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Spatial Planning and the Irrigation Project Manuel Alves in the Microregion of Dianópolis-TO

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Academic year: 2021

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Resumo: o principal objetivo da pesquisa consiste em analisar a efetividade do

pro-jeto de irrigação rio Manuel Alves na microrregião de Dianópolis. Trata-se de uma iniciativa que buscou o aumento da produtividade agrícola e da oferta de emprego e renda. Para isso, através de dados primários e secundários, analisou-se a existên-cia de evidênexistên-cias que apontam algum impacto positivo originado por esse empreen-dimento sobre os moradores que vivem nos municípios diretamente influenciados pela barragem. Os resultados demonstraram que entre 2008, ano da inauguração oficial, e 2015, incorreu algum retorno positivo significativo do projeto rio Manuel Alves para os residentes de Dianópolis e Porto Alegre-TO. Isso se deve à desconti-nuação do projeto que, somado com os problemas estruturais presentes na micror-região de Dianópolis, contribuíram para a formação desse cenário. Embora houve aumento nos rendimentos agrícolas entre 2013 e 2015, ainda permanece abaixo dos maiores municípios produtores do Tocantins. Em vista disso, recomenda-se a reformulação do planejamento espacial proposto inicialmente a fim de incorporar os novos desafios que o empreendimento enfrenta atualmente.

Palavras-chave: Planejamento agrícola. Análise regional. Economia do Tocantins. SPATIAL PLANNING AND THE IRRIGATION PROJECT MANUEL ALVES IN THE MICROREGION OF DIANÓPOLIS-TO

Abstract: the principal objeto of this research is an analysis of the Manoel Alves

river irrigation project in the microregion of Dianópolis, implemented to increase agricultural productivity, employment and income. Primary and secundary data were analyzed in order to detect possible positive impacts on the population which lives in municipalities directly influenced by this barrage. The results indicate some positive impacts on the population of Dianópolis and Porto Alegre-TO, between 2008, the official inauguration, and 2015. Probably, such outcome could be ex-plained by discontinuity of the project and structural problems of the microregion

A R

T I G O S

Thiago José Arruda Oliveira, Waldecy Rodrigues

PLANEJAMENTO ESPACIAL

E O PROJETO DE IRRIGAÇÃO

MANUEL ALVES

NA MICRORREGIÃO

DE DIANÓPOLIS (TO)*

DOI 10.18224/baru.v3i2.5980

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of Dianópolis. Furthermore, an increase of agricultural revenues between 2013 and 2015 could be noticed, even though such raise was lower than compared to major producers of the Tocantins state. In view of the above results, a reformulation of the primary proposed spatial planing is highly recommended, in order to incorporate the new challenges to be faced by the project.

Keywords: Agricultural planning. Regional analysis. Economy of Tocantins.

PLANEAMIENTO ESPACIO Y DEL PROYECTO DE IRRIGACIÓN RIO MANUEL ALVEZ EN LA MICRORREGIÓN DE DIANÓPOLIS-TO

Resumen: el principal objetivo de esta investigación consiste en analizar la efectividad del

proyecto de irrigación rio Manuel Alvez en la microrregión de Dianópolis. Se trata de una inicia-tiva que buscó el aumento de la productividad agrícola, de la oferta de empleo y del ingreso. Se utilizaron datos primários y secundários para analizar la existencia de evidencias que apuntasen algún tipo de impacto positivo originado por ese emprendimiento sobre los habitantes de los mu-nicípios diretamente influenciados por la represa. Los resultados demostraron que entre los años 2008, año de inaguración oficial, y el año 2015 no se obtuvo ningún retorno positivo significativo del proyecto rio Manuel Alves para los habitantes de Dianópolis y Porto Alegre-TO. Esto se debe a la discontinuidad del proyecto que sumado a los problemas estructurales presentes en la mi-crorregión de Dianópolis, contribuyeron para la formación de ese escenário. Aún quando existió un aumento en los rendimentos agrícolas entre el 2013 y el 2015, todavia permanece por debajo de los mayores municípios produtores del Estado de Tocantins. Considerando este contexto, se recomienda la formulación de un planeamiento espacial inicialmente propuesto con el objetivo de incorporar los nuevos desafios que el emprendimiento está enfrentando.

Palabras clave: Planeamiento agrícola. Análisis regional. Economia de Tocantins.

O

planejamento espacial surge mediante o esforço de instituições em efetivar ini-ciativas que alterem a base econômica das regiões. Para isso, necessita-se de recursos financeiros, aquisição de tecnologia e capital humano no sentido de viabilizar essa ação. No caso das regiões agrícolas, tais atitudes convergem para impul-sionar a produtividade, e assim, amplia-se o nível de renda da população envolvida direta ou indiretamente nesse processo. Em vista disso, o ato de planejar tem como principal objetivo oferecer oportunidades de emprego para os residentes nos próximos anos.

