser form ulados oralm ent e, com pet indo ao cart ório r egist rar isso da for m a docum ent al.

Out ro exem plo ext r ai- se do art . 30, da Lei do JEC, que viabiliza a apresent ação da cont est ação na form a or al.

(12)

Por fim , o art . 52, I V, da Lei do JEC, ao t rat ar da execução, v iabiliza o requerim ent o do cum prim ent o de sent ença de form a verbal, sem m aiores form alidades.

4 .2 – Pr in cípio da Sim plicida de e I n for m a lida de

Nos Juizados não há espaço para form alism os inút eis e desnecessár ios. Além disso, um a das finalidades dos Juizados é aprox im ar o cidadão do sist em a de Just iça, r azão pela qual é or ient ado pelo princípio da sim plicidade e da inform alidade.

Ent re os exem plos, podem os cit ar o art . 13, da Lei nº 9.099, o qual prevê que a validade do at o se v erifica quando preencher a finalidade, independent em ent e da form a ut ilizada.

Além disso, o inc. I I , do art . 18, aut or iza que as cart as de cit ação sej am ent regues na recepção do cit ando.

4 .3 - Pr in cípio da Econ om ia Pr oce ssu a l

Os j uizados obser vam o princípio da econom ia processual que apost a na celer idade.

Ao prever , no art . 48, a dispensa do relat ór io de sent ença, t em os um exem plo de que há econom ia na prát ica de at os processuais para se obt er m aior velocidade na t ram it ação processual. A econom ia é sinônim o de confer ir velocidade ao processo.

4 .4 - Pr in cípio da Ce le r ida de

O pr incípio da celer idade t am bém é norm a expr essa no JEC.

Ent re os exem plos, t em os o art . 10, da Lei nº 9.099, que veda a ut ilização de int ervenção de t erceiros nos Juizados Especiais. Em pr incípio, não cabe int ervenção de t erceiros, pois quant o m ais t erceiros houver, m ais lent idão processual haverá.

Há, ent ret ant o, um a m it igação em face do NCPC, que prevê a necessidade de considerar, no procedim ent o dos Juizados, a adm issibilidade do incident e de desconsideração da personalidade j urídica.

4 .5 - Pr in cípio da Con cilia çã o A conciliação é fundam ent al nos Juizados.

A prim eir a audiência nos Juizados é a de conciliação.

A part e é cit ada par a part icipar da audiência conciliat ór ia.

Som ent e se cogit a a cont est ação, ou o prosseguim ent o do procedim ent o, caso não t enham os êx it o na t ransação.

(13)

5 - Fa cu lt a t ivo ou obr iga t ór io?

Discut e- se se a ut ilização do procedim ent o dos Juizados é obrigat ór ia ou facult at iv a. Dit o de out ro m odo, se o processo se encaixar nas hipót eses de cabim ent o do t râm it e diferenciado dos Juizados, a part e é obrigada a seguir esse rit o ou poderá realizar o seu t râm it e perant e o procedim ent o com um .

Além disso, de acor do com o Enunciado 1, do FONAJE:

Enunciado 1 FONAJE

O ex ercício do direit o de ação no Juizado Especial Cív el é facult at iv o para o aut or.

Esse é o ent endim ent o, inclusive, do STJ1:

1 REsp 633.514/ SC, Rel. Minist ro Hum bert o Gom es de Barros, Rel. p/ Acórdão Minist ra Nancy Andrighi, 3ª Turm a, DJ 17/ 09/ 2007.

PRI N CÍ PI OS I N FORM AD ORES D OS

JUI ZAD OS

oralidade

sim plicidade

inform alidade

econom ia processual

celeridade

conciliação ou t ransação

JEC facult at iv o

art . 3º , §3º , da Lei nº 9.099/ 1995

(14)

Processo civ il. Recurso especial. Ação de arbit ram ent o de honorários adv ocat ícios.

Com pet ência. Juízo Cível ou Juizado Especial.

Com plex idade da causa. Diferenciação da m era ação de cobrança de honorários. Presum ív el necessidade de perícia. Procedim ent o incom pat ív el com o dos j uizados especiais. Definição da com pet ência do j uízo cív el para o j ulgam ent o da m at éria.

- A falt a de páginas no recurso especial não im plica o seu não conhecim ent o, se pela leit ura dessa peça processual for possível com preender o pedido form ulado e os respect iv os fundam ent os.

- A ação de arbit ram ent o de honorários adv ocat ícios se diferencia da ação de cobrança de t ais honorários. Nest a, o v alor a ser perseguido j á se encont ra definido, rest ando apenas a condenação do réu ao seu pagam ent o. Naquela, porém , apenas o direit o aos honorários est á est abelecido, rest ando dar a corpo esse direit o, o que se faz, m uit as v ezes, m ediant e perícia.

- A ação de arbit ram ent o, port ant o, não se confunde com a ação de cobrança, de m odo que ela não encont ra prev isão no art . 275, inc.

I I , do CPC. Disso decorre que não há prev isão ex pressa da com pet ência do Juizado Especial para j ulgar essa causa. Além disso, a prov áv el necessidade de perícia t orna o procedim ent o da ação de arbit ram ent o incom pat ív el com a disciplina dos Juizados Especiais, dest inados ao j ulgam ent o de causas de pequena com plex idade.

