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A GESTÃO DO RPPS SOB O ENFOQUE DA CONTABILIDADE

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A GESTÃO DO RPPS

SOB O ENFOQUE DA CONTABILIDADE

Por Otoni Gonçalves Guimarães

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OBJETIVOS DA CONTABILIDADE PÚBLICA

É importante lembrar que o objetivo da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é fornecer aos

usuários informações sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária,

econômica, financeira e física do patrimônio da entidade do setor público e suas mutações, em apoio ao processo de tomada de decisão; a adequada prestação de contas; e o necessário suporte para a instrumentalização do controle social

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OBSERVÂNCIA DA LEGALIDADE

A Contabilidade Pública Nacional que continua no processo de convergência aos padrões internacionais, se ampara, primordialmente, nos fundamentos das Leis nº 4.320, de 17 de março de 1964 e Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000, a Lei da Responsabilidade Fiscal, além das normas emanadas do Conselho Federal de Contabilidade, da Secretaria do Tesouro Nacional e, no caso dos RPPS, também, da legislação previdenciária, observando ainda vários procedimentos dos Tribunais de Contas.

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OBSERVÂNCIA DA LEGALIDADE

Portanto, o Dirigente e o Gestor Público, inclusive dos RPPS, são igualmente submetidos à observância das determinações dessa vasta legislação, incluindo as obrigações de apresentação de diversas informações aos órgãos de controle de âmbito interno e externo.

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5 Os Recursos Previdenciários são RECURSOS VINCULADOS

RPPS – EQUILÍBRIO FINANCEIRO E ATUARIAL/VINCULAÇÃO DOS RECURSOS

Lei nº 9.717/98 – os recursos

previdenciários somente

poderão ser utilizados para pagamentos de benefícios e despesas administrativas. (art.

1º, III)

LRF/LC nº 101/2000 – “os

recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso”. (art. 8º, PU)

Lei 4.320/1964 – Fundo Especial

-o pr-odut-o de receitas especificadas que por lei se vinculam à realização de determinados objetivos ou serviços, facultada a adoção de normas peculiares de aplicação.

(Art. 71)

Notas

1. A LRF impõe limites de gastos com pessoal (a previdência é muito representativa nestas despesas)

2. Constitui crime de responsabilidade do prefeito o desvio ou aplicação indevida de recursos públicos (Dec.-Lei nº 201/67).

Pressuposto Básico para o EFA – Existência de fontes de recursos (ativos) suficientes para garantir a satisfação dos benefícios oferecidos aos segurados e dependentes do RPPS (passivo), ou seja, Plano de Custeio compatível com o Plano de Benefícios.

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6

RPPS – EQUILÍBRIO

O

X

2. Na visão de Equilíbrio Atuarial, o valor da reserva/provisão matemática a ser aportada no longo prazo.

1. Na visão de Equilíbrio Financeiro, o valor do déficit/insuficiência financeira a ser aportada pelo tesouro no

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RPPS - UNIDADE GESTORA - POSSÍVEIS FORMAS DE CONSTITUIÇÃO

Fundo Especial

Sem Personalidade Jurídica Própria

Autarquia

Pessoa Jurídica

Fundação Pública

Pessoa Jurídica

Unidade Gestora do RPPS – Entidade ou órgão integrante da estrutura da administração pública de cada ente

federativo, que tenha por finalidade a administração, o gerenciamento e a operacionalização do RPPS, incluindo a arrecadação e gestão dos recursos e fundos previdenciários, a concessão, o pagamento e a manutenção dos benefícios previdenciários, dotada ou não de personalidade jurídica.

(Lembrando que a UG é obrigatória pelo § 20, do art. 40 da CF)

É relevante observar patrimônio do RPPS, sob a responsabilidade da Unidade Gestora, necessariamente, deverá dispor de autonomia em relação ao patrimônio do ente público que o instituiu, tendo em vista a sua destinação, em observância ao Princípio da Entidade.

