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MATERIAL DE APOIO AOS ESTUDOS DAS TURMAS DE FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO E TREINAMENTO DESPORTIVO

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Academic year: 2019

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MATERIAL DE APOIO AOS ESTUDOS DAS

TURMAS DE FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO E

TREINAMENTO DESPORTIVO

CONTROLE DE VARIÁVEIS FISIOLÓGICAS PARA A PRESCRIÇÃO DO TREINAMENTO

PROF.MSD.: RICARDO LUIZ PACE JR.

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CONTROLE DE VARIÁVEIS FISIOLÓGICAS PARA A

PRESCRIÇÃO DE TREINAMENTO

A Frequência cardíaca (FC) e o Consumo de oxigênio (VO2) são variáveis fisiológicas utilizadas na prescrição e controle do treinamento físico. A FC e o VO2 aumentam significativamente com o aumento da intensidade do exercício, porém este aumento não é na mesma proporção. O quadro abaixo expressa a correlação entre percentual da FC e VO2.

Frequência Cardíaca VO2.

50% 28%

60% 42%

70% 56%

80% 70%

90% 83%

100% 100%

Quadro 1 – Correlação Entre a FC e o VO2 máx. (Marion et alii, 1994; citado por Manso et alii, 1996)

Interpretação Clínica da FC e a sua relação com o Vo2máx.

A mensuração da FC responde ao esforço com um aumento que, no caso de esforço dinâmico, é proporcional à intensidade de trabalho e ao consumo de oxigênio. Esta relação linear tem sido extremamente utilizada para predizer o VO2máx. A magnitude do aumento da FC com o aumento da carga depende, principalmente, da condição física aeróbia do indivíduo em questão, sendo o aumento proporcional menor para o indivíduo mais treinado.

ZAT – Zonas Alvos de Treinamentos

A ZAT é uma faixa de treinamento que o cliente deve treinar em função do objetivo específico. Ela compreende um limite inferior e superior, ou seja, uma FCmáx de treinamento que abrange várias objetivos individuais em função da condição física inicial do cliente.

Existem cinco zonas diferentes de treinamento que correspondem a diferentes níveis de intensidade de exercícios e que correspondem a vários mecanismos de transporte metabólico e respiratório no organismo.

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É uma faixa de intensidade de treinamento utilizada com iniciantes ou no retorno das atividades após um período de interrupção, nas sessões de recuperação após um treino exaustivo ou com pessoas dos grupos especiais.

Zona aeróbia lipolítica 60 à 70% FCmax / 42 à 56% VO2max

A maior faixa de treinamento semanal ocorrerá dentro desta faixa de intensidade, que varia de 60% a 70% da Fcmáx.

É utilizada para melhorar o condicionamento físico aeróbico dos clientes e nos programas de emagrecimento, pelo alto percentual das gorduras como fonte de energia responsável pelo treinamento de atividade contínua.

Zona do limiar aeróbio (aeróbio glicolítico) 70 à 80% FCmax / 56 à 70% VO2max

É um ritmo de treino adequado para clientes que buscam a melhoria da performance, sendo desaconselhável para iniciantes. Pela alta intensidade do esforço, o não atleta sente dificuldade de manter por muito tempo um exercício contínuo dentro da zona de treino.

O treinamento nessa intensidade provoca o aumento do consumo máximo de oxigênio (VO2máx.). A fonte energética predominante nesta intensidade é o glicogênio.

Zona mista (limiar anaeróbio) 80 à 90% FCmax / 70 à 83% VO2max

Nesta intensidade, o treino é indicado para atletas na busca de resultados competitivos. Os não atletas só devem treinar neste nível, após um bom período de treinamento básico. São aconselháveis, também, para os não atletas, os treinos utilizados métodos fracionados, ou seja, de curta duração e com intervalos entre os estímulos.

Os benefícios de treinar na zona mista estão no aumento da capacidade do organismo em metabolizar o ácido lático, possibilitando ao atleta suportar, por maior tempo, um determinado esforço em anaerobiose.

O limiar anaeróbio é o momento no qual o ácido lático (um produto derivado da contração muscular) começa a aumentar mais rapidamente do que pode ser reabsorvido ou ressintetizado. A FC no limiar anaeróbio aumenta à medida que o indivíduo melhora o seu condicionamento físico.

Zona de esforço máximo 90 à 100% FCmax / 83 à 100% VO2max

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Fonte: NOVAES, Jefferson da Silva; VIANNA, Jeferson Macedo. Personal Training e Condicionamento Físico em Academia – Rio de Janeiro: Ed. Shape, 1998.

Mensuração da FC

O método de palpação consiste em contar os batimentos cardíacos utilizando os dedos, exceto o polegar, para apalpar uma artéria no pulso ou no pescoço. Contando os batimentos durante os batimentos durante 6, 10 ou 15 seg. e multiplicando por 10, 6 e 4, respectivamente, obtem-se a FC.

Em estudos de campo e testes de aptidão física é muito comum o uso da ausculta cardíaca ou palpação das artérias periféricas para determinação da FC; entretanto, o seu uso não é recomendado para testes de esforços clínicos, onde o ECG é essencial; nos casos de uso do método palpatório, deve-se empregar um tempo de 15seg. e multiplicar o resultado por quatro.

