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Análise quantitativa e qualitativa de um solo degradado pela pecuária/Quantitative and qualitative analysis of a soil degraded by livestock

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Academic year: 2020

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 7, p.47698 -47715 jul. 2020. ISSN 2525-8761

Análise quantitativa e qualitativa de um solo degradado pela pecuária

Quantitative and qualitative analysis of a soil degraded by livestock

DOI:10.34117/bjdv6n7-420

Recebimento dos originais:10/06/2020 Aceitação para publicação:16/07/2020

Samya de Freitas Moreira

Concluinte do Curso de Engenharia Ambiental Universidade do Estado do Pará – Campus VI

Endereço: PA – 125 s/n, Bairro Angelim, Paragominas – PA, Brasil E-mail: samyamoreira96@gmail.com

Sara Dorea de Oliveira Santos

Concluinte do Curso de Engenharia Ambiental Universidade do Estado do Pará – Campus VI

Endereço: PA – 125 s/n, Bairro Angelim, Paragominas PA, Brasil E-mail: saraddorea@gmail.com

Antônio Pereira Júnior

Mestre em Ciências Ambientais

Universidade do Estado do Pará, Laboratório de Qualidade Ambiental (LQA), Campus VI. Endereço: PA – 125 s/n, Bairro Angelim, Paragominas – PA, Brasil

E-mail: antonio.junior@uepa.br

RESUMO

A produtividade das pastagens, incentiva a ocupação cada vez mais acelerada de novas áreas, mas pouca atenção é dada ao manejo adequado do solo, o que favorece a degradação deste. Por isso, busca-se com este estudo, analisar, quantitativa e qualitativamente, um solo degradado pela pecuária. Para o alcance deste objetivo, aplicou-se o método dedutivo, uma abordagem quantiqualitativa, e levantamento de dados documentais em periódicos científicos disponíveis em bases informacionais, como a Science Eletronic Library Online (SicELO) e Google Scholar, indexados com recorte temporal compreendido entre 2010 a 2020, a fim de selecionar literaturas mais atuais. Em relação ao plano de amostragem do solo, ele envolveu as etapas estabelecidas pela Embrapa (2017). Após a análise dos dados, verificou-se um nível crítico de densidade do solo (𝑥 = 1,21 g/cm³); deficiência nutricional de fósforo (P), com teor “muito baixo” (𝑥 ≅ 2,66 mg/kg), e potássio (K), com teor “baixo” (𝑥 ≅ 38,68 mg/kg), além de um teor “médio” (𝑥 ≅ 39,12 g/kg) para a matéria orgânica (MO). Logo, é necessário a realização de medidas para a recuperação do solo quanto a nutrição como, por exemplo, o uso da adubação orgânica com biossólidos oriundos de estações de tratamento de esgoto.

Palavras-chave: Deficiência nutricional, Pastagens, Recuperação. ABSTRACT

The exploitation of pastures stimulates the increasingly accelerated occupation of new areas, but little attention is paid to the proper management of the soil, which favors its degradation. Therefore,

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this study seeks to analyze, quantitatively, and qualitatively, a soil degraded by livestock. To achieve this objective, apply the deductive method, a quantitative approach and the survey of data documented in medical journals available in information bases, such as the Electronic Library of Science Online (SicELO) and Google Scholar, indexed with time return between 2010 to 2020, an end to the selection of more current literature. Regarding the soil sampling plan, it involved the steps established by Embrapa (2017). After analyzing the data, there was a critical level of soil density (𝑥 = 1.21 g/cm³); nutritional deficiency of phosphorus (P), with “very low” content (𝑥 ≅ 2.66 mg/kg), and potassium (K), with “low” content (𝑥 ≅ 38.68 mg/kg), in addition to “medium” content (𝑥 ≅ 39.12 g/kg) for organic matter (OM). Therefore, it is necessary to carry out measures for soil recovery regarding nutrition, for example, the use of organic fertilizer with biosolids from sewage treatment plants.

Keywords: Nutritional deficiency, Pastures, Recovery.

1 INTRODUÇÃO

O solo é a camada superficial da crosta terrestre. Caracterizado por ser um recurso natural e não renovável, ele é formado por um composto de matéria orgânica (MO) e minerais (Ex.: quartzo, feldspatos e micas), os quais são derivados de dois processos naturais do meio ambiente, um deles é a decomposição de plantas e animais, e o outro, é a degradação natural das rochas (ígneas, metamórficas ou sedimentares) pela ação dos rios, da chuva, dos ventos, do clima, etc (LEPSCH, 2010).

