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MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio. Balança Comercial do Agronegócio Agosto/2015

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MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio

Balança Comercial do Agronegócio – Agosto/2015

I – Resultados do mês (comparativo Agosto/2015 – Agosto/2014) I.a – Setores do Agronegócio

No mês de agosto de 2015, as exportações de produtos do agronegócio brasileiro atingiram a cifra de US$ 7,34 bilhões, ou seja, apresentaram recuo de 17,4% na comparação com o mesmo mês de 2014, com remessas da ordem de US$ 8,89 bilhões. A participação dos produtos no total das exportações brasileiras fechou o mês em 47,4%. As importações por seu turno registraram o montante de US$ 967,40 milhões, retraindo 31,5% em relação ao verificado em agosto de 2014 (US$ 1,41 bilhão). O saldo da balança comercial em agosto foi positivo em US$ 6,38 bilhões e apresentou retração de 14,7%.

O complexo soja liderou as exportações do agronegócio brasileiro em agosto. O setor registrou US$ 2,62 bilhões em exportações e um recuo de 15,9% na comparação com o ano anterior. Foi a maior retração entre os produtos do agronegócio em termos absolutos: US$ 496,19 milhões. O produto mais vendido foi a soja em grãos com US$ 2,0 bilhões, cifra 6,1% menor que a registrada em 2014. Apesar de ter havido recuo na receita com o produto, sua quantidade embarcada aumentou em 25,3%, de 4,12 milhões de toneladas em 2014 para 5,16 milhões de toneladas em 2015. A queda de receita foi atribuída, portanto, ao decréscimo do preço médio de US$ 518 por tonelada para US$ 388 por tonelada (-25,1%). Outros produtos que compuseram as exportações do setor foram farelo de soja com US$ 430 milhões (-49,3%) e óleo de soja com US$ 181 milhões (+40,0%).

As carnes apareceram em segundo lugar no ranking exportador do agronegócio em agosto. Suas exportações chegaram a US$ 1,30 bilhão (-14,5%) com 563 mil toneladas (+4,8%) a um preço médio de US$ 2.311 por tonelada (-18,4%).

A carne de frango liderou as exportações com receita de US$ 642 milhões (-4,9%). A mais vendida, do tipo in

natura, obteve vendas de US$ 568 milhões (-2,2%), com remessas de 345 mil toneladas (+14,3%), com preço médio

de US$ 1.647 por tonelada (-14,4%). A carne de frango industrializada apresentou receita de US$ 74 milhões em exportações (-21,5%) ante US$ 94 milhões do mesmo mês do ano anterior, com praticamente a mesma quantidade exportada de 30 mil toneladas, a uma cotação média de US$ 2.427 por tonelada (-21,3%).

A carne bovina apareceu em seguida com vendas externas de US$ US$ 498 milhões (-22,2%), em quantidades de 112 mil toneladas (-16,0%), custando em média US$ 4.427 a tonelada (-7,4%).

A carne bovina in natura liderou as vendas do setor rendendo US$ 404 milhões, cifra 24,3% menor que a obtida no mesmo mês de 2014. Para este desempenho foi determinante a retração da quantidade exportada de 109 mil

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bovina, apresentou exportações de US$ 57 milhões (+17,1%), com 9 mil toneladas embarcadas (+14,0%) ao preço médio de US$ 6.315 por tonelada (+2,7%).

A carne suína in natura apareceu na terceira posição com um resultado de US$ 106 milhões em remessas para o exterior (-18,7%). Ainda que tenha havido crescimento da quantidade exportada de 35 mil para 42 mil toneladas, seu preço médio retraiu 31,6% com cotação a US$ 2.515 por tonelada.

Os produtos florestais ficaram em terceiro no ranking exportador. As exportações totais do setor fecharam o mês de agosto com US$ 816 milhões (+2,7%) oriundos do embarque de 1,50 milhão de toneladas (+7,7%) ao preço de US$ 544 por tonelada em média. Papel e celulose puxaram as vendas do setor auferindo receita de US$ 599 milhões (+6,3%) em 1,06 milhão de toneladas (+5,6%) com uma cotação de US$ 566 por tonelada (+0,6%). Madeiras e suas obras registraram vendas de US$ 216 milhões (-6,2%), muito em virtude da queda do preço médio de US$ 591 para US$ 490 por tonelada (-17,0%), pois a quantidade exportada fora ampliada para 440 mil toneladas (+13,0%).

