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A APLICAÇÃO DE CAPITAIS, IMPOSTO DO SELO E IMPOSTO DE CONSUMOC

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MARÇO 2012

REFORMA FISCAL: IMPO

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Integrado na reforma fiscal que está em curso, a Imprensa Nacional disponibilizou recentemente o suplemento do Diário da República, datado de 30.12.2011, onde é publicada a revisão ao Código do Imposto sobre a Aplicação de Capitais, o novo Código do Imposto do Selo e a revisão ao Regulamento do Imposto de Consumo. Estes três diplomas entraram em vigor em 1 de Janeiro de 2012.

I. CÓDIGO DO IMPOSTO SOB I. CÓDIGO DO IMPOSTO SOB I. CÓDIGO DO IMPOSTO SOB

I. CÓDIGO DO IMPOSTO SOBRE A APLICAÇÃO DE CAPITAISRE A APLICAÇÃO DE CAPITAISRE A APLICAÇÃO DE CAPITAISRE A APLICAÇÃO DE CAPITAIS

A revisão a este Imposto sobre a Aplicação de Capitais (IAC) foi aprovada pelo Decreto Legislativo Presidencial n.º 5/11, de 30 de Dezembro. As principais alterações ao IAC respeitam, essencialmente, ao alargamento das operações sujeitas a tributação na Secção B, com a alteração das obrigações declarativas e com a actualização do valor das penalidades.

Todas as alterações ao IAC são aplicáveis a pagamentos de rendimentos efectuados após 01.01.2012, excepto quanto a juros dos bilhetes e obrigações do tesouro e dos títulos do BNA, em que as alterações só se aplicam aos títulos adquiridos após a data de entrada em vigor do novo diploma.

(i) Incidência e taxas (i) Incidência e taxas (i) Incidência e taxas (i) Incidência e taxas Secção A

Secção A Secção A Secção A

Estão compreendidos nesta secção os juros de mútuos, juros provenientes de contratos de aberturas de créditos e os juros de mora (ainda que auferidos a título de indemnização ou cláusula penal).

Salvo prova em contrário, presume-se que os mútuos e aberturas de créditos vencem juros a uma taxa anual mínima de 6%.

A taxa aplicável aos rendimentos compreendidos na secção A é de 15%.

Secção B Secção B Secção B Secção B

Passam a ser tributados em sede de IAC os juros de depósitos, títulos do BNA, títulos do tesouro e obrigações do tesouro, assim como mais-valias mobiliárias.

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Lucros distribuídos ---10%

Juros de depósitos à ordem ou a prazo ---10%

Juros de Obrigações ---10%

Títulos do BNA, Títulos e Obrigações do Tesouro ---10%

Títulos referidos no ponto anterior, com maturidade igual ou superior a 3 anos ---5%

Juros de Suprimentos ---10%

Juros de créditos em conta corrente ---15%

Emissão de acções com reserva de preferência na subscrição ---10%

Mais-valias na alienação de acções ou outros títulos desde que obtidos fora de actividade comercial e por tal não sujeitos a Imposto Industrial ou Impostos dos Rendimentos de Trabalho ---10%

Royalties, incluindo aluguer de equipamento industrial, comercial ou científico 10%

Indemnizações para suspensão da actividade ---15%

Prémios de jogo ---15%

Outros rendimentos de aplicação de capitais ---15%

(ii) Liquidação, pagamento e obrigações declarativas (ii) Liquidação, pagamento e obrigações declarativas(ii) Liquidação, pagamento e obrigações declarativas (ii) Liquidação, pagamento e obrigações declarativas Secção A

Secção A Secção A Secção A

O imposto é liquidado pelo titular do rendimento ou pelo devedor, caso o titular não esteja localizado em Angola.

Secção B Secção BSecção B Secção B

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Rua Rainha Ginga, 187 – Edifício Rainha Ginga – Piso Intermédio Luanda – República de Angola

Tel: +244 222 33 67 87 Fax: +244 222 39 06 34 vca@vca-angola.com

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Largo de São Carlos, 3 1200-410 Lisboa – Portugal

Tel: +351 21 358 36 20 . Fax: +351 21 315 94 34 abbc@abbc.pt

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Esta newsletter contém informação de carácter genérico e não se destina a servir como consulta jurídica. Foi elaborada por advogados angolanos da VCA com a colaboração de advogados portugueses da ABBC, no âmbito da respectiva associação. Tem por destinatários clientes e contactos de ambos os escritórios.

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Independentemente da forma de liquidação e da secção pela qual é devido o imposto, o seu pagamento ou entrega é devido até ao último dia do mês seguinte àquele a que respeita.

Os sujeitos passivos devem apresentar uma declaração dos rendimentos recebidos, pagos ou postos à disposição, em regra, até ao final do mês de Janeiro do ano seguinte.

(iii) Territorialidade (iii) Territorialidade(iii) Territorialidade (iii) Territorialidade

Este imposto incide sobre os rendimentos pagos por entidades residentes em Angola (incluindo estabelecimentos estáveis) e sobre os rendimentos atribuídos a entidades localizadas no país (incluindo estabelecimentos estáveis).

Relativamente aos rendimentos previstos na secção A, presumem-se gerados e pagos em território nacional os rendimentos garantidos por bens localizados em Angola.

(iv) Isenções (iv) Isenções(iv) Isenções (iv) Isenções

Secção A Secção A Secção A Secção A

Estão isentos de IAC os rendimentos auferidos por instituições financeiras e cooperativas quando sujeitos a Imposto Industrial (mesmo que igualmente isentos), os juros das vendas a crédito dos comerciantes e os juros dos empréstimos sobre apólices de seguros de vida feitos por sociedades de seguros.

