Seminário: ARROZ PORQUE FAZ BEM
Por que você come arroz?
Por que você come arroz?
Na minha família é tradição comer arroz todos os dias, principalmente na forma polida
O arroz é uma fonte de energia e de proteínas que complementam o feijão
O arroz é gostoso e combina com vários pratos
Dizem que os cereais integrais são ricos em fibras, vitaminas e minerais e fazem bem para a saúde; mas quanto ao arroz, pouco sei !
Que expectativa em termos nutricionais cria um
Que expectativa em termos nutricionais cria um
alimento de subsistência, como o arroz?
alimento de subsistência, como o arroz?
O arroz polido difere do integral?
O arroz polido difere do integral?
Bah
Bah…
…
Grão Nome científico Cereais Trigo integral (emmer, farro, einkorn, kamut, durum) Triticum spp.
Arroz integral Oryza spp.
Cevada Hordeum spp.
Milho Zea mays
Centeio Secale cereale spp.
Aveia Avena spp. Milhetos Brachiaria spp.; Pennisetum spp.; Panicum spp.; Setaria spp.; Paspalum spp.; Eleusine spp.; Echinochloa spp. Sorgo Sorghum spp. Triticale Triticale
Arroz selvagem Zizania aquatica Pseudo-cereais
Amaranto Amaranthus caudatus Trigo sarraceno Fagopyrum spp. Quinoa Chenopodium quinoa Wild
O consumo de grãos integrais
O consumo de grãos integrais
é
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bom para a sa
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↓25-36% o risco de doenças do coração, ↓ 37% o risco de ataques cardíacos,
↓ 21-43% o desenvolvimento de cancer, ↓ 21-27% diabetes tipo II,
↓ 10-40% o cancer relacionado a hormônios, e tende a diminuir a obesidade.
LERMA-GARCIA, et al., Food Chemistry, 115, 389-404, 2009
TIWARI & CUMMINS, Trends in Food Science & Technology, 20, 511-520, 2009 SCALBERT, A. et al. CRC Crit. Rev. Food Sci. Nutr., 45, 287-306, 2005
LIU, R.H. J.Nutr., 134, 3479S-3485S, 2004 SLAVIN, J. Nutr. Res. Rev., 17, 99-110, 2004
LANG, R. & JEBB, S.A. Proc. Nutr. Soc., 62, 123-127, 2003
Como provar ?
Grão Nome científico % fibra Cereais Trigo (emmer, farro, einkorn, kamut, durum) Triticum spp. 12.2
Arroz integral Oryza spp. 3.5
Cevada Hordeum spp. 17.3
Milho Zea mays 7.3
Centeio Secale cereale spp. 14.6
Aveia Avena spp. 10.6 Milhetos Brachiaria spp.; Pennisetum spp.; Panicum spp.; Setaria spp.; Paspalum spp.; Eleusine spp.; Echinochloa spp. 8.5 Sorgo Sorghum spp. 9.0 Triticale Triticale 14.6
Arroz selvagem Zizania aquatica 6.2 Pseudo-cereais
Amaranto Amaranthus caudatus 15.2 Trigo sarraceno Fagopyrum spp. 10.0 Quinoa Chenopodium quinoa Wild 5.9
Pálea Lema Pericarpo Tegumento Aleurona Embrião Endosperma Ráquila Farelo Cariopse Arroz integral
Corte longitudinal de um grão de arroz
Casca
Arroz com casca
Arroz integral
Fonte: compilado e adaptado da Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (NEPA/UNICAMP) e da Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (USP)
O que diferencia o arroz integral do arroz polido?
O arroz integral é rico em micronutrientes:
vitaminas do complexo B (tiamina, riboflavina e niacina) e minerais (Mn, Se, Cu, Zn)
É rico em substâncias antioxidantes: orizanol, vitamina E, compostos fenólicos. O óleo do farelo tem excelente composição em ácidos graxos e 3-5 % de
compostos não-saponificáveis.
A fibra do arroz se assemelha a do trigo e do milho
Mas, quem
Mas, quem éé responsresponsável pelo benefável pelo benefíício àcio à saúsaúde? de? Sinergismo ou algum componente em e
Sinergismo ou algum componente em especial? special?
GOFFMAN , F. & BERGMAN, C.J. J. Sci. Food Agric. , v.84, p.1235-1240, 2004. TSUJI, E. et al. Atherosclerosis Supplements, v.4, p.278-278, 2003.
QURESHI, A.A. et al. J. Nutr., v.131, p.2606-2618, 2001.