No método de apalpamento existe uma curva de aprendizado inerente, até que se domine a técnica, caso em que os iniciantes frequentemente obtém leituras erradas, o que pode se tornar um erro ainda maior quando os mesmos fazem todas as multiplicações.

Prescrição do Treinamento – Frequência cardíaca

É o mais popular meio de indicar a intensidade de uma carga de trabalho para um cliente. Segundo Manso et alii (1996), a utilização deste parâmetro como indicador do nível de esforço foi o que levou Lidner e Junkar (leipzig) e Saynakakangas (Oulu) a desenvolverem protótipos sensíveis e confiáveis de monitores de freqüência cardíaca.

Existem diferentes protocolos para determinar a intensidade do treino; todos procuram identificar a freqüência máxima (FCmáx.) do cliente. Entre os mais conhecidos, podemos citar o Karvonen, em que, além da FCmáx., devem-se identificar a freqüência cardíaca de repouso (Fcrep.) e a freqüência cardíaca de reserva (Fcres.).

Frequência cardíaca de repouso

Para obter, de forma consistente, o valor da Fcrep. É necessária alguma prática. O procedimento mais fácil, caso não possua um monitor de FC, é colocar os dedos indicador e anular da mão esquerda na face interna do pulso direito, aproximadamente 2 cm abaixo da base do polegar, podendo agora, observar o relógio no pulso esquerdo e contar o pulso durante 60 segundos.

Deve-se observar a freqüência cardíaca sempre que possível antes de iniciar qualquer atividade física e/ou qualquer tipo de esforço, para usá-las nas fórmulas de FCmáx. e FCT. A FCrep. Reduzir-se-á medida que o

condicionamento se aperfeiçoar.

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É o valor obtido da subtração entre a FCmáx. e a FCrep., é utilizada em algumas fórmulas para estimar a FCT (Freqüência cardíaca de treinamento). A frequência cardíaca de reserva possui uma relação direta com o VO2.

FCres = FCmax – FC rep

Algumas Fórmulas Estimadas para Cálculo da F.C. Máxima

(Jonnes et al., 1975)  FCmax = 210 - (0,65 x idade)

(Karvonen et al., 1957)  FCmax = 220 - idade

(Sheffield et al., 1965)  FCmax = 205 - (0,41 x idade)

(Sheffield et al., 1965)  FCmax = 205 - (0,42 x idade) indivíduos destreinados

(Sheffield et al., 1965)  FCmax = 198 - (0,42 x idade) para indivíduos treinados

(Universidade de Ball State)  FCmax = 209 – (0,7 x idade) – homens

(Universidade de Ball State)  FCmax = 214 – (0,8 x idade) – mulheres

(Hossack et al., 1981)  FCmax = 206 – (0,597 x idade) – mulheres

(Calvert et al., 1977)  FCmax = 201 – (0,60 x idade) – homens

(Calvert et al., 1977)  FCmax = 192 – (0,70 x idade) – mulheres

(Bruce et al., 1974)  FCmax = 204 – (1,07 x idade) – hipertensos 44 ± 8 anos

Fonte: Fernandes Filho, José. A Prática da Avaliação Física – Rio de Janeiro: Ed. Shape, 1999.

Novaes, Jeverson da Silva. Personal Training e Condicionamento Físico em Academia/Jeferson M. Vianna – Rio de Janeiro: Ed. Shape, 1998.

A fórmula original de Karvonen utiliza a equação (220 – idade) para ambos os sexos; para alguns cientistas que identificaram uma FCrep. E máxima mais elevada nas mulheres, a fórmula mais recomendada seria (226 – idade). Em outros protocolos que possuem equações diferentes para identificar a FCmáx., a variação em relação aos valores obtidos entre elas é mínimas (r = 0,05).

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específico para o que se pretende avaliar (cliente “normal” ou atleta? Cliente destreinado? Cliente treinado? Qual a modalidade?).

OBS: Sempre que possível em função do grau de hipertensão e possíveis patologias associadas que os nossos clientes possuam é interessante que se faça um “teste de esforço máximo”. Esse teste de esforço vai ser definido pelo Cardiologista especializado em “Cardiologia Desportiva” de preferência, realizando a escolha adequada do teste a ser feito em função de observações do quadro de cada cliente e em função da sua individualidade biológica e possíveis patologias associadas, além da hipertensão arterial.

Para obter-se a FCT (Frequência cardíaca de treinamento), pode-se utilizar uma das seguintes fórmulas abaixo:

FCT = FCrep. + {(FCmáx. – FCrep.) x % de intensidade}

FCT = FCrep. + (FCres. X % de intensidade).

Lembrando-se sempre que quando é utilizado a prescrição tomando como base a FCres o percentual da intensidade utilizado deverá ser o percentual do VO2max correspondente ao percentual da FC (Quadro 1)

Classificação da P. A. para a “Prática de Atividades Físicas e/ou Interrupção de Testes Ergométricos”

É de suma importância considerar outras variáveis fisiológicas (Sinais, sintomas e outras patologias associadas - Contra indicações relativas e absolutas) para o controle na prescrição do treinamento para hipertensos.

*Hipertensão leve: P. A. Sistólica = 140-159mmHg ***Hipertensão grave: P. A. Sistólica = ou > 160mmHg *Hipertensão leve: P. A. Diastólica = 90-104mmHg

**Hipertensão moderada: P. A. Diastólica = 105-114mmHg ***Hipertensão grave: P. A. Diastólica = ou > 115mmHg

Referências

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