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Avaliação de risco em espaço confinado: o caso de uma indústria de beneficiamento têxtil

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FRANCIELE DOS SANTOS

AVALIAÇÃO DE RISCO EM ESPAÇO CONFINADO: O CASO DE UMA INDÚSTRIA DE BENEFICIAMENTO TÊXTIL

Florianópolis 2018

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FRANCIELE DOS SANTOS

AVALIAÇÃO DE RISCO EM ESPAÇO CONFINADO: O CASO DE UMA INDÚSTRIA DE BENEFICIAMENTO TÊXTIL

Monografia apresentada ao Curso de

Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho da Universidade do Sul de Santa Catarina como requisito parcial à obtenção do título de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho.

Orientador: Prof. Ms. José Humberto Dias de Tolêdo.

Florianópolis 2018

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FRANCIELE DOS SANTOS

AVALIAÇÃO DE RISCO EM ESPAÇO CONFINADO: O CASO DE UMA INDÚSTRIA DE BENEFICIAMENTO TÊXTIL

Monografia apresentada ao Curso de

Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho da Universidade do Sul de Santa Catarina como requisito parcial à obtenção do título de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho.

Florianópolis, (03) de (setembro) de (2018).

______________________________________________________ Professor e Orientador José Humberto Dias de Tolêdo, Ms.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço а Deus que permitiu mais esta conquista na minha caminhada profissional.

Agradeço ao meu orientador, pelo suporte dedicado à elaboração deste trabalho e oportunidade de crescimento profissional.

Aos meus pais, Jaci e Ivanete que com muito carinho е apoio, não mediram esforços para que eu chegasse até esta etapa da minha vida.

Ao meu namorado Edemilson (Polako) que de forma especial е carinhosa me deu força е coragem nos momentos de dificuldades.

Aos meus irmãos Helton e Joseane que sempre me apoiaram e estiveram ao meu lado quando precisei.

Às minhas amigas Bianca, Thais e Gleyce, companheiras de trabalhos е irmãs na amizade que fizeram parte desta trajetória е quе irão continuar presentes em minha vida com certeza.

A todos que direta ou indiretamente contribuíram para este trabalho, о meu muito obrigado.

(5)

“A persistência é o caminho do êxito.” Charles Chaplin

(6)

RESUMO

A Indústria Têxtil representa um importante setor produtivo para a economia brasileira e para geração de empregos nas mais variadas atividades do segmento, tais como a fiação, tecelagem, tingimento, alvejamento e estamparia. Em vista deste cenário, o cuidado com a saúde e bem estar dos trabalhadores é primordial para o contínuo desenvolvimento das empresas têxteis. Nas plantas fabris é comum a presença de espaços confinados, porém, somente com a entrada em vigor da Norma regulamentadora nº 33 (NR33) do Ministério do Trabalho e Emprego, atividades nestes ambientes passaram a ser fiscalizadas com maior rigor. Os acidentes em espaços confinados podem ser mortais, no entanto podem ser evitados com o eficiente gerenciamento dos riscos e a aplicação de medidas de segurança nas atividades executadas. Este trabalho teve como objetivo levantar e caracterizar os espaços confinados presentes em uma planta de beneficiamento têxtil, assim como realizar a analise preliminar dos riscos relacionados com as atividades executadas no interior destes ambientes. O método empregado foi um estudo de caso exploratório e observacional com levantamento em campo de dados de forma qualitativa. Os resultados obtidos consistem nas APR’s desenvolvidas e as medidas propostas a fim de contribuir com a gestão da NR 33 na empresa.

Palavras-chave: segurança do trabalho, NR33, espaço confinado, beneficiamento têxtil, análise preliminar de risco.

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ABSTRACT

The Textile Industry represents an important manufacturing branch for Brazilian economy and for jobs generation in several activities of the segment, such as spinning, weaving, dyeing, bleaching and stamping. In light of that situation, the care with workers health and welfare is essential to ensure the continuous textile industry development. In the manufacturing plants, confined spaces are common, however, only with implementation of Regulatory Standard 33 (NR33) of the Ministry of Labor and Employment, activities in confined space became more rigorously inspected. Accidents in confined spaces can be deadly, though they can be avoided with an efficient risk management and the application of safety measures in the processes. This work aims to identify and to characterize the confined spaces in a textile processing plant, as well as to perform the preliminary risks analysis of the activities carried out inside those spaces. The applied methodology was an exploratory and observational case study with qualitative data survey in field. The work results was the developed APR’s and the proposed measures in order to contribute to the management of NR 33 in the company.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Modelo de Placa de Sinalização. ... 25

Figura 2: Anexo II da NR 33 - Permissão de Entrada e Trabalho – PET ... 28

Figura 3: Distribuição das Indústrias Têxteis por Regiões. ... 32

Figura 4: Atividades - Fabricação de Produtos Têxteis ... 33

Figura 5: Composição da Área Administrativa ... 35

Figura 6: Composição da Área de Produção ... 36

Figura 7: Fluxograma do processo de beneficiamento têxtil ... 36

Figura 8: Poços de Captação- EC 01(esquerda) e EC 02 (direita). ... 40

Figura 9: Reservatórios- EC 04(esquerda) e EC 05(direita)... 41

Figura 10: Modelos das máquinas de tingir do Grupo 1 ... 43

Figura 11: Modelos das máquinas de tingir do Grupo 02 ... 44

Figura 12: Modelos de máquinas de tingir do Grupo 3. ... 45

Figura 13: Modelos de máquinas de tingir do Grupo 4 ... 46

Figura 14: Modelos de máquinas e tingir do Grupo 5 ... 47

Figura 15: Espaço Confinado 43 - Caldeira a Vapor ... 48

Figura 16: Acesso espaço confinado 43 ... 49

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Procedimentos para Gestão de segurança em ECs conforme NR 33. ... 21

Quadro 2: Equipamentos de Proteção Individual utilizados em ECs. ... 22

Quadro 3: Matriz de Severidade ... 29

Quadro 4: Matriz de Frequência/ Ocorrência. ... 30

Quadro 5: Matriz de Riscos. ... 31

Quadro 6: Espaços Confinados Identificados e Cadastrados. ... 39

Quadro 7: Grupo 1- Vasos de Pressão ... 43

Quadro 8: Grupo 02- Vasos de pressão ... 44

Quadro 9: Grupo 03 - Vasos de pressão ... 45

Quadro 10: Grupo 4 - Vasos de pressão ... 46

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Número de ocorrências na atividade de Fabricação Têxtil. ... 34

Tabela 2: Análise Preliminar de Risco - Poço de Captação Água Bruta 01. ... 51

Tabela 3: Análise Preliminar de Risco - Poço de Captação Água Bruta 02. ... 53

Tabela 4: Análise Preliminar de Risco - Reservatório de Água a 60ºC. ... 55

Tabela 5: Análise Preliminar de Risco - Reservatório de Água Fria... 57

Tabela 6: Análise Preliminar de Risco - Máquinas de Tingir. ... 59

Tabela 7: Análise Preliminar de Risco - Caldeira ... 61

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 12 1.1 JUSTIFICATIVA ... 13 1.2 PROBLEMA DE PESQUISA ... 13 1.3 OBJETIVOS ... 13 1.3.1 Objetivo Geral ... 13 1.3.2 Objetivos Específicos... 13 1.4 METODOLOGIA ... 14 1.4.1 Levantamento de Campo ... 14 1.4.2 Local de Estudo ... 15 1.5 ESTRTURA DO TRABALHO ... 16 2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 17

2.1 CONCEITO DE ESPAÇO CONFINADO ... 17

2.2 RISCOS AMBIENTAIS EM ESPAÇO CONFINADO ... 18

2.2.1 Físicos ... 19

2.2.2 Químicos ... 19

2.2.3 Biológicos... 20

2.2.4 Ergonômicos ... 20

2.3 GESTÃO DA NR 33 ... 20

2.3.1 Equipamento de Proteção Individual e Coletiva ... 21

2.3.2 Sinalização e Bloqueios ... 24

2.3.3 Treinamento e Procedimentos de Trabalho ... 25

2.3.4 Permissão de Entrada de Trabalho ... 27

2.3.5 Análise Preliminar de Risco (APR) ... 29

2.4 INDÚSTRIA TÊXTIL ... 31

2.4.1 Acidentes de Trabalho na Indústria Têxtil ... 33

3 ESTUDO DE CASO ... 35

3.1 DESCRIÇÃO DO PROCESSO PRODUTIVO DO EMPREENDIMENTO ... 35

3.1.1 Fluxograma do Processo ... 36

3.2 LEVANTAMENTO DOS ESPAÇOS CONFINADOS ... 38

3.2.1 Poços de Captação de Água Bruta ... 40

3.2.2 Reservatórios ... 41

(12)

