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Couros de pés de frango curtidos com diferentes agentes curtentes: Teste de resistência

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Academic year: 2020

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Andressa Coutinho Machado , Marcellie do Prado , Maria Luiza Rodrigues de Souza Franco, Eliane Gasparino, Stefania Caroline Claudino da Silva1, Ana Paula Del Vesco1

1Discente do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia – Universidade Estadual de Maringá 2Zootecnista

3Professor do Departamento de Zootecnia – Universidade Estadual de Maringá RESUMO

O objetivo deste trabalho foi avaliar a resistência dos couros de pés de frango processados com diferentes técnicas de curtimento, a base de sais de cromo, taninos vegetais e sintéticos. As peles foram distribuídas em um delineamento inteiramente casualizado em quatro tratamentos, sendo quatro técnicas de curtimento: (Trat1= 4% sais de cromo, SC; Trat2= 4% tanino sintético, TS; Trat3= 4% tanino vegetal, TV; Trat4= 2% tanino vegetal + 2% sintético). Após o processamento, foram retirados os corpos de prova dos couros, para os testes de resistência à tração e alongamento e de rasgamento progressivo. Os couros analisados apresentaram diferentes espessuras, sendo que os recurtidos com tanino vegetal apresentaram maior espessura (0,78 mm), não diferindo dos com sais de cromo (0,74 mm). Não houve diferença significativa para os testes de resistência à tração e alongamento e rasgamento progressivo (em que os valores médios foram

de 6,36 N/mm2, 33,45% e 23,20N/mm respectivamente). As peles dos pés de frango podem ser curtidas por qualquer uma

das quatro técnicas analisados neste experimento para uso em acessórios e artefatos em geral.

Termos para indexação:tanino sintético, tanino vegetal, rasgamento progressivo, tração e alongamento.

Chicken feet leathers processed with different techniques of tanning: Resistance test

ABSTRACT

The objective of this experiment was to evaluate the resistance of chicken feet leathers processed with different tanning techniques based upon chromium, vegetable salts and synthetic tannins. The leathers were distributed in a completely randomized design in four treatments with four tanning techniques: (Trat1 = 4% chromium salts, SC; Trat2 = 4% synthetic tannin, TS; Trat3 = 4% vegetal tannin, TV; Trat4 = 2% vegetal tannin + 2% synthetic T1 = 4% chromium salts, SC, T2 = 4% synthetic tannins, TS, T3 = 4% vegetal tannins, TV; T4 = 2% vegetal tannins + 2% synthetic tannins). After the processing, the body- of- tests of the skins were removed for traction and elongation resistance tests and progressive tearing. The leathers were analyzed at different thicknesses, and the re-tanning with TV, showed bigger thickness (0.78 mm), not differing from chromium salts (0.74 mm). There was no significant difference for the resistance tests to traction and elongation and progressive tearing (average measurements of6.36 N/mm2, 33.45% and 23.20 N/mm respectively). The chicken feet leather can be tanned by any of the four techniques used in this experiment and used for general products manufacturing.

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INTRODUÇÃO

Dentro do complexo brasileiro de carnes, a avicultura é considerada por muitos como a atividade mais dinâmica, tendo o Brasil como terceiro maior produtor mundial e maior exportador (IBGE, 2012). No mercado consumidor interno, o brasileiro tem mudado seu hábito de consumo de carnes, passando de um país preponderantemente consumidor de carne bovina para consumidor da carne de frango. A qualidade, a imagem de produto saudável e os preços acessíveis auxiliaram na conquista dessa posição. O aumento do consumo per capita demonstra essa mudança de hábito. Mundialmente, a avicultura é uma atividade econômica cada vez mais relevante.

