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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

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Academic year: 2021

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Texto

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1. Compreensão e Interpretação de Textos

COESÃO E COERÊNCIA

A coesão é a ligação entre os elementos de um texto, que ocorre no interior das frases, entre as próprias frases e entre os vários parágrafos. Pode-se dizer que um texto é coeso quando os conectivos são empregados corretamente.

Já a coerência diz respeito à ordenação de idéias, dos argumentos. A coerência depende

obviamente da coesão. um texto com problemas de coesão terá , com certeza , problemas de

coerência. Veja alguns casos :

1 – Uso inadequado do conectivo :- preposição , conjunção e pronome relativo

2 – Falta de sequência lógica

3 – Redundância :- é a repetição desnecessária de palavras, expressões ou idéias. Geralmente os textos redundantes são confusos e mais extensos do que o necessário.

4 – Ambiguidade :- é uma falha na estrutura frasal, que terá que ser desfeita, caso ocorra, na produção de um texto.

Veja estas duas frases, retiradas de um vestibular da Fuvest - SP , em que o aluno era solicitado a desfazer a ambigüidade:

“Ele me trata como irmão”.

Essa frase pode ser compreendida de duas maneiras: a) Ele me trata como se eu fosse irmão dele.

b) Ele me trata como um irmão me trataria. Outro caso : “O menino viu o incêndio do prédio”.

Pode-se inferir daí que o menino viu um prédio que se incendiava ou o menino estava num prédio quando o incêndio que acontecia em outro local.

Discurso Dissertativo de Caráter Científico Observe :

a) A inflação corrói o salário do operário.

b) Eu afirmo que a inflação corrói o salário do operário. Os dois enunciados acima pretendem transmitir o mesmo conteúdo: a inflação corrói o salário do operário. Há, no entanto, uma diferença entre eles. No primeiro, o enunciador (aquele que produz o enunciado ) ausentou-se do enunciado , não colocando nele nem o “eu” , que indica aquele que fala , nem um verbo que significa o ato de dizer. No segundo, ao contrário , ao dizer “eu afirmo”, o enunciador inseriu-se no enunciado, explicitando quem é o responsável por sua produção. No primeiro caso, pretende-se criar um efeito de sentido de objetividade, pois se enfatizam as informações a serem transmitidas; no segundo ,o que se quer é criar um efeito de sentido de subjetividade , mostrando que a informação veiculada é o ponto de vista de um indivíduo sobre a realidade.

O discurso dissertativo de caráter científico deve ser elaborado de maneira a criar um efeito de objetividade, pois pretende dar destaque ao conteúdo das informações feitas

(ao enunciado) e não à subjetividade de quem as proferiu (ao enunciador ). Quer concentrar o debate nesse foco e por isso adota expedientes que, de um lado, procuram neutralizar a presença do enunciador nos enunciados e, de outro, põem em destaque os enunciados, como se substituíssem por si mesmos.

Para neutralizar a presença do enunciador, isto é , daquele que produz o enunciado , usam-se certos procedimentos lingüísticos , que passaremos a expor: a) Evitam-se os verbos de dizer na primeira pessoa ( digo , acho ,afirmo , penso, etc. ) e com isso procura-se eliminar a idéia de que o conteúdo de verdade contido no enunciado seja mera opinião de quem o proferiu

Não se diz, portanto: Eu afirmo que os modelos científicos

devem ser julgados pela sua utilidade.

Mas simplesmente: Os modelos científicos devem ser

julgados pela sua utilidade.

b) Quando, eventualmente, se utilizam verbos de dizer , são verbos que indicam certeza e cujo sujeito se dilui sob a forma de um elemento de significação ampla e impessoal , indicando que o enunciado é produto de um saber coletivo, que se denomina ciência. Assim, o enunciador vem generalizado por “nós” em vez de “eu” ou oculto:

Temos bases para afirmar que a agricultura constitui uma alternativa promissora para a nossa economia.

ou,

Pode-se garantir que a agricultura. . .

ou ainda ,

Constata-se que a agricultura. . .

Em geral, não se usa a primeira pessoa do singular no discurso científico.

c) A exploração do valor conotativo das palavras não é apropriada ao enunciado científico. Nele, os vocábulos devem ser definidos e ter um só significado. Num texto de astronomia, “lua” significa satélite da Terra e não uma

sonora barcarola ou astro dos loucos e enamorados.

d) Deve-se usar a língua padrão na sua expressão formal, não se ajusta a ele o uso de gírias ou quaisquer usos lingüísticos distanciados da modalidade culta e formal da língua.