3.2.4 Caldeira a Vapor ... 47

3.2.5 Aquecedor de Óleo Térmico ... 49

3.3 ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS (APR) ... 50

3.4 MEDIDAS SUGERIDAS ... 65

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 66

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1 INTRODUÇÃO

O trabalho em espaços confinados (ECs) é regulamentado pela NR – Norma Regulamentadora nº 33, aprovada pelo MTE – Ministério do trabalho e Emprego, por meio da portaria nº 202, de 22 de dezembro de 2006, e alterada/atualizada pela portaria nº 1409, de 29 de agosto de 2012. Além da norma regulamentadora existem normativas técnicas que auxiliam para o efetivo cumprimento da NR 33: norma ABNT - NBR 14787- Espaço Confinado – Prevenção de Acidentes, Procedimentos e Medidas de Proteção e a ABNT – NBR 14606 - Posto de Serviço – Entrada em Espaço Confinado.

Os serviços em espaços confinados são atividades recorrentes nos diversos setores econômicos e devem ser sempre gerenciados pelas empresas segundo os critérios de segurança, pois geralmente são lugares que apresentam um alto grau de risco em um ambiente extremamente perigoso com diversos riscos, tais como queda de material, gases, poeiras minerais, risco de explosão, dentre outros, que podem ser fatais.

As atividades realizadas nestes ambientes podem ser variadas dependendo do setor e ramo da empresa em questão, comumente são serviços de engenharia, de manutenção, limpeza, reparos, inspeção, entre outros. Tendo em vista os graves riscos presentes nos ECs e a garantia de saúde e segurança dos trabalhadores envolvidos nestas atividades, medidas preventivas devem ser implantadas e monitoradas rotineiramente. Assim, é de suma importância execução de um plano de Gestão de Segurança no Trabalho em Espaços Confinados, que englobe as ações que auxiliarão empregados e empregadores no cumprimento da NR 33.

O setor têxtil possui considerável representatividade na economia catarinense e do país, uma vez que este setor é o segundo maior empregador da indústria da transformação no país e o quinto maior produtor têxtil do mundo (ABIT, 2016). Por conseguinte, é primordial a garantia de integridade física e psicológica de todos os trabalhadores, uma vez que eles são valiosos ativos da organização e a base da cadeia produtiva.

Na Indústria Têxtil os ambientes confinados são caracterizados por atividades realizadas internamente em caldeiras, máquinas de tingimento, reservatórios de água, dutos, entre outros. Os serviços executados nestes espaços em geral são para as atividades de manutenção, limpeza e vistoria.

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1.1 JUSTIFICATIVA

A realização desta pesquisa justifica-se a partir da percepção de que as doenças ocupacionais e os acidentes de trabalho provocam enormes prejuízos às pessoas e às empresas em termos de custos humanos, sociais e financeiros.

A indústria de beneficiamento têxtil é um polo em expressivo crescimento na Região do Vale do Itajaí e juntamente com este desenvolvimento há o aumento do número de trabalhadores expostos a riscos em plantas fabris. Em vista deste panorama é importante que as empresas estejam em acordo com as exigências de segurança e saúde de seus trabalhadores e mantenham um plano de gerenciamento que englobe todos os riscos existentes. Assim, este trabalho servirá como ferramenta para auxiliar na gestão da Norma Regulamentadora nº33 do segmento de Beneficiamento Têxtil.

1.2 PROBLEMA DE PESQUISA

Quais são os riscos presentes nos espaços confinados de uma empresa de beneficiamento têxtil?

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo Geral

O presente trabalho tem por finalidade identificar os riscos presentes em espaços confinados de uma Indústria de Beneficiamento Têxtil de Santa Catarina.

1.3.2 Objetivos Específicos

Os objetivos específicos são:

 Levantar e cadastrar de todos os espaços confinados da empresa;

 Analisar as atividades em espaços confinados;

 Identificar os riscos em espaços confinados da empresa;

 Apontar as medidas técnicas e administrativas em espaços confinados

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1.4 METODOLOGIA

Este trabalho trata-se de um estudo de caso com levantamento em campo, visto que o problema pesquisado requererá uma situação real, com sujeitos reais, para que assim conseguir atingir os objetivos propostos no trabalho através de questionários, entrevistas e observações.

Segundo TURRIONI e MELLO, 2012, o estudo de caso pode ser é a investigação de um evento contemporâneo dentro de uma situação real. O estudo utiliza a fundamentação teórica como base para a coleta de dados e posterior análise. Existem alguns métodos de estudo de caso:

 Descritivo: descreve uma situação real através da coleta de dados sem

estabelecer relações de causa e efeito;

 Exploratório: conhecido como estudo piloto, tem como objetivo testar

hipóteses e conceitos já identificados para uma situação real e verificar a necessidade de reformulação dos mesmos.

 Explanatório: neste método não somente há uma descrição da realidade,

como também, são realizadas pesquisas pessoais e definidos exemplos, que expliquem as relações causa e efeito.

Quanto à forma de abordar o estudo, classifica-se como qualitativa, não realizando nenhuma análise de caráter quantitativo, foram considerados somente os levantamentos de dados e as respectivas interpretações e análises (TURRIONI; MELLO, 2012). Neste trabalho, o estudo de caso utiliza a pesquisa qualitativa, pois para a identificação dos riscos e recomendações de medidas de controle são consideradas as observações, experiências e interpretações das pessoas envolvidas nas atividades em questão, tais como, engenheiro de segurança, técnicos, supervisor de entrada, vigia, trabalhadores que adentrarão o EC e outros envolvidos indiretamente.

1.4.1 Levantamento de Campo

Para o levantamento de campo foi realizada a visita na empresa, que permitiu o reconhecimento dos espaços confinados existentes, os trabalhadores envolvidos nestes espaços, bem como a preparação e o conhecimento dos mesmos para o trabalho em espaços confinados. Verificou-se ainda, a existência de procedimentos e medidas técnicas,

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administrativas implantadas em conformidade com a NR vigente. As seguintes etapas foram executadas para a elaboração da pesquisa em campo.

 Reconhecimento da Norma Regulamentadora 33 (NR 33,) específica para este

processo, fazendo uma análise das conformidades existentes;

 Visita técnica nos ambientes de trabalho para identificar os espaços confinados;

 Observação das atividades executadas nos espaços confinados;

 Laudo Fotográfico para a análise após check-list.

 Análise dos dados obtidos pelo check-list.

1.4.2 Local de Estudo

O trabalho de pesquisa foi realizado em uma empresa de Beneficiamento Têxtil localizada no município de Guabiruba, Santa Catarina. O empreendimento possui uma área construída de aproximadamente 20.000m², a qual conta com centro administrativo, recepção, copa, refeitório, banheiros, unidade de produção, vestiários, laboratório, cozinha para dosagens de produtos químicos, Estação de Tratamento de Efluentes, Estação de Tratamento de Água, laboratório físico-químico, almoxarifado, oficina mecânica, depósito de produtos químicos, depósito de cavacos, depósitos de tecidos, caldeiras e aquecedor, subestação de energia, tanque de abastecimento e estacionamento.

A produção mensal está estimada em 1.600 toneladas/mês de malha. A empresa é considerada de médio porte e emprega atualmente na planta 265 funcionários, destes 228 trabalham na área de produção e de manutenção e 37 na área administrativa. O período de funcionamento da empresa é dividido em quatros turnos da seguinte maneira:

1º- 05:00 às 13:30, 1 Hora de intervalo; 2º- 13:00 às 22:00, 1 Hora de intervalo; 3º- 22:00 às 5:00

4° 7:15 às 17:30, 1 hora e 30 minutos de intervalo.