A importância do solo como componente fundamental para a vida, está relacionada com os benefícios que ele pode proporcionar. Além de ser o principal substrato utilizado pelas plantas, pois fornece água, ar e nutrientes necessários para o crescimento e disseminação delas; o solo também regula a distribuição, escoamento e infiltração da água da chuva e de irrigação, e possui ação filtrante e protetora da qualidade da água e do ar (BERUDE et al., 2015).

Por ser dinâmico, ou seja, está sob crescente pressão de intensificação e usos, a degradação desse recurso é um dos problemas mais graves a serem enfrentados pela maioria dos países, assim como a poluição dos oceanos e a diminuição dos recursos hídricos (BONINI et al., 2015).

Acerca dos solos degradados, são aqueles que sofreram modificações, seja ela física (Ex.: compactação e diminuição da permeabilidade), química (Ex.: acidificação e perda de nutrientes) ou biológica (Ex.: redução da fauna edáfica e das atividades microbianas), em decorrência de fatores naturais ou de ação antrópica. Porém, a passibilidade de ser degradado ocorre, principalmente, em razão do uso inadequado pelo homem, de modo que as funções básicas fiquem severamente prejudicadas (FREITAS et al., 2016).

A Constituição Federal Brasileira de 1988 deixa claro no Art. 225, §2° que: “Aquele que explorar recursos naturais e minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de

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acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma de lei“ (BRASIL, 1988).

A Recuperação de Áreas Degradadas (RAD) restaura a integridade física, química e biológica de uma área, a fim de recuperá-la a um estágio similar ou quase similar ao inicial, quanto a fertilidade e diversidade de vida (FRANCISCO NETO et al., 2017). Essa perda da fertilidade ocorre em função das mudanças do uso solo por ações antrópicas, provoca perda de carbono orgânico e outros elementos químicos (COSTA et al., 2020)

Em relação à pecuária, como uma das atividades que mais altera as funções e o estado natural do solo, ela corresponde ao conjunto de técnicas utilizadas e destinadas à criação e reprodução de animais domésticos para obtenção de produtos com fins econômicos (BEZERRA et al., 2018).

No Brasil, há cerca de 256,2×106 ha destinado somente à criação de bovinos para consumo.

Ao converter as áreas de pastagens para km2, chega-se a um total de 2,562×108, que ultrapassa 30%

da extensão territorial do país (8,511×108 km2). Isso é reflexo de um estruturado processo de desenvolvimento que elevou a produtividade, qualidade do produto, competitividade e abrangência de mercado (GAZOLLA et al., 2015).

As áreas degradadas pela pecuária são caracterizadas pela perda de vigor, produtividade e capacidade de regeneração natural de uma determinada área de pasto. Sobre isso, em 2017, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que mais de 0,1×109 ha de pastagens já sofriam as consequências da degradação associada ao mau uso da terra (Ex.: queimadas, uso intensivo de compostos químicos e superpastoreio), o que a faz ser a mais nociva das atividades rurais (DIAS-FILHO, 2017).

Então, a pecuária causa a degradação do solo, o que justifica este estudo, cuja relevância é incrementada pela elaboração de informações sobre as consequências dessa atividade sobre a qualidade do solo, o que implica em custos ambientais e ecológicos de difícil mensuração. E, por fim, alcançar o objetivo de analisar, quantitativa e qualitativamente, um solo degradado pela pecuária, além de recomendar algumas práticas para a recuperação deste recurso.

2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 DEGRADAÇÃO DO SOLO PELA PECUÁRIA – AS PRINCIPAIS CAUSAS E EFEITOS

2.1.1 Queimadas

Dentre outras aplicações, a queimada pode ser um método de manejo utilizado com frequência pelos pecuaristas, geralmente no fim do período seco ou no início do período chuvoso, com o intuito de renovar as pastagens e controlar o rebrote de plantas indesejáveis como, por

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exemplo, a Corda-de-violão – Ipomoea cuminata (Vahl) Roem & Schult. Com essa prática, é possível melhorar a oferta e qualidade dos alimentos para os animais e, assim, aumentar a produção (NASCIMENTO et al., 2017).

Por outro lado, para a qualidade do solo é considerada uma técnica condenável, uma vez que os efeitos negativos nas propriedades físicas, químicas e biológicas desse recurso, são os mais diversos (Quadro 1).

