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Docência orientada ( Thomas Kuhn)

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Academic year: 2019

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UFSM- Santa Maria

Departamento de Filosofia Bacharelado

Thomas Kuhn

Tópicos gerais

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Alguns dados Bibliográficos

 Thomas Samuel Kuhn (1922-1996)

 É físico de formação, nasceu no estado de Ohio nos Estados Unido. Em 1949 termina seu doutorado em física.

 Em 1956 vai lecionar uma cadeira nas humanidade como parte da formação geral em ciência, em Harvard. Primeiro como assistente de James Conant, depois como titular da cadeira. É nessa épica que ele tem sua ‘experiência’ com Aristóteles.

 Em 1957 ele publica A revolução copernicana.

 Em 1961 vai para Berkeley. Ele é convidado a por Charles Morris para escrever uma monografia, a qual fará parte da Enciclopédia Internacional das Ciências Unificadas, com um ensaio sobre história da ciência.

 Em 1962 é publicada A estrutura das revoluções cientificas.  Posfácio (1969) à 2a. ed. da Estrutura das revoluções

científicas.

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Fama?

Steven Weinberg (físico teórico, nobel). Escreveu:

“[…] o nascimento da física newtoniana foi uma mega mudança de paradigma, mas nada do que aconteceu em nossa compreensão de movimento desde então da transição da mecânica newtoniana para a einsteiniana nem a da física clássica para quântica se encaixa na descrição de Kuhn de mudança de paradigma.” (artigo; “ The non-revolution of thomas kuhn”, p.205).

Maynard Smith ( biólogo evolucionista) afirma:

“A maior revolução científica de minha vida profissional foi o nascimento da biologia molecular, que tem todas as características de uma 'matriz disciplinar' no sentido de Kuhn, novos problemas, novos método, novos experimentos, novos periódicos, novos livros textos. Mas onde estava a

incomensurabilidade?”

Ernst Mayr (biólogo) questiona num artigo “As revoluções científicas de

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Uma relação mais estreita entre filosofia da ciência e história da ciência:

“Se a história fosse vista como um repositório para algo mais do que anedotas ou cronologias, poderia produzir uma transformação decisiva na imagem de ciência que atualmente que nos domina.” (Kuhn, A estrutura das revoluções científicas, p. 19).

Proposta Historicista.

 Kuhn faz parte de uma geração de filósofos que operaram uma

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Proposta Historicista

“ Em vez, de procurar as contribuições permanentes de uma ciência mais antiga para nossa perspectiva privilegiada, eles [os historicistas] procuraram apresentar a integridade histórica daquela ciência, a partir de as própria época.” (Kuhn, p.22)

Objetivo:

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Modelo clássico

Kuhn vai criticar essa visão:

“ Se a ciência é a reunião de fatos, teorias e métodos

reunidos nos textos atuais, então os cientistas são homens que, com ou sem sucesso, empenharam-se em contribuir com um ou outro elemento para essa constelação específica. O desenvolvimento torna-se o

processo gradativo através do qual esses itens foram

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Modelo clássico

 É muito comum entre os filósofos, cientistas, assim

como com público em geral. Sua manutenção, pode ser vista nos manuais e livros de divulgação em

geral.

 Ex:

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Kuhn e reconstrução ingênua da ciência

 Acreditar que a história da ciência desenvolve-se,

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Em A estrutura das revoluções científicas, Kuhn

apresentou uma descrição do desenvolvimento histórico das disciplinas científicas, dividindo-o em

etapas:

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Período Pré-Paradigmático

Características:

 Competição entre diversas escolas. Todos, em maior

ou em menos grau, derivam suas teorias de certas observações ou algum aspecto da natureza. Porém, a natureza restringe as teorias possíveis, mas não determina.

 Não há uma comunidade, não há consenso, nem

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Instaurando-se um Paradigma

“Quando, pela primeira vez no desenvolvimento de uma ciência da natureza, um indivíduo ou grupo, produz uma síntese capaz de atrair a maioria dos praticantes de ciência de gerações seguintes, a escola mais antiga começa a desaparecer.” (p.39)

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Paradigma

 Para cada disciplina científica bem estabelecida não há mais que um paradigma em um dado momento do tempo.