Vamos expor alguns expedientes que servem para fundamentar esse tipo de enunciado e aumentar seu poder de persuasão.

e) A argumentação pode basear-se em operações de raciocínio lógico, tais como as implicações de causa e efeito, conseqüência e causa, condição e ocorrência , etc.

f) Pode-se desqualificar o enunciado científico atribuindo-o à opinião pessoal do enunciador ou restringindo a universidade da verdade que ele afirma.

Roberto supõe que o espaço social brasileiro se divida em casa , rua e outro mundo.

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Como se pode notar, ao introduzir o enunciado por

um verbo de dizer ( supõe ) que não indica certeza , reduz-se o enunciado a uma simples opinião.

Observe-se ainda outro exemplo:

O átomo foi considerado, por muito tempo, como a menor partícula constituinte da matéria.

Não é preciso dizer que o verbo ( foi considerado ) e a restrição de tempo ( por muito tempo) esvaziam o enunciado do seu caráter de verdade geral e objetiva. g) Ataque ao expediente de argumentação , veja:

? citando autores renomados que contrariam o conteúdo afirmado no enunciado ou evidenciando que o enunciador não compreendeu o significado da citação que fez;

? desautorizando os dados de realidade apresentados como prova ou mostrando que o enunciador, a partir de dados corretos , por equívoco de natureza lógica , tirou conclusões inconseqüentes.

Ex.: O controle demográfico é uma das soluções urgentes

para o desenvolvimento dos países subdesenvolvidos : as estatísticas comprovam que os países desenvolvidos o praticam.

Desqualificação:

O dado estatístico apresentado é verdadeiro , mas o enunciado é inconsistente , pois pressupõe uma relação de causa e efeito difícil de ser demonstrada , isto é , que o controle demográfico seja capaz de produzir o desenvolvimento. O mais lógico é inverter a relação : o desenvolvimento gera o controle demográfico , e não o contrário.

Enunciados

1. identificar: reconhecer, apontar elementos no texto (exemplificar);

2. comentar: opinar sobre elementos do texto;

3. interpretar: reproduzir o conteúdo de trechos ou do conjunto do texto

4. explicar: reconhecer os elementos de causa e conseqüência do texto, subordinando-os;

5. analisar: fazer afirmações argumentativamente;

6. comparar: estabelecer relações de semelhança e/ou contraste entre dois ou mais textos.

Resumo = distinguir as idéias centrais do texto e sintetizá-lo. Paráfrase = reescrever o texto, “traduzir” com palavras próprias.

Erros clássicos

1. extrapolação: ir além dos limites do texto; indevidamente acrescentar elementos desnecessários à compreensão do texto;

2. redução: abordar apenas uma parte, um aspecto do texto quebrar o conjunto, isolar o texto do contexto;

3. contradição: chegar a uma conclusão contrária à do texto perde passagens do desenvolvimento do texto, invertendo o seu sentido.

Analisar:

* Perceber a estrutura do texto, as partes de que se compõe: parágrafos (prosa) estrofes (poesia);

* Relacionar idéias básicas e tipos de raciocínio; * Verificar o tipo de linguagem.

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A SELEÇÃO LEXICAL

Temas e figuras são palavras e expressões que servem para revestir as estruturas mais abstratas do texto. Os temas são mais abstratos que as figuras. Enquanto estas representam no texto coisas e acontecimentos do mundo natural, aqueles interpretam e explicam os fatos que ocorrem e tudo aquilo que existe no mundo.

Temas e figuras pertencem ao léxico de uma língua. O léxico consiste no repertório de palavras de que uma dada língua dispõe. Em sentido amplo, podemos considerar o léxico como sinônimo de vocabulário. Tem ele diferentes situações:

1) gírias = vocabulário especial usado por um dado segmento social.

Ex.: rangar = tomar refeição não embaça = não perturba

2) regionalismo = vocabulário próprio de uma dada região. Ex.: piá = menino , no Sul do Brasil

bergamota = mexerica , no Rio Grande do Sul

3) jargão = vocabulário típico de uma dada especialidade profissional.

Ex.: desaquecimento da demanda = situação em que se compra menos

4) estrangeirismo = termos estrangeiros incorporados a nossa língua.