O complexo sucroalcooleiro foi o quarto setor que mais exportou no mês de agosto com remessas da ordem de US$ 637 milhões. Depois do complexo soja, apresentou o maior recuo em termos absolutos, em comparação com o mesmo mês do ano anterior: US$ 357,34 milhões. A queda nas exportações de açúcar foi a grande responsável pelo baixo desempenho do setor. As vendas do produto foram de US$ 945 milhões em 2014 para US$ 546 milhões em 2015, ou seja, baixa de 42,1%. Tanto a quantidade exportada, quanto o preço médio tiveram retração. Para a primeira o recuo foi de 21,5% registrando no mês 1,81 milhão de toneladas em embarques. A cotação ficou em US$ 302 por tonelada, após recuo de 26,3%. Com menor participação nas exportações do complexo, o álcool obteve resultado de US$ 90,06 milhões (+81,8%) em 157 mil toneladas (+150,4%) ao preço médio de US$ 574 por tonelada (-27,4%).

Na sequência o café ocupou a quinta posição nas exportações do mês de agosto. O setor auferiu US$ 477 milhões em receitas, recuando 16,0% em relação ao ano prévio. A quantidade exportada foi de 168 mil toneladas (-0,6%) à cotação média de US$ 2.844 por tonelada (-15,4%). O café verde, principal item do setor, rendeu US$ 424 milhões em exportações ante US$ 511 milhões do ano anterior. A retração da quantidade exportada não foi significativa, sendo de apenas 0,7% com 160 mil toneladas. Determinante para a queda de receita foi o recuo do preço médio em 16,3%, fechando o mês a US$ 2.648 por tonelada. O café solúvel, de participação bem menor, obteve US$ 50 milhões (-5,1%) em exportações, com 7 mil toneladas embarcadas do produto (+5,3%), cotadas em US$ 7.084 por tonelada (-9,9%).

Estes cinco principais setores somados responderam no mês de agosto por US$ 5,85 bilhões em remessas e 79,6% das exportações do agronegócio brasileiro, percentual um pouco maior do que o obtido no mesmo mês do ano anterior de 78,6%, denotando um aumento na concentração das exportações no mês.

No quesito importações, o total adquirido de produtos do agronegócio em agosto de 2015 foi de US$ 967 milhões. Os principais produtos adquiridos pelo mercado brasileiro no mês foram papel e celulose (US$ 101 milhões e -35,1%), pescados (US$ 77 milhões e -21,1%), trigo (US$ 75 milhões e -66,2%), malte (US$ 38 milhões e +17,9%) e lácteos (US$ 34 milhões e -12,7%).

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3 I.b – Blocos Econômicos e Regiões Geográficas

Em relação às exportações para blocos econômicos e regiões geográficas no mês de agosto, a Ásia foi o principal destino das exportações do agronegócio brasileiro com US$ 3,20 bilhões em aquisições, cifra inferior à obtida no ano anterior de US$ 3,67 bilhões (redução de 12,8%).

Apesar da diminuição das vendas para a Ásia, a participação da região no total das exportações brasileiras se elevou de 41,3% em 2014 para 43,6% em 2015. Este fenômeno somente foi possível graças a diminuição da participação da União Europeia. A queda das exportações para o bloco inclusive foi a maior registrada no mês, da ordem de 29,1% ou US$ 559,88 milhões. Em agosto as exportações brasileiras do agronegócio para o destino europeu ficaram em US$ 1,36 bilhão e sua participação caiu 3 pontos percentuais, se estabelecendo em 18,6%. As remessas para o NAFTA se mantiveram praticamente inalteradas com o valor de US$ 681,32 milhões e sua participação partiu de 7,7% no ano anterior para 9,3% em 2015.

Outros destinos de destaque no mês de agosto foram Oriente Médio (US$ 612,54 milhões), África (US$ 505,75 milhões) e Mercosul (US$ 344,62 milhões). As quedas de vendas para os destinos foram de respectivamente, 20,3%, 6,5% e 24,0%.

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I.c – Países

Ao analisar as exportações do agronegócio por países, a China lidera o ranking como principal destino e ainda teve no mês de agosto sua participação ampliada de 23,6% para 26,1%. Participação que avançou apesar da queda nas vendas para o destino de US$ 2,10 bilhões para US$ 1,92 bilhão entre 2014 e 2015.