Recurso especial parcialm ent e conhecido e, nessa part e, prov ido.

Essa faculdade, cont udo, t raz um a consequência im port ant e. Feit a a opção pelo JEC, caso a condenação supere o m ont ant e fixado par a o Juizado, a par t e, no m om ent o da opção, renuncia ao valor excelent e, no caso, ao valor que exceder a 40 salár ios m ínim os.

Para os Juizados Especiais de Fazenda Pública e Federais, o rit o é obrigat ór io para as ações que não ult rapassar em o lim it e de 60 salár ios m ínim os.

Assim , se a part e ingressar com um a ação cuj o valor superar o m ont ant e de 60 salár ios m ínim os, t em os sit uação de incom pet ência, não de renúncia. Nesse caso, dada a incom pet ência legal do j uizado, o processo deverá ser rem et ido para o Poder Judiciár io Com um , est adual ou federal, a depender do caso.

6 - Aplica bilida de do N CPC a os Ju iz a dos

Discut e- se a aplicação das r egras do NCPC aos Juizados.

JEFP obrigat ório

art . 4º da Lei 13.153/ 2009

JEF obrigat ório art . 22 da Lei

nº 153/ 2009

(15)

A rigor, o NCPC aplica- se de form a subsidiár ia. Não aplicam os o NCPC se houver regra previst a no sist em a. Em princípio, t odas as norm as são aplicadas, ex cet o naquilo que divergir.

O problem a reside em inst it ut os novos est abelecidos no NCPC, sem qualquer previsão no NCPC.

De acordo com o Enunciado 161 do FONAJE:

Enunciado 161 FONAJE

Considerado o princípio da especialidade, o CPC/ 2015 som ent e t erá aplicação ao Sist em a dos Juizados Especiais nos casos de ex pressa e específica rem issão ou na hipót ese de com pat ibilidade com os crit érios prev ist os no art . 2º da Lei 9.099/ 95.

A part ir desse enunciado, aplicam - se as regras do NCPC apenas se:

 houv er ex pressa e específica rem issão no Código, t al com o t em os no art . 985, I , do NCPC; ou

 na hipót ese de com pat ibilidade com os princípios que inform am a Lei do JEC.

Especialm ent e em razão da discussão quant o à com pat ibilidade, há cont enda quant o a t em as específicos, t al com o a cont agem do pr azo em dias út eis. Há ent endim ent o do FONAJE, por exem plo, no sent ido de que não se aplica a cont agem do prazo em dobro no âm bit o dos Juizados:

Enunciado 165 FONAJE

Nos Juizados Especiais Cív eis, t odos os prazos serão cont ados de form a cont ínua.

Por out ro lado, a ENFAM int erpret ou:

Enunciado ENFAM 45:

A cont agem dos prazos em dias út eis ( art . 219 do CPC/ 2015) aplica- se ao sist em a de j uizados especiais.

Logo, não t em os, ainda, definição específica quant o à adoção, ou não, da cont agem do prazo em dia út il.

7 - Ju iz a dos Espe cia is Cív e is

7 .1 - Com pe t ê n cia

Quant o ao cabim ent o da ação no JEC, t em os que conhecer o art . 3º abaix o descrit o:

Art . 3º O Juizado Especial Cív el t em com pet ência para conciliação, processo e j ulgam ent o das causas cív eis de m enor com plex idade, assim consideradas:

I - as ca u sa s cu j o va lor n ã o e x ce da a qu a r e n t a ve z e s o sa lá r io m ín im o;

I I - as e n u m e r a da s n o a r t . 2 7 5 , in ciso I I , do Código de Pr oce sso Civil;

I I I - a a çã o de de spe j o pa r a u so pr ópr io;

I V - as a çõe s posse ssór ia s sobr e be n s im óve is de va lor n ã o e x ce de n t e ao fix ado no inciso I dest e art igo.

§ 1º Com pet e ao Juizado Especial prom ov er a e x e cu çã o:

(16)

I - dos seus j ulgados;

I I - dos t ít ulos ex ecut ivos ex t raj udiciais, no v alor de at é quarent a v ezes o salário m ínim o, observ ado o dispost o no § 1º do art . 8º dest a Lei.

§ 2º Ficam EX CLUÍ D AS da com pet ência do Juizado Especial as ca u sa s de n a t u r e z a a lim e n t a r , fa lim e n t a r , fisca l e de in t e r e sse da Fa z e n da Pú blica , e t am bém a s r e la t iva s a a cide n t e s de t r a ba lh o, a r e sídu os e a o e st a do e ca pa cida de da s pe ssoa s, a in da qu e de cu n h o pa t r im on ia l.

§ 3º A opção pelo procedim ent o prev ist o nest a Lei im port ará em renúncia ao crédit o ex cedent e ao lim it e est abelecido nest e art igo, ex cet uada a hipót ese de conciliação.

A part ir desse disposit ivo, podem os fixar vár ios cr it ér ios de com pet ência dos Juizados Especiais Cíveis:

 Cr it é r io v a lor a t iv o

São de com pet ência do JEC as causas de m enor com plex idade que não at ingirem v alor superior a 40 salários m ínim os, lem brando da renúncia quant o ao v alor ex cedent e.