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ORÇAMENTO DO RPPS - RESUMO

Na condição de Unidade Gestora o RPPS deverá ter orçamento próprio

Lei nº 4.320/1964 – “Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar

a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade universalidade e anualidade”

Orçamento – componente de um planejamento financeiro estratégico que contemple a previsão de receitas e despesas futuras para a administração de determinado período de tempo, via de regra, um exercício

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RECEITAS (INGRESSOS) DESPESAS

PREVISÃO VALOR DOTAÇÃO VALOR

Contribuição de Servidores Remuneração de Investimentos

Compensação Financeira Previdenciária Contribuição Patronal 295 35 15 280 Folha de Pessoal Despesa Patronal Aposentadorias e Pensões Materiais e Serviços 45 6 450 34 Subtotal I 625 Subtotal I 535 Reserva do RPPS 90 Subtotal II 625 Subtotal II 625

Déficit Total 0 Superávit Total 0

TOTAL GERAL 625 TOTAL GERAL 625

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RECEITAS (INGRESSOS) DESPESAS

PREVISÃO VALOR DOTAÇÃO VALOR

Contribuição de Servidores Remuneração de Investimentos Compensação Financeira Contribuição Patronal 295 35 15 280 Folha de Pessoal Despesa Patronal Aposentadorias e Pensões Material e Serviços 45 6 584 34 Subtotal I 625 Subtotal I 669

Repasses do ente para Cobertura de Déficit

44

Subtotal II 669 Subtotal II 669

Déficit Total 0 Superávit Total 0

TOTAL GERAL 669 TOTAL GERAL 669

UNIDADE GESTORA DO RPPS (situação orçamentária “deficitária”)

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RECEITAS (INGRESSOS) DESPESAS

PREVISÃO VALOR DOTAÇÃO VALOR

Contribuição de Servidores Remuneração de Investimentos Compensação Financeira

Contribuição Patronal

Saldos Anteriores (Reserva do RPPS)

295 35 15 280 44 Folha de Pessoal Despesa Patronal Aposentadorias e Pensões Material e Serviços 45 6 584 34 Subtotal 669 Subtotal 669

Déficit Total 0 Superávit Total 0

TOTAL GERAL 669 TOTAL GERAL 669

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PCASP PARA OS RPPS – EXIGÊNCIA NORMATIVA

Portaria MPS nº 509, de 12/12/2013

Determina que os RPPS devem adotar as contas a estes aplicáveis, especificadas no Plano de Contas Aplicado ao Setor Público - PCASP Estendido até o 7º nível de classificação, conforme a versão atualizada do Anexo III da Instrução de Procedimentos Contábeis nº 00 (IPC 00) da STN.

(estrutura exigida desde o exercício de 2015).

A Portaria STN nº 634/2013 tornou obrigatório o PCASP a partir do exercício de 2014. O Plano de Contas para os RPPS é, portanto, um extrato do Anexo III da IPC 00.

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PORTARIA DE PUBLICAÇÃO

DATA DE

PUBLICAÇÃO OBRIGATORIEDADE VALIDADE ARQUIVO

SÍNTESE DE ALTERAÇÕES PCASP 2017 Portaria nº 510, de 10 de agosto de 2016 (DOU pág. 25) (DOU pág. 26) 10/08/2016 OBRIGATÓRIO PARA 2017 EXERCÍCIO DE 2017 PCASP 2017 Síntese de Alterações PCASP 2017 PCASP Estendido 2017 - IPC 00 Portaria nº 510, de 10 de agosto de 2016 (DOU pág. 25) (DOU pág. 26) 10/08/2016 FACULTATIVO (OBRIGATÓRIO para os RPPS)

- PCASP 2017 Estendido Síntese de Alterações PCASP 2017 Estendido PCASP 2016 Portaria nº 408, de 31 de julho de 2015 05/08/2015 OBRIGATÓRIO PARA 2016 EXERCÍCIO DE 2016 PCASP 2016 Síntese de Alterações PCASP 2016 PCASP Estendido 2016 - IPC 00 Portaria nº 408, de 31 de julho de 2015 05/08/2015 FACULTATIVO -PCASP 2016 Estendido Errata (dezembro/2015) Síntese de Alterações PCASP 2016 Estendido PCASP 2015 - 01/10/2014 OBRIGATÓRIO PARA