Em segundo aparecem os Estados Unidos, para os quais as exportações aumentaram de US$ 534,36 milhões para US$ 559,80 milhões (+4,8%) e a sua participação foi de 6,0% para 7,6%.

Outros países importantes como destino das exportações do agronegócio brasileiro foram Países Baixos (US$ 360,21 milhões e -30,1%), Rússia (US$ 214,31 milhões e -38,3%) e Japão (US$ 214,17 milhões e +1,7%).

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II – Resultados do ano (comparativo Janeiro-Agosto/2015 – Janeiro-Agosto/2014) II.a – Setores do Agronegócio

As exportações do agronegócio brasileiro atingiram a cifra de US$ 59,71 bilhões entre janeiro e agosto de 2015, com retração de 11,7% em relação aos US$ 67,61 bilhões exportados no mesmo período do ano anterior. Ainda assim, a participação do agronegócio no total das exportações brasileiras subiu de 43,9% para 46,5% no período considerado. As importações do agronegócio totalizaram US$ 9,18 bilhões entre janeiro e agosto de 2015, o que representou diminuição de 18,5% ante os US$ 11,25 bilhões adquiridos entre janeiro e agosto de 2014. Como resultado, o saldo da balança comercial do agronegócio caiu de US$ 56,36 bilhões para os atuais US$ 50,54 bilhões.

Os cinco principais setores do agronegócio no período foram: complexo soja, com participação de 37,7% das exportações; carnes, com 16,3%; produtos florestais, com 11,3%; complexo sucroalcooleiro, com 8,9%; e o café, com participação de 6,9%. Em conjunto, as vendas externas dos cinco setores mencionados apresentaram participação de 81,0% do total exportado pelo agronegócio brasileiro nos oito primeiros meses de 2015.

As vendas externas do complexo soja chegaram ao valor de US$ 22,52 bilhões no período em destaque, com queda de 17,4% em comparação aos números de 2014 ou, em valores absolutos, US$ 4,7 bilhões. Tal decréscimo foi causado pela diminuição dos preços médios dos produtos do setor (-24,2%), tendo em vista que a quantidade comercializada cresceu no período analisado (+9,0%). O principal produto do setor continua sendo a soja em grãos, com exportações de US$ 17,73 bilhões (-17,2%) e quantum negociado de 45,85 milhões de toneladas (+9,3%). O farelo de soja contribuiu com US$ 4,04 bilhões em vendas (-19,2%) e 10,16 milhões de toneladas comercializadas (+7,4%). As exportações de óleo de soja totalizaram US$ 746 milhões (-11,0%) e 1,05 milhão de toneladas embarcadas (+11,6%).

O segundo setor em valor exportado foi o setor de carnes, com vendas externas de US$ 9,70 bilhões (-14,4%) e retração tanto na quantidade exportada (-0,4%), quanto no preço médio de suas mercadorias (-14,0%). Com 49,3% das vendas do setor, o principal item negociado foi a carne de frango. Apesar do crescimento de 6,2% na quantidade comercializada, a queda de 12,8% no preço médio influenciou negativamente a receita de exportação, que caiu de US$ 5,16 bilhões para US$ 4,78 bilhões entre janeiro e agosto de 2015 (-7,4%). As vendas externas de carne bovina também diminuíram, passando de US$ 4,71 bilhões entre janeiro e agosto de 2014 para os atuais US$ 3,70 bilhões (-21,5%). Tal queda foi resultado da retração das vendas em quantidade (-16,9%) e da menor cotação da mercadoria no mercado internacional (-5,5%). Completando o setor, as exportações de carne suína alcançaram a cifra de US$ 816 milhões 16,5%), enquanto as de carne de peru totalizaram US$ 203 milhões (-16,6%).

Os produtos florestais foram a terceira principal fonte de receita de exportação do agronegócio brasileiro entre janeiro e agosto de 2015, com vendas de US$ 6,75 bilhões (+3,1%). O principal item negociado foi papel e celulose, com US$ 4,90 bilhões (+1,9%) ou 72,6% das exportações do setor. Em seguida, destacaram-se as exportações de madeiras e suas obras, com a cifra de US$ 1,85 bilhão e incremento de 6,6% em valor e de 11,6% em quantidade.