Para que o planejamento obtenha êxito, realizam-se acompanhamentos no intuito de avaliar os seus resultados. Diante dessas informações, tem-se a capacidade de sugerir melhorias operacionais e administrativas, aperfeiçoar o desempenho dos trabalhadores e remanejar os recursos financeiros. Cabe às instituições envolvidas nesse processo moni-torar o desempenho dos seus planos de ação.

Em relação ao projeto de irrigação rio Manuel Alves, na microrregião de Dianópo-lis, sudeste do Tocantins, nove anos após a sua inauguração oficial, realizada em 2008, inexiste algum documento oficial que avalie a efetividade desse empreendimento público. Por se tratar de uma importante obra para a região, torna-se primordial que a comunidade

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se envolva no processo. Nesse sentido, pesquisadores ouvem os residentes a fim de ava-liar os retornos que o empreendimento proporcionou para a região.

Entre 2000 e 2017, ocorreram duas importantes reuniões que trataram sobre o pro-jeto de irrigação, o I Fórum – Propro-jeto Manuel Alves: Desenvolvimento Regional numa Nova Perspectiva Social, na cidade de Dianópolis, no ano de 2006, e a Comissão Especial de Estudo para o Novo Ordenamento Econômico, Administrativo, Social e Político do Tocantins – CENOVO – etapa Dianópolis, realizado em 2017, todas com participação da Universidade Federal do Tocantins. Por meio desses eventos, têm-se informações que possibilitam a análise do planejamento espacial realizado na microrregião de Dianópolis, sendo esse o principal objetivo do artigo.

Além disso, são utilizados indicadores regionais como a Participação de Pessoas Ocupadas (PO) na fruticultura irrigada, o Índice de Concentração Herfindhal-Hirschman (IHH) e o Coeficiente de Associação Geográfica (CAG) a fim de detectar variações na base econômica dos municípios diretamente envolvidos no projeto de irrigação rio Ma-nuel Alves. Justifica-se a realização desta pesquisa para que as instituições participantes tenham subsídios e realizem ações necessárias no que tange ao cumprimento íntegro do planejamento espacial proposto em 2002.

O PLANEJAMENTO EM ESPAÇOS AGRÍCOLAS

As terras cultivadas e as suscetíveis para sê-lo, desde que a população possua uma tecnologia capaz de efetivar essa exploração, compõem um espaço agrícola. Acrescenta-se a necessidade de abastecer mercados e a vontade política, adquire-se todos os determinantes que explicam a ocupação do solo para fins produtivos. Na medida em que o tempo avança, a crescente procura pela otimização da qualidade de vida dos residentes e de uma maior ra-cionalização da oferta de produtos alimentícios e de origem vegetal implicam na realização de um planejamento espacial (SCHEINOWITZ, 1983).

Neste sentido, a intervenção procura o aumento da produtividade, aspecto de cará-ter técnico, e a busca por novos meios de alcançar esse objetivo, situação que se relaciona com a capacidade do ambiente institucional em promover as inovações. Trata-se de uma perspectiva crítica, pois o planejador enfrenta as resistências da tradição de plantio em uma determinada localidade e o egoísmo de certos agricultores. Desse modo, nem todos colaboram para que se enquadrem numa orientação de natureza coletiva.

Diante das imperfeições apresentadas, a produção rural torna-se ineficiente no sen-tido de promover o crescimento sustentável e de viabilizar a diversificação das bases agrícolas regionais. Um dos modos de corrigir esses problemas consiste em investir na formação de capital humano. Por isso, a criação de instituições que alterem o sistema de propriedade de terra e orientem as despesas públicas para pesquisa, tecnologia e educação trazem retornos positivos para as regiões agrícolas (NORTH, 1977b; 1990).

Além disso, em espaços agrícolas com projetos de irrigação que melhoram terras que até então eram marginais, necessitam de trabalhadores qualificados para realizar a manutenção de moto-bombas e tratores. Dessa forma, as instituições inserem os residen-tes por meio de ações integradas que promovam a ocupação ordenada do solo. Assim, a

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elaboração de planos relaciona-se com a capacidade dos gestores em prever as conse-quências demográficas em uma dada região (SCHEINOWITZ, 1983).

Por sua vez, Scarpelli (2001) afirma que o planejamento agrícola possui caráter permanente por envolver volumes significativos de informação e processamento, tempo de desenvolvimento, monitoramento, avaliação de condições econômicas e significativos aportes financeiros. São parâmetros que requerem uma avaliação exaustiva por influírem diretamente na sobrevivência do projeto. A escassez de dados prontamente disponíveis, que nem sempre espelham de fato a realidade, dificultam a elaboração de planos e cola-boram para o término prematuro dos empreendimentos rurais.

Em um cenário econômico instável, cuja atividade agrícola depende de variáveis como recursos naturais, sazonalidade de mercado e o tempo de maturação dos produtos, o planejamento é uma forma de viabilizar ações antecipadas. Nesse caso, o gestor tem a convicção de que seja capaz de controlar o destino do empreendimento em longo prazo. Outro importante fator é a impossibilidade de alterar imediatamente a produção, uma vez que realizado o investimento, mesmo em condições desfavoráveis de mercado, torna-se primordial o seu escoamento (ZUIN et al., 2006).

