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Vulnerabilidade ao stresse e qualidade de vida nos cuidadores formais.

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Academic year: 2021

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(1)VULNERABILIDADE AO STRESSE E QUALIDADE DE VIDA NOS CUIDADORES FORMAIS. 453&4476-/&3"#*-*5:"/%26"-*5:0'-*'& */'03."-$"3&(*7&34 Cláudia Marques Caçote1 -JMJBOBEB$PTUB'BSJB2 14*26&tF*44/t70-6.&9**t+"/6"3:JANEIRO - DECEMBER DEZEMBROt11ȟ 4VCNJUFEPO+VMZUI ]"DDFQUFEPO4FQUFNCFSUI  4VCNFUJEPFNEF+VMIP ]"DFJUFFNEF4FUFNCSP . Resumo 'UVGGUVWFQVGOEQOQQDLGVKXQCPCNKUCTCUTGNCÃÑGUGPVTGCXWNPGTCDKNKFCFGCQUVTGUUGRTQȮUUKQPCN GCSWCNKFCFGFGXKFCPQVTCDCNJQPWOITWRQFGEWKFCFQTGUHQTOCKUFGRGUUQCUEQOFGȮEKÆPEKC Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo correlacional e transversal. A amostra foi composta RQT  EWKFCFQTGU HQTOCKU FG RGUUQCU EQO FGȮEKÆPEKC FG CODQU QU UGZQU  OWNJGTGU (92.44%) e 18 homens (7.56%),e com idades compreendidas entre os 18 e os 56 anos (M SD   (QTCO WVKNK\CFQU FQKU KPUVTWOGPVQU Q SWGUVKQP½TKQ UQDTG SWCNKFCFG FG XKFC PQ trabalho (importância e frequência) de Rafael e Lima (2007, 2008) e o questionário de vulnerabiNKFCFGCQUVTGUUG 385 FG#FTKCPQ8C\5GTTC  1UTGUWNVCFQUQDVKFQUGXKFGPEKCTCOSWG QURCTVKEKRCPVGUCRTGUGPVCOPÉXGKUGNGXCFQUFGXWNPGTCDKNKFCFGCQUVTGUUGRTQȮUUKQPCNGDCKZQU PÉXGKUFGSWCNKFCFGFGXKFCPQVTCDCNJQ8GTKȮEQWUGCKPFCSWGCSWCNKFCFGFGXKFCPQVTCDCNJQ. GUECNCFGKORQTV¾PEKC RTGFK\CXWNPGTCDKNKFCFGCQUVTGUUGGGZRNKECFCUWCXCTK¾PEKC Palavras-chave: vulnerabilidade ao stresse profissional, qualidade de vida no trabalho, cuidador. Abstract This study aims to analyse the relationship between stress vulnerability and quality of YQTMNKHGKPHQTOCNECTGIKXGTUQHKPFKXKFWCNUYKVJFKUCDKNKVKGU6YQJWPFTGFCPFVYGPV[HKXG HQTOCNECTGIKXGTUQHFKUCDNGFRGQRNGRCTVKEKRCVGFQHDQVJUGZGU YQOGP 7.56% men), aged between 18 and 56 years old (MSD 6JGUVWF[oUFGUKIPKU SWCPVKVCVKXGFGUETKRVKXGEQTTGNCVKQPCNCPFETQUUUGEVKQPCN9GWUGFVJGSWCNKV[QHYQTMNKHG questionnaire (importance and frequency) and the 23 stress vulnerability questionnaire, to GXCNWCVG VJG SWCNKV[ QH YQTM NKHG CPF VJG UVTGUU XWNPGTCDKNKV[ TGURGEVKXGN[ 6JG TGUWNVU showed that participants have high levels of stress vulnerability and low levels of quality of NKHGCVYQTM4GUWNVUCNUQUJQYGFVJCVVJCVSWCNKV[QHNKHGCVYQTM KORQTVCPEGUECNG RTGFKEVU vulnerability to stress and explains 54% of its variance. Keywords: stress vulnerability, quality of life at work, caregiver 1 2. Instituto Superior de Línguas e Administração, ISLA, Leiria, Leiria, Portugal. E-mail: claudiacacote@gmail.com Universidade Europeia, Lisboa, Portugal. E-mail: liliana.faria@europeia.pt. 49.

(2) Cláudia Marques Caçote, Liliana da Costa Faria. #VWCNOGPVGGUVKOCUGSWGGZKUVGWOPÖOGTQGNGXCFQFGRGUUQCUEQOFGȮEKÆPEKCGSWGPGcessitam de cuidados, tornando-se de extrema importância a qualidade dos cuidados que lhes são RTGUVCFQU $WOKP)ØPCN6ØMGN/CUWEJK4QEJC 0GUUGUGPVKFQÅFGO½ZKOCTGNGX¾PEKCQGUVWFQFCXWNPGTCDKNKFCFGCQUVTGUUGGFCSWCNKFCFGFGXKFCPQVTCDCNJQFQURTQȮUUKQPCKU SWGRTGUVCOGUUGUOGUOQUEWKFCFQUWOCXG\SWGGUVGUHCVQTGUVGT¿QTGRGTEWUUÑGUPQUEWKFCFQU SWGGUVGURTGUVCO (GTPCPFGU5VGPICTF  1UEWKFCFQTGUHQTOCKUFGRGUUQCUEQOFGȮEKÆPEKCUWTIGOFGHQTOCHQTOCNGTGOWPGTCFC PCRTGUVCÿQFGEWKFCFQUCRGUUQCUEQOFGȮEKÆPEKCGPCUGSWÆPEKCFCKPECRCEKFCFGFCHCOÉNKCPC RTGUVCÿQ FQU EWKFCFQU PGEGUU½TKQU .GKVG  /CUWEJK  4QEJC   5¿Q RTQȮUUKQPCKU EQO conhecimento na área e vínculo formal a um sistema de serviços, que pode ser entidades com ou UGOȮPUNWETCVKXQUQTICPK\CÃÑGUP¿QIQXGTPCOGPVCKUUGTXKÃQURGTVGPEGPVGUCQ'UVCFQGPVTGQWVTCU (GTPCPFGU 'UVGURTQȮUUKQPCKURTQEGFGOCQCEQORCPJCOGPVQFKWTPQQWPQVWTPQFQU utentes, dentro e fora do serviço ou estabelecimento. De entre as atividades que desempenham FGUVCECUGCRCTVKEKRCÿQPCQEWRCÿQFQUVGORQUNKXTGUCTGCNK\CÿQFGCVKXKFCFGUUQEKQGFWECVKvas, o auxílio nas tarefas de alimentação, higiene e conforto, a vigilância aos utentes durante o repouso e nasala de aula, e, a assistência aos mesmos, como por exemplo assistência nos transportes, PQUTGETGKQUPQURCUUGKQUGXKUKVCUFGGUVWFQ #NOGKFC5CORCKQ(TCPÃC &GUVGOQFQ EWKFCTFGRGUUQCUEQOFGȮEKÆPEKCCECTTGVCCQUEWKFCFQTGUHQTOCKUGNGXCFCUGZKIÆPEKCUFK½TKCU e um enorme desgaste emocional que poderão levantar questões relacionadas com a sua saúde física GOGPVCN %QFQ5CORCKQ*KVQOK8KNNCTGLQ<COQTC%CUCFQ 0GUVGUGPVKFQ o presente estudo procura compreender a relação existente entre as dimensões da vulnerabilidade CQUVTGUUGGCSWCNKFCFGFGXKFCPQVTCDCNJQFGEWKFCFQTGUHQTOCKUFGRGUUQCUEQOFGȮEKÆPEKC Vulnerabilidade ao stresse em cuidadores formais A vulnerabilidade ao stresse é apresentada como o resultado da relação entre a predisposição RGUUQCNGQUCEQPVGEKOGPVQUFCXKFCSWQVKFKCPC $CTTKPIVQP$GTGUHQTF/E)TGIQT9JKVG 3WCGFȯKGI5OGGVU RQFGPFQVGTQTKIGOGOHCVQTGUȮUKQNÏIKEQURUKEQNÏIKEQUGUQEKCKU. 