É importante ressaltar que na totalidade da cadeia produtiva avícola, além da produção de carne, um número bastante elevado de subprodutos é disponibilizado com características específicas e passíveis de utilização. Entre esses estão sangue, penas, intestino, gordura, pescoço e cabeça que podem se destinar à fabricação de ração animal, além dos pés que podem ter como alternativa o mercado Chinês e Coreano para produção de cosméticos (extração de colágeno), podem ainda ser destinados para o curtume para a obtenção do couro (Galão et al., 2003), ou ainda para produção de farinha destinada a alimentação humana. As chamadas peles exóticas, como a do pé de frango, estão sendo utilizadas por indústrias de calçados e acessórios ajudando a oferecer novas opções de escolha aos clientes e usuários, sobretudo de outros países, em que a demanda é maior que a do mercado interno (Fuchs, 2005). Portanto, o curtimento da pele do pé de frango pode agregar um bom valor aos produtos, porém, a falta de uma política de produção para o setor é responsável pelo

pequeno aproveitamento atual dessa pele.

No ano de 1992 iniciou-se, em Morro Redondo – RS, o curtimento de pele de pé de frango pela empresa Schmechel Peles Exóticas do Brasil Ltda, que tinha como finalidade do investimento, o exotismo a ser conquistado no país e principalmente no exterior (Fuchs, 2005).

O agronegócio das peles exóticas é caracterizado pela exigência por produtos sofisticados e do padrão de qualidade, sendo a pele do pé de frango um subproduto que pode ser beneficiado para obtenção de um produto de beleza diferenciada que se dá pelo desenho característico da flor que se apresenta em formatos de escamas em alto-relevo em sua superfície.

Portanto, com a viabilidade do processamento dessas peles, haverá uma agregação de valor à atividade

avícola, com possibilidade de uso da parte óssea e muscular para obtenção de produtos alternativos. Todavia, para a pele após o curtimento, é importante a determinação da resistência desses couros, pois dessa forma é possível conhecer e definir o direcionamento dessa matéria-prima paraconfecçãodosdiferentesprodutos.

Em função das características de cada técnica de curtimento de pele, que podem gerar um tipo específico de produto, produto este que será destinado, no caso de couros mais finos e com maior elasticidade, para a aplicação na confecção de vestuários e no caso de couros mais espessos e com menos elasticidade e maciez, para calçados e acessórios, ou enquadrados para aplicações de artefatos em geral, quando não atingem resistência suficiente às exigências para vestuários ou calçados. As aplicações destas diferentes técnicas de curtimento tornam possível conhecer o direcionamento e a qualidade dos couros obtidos. Sendo assim, o objetivo do experimento foi avaliar a qualidade de resistência dos pés de frango processados com diferentes técnicas de recurtimento, à base de sais de

cromo, taninos vegetais e sintéticos.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi realizado no Laboratório de Processamento de Peles de Peixes e demais Espécies de Pequeno e Médio Porte da Universidade Estadual de Maringá (UEM), localizado na Fazenda Experimental de

Iguatemi (FEI).

As aves foram criadas em galpão convencional com

cama de palha de arroz, numa densidade de 12 aves/m2,

sendo abatidas com 42 dias de idade.

Foram utilizadas peles de 346 pés de frango, correspondendo a 6,650 kg de peles bruta. Depois de retiradas com auxilio de lamina de estilete e alicate, estas peles foram congeladas. Para iniciar o processo de curtimento, as peles foram descongeladas à temperatura ambiente, pesadas, remolhadas, descarnadas (Figura 1) e novamente pesadas para efeito de peso dos produtos químicos.

Figura 1. Corte da pele para a remoção da pele do pé do frango para o curtimento, mostrando o descarne manual da pele.

As demais etapas para o processo de curtimento foram: caleiro, desencalagem, purga, desengraxe, piquel, curtimento, neutralização, recurtimento, tingimento,

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Na etapa de recurtimento foi incluído o corante (tingimento) e após foi realizado o engraxe e as etapas sucessivas conforme Hoinacki (1989) e Souza (2004). Como não existem normas específicas para a realização dos testes de resistência dos couros de pé de frango foram retirados os corpos de prova cada couro e aumentado o número de amostragens.

Após o curtimento das peles, foram retirados os corpos de prova para os testes de determinação de tração e alongamento (ABNT, 1997) e para determinação do rasgamento progressivo (ABNT, 2005a), para avaliar a resistência do couro (Figura 2).

Figura 2.A e B - Couros dos pés de frango curtidos. C - Retirada dos corpos de prova dos couros de pés de frango, com tração e alongamento à esquerda, e rasgamento progressivo à direita.