Dentre os projetos agrícolas no Brasil que envolvem a fruticultura irrigada, des-taca-se o do rio São Francisco entre Petrolina-PE e Juazeiro-BA. Inexiste nessa região grandes oscilações de temperatura, podendo assim produzir frutas, principalmente manga e uva, ao longo do ano. Exportam-se toda a produção para os países da União Europeia, Ásia e Estados Unidos. Estima-se que essa atividade gere dois empregos diretos para cada hectare, e que utilize 1.000.000 de trabalhadores, direta ou indiretamente envolvidos nesse ramo produtivo1.

Em vista de tais informações, elabora-se um esquema que expõe as ferramentas necessárias para que um planejamento se torne efetivo no espaço agrícola:

PLANEJAMENTO AGRÍCOLA APORTE FINANCEIRO

CAPITAL HUMANO DEMANDA

DADOS E INFORMAÇÕES EQUIPAMENTOS

INSTITUIÇÕES

BEM-ESTAR PRODUTIVIDADE

Figura 1: Fatores necessários para a realização de um projeto em um espaço agrícola Fonte: resultados da pesquisa.

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Observa-se que as instituições possuem a função de impulsionar o planejamento espacial. Sem esse mecanismo, os residentes são desencorajados a participarem dessa iniciativa e os gestores, a procurarem soluções que corrijam as falhas estruturais exis-tentes na região agrícola. Desse modo, o ambiente institucional é a base primária para a implementação de projetos agrícolas.

Entretanto, um plano de ação sem aporte financeiro, capital humano e equipamen-tos torna-se apenas um emaranhado de intenções. Por isso, pessoas qualificadas, dota-ções orçamentárias definidas e a disponibilidade de ferramentas necessárias para a prática agrícola efetivam o planejamento. Além disso, estipular a demanda da produção, assim como coletar dados e informações para a elaboração de relatórios de acompanhamento previnem o empreendimento das ameaças internas e externas.

Por último, o objetivo final de realizar um planejamento em espaços agrícolas é o aumento do bem-estar das famílias e maximização da produtividade. Nesse sentido, todos os esforços, a princípio, convergem para o cumprimento dessas metas. Por outro lado, ao atender interesses de grupos particulares, os projetos desvirtuam da sua proposta inicial, situação que prejudica o coletivo.

FORMAÇÃO SOCIOECONÔMICA DA MICRORREGIÃO DE DIANÓPOLIS-TO Localizada no atual sudeste do estado do Tocantins, a microrregião de Dianópolis tem como principal característica a sua ocupação secular, datada do século XVIII. Esse cenário relaciona-se com o ciclo do ouro, período da história colonial brasileira marcado pela extração intensiva de metais preciosos nas Capitanias interioranas. A atividade em-pregava negros escravizados oriundos da África, representando 67% da população da ou-trora Norte de Goiás, e que estavam sob o controle dos donos de lavras, todos de origem europeia, e do governo de Portugal (APOLINÁRIO, 2002).

Nesse contexto, surgiram localidades como Arraias e Natividade, onde realiza-vam a compra de escravos, alimentos e pagamentos de impostos. Atualmente são os maiores municípios populacionais da microrregião de Dianópolis, conforme a Figura 2 demonstra:

Apesar da importância de Arraias e Natividade no desenvolvimento das primei-ras bases econômicas em solo tocantinense, de acordo com a Figura 2, Dianópolis é o maior município demográfico da região sudeste, possuindo 19.112 residentes. Em compensação, toda a microrregião tem 118.110 habitantes, distante dos 150.484 de Araguaína e dos 228.332 de Palmas, a capital, as maiores do estado. Nesse sentido, constata-se que a estrutura espacial desse recorte geográfico é caracterizada pela dis-persão populacional.

A maior aglomeração urbana do sudeste do Tocantins encontra-se em Dianópolis, cuja a sede municipal possui 16.444 residentes (IBGE, 2010). Inicialmente, ocuparam essa área na segunda metade do século XVIII, para o aldeamento de índios. A partir de 1900, tornou-se local de disputas políticas e conflitos armados entre os coronéis-fazen-deiros (MACHADO, 2002).

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Figura 2: Localização geográfica dos municípios da microrregião de Dianópolis e a sua população – 2010 Fonte: IBGE (2010).

Nota: organizado pelo autor.

Com o fim da Primeira República ou República Velha (1889-1930), o regime coro-nelista sofreu rupturas com o advento das políticas de ocupação do interior como a Marcha para o Oeste (1937-1945) e o Plano de Metas (1955-1960). No caso do futuro Tocantins, essas iniciativas culminaram na construção da BR-153, ou Belém-Brasília, que integrou o país no sentido Norte-Sul. Por outro lado, o traçado dessa rodovia passa distante da micror-região de Dianópolis. Com isso, houve um deslocamento de pessoas das áreas de ocupação secular para o asfalto, resultando no crescimento de cidades como Araguaína, Gurupi e Paraíso, e estagnando as tradicionais como Dianópolis, Arraias e Peixe (AQUINO, 2002).