Com relação à classificação da empresa quanto ao grau de risco, tem-se o seguinte:

Quanto à ocupação: VI- Industrial, de acordo com a Instrução Normativa 001

(17)

Quanto à carga de incêndio: 60 kg/m² risco médio de acordo com a Instrução Normativa 003 do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de Santa Catarina.

Conforme a Norma Regulamentadora NR-4: grau de risco 3.

1.5 ESTRTURA DO TRABALHO

Este trabalho apresenta-se estruturado em 4 capítulos:

CAPÍTULO 1: composto pelo tema do trabalho e sua delimitação, justificativa, problema de pesquisa, objetivos e metodologia.

CAPÍTULO 2: consta o referencial teórico com os primeiros dois tópicos abordando as definições de espaço confinado e os riscos ambientais presentes nos mesmos. No tópico seguinte apresenta-se a gestão dos espaços confinados a partir dos dispositivos legais da Norma Regulamentadora nº 33. Para a conclusão deste capítulo apresenta-se um breve contexto da Indústria Têxtil no Brasil.

CAPÍTULO3: apresenta o estudo de caso, com a descrição do processo produtivo da empresa, levantamento dos espaços confinados na planta industrial, análise preliminar de riscos para as atividades realizadas no interior do EC e por fim medidas sugeridas de acordo com a NR33.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 CONCEITO DE ESPAÇO CONFINADO

A definição de espaço confinado encontrada na literatura nacional e internacional é semelhante no seu contexto geral, sendo algumas definições mais específicas, que incluem classes nos quais são divididos os espaços confinados.

Em âmbito internacional, destacam-se as definições encontradas pela American National Standards Institute (ANSI) e pelo National Institute of Occupational Safety and Health (NIOSH), são elas:

 ANSI (1989) define o espaço confinado como uma área fechada que

apresenta as seguintes características: ter entrada e saída restrita, apresentar riscos e/ou perigos conhecidos, ter qualquer função principal, exceto a ocupação humana;

 NIOSH (1987) conceitua o espaço confinado como um espaço que

apresenta passagens de entrada e saída restritas, escassa ventilação natural que poderá conter ou produzir contaminações atmosféricas não adequadas para a ocupação humana contínua. NIOSH ainda classifica os espaços confinados em três classes:

[...] Espaços Classe A – são aqueles que apresentam situações que são imediatamente perigosos para a vida ou a saúde. Incluem os espaços que têm deficiência em oxigênio ou contêm explosivos, inflamáveis ou atmosferas tóxicas; Espaços Classe B – não apresentam ameaça/perigo para a vida ou a saúde, mas têm o potencial para causar lesões ou doenças se medidas de proteção não forem usadas; Espaços Classe C – são aqueles onde qualquer risco apresentado é insignificante, não requerendo procedimentos ou práticas especiais de trabalho.

No âmbito nacional existem no mínimo dois conceitos legais para espaço confinado: do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) na Norma Regulamentadora nº 33 e da Associação Brasileira de Normas Técnicas na NBR 14.787.

Conforme a NR 33- Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaço Confinados do Ministério do Trabalho e Emprego, publicada pela Secretaria de Inspeção do Trabalho em 22 de dezembro de 2006, espaço confinado é definido como:

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[...] qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua, possui meios limitados de entrada e saída, e ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio.

A Norma Brasileira NBR 14.787 defini o espaço confiando como:

[...] qualquer área não projetada para ocupação humana contínua, a qual tem meios limitados de entrada e saída e na qual a ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes perigosos e/ou deficiência/enriquecimento de oxigênio que possam existir ou desenvolver.

A partir das definições de espaço confinado tem-se como exemplos: tanques fixos ou móveis, vasos de pressão, reatores, caixas de inspeção, poços, silos, veículos tanques (caminhões, vagões e embarcações), galerias e câmeras subterrâneas, caldeiras, túneis, reservatório, bueiros, colunas de destilação, caixa d’água, porão de navio, elevatória, fossa, container, diques e armazéns.

2.2 RISCOS AMBIENTAIS EM ESPAÇO CONFINADO

Os trabalhos realizados em EC submetem os trabalhadores a diferentes tipos de riscos ambientais. A Norma Regulamentadora nº 9 do MTE (2014), que trata do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais descreve que os riscos ambientais são aqueles que em função da sua natureza, concentração, intensidade e tempo de exposição, podem causar danos aos trabalhadores. De acordo com Stadikowski (2010), os riscos ambientais são classificados em:

 Físicos: são aqueles que compreendem, dentre outros, o ruído, a vibração,

temperaturas extremas, pressões anormais, radiação ionizante e não ionizante;

 Químicos: são aqueles que compreendem as névoas, neblinas, poeiras,

fumos, gases e vapores;

 Biológicos: são aqueles que compreendem, entre outros, as bactérias,

fungos, helmintos, protozoários e vírus.

 Ergonômicos: são decorrentes de excesso de esforço físico, além de

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2.2.1 Físicos

Em espaços confinados é comum existir riscos físicos como ruído, calor, radiações não ionizantes e umidade.

Em trabalhos com utilização de máquinas e equipamentos no interior dos ECs muitas vezes o nível de pressão sonora provoca efeitos indesejáveis pela sua reflexão nas paredes e teto do espaço confinado (BRASIL, 2013).

Com relação à temperatura no interior dos ECs, Talon e Marques (2011) afirmam que a mesma deverá estar abaixo de 45ºC, para tanto é necessário garantir o fluxo de ar para baixar a temperatura, pois o calor é intensificado pela circulação reduzida do ar. Outro fator que poderá contribuir com o aumento de temperatura no interior dos ECs é utilização de equipamentos e radiação solar constante.

A umidade no interior dos ECs é outro fator de risco presente, pois muitas vezes o nível do piso é inferior ao nível do lençol freático, dificultando desta maneira a drenagem de líquidos de dentro dos espaços confinados. A presença de umidade é muito comum nas atividades realizadas em galerias, tanques, poços subterrâneos, praça de máquinas, entre outros espaços confinados (BRASIL, 2013).

2.2.2 Químicos

Os agentes químicos são representados pelos agentes sólidos, líquidos, gases, vapores, névoa, poeiras e fumos, ou seja, todas as substâncias que podem provocar lesões ou perturbações funcionais e mentais quando em contato com o organismo em valores acima dos limites de tolerância (SERRÃO et al, 2006).

Em espaços confinados a utilização de equipamentos que possam emitir substâncias perigosas ao ambiente são extremamente proibidas, como exemplo tem-se o uso de motores à combustão. Os motores à combustão geram dióxido de carbono (asfixiantes simples) e monóxido de carbono (asfixiante químico), estes quando liberados em um ambiente confinado com ventilação precária formam uma atmosfera imediatamente Perigosa à Vida e à Saúde (IPVS), podendo causar até a morte do trabalhador (BRASIL, 2013).

Outros fatores também podem contribuir com a presença de agentes químicos perigosos aos trabalhadores em espaço confinado, tais como a oxidação normal de estruturas metálicas, a presença de bactérias, as operações que envolvam chamas abertas e a liberação ou formação de asfixiantes simples como o argônio, nitrogênio, metano e dióxido de carbono.

(21)

Assim, é importante realizar a descontaminação do ambiente confinado antes da autorização do acesso para os trabalhos (BRASIL, 2013).

2.2.3 Biológicos

Os riscos biológicos estão relacionados com a presença de agentes patogênicos como as bactérias, vírus, fungos, bacilos e parasitas.

De acordo com BRASIL (2013), o espaço confinado é favorável para a proliferação de microrganismos e algumas espécies de animais, pois possuem condições ambientais de elevada umidade, iluminação precária e em alguns casos acúmulo de nutrientes. Em poços de visita e galerias é comum ver a presença ratos, baratas e outros animais que são vetores de doenças transmissíveis ou hospedeiros intermediários.

2.2.4 Ergonômicos

Os riscos ergonômicos são fatores que podem afetar a integridade física ou mental do trabalhador, proporcionando-lhe desconforto ou doença (FIOCRUZ, 2018).

Os riscos ergonômicos nos espaços confinados podem ser decorrentes das atividades constantes e movimentos repetitivos com o excesso de esforço físico, posição contraída e tensa durante o período da atividade em um ambiente insalubre e com dimensões limitadas (BRASIL, 2013).