Dev em os conhecer, ainda, alguns enunciados do FONAJE:

Enunciado 87 FONAJE

A Lei nº 10.259/ 2001 não alt era o lim it e da alçada prev ist o no art igo 3°, inciso I , da Lei nº 9099/ 1995.

Enunciado 133 FONAJE

O v alor de alçada de 60 salários m ínim os previst o no art igo 2º da Lei nº 12.153/ 09, não se aplica aos Juizados Especiais Cív eis, cuj o lim it e perm anece em 40 salários m ínim os.

Enunciado 144 FONAJE

A m ult a com inat ória não fica lim it ada ao v alor de 40 salários m ínim os, em bora dev a ser razoav elm ent e fix ada pelo Juiz, obedecendo ao v alor da obrigação principal, m ais perdas e danos, at endidas as condições econôm icas do dev edor.

 Cr it é r io m a t e r ia l

Serão processados perant e os j uizados as causas at inent es ao procedim ent o sum ário.

Aqui, cuidado!

Em bora revogado o CPC73, dev em os seguir as hipót eses do art . 275, m esm o agora na v igência do NCPC. Port ant o, são da com pet ência dos Juizados Especiais as seguint es ações. Nesse cont ex t o, v ej a o que diz o art . 1.063, do NCPC:

Art . 1.063. At é a edição de lei específica, os j uizados especiais cív eis prev ist os na Lei no 9.099, de 26 de set em bro de 1995, cont inuam com pet ent es para o processam ent o e j ulgam ent o das causas prev ist as no art . 275, inciso I I , da Lei no 5.869, de 11 de j aneiro de 1973.

Assim :

É COMPETÊNCI A MATERI AL DO JEC:

arrendam ent o rural e de parceria agrícola

cobrança ao condôm ino de quaisquer quant ias dev idas ao condom ínio

(17)

ressarcim ent o por danos em prédio urbano ou rúst ico

ressarcim ent o por danos causados em acident e de v eículo de v ia t errest re

cobrança de seguro, relat iv am ent e aos danos causados em acident e de v eículo, ressalv ados os casos de processo de ex ecução

cobrança de honorários dos profissionais liberais, ressalv ado o dispost o em legislação especial

ações que versem sobre rev ogação de doação

dem ais casos prev ist os em lei

Discut e- se se, em relação às m at érias, é necessário observ ar o v alor m áx im o de 40 salár ios m ínim os, ou independent em ent e do v alor, essas ações, em razão da m at éria, dev em t ram it ar perant e os Juizados.

O ent endim ent o predom inant e é no sent ido de que, nas regras acim a, o processo t ram it e perant e os Juizados independent em ent e do valor. Vej a o ent endim ent o do FONAJE:

Enunciado 58 FONAJE

As causas cív eis enum eradas no art . 275 I I , do CPC adm it em condenação superior a 40 salários m ínim os e sua respect iv a ex ecução, no próprio Juizado.

Tam bém se adm it e, pelo crit ér io m at erial, o t râm it e pelos Juizados de a çõe s de spe j o de im óv e l pa r a u so pr ópr io conform e est abelece o inc. I I I , do art . 3º , da Lei nº 9.099/ 1996.

 Cr it é r io m ist o

Será da com pet ência dos Juizados Especiais Cív eis, para as ações possessórias sobre bens im óv eis, de v alor não superior a 40 salários m ínim os. Tem os, port ant o, crit érios m at eriais e v alorat iv os som ados.

Devem os considerar ainda o Enunciado 3 do FONAJE segundo o qual a lei local não pode am pliar a com pet ência dos Juizados, pois t r at a- se de lei de processo, cuj a com pet ência é privat iv a da União.

Enunciado 3 FONAJE

Lei local não poderá am pliar a com pet ência do Juizado Especial.

Além disso, o Enunciado 30 do FONAJE est abelece que esse rol é t axat ivo, pois a j ust iça residual é a Just iça Com um .

Enunciado FONAJE 30

É t ax at iv o o elenco das causas previst as na o art . 3º da Lei 9.099/ 1995.

Devem os com preender, ainda, o §2º , do art . 3º , que arrola sit uações em que, m esm o que o processo não ult rapasse o valor de 40 salários m ínim os, não poderá ser aj uizado perant e o JEC.

(18)

Ainda quant o às hipót eses em que não é cabível ação perant e os Juizados, devem os conhecer os seguint es Enunciados do FONAJE: 8, 54, 12, 69, 70.

ENUNCI ADO 8 – As ações cív eis suj eit as aos procedim ent os especiais não são adm issív eis nos Juizados Especiais.

ENUNCI ADO 12 – A perícia inform al é adm issív el na hipót ese do art . 35 da Lei 9.099/ 1995.

ENUNCI ADO 54 – A m enor com plex idade da causa para a fix ação da com pet ência é aferida pelo obj et o da prov a e não em face do direit o m at erial.

ENUNCI ADO 69 – As ações env olv endo danos m orais não const it uem , por si só, m at éria com plex a.