Sob o fluxo intenso de capital, pessoas e mercadorias, os municípios da BR-153 tornaram-se os principais produtores do Tocantins, observe:

Figura 3: Produto Interno Bruto (PIB) à preços correntes nos municípios do Tocantins – 2010 Fonte: IBGE (2010).

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Constata-se que nos municípios do Tocantins as maiores produções localizam-se ao longo, ou próximo, da BR-153. Dessa forma, a microrregião de Dianópolis, distante da rodovia federal, possui contato mínimo com o principal canal de escoamento e rece-bimento de mercadorias. Em compensação, Dianópolis, Taguatinga e Arraias, auferiram o PIB a preços correntes acima da média estadual. A aproximação com Luís Eduardo Magalhães-BA e Barreiras-BA, no oeste baiano, grandes produtores de soja, milho e al-godão, influencia as atividades agrícolas no estado vizinho.

Neste sentido, a população esparsa e a presença de terrenos planos transformam a microrregião de Dianópolis em um potencial produtor de commodities, embora nenhum dos seus municípios tenha obtido um valor de produção acima de R$ 100.000 no ano de 2000 (Figura 4).

Figura 4: Valor Adicionado Bruto (VAB) da Agropecuária nos municípios do Tocantins – 2010 Fonte: IBGE (2010).

Nota: organizado pelo autor.

Constata-se que o município de Dianópolis se encontra em um ritmo de atividade agropecuária abaixo de Lagoa da Confusão, no sudoeste do estado. Nessa localidade, jun-to com a vizinha Formoso do Araguaia, implemenjun-tou-se na década de 1970 um projejun-to de irrigação que utiliza as suas águas do rio Formoso para a cultura do arroz, milho e soja. Atualmente, trata-se de uma das áreas com maior produtividade do Tocantins, tornando-se assim, um dos principais polos agrícolas do território tocantinense (AR-RUDA; VALDEVINO, 2014).

Em compensação, a microrregião de Dianópolis participa do sistema hidrográfico do rio Tocantins por meio da bacia do rio Manuel Alves, do rio Paranã e do rio Palma. Desse modo, através do seu potencial hídrico, a região possui condições de implementar projetos de irrigação agrícola visando o seu desenvolvimento econômico, de modo simi-lar ao ocorrido no rio Formoso e no vale do rio São Francisco. Neste contexto, devido

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a sua oferta de água e a presença de terrenos planos, o Manuel Alves torna-se ideal para esse propósito.

O PROJETO DE IRRIGAÇÃO MANUEL ALVES E OS SEUS IMPACTOS NOS MUNICÍPIOS BENEFICIADOS

A bacia do rio Manuel Alves da Natividade - nome oficial – integra o sistema do rio Tocantins. Possui uma extensão de 15.020,81 km², equivalente a 5,37% da área total do estado (TOCANTINS, 2016). Conforme a Figura 5 expõe, encontra-se inteiramente inserido na microrregião de Dianópolis.

Figura 5: Localização geográfica do rio Manuel Alves no estado do Tocantins Fonte: Tocantins (2016).

Nota: organizado pelo autor.

Constata-se que o rio Manuel Alves se localiza na divisa entre os municípios de Porto Alegre-TO e Dianópolis. Por causa do seu potencial hídrico, torna-se um ponto de partida para a implementação de projetos como o da fruticultura irrigação, similar ao do rio São Francisco entre Petrolina-PE e Juazeiro-BA. Dessa forma, iniciou-se no ano de 2002 a realização dos primeiros estudos acerca da construção do reservatório com o intuito de expandir a produtividade agrícola nesta microrregião, assim como aumentar a renda re-gional e melhorar as condições de vidas dos residentes (TOCANTINS, 2016).

Inicialmente, a barragem atendeu cinco mil hectares com capacidade de alcançar até 20 mil hectares2. Nesse espaço, por meio de lotes cujo o tamanho mínimo é de 7

hec-tares, e no máximo com 13 hechec-tares, planta-se abacaxi, mamão, maracujá, coco e banana. As áreas maiores, entre 34 ha e 456 ha, são ocupadas por empresas, e o restante, utilizadas para fins de lazer e atividades piscicultoras.

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Em vista de tais informações, denota-se que o planejamento aplicado no sudeste tocantinense age diretamente para modificar a estrutura agrícola dos municípios de Dia-nópolis e Porto Alegre-TO. Diante disso, discutiu-se os seus impactos, no período de 14 a 18 de junho do ano de 2006, por meio do I Fórum – Projeto Manuel Alves: Desenvolvi-mento Regional numa Nova Perspectiva Social, na cidade de Dianópolis. Nesse encontro, os participantes estavam com dúvidas no que se refere aos verdadeiros benefícios do em-preendimento. Houve questionamentos sobre o retorno financeiro para os pequenos agri-cultores e a oferta de crédito e maquinários agrícolas suficientes para viabilizar o plantio3.