Quadro 1. Efeitos negativos das queimadas nas propriedades do solo. PROPRIEDADES DO SOLO PRINCIPAIS EFEITOS DAS QUEIMADAS

Física

Diminuição do volume de macroporos; alteração da umidade do solo; redução da taxa de infiltração da água; diminuição do tamanho de agregados; aumento da densidade do solo na camada mais superficial (0-10cm) e, consequentemente, da resistência à penetração de raízes.

Química

Diminuição da quantidade de MO; redução gradual do estoque de nutrientes, dentre eles, o nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca) e magnésio (Mg), e susceptibilidade à perda de N por percolação e volatilização.

Biológica

Eliminação de praticamente toda a microflora das camadas superficiais do solo, e a redução, em maior ou menor grau, da fauna edáfica que, por sua vez, exercem funções importantes, como a ciclagem de nutrientes.

Fonte: elaborado a partir dos dados contidos em Redin et al. (2011).

2.1.2 Superpastoreio

Quando há uma área com quantidade de gado superior à capacidade animal e sem reposição de nutrientes, ocorre a redução do pasto até o solo ficar descoberto; com isso, as precipitações pluviométricas diretamente na superfície dele, juntamente com a elevada pressão exercida pelo pisoteio dos animais (até 400 kPa), provocam a compactação do solo (SPERA et al., 2012).

Essa compactação gera outros efeitos, como a redução da condutividade hidráulica, diminuição do transporte de gases, aumento do escoamento superficial, vulnerabilidade à erosão do solo, impedimento do crescimento das raízes (devido ao aumento da resistência à expansão horizontal e vertical), redução da macroporosidade, e perda do potencial da microbiota do solo na ciclagem de nutrientes (PARENTE; MAIA, 2011).

2.1.3 Uso indiscriminado de compostos químicos

A melhoria da produtividade das pastagens pela correção do solo e adubação de manutenção pode proporcionar aumentos na capacidade de suporte e no desempenho animal. Porém, o uso de compostos químicos para corrigir deficiências do solo de forma indiscriminada acaba por

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contaminá-lo com impurezas e/ou com uma sobrecarga nutricional, o que desequilibra a composição natural do solo (GALHARTE; CRESTANA, 2010).

O excesso de um nutriente no solo, pode reduzir a absorção de outros pelas plantas, o que dá origem a um fenômeno conhecido como antagonismo. Ou então, os nutrientes podem competir pelo mesmo sítio de absorção e aquele que estiver em excesso pode bloquear a absorção dos outros. Adubações potássicas muito pesadas, por exemplo, reduzem a absorção de Ca e Mg pelas plantas, assim como o aporte de grandes quantidades de Ca no solo pode inibir a absorção de K e Mg. Dentre os efeitos disso nos vegetais, destaca-se: predisposição à doenças, excesso de vigor e estresse por salinidade (KLEIN; AGNE, 2012).

3 METODOLOGIA

3.1 MÉTODO

O método utilizado neste estudo foi o dedutivo, pois de acordo com o preconizado por Prodanov; Freitas (2013), ele parte de duas premissas verdadeiras: 1) o solo é um recurso dinâmico que está sob crescente pressão de uso, e 2) quando há o manejo inadequado das pastagens, ocorre a degradação do solo. Tais premissas deduzidas, indicam a conclusão indiscutível de que: a pecuária é considerada uma atividade nociva à qualidade do solo.

A pesquisa possui uma abordagem quantitativa e qualitativa, em face das explicações fornecidas por Matias-Pereira (2016). Esse autor afirma que a utilização conjunta das duas abordagens permite coletar mais informações do que se poderia conseguir isoladamente, ao gerar abrangência dos dados e maior compreensão acerca dos problemas estudados.

Com relação à natureza, a pesquisa classifica-se como aplicada, isso em consonância ao exposto por Ferreira (2011). Para este pesquisador, quando se aplica essa natureza, deve-se gerar conhecimentos novos, orientados à solução de problemas específicos ao envolver verdades e interesses locais, com aplicação prática prevista.

Sobre o procedimento da pesquisa, classifica-se como experimental, pois, de acordo com o que escreveu Severino (2017), tem-se a determinação de um objeto de estudo, seleção das variáveis capazes de influenciá-lo e a definição das formas de controle e observação dos efeitos que a variável produz no objeto.

O levantamento dos dados documentais foi realizado nas seguintes bases informacionais: (1) Coordenação de Pesquisa e Aperfeiçoamento do Ensino Superior (CAPES), (2) Science Eletronic Library Online (SicELO), (3) Google Scholar, (4) SciVerse Scopus, e (5) WebScience.