2.3 GESTÃO DA NR 33

Segundo a Norma Regulamentadora nº 33 do Ministério do Trabalho (2012) a gestão de segurança e saúde do trabalho compreende um conjunto de medidas que deve ser planejada, programada, implementada e avaliada, integrado medidas técnicas de prevenção, medidas administrativas e medidas pessoais e capacitação para trabalho em espaços confinados. O Quadro 1 apresenta os processos a serem contemplados na gestão da NR33.

(22)

Quadro 1: Procedimentos para Gestão de segurança em ECs conforme NR 33.

Procedimentos para Gestão em Espaços Confinados

Prevenção

Identificação e Sinalização dos ECs Identificar e avaliar os riscos nos ECs Equipamentos de medição em conformidade Movimentação Vertical e Horizontal

Verificação da atmosfera interna

Administrativas

Elaborar e implantar procedimento de espaço confinado Elabora e implantar procedimento de proteção respiratória Cadastro dos ECs

Capacitação

Autorização de trabalhos

Pessoal

Riscos Psicossociais Acompanhamento Médico Atestado de Saúde Ocupacional Promoção da Saúde

Equipamentos de Proteção

Fonte: Adaptado de BRASIL, 2012.

Nos próximos tópicos serão apresentadas algumas medidas abordadas pela NR 33.

2.3.1 Equipamento de Proteção Individual e Coletiva

De acordo com a Norma Regulamentadora NR 6 do Ministério do Trabalho o Equipamento de Proteção Individual (EPI) é definido como:

[...] todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

O uso de EPI somente deverá ser empregado nos ambientes de trabalho para eliminar o risco, ou quando as medidas de proteção coletivas não forem aplicáveis, eficientes e suficientes para eliminação do risco (PANTALEÃO, 2018). O fornecimento do EPI é obrigação da empresa, e o mesmo deverá possuir o Certificado de Aprovação (CA) expedido pelo Ministério do Trabalho, independente ser for proveniente de fabricação nacional ou importado.

(23)

Os principais EPIs utilizados em espaços confinados são apresentados Quadro 2.

Quadro 2: Equipamentos de Proteção Individual utilizados em ECs.

Fonte: https://www.superepi.com.br.

Acessado em 28/09/2018.

BOTAS PVC - utilizadas em esgoto misto,

locais encharcados, galerias. Evita

escorregamento, quedas e contaminação.

Fonte:http://www.epiprotecao.com.br.

Acessado em 28/09/2018

JARDINEIRA PVC – utilizada em esgoto misto, locais encharcados, galerias. Protege contra a umidade e contaminação.

Fonte: https://www.superepi.com.br.

Acessado em 28/09/2018

MÁSCARA SEMIFACIAL – Contém filtro químico para proteção contra gases tóxicos presentes em tanques ou galerias.

(24)

Fonte: https://casadoepi.com.br.

Acessado em 28/09/2018

LUVAS PVC – Protege contra produtos químicos utilizados para limpeza e residuais presentes em tanques. Previne contaminação com materiais esgoto presente em galerias ou em tanques de armazenamento.

Fonte: https://www.safetytrab.com.br.

Acessado em 28/09/2018

CAPACETE DE SEGURANÇA – protege contra quedas de materiais, espaços com arranjo físico inadequado, tais como galerias e poços de visita.

Fonte: https://www.safetytrab.com.br.

Acessado em 28/09/2018

ÓCULOS DE SEGURANÇA – Utilizados para proteção contra projeção de partículas nocivas quando em contato com os olhos.

Fonte: https://www.epibrasil.com.br.

Acessado em 28/09/2018

TRAVA QUEDAS – utilizado para travar a movimentação do cinto de segurança do cinto paraquedista, caso haja uma queda.

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Fonte: https://www.epibrasil.com.br.

Acessado em 28/09/2018

CINTO PARAQUEDISTA – é um modelo de correia fixado no corpo do trabalhador,

havendo a distribuição da força de

sustentação, permitindo a fixação de corda às costas com trava quedas. Evita que ocorram quedas do trabalhados em trabalhados realizados em altura.

Os equipamentos de proteção coletiva (EPC) são dispositivos ou sistema de âmbito coletivo, destinado à preservação da integridade física e da saúde dos trabalhadores, assim como a de terceiros (BRASIL, 2012). A aplicação dos EPCs nos ambientes de trabalho são medidas obrigatórias a serem observadas, sendo que nos casos onde não ocorra a eliminação ou diminuição do risco será adotado o uso do EPI.

Os riscos mais comuns que podem ser citados para a aplicação do EPC são: os ruídos, ventilação, proteção de equipamentos e máquinas, em que não afetam apenas um indivíduo, mas acaba prejudicando um grupo.

 Piso antiderrapante;

 Barreiras de proteção contra luminosidade e radiação;

 Guarda-corpos;

 Protetores de máquinas;

 Sirene de alarme incêndio;

 Cabines para pintura;

 Enclausuramento acústico de fontes de ruído;

 Ventilação dos locais de trabalho;

 Proteção de partes móveis de máquinas.

2.3.2 Sinalização e Bloqueios

A sinalização é uma medida necessária e importante em espaço confinado durante a realização dos trabalhos e para informação de todos os trabalhadores da empresa. A fixação de placas junto à entrada do EC com as advertências de segurança e aviso de

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“OBRIGATÓRIO A PERMISSÃO DE ENTRADA” evita a entrada de pessoas não autorizadas.

A NR 33 em seu Anexo I apresenta um modelo de placa de sinalização, conforme a Figura 1.

Figura 1: Modelo de Placa de Sinalização.

Fonte: BRASIL, 2012.

O empregador deve ainda providenciar o bloqueio dos acessos aos espaços confinados para controle e evitar que os mesmos sejam realizados por pessoas não autorizadas. Durante a realização das atividades a área do espaço confinado deverá ser isolada e/ou bloqueada por cercas, cones, cordas, faixas, barricadas, correntes e/ou cadeados para evitar que “curiosos” possam atrapalhar e/ou distrair os envolvidos na atividade.

É importante sempre verificar os estado de conservação das placas e bloqueios e efetuar as trocas e reparos necessários.

2.3.3 Treinamento e Procedimentos de Trabalho

Os trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com as atividades executadas em espaços confinados devem passar por treinamento específico para estes ambientes, observando assuntos como direitos, deveres, riscos e medidas de controle e segurança.

(27)

Os treinamentos devem ser fornecidos pelo empregador a toda equipe que realiza atividade em espaços confinados, os mesmos devem ser registrados e possuir certificação de participação contendo o nome do trabalhador, conteúdo programático, carga horária, a especificação do tipo de trabalho e espaço confinado, data e local de realização do treinamento.

Todos os trabalhadores autorizados e vigias devem receber a capacitação inicial com carga horária mínima de dezesseis horas e os Supervisores de Entrada devem receber capacitação específica com carga horária mínima de quarenta horas, ambos os treinamentos devem ser realizados em horário de trabalho. O treinamento é uma medida pessoal que deverá ser executada periodicamente com todos os trabalhadores envolvidos em intervalos de doze meses, com carga horária mínima de oito horas (BRASIL, 2012).

Os procedimentos de trabalho em espaço confinado são medidas administrativas a serem tomadas pelo empregador e devem contemplar, no mínimo: objetivo, campo de aplicação, base técnica, responsabilidades, competências, preparação, emissão, uso e cancelamento da Permissão de Entrada e Trabalho, capacitação para os trabalhadores, análise de risco e medidas de controle (BRASIL, 2012).

Cardoso (2016) afirma que os procedimentos operacionais têm como objetivo padronizar e minimizar a ocorrência de desvios na execução de tarefas fundamentais, para o funcionamento correto do processo. A partir dos procedimentos é possível garantir que independente do momento, as ações tomadas possuirão a mesma qualidade. No entanto, para que os procedimentos tenham a eficácia desejada, os mesmos devem ser utilizados para as atividades do dia-a-dia, como se fosse uma central de perguntas frequentes e também como base para o treinamento de novos colaboradores.