ENUNCI ADO 70 – As ações nas quais se discut e a ilegalidade de j uros não são com plex as para o fim de fix ação da com pet ência dos Juizados Especiais, ex cet o quando ex igirem perícia cont ábil ( nov a redação – XXX Encont ro – São Paulo/ SP) .

Em relação à com pet ência de foro, devem os conhecer o art . 4º , da Lei nº 9.099/ 1999. Ou sej a, um a vez definido que o pr ocesso deve ser aj uizado per ant e os Juizados, devem os analisar em qual deles a ação ser á aj uizada:

Art . 4º É com pet ent e, para as causas prev ist as nest a Lei, o Juizado do for o:

I - do dom icílio do r é u ou, a crit ério do aut or, do loca l on de a qu e le e x e r ça a t ivida de s pr ofission a is ou e con ôm ica s ou m a n t e n h a e st a be le cim e n t o, filial, agência, sucursal ou escrit ório;

I I - do lugar onde a obr iga çã o de va se r sa t isfe it a ;

I I I - do dom icílio do a u t or ou do loca l do a t o ou fa t o, nas ações para r e pa r a çã o de da n o de qu a lqu e r n a t u r e z a .

Parágrafo único. Em qualquer hipót ese, poderá a ação ser propost a no foro prev ist o no inciso I dest e art igo.

A regra geral para det erm inar o foro com pet ent e para ação que t ram it e per ant e os j uizados é a que prevê que a ação poderá ser aj uizada, a escolha do aut or:

 no dom icílio do réu;

 no local onde o réu ex erça suas at iv idades ( profissionais ou econôm icas) ; ou

 no local onde o réu m ant enha filial.

Essa é a r egra geral que se aplica a t odos os pr ocessos dos Juizados. Port ant o, se aplica, inclusive, às ações que versem sobre obrigações de fazer, ou não fazer ,

• alim ent ar

• falim ent ar

• fiscal

• de int eresse da Fazenda Pública

• relat iv as a acident es de t rabalho

• relat iv as a resíduos

• relat iv as ao est ado e à capacidade das pessoas, ainda que de cunho pat rim onial FI CAM EX CLUÍ D AS D A COM PETÊN CI A D O JUI ZAD O

ESPECI AL AS CAUSAS D E N ATUREZA

(19)

Não obst ant e essa regra geral, a Lei nº 9.099/ 1995 perm it e que a ação sej a aj uizada:

 no local onde dev e ser sat isfeit a, em caso de ações que versem sobre obrigações; e

 no dom icílio do aut or ou do fat o, quando envolv e reparação de dano.

Port ant o, em um a ação de repar ação de dano, o aut or t erá m últ iplas possibilidades:

Discut e- se a possibilidade de conex ão e cont inência de processos que t ram it am perant e os Juizados Especiais Cíveis, cuj a previsão est á nos art s. 55 a 57, do NCPC. Não t em os um disposit ivo específico na Lei nº 9.099/ 1995.

Am bos os inst it ut os im plicam a reunião do processo para j ulgam ent o conj unt o.

Afin a l, a plica m - se a o Ju iz a do Espe cia l a s r e gr a s de con e x ã o e con t in ê n cia ?

Se idênt icos os elem ent os da ação, t erem os a ext inção de um dos processos por lit ispendência.

Quando as dem andas são sem elhant es, ou sej a, quando há ident idade parcial dos elem ent os da ação, j ust ifica- se que as ações, por econom ia processual, sej am reunidas par a j ulgam ent o conj unt o.

Assim , quando houver conex ão – ações com causa de pedir ou pedidos iguais – devem ser r eunidas para j ulgam ent o conj unt o. Do m esm o m odo, quando houver cont inência – há igualdade de part es e de causa de pedir, porém , o obj et o de um a é m enor que o obj et o da out ra – o j ulgam ent o t am bém será conj unt o.

Para com preender esse assunt o devem os analisar o Enunciado 73 do FONAJE:

Enunciado 73 FONAJE

As causas de com pet ência dos Juizados Especiais em que forem com uns o obj et o ou a causa de pedir poderão ser reunidas para efeit o de inst rução, se necessária, e j ulgam ent o.

Não ex ist e conexão e cont inência se um dos processos est iver nos Juizados e out ro est iver t ram it ando perant e a Just iça Com um .

Se am bos est iver em perant e os Juizados há a possibilidade de reunião para j ulgam ent o conj unt o, observ ando as r egras dos art s. 58 e 59, do NCPC.

Em relação ao conflit o de com pet ência, t em os que lem brar do seguint e:

a) dom icílio do réu;

b) local onde o réu ex erça suas

at iv idades;

c) local em que o réu t enha filial; ou

d) dom icílio do aut or ou do local do fat o.

(20)

7 .2 - Ju iz , dos Con cilia dor e s e dos Ju íz e s Le igos

Na sequência, vam os analisar os art s. 5º a 7º , da Lei nº 9.099, que fixam a at uação do m agist r ado, dos conciliadores e dos j uízes leigos no JEC.