Ex.: spread = taxa de risco que se paga sobre um

empréstimo

software = programas do computador

5) arcaísmo = palavras ou expressões caídas em desuso. Ex.: festinar = apressar

físico = médico

6) neologismo = palavras recentemente criadas. Ex.: televisar = transmitir pela televisão

principismo = atitude de intransigência na defesa de princípios

informatizar = submeter a tratamento informático

O autor de um texto, para criar um determinado efeito de sentido, pode escolher figuras dentro de uma determinada região do léxico (vocabulário). Pode escrever seu texto em gíria, ou utilizar um vocabulário regionalista , ou ainda fazer uso de muitos arcaísmos. O que importa , para uma boa leitura , não é apenas identificar a escolha feita pelo autor , mas qual é a função que ela tem no sentido do texto. A escolha de temas e figuras em determinadas regiões do léxico produz certos efeitos de sentido. Observe alguns setores lexicais e efeitos de sentido que produzem :- 1) gírias: sobretudo em textos narrativos , caracterizar o personagem através da linguagem que utiliza;

2) arcaísmos: recuperar certa época , ridicularizar certo personagem que ainda insiste em utilizá-los ;

3) neologismos: caracterizar personagens ou épocas ; 4) regionalismos ou estrangeirismos :- caracterizar , por exemplo, a procedência de um personagem ;

5) jargão : caracterizar a competência de quem o utiliza. INTERPRETAÇÃO DE TEMA

Você já observou que é importante identificar o assunto da redação, do assunto partir para a delimitação do mesmo, o que chamamos tema ¾ uma espécie de “fatia” do assunto. Só deverá, porém, iniciar a desenvolvê-lo depois que tiver um objetivo ( aquilo que responderia à pergunta: “O que eu quero provar, demonstrar ?”).

Isso também é fundamental para que sua redação não seja eliminada ou descaracterizada por:

1. FUGA AO ASSUNTO / TEMA

2. INTERPRETAÇÃO ERRADA ( intencional ou não ) Ou ainda para que não tenha sua nota reduzida drasticamente por;

1. DESVIO DO TEMA PROPOSTO

2. POBREZA DE CONTEÚDO QUANDO O TEMA É FORNECIDO

O tema poderá vir definido, inclusive na forma de um título proposto, sobre o qual você deverá discorrer. A única preocupação será ler, analisar os termos que compõem o título, para daí, formular 3/4 mesmo que mentalmente 3/4 o seu objetivo. Isso nem sempre facilita as coisas, por isso fique atento.

Vamos analisar um tema:

“O mundo compreendeu e o dia amanheceu em paz”. Pergunte-se: Que palavras da frase são mais importantes, significativas?

Resposta: “compreendeu” e “paz”. Daí você deduz que só a compreensão entre os homens pode conduzir à paz universal.

Cuidado: Não se esqueça que no título está explicitada a palavra mundo, não reduza o tema ao Brasil somente. FORMULAÇÃO DE OBJETIVO

Provar (mostrar) que, para haver a tão almejada paz entre os homens, é preciso que eles se tornem compreensivos e tolerantes uns com os outros. . .

O entendimento de um texto, ainda o elemento básico de comunicação humana, implica uma análise: a sua decomposição em partes. Só assim, o seu entendimento é possível.

LEITURA

Interessa a todos saber que procedimento se deve adotar para tirar o maior rendimento possível da leitura de um texto. Mas não se pode responder a essa pergunta sem antes destacar que não existe para ela uma solução mágica, o que não quer dizer que não exista solução alguma. Genericamente, pode-se afirmar que uma leitura proveitosa pressupõe, além do conhecimento lingüístico propriamente dito, um repertório de informações exteriores ao texto, o que se costuma chamar de conhecimento de mundo.

A título e ilustração,observe a questão seguinte, extraída de um vestibular da UNICAMP: Às vezes, quando um texto é ambíguo, é o conhecimento de mundo que o leitor tem dos fatos que lhe permite fazer uma interpretação adequada do que se lê. Um bom exemplo é o texto que segue:

"As video-locadoras de São Carlos estão escondendo suas fitas de sexo explícito. A decisão atende a uma portaria de dezembro de 1991, do Juizado de Menores, que proíbe que as casas de vídeo aluguem, exponham e vendam fitas pornográficas a menores de 18 anos. A portaria proíbe ainda os menores de 18 anos de irem a motéis e

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rodeios sem a companhia ou autorização dos pais. (Folha Sudeste, 6/6/92)".

É o conhecimento lingüístico que nos permite reconhecer a ambigüidade do texto em questão (pela posição em que se situa, a expressão sem a companhia ou autorização dos pais permite a interpretação de que com a companhia ou autorização dos pais os menores podem ir a rodeios ou motéis). Mas o nosso conhecimento de mundo nos adverte de que essa interpretação é estranha e só pode ter sido produzida por engano do redator. É muito provável que ele tenha tido a intenção de dizer que os menores estão proibidos de ir a rodeios sem a companhia ou autorização dos pais e de freqüentarem motéis. Como se vê, a compreensão do texto depende também do conhecimento de mundo, o que nos leva à conclusão de que o aprendizado da leitura depende muito das aulas de Português, mas também de todas as outras disciplinas sem exceção. TRÊS QUESTÕES BÁSICAS

Uma boa medida para avaliar se o texto foi bem compreendido é a resposta a três questões básicas:

I - Qual é a questão de que o texto está tratando? Ao tentar responder a essa pergunta, o leitor será obrigado a distinguir as questões secundárias da principal, isto e, aquela em torno da qual gira o texto inteiro. Quando o leitor não sabe dizer do que o texto está tratando, ou sabe apenas de maneira genérica e confusa, é sinal de que ele precisa ser lido com mais atenção ou de que o leitor não tem repertório suficiente para compreender o que está diante de seus olhos.