Conforme a Norma Regulamentadora nº 33 do Ministério do Trabalho, os procedimentos para trabalho em espaços confinados e a Permissão de Entrada e Trabalho devem ser avaliados no mínimo uma vez ao ano e revisados sempre que houver alteração dos riscos, com a participação do SESMT e CIPA. Ainda de acordo com a norma, os procedimentos de entrada em espaços confinados devem ser reavaliados quando da ocorrência de qualquer uma das circunstâncias relacionadas abaixo:

 Entrada não autorizada num espaço confinado;

 Identificação de riscos não descritos na Permissão de Entrada e Trabalho;

(28)

 Qualquer mudança na atividade desenvolvida ou na configuração do espaço confinado;

 Solicitação do SESMT ou da CIPA

 Identificação de condição de trabalho mais segura.

2.3.4 Permissão de Entrada de Trabalho

Conforme a NR 33- Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaço Confinados, do Ministério do Trabalho, publicada pela Secretaria de Inspeção do Trabalho em 22 de dezembro de 2006 a Permissão de Entrada e Trabalho (PET) é um documento escrito contendo o conjunto de medidas de controle visando à entrada e desenvolvimento de trabalho seguro, além de medidas de emergência e resgate em espaços confinados.

Ao supervisor de entrada do EC compete a emissão e assinatura da PET antes do início das atividades, bem como garantir que os meios de salvamento estejam disponíveis. Também compete ao supervisor de entrada encerrar a PET sempre que as operações forem completadas e quando houver pausa ou interrupções dos trabalhos.

Na emissão da PET devem ser preenchidas três vias assinadas e datadas, sendo uma para arquivo da empresa, uma para o vigia e uma para um dos trabalhadores autorizados. A PET deve ser mantida e arquivada na empresa por cinco anos e devem ser disponibilizadas para conhecimento dos trabalhadores autorizados, seus representantes e agentes de fiscalização do trabalho os procedimentos.

(29)

Figura 2: Anexo II da NR 33 - Permissão de Entrada e Trabalho – PET

(30)

2.3.5 Análise Preliminar de Risco (APR)

A Análise Preliminar de Risco – APR é um estudo prévio com o detalhamento de todos os processos de uma determinada atividade com intuito de identificar os possíveis riscos que poderão acontecer durante a execução (ALBERTON, 1996).

Segundo Cordeiro (2013) a APR é antecessora das demais análises, que permite a identificação dos riscos envolvidos em cada etapa da atividade, e ainda permite condição para evitá-los ou conviver com eles em segurança.

A APR deve evidenciar todos os eventos perigosos que possam originar-se da atividade em questão, ela deve englobar as falhas provenientes dos equipamentos, materiais, instrumentos e do próprio ser humano que estiver envolvido direta e indiretamente na atividade (MUNIZ, 2011).

A elaboração da APR é responsabilidade de uma equipe multidisciplinar com a coordenação de um profissional de segurança e saúde o trabalho (BRASIL, 2011). Os responsáveis devem detalhar cada evento, bem como as causas e os efeitos e as categorias de severidade relacionadas. Ao final da análise devem ser apontadas as observações e recomendações para eliminar ao minimizar o risco, sendo os mesmos apresentados em planilha padrão.

CESARO (2013) afirma que a partir de uma matriz de risco é possível realizar a análise qualitativa dos riscos, sendo o nível do risco definido pela composição de variáveis como frequência (ou probabilidade) e impacto (ou severidade). O Quadro 3 apresenta as opções e severidade comumente utilizadas na elaboração da APR.

Quadro 3: Matriz de Severidade

Nível Impacto Descrição

I Desprezível

- Sem danos ou danos insignificantes aos equipamentos, à propriedade e/ou ao meio ambiente; - Não ocorrem lesões/mortes de funcionários de terceiros e/ou pessoas; o máximo que ocorre são casos de primeiro socorros ou tratamento médico menor;

II Marginal

- Lesões pessoais com afastamento do trabalho (<15 dias);

(31)

- Redução significativa da produção (parada de dias); - Com algum impacto ambiental controlável pelos sistemas existentes (restrito ao site, sem efeito significativo sobre a população);

III Crítica

- Danos severos aos equipamentos, à propriedade e/ou ao meio ambiente;

- Lesões de gravidade moderada em empregados, prestadores de serviço ou em membros da comunidade;

- Exige ações corretivas imediatas para evitar seu desdobramento em catástrofe;

IV Catastrófica

- Danos irreparáveis aos equipamentos, à propriedade e/ou ao meio ambiente;

- Provoca mortes ou lesões graves em várias pessoas. Fonte: Adaptado de CESARO, 2013.

Para a composição da classe do risco também se utiliza uma matriz de classificação qualitativa da frequência da ocorrência do evento, que varia conforme o processo e/ou atividade estudada. O Quadro 4 apresenta as categorias de frequência que são divididas em cinco classes (CESARO, 2013).

Quadro 4: Matriz de Frequência/ Ocorrência.

Nível Classe Descrição

A Extremamente

Remota

Conceitualmente possível, extremamente improvável de ocorrer durante a vida útil da instalação. Existe redundância plena.

B Remota Não esperado ocorrer durante a vida útil da

instalação. Sem registros de ocorrências.

C Improvável Pouco provável de ocorrer durante a vida

útil da instalação. Sem registros de ocorrências.

D Provável Esperado ocorrer até uma vez durante a vida

(32)

proteção precisam de melhorias.

E Frequente Esperado ocorrer várias vezes durante a vida

útil da instalação. Existem registros de ocorrências frequentes.

. Fonte: Adaptado de CESARO, 2013.

A partir das matrizes de frequência e severidade obtém-se a Matriz de Riscos, Quadro 5, com a indicação da categoria do risco.

Quadro 5: Matriz de Riscos.

RISCO FREQUÊNCIA 1- Desprezível 2- Menor A B C D E 3- Moderado 4- Sério 5- Crítico S E VERIDA DE IV 2 3 4 5 5 III 1 2 3 4 5 II 1 1 2 3 4 I 1 1 1 2 3

Fonte: Adaptado de CESARO, 2013.

Após a elaboração da matriz de risco, é possível identificar os riscos que devem ser investigados de forma mais detalhada e apontar as melhorias necessária no processo para eliminar ou diminuir os riscos existentes (ALBERTON, 1996).

2.4 INDÚSTRIA TÊXTIL

Não há dúvida da importância da indústria têxtil para o país, pelas suas dimensões e seu início no Brasil Colonial, assim como seu desenvolvimento até os dias de hoje fazem parte da história brasileira (FUJITA e JORENTE, 2015).

(33)

A existência da Indústria Têxtil no Brasil vem datada desde a época da Revolução Industrial, este segmento foi pioneiro na industrialização do país. Em Santa Catarina o setor têxtil se desenvolveu com a colonização europeia, principalmente a alemã, sendo a maior concentração das Indústrias Têxteis localizada no Vale do Itajaí, como no município de Guabiruba.

O Brasil ocupa a quarta posição entre os maiores produtores mundiais de artigos de vestuário e a quinta posição entre os maiores produtores de manufaturas têxteis, possui uma das últimas cadeias têxteis completas do ocidente com a produção de artigos desde as fibras até às confecções. O setor têxtil reúne mais de 32 mil empresas, das quais mais de 80% são confecções de pequeno e médio porte, em todo o território nacional (ABIT, 2013).

Na representatividade do setor têxtil por regiões, o sudeste se destaca com 49% das indústrias por concentrar maior volume de mercados consumidores e ser o centro de distribuição de atacado e varejo do país. Em segundo lugar vem a região sul com 29% das indústrias têxteis brasileiras, sendo Santa Catarina a maior produtora têxtil do sul e a segunda maior produtora do país com 17% das indústrias do segmento (GOTEX, 2018).

Figura 3: Distribuição das Indústrias Têxteis por Regiões.

(34)

O setor emprega cerca de 1,7 milhão de brasileiros, sendo que 75% são funcionários do segmento de confecção, mulheres em sua maior parte. O Setor Têxtil e de Confecção responde pela quarta maior folha de pagamento da Indústria de Transformação, com R$ 13,8 bilhões (ABIT, 2013). Neste contexto, a segurança do trabalhador nas plantas fabris é assunto a ser abordado de forma rigorosa pelos empreendedores e trabalhadores, resultando, assim, em uma melhor condição de trabalho e desenvolvimento interno das organizações.

A indústria de fabricação têxtil incorpora todos os segmentos responsáveis pela transformação de fibras têxteis sintéticas ou naturais nos produtos desejados, desde a produção dos fios até serviços intermediários, incluindo tingimento, estamparia, alvejamento, entre outros.