2015 EXERCÍCIO DE 2015 PCASP 2015 Síntese de Alterações PCASP 2015 PCASP Estendido 2015 - IPC 00 -01/10/2014 (atualizado em 02/10/2014)

FACULTATIVO - PCASP 2015 Estendido

-PCASP 2014 - 02/12/2013 OBRIGATÓRIO ATÉ O

FINAL DE 2014 (*) EXERCÍCIO DE 2014 PCASP 2014 (Atualizado em dezembro/2013) -PCASP Estendido 2014 - IPC 00 02/12/2013 FACULTATIVO -PCASP Estendido 2014 (Atualizado em dezembro/2013)

PCASP e PACASP-RPPS

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ESTRUTURA DAS COTAS DO PCASP/RPPS

X . X . X . X . X . XX . XX

1° Nível – Classe - PCASP 2º Nível – Grupo - PCASP 3º Nível – Subgrupo - PCASP 4º Nível – Título - PCASP 5º Nível – Subtítulo - PCASP

6º Nível – Item - PCASP Estendido - RPPS 7º Nível – Subitem - PCASP Estendido - RPPS

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A GESTÃO DOS INGRESSOS DAS FONTES DE FINANCIAMENTO DO RPPS

• No RPPS - Proceder aos devidos registros nas correspondentes contas do Ativo e Variações Patrimoniais Aumentativas a partir da ocorrência do fato gerador da obrigação de o ente federativo repassar as contribuições pelo encerramento do mês de competência a partir da folha de pagamentos, independentemente da data de vencimento.

Contribuições (do ente, servidores, aposentados e pensionistas)

• No Ente – Registrar as despesas nas correspondentes contas orçamentárias e nas contas do seu Passivo, a obrigação a pagar. (no caso de parcelamento, reclassificar as obrigações)

• No Ente – Na data do pagamento, baixar as obrigações a pagar, fechar os registros orçamentários e registrar as correspondentes contas bancárias.

• No RPPS – Pelo ingresso dos recursos, registrar nas correspondentes contas representativas bancárias e realizar a receita orçamentária.

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Recursos da compensação financeira previdenciária

(finalidade de ressarcir o regime instituidor do benefício dos valores recolhidos ao regime de origem do segurado)

A GESTÃO DAS APLICAÇÕES FINANCEIRAS E INVESTIMENTOS PATRIMONIAIS

• No RPPS – Registrar nas correspondentes os créditos a receber na ocorrência do fato gerador do direito (vencimento da competência)

• No RPPS – Pelo recebimento, registrar nas respectivas contas representativas das contas bancárias

• No RPPS – Pelo ingresso dos recursos, registrar nas correspondentes contas representativas bancárias e realizar a receita orçamentária.

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• Os investimentos e aplicações dos recursos previdenciários sob a gestão dos RPPS estão submetidas às regras estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional, em vigor atualmente as RS/CMN nº 3.922/2010 e a 4.392/2014, observando as condições de segurança, rentabilidade, solvência e liquidez.

• Além das normas do CMN os RPPS estão submetidos às regras de gestão dos recursos definidas pela Portaria MPS nº 519/2011, normas da Comissão de Valores Mobiliários – CVM, do Tesouro Nacional – TN e do Banco Central do Brasil - BACEN.

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• A Resolução CMN nº 3.922/2010 admite alocações de recursos na aquisição de títulos de emissão do Tesouro Nacional e em Fundos de Investimentos de renda fixa e renda variável, observados limites e segmentos estabelecidos.

• Tendo em vista tratar-se de aplicações que por natureza gozam de alta liquidez, a classificação contábil desses recursos devem ocorrer em contas do Ativo de Curto Prazo, mesmo que sejam aplicações em títulos e fundos com perspectivas de longo prazo, exceto imóveis.