O art . 5º prevê o princípio inquisit iv o para a det erm inação de prov as. Vale dizer, o j uiz poderá det er m inar, de ofício, a realização de det erm inada prova, quando envolver processos que t ram it am perant e os Juizados Especiais:

Art . 5º O Ju iz dir igir á o pr oce sso com libe r da de pa r a de t e r m in a r a s pr ova s a serem produzidas, para apreciá- las e para dar especial v alor às regras de experiência com um ou t écnica.

O art . 6º , na sequência, prev ê que, ao decidir, o j uiz deve adot ar a decisão m ais j ust a e conform e a equidade, levando em consideração os fins sociais da lei e as exigências do bem com um .

Art . 6º O Juiz a dot a r á e m ca da ca so a de cisã o qu e r e pu t a r m a is j u st a e e qu â n im e , at endendo aos fins sociais da lei e às ex igências do bem com um .

O art . 7º é fundam ent al. Ele t rat a dos conciliadores e dos j uízes leigos que at uam perant e os Juizados.

O disposit ivo especifica pré- requisit os básicos para que det erm inada pessoa possa ser conciliadora ou j uíza leiga. Vej a:

CON FLI TO D E COM PETÊN CI A EN V OLV EN D O A

M ESM A TURM A

será j ulgado pela t urm a recursal

CON FLI TO D E COM PETÊN CI A

EN V OLV EN D O TURM AS D I FEREN TES

será j ulgado por qualquer das t urm as recursais, definindo- se, por prev enção, a t urm a com pet ent e

CON FLI TO D E COM PETÊN CI A EN TRE JUI ZAD O E

JUSTI ÇA COM UM

se os j uízes est iv erem v inculados ao m esm o t ribunal, será j ulgado

pelo t ribunal

se os j uízes est iv em v inculados a t ribunais dist int os, será j ulgado

pelo STJ

0

(21)

Quem for adm it ido com o conciliador ou com o j uiz leigo, se for advogado, ficará im pedido de at uar perant e o j uízo que est iv er v inculado. Por exem plo, se o conciliador for adv ogado em Cascavel não poderá at uar perant e a 1ª Juizado Especial Cível de Cascavel/ PR, ou sej a, não poderá exercer a advocacia perant e esse Juizado. Nada im pede que at ue em out ras varas ou j uizados daquela com arca. Vej a:

Art . 7º Os con cilia dor e s e Ju íz e s le igos sã o a u x ilia r e s da Ju st iça , recrut ados, os prim eiros, preferent em ent e, ent re os bacharéis em Direit o, e os segundos, ent re adv ogados com m ais de cinco anos de ex periência.

Parágrafo único. Os Juízes leigos ficarão im pe didos de e x e r ce r a a dvoca cia pe r a n t e os Ju iz a dos Espe cia is, enquant o no desem penho de suas funções.

7 .3 - Pa r t e s

De acordo com o ar t . 8º , da Lei do JEC:

Essas par t es não podem figurar nem com o aut ores nem com o réus no processo perant e os Juizados Especiais Cíveis.

Art . 8º N ÃO pode r ã o se r pa r t e s, no processo inst it uído por est a Lei, o in ca pa z , o pr e so, a s pe ssoa s j urídicas de direit o público, a s e m pr e sa s pú blica s da Un iã o, a m a ssa fa lida e o in solve n t e civil.

A regra é que apenas as pessoas nat urais capazes possam ser aut ores em processo perant e os Juizados. Assim , em regra, as pessoas j urídicas est ão excluídas, cont udo, t em os ex ceções.

Leia com at enção:

CON CI LI AD OR preferencialm ent e bacharel em Direit o

JUI Z LEI GO adv ogado com m ais de 5 anos de ex periência

N ÃO POD EM SER PARTES N O JEC

incapaz preso

pessoas j urídicas de direit o público

em presas públicas da União

m assa falida

insolv ent e civ il

(22)

§ 1º SOM EN TE as pe ssoa s física s ca pa z e s serão adm it idas a propor ação perant e o Juizado Especial, ex cluídos os cessionários de direit o de pessoas j urídicas.

§ 1o Som ent e serão adm it idas a pr opor a çã o pe r a n t e o Ju iz a do Espe cia l:

I - as pessoas físicas capazes, EX CLUÍ D OS os ce ssion á r ios de direit o de pessoas j urídicas;

I I - as m icroem presas, assim definidas pela Lei no 9.841, de 5 de out ubro de 1999;

I I - as pessoas enquadradas com o m icroem preendedores indiv iduais, m icroem presas e em presas de pequeno port e na form a da Lei Com plem ent ar no 123, de 14 de dezem bro de 2006;

I I I - as pessoas j urídicas qualificadas com o Organização da Sociedade Civ il de I nt eresse Público, nos t erm os da Lei no 9.790, de 23 de m arço de 1999;

I V - as sociedades de crédit o ao m icroem preendedor, nos t erm os do art . 1o da Lei no 10.194, de 14 de fev ereiro de 2001.

§ 2º O m aior de dezoit o anos poderá ser aut or, independent em ent e de assist ência, inclusiv e para fins de conciliação.

Podem ser aut ores perant e os Juizados Especiais:

As pessoas ar roladas no quadro acim a podem dem andar perant e os Juizados Especiais, por expr essa prev isão legal.