O ambiente de incerteza presenciado em 2006 deve-se à ausência ou divulgação de informações precisas advindas das instituições envolvidas no projeto de irrigação. Em anos recentes, ainda inexistem relatórios oficiais que acompanham a aplicação e o retorno dos recursos orçamentários disponíveis nos portais eletrônicos do governo estadual. Sem essas informações, torna-se penoso avaliar a efetividade do planejamento agrícola imple-mentado no rio Manuel Alves.

Em compensação, 11 anos após a realização do I Fórum, os residentes de Dianópo-lis e municípios vizinhos receberam a comitiva da Comissão Especial de Estudo para o Novo Ordenamento Econômico, Administrativo, Social e Político do Tocantins – CENO-VO, formado por membros da Assembleia Legislativa do Tocantins e com apoio técnico da Universidade Federal do Tocantins. Com isso, os participantes do eixo temático que se relaciona com o desenvolvimento econômico relataram sobre os eventos ocorridos na região nesse espaço de tempo, destacando o projeto de irrigação rio Manuel Alves.

Neste aspecto, frisaram o abandono do empreendimento agrícola em tão elevado grau, que somente ocuparam os lotes de terras em 2012, seis anos após o I Fórum4 e a

conclusão do reservatório, e quatro anos depois da sua inauguração oficial, formalizado pelo presidente Luís Eduardo Lula da Silva. Isso ocorreu, de acordo com os manifestantes presentes no CENOVO, por causa do desinteresse dos gestores estaduais em prosseguir com o planejamento proposto em 2002. A Figura 6 mostra os principais acontecimentos ocorridos no rio Manuel Alves entre 2002 e 2012.

Figura 6: Linha do tempo: principais eventos no projeto de irrigação rio Manuel Alves entre 2002-2016 Fonte: resultados da pesquisa.

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Com 10 anos de projeto, completados em 2012, tem-se um espaço temporal su-ficiente para avaliar o planejamento do empreendimento agrícola. Contudo, a letargia presenciada nesse intervalo, relaciona-se, de acordo com as informações obtidas CENO-VO - etapa Dianópolis, com a burocracia em obter os lotes de terras, uma vez que dos 199 lotes ofertados, 97 ainda se encontram desocupados. Além disso, a ausência de linhas específicas de créditos para os produtores e a carência de manutenção das moto-bombas e tubulações, primordiais para o funcionamento apropriado da irrigação, desencorajaram a utilização imediata das áreas destinadas para a fruticultura.

Em resumo, nos primeiros anos de funcionamento, o projeto rio Manuel Alves dis-sipou a sua credibilidade em relação à comunidade. Em vista disso, esse cenário impactou negativamente na vinda de novos produtores rurais. Por outro lado, em 2012, o governo tocantinense retorna com o apoio institucional e, assim, prossegue com o planejamento agrícola na microrregião de Dianópolis. Embora reestabeleceu-se o controle, surgiram novas adversidades, como a desapropriação da área de lazer e esporte nas margens do reservatório, de grande procura dos moradores no período de estiagem para a ocupação de empresas agrícolas, e questões pendentes envolvendo o licenciamento ambiental.

Segundo os participantes do CENOVO, um sério problema fundiário surgiu no projeto rio Manuel Alves em anos recentes. Trata-se da incursão de empresas agrícolas sobre as áreas de domínio dos pequenos agricultores. Esses, sem o apoio técnico e finan-ceiro das instituições competentes, encerraram as suas atividades e repassaram os seus lotes para a iniciativa privada, melhor equipada com capital humano, físico e conheci-mento tecnológico. Dessa forma, constata-se o fenômeno da concentração de terras, uma desvirtuação dos objetivos formalizados no planejamento inicial.

Ademais, nenhuma outra potencial atividade agrícola foi implementada, como a piscicultura. Neste tocante, no entorno do rio Manuel Alves, existe somente a produção de frutas irrigadas, sendo o “carro-chefe” a oferta de banana em cacho. A Figura 7 mostra a evolução produtiva desse bem em Dianópolis e Porto Alegre-TO, observe:

Figura 7: Gráfico sobre a evolução da produção de banana em cacho (tonelada) em Dianópolis e Porto Alegre (TO) (2006-2015)

Fonte: IBGE (2017). Nota: organizado pelo autor.

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Observa-se que entre 2006 e 2013, a produção de banana em Dianópolis e Porto Alegre-TO permaneceu estável, com quantidade ofertada abaixo de 500 toneladas. Por outro lado, constata-se que Dianópolis obteve um salto qualitativo em 2014, atingindo 1.000 toneladas, e no ano de 2015, alcançou 4.000 toneladas, uma taxa de crescimento de 32,5% em comparação a 2006. Em compensação, Porto Alegre-TO desacompanhou a evolução produtiva do município vizinho.