8C\5GTTC  A perceção de uma situação de stresse está relacionada com o grau de vulnerabilidade apresentado pelo indivíduo, que pode dever-se ao facto de percecionar e de não dispor das competências necessárias para lidar com as exigências da situação. Assim, uma situação de stresse pode desencadear distorção da perceção, diminuição da tolerância à frustração, criação de pensamentos FKUHWPEKQPCKU DGO EQOQ RTGLWFKECT QU RTQEGUUQU FG VQOCFC FG FGEKU¿Q 5MQUPKM %JCVVGTVQP 5YKUJGT2CTM8C\5GTTC  *QQMGTGVCN  FGUGPXQNXGTCOWOGUVWFQEQORTGUVCFQTGUHQTOCKUCRCEKGPVGUEQO demência, cujos resultados mostraram que o aumento de problemas de comportamento entre QURCEKGPVGUCRTGUVCÿQFGEWKFCFQUKPFKXKFWCKUCNQPIQRTC\QGQCODKGPVGFGVTCDCNJQGUV½ associado a menor saúde física e mental dos prestadores de cuidados. Este estudo concluiu, ainda, que níveis de stresse elevado dos cuidadores formais estão associados a níveis baixos de bem-estar HÉUKEQGRUKEQNÏIKEQ2QTUWCXG\/CTVÉPG\%QNOGPGTQG2GN½G\  PWOGUVWFQEQOEWKFCFQTGU HQTOCKUFGFQGPVGUEQO#N\JGKOGTFGOQPUVTCOSWGCUUKVWCÃÑGUFGUVTGUUGFQURTGUVCFQTGUFG EWKFCFQUU¿QWOCEQPUGSWÆPEKCFQUGWUGTXKÃQ2QTUWCXG\%QQRGT-CVQPC1TTGNG.KXKPIUVQP.  XGTKȮECTCOSWGGUVGURTGUVCFQTGUFGEWKFCFQUCRTGUGPVCOGNGXCFQUGUVCFQUFGCPUKGFCFG CUUQEKCFQU¼UWCRTQȮUU¿Q 14*26&tF*44/t7PMVNF9**t+BOVBSZ+BOFJSP%FDFNCFS%F[FNCSPtQQ 50.

(3) Stress Vulnerability and Quality of Life in Formal Caregivers Vulnerabilidade ao Stresse e Qualidade de Vida nos Cuidadores Formais. Qualidade de vida no trabalho em cuidadores formais Apesar de não existir consenso acerca da definição de qualidade de vida no trabalho, Vargas (2010) define-a como a motivação e satisfação com o trabalho desenvolvido. Por sua XG\*WCPI.CYNGTG.GK  FGHGPFGOSWGCSWCNKFCFGFGXKFCPQVTCDCNJQGZKIGEQPFKções e um meio ambiente favorável ao trabalho, bem como, aos diversos estilos de vida. +PFGRGPFGPVGOGPVGFCUFKXGTIÆPEKCUGZKUVGPVGUPQSWGTGURGKVC¼UWCEQPEGRVWCNK\Cção parece haver um certo consenso relativamente ao facto de ser um constructo amplo e subjetivo, que lida com o bem-estar do indivíduo em relação ao seu trabalho (Pereira, 6GKZGKTC5CPVQU 3WGKPENWKFGHQTOCEQORNGZCCUCÖFGHÉUKECFCRGUUQCGCUVCTGHCU que esta desempenha, o ambiente físico e social em que se insere, o estado psicológico, o nível de independência, as relações sociais, as crenças e convicções pessoais e a relação EQOQUCURGVQUKORQTVCPVGUFQOGKQCODKGPVG 2KPVQ/CEGFQ&KCU4QCP&KCOQPF 4QUG$GJ7NK+FTKU  2CTC5JCRKTQ$TQYPG$KGIGN  G(GKIKP$CTPGV\G#TCF  CSWCNKFCFGFG vida dos profissionais de saúde encontra-se condicionada por situações emocionais stressantes, acompanhadas, frequentemente, da exaustão emocional e ansiedade, consequentes das próprias exigências do trabalho, o que se pode refletir na forma como estes prestam cuidados. Estes técnicos revelam necessidades de apoio no trabalho para lidar com fatores de ordem emocional e urgência nas respostas para melhorar o seu bem-estar no exercício FCUUWCURTQHKUUÑGU 5KGDGTV5KGDGTV 'UVWFQUTGCNK\CFQUEQOEWKFCFQTGUHQTOCKUVÆO mostrado consistentemente que o facto destes se apresentarem deprimidos se associa a uma HTCECRGTEGÿQUWDLGVKXCFCUWCSWCNKFCFGFGXKFC &TGGT'NNKQVV5JGYEJWM$GTT[4KXGTC 2KPVQGVCN  Tendo em conta o supra referido, o presente estudo tem como objetivo geral analisar as relações entre a vulnerabilidade ao stresse profissional e a qualidade de vida no trabalho, num grupo de cuidadores formais de pessoas com deficiência. Por conseguinte, são objetivos específicos deste estudo: (i) analisar os níveis de vulnerabilidade ao stresse profissional dos cuidaFQTGUHQTOCKUFGRGUUQCUEQOFGHKEKÆPEKC (ii) analisar os níveis de qualidade de vida dos cuidadores formais de pessoas EQOFGHKEKÆPEKC (iii) analisar as relações entre a vulnerabilidade ao stresse profissional e a qualidadede vida no trabalho dos cuidadores formais de pessoas com deficiência. De acordo com os objetivos elencados, procuramos testar a seguinte hipótese: *'URGTCUGSWGGZKUVCWOCEQTTGNCÿQPGICVKXCUKIPKȮECVKXCGPVTGQUPÉXGKUFGXWNPGrabilidade stresse profissional e a qualidade de vida dos cuidadores formais de pessoas com deficiência.. Método Participantes 2CTVKEKRCTCO PGUVG GUVWFQ  EWKFCFQTGU HQTOCKU FG RGUUQCU EQO FGȮEKÆPEKC FG SWCVTQ +PUVKVWKÃÑGU2CTVKEWNCTGUFG5QNKFCTKGFCFG5QEKCNNQECNK\CFCUPCTGIK¿QEGPVTQFG2QTVWICNUGNGEKQnados através de um método de amostragem por conveniência. As idades dos cuidadores variaram entre 18 e 56 anos (MDP=28.43), sendo 7.56% (n=17) homens e 92.44% (n=208) mulheres. 14*26&tF*44/t7PMVNF9**t+BOVBSZ+BOFJSP%FDFNCFS%F[FNCSPtQQ 51.