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Em relação ao recorte temporal utilizado, os dados documentais foram indexados e alocados para os últimos 10 anos (2010-2020), com 30% de 2010-2014 e 70% de 2015-2020, a fim de selecionar literaturas mais atuais, com exceção para a utilização de quatro referências publicadas anteriormente ao período proposto: 1988, 1993, 1999 e 2007.

Com o intuito de favorecer a busca nas bases de dados, explorar literaturas que possam contribuir no embasamento desta pesquisa e evitar a repetição de publicações, adotaram-se quatro descritores e três condições para essas ações (Quadro 2).

Quadro 2. Descritores e condições adotados.

DESCRITORES CARACTERÍSTICAS

1 Solos degradados.

2 Recuperação de áreas degradadas. 3 Pecuária.

4 Pastagens degradadas.

CONDIÇÕES CARACTERÍSTICAS

1 Informações específicas sobre o (s) autor (es).

2 Ano da publicação (estudos publicados no período proposto).

3

Existência de registros acadêmicos: (1) International Standard Book Number (ISBN), (2) International Standard Serial Number (ISSN) ou (3) Digital Object

Identifier (DOI).

Fonte: autores (2020).

3.2 ÁREA DE ESTUDO

A área de estudo encontra-se nas dependências da Fazenda Vitória, localizada na PA-125 S/N, Km 9, Zona Rural de Paragominas (PA), sob as coordenadas 2°59’58,37”S e 47°21’21,29”W (Figura 1).

Figura 1. Mapa de localização da área de estudo no município de Paragominas (PA).

Fonte: autores (2020).

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Trata-se de uma porção superficial de terra que foi utilizada para implantação de pastagem; nela, optou-se por delimitar uma extensão de 36 m² para a realização do estudo, a fim de reduzir os custos com as análises das amostras de solo. No local, havia infestação de plantas daninhas (Ex.: Corda-de-violão – Ipomoea cuminata (Vahl) Roem & Schult e Malícia – Mimosa invisa Mart. ex Colla), alguns pontos de solo desnudo e baixa proporção de forrageiras (Figura 2).

Figura 2. Estado de degradação de pastagem da área de estudo.

Fonte: autores (2020).

3.3 ETAPAS METODOLÓGICAS

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Quadro 3. Limites de Interpretação (L.I) para análise do solo.

PREZOTTI; GUARÇONI (2013) RIBEIRO; GUIMARÃES; ALVAREZ (1999)

ATRIBUTOS L.I ATRIBUTOS L.I

Fósforo (P) mg/kg > 60% de argila: ≤ 2,70 = muito baixo. 2,80 – 5,40 = baixo. 5,50 – 8,00 = médio. 8,10 – 12,00 = bom. > 12,00 = muito bom. 35% a 60% de argila: ≤ 4,00 = muito baixo. 4,10 – 8,00 = baixo. 8,10 – 12,00 = médio. 12,10 – 18,00 = bom. > 18,00 = muito bom. 15% a 35% de argila: ≤ 6,60 = muito baixo. 6,70 – 12,00 = baixo. 12,10 – 20,00 = médio. 20,10 – 30,00 = bom. > 30,00 = muito bom. < 15% de argila: ≤ 10,00 = muito baixo. 10,10 – 20,00 = baixo. 20,10 – 30,00 = médio. 30,10 – 45,00 = bom. > 45,00 = muito bom. Potencial Hidrogeniônico (pH) Adimensional