II - Qual é a opinião do autor sobre a questão posta em discussão? Disseminados pelo texto, aparecem vários indicadores da opinião de quem escreve. Por isso, uma leitura competente não terá dificuldade em identificá-la. Não saber dar resposta a essa questão é um sintoma de leitura desatenta e dispersiva.

III - Quais são os argumentos utilizados pelo autor para fundamentar a opinião dada? Deve-se entender por argumento todo tipo de recurso usado pelo autor para convencer o leitor de que ele está falando a verdade. Saber reconhecer os argumentos do autor é também um sintoma de leitura bem feita, um sinal claro de que o leitor acompanhou o desenvolvimento das idéias. Na verdade, entender um texto significa acompanhar com atenção o seu percurso argumentativo.

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

Enfim, as férias

Férias, plural de féria, significava em latim os dias

especiais consagrados à celebração religiosa. Féria

singular - teve em feira sua corruptela, passando a significar dia comum, como se vê nos dias da semana.

Mas, a etimologia em nada revela o significado atual, pois o conceito de férias vem-se modificando através dos anos, mudando radicalmente de sentido, agora no fim da primeira década do terceiro milênio. Agora, nesta ruidosa década, significa correria, disputa por lugares em aviões e hotéis, excursões numerosas, aumento de população flutuante nas localidades turísticas, de forma desordenada, gerando, com isso, desconforto, desordem e insatisfação generalizada.

Nenhum de nós é capaz de pensar em curtir dias de lazer simples, de leituras leves ou aprofundadas, ou simplesmente, descansar, pensar e rever o que fez durante o ano: refletir é proibido.

Parece que no momento que abandonamos a rotina, temos medo de olhar para trás, para dentro de nós mesmos, de nos vermos sem a bengala rotineira do trabalho ou das obrigações cotidianas que balizam nossas ações durante o ano. A rotina é a muleta de apoio para enfrentarmos a vida.

Muitas pessoas declaram que até mesmo suas pequenas férias semanais, o domingo, é o dia mais triste da semana.

CARVALHO, Nelly. Opinião. Jornal do Commercio. p.13. 07.01.2011.

01. (UPE) Segundo a autora, na atualidade,

A) as pessoas valorizam mais as férias, relaxando mais. B) o conceito de férias tem-se modificado de forma radical. C) poucos são os que viajam durante as suas férias. D) férias significa época de atividades muito organizadas. E) durante as férias, as pessoas tendem a se solidarizar com os outros.

02. (UPE) Em uma das passagens do texto, a autora refere-se à atual década como sendo

A) a muleta de apoio. B) ruidosa.

C) época de correria. D) um momento de reflexão. E) uma fase de atividades ordenadas.

03. (UPE) Quando a autora se utilizou do trecho “Refletir é proibido”, ela quis afirmar que

A) durante as férias, de um modo geral, as pessoas param para rever o seu passado.

B) cotidianamente, a humanidade aprecia muito refletir sobre os seus gestos e suas ações.

C) não somente nas férias, mas durante todo o ano, existe uma tendência humana em refletir sobre os fatos vividos. D) as pessoas, durante as férias, atropelam seus gestos e ações e não se permitem parar para refletir sobre o seu passado.

E) à exceção de poucos, a reflexão é algo quase em desuso em qualquer época do ano.

04. (UPE) Existe uma passagem do texto em que a autora se reporta à rotina como algo de grande relevância à vida humana. Sobre ela, a autora afirma que A) é algo abominável entre as pessoas.

B) as ações rotineiras enriquecem o homem.

C) a quebra da rotina durante as férias torna os homens inseguros.

D) todo indivíduo rejeita fortemente atividades rotineiras. E) nem sempre a rotina é benéfica à vida humana.