 Ex: A Física de Aristóteles, o Almagesto de Ptolomeu, o Principia e a Óptica de Newton, a Eletricidade de Franklin, a Química de Lavoisier e a Geologia de Lyell

 A aceitação do paradigma implica o direcionamento da

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Paradigma

Acepção 1

“Micro” ou “local” ou “estreita”.

Paradigma como uma realização científica exemplar

que funciona como protótipo ou modelo para a pesquisa posterior.

Ex:

 O Principia de Newton (1687);

 A tese de evolução por variação + adaptação +

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Paradigma

Acepção 2

“Macro”, “global” ou “ampla”.

Paradigma como uma rede ou “constelação” de

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Ciência Normal

Ciência normal como solução de enigmas Puzzles (enigmas ou quebra-cabeças):

• Os enigmas são sugeridos pelo próprio paradigma (função de

autodeterminação do domínio).

• Os enigmas são problemas cuja solução é tida como possível no

contexto do paradigma.

• A solução de enigmas da ciência normal não tem caráter de teste crítico, pois o paradigma em geral não está em teste.

*O marceneiro que reclama das ferramentas, não é um bom marceneiro .

• O paradigma não busca a inovação, nem a descoberta de novidades,

mas sim a estabilidade. Um eventual fracasso na solução de

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Ciência normal

Em é uma pesquisa “conservadora” que busca:

Maximizar a eficácia da solução de problemas na ciência normal.

A rigidez do paradigma o torna particularmente sensível a desvios da norma, faz dele um bom detector de anomalias, permitindo a identificação rápida de

anomalias.

Pode-se imaginar que, no caso de uma ciência em permanente mutação como a de tipo popperiano

as anomalias poderiam até passar despercebida em alguns casos.

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Crises paradigmáticas e ciência extraordinária

Um estado de crise paradigmática, segundo Kuhn, é resultado de um consenso emergente da comunidade científica, em função de fatores como:

• Acúmulo de anomalias; “ Crise e a mudança de teoria andam de mãos dadas”.

• Importância reconhecida das anomalias;

• Resistência das anomalias a sucessivas tentativas de solução;

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Mudanças revolucionárias ou Revoluções científica:

Envolvem descobertas que não podem ser acomodada nos limites dos conceitos que estavam em uso antes delas terem sido feitas.

'Conversão' ao novo paradigma:

Não é e nem pode ser feita por meio de argumentos puramente racionais.

Podem estar incluídos fatores como a simplicidade da teoria (valor) , a habilidade que essa teoria apresenta

para resolver novos problemas (aspecto psicológico), alguma necessidade social percebida

como relevante naquele momento (aspecto sociológico), ou mesmo elementos ideológicos.

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Revolução Científica

Só abandona-se um paradigma por outro, rejeitar um paradigma é simultaneamente aderir a outro.

Abandonar um paradigma e ficar sem nenhum, é como rejeitar a própria ciência.

O candidato a paradigma deve demostrar capacidade de resolver as anomalias que disparam a crise.

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[Depois da] recepção de um novo paradigma requer-se com frequência uma redefinição da ciência correspondente. Alguns

problemas antigos podem ser transferidos para outra ciência ou declarados absolutamente “não-científicos”. Outros problemas anteriormente tidos como triviais ou não-existentes podem converter-se, com um novo paradigma, nos arquétipos das realizações científicas importantes. À medida que os problemas mudam, mudam também, seguidamente, os padrões que distinguem uma verdadeira solução científica de uma simples especulação metafísica, [...] A tradição científica normal que emerge de uma

revolução científica é não somente incompatível, mas muitas vezes verdadeiramente incomensurável com aquela que a precedeu.”

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Incomensurabilidade

Kuhn é levado à ideia de incomensurabilidade entre paradigmas devido às críticas que foram dirigidas à

tese de uma linguagem de observação neutra ou objetiva que pudesse funcionar como uma instância

de arbitragem das controvérsias científicas. Formas de incomensurabilidade:

 Incomensurabilidade no plano dos conceitos (p. ex. “massa” na física clássica e “massa” na física relativista;

 Incomensurabilidade dos valores;

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Referências

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