Figura 4: Atividades - Fabricação de Produtos Têxteis

Fonte: IBGE, 2018.

2.4.1 Acidentes de Trabalho na Indústria Têxtil

O melhor método para compreender as ocorrências de acidentes de trabalho são as estatísticas desses acidentes, cuja principal fonte de dados é a Comunicação de Acidentes de Trabalho (CAT), um importante instrumento de combate aos acidentes de trabalho principalmente devido a sua abrangência nacional.

(35)

A análise de dados estatísticos a partir das CATs vem sofrendo discordâncias, pois mesmo a CAT sendo obrigatória em todas as ocorrências, ainda existem muitos casos de subnotificação, que é a não notificação de acidentes de trabalho. Em casos de acidentes leves, que não geram afastamento do trabalho ou o afastamento é inferior a quinze dias, a subnotificação é mais frequente (SALVADOR, 2004).

Uma importante fonte de dados estatísticos sobre acidentes de trabalho é o Anuário Estatístico da Previdência Social (AEPS), que tem capítulos dedicados ao tema, com informações obtidas através da concessão de benefícios acidentários por parte do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Os dados fazem parte do Sistema Único de Benefícios (SUB) e do Sistema de Comunicação de Acidente do Trabalho, desenvolvido pela DATAPREV para processar e armazenar as informações da CAT que são cadastradas nas Agências da Previdência Social ou pela internet. A Tabela 1 apresenta os registros para a atividade de Fabricação Têxtil no período entre 2012 a 2016 em âmbito nacional.

Tabela 1: Número de ocorrências na atividade de Fabricação Têxtil.

Motivo/Situação Ano Total

2012 2013 2014 2015 2016

Típico c/ CAT 4508 4716 4554 3392 3086 20256

Trajeto c/ CAT 969 1039 991 854 842 4695

Doença do Trabalho c/ CAT 58 88 120 76 45 387

Sem CAT 1476 1479 18 338 268 3579

Total 7011 7322 5683 4660 4241 28917

(36)

3 ESTUDO DE CASO

Para a escolha do caso, foi analisada a atual gestão da Norma Regulamentadora nº 33 em um parque fabril de beneficiamento têxtil na cidade de Guabiruba/SC.

3.1 DESCRIÇÃO DO PROCESSO PRODUTIVO DO EMPREENDIMENTO

A empresa pode ser dividida em duas áreas principais: administrativo e produção. O setor é administrativo (Figura 5) é composto por: diretoria, vendas, PCP, RH, Financeiro, compras e segurança do trabalho. Na produção (Figura 6) têm-se: recebimento, caldeiras, manutenção, expedição, estoque, tingimento, acabamento e Estação de Tratamento de Efluentes e Água.

Figura 5: Composição da Área Administrativa

(37)

Figura 6: Composição da Área de Produção

Fonte: Autor, 2018.

3.1.1 Fluxograma do Processo

A Figura 7 apresenta-se o fluxograma de processos realizados no parque fabril. Figura 7: Fluxograma do processo de beneficiamento têxtil

(38)

a) Vendas: a primeira etapa do processo têxtil consiste no contato do setor de vendas com o cliente. Nesta fase são definidas quantidades, cor, especificações da malha, prazos de entrega, valores, entre outros.

b) Laboratório: nos casos em que a cor solicitada ainda não existe, ou seja, nunca foi tinta pela empresa, a amostra do cliente é enviada ao laboratório, para que se desenvolva a tonalidade desejada. Após o Laboratório ter obtido aprovação da cor, a receita é cadastrada no sistema e a cor recebe um código, para que se for solicitada novamente não seja necessário um novo desenvolvimento.

c) Recebimento: o processo de beneficiamento inicia-se com o recebimento da malha juntamente com o seu romaneio que contém as especificações da malha e solicitação da cor a ser tinta.

d) PCP: após o recebimento a ordem de produção é preparada pelo setor de Planejamento e Controle de Produção, onde por meio de critérios estabelecidos pela empresa será definida a data de início do serviço.

e) Puxadores: nesta etapa a ordem de serviço é “puxada” no sistema para a preparação dos produtos na cozinha de dosagem e identificação do lote a ser tingido na área de estoque de malha crua.

f) Cozinha: na cozinha de preparo de produtos químicos são realizadas as dosagens de cada produto conforme a especificação na receita da cor solicitada pelo cliente. O preparo das dosagens poderá ser executado de forma manual ou automática dependendo dos produtos a serem aplicados no tingimento.

g) Enfraldador: a malha fornecida pelo cliente é desenrolada e preparada para entrar nas máquinas de tingimento em forma de fraldas.

h) Tingimento: nesta etapa ocorre o processo de tingimento das malhas por esgotamento, realizado em máquinas fechadas sob pressão. Na empresa o tingimento é realizado em dois tipos de máquinas Overflow e Jetflow. Após o tingimento, dependendo do tipo de malha o processo seguinte poderá ser a lavadora para malhas abertas ou hidroextractor para malhas tubulares.

(39)

i) Lavadora: esta etapa tem a função de retirar o excesso de corantes não absorvidos pelo tecido durante o processo de tingimento. Além disso, ajuda na preparação da malha para secagem: destorcendo, aplicando amaciantes e retirando o excesso de umidade.

j) Abridor: abre as malhas do tecido que vem em malhar tubulares para o processo seguinte de ramas ou felpadeira.

k) Felpadeira: a felpagem consiste em um processo mecânico de desfilamento superficial das fibras, dando ao tecido aspecto flanelado.

l) Rama: a ramagem é um secador com as funções de extrair água, promover a cura do tecido, padronizar dimensão e dar acabamento ao produto final.

m) Hidroextrator: esta etapa tem a função de amaciar e ajustar a largura da malha tubular que sai do tingimento.

n) Secadora: através da secagem remove-se a umidade residual dos artigos e obtém-se a gramatura e largura finais desejadas pelo cliente.

o) Calandra: calandragem é o processo no qual o tecido passa entre cilindros sendo espremidos com alta pressão e com alta temperatura interna, achatando a sua superfície e como resultado dando uma maior reflexão da luz, resultando em um maior brilho além de melhor toque ao tecido.

p) Embaladora: processo onde ocorre o condicionamento e proteção da malha finalizada para entrega ao cliente.

q) Expedição: etapa final que realiza o encaminhamento das malhas ao cliente.

3.2 LEVANTAMENTO DOS ESPAÇOS CONFINADOS

As atividades desenvolvidas direta e indiretamente no processo de beneficiamento têxtil são realizadas em diferentes locais da planta. Dentre eles, destacam-se os que se inserem nas características de confinamento: poços, caldeiras, vasos de pressão, tanques e reservatórios. Os espaços levantados são apresentados no Quadro 6 a seguir:

(40)

Quadro 6: Espaços Confinados Identificados e Cadastrados.

NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO DOS ESPAÇOS CONFINADOS Nº E.C. Descrição dos E.C. Acesso ao E.C. Nº Acessos