< 4,50 = muito alta acidez. 4,50 – 5,00 = alta acidez. 5,10 – 6,00 = média acidez. 6,10 – 6,90 = fraca acidez 7,00 = neutra. 7,10 – 7,80 = fraca alcalinidade. > 7,80 = alta alcalinidade. Matéria Orgânica (MO) g/kg ≤ 7,00 = muito baixo. 7,10 – 20,00 = baixo. 20,10 – 40,00 = médio. 40,10 – 70,00 = bom. > 70,00 = muito bom. Capacidade de Troca Catiônica (CTC) (cmolc/kg) ≤ 1,60 = muito baixo. 1,61 – 4,30 = baixo. 4,31 – 8,60 = médio. 8,61 – 15,00 = bom. > 15,00 = muito bom. Densidade do solo g/cm3 0,90 – 1,25 = variação em solos argilosos. 1,25 – 1,60 = variação em solos arenosos. 0,75 – 1,00 = variação em solos húmicos. 0,20 – 0,50 = variação em solos turfosos. Potássio (K) mg/kg ≤ 15 = muito baixo. 16 – 40 = baixo. 41 – 70 = médio. 71 – 120 = bom. > 120 = muito bom. Carbono Orgânico (C org) (g/kg) ≤ 4,00 = muito baixo. 4,10 – 11,60 = baixo. 11,70 – 23,20 = médio. 23,30 – 40,60 = bom. > 40,60 = muito bom. Magnésio (Mg) cmolc/kg ≤ 0,20 = muito baixo. 0,21 – 0,50 = baixo. 0,51 – 1,00 = médio. 1,01 – 2,00 = bom. > 2,00 = muito bom. Cálcio (Ca) cmolc/kg ≤ 0,40 = muito baixo. 0,41 – 1,20 = baixo. 1,21 – 2,40 = médio. 2,41 – 4,00 = bom. > 4,00 = muito bom. Granulometria % > 60% de argila = textura muito argilosa. 35% a 60% de argila = textura argilosa. 15% a 35% de argila = textura média. < 15% de argila = textura arenosa. Soma de bases (SB) cmolc/kg ≤ 0,60 = muito baixo. 0,61 – 1,80 = baixo. 1,81 – 3,60 = médio. 3,61 – 6,00 = bom. > 6,00 = muito bom. Saturação por bases (V) % ≤ 20,00 = muito baixo. 20,01 – 40,00 = baixo. 40,10 – 60,00 = médio. 60,10 – 80,00 = bom. > 80,00 = muito bom.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DO SOLO

4.1.1 Atributos físicos

A partir da análise dos dados obtidos referentes às características físicas, foi possível verificar a classe texturial e a densidade do solo (Tabela 1).

Tabela 1. Análise de atributos físicos do solo.

Legendas: (𝑥) média aritmética, e (L.I) limites de interpretação. Fonte: autores (2020).

Quanto à granulometria

O solo possui um valor médio de ≅ 55,66% de argila, o que permitiu classificá-lo com “textura argilosa”. Ao partir deste princípio, é possível inferir que se trata de um solo antigo, oriundo de eventos intempéricos (Ex.: água das chuvas, ventos e alterações climáticas) sofridos pelos minerais que fazem parte das frações mais grosseiras (areia e silte), os quais se transformam em argila (fração mais fina).

No estudo de Souza et al. (2017) efetuado em Ulianópolis (PA), os autores concluíram que o solo sob pastagem investigado, possui “textura argilosa” (𝑥 = 55,66% de argila). A respeito disso, eles acrescentaram que, pelo fato do solo argiloso ser fonte de hidrogênio (H+) e alumínio (Al3+), ele detém maior poder tampão à variação de pH e menor fixação de P. Diante dessas características, é possível admitir que o solo analisado em Paragominas, tende a ter maior resistência às mudanças de pH e a demandar doses mais elevadas de adubos fosfatados.

Quanto à densidade do solo

Mesmo incluída na variação estabelecida para solos argilosos (𝑥 = 1,21 g/cm³), a densidade do solo é considerada crítica. Sobre isso, o estudo de densidade associado à compactação, efetuado no município de Lages (SC) por Bortolini et al. (2016), concluiu que a alta probabilidade de

PROPRIEDADES FÍSICAS DO SOLO

ATRIBUTOS UNIDADE ---PROFUNDIDADES--- (cm) 𝑥 L.I 0-10 10-20 20-40 Granulometria Areia % 16,00 22,00 31,00 = 23,00 Textura argilosa Argila 60,00 60,00 47,00 ≅55,66 Silte 24,00 19,00 21,00 ≅ 21,33 Densidade do solo g/cm³ 1,19 1,21 1,23 = 1,21 Variação em solo argiloso

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oferecer riscos de restrição ao crescimento radicular, situa-se em torno de 1,18 g/cm³ para os solos dessa classe texturial.

O valor crítico pode ser relacionado com a compressão do solo por cargas excessivas; neste caso, um fator considerado é a elevada pressão (𝑥 = 400 kPa) exercida pelo pisoteio dos animais na área que foi utilizada para pastejo intensivo, o que causa um rearranjo das partículas e, consequentemente, a redução do volume dessas.

Ainda sobre este atributo, na pesquisa realizada por Torres et al. (2012) em Uberaba (MG), os autores obtiveram um dado contíguo (𝑥 = 1,23 g/cm³) após análise física de um solo argiloso sob pastagem em três profundidades (0-10 cm; 10-20 cm; 20-40 cm). Em Paragominas, dentre os impedimentos físicos para o crescimento e desenvolvimento de espécies vegetais, a densidade crítica tende a ser apontada como um agente de ocorrência.