Um a grande dúvida em relação à ut ilização dos Juizados é a necessidade de cont rat ar advogado. Com o sabem os, há um lim it e de valor de 40 salários m ínim os para que a ação t ram it e perant e os Juizados.

AUTORES

pessoas nat urais ( regra)

m icroem presas

m icroem preendedor indiv idual

em presa de pequeno port e

organizações da sociedade civ il de int eresse público ( OSCI P)

sociedades de crédit o ao m icroem preendedor

(23)

A part ir desse valor, as causas de at é 20 salários m ínim os exigem com parecim ent o pessoal da part e, sem a necessidade de que est ej a acom panhado por advogado. Por out r o lado, dem andas acim a de 20 salários m ínim os ( porém , lim it adas at é 40 salários m ínim os) ex igem a assist ência por advogado.

É isso que t em os fix ado no ar t . 9º da Lei nº 9.099/ 1995:

Art . 9º Nas causas de V ALOR ATÉ V I N TE SALÁRI OS M Í N I M OS, as part es com pa r e ce r ã o pe ssoa lm e n t e , podendo ser assist idas por adv ogado; N AS D E V ALOR SUPERI OR, A ASSI STÊN CI A É OBRI GATÓRI A.

Caso não sej a obr igat ór ia a assist ência por adv ogado e a part e com pareça com a advogado, a part e cont rár ia será or ient ada para que cont rat e um advogado ou para que busque por um defensor público ou dat ivo.

Assim :

Além disso, o m andat o de procuração – com fundam ent o no pr incípio da oralidade – poderá ser concedido de form a ver bal, com poderes gerais de foro. Caso se t rat e de m andat o com poderes especiais, será exigido m andat o especial.

§ 1º Sendo facult at iv a a assist ência, se um a das part es com parecer assist ida por adv ogado, ou se o réu for pessoa j urídica ou firm a indiv idual, t erá a out ra part e, se quiser, assist ência j udiciária prest ada por órgão inst it uído j unt o ao Juizado Especial, na form a da lei local.

§ 2º O Juiz alert ará as part es da conv eniência do pat rocínio por adv ogado, quando a causa o recom endar.

§ 3º O m andat o ao advogado poderá ser v erbal, SALV O quant o aos pode r e s e spe cia is.

§ 4o O r é u , sendo pessoa j urídica ou t it ular de firm a individual, pode r á se r r e pr e se n t a do por pr e post o cr e de n cia do, m u n ido de ca r t a de pr e posiçã o com poderes para t ransigir, sem hav er necessidade de v ínculo em pregat ício. ( Redação dada pela Lei nº 12.137, de 2009)

Para encerrar o pont o relat ivo às par t es, é im port ant e que conheçam os os art s.

10 e 11 da Lei nº 9.099/ 1995:

Art . 10. N ÃO se adm it irá, no processo, qualquer form a de int erv enção de t erceiro nem de assist ência. AD M I TI R- SE- Á O LI TI SCON SÓRCI O.

Art . 11. O M in ist é r io Pú blico in t e r vir á nos casos prev ist os em lei.

ATÉ V I N TE SALÁRI OS M Í N I M OS não precisa de adv ogado

ACI M A D E V I N TE SALÁRI OS M Í N I M OS assit ência obrigat ória por adv ogado

(24)

Esses disposit ivos est abelecem :

7 .4 - At os pr oce ssu a is

Em relação à prát ica dos at os processuais, vam os seguir a disciplina est abelecida no NCPC, com as especificidades est abelecidas nos disposit ivos abaixo cit ados.

Confira:

Art . 12. Os at os processuais se r ã o pú blicos e pode r ã o r e a liz a r - se e m h or á r io n ot u r n o, conform e dispuserem as norm as de organização j udiciária.

Tal com o o procedim ent o com um , os at os processuais são públicos. Quant o ao horár io para a prát ica dos at os processuais, não se aplica a lim it ação de horários que t em os no NCPC, que prevê que os at os processuais podem ser prat icados das 6 às 20 horas.

Assim , ao cont rár io do NCPC, os at os processuais podem ser pr at icados em horár io not urno.

O art . 13, da Lei nº 9.099, pr evê o pr in cípio da in st r u m e n t a lida de dos a t os pr oce ssu a is.

Art . 13. Os at os processuais serão vá lidos se m pr e qu e pr e e n ch e r e m a s fin a lida de s pa r a a s qu a is for e m r e a liz a dos, at endidos os crit érios indicados no art . 2º dest a Lei.

§ 1º Não se pronunciará qualquer nulidade sem que t enha havido prej uízo.

§ 2º A prát ica de at os processuais em out ras com arcas poderá ser solicit ada por qualquer m eio idôneo de com unicação.

§ 3º Apenas os at os considerados essenciais serão regist rados resum idam ent e, em not as m anuscrit as, dat ilografadas, t aquigrafadas ou est enot ipadas. Os dem ais at os poderão ser grav ados em fit a m agnét ica ou equiv alent e, que será inut ilizada após o t rânsit o em j ulgado da decisão.

§ 4º As norm as locais disporão sobre a conserv ação das peças do processo e dem ais docum ent os que o inst ruem .