A vantagem de plantar bananeiras relaciona-se com o seu curto ciclo de produção dos cachos. Por isso, torna-se atraente para o agricultor investir nessa atividade, e somada com a irrigação proveniente do reservatório rio Manuel Alves, assegura-se o retorno financeiro dos seus esforços. A tendência, de acordo com os diálogos provenientes do encontro promo-vido pelo CENOVO, é que os bananais se adentrem no município de Dianópolis.

Em relação às outras frutas, nenhuma adquiriu um desempenho similar ao da ba-nana em cacho. Constata-se a diminuição da oferta de coco da baía em Dianópolis entre 2013 e 2015, porém, nesse referido ano, registra-se no município a colheita de mamão - 104 toneladas – e maracujá – 250 toneladas (IBGE, 2017). Em Porto Alegre-TO, teve-se a safra dessas duas frutas no período de 2006 a 2011, contudo, essas produções cessaram nos anos subsequentes.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Mensura-se os impactos do projeto de irrigação rio Manuel Alves na base econômi-ca dos municípios de Dianópolis e Porto Alegre-TO por meio de indieconômi-cadores regionais. Para tanto, presume-se que a vinda de modernas capacidades produtivas, viabilizada por meio de um planejamento espacial, empregará novos trabalhadores, situação que modifi-cará positivamente os outros ramos de atividades. Desse modo, utiliza-se na análise a va-riável emprego, classificada por setor, como forma de detectar tais mudanças estruturais.

Seleciona-se as atividades diretamente relacionadas com a fruticultura irrigada atra-vés da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE. Nesse grupo, tem-se o cultivo de frutas de lavoura permanente - exceto laranja e uva - e cultivo de plantas de lavoura permanente não especificadas anteriormente, ramos implementados no projeto rio Manuel Alves.

Assim, escolhidas as variáveis de análise, define-se a participação da fruticultura irrigada na base econômica municipal pela seguinte fórmula (ALVES, 2012):

(1) Sendo que,

= Pessoas ocupadas na fruticultura irrigada no município j; = Total de pessoas ocupadas no município j;

Aperfeiçoa-se a análise comparando a distribuição da atividade do municípios com o do estado do Tocantins. O objetivo desse procedimento consiste em detectar o poder de atração

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de tais ramos produtivos nos municípios de Dianópolis e Porto Alegre-TO. Um indicador que demonstra essa situação é o índice de concentração Herfindahl-Hirschman – IHH, observe:

(2)

Sendo que,

= Pessoas ocupadas na fruticultura irrigada no município j; = Total de pessoas ocupadas no município j;

= Pessoas ocupadas na fruticultura irrigada no Tocantins; = Total de pessoas ocupadas no Tocantins

Quando o IHH apresentar um valor positivo, indica que a fruticultura irrigada no Tocan-tins está concentrando-se entorno da barragem do rio Manuel Alves. Complementa-se a aná-lise utilizando o Coeficiente de Associação Geográfica (CAG), como forma de detectar a existência de cadeias produtivas. A sua fórmula é:

(3) Sendo que,

= Participação da fruticultura irrigada no município;

= Participação das atividades industriais e da construção civil no município

Quanto mais próximo de 0, as atividades relacionadas à fruticultura irrigada apre-sentarão um padrão de distribuição espacial semelhante ao dos ramos vinculados à indús-tria e à construção civil. Assim, o CAG expõe o nível de associação geográfica entre esses dois setores produtivos. Isso geralmente ocorre naquelas atividades que se complemen-tam ao longo do processo (ALVES, 2012).

A Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) fornece informações necessárias para o cálculo dos indicadores regionais. Organizam-se esses dados numa matriz no pro-grama Microsoft Excel, onde cada linha indica a distribuição total do emprego numa certa atividade em Dianópolis e Porto Alegre-TO. As colunas mostram como está classificada a quantidade de trabalhadores de acordo com as atividades produtivas. O período de análise corresponde aos anos de 2006, término da construção da barragem, e 2015, os dados mais recentes disponibilizados pela RAIS. Dessa forma, tem-se um conjunto de indicadores que mensuram os impactos do projeto rio Manuel Alves na região de estudo.

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RESULTADOS E DISCUSSÕES

Entre 2006 e 2014, constata-se que a fruticultura irrigada no entorno da barragem do rio Manuel Alves empregou menos de 5% da mão-de-obra total dos municípios de Dianópolis e Porto Alegre-TO. Observe:

Figura 8: Gráfico sobre a participação da fruticultura irrigada na base econômica de Dianópolis e Porto Alegre (TO) (2006-2015).

Fonte: resultados da pesquisa. Nota: organizado pelo autor.

Conforme a Figura 8 demonstra, no ano de 2006, Dianópolis detinha trabalhadores envolvidos na fruticultura. Em compensação, em 2007 e 2008, inexistiam pessoas envol-vidas nesse processo produtivo. Apesar disso, de 2009 até 2015, houve contratação de empregados, porém sem apresentar grandes saltos quantitativos. Desse modo, esse ramo permaneceu como uma atividade secundária no maior município populacional do sudeste tocantinense.