1 POÇO DE CAPTAÇÃO SUPERIOR 1

2 POÇO DE CAPTAÇÃO SUPERIOR 1

4 RESERVATÓRIO ÁGUA 60 ºC LATERAL 1

5 RESERVATÓRIO ÁGUA FRIA LATERAL 1

7 MQ DE TINGIR Nº 75 FRENTE/FUNDOS 4 8 MQ DE TINGIR Nº 01 LATERAL 1 9 MQ DE TINGIR Nº 04 LATERAL 1 10 MQ DE TINGIR Nº 05 LATERAL 1 11 MQ DE TINGIR Nº 06 LATERAL 1 12 MQ DE TINGIR Nº 07 LATERAL 1 13 MQ DE TINGIR Nº 08 LATERAL 1 14 MQ DE TINGIR Nº 09 LATERAL 1 15 MQ DE TINGIR Nº 10 LATERAL 1 16 MQ DE TINGIR Nº 11 LATERAL 1 17 MQ DE TINGIR Nº 12 FRENTE 2 18 MQ DE TINGIR Nº 13 FRENTE 2 19 MQ DE TINGIR Nº 14 FRENTE 2 20 MQ DE TINGIR Nº 15 FRENTE 2 21 MQ DE TINGIR Nº 34 FRENTE/FUNDOS 4 23 MQ DE TINGIR Nº 76 FRENTE 2 24 MQ DE TINGIR Nº 16 FRENTE 2 25 MQ DE TINGIR Nº 17 FRENTE 2 26 MQ DE TINGIR Nº 18 FRENTE 2 27 MQ DE TINGIR Nº 19 FRENTE/FUNDOS 4 28 MQ DE TINGIR Nº 20 FRENTE/FUNDOS 4 29 MQ DE TINGIR Nº 21 FRENTE/FUNDOS 4 30 MQ DE TINGIR Nº 22 FRENTE/FUNDOS 4 31 MQ DE TINGIR Nº 23 FRENTE/FUNDOS 4 32 MQ DE TINGIR Nº 24 FRENTE/FUNDOS 4 33 MQ DE TINGIR Nº 25 FRENTE/FUNDOS 4 34 MQ DE TINGIR Nº 26 FRENTE/FUNDOS 2 35 MQ DE TINGIR Nº 27 FRENTE/FUNDOS 2 36 MQ DE TINGIR Nº 28 FRENTE/FUNDOS 2 37 MQ DE TINGIR Nº 29 LATERAL 1 38 MQ DE TINGIR Nº 30 FRENTE 2 39 MQ DE TINGIR Nº 31 FRENTE 2 40 MQ DE TINGIR Nº 32 FRENTE 2 41 MQ DE TINGIR Nº 33 FRENTE 2

43 CALDEIRA Nº 02- FORNALHA LATERAL 2

44 AQUECEDO TÉRMICO LATERAL 1

(41)

3.2.1 Poços de Captação de Água Bruta

Segundo a NBR 12.213 de 1992 a captação é um conjunto de estruturas e dispositivos construídos ou montados junto ao manancial para a retirada de água destinada a um sistema de abastecimento.

Neste levantamento, o poço de captação tem a função de retirada da água bruta do manancial para o abastecimento do sistema de tratamento de água industrial da fábrica.

Na empresa foram identificados dois poços, o primeiro poço identificado como EC 01 tem a função de retenção de materiais grosseiros que possam danificar os dispositivos do sistema de bombeamento e o segundo poço, EC 02, tem a função de acumulação da água bruta para o bombeamento até a estação de tratamento.

Ambos os poços de captação são acessados pela equipe de manutenção para realizar a limpeza periódica com remoção de areia ou outros materiais grosseiros e para possíveis manutenções no sistema de bomba e gradeamento.

A periodicidade de acesso varia conforme o acúmulo de materiais no interior dos ECs e demanda por reparos ou manutenções no sistema de bombeamento.

Figura 8: Poços de Captação- EC 01(esquerda) e EC 02 (direita).

(42)

3.2.2 Reservatórios

Os reservatórios tem a função principal de armazenar água proveniente de um curso d´água ou da chuva, porém a finalidade deste armazenamento pode ter diferentes objetivos para beneficiar a sociedade (MEES, 2012).

Na empresa foram identificados dois reservatórios de água tratada para o abastecimento do processo produtivo da empresa, o primeiro, cadastrado como EC 04, para armazenamento de água quente a 60ºC e o segundo, EC 05, para armazenamento de água fria.

Os reservatórios são acessados pela equipe de manutenção para realizar a limpeza interna da estrutura com periodicidade de acesso de duas vezes ao ano.

Figura 9: Reservatórios- EC 04(esquerda) e EC 05(direita).

(43)

3.2.3 Vasos de Pressão: Máquinas de Tingir

Segundo a Norma Regulamentador nº13 do Ministério do Trabalho vasos de pressão são equipamentos que contêm fluidos sob pressão interna ou externa, diferente da pressão atmosférica. A norma ainda classifica os vasos em quatro classes dependendo do tipo de fluido contido no vaso:

a) Classe A: fluidos inflamáveis fluidos combustíveis com temperatura superior ou igual a 200 ºC (duzentos graus Celsius); fluidos tóxicos com limite de tolerância igual ou inferior a 20 (vinte) partes por milhão (ppm); hidrogênio e – acetileno.

b) Classe B: fluidos combustíveis com temperatura inferior a 200 ºC (duzentos graus Celsius) e fluidos tóxicos com limite de tolerância superior a 20 (vinte) partes por milhão (ppm).

c) Classe C: vapor de água, gases asfixiantes simples ou ar comprimido. d) Classe D: outro fluido não enquadrado acima.

Os vasos de pressão são equipamentos frequentemente utilizados nas indústrias têxteis no processo de tingimento de artigos. Neste processo em elevados índices de temperatura e pressão o artigo têxtil passa por “banhos" até atingir a cor desejada. Durante o banho considera-se o fluido contido nestes vasos uma mistura de água, vapor de água e produtos químicos utilizados para promover a cor ou acabamento no produto.

Devido às atividades constantes e elevado grau de risco que estas máquinas possuem é importante a manutenção preventiva destas máquinas e a conservação da integridade física das mesmas. Assim, o acesso à parte interna destes vasos é frequente a fim de realizar inspeções, manutenções ou pequenos reparos no corpo da máquina.

Neste estudo foi levantado no parque fabril o total de 35 máquinas de tingir (vasos de pressão) de diferentes capacidades e modelos, para melhor análise as máquinas foram divididas em cinco grupos:

Grupo 01 – formado por nove máquinas longas com corpo duplo, conforme o Quadro 7 e a Figura 10.

(44)

Quadro 7: Grupo 1- Vasos de Pressão

NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO DOS ESPAÇOS CONFINADOS Nº E.C. Descrição dos E.C. Acesso ao E.C. Nº Acessos

7 MQ DE TINGIR Nº 75 FRENTE/FUNDOS 4 21 MQ DE TINGIR Nº 34 FRENTE/FUNDOS 4 27 MQ DE TINGIR Nº 19 FRENTE/FUNDOS 4 28 MQ DE TINGIR Nº 20 FRENTE/FUNDOS 4 29 MQ DE TINGIR Nº 21 FRENTE/FUNDOS 4 30 MQ DE TINGIR Nº 22 FRENTE/FUNDOS 4 31 MQ DE TINGIR Nº 23 FRENTE/FUNDOS 4 32 MQ DE TINGIR Nº 24 FRENTE/FUNDOS 4 33 MQ DE TINGIR Nº 25 FRENTE/FUNDOS 4 Fonte: Autor, 2018.

Figura 10: Modelos das máquinas de tingir do Grupo 1

(45)

Grupo 02 – formado por 10 máquinas horizontais, conforme o Quadro 8 e a Figura 11.

Quadro 8: Grupo 02- Vasos de pressão

NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO DOS ESPAÇOS CONFINADOS Nº E.C. Descrição dos E.C. Acesso ao E.C. Nº Acessos

8 MQ DE TINGIR Nº 01 LATERAL 1 9 MQ DE TINGIR Nº 04 LATERAL 1 10 MQ DE TINGIR Nº 05 LATERAL 1 11 MQ DE TINGIR Nº 06 LATERAL 1 12 MQ DE TINGIR Nº 07 LATERAL 1 13 MQ DE TINGIR Nº 08 LATERAL 1 14 MQ DE TINGIR Nº 09 LATERAL 1 15 MQ DE TINGIR Nº 10 LATERAL 1 16 MQ DE TINGIR Nº 11 LATERAL 1 37 MQ DE TINGIR Nº 29 LATERAL 1 Fonte: Autor, 2018.

Figura 11: Modelos das máquinas de tingir do Grupo 02

(46)

Grupo 03 – formado por 7 máquinas horizontais de duas bocas, conforme o Quadro 9 e a Figura 12.

Quadro 9: Grupo 03 - Vasos de pressão

NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO DOS ESPAÇOS CONFINADOS Nº E.C. Descrição dos E.C. Acesso ao E.C. Nº Acessos

17 MQ DE TINGIR Nº 12 FRENTE 2 18 MQ DE TINGIR Nº 13 FRENTE 2 19 MQ DE TINGIR Nº 14 FRENTE 2 20 MQ DE TINGIR Nº 15 FRENTE 2 24 MQ DE TINGIR Nº 16 FRENTE 2 25 MQ DE TINGIR Nº 17 FRENTE 2 26 MQ DE TINGIR Nº 18 FRENTE 2 Fonte: Autor, 2018.