4.1.2 Atributos químicos

Os dados obtidos e analisados a respeito da caracterização química, expressam as condições de fertilidade do solo (Tabela 2).

Tabela 2. Análise de atributos químicos do solo.

PROPRIEDADES QUÍMICAS DO SOLO

ATRIBUTOS UNIDADE

----PROFUNDIDADES----

(cm) 𝑥 L.I 0-10 10-20 20-40

pH * 4,46 4,43 4,50 ≅ 4,46 Muito alta acidez

P mg/kg 2,95 3,00 2,04 ≅ 2,66 Muito baixo K mg/kg 62,03 35,19 18,83 ≅ 38,68 Baixo Ca cmolc/kg 1,80 0,92 0,60 ≅ 1,11 Baixo Mg cmolc/kg 0,71 0,52 0,25 ≅ 0,49 Baixo C org g/kg 22,16 19,22 17,96 = 19,78 Médio MO g/kg 48,08 38,31 30,97 = 39,12 Médio CTC cmolc/kg 8,89 5,43 4,00 ≅ 6,11 Médio SB cmolc/kg 2,10 1,76 1,49 ≅ 1,78 Baixo V % 35,63 27,82 38,10 = 33,85 Baixo Legendas: (*) valor adimensional; (𝑥) média aritmética, e (L.I) limites de interpretação.

Fonte: autores (2020).

Quanto ao pH

As características naturais dos solos da região amazônica, no que se refere a faixa de pH (entre 3,50 e 4,50), pode estar diretamente ligada a tendência de “muito alta acidez” (𝑥 ≅ 4,46) verificada para o pH, isso porque 78% dos solos dessa região, são ácidos.

Em uma área de pastagem plantada do município de Humaitá (AM), Silva et al. (2019) observaram um nível de pH, cujo valor médio foi equivalente a 4,41. Neste estudo, os autores

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acrescentaram que há, basicamente, duas contribuições para que os solos da região amazônica sejam ácidos e, consequentemente, pouco férteis: 1) lixiviação das bases da solução do solo, devido à alta pluviosidade (𝑥 = 2.450 mm ao ano) e temperatura elevada (𝑥 = 25ºC), e 2) alterações no material de origem (minerais).

Neste caso, a pobreza química na área experimental em Paragominas, devido a acidez elevada, é algo que pode ser admitido, uma vez que este atributo é um indicador de fertilidade.

Quanto ao P, K, Ca e Mg

Como o pH governa diretamente as reações químicas do solo, a baixa fertilidade é um evento natural em estado de alta acidez, pois este é um fator que diminui a disponibilidade de nutrientes nele, o que pode elucidar os teores “muito baixo” e “baixo” de P (𝑥 ≅ 2,66 mg/kg) e K (𝑥 ≅ 38,68 mg/kg), respectivamente, assim como os “baixos” teores de Ca (𝑥 ≅ 1,11 cmolc/kg) e

Mg (𝑥 ≅ 0,49 cmolc/kg), perante o pH do solo observado neste estudo (𝑥 ≅ 4,46).

Na pesquisa realizada por Costa et al. (2015) em Selvíria (MS), delineada a partir da análise do solo em três profundidades (0-15 cm; 15-25 cm; 25-45 cm) de um solo degradado pela pecuária, os autores associaram os teores “baixos” de P (𝑥 = 4,30 mg/kg), K (𝑥 = 31,65 mg/kg), Ca (𝑥 = 1,16 cmolc/kg) e Mg (𝑥 = 0,41 cmolc/kg), ao pH baixo (± 4,40). Em Paragominas, a ocorrência

dos níveis críticos dos macronutrientes primários (P e K) e secundários (Ca e Mg), tende a debilitar o desenvolvimento longitudinal das plantas.

Quanto ao C org e MO

Os dados indicaram teores “médios” para o C org (𝑥 = 19,78 g/kg) e MO (𝑥 = 39,12 g/kg). Sobre a condição do C org, ela pode ser associada aos níveis médios de intensidade dos processos de adição dos resíduos e metabólitos das plantas, animais e microorganismos, pois esses correspondem à maior parte do C org do solo, cerca de 98%.

Referente ao estado da MO, ele pode ser vinculado à temperatura (𝑥 = 26,6°C) e precipitação pluviométrica (𝑥 = 1.805 mm ao ano) significativas no município de Paragominas, pois o calor e a umidade permitem que o processo de decomposição das moléculas orgânicas e a liberação de nutrientes ao meio, ocorra de forma mais acelerada.