Secção B Secção B Secção B Secção B

Estão isentos de IAC os lucros distribuídos por uma entidade residente em Angola a um sócio residente sujeito a Imposto Industrial (ainda que esteja isento), desde que este detenha uma participação não inferior a 25% do capital social da entidade distribuidora dos lucros, por um período superior a 1 ano anterior à distribuição dos lucros.

Estão ainda isentos os juros de instrumentos de poupança aprovados pelo Ministro das Finanças (até capital de 500 mil Akz por pessoa) e os juros de contas poupança-habitação.

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II. CÓDIGO DO IMPOSTO DO SELO II. CÓDIGO DO IMPOSTO DO SELO II. CÓDIGO DO IMPOSTO DO SELO II. CÓDIGO DO IMPOSTO DO SELO

O Decreto Legislativo Presidencial n.º 6/11, de 30 de Dezembro, aprovou o Novo Código do Imposto do Selo (CIS) e respectiva Tabela.

(i) Incidência e taxas (i) Incidência e taxas (i) Incidência e taxas (i) Incidência e taxas

Destacamos abaixo as principais realidades sujeitas a Imposto do Selo, de acordo com a mais recente Tabela Geral do Imposto do Selo.

Aquisição onerosa ou gratuita de bens imóveis, bem como pela resolução, invalidade

ou extinção dos contratos respectivos ---0,003% Arrendamento e Subarrendamento ---0,004% Entradas de capital ---0,1% Escritos de contratos ---300 AKZ Garantias das obrigações:

• de prazo inferior a 1 ano ---0,3%

• de prazo igual ou superior a 1 ano ---0,2%

• sem prazo ou de prazo igual ou superior a 5 anos --- 0,1% Operações aduaneiras ---1% Operações financeiras:

• crédito de prazo igual ou inferior a 1 ano, por cada mês ou fracção ---0,5%

• crédito de prazo igual ou superior a 1 ano ---0,4%

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(ii) Territorialidade (ii) Territorialidade (ii) Territorialidade (ii) Territorialidade

É introduzida uma nova regra de territorialidade, que sujeita a tributação todos os factos e operações ocorridos em território angolano. O IS incide ainda sobre:

(i) Documentos, actos ou contratos celebrados fora do território nacional, mas apresentados em Angola para quaisquer efeitos legais;

(ii) Operações de crédito realizadas e garantias prestadas no estrangeiro a quaisquer entidades domiciliadas em Angola; (iii) Juros, comissões e outras contraprestações cobradas no estrangeiro por instituições de crédito ou sociedades

financeiras aí sedeadas ou filiais ou sucursais no estrangeiro de instituições de crédito ou sociedades financeiras angolanas, a quaisquer entidades domiciliadas em Angola;

(iv) Seguros efectuados no estrangeiro cujo risco esteja localizado em Angola.

(iii) Liquidação, pagamento e obrigações declarativas (iii) Liquidação, pagamento e obrigações declarativas (iii) Liquidação, pagamento e obrigações declarativas (iii) Liquidação, pagamento e obrigações declarativas

O imposto é liquidado por meio de verba e o pagamento é feito por meio de guia até ao final do mês seguinte.

Deverá ainda ser apresentada uma declaração anual relativamente ao imposto liquidado e o registo discriminado na contabilidade. Esta declaração é devida até ao último dia útil do mês de Março do ano subsequente.

III. REGULAMENTO DO IMPOSTO DE CONSUMO III. REGULAMENTO DO IMPOSTO DE CONSUMO III. REGULAMENTO DO IMPOSTO DE CONSUMO III. REGULAMENTO DO IMPOSTO DE CONSUMO

O Decreto Presidencial 7/11, de 30 de Dezembro, procedeu à revisão do Regulamento do Imposto de Consumo (IC) e do seu Anexo III. É significativamente alargada a base de incidência do IC relativamente a várias prestações de serviços.

(i) Incidência e taxas (i) Incidência e taxas (i) Incidência e taxas (i) Incidência e taxas

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Serviços de Hotelaria e Similares --- 10%

Serviços de Telecomunicações --- 5%

Consumo de Água ---5%

Consumo de Energia ---5%

Locação de áreas especialmente preparadas para recolha ou estacionamento colectivo de veículos ---5% Locação de máquinas ou outros equipamentos, bem como os trabalhos efectuados sobre bens móveis corpóreos ---10% Locação de áreas preparadas para conferências, colóquios, exposições, publicidade ou outros eventos ---10% Serviços de consultoria (consultoria jurídica, fiscal, financeira, contabilística, informática, de engenharia, arquitectura, economia, imobiliária, serviços de auditoria, revisão de contas e advocacia) ---5% Serviços fotográficos, de revelação de filmes e tratamento de imagens, serviços de informática e construção de páginas de internet ---5% Serviços portuários e aeroportuários e serviços de despachantes--- 5%

Serviços de segurança privada --- 5%

Serviços de turismo e viagens promovidos por agências de viagens ou operadores turísticos equiparados ---10% Serviços de gestão de cantinas, refeitórios, dormitórios, imóveis e condomínios---5%

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(ii) Liquidação e repercussão do imposto (ii) Liquidação e repercussão do imposto (ii) Liquidação e repercussão do imposto (ii) Liquidação e repercussão do imposto

Cabe ao sujeito passivo o pagamento do imposto respectivo no acto de processamento da factura ou documento equivalente, momento em que o imposto se torna devido e exigível. Passa a prever-se expressamente a faculdade de ser repercutido o imposto aos adquirentes dos bens e serviços sujeitos a tributação.

No caso de serviços prestados por entidades não-residentes, a liquidação deverá ser realizada pelas entidades adquirentes dos serviços que residam em Angola e que se encontrem sujeitas a Imposto Industrial.

Referências

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