O complexo sucroalcooleiro ficou na quarta colocação entre os principais setores exportadores do agronegócio, com o montante de US$ 5,32 bilhões (-18,8%). Mais de 90,0% desse valor foi alcançado com as exportações de açúcar, que atingiram US$ 4,82 bilhões (-18,4%). Já as vendas externas de álcool totalizaram US$ 484 milhões, com decréscimo de 23,0% em relação a janeiro e agosto de 2014.

Completando os cinco principais setores do agronegócio entre janeiro e agosto de 2015, o setor cafeeiro exportou US$ 4,10 bilhões, o que significou crescimento de 1,0% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Em quantidade, houve variação negativa de 1,1%, com a comercialização de 1,32 milhão de toneladas, enquanto a cotação média das exportações brasileiras de café atingiram a marca de US$ 3.098 por tonelada (+2,1%).

No que se refere às importações de produtos do agronegócio, alcançou-se a soma de US$ 9,18 bilhões nos oito meses considerados. Os principais produtos adquiridos no período foram: papel e celulose (US$ 934 milhões e -22,9%); pescados (US$ 853 milhões e -15,6%); trigo (US$ 825 milhões e -39,3%); lácteos (US$ 286 milhões e -1,8%); malte (US$ 254 milhões e -31,8%); e borracha natural (US$ 246 milhões e -32,0%).

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II.b – Blocos Econômicos e Regiões Geográficas

Em relação às exportações do agronegócio sob a ótica dos blocos econômicos e regiões geográficas, no período de janeiro a agosto de 2015 a Ásia permaneceu como o principal destino dos produtos brasileiros, com a soma de US$ 26,69 bilhões. Apesar da retração de 9,6% nas suas aquisições, a participação asiática nas vendas externas de produtos agropecuários brasileiros subiu de 43,7% para 44,7%. Já o segundo principal destino das exportações brasileiras, a União Europeia, diminuiu a sua participação de 21,5% para 20,7%, em virtude da queda mais acentuada das aquisições de produtos brasileiros (-15,3%, atingindo US$ 12,33 bilhões). Vale destacar que dos onze mercados selecionados na Tabela 5, oito apresentaram queda nas suas aquisições de produtos brasileiros.

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7 II.c – Países

No que tange aos países, a China permanece como o principal destino das exportações do agronegócio brasileiro, com a cifra de US$ 16,58 bilhões. Em relação a janeiro/agosto de 2014, verificou-se retração de 11,7% no valor exportado e manutenção da participação chinesa em 27,8%.

As exportações para os Estados Unidos, segundo principal destino até agosto de 2015, caíram de US$ 4,78 bilhões para US$ 4,28 bilhões (-10,5%) em razão da diminuição do comércio de soja em grãos (-US$ 537,52 milhões). Mesmo com essa retração, a participação norte americana nas exportações brasileiras passou de 7,1% para 7,2%.

O terceiro principal destino das exportações agropecuárias de janeiro a agosto foram os Países Baixos, com US$ 3,30 bilhões, o que representou queda de 25,7% em comparação aos US$ 4,44 bilhões de janeiro a agosto de 2014. Vale destacar, que essa queda foi causada pela diminuição dos embarques de farelo de soja e soja em grãos, que juntos significaram perda de US$ 990 milhões. Com isso, a participação desse parceiro comercial caiu de 6,6% para 5,5%.

Em relação ao dinamismo das exportações, os principais destaques do período foram: Irã (US$ 1,02 bilhão e +35,0%); Vietnã (US$ 1,05 bilhão e +26,3%); Egito (US$ 1,19 bilhão e +15,4%); Bélgica (US$ 1,26 bilhão e +8,0%); e Arábia Saudita (US$ 1,52 bilhão e +7,2%).

III – Resultados de Setembro de 2014 a Agosto de 2015 (Acumulado 12 meses) III.a – Setores do Agronegócio

As exportações do agronegócio caíram de US$ 98,54 bilhões entre setembro de 2013 a agosto de 2014 para US$ 88,85 bilhões entre setembro de 2014 a agosto de 2015, uma queda absoluta de US$ 9,69 bilhões em doze meses ou 9,8% em percentagem. As importações, por sua vez, caíram de US$ 17,02 bilhões para US$ 14,54 bilhões no mesmo período (-14,6%). Como resultado, o saldo comercial dos produtos do agronegócio diminuiu de US$ 81,52 bilhões entre setembro de 2013 a agosto de 2014 para US$ 74,31 bilhões entre setembro de 2014 a agosto de 2015.