Diferente de Porto Alegre-TO, que no ano de 2015 alocou 64 empregados na produção de frutas. Em vista disso, a cada quatro trabalhadores, um envolveu-se nes-sa atividade agrícola, tornando-se assim uma das principais fontes de renda dos seus moradores. Frisa-se que esse município não possui características de um polo regio-nal, igual Dianópolis. Por isso, qualquer empreendimento altera significativamente a sua base econômica.

Tanto que, de acordo do o IHH, o município de Porto Alegre-TO, em 2015, inicia o pro-cesso de concentração de atividades relacionadas à fruticultura irrigada no estado do Tocantins, observe:

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Figura 9: Gráfico sobre a concentração da fruticultura irrigada na base econômica de Dianópolis e Porto Alegre (TO) (2006-2015)

Fonte: resultados da pesquisa. Nota: organizado pelo autor.

Segundo a Figura 9, Porto Alegre-TO apresentou valores negativos para os anos de 2010 e 2014. Isso demonstra que ocorreu repulsa de trabalhadores, porém recontrata-dos em 2015. No caso de Dianópolis, o seu poder atrativo aconteceu a partir de 2009, e manteve-se nesse ritmo até 2015. Por fim, observa-se que nos primeiros anos de projeto, incorreu alterações significativas nas bases econômicas desses dois municípios.

Adentra-se sobre a questão da insignificância da barragem do rio Manuel Alves para os residentes de Dianópolis e Porto Alegre-TO em seus primeiros anos por meio do Coeficiente de Associação Geográfica (CAG). Além desse problema, o indicador expõe a restrita interação entre a fruticultura irrigada com os setores industriais (Figura 10).

Figura 10: Gráfico sobre a Associação geográfica entre a fruticultura irrigada e as atividades industriais em Dianópolis e Porto Alegre (TO) (2006-2015).

Fonte: resultados da pesquisa. Nota: organizado pelo autor.

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Entre os anos de 2006 e 2013, constata-se a associação geográfica entre a fruticul-tura irrigada e as atividades industriais em Porto Alegre-TO, cenário diferente ao obser-vado em Dianópolis. Ressalta-se que o primeiro município mencionado concentra poucos estabelecimentos comerciais e fabris, diferente do segundo. Nesse sentido, ao alocar uma quantidade restrita de trabalhadores no plantio irrigado, esse ramo passa a assemelhar-se com os seus demais setores produtivos.

Altera-se o cenário em 2014 quando Porto Alegre-TO recebeu investimentos públi-cos como a reconstrução da rodovia TO-280, que conecta Natividade até a divisa com o estado da Bahia. Diante disso, ocorreu uma diferenciação estrutural entre os setores pro-dutivos nesse município, que se acentuou no ano de 2015 devido à contratação de pessoas para o cultivo de frutas irrigadas. No que tange à Dianópolis, o CAG apresentou valores negativos, indicando uma fraca relação geográfica entre as suas produções.

CONCLUSÃO

O artigo analisou a efetividade do planejamento agrícola espacial aplicado na microrre-gião de Dianópolis, sudeste tocantinense. Para isso, buscou-se, por meio de dados primários e secundários, evidências que apontam impacto positivo do projeto de irrigação rio Manuel Alves sobre os residentes que vivem nos municípios diretamente influenciados pela barragem. Essa iniciativa possui 15 anos de existência, situação que possibilita a sua avaliação.

O princípio básico do planejamento agrícola espacial consiste em aumentar a pro-dutividade no campo e o bem-estar dos seus residentes. As instituições atuam no sentido de viabilizar essa iniciativa. Todavia, sem capital físico, humano e financeiro, assim como a ausência de relatórios que acompanham a aplicação dos recursos e os seus resultados, torna-se árdua essa atividade, situação que contribui para o término prematuro do projeto. No caso da microrregião de Dianópolis, trata-se de uma ocupação secular, e que após o desfecho do ciclo do ouro e a construção da BR-153, marginalizou-se nas interações produtivas espaciais. Como resultado, possui baixa densidade demográfica e municípios sem grande expressão econômica. Em vista disso, a implementação de inovações exige um planejamento robusto que possibilita as instituições alterarem as bases municipais.

Entretanto, de acordo com as informações obtidas pelos participantes do CENOVO, constatou-se a ausência de clareza no que diz respeito aos impactos do projeto rio Manuel Alves para a população de Dianópolis e Porto Alegre-TO. Isso relaciona-se com o abandono do governo estadual entre 2008 e 2012, resultando assim num ambiente de incertezas que con-tribuíram para o arruinamento da credibilidade dessa iniciativa pública perante a comunidade.