No estudo efetuado em Selvíria (MS), Dalchiavon et al. (2013) concluíram, após análise de um solo argiloso em três profundidades (0-10 cm; 10-20 cm; 20-40 cm), que os teores “médios” de C org (𝑥 = 20,12 g/kg) e MO (𝑥 = 33,71 g/kg), deveu-se ao manejo inadequado da pastagem, como o uso de queimadas para renovar a área de pasto.

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Do mesmo modo, em Paragominas, a prática frequente de queimadas para a limpeza da área de pasto pode ter sido um fator limitante, pois é uma técnica capaz de eliminar os restos vegetais, precursores na formação da MO no solo, o que também afetou os níveis de C org, uma vez que este atributo é sensível às transformações existentes nas moléculas orgânicas, por ser o constituinte mais abundante destas, o equivalente a 50%.

Quanto à CTC

O “médio” nível da CTC (𝑥 ≅ 6,11 cmolc/kg), pode ser atribuído ao teor “médio” de MO

que o solo apresenta (𝑥 = 39,12 g/kg), uma vez que esta substância possui cargas negativas de superfície, que contribui para o incremento da quantidade de cargas negativas do solo para a retenção de cátions, como o Ca2+ e Mg2+.

A partir da análise de três camadas (0-15 cm; 15-25 cm; 25-45 cm) de um solo argiloso sob pastagem no município de Selvíria (MS), a pesquisa realizada por Bonini et al. (2015) constatou um nível “médio” (𝑥 = 5,67 cmolc/kg) para este atributo. De acordo com esses autores, a fração de argila, por possuir carga negativa, influiu neste resultado, porém, isso ocorreu em baixas proporções, uma vez que elas são oriundas de ligações químicas insatisfeitas.

Mediante essas circunstâncias, no solo analisado em Paragominas, o aumento da CTC é mais dependente da MO que da fração de argila, pois mesmo em alta quantidade desta, como nas regiões tropicais, o solo apresenta baixa ou média CTC.

Quanto à SB e V

Os “baixos” níveis de SB (𝑥 ≅ 1,78 cmolc/kg) e V (𝑥 = 33,85%), sugerem que as cargas negativas dos coloides presentes no solo, tendem a adsorver mais H+ e Al³+ e pequena quantidade de cátions trocáveis, dentre eles o K+, Ca²+ e Mg²+.

A respeito disso, teores “médios” de SB (𝑥 = 2,19 cmolc/kg) e V (𝑥 = 48,50%) foram encontrados por Gazolla et al. (2015) em estudo efetuado no município de Selvíria (MS). Os autores ressaltaram que tais atributos, juntamente com a CTC, indicam o estado de fertilidade do solo, pois relacionam-se com a disponibilidade de nutrientes essenciais. Ao considerar o disposto, é possível inferir que em Paragominas, o solo analisado apresenta baixa fertilidade.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 7, p.47698 -47715 jul. 2020. ISSN 2525-8761 4.2 RECOMENDAÇÕES PARA A RECUPERAÇÃO DO SOLO

4.2.1 adubação orgânica

Como consequência da simples substituição dos adubos minerais pelos orgânicos, pode ocorrer uma diminuição do rendimento (≅ 40%). Por isso, existe um tempo necessário para a conversão de sistemas convencionais para os orgânicos, e esse tempo depende da acomodação dos processos ecológicos às novas condições. Nestas novas condições, predomina a estabilidade das respostas dos fertilizantes orgânicos de base biológica, em vez da rapidez das respostas instáveis da adubação com fertilizantes químicos (DIAS et al., 2016).

A matéria orgânica adicionada ao solo na forma de adubos orgânicos, melhoram as propriedades físicas (Ex.: aumento da resistência dos agregados e diminuição da densidade do solo), químicas (acréscimo no estoque de nutrientes, dentre eles, o nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K)), e biológicas (Ex.: estímulo da atividade microbiana e, consequentemente, da ciclagem de nutrientes). Esses efeitos no solo podem ser imediatos ou lentos, com variação de acordo com o grau de decomposição dos resíduos orgânicos (MOREIRA et al., 2019).

Uma prática bastante comum referente a este tipo de adubação, é dispor no terreno resíduos orgânicos, como: esterco; urina e restos de animais; palhas; capins; serragem; restos de culturas e capinas; cama de estábulos ou galinheiros; bagaços; farinha de ossos; farinha de carne; vegetais remanescentes após as safras de arroz, trigo, algodão, cana, milho; biossólido oriundo das Estações de Tratamento de Esgoto (ETE’s), e dentre outros resíduos que se transformam em húmus ou que já contam com húmus (SOUZA; GUIMARÃES; FAVARATO, 2015).