(4) Cláudia Marques Caçote, Liliana da Costa Faria. A maioria dos participantes é casada (63.1%), possui habilitações académicas correspondentes ao Ensino Básico (43,6%) e Ensino Secundário (32,9%) e tem vínculo com a instituição em termos de contrato sem termo (57.8%). Material 3WGUVKQP½TKQFG8WNPGTCDKNKFCFGCQ5VTGUUG385FGUGPXQNXKFQRQT8C\5GTTC   é um instrumento de autoavaliação que visa avaliar a vulnerabilidade do indivíduo perante WOCUKVWCÿQKPFWVQTCFGUVTGUUG1SWGUVKQP½TKQÅEQPUVKVWÉFQRQTKVGPUFGTGURQUVCVKRQ.KMGTV EQO EKPEQ ECVGIQTKCU FG TGURQUVC GO SWG   UKIPKȮEC %QPEQTFQ CDUQNWVCOGPVG   %QPEQTFQ bastante, (3) Nem concordo, nem discordo, (2) Discordo bastante e (1) Discordo absolutamente. 1TICPK\CUGGOHCVQTGUSWGGZRNKECOFCXCTK¾PEKCVQVCN 8C\5GTTC CUCDGT K RGTHGcionismo e intolerância à frustração (itens 5, 10, 16, 18, 19 e 23), (ii) inibição e dependência (itens 1, 2, 9, 12 e 22), (iii) carência de apoio social (itens 3 e 6), (iv) condições de vida adversas (itens 4 e 21),. XK FTCOCVK\CÿQFCGZKUVÆPEKCs KVGPUG  XK UWDLWICÿQ KVGPUG G XKK RTKXCÿQFGCHGVQGTGLGKÿQ KVGPUG &GTGCNÃCTSWGQUKVGPUGU¿QENCUUKȮECFQU da esquerda para a direita, assumindo os valores 0, 1, 2, 3 ou 4, e os restantes de forma inversa. 1UXCNQTGUOCKUGNGXCFQUVTCFW\GOWOCOCKQTXWNPGTCDKNKFCFGCQUVTGUUGXCTKCPFQQVQVCN do inventário de 0 a 92, sendo que as cotações superiores a 43, inclusive, indicam que as pessoas GUV¿QXWNPGT½XGKUCQUVTGUUG 8C\5GTTC ¥FGTGHGTKTSWGSWCPVQOCKUGNGXCFQÅQXCNQTFC  385OGPQTVGPFÆPEKCGZKUVGRCTCWOCCVKVWFGFGEQPHTQPVQCVKXQFQURTQDNGOCUGOCKQT VGPFÆPEKCVGOQKPFKXÉFWQFGQUUGPVKTEQOQHQTCFQUGWRTÏRTKQEQPVTQNQ1385CRTGUGPVC bons índices de consistência interna, com valores de alfa de Cronbachde.84 no estudo original. 8C\5GTTC GFGPQRTGUGPVGGUVWFQ +PXGPV½TKQUQDTGC3WCNKFCFGFG8KFCPQ6TCDCNJQ 386 sFGUGPXQNXKFQRQT4CHCGNG.KOC (2007, 2008), é um instrumento de autoavaliação que visa avaliar a importância e a frequência FCSWCNKFCFGFGXKFCPQVTCDCNJQ1386GUV½QTICPK\CFQGOGUECNCUGUGKUFKOGPUÑGU #UGUECNCUFK\GOTGURGKVQ¼importância (grau de importância dos itens para a sua qualidade de vida) e à frequência HTGSWÆPEKCEQOSWGQUKPFKXÉFWQUXGTKȮECOGUUGUCEQPVGEKOGPVQUPQUGW local de trabalho). As dimensões correspondem a: (i) características do trabalho/emprego e forOCÿQGFGUGPXQNXKOGPVQFGEQORGVÆPEKCURGUUQCKUGRTQȮUUKQPCKU KVGPUC  KK ECTTGKTC RTQOQÿQTGEQPJGEKOGPVQGEQORQPGPVGGEQPÏOKEC KVGPUC  KKK TGNCÃÑGUUQEKCKUGLWUVKÃCPQVTCDCNJQ KVGPUC  KX GSWKNÉDTKQVTCDCNJQHCOÉNKC KVGPUC  X VTCDCNJQGNC\GT. KVGPUC G XK EQPFKÃÑGUFGVTCDCNJQ KVGPUC  4CHCGN.KOC 1SWGUVKQP½TKQ ÅEQPUVKVWÉFQRQTKVGPUFGTGURQUVCVKRQ.KMGTVEQOUGKUECVGIQTKCUFGTGURQUVCXCTKCPFQGPVTG 1 (Nada Importante/Frequente) e 6 (Muito Importante/Frequente), consoante se trate da avaliação da escala importância ou da escala frequência1386CRTGUGPVCDQPUÉPFKEGUFGEQPUKUVÆPEKC interna, com valores de alfa de Cronbach para a escala importância de .97 e escala frequência de .95 e valores variando entre .69 na dimensão equilíbrio trabalho/família e .91 para características do trabalho e promoção, nas dimensões da escala importância, e entre .83 na dimensão TGNCÃÑGU PQ VTCDCNJQ G  PC FKOGPU¿Q VTCDCNJQ G NC\GT PC GUECNC frequência 4CHCGN  .KOC 2008).No presente estudo os valores de alfa de Cronbach variam entre .97 para a escala importância e .90 para a escala frequência.. 14*26&tF*44/t7PMVNF9**t+BOVBSZ+BOFJSP%FDFNCFS%F[FNCSPtQQ 52.