Logo, são dois os princípios que infor m am a prát ica dos at os processuais:

A VEDAÇÃO À UTI LI ZAÇÃO DA I NTERVENÇÃO DE TERCEI RO, EM FACE DA

SI MPLI CI DADE DO PROCEDI MENTO

A ADMI SSI BI LI DADE DO LI TI SCONSÓRCI O

A POSSI BI LI DADE DE I NTERVENÇÃO DO MI NI STÉRI O PÚBLI CO NO

JEC

(25)

Além dos pr incípios acim a descrit os, t em os algum as r egras específicas que devem os conhecer:

 O decret o de nulidade pela inobserv ância das regras processuais som ent e ocorrerá se houv er dem onst ração de prej uízo;

 A prát ica de at os processuais em out ras com arcas poderá ser solicit ada por qualquer m eio idôneo de com unicação, não dependendo necessariam ent e da ex pedição de cart as precat órias.

 Apenas os at os considerados essenciais serão regist rados, resum idam ent e, em not as m anuscrit as, dat ilografadas, t aquigrafadas ou est enot ipadas. Os dem ais at os poderão ser grav ados em fit a m agnét ica ou equiv alent e, que será inut ilizada após o t rânsit o em j ulgado da decisão.

 As norm as locais disporão sobre a conserv ação das peças do processo e dem ais docum ent os que o inst ruem .

7 .5 - Pe dido

Em relação aos r equisit os da pet ição inicial, ao cont rár io do procedim ent o com um , os requisit os são sim plificados.

PRI N CÍ PI OS APLI CAD OS AOS ATOS

PROCESSUAI S

princípio da publicidade

princípio da inst rum ent alidade das

form as

REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL

pedido ( oral ou por escrit o)

nom e

qualificação

endereço

fat os e fundam ent os j urídicos do pedido apresent ados sucint am ent e

obj et o

v alor

(26)

Quant o aos §§, t em os dois dest aques:

 Adm it e- se a form ulação de pedidos genérico, quando não é possív el det erm inar pront am ent e a ex t ensão da obrigação.

 Com o a part e pode efet uar o pedido na form a oral, cabe à Secret aria do Juizados reduzir a t erm o a pet ição form ulada oralm ent e.

Vej a o disposit ivo:

Art . 14. O processo in st a u r a r - se - á com a a pr e se n t a çã o do pe dido, escrit o ou oral, à Secret aria do Juizado.

§ 1º D o pe dido const arão, de form a sim ples e em linguagem acessív el:

I - o nom e, a qualificação e o endereço das part es;

I I - os fat os e os fundam ent os, de form a su cin t a ; I I I - o obj et o e seu v alor.

§ 2º É lícit o for m u la r pe dido ge n é r ico qu a n do n ã o for possíve l de t e r m in a r , de sde logo, a e x t e n sã o da obr iga çã o.

§ 3º O pedido oral será reduzido a escrit o pela Secret aria do Juizado, podendo ser ut ilizado o sist em a de fichas ou form ulários im pressos.

O art . 15 est abelece que o pedido poderá ser alt ernat ivo ou cum ulado. I sso significa dizer que a part e pode form ular pedido alt ernat iv o ( vár ios pedidos para que apenas um deles sej a at endido) ou cum ulat ivo ( vários pedidos para que t odos sej am adm it idos) .

Art . 15. Os pedidos m encionados no art . 3º dest a Lei pode r ã o se r a lt e r n a t ivos ou cu m u la dos; nest a últ im a hipót ese, desde que conex os e a som a não ult rapasse o lim it e fix ado naquele disposit iv o.

Conform e explicam os no início do cont eúdo t eórico, t em os que o procedim ent o dos Juizados é m ais sim ples. Assim , um a vez apresent ado o pedido, ainda que não haj a dist r ibuição ou aut uação, a part e cont rária ser á cit ada para com parecer ao j uízo. Logo, a cit ação não se dá par a a apr esent ação da cont est ação, m as par a que o réu com pareça para part icipar da conciliação.

Confira:

Art . 16. Regist rado o pedido, I N D EPEN D EN TEM EN TE de dist ribuição e aut uação, a Secret aria do Juizado designará a sessão de conciliação, a realizar- se no PRAZO D E QUI N ZE D I AS.

Leia o art . 17:

Art . 17. Com pa r e ce n do in icia lm e n t e AM BAS as part es, in st a u r a r - se - á , desde logo, a sessão de conciliação, dispensados o regist ro prév io de pedido e a cit ação.

Parágrafo único. Hav endo pe didos con t r a post os, poderá ser dispensada a cont est ação form al e am bos serão apreciados na m esm a sent ença.

Desse disposit ivo, é fundam ent al com preender o parágrafo único.

No procedim ent o com um , o réu poderá cont est ar a ação quando cit ado e, no m esm o at o, apresent ar o pedido de reconvenção. A reconvenção nada m ais é do que o réu form ular pedidos cont ra o aut or.

(27)

Vej a, a regra é que o aut or faça pedidos e o r éu se defenda dos pedidos cont ra ele form ulados. No pedido de reconvenção, o r éu irá for m ular pedidos cont ra o aut or.

Nos Juizados, t em os um a espécie de r econvenção m ais sim ples, denom inada de pe dido con t r a post o. A ideia é a m esm a. A part ir do m om ent o em que o réu for cit ado, ele poderá form ular pedidos cont rapost os ao do aut or, além de apresent ar a sua defesa.