Os corpos de prova foram retirados do couro no sentido longitudinal do comprimento do pé de frango e em seguida foram levados para um laboratório com ambiente climatizado em torno de 23 ± 2ºC e umidade relativa do ar de 50 ± 5%, por 48h conforme (ABNT, 2006). Foram determinadas as medidas de espessura de cada amostra (ABNT, 2005b) para os cálculos de resistência à tração e alongamento e ao rasgamento progressivo. Para os testes de resistência foi utilizado o dinamômetro da marca EMIC, com velocidade de afastamento entre cargas de 100 +/- 20 mm/min. A célula de carga utilizada no dinamômetro foi de 200 kgf. A calibração foi realizada pela Emic-Dcame, laboratório de calibração credenciado pela Cgcre/Inmetro sob nº 197.

Foi utilizado um delineamento inteiramente casualizado, com quatro técnicas de recurtimento : Trat1 =

4% com sais de cromo; Trat2 = 4% com tanino sintético;

Trat3 = 4% com tanino vegetal; Trat4 = 2% com tanino

vegetal + 2% com tanino sintético, com 40 repetições por tratamento, para avaliação da resistência dos couros de pés

diferentes espessuras. Portanto, avaliando as espessuras nos corpos de prova dos pés de frango para determinação da tração e alongamento, observou-se diferença significativa (P<0,01). Para as espessuras para determinação da tração e alongamento, observou-se que os couros recurtidos com tanino vegetal apresentaram uma maior espessura (0,78mm ± 0,070) em relação aos demais tratamentos, apesar de não ter diferido significativamente dos couros recurtidos com sais de cromo (0,74 ± 0,04) (P>0,05). Não houve diferença na espessura dos couros recurtidos com tanino vegetal + tanino sintético (0,71mm) e tanino sintético (0,65mm)

(Tabela 1).

Tabela 1.Médias para os testes de resistência a tração e alongamento para pés de frango, submetidas ao curtimento com sais cromo (SC), tanino sintético (TS), tanino vegetal (TV) e a combinação dos taninos vegetal e sintético (TV+TS).

Força Máx. = Força máxima aplicada ao teste de resistência à tração e alongamento. CV = Coeficiente de Variação medindo a dispersão dos dados em relação à média. *Letras diferentes na mesma coluna indicam diferença significativa ao nível de 5% de probabilidade

Com relação às técnicas aplicadas, esperava-se diferença quanto à resistência dos couros, já que foram utilizados diferentes agentes curtentes e cada um apresenta uma característica própria. Todavia, não houve diferença significativa (P>0,05) para as características analisadas de tração, alongamento e força máxima aplicada no teste, apesar dos valores médios terem sido maiores para os couros recurtidos com tanino sintético (Tabela 1). Para a tração, os valores variaram de 5,97 N/mm2a

7,27 N/mm2. Quanto ao alongamento variou de 32,10 a

35,9% e a força aplicada na determinação dos testes variou de42,8 a46,7N(Tabela1).

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significativa para espessura (P>0,05).

Os valores variaram de 0,85 a 0,96 mm (Tabela 2). Estes resultados se devem ao local de retirada dos corpos de prova e do tamanho referente ao corpo de prova, ser relativamente pequeno.

Tabela 2.Médias para os testes de resistência ao rasgamento progressivo para as peles de pés de frango, submetidas ao curtimento com sais cromo (SC), tanino sintético (TS), tanino vegetal (TV) e a combinação dos taninos vegetal e sintético (TV+TS).

Força Máx. = Força máxima aplicada ao teste de resistência ao rasgamento progressivo. CV = Coeficiente de Variação medindo a dispersão dos dados em relação à média.

A faca de corte do corpo de prova para tração e alongamento, apresentam um comprimento de 10 cm, no entanto os pés de frango utilizados no experimento apresentaram um comprimento médio de 13,5 cm. Quando foi retirado o corpo de prova este ficou próximo dos dedos (região das falanges) apresentando menor espessura, comparado à outra extremidade (região do metatarso). Para a retirada dos corpos de prova do rasgamento progressivo, este ficou centralizado no pé de frango, não havendo uma variação grande na espessura do couro. Com essas informações, pode-se inferir que a variação ocorrida na espessura dos couros, conforme consta nas Tabelas 1 e 2, deve-se ao local de retirada do corpo de prova e o seu tamanho (maior no corpo de prova para determinação de tração e alongamento e menor para o rasgamento progressivo).