(5) Stress Vulnerability and Quality of Life in Formal Caregivers Vulnerabilidade ao Stresse e Qualidade de Vida nos Cuidadores Formais. Procedimentos 1RTGUGPVGGUVWFQÅSWCPVKVCVKXQFGPCVWTG\CVTCPUXGTUCNDCUGCFQPCCRNKECÿQFGSWGUtionários de autorrelato. Num primeiro momento, efetuou-se o contato com os representantes FCUKPUVKVWKÃÑGUQPFGUGRTGVGPFKCTGCNK\CTQGUVWFQGPVTGICPFQNJGWOCECTVCFGRGFKFQFG CWVQTK\CÿQ #RÏU C QDVGPÿQ FCU FGXKFCU CWVQTK\CÃÑGU SWGT FQU CWVQTGU FQU SWGUVKQP½TKQU usados, quer das instituições participantes no estudo, procedeu-se à administração dos instruOGPVQU1UKPUVTWOGPVQUHQTCOCFOKPKUVTCFQUKPFKXKFWCNOGPVGFGWOCUÏXG\GOEQPVGZVQ laboral, durante o período de trabalho, sendo a sua passagem combinada antecipadamente com os participantes. O tempo máximo de preenchimento dos instrumentos foi de 20 minutos. A participação de todos os sujeitos no estudo foi voluntária e informada. O objetivo do estudo foi, devidamente, apresentado aos participantes, assim como foi recolhido o consentimento KPHQTOCFQFQUOGUOQU(QKICTCPVKFCVCODÅOCEQPȮFGPEKCNKFCFGCQNQPIQFGVQFCCRCTVKEKpação e divulgação dos resultados do estudo. (QTCO TGCNK\CFCU CP½NKUGU FG GUVCVÉUVKEC FGUETKVKXC RCTC C ECTCEVGTK\CÿQ UQEKQFGOQIT½ȮEC dos participantes (média, desvio-padrão, mínimo e máximo, e percentagens), bem como correlaÃÑGUFG5RGCTOCPRCTCKPXGUVKICTCTGNCÿQGPVTGCUFKOGPUÑGUFQUKPUVTWOGPVQUWVKNK\CFQUPQGUVWFQ4GCNK\CTCOUGCKPFCCP½NKUGUFGTGITGUU¿QCȮOFGXGTKȮECTCUEQPVTKDWKÃÑGUGURGEÉȮECUFC vulnerabilidade ao stresse na qualidade de vida no trabalho. A regressão linear múltipla, com seleção de variáveis stepwise e backwardHQKWVKNK\CFCRCTCQDVGTWOOQFGNQRCTEKOQPKQUQSWGRGTOKVKUUGRTGFK\GTC386GOHWPÿQFCUXCTK½XGKUKPFGRGPFGPVGU#PCNKUCTCOUGQURTGUUWRQUVQUFQ modelo, nomeadamente o da distribuição normal (Kolmogorov-Smirnov e de Shapiro-Wilk com p>.05), homogeneidade e independência dos erros. Os dois primeiros pressupostos foram validados ITCȮECOGPVGGQRTGUUWRQUVQFCKPFGRGPFÆPEKCHQKXCNKFCFQEQOCGUVCVÉUVKECFGDurbin-Watson. F EQOQFGUETKVQRQT/CTQEQ  7VKNK\QWUGQ8+(GQTolerance para diagnosticar a multicolinearidade (VIF= 1.40 e Tolerance=.71) e a análise do Standardized Residual e do Cook’s D para averiguar a ausência de outliers (Standardized Residual varia entre -3 e 2, Cook’s D=.08). 6QFCUCUCP½NKUGUHQTCOGHGVWCFCUEQOQRTQITCOCFGUQȎYCTG+$/5255 Statistical Program for Social Sciences) para Windows, versão 20.0. considerou-se para todas as análises uma probabilidade de erro tipo I de .05.. Resultados Análises descritivas 1UXCNQTGUFCUOGFKFCUFGUETKVKXCUFCUTGURQUVCUCQ385CRTGUGPVCOUGPCVCDGNC Ao nível da distribuição dos resultados na amostra observou-se que os valores obtidos nos seis HCVQTGUFQ385QUEKNCOGPVTGQUXCNQTGUOCKUGNGXCFQUCNECPÃCFQUPCFKOGPU¿Q&TCOCVK\CÿQ da existência (M=2.12; DP=.75 GOCKUTGFW\KFQUCNECPÃCFQUPCFKOGPU¿Q2TKXCÿQFGCHGVQGTGLGKÿQ (M=1.32; DP=10.94 8GTKȮECUGKIWCNOGPVGSWGCRGPCUCUFKOGPUÑGU2GTHGEKQPKUOQGKPVQNGT¾PEKC ¼HTWUVTCÿQG&TCOCVK\CÿQFCGZKUVÆPEKCVÆOOÅFKCUUWRGTKQTGUCQRQPVQOÅFKQGPSWCPVQSWG as outras dimensões registam valores de média abaixo dos respetivos pontos médios. De realçar ainda, que a média de vulnerabilidade ao stresse foi de 38.63, contudo, uma análise OCKUFGVCNJCFCRGTOKVKWPQUXGTKȮECTSWGFQURCTVKEKRCPVGUCRTGUGPVCOWOXCNQTVQVCN de vulnerabilidade ao Stresse superior a 43, o que indica que estas pessoas estão vulneráveis CQUVTGUUG 8C\5GTTC . 14*26&tF*44/t7PMVNF9**t+BOVBSZ+BOFJSP%FDFNCFS%F[FNCSPtQQ 53.