Figura 12: Modelos de máquinas de tingir do Grupo 3.

(47)

Grupo 04 – formado por 6 máquinas horizontais circulares de duas bocas, conforme o Quadro 10 e a Figura 13.

Quadro 10: Grupo 4 - Vasos de pressão

NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO DOS ESPAÇOS CONFINADOS Nº E.C. Descrição dos E.C. Acesso ao E.C. Nº Acessos

23 MQ DE TINGIR Nº 76 FRENTE 2 38 MQ DE TINGIR Nº 30 FRENTE 2 39 MQ DE TINGIR Nº 31 FRENTE 2 40 MQ DE TINGIR Nº 32 FRENTE 2 41 MQ DE TINGIR Nº 33 FRENTE 2 42 MQ DE TINGIR Nº 76 FRENTE 2

Figura 13: Modelos de máquinas de tingir do Grupo 4

Fonte: Autor, 2018.

Grupo 05 – formado por 3 máquinas longas de um boca, conforme o Quadro 11 e a Figura 14.

(48)

Quadro 11: Grupo 5 - Vasos de pressão

NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO DOS ESPAÇOS CONFINADOS Nº E.C. Descrição dos E.C. Acesso ao E.C. Nº Acessos

34 MQ DE TINGIR Nº 26 FRENTE/FUNDOS 2

35 MQ DE TINGIR Nº 27 FRENTE/FUNDOS 2

36 MQ DE TINGIR Nº 28 FRENTE/FUNDOS 2

Fonte: Autor, 2018.

Figura 14: Modelos de máquinas e tingir do Grupo 5.

Fonte: Autor, 2018.

3.2.4 Caldeira a Vapor

Segundo a Norma Regulamentador nº13 do Ministério do Trabalho caldeiras a vapor são equipamentos destinados a produzir e acumular vapor em pressão superior à atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia, projetados conforme as normas pertinentes. A norma ainda classifica as caldeiras em três categorias dependendo da pressão de trabalho:

a) Categoria A: são aquelas cuja pressão de operação é igual ou superior a 1960kPa (19,98 kgf/cm2);

(49)

b) Categoria C: são aquelas cuja pressão de operação é igual ou inferior a 588kPa (5,99 kgf/cm2) e o volume interno é igual ou inferior a 100 l (cem litros); c) Categoria B: são todas as caldeiras que não se enquadram nas categorias

anteriores.

Na indústria têxtil as caldeiras são muito utilizadas para produzir o vapor para aquecimento de grandes quantidades de água para alvejar e tingir os tecidos, bem como para realizar a secagem em secadores e demais equipamentos.

A caldeira utilizada no parque fabril se enquadra na categoria B com pressão máxima de trabalho de 10,0kgf/cm² e tem como fonte de energia o cavaco e madeira. O espaço confinado (EC 43) na caldeira refere-se à fornalha, onde se processa a combustão, sendo também denominada de câmara de combustão.

O acesso a este espaço é realizado em inspeções periódicas, manutenções preventivas, limpeza e sempre que for necessário algum reparo na estrutura do equipamento. O pessoal autorizado para estas atividades são da equipe de manutenção e o engenheiro responsável pelas inspeções da integridade do equipamento. A periodicidade da limpeza e inspeção periódica é uma vez ao ano, sendo as manutenções e reparos conforme o planejamento do setor de manutenção.

(50)

Figura 16: Acesso espaço confinado 43

Fonte: Autor, 2018.

3.2.5 Aquecedor de Óleo Térmico

O aquecedor é um equipamento que fornece a energia térmica para o fluido térmico, neste caso o óleo térmico. Este aquecimento pode ser feito através da queima de óleos combustíveis ou gases combustíveis, queima de madeira ou biomassa, elétrico ou recuperativo (BARROS, 2002).

No beneficiamento têxtil o aquecedor é utilizado nas ramas, onde o óleo aquecido entra em contato com o ar que circula nos radiadores e é posteriormente enviado ao interior da rama por um sistema de ventilação. O ar flui sobre o tecido e o seca convectivamente com a troca de massa e calor (FERRAZ et al., 2010).

Assim como na caldeira, o espaço confinado (EC 44) no aquecedor é a câmara de combustão onde se processa a queima do cavaco. O acesso ao espaço é realizado em inspeções periódicas, manutenções preventivas, limpeza e sempre que for necessário algum reparo na estrutura do equipamento. O pessoal autorizado para estas atividades são da equipe de manutenção e a periodicidade da limpeza e inspeção periódica é uma vez ao ano, sendo as manutenções e reparos conforme o planejamento do setor de manutenção.

(51)

Figura 17: Espaço confinado 44 - Aquecedor

Fonte: Autor, 2018.

3.3 ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS (APR)

A partir da identificação dos espaços confinados e as atividades executadas, procedeu-se a execução análise preliminar de risco dos ambientes em cumprimento às determinações da NR-33, mensurando todas as informações necessárias à preservação da vida e da saúde dos trabalhadores que venham a ter a necessidade de executar tarefas no referido local.

A seguir serão apresentadas as análises obtidas para os espaços confinados levantados em planta. Salienta-se que para as máquinas de tingir será apresentada comente uma APR, uma vez que todos os eventos e riscos identificados são os mesmos em todas as máquinas.

(52)

1.2 Responsável

Técnico: Franciele dos Santos

2.1 Nº do EC 2.4 Localização 2.5 Acesso/ Qtd. 2.7 Iluminação

1 Captação Superior/ 1 Natural

2.8 Localização do

EC: Água

4.1 Equipe:

P S R

Arranjo físico inadequado

* Contusões; * Escoriações; * Luxações.

D II 3-

Moderado Todos envolvidos na atividade

Queda em diferente nível * Lesão

* Fratura D III 4- Sério Todos envolvidos na atividade

Umidade * Doença de pele* Infecções D III 4- Sério Todos envolvidos na atividade

Poço de captação água bruta Tubular 1,17mx1,54m Concreto

Área externa fábrica 2.9 Função do EC: Captar água bruta do rio e reter materiais grosseiros

1. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA Empresa 1.1 Endereço Guabiruba

2. IDENTIFICAÇÃO DO EC 2.2 Formato do EC 2.3 Dimensões 2.6 Material do EC:

III 4- Sério

2.10 Material Armazenado/ Transportado/ Produzido no EC:

RESP. AÇÕES

Poço possui o formato de um retângulo da base a 1.17x 1.54 metros e profundidade de 3 metros é ocupado por água 1 metro, construído em concreto a ventilação natural é suficiente para a realização dos trabalhos, iluminação natural é suficiente (para trabalhos diurno).

3. SINALIZAÇÃO E BLOQUEIO REQUERIDO: Placa de sinalização em PVC – Conforme NR 33 Identificar, isolar e identificar os espaços confinados para evitar a entrada de possas não autorizadas.

4. SERVIÇOS EXECUTADOS NO EC: Limpeza - remoção de materiais acumulados. 3 pessoas (Mínimo)

EVENTOS RISCO CAUSA EFEITOS AVALIAÇÃO*

2. 11 Descrição do espaço confinado:

APR - ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO EM ESPAÇO CONFINADO

MEDIDAS DE CONTROLE

Conforme NBR 14787-10 A permissão de entrada que documenta a

conformidades das condições locais e autoriza a entrada em cada espaço confinado. O supervisor de entrada só autorizar a entrada após a emissão da PET.

Qualquer condição de risco, o serviço deverá ser cancelado.

* Proceder inspeção na área antes de iniciar as atividades para verificar as situações de risco e manter os acessos desobstruídos.

* Utilizar EPIs compatíveis * Não improvisar escadas *Isolar área

Todos envolvidos na atividade

*Inabilidade, *Falta de atenção * Falta de amarração * Piso escorregadio Providenciar a emissão

da PET Análise equivocada

* Inabilidade * Falta de atenção * Lesão * Contaminação por bactérias D Acesso ao espaço confinado *Espaço restrito; *Abertura do acesso estreita;

* Acesso somente do número permitido de pessoas; * Utilizar EPIs compatíveis;

* Manter ambiente organizado; *Isolar área.

* Água residual no poço.

* Uso de botas e luvas de PVC; * Uso de Macacão impermeável * Drenagem da água no local de trabalho. * Drenagem de toda e qualquer água parada.

Referências

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