SOOBRATTEE, M.A. et al. Mutation Research, v.579, p.200-213, 2005.
O que diferencia o arroz integral do arroz polido?
O O H O O CH3 O O H O O CH3 O O H O O CH3 O O H O O CH3
24-metileno cicloartanil ferulato
campesteril ferulato cicloartenil ferulato β-sitoesteril ferulato
γγγγ
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-
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ORIZANOL
ORIZANOL
CH3 CH3 CH3 C H3 CH3 CH3 C H3 CH3 O H CH3 CH3 O O H CH3 CH3 C H3 O CH3 CH3 O C H3 C H3 CH3 O O H O H O C H3+
Ácido ferúlico Esterol
Doador de H
Atividade antioxidante
Atividade antioxidante
γγγγ
γγγγ
-
-
ORIZANOL
ORIZANOL
Atividade hipocolesterolêmica
Atividade hipocolesterolêmica
Colesterol O O H O O CH3 Esterol Mecanismo de ação: síntese de colesterolabsorção do colesterol da dieta formação de colesterol oxidado
excreção de ácidos biliares e do próprio colesterol;
CHOU et al., Journal of Clinical Biochemistry and Nutrition 45:29-36, 2009.
XU , HUA, GODBER, Journal of Agriculture and Food Chemistry 49:2077-2081, 2001.
Também exibe atividade antitumoral, anti-inflamatória e inibe agregação plaquetária
VITAMINA E (TOC
VITAMINA E (TOC
Ó
Ó
IS TOTAIS)
IS TOTAIS)
QURESHI, A.A. et al. J. Nutr., 131, 2606-2618, 2001 Parece desempenhar papel
importante na prevenção de doenças crônico-degenerativas, cardiovasculares e de alguns tumores. O R1 O H R2 2 4' 8' 12' R1 R2 CH3 CH3 α−Tocopherol CH3 H β−Tocopherol H CH3 γ−Tocopherol H H δ−Tocopherol O R1 O H R2 2 3' 7' 11' R1 R2 CH3 CH3 α−Tocotrienol CH3 H β−Tocotrienol H CH3 γ−Tocotrienol H H δ−Tocotrienol
SCHAFFER et al. J. Nutr. 135, 151-154, 2005
Atividade antioxidante
COMPOSTOS FEN
COMPOSTOS FEN
Ó
Ó
LICOS
LICOS
Arroz integral não-pigmentado
ADOM, K.K. & LIU, R.H. J. Agric. Food Chem, v.50, p. 6182-6187, 2002 NACZK, M. e SAHIDI, F. J. Chromatogr. A, v.1054 p.95-111, 2004 ZHOU, Z. et al. Food Chem., v.87, p.401-406, 2004
YAWADIO, R., TANIMORI, S. and MORITA, N. Food Chem., 101, 1616-1625, 2007
Atividade antioxidante
COMPOSTOS FEN
COMPOSTOS FEN
Ó
Ó
LICOS
LICOS
Arroz com pericarpo preto
HU, C. et al. J. Agric. Food Chem., v.51, n.18, p.5271-527, 2003 LING, W.H. et al. Nutr., v.131, p.1421-1426, 2001
XIA, M. et al. J. Nutr., v.133, p.744-751, 2003
Atividade antioxidante
Arroz com pericarpo vermelho
HU, C. et al. J. Agric. Food Chem., v.51, n.18, p.5271-527, 2003 MANACH, C. et al. Am. J. Clin. Nutr., v.79, p.727-747, 2004
COMPOSTOS FEN
COMPOSTOS FEN
Ó
Ó
LICOS
LICOS
Atividade antioxidante
O QUE SABEMOS
O QUE SABEMOS
Estudos comprovam que o arroz integral é rico em substâncias benéficas à saúde.
Os teores de γ-orizanol são, em média 10 x superiores aos da vitamina E e não diferem significativamente entre o arroz não pigmentado e pigmentado
Arroz pigmentado vermelho e preto têm 4 e 5 vezes mais fenólicos totais, respectivamente, do que o grupo não-pigmentado → alto teor de fenólicos solúveis.
A parboilização, o cozimento e o armazenamento do arroz reduzem os teores de bioativos, em especial a vitamina E e os compostos
“Consuma diariamente três porções (~90 g) cereais integrais ou então a metade dos cereais totais na forma integral”
“Consuma diariamente três porções (~90 g) cereais integrais ou então a metade dos cereais totais na forma integral”
DISCUSSÃO
DISCUSSÃO
Quanto preciso comer de grãos integrais para ter benef
Quanto preciso comer de grãos integrais para ter benef
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cios ?