(6) Cláudia Marques Caçote, Liliana da Costa Faria. Tabela 1 Medidas descritivas das dimensões do QVS e do QVT Dimensões. Ponto médio. Média. DP. Perfecionismo e intolerância à frustração. 2.00. 2.02. .77. Inibição e dependência. 1.60. 1.28. .75. Carência de apoio social. 2.00. 1.37. .98. Condições de vida adversas. 2.00. 1.90. 1.10. Dramatização da existência. 1.84. 2.12. .75. Subjugação. 1.88. 1.82. .76. Privação de afeto e rejeição. 1.67. 1.32. .80. Vulnerabilidade ao Stresse. 34.50. 38.63. 10.94. Total. 3.99. 3.97. .79. Características do trabalho/emprego e formação e desenvolvimento de competências pessoais e profissionais. 3.97. 4.07. .81. Carreira: promoção, reconhecimento e componente económica. 3.63. 3.49. 1.06. Relações sociais e justiça no trabalho. 3.50. 4.22. .99. Equilíbrio trabalho/família. 3.50. 4.16. 1.04. Trabalho e lazer. 3.50. 3.74. 1.16. Condições de trabalho. 3.00. 4.15. 1.02. 4.44. 5.09. .64. Características do trabalho/emprego e formação e desenvolvimento de competências pessoais e profissionais. 4.57. 5.07. .66. Carreira: promoção, reconhecimento e componente económica. 3.50. 4.90. .85. Relações sociais e justiça no trabalho. 3.50. 5.29. .77. Equilíbrio trabalho/família. 3.50. 5.28. .85. Trabalho e lazer. 3.50. 4.70. 1.08. Condições de trabalho. 2.00. 5.21. .87. Fatores 23 QVS. Dimensões QVT Frequência. Importância Total. 14*26&tF*44/t7PMVNF9**t+BOVBSZ+BOFJSP%FDFNCFS%F[FNCSPtQQ 54.

(7) Stress Vulnerability and Quality of Life in Formal Caregivers Vulnerabilidade ao Stresse e Qualidade de Vida nos Cuidadores Formais. 1KPXGPV½TKQ386RGTOKVGPQUQDUGTXCTCKORQTV¾PEKCGCHTGSWÆPEKCFGUUCXCTK½XGNEQPUtando na tabela 1 os valores de média e de desvio-padrão das respostas. Ao nível da distribuição dos resultados na amostra observou-se que os valores obtidos nas cinco dimensões da frequência FG386XCTKCOGPVTGQUXCNQTGUOCKUGNGXCFQUCNECPÃCFQUPCFKOGPU¿Q4GNCÃÑGUUQEKCKU e justiça no trabalho (M=4.22; DP=.99 GOCKUTGFW\KFQUCNECPÃCFQUPCFKOGPU¿Q%CTTGKTC promoção, reconhecimento e componente económica (M=3.49; DP=1.06). Relativamente às cinco FKOGPUÑGUFCKORQTV¾PEKCFG386QUEKNCOGPVTGQUXCNQTGUOCKUGNGXCFQUCNECPÃCFQUVCODÅO pela dimensão relações sociais e justiça no trabalho (M=5.29; DP=.77 GOCKUTGFW\KFQUCNECPÃCFQU RGNCFKOGPU¿QVTCDCNJQGNC\GT M=4.70; DP=1.08). Relativamente ao ponto médio, comparando com a média, assinala-se maior diferenciação na escala da importância. Comparando os pontos médios das subescalas verifica-se que a dimensão condições de trabalho apresenta maior diferenciação entre a média e o ponto médio, em ambas as escalas. Por outro lado, o que apresenta menor diferenciação nas duas escalas é a dimensão características do trabalho/emprego e formação e desenvolvimento de competências RGUUQCKUGRTQȮUUKQPCKU Estudo das relações entre a vulnerabilidade ao stresse e a qualidade de vida no trabalho. A tabela 2 apresenta os resultados da análise das correlações entre os vários fatores FQ385GCUFKHGTGPVGUFKOGPUÑGUFQ3861DUGTXCUGSWGCUFKOGPUÑGUFCGUECNC386HTGSWÆPEKC GQUHCVQTGUFCGUECNC385SWGRQUUWGOEQTTGNCÿQOCKUGNGXCFC PÉXGNFGUKIPKȮE¾PEKCFG 1%) são o fator4-condições de vida adversas com a dimensão 1-características do trabalho/emRTGIQGHQTOCÿQGFGUGPXQNXKOGPVQFGEQORGVÆPEKCURGUUQCKUGRTQȮUUKQPCKU -.19), a dimensão 4-equilíbrio trabalho/família (-.18 GCFKOGPU¿QVTCDCNJQGNC\GT -.33 GQHCVQTUWDLWICÿQ com a dimensão 2-carreira: promoção, reconhecimento e componente económica (-.18), a dimensão 4 (-.22 GCFKOGPU¿QVTCDCNJQGNC\GT -.23). As dimensões e os fatores que têm correlação mais baixa, com nível de significância de 5%, são o fator 1 - perfeccionismo e intolerância à frustração e a dimensão 1 (-.15 QHCVQTECTÆPEKCFGCRQKQUQEKCNEQOCFKOGPU¿Q -.16  o fator 6 - subjugação e a dimensão 3 (-.16 GQHCVQTRTKXCÿQFGCHGVQGTGLGKÿQGFKOGPU¿Q 4 (-.14). Nos restantes fatores e dimensões não se registou qualquer correlação.. 14*26&tF*44/t7PMVNF9**t+BOVBSZ+BOFJSP%FDFNCFS%F[FNCSPtQQ 55.

(8) $MÈVEJB.BSRVFT$BÎPUF -JMJBOBEB$PTUB'BSJB. Tabela 2 Matriz de correlações entre os fatores do QVS e as dimensões do QVT Dimensões do QVT-frequência Características do trabalho/emprego e formação e desenvolvimento de competências pessoais e profissionais. Carreira: promoção, reconhecimento e componente económica. Relações sociais e justiça no trabalho. Equilíbrio trabalho/ família. Trabalho e Lazer. Condições de trabalho. Perfecionismo e intolerância à frustração. -.15*. -.10. -.11. -.12. -.10. .08. Inibição e dependência. -.04. .06. -.05. -.08. -.05. -.07. Carência de apoio social. -.07. .04. -.13. -.16*. -.05. -.08. Condições de vida adversas. -.19**. -.12. -.08. -.18**. -.33**. -.12. Dramatização da existência. -.01. -.02. .00. .06. .04. .10. Subjugação. -.12. -.18**. -.16*. -.22**. -.23**. -.06. Privação de afeto e rejeição. -.02. .02. -.12. -.14*. -.02. .06. 14*26&tF*44/t7PMVNF9**t+BOVBSZ+BOFJSP%FDFNCFS%F[FNCSPtQQ 56.

