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Boletim 1002/2016 Ano VIII 17/06/2016

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1 Boletim 1002/2016 – Ano VIII – 17/06/2016

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Indústria de alimentos vê recuperação

Faturamento real em 12 meses até abril caiu 3,73%, um recuo menor do que o registrado até março, de 4,08%; Abia acredita que o setor fecha o ano com empate ou registrando algum crescimento

MÁRCIA DE CHIARA - O ESTADO DE S.PAULO

SÃO PAULO - A indústria de alimentos, a última que acusa queda nas vendas em períodos de crise e a primeira que sai da recessão, começa a dar sinais de que o pior já passou. Em 12 meses até maio, o último dado disponível, as vendas dos fabricantes de alimentos recuaram 3,73%, já descontada a inflação do período, aponta a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia). Em março, na mesma base de comparação, a queda havia sido de 4,08%.

“Chegamos no fundo poço e agora estamos voltando”, afirma Denis Ribeiro, diretor de

economia da Abia. A entidade reúne 150 empresas e cooperativas que respondem por 70% da produção de alimentos do País. A maior parte da produção (80%) é destinada ao mercado doméstico.

Ribeiro explica que as vendas reais da indústria de alimentos para o varejo acumuladas em 12 meses começaram a minguar em junho do ano passado e as quedas foram gradativamente maiores mês a mês. Agora, na virada de março para abril, ele enxerga um ponto de inflexão, mas ainda no terreno negativo. “Provavelmente se não tivermos nenhuma surpresa política, poderemos na virada do semestre voltar ao ponto de partida que foi junho do ano passado, quando crescíamos em faturamento 1% em 12 meses”, prevê Ribeiro.

Em 2015, a indústria de alimentos fechou o ano com queda real de 2,73% no faturamento. Para este ano espera zerar essa perda, podendo ter um ligeiro crescimento.

O economista argumenta que a indústria alimentícia não está tão ruim quanto outros setores porque comida é gênero de primeira necessidade. Além disso, o efeito de substituição de

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3 marcas líderes por outras mais em conta e a mudança de hábito de deixar de comer fora para economizar ajudam nas vendas de alimentos industrializados no mercado doméstico.

A Predilecta, por exemplo, fabricante de doces e molho de tomate, registrou crescimento de 8% no volume de vendas até maio e acompanhou o desempenho do mercado. Apesar de a taxa ser importante em momentos de recessão, o sócio-diretor da empresa, Antonio Carlos Tadiotti, frisa que não sentiu um aumento “significativo no consumo”.

O empresário atribui parte do avanço ao crescimento vegetativo e outra parte à mudança de hábitos do brasileiros que estão pressionados pela crise. “O pessoal está deixando de comer fora e tem no macarrão com molho pronto uma refeição barata”, explica. Outro fator que tem impulsionado as vendas é que a sua marca no segmento de atomatados aparece como uma opção mais em conta em relação às líderes, o que amplia o volume de negócios em períodos de crise.

Emprego. Atualmente a empresa usa, em média, 80% da capacidade de produção nas cinco fábricas e a companhia no ano passado chegou a demitir 200 trabalhadores. Hoje tem cerca de 3 mil empregados. “Estamos contratando muito pouco”, conta Tadiotti.

Ribeiro, da Abia, lembra que a indústria de alimentos, a maior empregadora do País no

setor de transformação, nunca despedia empregados. “Mas no ano passado foi um descalabro na economia”, afirma.

Tanto é que em dezembro o setor cortou 27 mil postos de trabalho. Foram mais de 2 mil demissões por mês. Até abril, o total de empregos cortados em 12 meses chegou a 30 mil. Em abril a indústria alimentícia empregava 1,630 milhão de trabalhadores.

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Governo Temer quer acelerar terceirização de legislação

trabalhista

JOANA CUNHA / THAIS BILENKY - DE SÃO PAULO

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que o país precisa "caminhar no rumo da terceirização".

A declaração, feita nesta quinta-feira (16) em evento para empresários e executivos em São Paulo, gerou uma salva de aplausos.

Nas estimativas do ministro, a reforma trabalhista deve ocorrer "junto da reforma da Previdência ou logo depois", mas ambas estão "no horizonte deste ano".