Essa queda das exportações e importações é reflexo, majoritariamente, da redução dos preços médios de comercialização das principais commodities agrícolas. A soja em grão, por exemplo, teve redução de 23,0%. Outras

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exportação do café (+14,8%).

Os cinco principais setores exportadores do agronegócio no acumulado dos últimos doze meses foram: complexo soja (30,0%), carnes (17,8%), produtos florestais (11,4%), complexo sucroalcooleiro (10,3%), e café (7,5%). Estes setores responderam, em conjunto, por 77,1% das exportações no período. Uma queda de 1,3 ponto percentual em relação aos 78,4% que os mesmos setores responderam nos doze meses anteriores. A principal queda de participação ocorreu no complexo soja, devido à redução mais acentuada dos preços médios de exportação. O setor diminuiu sua participação de 33,8% para 30,0%. O café, por outro lado, aumentou sua participação de 5,9% para 7,5% nos últimos doze meses.

Apesar da redução da participação, o complexo soja ainda é o principal setor em valor exportado nas exportações do agronegócio, 12 pontos percentuais acima do setor de carnes, segundo mais importante. As exportações do complexo soja foram de US$ 26,67 bilhões nos últimos doze meses (-20,0%). As vendas de soja em grão atingiram quase 50 milhões de toneladas exportadas (49,6 toneladas) nos últimos doze meses, o que resultou em exportações de US$ 19,59 bilhões (-19,9%). Tal queda ocorreu, principalmente, em função da redução do preço médio de exportação do produto, que diminuiu de US$ 513 por tonelada para US$ 395 por tonelada (-23,0%) no período analisado. As exportações de farelo e óleo foram de US$ 6,04 bilhões (-19,8%) e US$ 1,04 bilhão (-22,8%), respectivamente.

As vendas externas de carnes diminuíram de US$ 17,12 bilhões para US$ 15,80 bilhões nos últimos doze meses (-7,7%). A quantidade exportada foi praticamente semelhante, já o preço médio de exportação caiu -7,7%. A carne de frango foi a mais exportada em valor, US$ 7,55 bilhões (-2,2%), com expansão de 5,7% na quantidade embarcada. Deve-se enfatizar que a quantidade exportada de carne de frango in natura, 3,8 milhões de toneladas, foi recorde histórico para o período. Com essa quantidade, as exportações de carne de frango foram de quase 50,0% das exportações totais de carne. A quantidade exportada de carde de frango in natura foi recorde para o período de 12 meses, 4,16 milhões de toneladas. Todavia, a queda no preço de exportação de 7,4% impediu uma expansão maior do valor exportado. A carne bovina apresentou, por outro lado, uma redução de 13,8% na quantidade embarcada, que em conjunto com a queda de 1,0% nos preços médios de exportação, resultou em exportações de -14,7% menores ou US$ 6,14 bilhões. As exportações de carne suína e de peru também diminuíra. As vendas externas de carne suína foram de US$ 1,42 bilhão (-1,6%) enquanto as de peru foram de US$ 321 milhões (-12,3%).

Os produtos florestais ficaram na terceira posição entre os principais setores exportadores do agronegócio. As vendas do setor subiram 3,4%, atingindo US$ 10,16 bilhões. A quantidade exportada subiu nos dois produtos do setor, com expansão de 9,9% no papel e celulose e 10,9% na madeira e suas obras. Os preços médios de exportação, por sua vez, diminuíram 7,9% no caso de papel e celulose e 1,3% em madeiras e suas obras. As exportações do complexo sucroalcooleiro diminuíram de US$ 11,16 bilhões entre setembro de 2013 a agosto de 2014 para US$ 9,14 bilhões entre setembro de 2014 a agosto de 2015 (-18,1%). O principal produto exportado do setor, o açúcar, reduziu as vendas externas de US$ 9,96 bilhões para US$ 8,38 bilhões no período (-15,9%). A queda nas exportações de álcool foi mais acentuada, de US$ 1,19 bilhão para US$ 753 milhões (-36,6%), com diminuição da quantidade exportada (-25,1%) e preço médio de exportação (-15,3%).