(9) Stress Vulnerability and Quality of Life in Formal Caregivers Vulnerabilidade ao Stresse e Qualidade de Vida nos Cuidadores Formais. A tabela 3 apresenta os resultados da análise das correlações entre o fator total de vulneTCDKNKFCFGCQUVTGUUGGCUFKOGPUÑGUINQDCKUFC386HTGSWÆPEKCGKORQTV¾PEKC 5BCFMB Matriz de correlações entre o fator total do QVS e as dimensões globais do QVT, Frequência e Importância QVT-frequência. QVT-importância. VS – Total. 1. .17*. -.10. 1. -.24**. QVT-frequência QVT-importância VS – Total. 1. Nota: *p<.05 **p<.01. Observa-se que a vulnerabilidade ao stresse total e a qualidade de vida no trabalho, escala importância, têm uma correlação baixa (-.24 CQPÉXGNFCUKIPKȮE¾PEKCFGEWLCUXCTK½XGKU variam em sentido inverso. %QOQQDLGVKXQFGUGCRTQHWPFCTCEQORTGGPU¿QFCUEQTTGNCÃÑGUKFGPVKȮECFCUPQRQPVQ CPVGTKQTGPVTGCXWNPGTCDKNKFCFGCQUVTGUUGGCSWCNKFCFGFGXKFCPQVTCDCNJQTGCNK\QWUGQ estudo do poder preditivo da vulnerabilidade ao stresse nas diferentes dimensões da qualidade de vida no trabalho. Os resultados destas análises encontram-se na tabela 4. 1UTGUWNVCFQUFGOQPUVTCOSWGC386KORQTV¾PEKCGZRNKECFCXCTK¾PEKCFCXWNPGTCDKlidade ao stresse (ơ=-t=3p<.001). 5BCFMB Análise de regressão Vulnerabilidade ao Stresse Variável. Beta. t. p. QVT-frequência. -.13. -1.95. .05. R2 = .02 R2ajusted = .01 F=3.80; p=.053 QVT-importância. -.23 2. -3.57. .000. 2. R = .05 R ajusted = .05 F=12.76; p = .000. Discussão No ponto anterior descreveram-se os resultados encontrados ao longo da análise estatístiECEQOHQEQPQUFCFQUOCKUUKIPKȮECVKXQU0QRTGUGPVGRQPVQQUTGUWNVCFQUUGT¿QKPVGTRTGVCFQU GFKUEWVKFQU¼NW\FQUQDLGVKXQUFCKPXGUVKICÿQCPCNKUCTCUTGNCÃÑGUGPVTGCXWNPGTCDKNKFCFGCQ UVTGUUGRTQȮUUKQPCNGCSWCNKFCFGFGXKFCPQVTCDCNJQPQUEWKFCFQTGUHQTOCKUFGRGUUQCURQTVCFQTCUFGFGȮEKÆPEKCU Perante a nossa amostra e relativamente à distribuição face ao sexo dos 225 cuidadores formais, a grande maioria são mulheres, o que está de acordo com os dados encontrados em vários estudos onde a permanência do papel histórico e social de cuidar é atribuído à mulher. &GETGVQ.GK%TKCÿQFC4GFGFG2TGUVCÿQFG%WKFCFQU%QPVKPWCFQU5GSWGKTC  14*26&tF*44/t7PMVNF9**t+BOVBSZ+BOFJSP%FDFNCFS%F[FNCSPtQQ 57.

(10) Cláudia Marques Caçote, Liliana da Costa Faria. Esta distribuição, só por si, pode ajudar-nos a entender os resultados obtidos. A literatura refere que tipicamente as mulheres experienciam tensões relacionadas com a vida familiar e a XKFCRTQȮUUKQPCNQEJCOCFQEQPȯKVQECUCVTCDCNJQSWGFGCEQTFQEQO-QUUGMG1\GMK   está relacionado com a satisfação no trabalho e que esta relação é mais forte quando falamos das OWNJGTGU5GIWPFQ#T[GG5TKPKXCUG6CP  QEQPȯKVQECUCVTCDCNJQVGOUKFQXKUVQEQOQ WOC HQPVG FG UVTGUUG G VGPU¿Q EQO EQPUGSWÆPEKCU C PÉXGN RGUUQCN G QTICPK\CEKQPCN # PÉXGN pessoal estas consequências podem passar por um menor empenho na execução dos papéis parentais, aumentos de risco para a saúde física e psicológica (depressão, ansiedade, etc.) e elevaFQUPÉXGKUFGKPUCVKUHCÿQ#PÉXGNQTICPK\CEKQPCNCUEQPUGSWÆPEKCURQFGOGUVCTTGNCEKQPCFCU EQOCFKOKPWKÿQFCRTQFWVKXKFCFGKPUCVKUHCÿQRTQȮUUKQPCNQWOGUOQCDUGPVKUOQ Ao nível da escolaridade, a maioria dos cuidadores frequentaram o ensino básico ou secundário, apresentando uma baixa literacia, o que pode interferir, direta ou indiretamente, no cuidado efetivo e adequado ao portador de deficiência, pois estes necessitam de apoio GKPHQTOCÿQRQTRCTVGFCTGFGHQTOCN /GPFQPÃC/CTVKPG\4QFTKIWGU  #QPÉXGNFCUTGNCÃÑGUGPVTGCXWNPGTCDKNKFCFGCQUVTGUUGRTQȮUUKQPCNGFGCEQTFQEQOQUFCFQUQDVKFQUXGTKȮECUGWOCTGNCÿQPGICVKXCGPVTGCXWNPGTCDKNKFCFGCQUVTGUUGVQVCNGCSWCNKFCFG de vida no trabalho. Estes resultados vão no sentido dos estudos de Rafael e Lima (2008) e Rafael.  