A língua do Brasil amanhã

Ouvimos com freqüência opiniões alarmantes a respeito do futuro da nossa língua. Às vezes se diz que ela vai simplesmente desaparecer, em benefício de outras línguas supostamente expansionistas (em especial o inglês, atual candidato número um a língua universal); ou que vai se misturar com o espanhol, formando o “portunhol”; ou, simplesmente, que vai se corromper pelo uso da gíria e das formas populares de expressão (do tipo: o casaco que cê ia

sair com ele tá rasgado). Aqui pretendo trazer uma opinião

mais otimista: a nossa língua, estou convencido, não está em perigo de desaparecimento, muito menos de mistura. Por outro lado (e não é possível agradar a todos), acredito que nossa língua está mudando, e certamente não será a mesma.

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O que é que poderia ameaçar a integridade ou a existência

da nossa língua? Um dos fatores, freqüentemente citado, é a influência do inglês – o mundo de empréstimos que

andamos fazendo para nos expressarmos sobre certos assuntos.

Não se pode negar que o fenômeno existe; o que mais se faz hoje em dia é surfar, deletar ou tratar do marketing. Mas isso não significa o desaparecimento da língua portuguesa. Empréstimos são um fato da vida, e sempre existiram. Hoje pouca gente sabe disso, mas avalanche, alfaiate, tenor e

pingue-pongue são palavras de origem estrangeira; hoje já

se naturalizaram, e certamente ninguém vê ameaça nelas. Quero dizer que não há o menor sintoma de que os empréstimos estrangeiros estejam causando lesões na língua portuguesa; a maioria, aliás, desaparece em pouco tempo, e os que ficam se assimilam. O português, como toda língua, precisa crescer para dar conta das novidades sociais, tecnológicas e culturais; para isso, pode aceitar empréstimos – ravióli, ioga, chucrute, balé – e também pode (e com maior freqüência) criar palavras a partir de seus próprios recursos – como computador, ecologia, poluição - ou estender o uso de palavras antigas a novos significados –

executivo ou celular, que significam hoje coisas que não

significavam há vinte anos.

Mas isso não quer dizer que a língua esteja em perigo. Está só mudando, como sempre mudou, se não ainda estaríamos falando latim. Achar que a mudança da língua é um perigo é como achar que o bebê está “em perigo” de crescer.

Não estamos em perigo de ver nossa língua submergida pela maré de empréstimos ingleses. A língua está aí, inteira: a estrutura gramatical não mudou, a pronúncia é ainda inteiramente nossa, e o vocabulário é mais de 99% de fabricação nacional.

Uma atitude mais construtiva é, pois, reconhecer os fatos, aceitar nossa língua como ela é, e desfrutar dela em toda a sua riqueza, flexibilidade, expressividade e malícia.

(Mário A. Perini. A língua do Brasil amanhã e outros mistérios. São Paulo: Parábola Editorial, 2004, pp. 11-24. Adaptado).

5. (UFPE) A idéia central que perpassa o texto 1 poderia ser sintetizada nos termos que se seguem.

A) A língua inglesa, graças à sua prática expansionista, representa, no momento, a possibilidade de tornar-se uma língua universal e única.

B) As mudanças de uma língua não constituem ameaça à sua sobrevivência, mas são simples acomodação às necessidades históricas de seu uso.

C) Há línguas cuja integridade está ameaçada, devido ao contingente de palavras estrangeiras e à ação corrosiva da gíria e das formas populares de expressão.

D) Palavras antigas podem assumir novos significados, a partir dos recursos de que a língua dispõe para responder às inovações impostas pela evolução.

E) A estrutura gramatical, a pronúncia e quase todo o vocabulário da língua portuguesa constituem o núcleo de resistência às mudanças radicais de seu uso.

6. (UFPE) Pela compreensão global do texto, podemos admitir, como conclusão geral, que:

A) existem línguas passíveis de serem assimiladas e de se tornarem línguas universais.

B) a influência do inglês é freqüentemente reconhecida como fator de mudança.

C) são inconsistentes as previsões negativas acerca do futuro da língua portuguesa.

D) o fenômeno dos empréstimos lingüísticos se naturaliza e pode passar despercebido.

E) o latim teria sobrevivido historicamente, se fosse uma língua mais rica, mais flexível e expressiva.

7. (UFPE) A tese principal defendida pelo autor se apóia no argumento de que:

A) os empréstimos estrangeiros causam lesões na língua, embora sejam efêmeros e assimiláveis.

B) há palavras cujos usos se estenderam e, por isso, receberam novos significados.

C) a língua portuguesa se distingue por ricos padrões de flexibilidade e expressividade.

D) a língua precisa crescer para dar conta das novidades sociais, tecnológicas e culturais.

E) a língua portuguesa tem uma tradição construtiva e merece que dela desfrutemos.