Quanto à força máxima aplicada nos testes de determinação à tração e alongamento e na determinação do rasgamento progressivo, consta nas Tabelas 1 e 2, respectivamente.

Não houve diferença significativa para as forças máximas aplicadas na determinação dos testes (Tabelas 1 e 2). A força máxima aplicada para tração e alongamento variou de 42,8 N a 46,7N e para o rasgamento progressivo variou de 18,30N a 22,9 N. A força máxima significa a força máxima necessária para promover a ruptura dos corpos de prova, ou dar continuidade ao rasgamento já determinadonocorpodeprova.

Em função da dificuldade de se encontrar resultados sobre a resistência dos couros de pés de frango,

foram utilizados resultados de couros de outras espécies animais para fazer uma comparação em termos de resistência dos couros, uma vez que não existe um padrão em resistência para utilização de couro de pé de frango, segundo normas da ABNT.

De acordo com Basf (2004), os valores referência para couros curtidos ao cromo para vestuário, independentemente do recurtimento, deve ser de, no máximo, 60% para o alongamento na ruptura, no mínimo de 25 N/mm2de resistência à tração ou tensão e no mínimo 35 N/mm para a resistência de rasgamento progressivo. Os couros de pés de frango apresentaram valores médios para alongamento na ruptura, resistência à tração e resistência ao

rasgamento progressivo de 33,45%, 5,36 N/mm2 e 23,20

N/mm respectivamente. Resultados estes inferiores aos recomendados por Basf (2004).

Em Basf (2004) relata que para couros de bovino, na forma de napa para utilização em vestuário devem

apresentar uma resistência à tração de 12 N/mm2. Quando

comparada a resistência dos couros dos pés de frango, obtidos neste trabalho, pode-se observar (Tabela 1) que

foram muito inferiores (valor médio de 5,36 N/mm2) ao

recomendado pela literatura para aplicação em vestuários. Hoinacki (1989) relata que os valores de referência da resistência do couro bovino curtido ao cromo para a

tração, são de no mínimo, 9,80 N/mm2, elongação até a

ruptura de no mínimo 60% e rasgamento progressivo de 14,72 N/mm. Portanto, os valores obtidos nos testes de resistência para couros de pés de frango, foram inferiores aos relatados por Hoinacki (1989) em relação à tração e alongamento. Para rasgamento progressivo, todos os couros apresentaram médias superiores às recomendadas, conforme

relatado por Hoinacki (1989) (Tabela 2).

Em experimento realizado por Ducatti et al. (2004), com couros de tilápia do Nilo recurtidos com tanino vegetal, tanino sintético e tanino vegetal + sintético, os autores relataram que não houve diferença significativa para o teste de tração, sendo que apenas os couros recurtidos com tanino

vegetal (10,32 N/mm2) apresentaram valores dentro do

padrão recomendado por Hoinacki (1989). Já neste experimento os resultados independentes do agente curtente (sais de cromo, tanino vegetal, tanino sintético ou tanino sintético + vegetal) utilizado no recurtimento, os valores foram inferiores aos relatados por Ducatti et al. (2004), podendo inferir que os couros de tilápia apresentam maior resistência à tração que os couros de pés de frango.

As peles de tilápia do Nilo curtidos com sais de cromo e recurtidos com tanino vegetal, sintético ou tanino sintético + vegetal, apresentaram maior alongamento, diferindo significativamente dos couros recurtidos com

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experimento, mostrando que os couros de tilápia são menos resistentes que o couro de pé de frango para esta para esta característica.