7 .6 - Cit a çõe s e I n t im a çõe s

Em relação à com unicação dos at os processuais, t em os dois disposit ivos. A cit ação, disciplinada no art . 18, da Lei do JEC, e a int im ação, prev ist a no art . 19.

A cit ação é o at o de int egração da part e ré à ação. É o at o por int erm édio do qual o réu é t razido ao processo para se defender. Essa cit ação poder á ocorrer de diver sas form as:

 pelos Correios com av iso de recebim ent o ( AR) ;

 pela ent rega do AR na recepção da pessoa j urídica ou da firm a indiv idual; e

 por oficial de j ust iça, caso sej a negat iv a a int im ação pelos Correios.

Vej a o disposit ivo:

Art . 18. A cit a çã o far- se- á:

I - por cor r e spon dê n cia , com av iso de recebim ent o em m ão própria;

I I - t rat ando- se de pe ssoa j u r ídica ou fir m a in dividu a l, m ediant e ent rega ao encarregado da recepção, que será obrigat oriam ent e ident ificado;

I I I - sendo necessário, por oficia l de j u st iça , independent em ent e de m andado ou cart a precat ória.

É im port ant e que você fique at ent o ao §2º , o qual prescr eve que não se adm it e a cit ação por e dit a l.

§ 1º A cit a çã o con t e r á cópia do pe dido in icia l, dia e h or a para com parecim ent o do cit ando e adv ert ência de que, não com parecendo est e, considerar- se- ão v erdadeiras as alegações iniciais, e será proferido j ulgam ent o, de plano.

§ 2º N ÃO se fará cit a çã o por e dit a l.

§ 3º O com pa r e cim e n t o e spon t â n e o suprirá a falt a ou nulidade da cit ação.

Em relação à cit ação, devem os lem brar:

CI TAÇÃO

pelos Correios com AR ( ent re na recepção para PJ)

por oficial de Just iça

se o AR for negat iv o e dit a l

(28)

Em relação à int im ação, dev em os conhecer que as form as acim a analisadas se aplicam à int im ação dos at os processuais.

Art . 19. As in t im a çõe s serão feit as na form a prev ist a para cit ação, ou por qualquer out ro m eio idôneo de com unicação.

§ 1º Dos at os prat icados na audiência, considerar- se- ão desde logo cient es as part es.

§ 2º As part es com u n ica r ã o a o j u íz o a s m u da n ça s de e n de r e ço ocor r ida s n o cu r so do pr oce sso, reput ando- se eficazes as int im ações env iadas ao local ant eriorm ent e indicado, na ausência da com unicação.

7 .7 - Re ve lia

A revelia é a cont um ácia do réu em não responder ao pr ocesso após int egrado à lide. Caso o réu não com pareça à sessão de conciliação ou à sessão de inst rução e j ulgam ent o, quando ele deverá apresent ar a cont est ação, há a revelia.

A consequência pr incipal da revelia é que os fat os alegados pela part e aut or a serão considerados verdadeir os. I sso, cont udo, não im possibilit a que o j uiz decida de form a diferent e em razão dos elem ent os que const am dos aut os. I sso não significa, port ant o, que o j uiz t enha que decidir favoravelm ent e ao aut or.

Confira:

Art . 20. N ÃO com pa r e ce n do o dem andado à se ssã o de con cilia çã o ou à a u diê n cia de in st r u çã o e j u lga m e n t o, reput ar- se- ão v erdadeiros os fat os alegados no pedido inicial, salv o se o cont rário result ar da conv icção do Juiz.

7 .8 - Con cilia çã o e do Ju íz o Ar bit r a l

O réu ser á cit ado para se apr esent ar à audiência de conciliação. Nos disposit iv os que se seguem vam os analisar as regras relat ivas a essa audiência. De acordo com o art . 21, da Lei nº 9.099, o president e da sessão, que será o conciliador ou j uiz leigo ( que não é o j uiz t ogado) inform ará às part es sobre as v ant agens da conciliação e as consequências para o processo, especialm ent e para a pret ensão da part e aut ora que não poderá m ais deduzir o m esm o pedido j udicialm ent e.

Art . 21. Abert a a sessão, o Juiz t ogado ou leigo esclarecerá as part es present es sobre as v ant agens da conciliação, m ost rando- lhes os riscos e as conseqüências do lit ígio, especialm ent e quant o ao dispost o no § 3º do art . 3º dest a Lei.

O art . 22, na sequência, prev ê que, se as part es chegarem a um acordo, ser á deduzido um t erm o de conciliação pelas part es acom panhadas do conciliador e do j uiz leigo. Post eriorm ent e, esse t er m o é subm et ido à hom ologação j udicial pelo j uiz t ogado.

Art . 22. A conciliação será con du z ida pe lo Ju iz t oga do ou le igo ou por con cilia dor sob sua orient ação.

Parágrafo único. Obt ida a conciliação, est a será r e du z ida a e scr it o e h om ologa da pe lo Ju iz t oga do, m ediant e sent ença com eficácia de t ít ulo execut iv o.

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Referências

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