Segundo ele, seria necessário fomentar a produtividade e revisar o sistema educacional para aprimorar a formação da mão de obra.

"Temos que modernizar tecnologicamente nosso processo produtivo, empresarial e empregatício. Temos que formalizar o emprego e caminhar no rumo da terceirização", disse.

Padilha agradou também a plateia ao afirmar que "aquele projeto que está no Senado deve ser votado com alguma rapidez".

O projeto foi aprovado pela Câmara no início do ano passado, permitindo que empresas privadas contratem funcionários terceirizados para qualquer tipo de atividade (leia texto ao lado). O texto desagradava ao governo Dilma Rousseff.

Antes de seguir para o Senado, onde tramita ainda, o texto recebeu alterações como a que esclarecia que podem ser contratadas como terceirizadas cooperativas, empresas

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5 DE VOLTA À PAUTA

Atendendo a um pedido feito nesta terça-feira (14) por Michel Temer, o presidente do Senado, Renan Calheiros, decidiu retomar os trabalhos da comissão no Senado que avalia a chamada Agenda Brasil –conjunto de propostas apresentadas em agosto de 2015 para a recuperação da economia na gestão de Dilma Rousseff.

A aliados Renan afirmou que poderia reiniciar os trabalhos do grupo ainda nesta semana. A rediscussão sobre regras de terceirização do trabalho está entre os projetos

contemplados na relação a ser abordada, assim como a simplificação de regras para licenciamento ambiental e a Lei de Licitações.

Sobre reforma da Previdência, o ministro disse que já teve seis rodadas de reuniões com as centrais sindicais e representações dos empresários com o objetivo de costurar um consenso.

DIVERGÊNCIAS

O aumento da terceirização é um tema que, devido ao seu potencial de cortar custos, satisfaz o empresariado, especialmente no setor industrial, que já vinha sinalizando sua demanda desde os primeiros dias do governo interino de Michel Temer.

A ideia, porém, descontenta os movimentos sociais, que a consideram um abuso aos direitos trabalhistas.

Os movimentos contrários à medida afirmam que a expansão da terceirização só beneficia o empregador e pode desencadear uma redução dos salários dos trabalhadores ou a precarização dos postos de trabalho.

Para os defensores do projeto, a legislação carece de uma regulamentação mais detalhada porque o conceito de "atividade-fim" é vago e causa divergências até no Judiciário.

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6 E EU COM ISSO?

1- O que a Câmara aprovou no ano passado?

Que empresas privadas podem terceirizar todas as atividades. O projeto ainda não foi votado pelo Senado

2- Como é a regra hoje?

Não há lei em vigor que regulamente a terceirização de atividades, apenas jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, que impede a terceirização de atividades-fim

3- O que são atividade-fim e atividade-meio?

Por exemplo, em uma fábrica de veículos, um metalúrgico tem atividade-fim e um analista de sistema, atividade-meio; já em uma empresa de tecnologia, o analista tem atividade-fim 4- Então banco poderá contratar caixas terceirizados e hospital, enfermeiros?

Sim, se o Senado não mudar o texto. Bastaria que o custo e a qualidade fossem interessantes para o contratante. Mas a lei trabalhista determina que o profissional da contratada não pode ser subordinado à empresa contratante. O caixa, portanto, não poderá responder a um chefe do banco, mas, sim, a alguém da terceirizadora. Isso pode inibir a terceirização de atividades consideradas cruciais no negócio das empresas. 5- A nova lei vale só para novas contratações?

Não. Os contratos em vigor deverão ser alterados de acordo com as novas regras no prazo de 180 dias após a sanção presidencial da lei

O QUE DIZEM

...QUEM É A FAVOR

> A empresa terceirizada é obrigada a contratar funcionários pela CLT > Contratação de PJs continua proibida por lei quando visa burlar a CLT > Conceito de "atividade-fim" é vago e causa divergência até no Judiciário ...QUEM É CONTRA

> Haverá redução de salários e de direitos trabalhistas > Apenas quem contrata será beneficiado

> Pessoas serão demitidas e recontratadas como pessoa jurídica > Arrecadação vai cair por causa da sonegação e da informalidade

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Referências

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