Prado et al. (2006), avaliaram peles de coelhos submetidos a diferentes técnicas de recurtimento e relataram que couros de coelhos curtidos e recurtidos com sais de cromo apresentaram maior elasticidade (63,55%), não diferindo significativamente dos demais. Neste experimento, os couros dos pés de frango também não apresentaram diferença significativa para elasticidade, porém o valor foi muito inferior ao relatado pelos autores para peles de coelho, quando comparados aos demais tratamentos.

Segundo Prado et al. (2006), os couros de coelhos apresentaram superior resistência à tração quando utilizado

tanino sintético (12,13N/mm2). Para couros de pés de

frango, o maior valor de resistência também foi obtido quando utilizado o recurtimento com tanino sintético (7,27

N/mm2) sendo inferior aos dos couros de coelhos.

Os valores obtidos no teste de rasgamento progressivo em couros de coelhos foram menores aos obtidos neste experimento. Para couros de coelhos, a resistência ao rasgamento progressivo foi maior quando utilizado tanino sintético (19,87 N/mm) (PRADO et al. 2006). Para couros de pés de frango, a resistência ao rasgamento progressivo também foi maior quando utilizado tanino sintético (25,55 N/mm), sendo este valor superior aos obtidos para os couros de coelhos para este parâmetro avaliado.

Jacinto et al. (2005), analisando os couros de novilhas do Pantanal Sul Mato Grossense, obtiveram

couros com resistência à tração de 20,13 N/mm2 e

alongamento de 82%, valor este extremamente superior aos encontrados para couros de pés de frango, cujo maior

valor foi de 7,27 N/mm2e 35,9% respectivamente para o

recurtimento a base de tanino sintético. Os valores de resistência ao rasgamento progressivo (68,36 N/mm), citado por Jacinto et al. (2005), foram muito superiores aos obtidos neste experimento para

couros de pés de frango (Tabela 2).

Pode-se observar que existe uma variação muito grande na resistência dos diferentes tipos de recurtimentos do processo de curtimento de pé de frango, seja a pele que recobre o animal ou a que recobre apenas os pés, além de apresentar diferença entre as espécies animais. O couro do pé do frango é um resíduo com grande potencial de utilização, principalmente pela sua beleza diferenciada, que pode ser observada na Figura 5, onde nota-se o denota-senho característico da flor que nota-se aprenota-senta em formatos de escamas em alto-relevo em sua superfície. Segundo Hoinacki (1989) e Souza (2004) a pele apresenta um desenho característico de cada espécie animal, este desenho é conhecido como “desenho de flor”. No caso do couro de pé de frango, o desenho de flor lembra um couro de cobra, e esse visual torna-se importante para aplicação em produtos elaborados com grande diferencial no mercado. Pode-se utilizar para aplicação em pulseiras de relógio, braceletes femininos, detalhes em roupa e bijuterias diversas.

Figura 3.(A) Desenho de flor na sua superfície couro de pé de frango e (B) aumento para melhor visualizar o desenho de flor do couro.

CONCLUSÕES

Os couros de pés de frango podem ser submetidos às diferentes técnicas de recurtimento, aplicando taninos (vegetal, sintético e a combinação) e sais de cromo. A análise estatística dos resultados obtidos no teste de resistência de Couros de pés de frango curtidos com diferentes agentes curtentes, mostrou que os couros obtidos

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técnicas aplicadas apresentaram baixa tração, resistência e elasticidade, porém boa resistência ao rasgamento progressivo. Estes couros podem ser utilizados para aplicação em acessórios e artefatos em geral.

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Imagem

Figura 1. Corte da pele para a remoção da pele do pé do frango para o curtimento, mostrando o descarne manual da pele.
Tabela 1. Médias para os testes de resistência a tração e alongamento para pés de frango, submetidas ao curtimento com sais cromo (SC), tanino sintético (TS), tanino vegetal (TV) e a combinação dos taninos vegetal e sintético (TV+TS).
Tabela 2. Médias para os testes de resistência ao rasgamento progressivo para as peles de pés de frango, submetidas ao curtimento com sais cromo (SC), tanino sintético (TS), tanino vegetal (TV) e a combinação dos taninos vegetal e sintético (TV+TS).
Figura 3. (A) Desenho de flor na sua superfície couro de pé de frango e (B) aumento para melhor visualizar o desenho de flor do couro.

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