Sobre a utilização de esterco de galinha para a melhoria das propriedades físicas do solo, no estudo efetuado por Rós; Hirata; Narita (2013) em Presidente Prudente (SP), os autores verificaram que a densidade do solo foi reduzida (de 1,5 g/cm³ para 1,10 g/cm³), enquanto a porosidade total aumentou (de 0,45 cm3 cm-3 para 0,51 cm3 cm-3) proporcionalmente à adição do insumo orgânico. Ao considerar esses resultados positivos, é possível admitir que a aplicação deste resíduo no solo de Paragominas, pode resultar em uma redução da densidade, que neste caso, foi considerada crítica (𝑥 = 1,21).

A respeito da recuperação das propriedades químicas de um solo degradado a partir do uso de biossólido de ETE, na pesquisa realizada por Bonini et al., (2015) em Selvíria (MS), os autores observaram um incremento nos teores de P (de 8,79 mg/kg para 15,30 mg/kg) e K (de 15,14 mg/kg para 37,84 mg/kg) após o tratamento. Com base nesses dados otimistas, esse composto orgânico pode ser uma opção para recuperar os atributos químicos do solo analisado em Paragominas,

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especialmente de P e K, os quais foram tidos como “muito baixo” (𝑥 ≅ 2,66 mg/kg) e “baixo” (𝑥 ≅

38,68 mg/kg), respectivamente.

4.2.2 Plantas vivas

Além da melhoria nos atributos de fertilidade, o uso de plantas vivas como cobertura na superfície do solo, principalmente os desnudos, contribui para a redução da erosão, inclusive a causada pelo impacto das gotas de chuva; auxilia no controle de insetos, pragas e plantas invasoras, além de aumentar o sequestro de carbono, devido ao aumento do acúmulo de matéria orgânica do solo (VERDUM; VIEIRA; CANEPPELE, 2016).

Dentre as premissas para o sucesso dessa prática, a escolha da planta de cobertura é um fator muito importante, pois esta deve ser adaptada às condições do local de aplicação; além disso, optar por plantas com rápida capacidade de estabelecimento auxilia no controle de plantas invasoras. Outro aspecto importante para a escolha das plantas de cobertura, é o desempenho das mesmas em condições de déficit hídrico (QUARESMA et al., 2015).

Em relação ao uso de plantas vivas, o estudo conduzido no município de Lavras (MG) por Dias (2012), concluiu que a aplicação do feijão-de-porco (Canavalia ensiformis) como cobertura do solo, apresentou um desempenho considerável na atenuação das perdas de solo e água. Dessa forma, a introdução desta prática em Paragominas pode propiciar o controle da erosão no solo analisado, uma vez que nele são encontrados pontos desnudos.

5 CONCLUSÃO

Acerca dos atributos físicos do solo, a densidade (𝑥 = 1,21 g/cm³), apesar de se encontrar dentro da variação estabelecida para a classe texturial argilosa, apresentou nível crítico, no que se refere a susceptibilidade à compactação para os solos incluídos nessa categoria.

Na análise química, dos dez indicadores de fertilidade analisados, sete foram considerados críticos quanto aos teores observados (pH, P, K, Ca, Mg, SB e V), os outros, tiveram caráter mediano (C org, MO e CTC). Com destaque para os teores “muito baixo” de P (𝑥 = 2,66 mg/kg) e “baixo” de K (𝑥 = 38,68 mg/kg), sabe-se que esses macronutrientes primários são essenciais à solução do solo e a insuficiência de apenas um deles, pode prejudicar o desenvolvimento e a produção de culturas florestais e agrícolas.

Portanto, recomenda-se algumas práticas de recuperação do solo, como: 1) adubação orgânica com estercos, farinhas, bagaços e restos de culturas que, após a decomposição, transformam-se em húmus, ou até mesmo o uso de biossólidos oriundos de estações de tratamento

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de esgoto, que já contam com o húmus e nutrientes para plantas, capazes de melhorar as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo, e 2) utilização de plantas vivas na cobertura do solo para evitar erosão, inclusive a causada pelo impacto das gotas de chuva.

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Imagem

Figura 1. Mapa de localização da área de estudo no município de Paragominas (PA).
Figura 2. Estado de degradação de pastagem da área de estudo.
Tabela 1. Análise de atributos físicos do solo.
Tabela 2. Análise de atributos químicos do solo .

Referências

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