Por outro lado, retoma-se o apoio institucional em 2013, e a partir da ocupação dos lotes, desenvolve-se a fruticultura irrigada, precisamente o cultivo de banana. O mu-nicípio de Dianópolis destaca-se nesse contexto ao produzir 4 mil toneladas da fruta no ano de 2015. Em Porto Alegre-TO, ainda que o projeto rio Manuel Alves tenha surtido pouco efeito no que tange aos ganhos produtivos, de acordo com os indicadores regio-nais constatou-se o recrutamento de novos trabalhadores em anos recentes. Diante disso, a tendência para os próximos anos é que seu volume produzido de frutas se iguale a de Dianópolis. Todavia, a posse de terras resultou em novos problemas como a inexistência

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de licenças ambientais e locais de lazer para os residentes nas cidades próximas, o avanço das empresas agrícolas sobre as áreas destinadas para os agricultores familiares e a es-cassez de incentivos que viabilizam a criação de novas produções, como a piscicultura.

Em vista de tais resultados, afirma-se que incorreu, entre 2008, ano da inaugura-ção oficial, e 2015, algum retorno positivo significativo do projeto rio Manuel Alves para os moradores de Dianópolis e Porto Alegre. Isso se deve à descontinuação do cronogra-ma proposto, que, socronogra-mado com os problecronogra-mas estruturais presentes na microrregião de Dianópolis, contribuíram para a formação desse cenário. Apesar disso, houve aumento nos ganhos advindos dessa atividade agrícola, entre 2013 e 2015, porém aquém quando comparado com os maiores produtores do Tocantins.

Neste sentido, recomenda-se a reformulação do planejamento agrícola espacial apli-cado no entorno da barragem do rio Manuel Alves a fim de incorporar os novos desafios que o empreendimento enfrenta atualmente. Para tanto, aumenta-se a presença de instituições públicas com o intuito de mediar os conflitos entre os produtores, moradores e empresários, assim como resolver os problemas relacionados ao meio ambiente, manutenção da infraes-trutura existente e a disponibilidade de crédito para a formação de cadeias produtivas.

Por fim, a elaboração de relatórios mensais junto com as instituições de ensino su-perior facilitaria o monitoramento do projeto rio Manuel Alves. São atividades que trazem retornos positivos para os residentes da microrregião de Dianópolis e que modificariam pro-fundamente as bases econômicas municipais, similar ao ocorrido em Petrolina e Juazeiro. Notas

1 Dados fornecidos pela Associação de Produtores e Exportadores de Hortigranjeiros e Derivados do Vale do São Francisco - VALEXPORT - (ZUIN et al, 2006).

2 Esse reservatório situa-se aproximadamente a 20 km, via estrada asfaltada, de Porto Alegre-TO, e a 30 km, pela mesma estrada, da cidade de Dianópolis.

3 No Anexo encontra-se o certificado de participação neste fórum.

4 No último dia de fórum, os participantes visitaram o reservatório, concluído e pronto para fornecer água para os pequenos agricultores.

Referências

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* Recebido em: 09.10.2017. Aprovado em: 02.11.2017. THIAGO JOSÉ ARRUDA OLIVEIRA

Graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Tocantins (UFT), Mes-tre em Desenvolvimento Regional pela mesma universidade com período sanduíche no Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Universidade Federal de Minas Gerais (CEDEPLAR-UFMG). Doutor em Desenvolvimento Regional e Agronegócio na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE). Durante o doutorado, foi aluno visitante do Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento Regional da Universidade de Blumenau (FURB) no ano de 2015. Atualmente é pesquisador bolsista pela CAPES, nível pós-doutorado, no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da UFT, onde realiza pesquisas nas áreas de Economia, Desenvolvimento e Planejamento Regional. E-mail: thiago.arruda85@gmail.com

WALDECY RODRIGUES

Graduação em Ciências Econômicas pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC GO) com mestrado em Economia pela Universidade de Brasília (UnB), Doutorado em Sociologia (UnB) com concentração em Estudos Comparados de Desenvolvimento e Pós-Doutorado em Economia (UnB). Atualmente é Professor Associado do Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento Regional da Universidade Federal do Tocantins. Foi Pró Reitor de Pesquisa e Pós Graduação (2012-2016) e Conselheiro Deliberativo do Sebrae Tocantins (2014-2017). Atualmente é Editor na EDUFT. Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Interfaces entre Economia e Meio Ambiente, Desenvolvi-mento Regional e Urbano e Design e Avaliação de Políticas Públicas.

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ANEXO

Certificado de participação no I Fórum – Projeto Manuel Alves: Desenvolvimento Regio-nal numa Nova Perspectiva Social

Imagem

Figura 1: Fatores necessários para a realização de um projeto em um espaço agrícola Fonte: resultados da pesquisa
Figura 2: Localização geográfica dos municípios da microrregião de Dianópolis e a sua população – 2010 Fonte: IBGE (2010)
Figura 4: Valor Adicionado Bruto (VAB) da Agropecuária nos municípios do Tocantins – 2010 Fonte: IBGE (2010).
Figura 5: Localização geográfica do rio Manuel Alves no estado do Tocantins  Fonte: Tocantins (2016)
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