O café ficou na quinta posição dentre os principais setores exportadores. As exportações dos produtos do setor aumentaram de US$ 5,80 bilhões para US$ 6,70 bilhões (+15,5%) no período. As exportações de café verde subiram 18,0% enquanto as exportações de café solúvel caíram 3,8%. Foi o único setor, dentre os cinco principais setores, em que os preços médios de exportação expandiram (+12,6%)

As importações de produtos do agronegócio diminuíram de US$ 17,02 bilhões para US$ 14,54 bilhões nos últimos doze meses (-14,6%). Os principais produtos importados foram: papel e celulose (US$ 1,51 bilhão, -15,6%); trigo (US$ 1,28 bilhão, -41,9%); pescados (US$ 1,38 bilhão, -9,4%); malte (US$ 466 milhões, -16,6%); borracha natural (US$ 378 milhões, -33,9%); e óleo de palma (US$ 350 milhões, -14,1%).

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9 III.b – Blocos Econômicos e Regiões Geográficas

As exportações do agronegócio tiveram redução para quase todas as regiões geográficas ou blocos econômicos nos últimos doze meses, conforme estatísticas apresentadas na Tabela 8. Exceção nesse cenário de queda ficou por conta da Oceania (+19,6%) e de alguns países da américa (+1,5%), que não pertencem ao NAFTA, ao MERCOSUL ou à ALADI.

A Ásia aumentou sua participação como maior importadora dos produtos do agronegócio brasileiro, com expansão de 0,3 pontos percentuais na participação, apesar que reduzir o valor de suas aquisições em 9,3%. Com essa queda, as importações asiáticas caíram de US$ 40,25 bilhões entre setembro de 2014 a agosto de 2014 para US$ 36,49 entre setembro de 2014 e agosto de 2015 e representaram 41,1% de todo o valor exportado pelo Brasil em produtos do agronegócio.

Os embarques para a União Europeia (EU-28) recuaram 11,5%, de US$ 21,75 bilhões para US$ 19,24 bilhões, mudando a participação do bloco de 22,1% do valor total exportado para 21,7%.

As vendas para a Ásia e União Europeia caíram de 62,9% do valor total exportado para 62,8% no período em análise.

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A China continua sendo a principal parceira comercial do agronegócio brasileiro. As exportações para esse país asiático caíram de US$ 23,28 bilhões entre setembro de 2013 a agosto de 2014 para US$ 19,87 bilhões entre setembro de 2014 e agosto de 2015 (-14,6%). Tal redução é explicada em função da queda dos preços médios de exportação da soja em grão à China. No período, os preços médios de exportação do grão caíram de US$ 513 por tonelada para US$ 395 por tonelada, enquanto a quantidade exportada subiu de 34,4 milhões de toneladas para 37,0 milhões de toneladas. Assim, o valor das exportações de soja em grão à China diminuiu de US$ 17,61 bilhões entre setembro de 2013 e agosto de 2014 para US$ 14,48 bilhões entre setembro de 2014 e agosto de 2015. Ou seja, uma queda absoluta de US$ 3,14 bilhões, cifra próxima a diminuição de US$ 3,41 bilhões nas exportações do agronegócio para a China.

Dentre os vinte principais parceiros do agronegócio dos últimos 12 meses, cinco mercados se destacaram pela expansão: Vietnã (+32,0%); Egito (+17,2%); Bélgica (+14,0%); Tailândia (+10,5%); Irã (+8,5%); e França (+0,7%).

NOTA METODOLÓGICA

A classificação de produtos do agronegócio utilizada nesta nota foi atualizada de acordo com a Resolução CAMEX Nº 94, de 8/12/2012, que alterou a Nomenclatura Comum do MERCOSUL – NCM para adaptá-la em relação às modificações do Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias (SH-2012), que estabelece um método internacional para a classificação de mercadorias.

A Balança Comercial do Agronegócio utiliza uma classificação dos produtos do agronegócio que reúne 2.867 NCM em 25 setores. Essa é a mesma classificação utilizada no AGROSTAT BRASIL - base de dados on line que oferece uma visão detalhada e atualizada das exportações e importações brasileiras do agronegócio. Mais informações da metodologia e classificação podem ser consultadas no site: agrostat.agricultura.gov.br

Referências

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