Nasce um escritor

O primeiro dever passado pelo novo professor de português foi uma descrição tendo o mar como tema. A classe se inspirou, toda ela, nos encapelados mares de Camões, aqueles nunca dantes navegados. Prisioneiro no internato, eu vivia na saudade das praias do Pontal onde conhecera a liberdade e o sonho. O mar de Ilhéus foi o tema de minha descrição.

Padre Cabral levara os deveres para corrigir em sua cela. Na aula seguinte, entre risonho e solene, anunciou a existência de uma vocação autêntica de escritor naquela sala de aula. Pediu que escutassem com atenção o dever que ia ler. Tinha certeza, afirmou, que o autor daquela página seria no futuro um escritor conhecido. Não regateou elogios. Eu acabara de completar onze anos.

Passei a ser uma personalidade, segundo os cânones do colégio, ao lado dos futebolistas, dos campeões de matemática, dos que obtinham medalhas. Fui admitido numa espécie de Círculo Literário onde brilhavam alunos mais velhos. Nem assim deixei de me sentir prisioneiro. Houve, porém, sensível mudança na limitada vida do aluno interno: o padre Cabral tomou-me sob sua proteção e colocou em minhas mãos livros de sua estante. Primeiro “As Viagens de

Gulliver”, depois clássicos portugueses, traduções de

ficcionistas ingleses e franceses.

Recordo com carinho a figura do jesuíta português, erudito e amável. Menos por me haver anunciado escritor, sobretudo por me haver dado o amor aos livros, por me haver revelado o mundo da criação literária. Ajudou-me a suportar aqueles dois anos de internato, a fazer mais leve a minha prisão, minha primeira prisão.

(Jorge Amado. O menino Grapiúna. Rio de Janeiro: Record, 1987, p. 117-120. Adaptado).

8. (UFPE) Uma análise da forma como o texto 3 está construído nos faz reconhecê-lo como um texto predominantemente:

A) descritivo, pelo qual se atribui qualidade aos lugares e às pessoas que compõem a cena.

B) expositivo, em que alguns fenômenos são identificados, definidos e exemplificados.

C) instrucional, que incita à ação, a um modo de operar; daí a força imperativa dos verbos.

D) narrativo, organizado em seqüências temporais e com indicação circunstancial de lugar.

E) dissertativo, com predominância de um tom crítico e taxativamente persuasivo.

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9. (UFPE) Analisando as idéias e informações gerais

expressas no texto 3, podemos concluir que:

A) a literatura camoniana, por seu estilo rebuscado e eloqüente, não favorece a inspiração de escritores iniciantes.

B) as produções literárias que se baseiam nas idéias da liberdade e do sonho propiciam o nascimento de novos escritores.

C) as autênticas vocações literárias dependem da personalidade do escritor, como dependem do atleta as habilidades para o exercício do esporte.

D) a erudição escolar representa condição de liberdade para as incipientes vocações literárias que se sentem aprisionadas.

E) o universo da produção literária também é circunstancial e pode vir na seqüência de influências externas.

10. (UFPE) Analise o último parágrafo do texto: Recordo

com carinho a figura do jesuíta português, erudito e amável. Menos por me haver anunciado escritor, sobretudo por me haver dado o amor aos livros, por me haver revelado o mundo da criação literária. Ajudou-me a suportar aqueles dois anos de internato, a fazer mais leve a minha prisão, minha primeira prisão”. No trecho sublinhado, o autor:

A) estabelece uma oposição, fazendo correções em relação ao que é afirmado antes.

B) dá uma justificativa para o que diz antes, estabelecendo uma gradação.

C) explicita sua opinião, levantando hipóteses de esclarecimento.

D) atenua suas afirmações, reavaliando o que dissera anteriormente.

E) indica um estado de incerteza em relação ao que diz, propondo novos sentidos.

11. (UFPE) Pela compreensão global dos elementos presentes na tira acima, podemos admitir que seu conteúdo: 1) simboliza uma crítica às oportunidades de expressão: ao povo é vedado o acesso ao papel de emissor de mensagens.

2) enfoca a ausência de reciprocidade na interação entre o poder e seus subordinados.

3) destaca a assimetria com que a palavra circula nos meios sociais: a palavra está sempre com quem detém o poder. 4) evidencia o cuidado das autoridades para manterem em aberto o diálogo franco e irrestrito.

5) restringe-se ao universo biológico das relações entre as diferentes categorias, dentro da mesma espécie.