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2005 – U.S. Dietary Guidelines of Americans
www.mypyramid.gov
2005 – U.S. Dietary Guidelines of Americans
www.mypyramid.gov
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DISCUSSÃO
DISCUSSÃO
No Brasil recomenda-se consumir diariamente 6 porções de cereais pães, massas, tubérculos e raízes
Porção arroz cru: 50 g x 6 = 300 g
Porção cereais integrais: 45 g x 6 = 270 g
2006
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A FDA
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(Food and Drug Administration)
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aprovou alega
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ão de
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propriedade de sa
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de
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para os cereais integrais
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“Diets rich in whole-grain foods and other plant foods and low in total fat, saturated fat, and cholesterol may reduce the risk of heart disease and some
cancers.
“Diets rich in whole-grain foods and other plant foods and low in total fat, saturated fat, and cholesterol may reduce the risk of heart disease and some
cancers.
DISCUSSÃO
DISCUSSÃO
Por
DISCUSSÃO
DISCUSSÃO
Alega
Alega
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ão de propriedade de sa
ão de propriedade de sa
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de aprovada nos EUA, desde que
de aprovada nos EUA, desde que
qualquer alimento formulado contenha no mínimo 51% de cereais integrais
uma fatia de pão integral (28 g) contenha 16 g de cereais integrais
http://www.wholegrainscouncil.org
Selo criado para facilitar a identificação de alimentos
2007
2007
–
–
Ocorreu workshop nos EUA que deu ênfase ao
Ocorreu workshop nos EUA que deu ênfase ao
consumo de grãos integrais
consumo de grãos integrais
2008
2008
–
–
A FDA incluiu o
A FDA incluiu o
ARROZ INTEGRAL
ARROZ INTEGRAL
na lista de cereais
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com alega
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ão de alimento funcional com propriedade de
ão de alimento funcional com propriedade de
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de
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DISCUSSÃO
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No Brasil não tem alega
No Brasil não tem alega
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ão de
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propriedade de sa
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de aprovada para
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cereais integrais !
DISCUSSÃO
DISCUSSÃO
Os r
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ó
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tulos são confusos ao consumidor:
tulos são confusos ao consumidor:
Qual a % de grãos integrais em cada tipo de pão? Pão integral,
Pão com 7, 9, 12, 14 grãos Pão multigrãos
Pão 100% integral?
Exemplo:
Dentre os 3 sabores oferecidos, destaca-se o 14 Grãos. Um pão integral feito com
trigo, aveia, centeio, soja, girassol, linhaça, cevada, milho, gergelim, quinoa, milheto, triticale, linhaça dourada e arroz
-ingredientes ideais para uma alimentação nutritiva e saborosa.
Exemplo:
Dentre os 3 sabores oferecidos, destaca-se o 14 Grãos. Um pão integral feito com
trigo, aveia, centeio, soja, girassol, linhaça, cevada, milho, gergelim, quinoa, milheto, triticale, linhaça dourada e arroz
-ingredientes ideais para uma alimentação nutritiva e saborosa.
Qual a importância
Qual a importância
dada ao arroz ?
DISCUSSÃO
DISCUSSÃO
Os r
Os r
ó
ó
tulos são confusos ao consumidor:
tulos são confusos ao consumidor:
Farinha de trigo branca + fibra de trigo = integral?
Farinha de trigo branca + farinha de centeio = integral?
Pães adicionados de Frutooligossacarídeos (inulina) podem ser considerados alimentos funcionais?
Esforços da indústria para ampliar o consumo de cereais “não-trigo” Esforços para aprovar junto ao governo alegação de propriedade funcional para cereais integrais
Estabelecer quantidades mínimas de ingestão; uniformizar “porções” Assuntos regulatórios para contéudos mínimos de grãos integrais
Apontar benefícios para a categoria “cereais em geral” e cereais específicos
Caracterizar efeitos benéficos das substâncias bioativas isoladas e quando presentes no grão. Efeitos sinérgicos?
Determinar o prazo de validade do arroz em função da estabilidade das substâncias bioativas
PERSPECTIVAS e DESAFIOS
PERSPECTIVAS e DESAFIOS
Muito obrigada !
Dra. Ursula M. Lanfer Marquez
Universidade de São Paulo, Faculdade de Ciências Farmacêuticas,
Departamento de Alimentos e Nutricão Experimental, São Paulo, Brasil