FGOQPUVTCPFQSWGQCWOGPVQFCHTGSWÆPEKCFGVQFCUCUFKOGPUÑGUFC386RCTGEGO EQPVTKDWKTRCTCCTGFWÿQFCQEQTTÆPEKCFGUVTGUUGRTQȮUUKQPCN1UTGUWNVCFQUU¿QEQPUKUVGPVGUEQO o referido pela Comissão Europeia (2002), que considera que melhorar as características do trabalho RQFGEQPVTKDWKTRCTCCTGFWÿQFQUVTGUUGRTQȮUUKQPCN5GIWPFQCNKVGTCVWTCU¿QQURTQȮUUKQPCKU FGUCÖFGSWGUGCRTGUGPVCOEQOQQUGVQTRTQȮUUKQPCNOCKUUGPUÉXGNCFGUGPXQNXGTFQGPÃCUHÉUKECU e psicológicas, potenciando a vulnerabilidade a situações de stresse. O stresse e a pressão a que se encontram sujeitos poderão provocar uma diminuição do seu rendimento de trabalho e, RTKPEKRCNOGPVGEQORTQOGVGTQUUGWUPÉXGKUFGDGOGUVCT 2C[PG(KTVJ%Q\GPU  Na presente investigação concluiu-se que o trabalho desenvolvido pelos cuidadores formais a pessoas com deficiência, está associado à vulnerabilidade ao stresse profissional G ¼ UWC 386 UGPFQ GUVCU FWCU XCTK½XGKU KPFGRGPFGPVGU GPVTG UK /CKU UG EQPENWK SWG C PQUUC COQUVTCVGODCKZQUPÉXGKUFG386GXWNPGTCDKNKFCFGCQUVTGUUGRTQȮUUKQPCN#OÅFKCFQXCNQT de vulnerabilidade ao stresse na amostra encontra-se próxima do ponto crítico e existe uma percentagem considerável de participantes com um índice de stresse elevado. Apesar desta contribuição, a presente investigação apresenta algumas limitações. Desde NQIQQHCEVQFGCEQPEGRVWCNK\CÿQGQTKIGOFC386GFGUVTGUUGRTQȮUUKQPCNP¿QÅEQPUGPUWCN UGPFQRQWEQUQUCWVQTGUSWGCPCNKUCTCOFKTGVCOGPVGCTGNCÿQGPVTGCUFWCUXCTK½XGKUGCRTQȮUU¿Q dos cuidadores formais. Uma outra limitação situa-se ao nível da amostra. Esta é desproporcional TGNCVKXCOGPVGCQUGZQ¼UJCDKNKVCÃÑGUNKVGT½TKCUCQVGORQFGUGTXKÃQG¼ECVGIQTKCRTQȮUUKQPCN %QODCUGPCUNKOKVCÃÑGUCRTGUGPVCFCUUGT½KPVGTGUUCPVGRCTCHWVWTCUKPXGUVKICÃÑGUTGCNK\CT WOGUVWFQEQORCTCVKXQRCTCCXCNKCTC386GXWNPGTCDKNKFCFGCQUVTGUUGRTQHKUUKQPCNGPVTG CU+255GCUKPUVKVWKÃÑGUEQOȮPUNWETCVKXQUDGOEQOQQDVGTCOQUVTCUEQOKPFKXÉFWQUFGFKHGTGPVGUTGIKÑGUFQRCÉUFGHQTOCCEQPUGIWKTWOCCOQUVTCOCKUTGRTGUGPVCVKXCGUKIPKȮECVKXC FGUGPXQNXGTWOGUVWFQNQPIKVWFKPCNPQSWCNGZKUVCKPVGTXGPÿQFQRUKEÏNQIQUQEKCNGQTICPK\CEKQPCNGRQTȮOGUVWFCTCTGNCÿQGPVTGQEQPVGZVQFGVTCDCNJQGQGSWKNÉDTKQFQVTKPÏOKQHCOÉNKC VTCDCNJQGTGNCÃÑGUUQEKCKUPQUEWKFCFQTGUVGPFQGOEQPVCCXWNPGTCDKNKFCFGCQUVTGUUGRTQȮUUKQPCN GC386GCCVWCNEQPLWPVWTCUQEKQGEQPÏOKECSWGQRCÉUCVTCXGUUC 14*26&tF*44/t7PMVNF9**t+BOVBSZ+BOFJSP%FDFNCFS%F[FNCSPtQQ 58.

(11) Stress Vulnerability and Quality of Life in Formal Caregivers Vulnerabilidade ao Stresse e Qualidade de Vida nos Cuidadores Formais. Referências #NOGKFC65CORCKQ(/  5VTGUUGUWRQTVGUQEKCNGOHCOKNKCTGUFGRGUUQCUEQORCTCNKUKC cerebral. Psicologia, Saúde & Doenças, 8, 145-151. #T[GG55TKPKXCU'6CP*  4J[VJOUQHNKHG#PVGEGFGPVUCPFQWVEQOGUQHYQTMHCOKN[ balance in employed parents. Journal of Applied Psychology, 90, 132-146. doi: 10.1037/00219010.90.1.132 $CTTKPIVQP9'$GTGUHQTF5#/E)TGIQT$#9JKVG'  2GTEGKXGFUVTGUUCPFGCVKPIDGJCviors by sex, obesity status, and stress vulnerability: findings from the vitamins and lifestyle (VITAL) study. Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics, 114, 1791-1799. doi: 10.1016/j.jand.2014.03.015 $WOKP))ØPCN#6ØMGN5  #PZKGV[FGRTGUUKQPCPFSWCNKV[QHNKHGKPOQVJGTUQHFKUCDNGF children. S.D.Ü. TýpFak. Derg, 15(1), 6-11. %QFQ95CORCKQ,,%*KVQOK#*  Indivíduo, Trabalho e Sofrimento: uma Abordagem Interdisciplinar2GVTÏRQNKU$TCUKN8Q\GU Comissão Europeia (2002). O Stress no trabalho. Sal da Vida ou morte anunciada –Síntese. Luxemburgo: Serviço das Publicações Oficiais das Comunidades Europeias. %QQRGT%-CVQPC%1TTGNN/.KXKPIUVQP)  %QRKPIUVTCVGIKGUCPZKGV[CPFFGRTGUUKQP KPECTGIKXGTUQHRGQRNGYKVJ#N\JGKOGToUFKUGCUGInternational Journal of Geriatric Psychiatry, 23, 929-936. doi: 10.1002/gps.2007 Decreto-Lei Criação da Rede de Prestação de Cuidados Continuados, n.º 281/2003. DR 259 SÉRIE I-B (2003). &TGGT.''NNKQVV645JGYEJWM4$GTT[,94KXGTC2  (COKN[ECTGIKXGTUQHRGTUQPUYKVJ URKPCNEQTFKPLWT[RTGFKEVKPIECTGIKXGTUCVTKUMHQTRTQDCDNGFGRTGUUKQP Rehabilitation Psychology, 52,351-357. (GKIKP4$CTPGV\<#TCF&$  3WCNKV[QHNKHGKPHCOKN[OGODGTUEQRKPIYKVJEJTQPKEKNNPGUU in a relative: an exploratory study. Families Systems, & Health, 26, 267-281. doi: http://dx.doi. org/10.1037/a0013055 Fernandes, S. L. (2010). Vivências em lares de idosos: diversidade de percursos – um estudo de casos (Dissertação de Mestrado). Retrieved from Repositório da Universidade Portucalense. http://repositorio.uportu.pt/jspui/bitstream/11328/219/2/TME%20434%20tese.pdf