Estão corretas apenas:

A) 1, 2 e 4 B) 1, 2 e 3 C) 1, 3 e 4 D) 2, 3 e 5 E) 3, 4 e 5

Profissionais treinam em acidente simulado O plano de emergência para transporte de produtos perigosos na Região Metropolitana do Recife (Previne) realizou, ontem pela manhã, a primeira simulação do ano. Para isso, um caminhão carregando 10 mil litros de álcool etílico e uma Kombi foram colocados em uma das faixas da BR-232, no Curado, em posição que simulava uma colisão traseira. Para representar a combustão do álcool, foi usado um sinalizador que liberava uma fumaça alaranjada. Três bombeiros participaram como vítimas da simulação. Esta foi a etapa final de uma capacitação que envolveu órgãos públicos e privados de Pernambuco com o objetivo de treinar profissionais para atuar nos acidentes envolvendo carregamentos de materiais como álcool, gasolina e diesel. Participaram da capacitação 42 profissionais de órgãos como o Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária Federal, Estadual, Codecipe, Petrobras, Chesf e empresas privadas. Todos receberão um certificado e poderão repassar o que aprenderam nas empresas ou instituições de origem.

Apesar de considerado satisfatório pela coordenadora do Previne, Suely Ferreira, o procedimento das equipes do Grupamento de Bombeiros de Atendimento Pré-Hospitalar (GBAPH), do Corpo de Bombeiros (CB) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), apresentou falhas. "Tivemos três grandes problemas. O Corpo de Bombeiros não isolou a área antes de começar a atender os feridos e conter o incêndio. O GBAPH demorou 25 minutos para chegar quando o ideal seria 12 minutos e a PRF não informou sobre o acidente à Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (CPRH)", explicou. O Major do CB, Márcio Tenório, afirmou que os resultados da simulação são importantes para o aperfeiçoamento do órgão. "É preciso identificar as falhas para resolvê-las", resumiu.

Dados – Em apenas 15 dias do último mês de agosto, o Previne vistoriou 880 caminhões nas principais BRs e PEs do estado. O programa verificou que a maioria dos caminhões que transporta as substâncias não possui kits de emergência e os motoristas não são devidamente capacitados para enfrentar acidentes ou eventuais vazamentos da carga perigosa.

In: Diario de Pernambuco. Vida urbana. 23 de set. de 2006. p.C5. Adapt.

12. Considerando a tipologia do texto, sua finalidade principal é

A) descrever o plano de emergência para transporte de produtos perigosos.

B) divulgar a ação de órgãos públicos no transporte de combustíveis.

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C) informar acerca de um treinamento sobre o transporte de

produtos perigosos.

D) narrar as falhas em um treinamento de transporte de combustíveis.

E) normatizar as regras para transporte de produtos combustíveis.

13. Considerando que a organização do Texto 1 se dá com base em dados que podem ser sintetizados nas expressões

o quê, quem, onde, quando, como, por quê identifique a

alternativa que relaciona corretamente expressão e informação.

A) ontem pela manhã – como.

B) em uma das faixas da BR-232, no Curado – onde. C) em posição que simulava uma colisão traseira – o quê. D) O Corpo de Bombeiros não isolou a área – por quê. E) demorou 25 minutos para chegar – quando.

14. Identifique a alternativa que contém a informação coerente com o texto.

A) A capacitação treinou profissionais de órgãos públicos e privados.

B) A combustão do álcool liberou uma fumaça alaranjada. C) A PRF falhou ao demorar 25 minutos para chegar ao local do acidente.

D) Participaram da capacitação 42 profissionais do Corpo de Bombeiros.

E) Um caminhão com 10 mil litros de álcool e uma Kombi colidiram na BR-232.

15. A última parte do texto, pelo seu conteúdo, serve de A) divulgação da intensidade do tráfego de caminhões de combustível na BR-232.

B) exemplo das normas de segurança no transporte de produtos combustíveis.

C) indicador do volume de trabalho do Previne na Região Metropolitana do Recife.

D) informação sobre o perfil dos profissionais de transporte de combustíveis.

E) justificativa para a necessidade de treinamento no transporte de combustíveis.

Três idades A primeira vez que te vi,

Eu era menino e tu menina. Sorrias tanto... Havia em ti Graça de instinto, airosa e fina. Eras pequena, eras franzina... (...)

Quando te vi segunda vez, Já eras moça, e com que encanto A adolescência em ti se fez! Flor e botão... Sorrias tanto... E o teu sorriso foi meu pranto... (...)

Vejo-te agora. Oito anos faz, Oito anos faz que não te via... Quanta mudança o tempo traz Em sua atroz monotonia! Que é do teu riso de alegria? Foi bem cruel o teu desgosto.

Essa tristeza é que mo diz... Ele marcou sobre o teu rosto A imperecível cicatriz: És triste até quando sorris...

BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. 20ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993. pp. 62-63.

16. O tema do texto está melhor explicitado em: A) uma amizade que superou a ação do tempo. B) as alegrias de uma vida muito feliz.