• A gestão das aplicações e investimentos dos recursos previdenciários, além das resoluções do CMN, devem observar as disposições da Portaria MPS nº 519/2011 e alterações.

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Portaria MPS nº 402/2010

“VIII - Os valores das aplicações de recursos do RPPS em cotas de fundos de investimento ou em títulos de emissão do Tesouro Nacional, integrantes da carteira própria do RPPS, deverão ser marcados a

mercado, no mínimo mensalmente, mediante a utilização de metodologias de apuração consentâneas

com os parâmetros reconhecidos pelo mercado financeiro, de forma a refletir o seu valor real, e as normas baixadas pelo Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários.

Art. 16. Para a organização do RPPS devem ser observadas as seguintes normas de contabilidade: (...)

MARCAÇÃO A MERCADO - MaM

ou

Atualizar para o valor do dia, pelo preço

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Procedimento contábil de redução a valor recuperável de componente do ativo da entidade. Tem sua adoção recomendada quando for identificada a possibilidade de perda em função de causas esporádicas, imprevistas.

Não confundir variação negativa em decorrência da marcação a mercado, com possível perda por impairment

“Impairment”

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Não confundir variação negativa em decorrência da marcação a mercado, com possível perda por impairment

“Impairment” - Exemplo

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A GESTÃO DAS APLICAÇÕES FINANCEIRAS E INVESTIMENTOS PATRIMONIAIS

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DAS OBRIGAÇÕES COM BENEFÍCIOS

Benefícios obrigatórios para o RPPS:

1. Aposentadorias; 2. Pensão por morte.

Benefícios facultativos para o RPPS:

1. Auxílio-doença;

2. Salário-maternidade; 3. Auxílio Reclusão.

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DA RESERVA MATEMÁTICA OU PROVISÃO MATEMÁTICA PREVIDENCIÁRIA

Reserva Matemática ou Provisão Matemática Previdenciária – No caso do RPPS, representa a

totalidade dos recursos necessários para a sustentação do Plano de Benefícios Previdenciários por toda a vida do segurado e de seus dependentes, definido em lei do ente instituidor, calculado atuarialmente e expresso a valor presente.

(25)

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DESPESAS ADMINISTRATIVAS OU TAXA DE ADMINISTRAÇÃO BASE DE CÁLCULO E LIMITE

• As despesas administrativas do RPPS podem ser custeadas com os recursos previdenciários, observando o limite de até 2% incidentes sobre o total das folhas de pagamentos de todos os segurados e beneficiários do RPPS (servidores, aposentados e pensionistas), relativas ao exercício anterior.

• Lei do ente federativo poderá fixar Taxa de Administração para a cobertura das despesas administrativas do RPPS, desde que observados o limite e a base de cálculo.

• Por decisão administrativa as eventuais reservas financeiras da Taxa de Administração podem ser revertidas para a finalidade previdenciária

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26 Exemplo:

Folhas de pagamentos relativas ao exercício de 2015:

• servidores = $ 10.000.000,00; aposentados e pensionistas = $ 6.000.000,00.

 ($ 10.000.000,00 + $ 6.000.000,00) x 2% = $ 320.000,00

Os eventuais excessos de gastos com as despesas administrativas do RPPS devem ser suportados pelo tesouro do ente federativo.

Cálculo do valor da Taxa de Administração para o exercício de 2016, considerando que a lei do ente federativo a fixou em 2%:

DESPESAS ADMINISTRATIVAS OU TAXA DE ADMINISTRAÇÃO BASE DE CÁLCULO E LIMITE

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AGRADECEMOS

otonig@globo.com

61 99975-5980/99184-1714

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Autores:

Diana Vaz de Lima, e

Otoni Gonçalves Guimarães ISBN: 9788597008982

Edição: 1|2016 Páginas: 243

Selo Editorial: Atlas R$120,00

http://www.grupogen.com.br/a-contabilidade-na-gest-o-dos-regimes-proprios-de-previdencia-social Endereço para aquisição online

Referências

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