França, J. (2010). Saúde mental e necessidades nos cuidadores de familiares com demência (Dissertação de Mestrado). Retrieved from Repositório Institucional da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Fernando Pessoa. http://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/1641/2/DM_12943.pdf *QQMGT-$QYOCP54%QGNJQ&2.KO54-C[G,)WCTKINKC4.K(  $GJCXKQTCNEJCPIG in persons with dementia: relationships with mental and physical health of caregivers. The Journals of Gerontology Series B: Psychological Sciences and Social Sciences, 57, 453-460. doi: 10.1093/ geronb/57.5.P453 *WCPI6%.CYNGT,.GK%;  6JGGHHGEVUQHSWCNKV[QHYQTMNKHGQPEQOOKVOGPVCPFVWTPQXGT intention. Social Behavior and Personality, 35, 735-750. doi: http://dx.doi.org/10.2224/sbp.2007.35.6.735. 14*26&tF*44/t7PMVNF9**t+BOVBSZ+BOFJSP%FDFNCFS%F[FNCSPtQQ 59.

(12) Cláudia Marques Caçote, Liliana da Costa Faria. -QUUGM''1\GMK%  9QTMHCOKN[EQPȯKEVRQNKEKGUCPFVJGLQDNKHGUCVKUHCEVKQPTGNCVKQPUJKR # TGXKGY CPF FKTGEVKQPU HQT QTICPK\CVKQPCN DGJCXKQTJWOCP TGUQWTEGU TGUGCTEJ Journal of Applied Psychology, 83, 139-149. doi: http://dx.doi.org/10.1037/0021-9010.83.2.139 Leite, M. M. (2006). Impacto da demência de Alzheimer no cônjuge prestador de cuidados (Tese de Doutoramento não publicada). Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, Porto. Maroco, J. (2007). Análise estatística com utilização do SPSS (3ª ed.). Lisboa, Portugal: Edições Sílabo. /CTVÉPG\,#/%QNOGPGTQ%,62GN½G\'/2  %QORCTCEKÏPGPVTGFKUVKPVCUENCUKHKECEKQPGU FGNCUGUVTCVGIKCUFGCHTQPVCOKGPVQGPEWKFCFQTGUFGGPHGTOQUFG#N\JGKOGTPsicothema, 14, 558-563. /CUWEJK/*4QEJC'(  %WKFCTFGRGUUQCUEQOFGHKEKÆPEKCWOGUVWFQLWPVQCEWKFCFQTGU assistidos pela estratégia da saúde da família. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo, 23, 89-97. doi: http://dx.doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v23i1p89-97 /GPFQPÃC(/CTVKPG\/4QFTKIWGU/  #XCNKCÿQFCUPGEGUUKFCFGUFQURTGUVCFQTGUKPHQTOCKU dos prestadores informais de cuidados de saúde. Revista Geriatria, 13(127), 33-49. 2C[PG4(KTVJ%Q\GPU,  Stress in health professionals. Chichester, UK: Wiley. 2GTGKTC ' 6GKZGKTC %  5CPVQU #   3WCNKFCFG FG XKFC CDQTFCIGPU EQPEGKVQU G CXCNKCÿQ Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, 26, 241-50. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S180755092012000200007 2KPVQ+/CEGFQ%&KCU2  3WCNKFCFGFGXKFCFGHCOÉNKCUEQOPGEGUUKFCFGUGURGEKCKU Revista Iberoamericana de Educación, 63, 181-198. 3WCGFHNKGI%9'/5OGGVU6  5VTGUUXWNPGTCDKNKV[OQFGNU+P/)GNNOCP,46WTPGT 'FU  Encyclopedia of Behavioral Medicine (pp. 1897-1900). Heidelberg, Germany: Springer. Rafael, M. (2009, Setembro). Qualidade de vida no trabalho: Um tema essencial da investigação e da intervenção em recursos humanos. Comunicação apresentada na Conferência Investigação e Intervenção em Recursos Humanos do Instituto Politécnico do Porto, Vila do Conde, Portugal. 4CHCGN/.KOC/  Inventário sobre a qualidade de vida no trabalho. versão experimental. Lisboa, Portugal: Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação. 4CHCGN/.KOC/4  Inventário sobre a qualidade de vida no trabalho (IQVT-I/F). Lisboa, Portugal: Faculdade de Psicologia e de Ciências de Educação. 4QCP#/&KCOQPF%  5VCTVKPIQWVVJGSWCNKV[QHYQTMKPINKHGQH[QWPIYQTMGTUKPVJGTGVCKN and hospitality industries in Australia. International Journal of Employment Studies, 11(2), 91-119. 4QUG4%$GJ.57NK,+FTKU-  #PCPCN[UKUQHSWCNKV[QHYQTMNKHG 39. CPFECTGGTTGNCVGF variables. American Journal of Applied Sciences, 3, 2151-2159. doi: 10.3844/ajassp.2006.2151.2159 Sequeira, C. (2007). Cuidar de Idosos Dependentes%QKODTC2QTVWICN3WCTVGVQ'FKVQTC 5JCRKTQ5.$TQYP-9$KGIGN)/  6GCEJKPIUGNHECTGVQECTGIKXGTU'HHGEVUQHOKPFHWNness-based stress reduction on the mental health of therapists in training. Training and Education in Professional Psychology, 1, 105-115. doi: http://dx.doi.org/10.1037/1931-3918.1.2.105. 14*26&tF*44/t7PMVNF9**t+BOVBSZ+BOFJSP%FDFNCFS%F[FNCSPtQQ 60.

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