C) um grande amor vivido no passado. D) o reencontro de pessoas que se amaram. E) a vida, seus percalços, suas marcas.

17. Assinale os tópicos utilizados pelo poeta para desenvolver o tema.

1. Marcação da passagem do tempo

2. Ponderação sobre as amarguras da velhice 3. Reminiscências da infância e adolescência 4. Reflexão sobre o tempo perdido

5. Elemento de ligação das partes do texto: sorriso Os tópicos assinalados são os de número:

A) 1, 2 e 3. B) 1, 3 e 4. C) 1, 3 e 5. D) 2, 4 e 5. E) 3, 4 e 5.

(8)

8

18. (UFPE) Os dois textos apresentados acima, quanto à

temática que desenvolvem, podem ser considerados: A) paradoxais, pois, enquanto o texto 1 explora o minucioso cuidado do ofício de fazer poesia, o texto 2 explora a idéia de que escrever com desenvoltura dispensa tenacidade e pertinácia.

B) análogos, embora o eixo das semelhanças entre eles se restrinja à forma de sua superfície e, assim, as perspectivas com que os temas são abordados se distanciem essencialmente.

C) inter-relacionados, ainda que a perspectiva escolhida em um e outro texto descarte a idéia de que, em qualquer escrita, existe um sujeito que, de diferentes modos, intervém em seu texto.

D) centrados na mesma questão, embora, no texto 1, sobressaia a analogia, o cuidado com a forma e a inversão na ordem das palavras, conforme os padrões do gênero e da filiação literária do autor.

E) convergentes, mesmo tendo em conta que o texto 2 assume uma perspectiva puramente lingüística, desconsiderando os fatores presentes na situação em que ocorre a atividade verbal.

19. (UFPE) Correlacionando os dois textos, quanto a aspectos de seu conteúdo e de sua organização, podemos concluir que:

A) o trecho do poema: “torce, aprimora, alteia, lima a frase” poderia encontrar uma justificativa, no texto 2, em “Sempre

queremos um texto ainda melhor do que o que chegamos a produzir”.

B) se “Escrever é uma das atividades mais complexas que o ser humano pode realizar”, para o poeta, escrever tem a simplicidade de quem desenha uma flor.

C) nos dois textos, a visão do poeta e a do escritor comum, sobre o resultado de seus ofícios, coincidem enquanto D) o centro da discussão, em ambos os textos, é a aprendizagem da escrita, que, ao jeito do ourives,

se assenta sobre a exploração de habilidades inatas e naturais.

E) enquanto, para o poeta, a escrita requer perícia, e perfeição, para o outro autor, a „desenvoltura‟ na tarefa de escrever é privativa dos profissionais da escrita.

20. (UFPE) No texto 1, alguns elementos são colocados em equivalência, uma estratégia do autor para reiterar a analogia sobre a qual se assenta sua criação poética. Analise o que se afirma abaixo sobre essas equivalências. 1) O „ourives‟ e o „poeta‟ estão no mesmo plano dafiguração criada no poema.

2) A „pena‟ e o „cinzel‟ representam, cada um em seu espaço, o instrumento de trabalho.

3) Se um dos artistas trabalha sobre a „prata firme‟, o outro faz suas criações sobre o „papel‟.

4) O poeta deseja ter o esmero que ele supõe ter o ourives quando aprimora sua obra.

5) Só os peritos conseguem atingir a perfeição, no ofício de, ao jeito do ourives, produzir notícias. Estão corretas:

A) 1, 2, 3 e 4 apenas B) 2, 4 e 5 apenas C) 1 e 3 apenas D) 3, 4 e 5 apenas E) 1, 2, 3, 4 e 5

21. (UFPE) No texto 2, o autor vincula a complexidade da atividade de escrever ao fato de essa atividade:

A) exigir a dedicação diuturna de profissionais engajados na comunicação regulada pelas possibilidades estilísticas da língua.

B) mobilizar diferentes capacidades psíquicas e cognitivas e requerer o domínio de conhecimentos de diversas ordens. C) dificultar a manutenção de todas as sutilezas que correspondem à percepção original acerca de um fato ou de um pensamento.

D) pressupor um sujeito culturalmente cioso da possibilidade de um texto dever chegar a uma forma articulada e perfeita. E) possibilitar a expressão artística de emoções, pensamentos, sensações e significados, de uma forma inalcançável para o escritor comum.

GABARITO:

1 – B 2 – B 3 – D 4 – C 5 – B 6 – C 7 – D 8 – D 9 – E 10 – B 11 – B 12 – C 13 – B 14 – A 15 – E 16 – E 17 – C 18 – D 19 – A 20 – A 21 – B

Referências

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