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EDUCAÇÃO PARA USO RACIONAL DA ÁGUA EM HORTAS COMUNITÁRIAS DE PENÁPOLIS

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Academic year: 2021

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XIX Exposição de Experiências Municipais em Saneamento De 24 a 29 de maio de 2015 – Poços de Caldas - MG

Silvia Mayumi Shinkai de Oliveira(1)

Graduada em Administração Pública pela UNESP–Araraquara (SP) e pós graduada (latu sensu) em Qualidade Total e Reengenharia (Faculdades Toledo – Araçatuba), Diretora presidente do DAEP (Departamento Autônomo de Água e Esgoto de Penápolis) e servidora do quadro desde 1996.

Fernanda Marin Campachi Bosso

Pedagoga do DAEP (Departamento Autônomo de Água e Esgoto de Penápolis) e servidora do quadro desde 2012.

Endereço(1): Avenida Adelino Peters, 217 – Jardim: São Vicente - Penápolis-SP - CEP: 16.300-000 - Brasil - Tel: +55 (18) 3654-6100 - e-mail: presidencia@daep.com.br/cea@daep.com.br.

RESUMO

O projeto Hortas Comunitárias é desenvolvido em terrenos doados pela prefeitura que beneficia famílias com canteiros para serem plantadas hortaliças. É indispensável o planejamento e o uso de técnicas adequadas nas atividades de hortas comunitárias mesmo sem fins lucrativos, bem como preservar a saúde humana e o meio ambiente, visando que a utilização da água seja feita de forma racional. Por meio de parceria entre a Secretaria Municipal de Agricultura Abastecimento e Meio Ambiente e o Serviço de Vigilância Epidemiológica foi desenvolvido o projeto em 50 hortas através de preenchimento de questionários, rodas de conversa e momentos para ouvir sugestões e alternativas. Os munícipes circuvizinhos também participaram, especialmente no diagnóstico, apontado se na horta em questão havia algum tipo de desperdício de água.

O resultado é muito positivo pois consegue-se a conscientização sobre a importância do uso racional da água, o desenvolvimento de outros mecanismos voltados à redução do consumo de água, inibe-se a uso para outros fins particulares que não seja a própria horta, os tanques de armazenamento da água, são melhores cuidados, evitando-se o problema com a dengue, incentiva-se o uso de resíduos orgânicos domésticos para produção de adubo, entre outras vantagens resultantes do projeto.

EDUCAÇÃO PARA USO RACIONAL DA ÁGUA EM HORTAS

COMUNITÁRIAS DE PENÁPOLIS

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XIX Exposição de Experiências Municipais em Saneamento De 24 a 29 de maio de 2015 – Poços de Caldas - MG

Palavras-chave: Água, Horta Comunitária, Sustentabilidade, Uso Racional, Centro de Educação Ambiental

INTRODUÇÃO/OBJETIVOS

O projeto Hortas Comunitárias é desenvolvido em terrenos doados pela prefeitura que beneficia famílias com canteiros para serem plantadas hortaliças. Todas as sementes, adubos e os valores gastos com a água são de responsabilidade da prefeitura.

No ano de 2014 havia aproximadamente 50 hortas comunitárias cadastradas no município de Penápolis. Estas tem como foco a melhoria das condições alimentares do público atendido, proporcionando também lazer e fortalecimento dos vínculos entre os cidadãos, podendo ser praticada por pessoas de qualquer classe social.

É indispensável o planejamento e o uso de técnicas adequadas nas atividades de hortas comunitárias mesmo sem fins lucrativos, bem como preservar a saúde humana e o meio ambiente, visando que a utilização da água seja feita de forma racional. Em 2013 foi observado que não havia um controle do volume de água utilizado pelas hortas comunitárias, diante disso surgiu a proposta do projeto aqui apresentado. No inicio de 2014 foi iniciado o projeto de conscientização dos usuários de hortas comunitárias.

Objetivos específicos

- Conscientizar sobre a importância do uso racional da água;

- Incentivar o desenvolvimento de outros mecanismos voltados à redução do consumo de água, - Destacar que a água deve ser utilizada somente para uso da horta e não para outros fins particulares,

- Abordar os cuidados com os tanques de armazenamento da água, enfocando a questão da dengue,

- Incentivar a agricultura natural, a utilização do composto orgânico, através do consumo de verduras e legumes frescos e sem agrotóxicos,

- Utilizar os resíduos orgânicos domésticos, os quais podem ser utilizados na produção de composto para canteiros das hortas,

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XIX Exposição de Experiências Municipais em Saneamento De 24 a 29 de maio de 2015 – Poços de Caldas - MG

METODOLOGIA

- Foi firmada parceria com a Secretaria Municipal de Agricultura Abastecimento e meio ambiente e Serviço de Vigilância Epidemiológica para realização do trabalho nas hortas;

- Foram entregues convites aos coordenadores de cada horta;

- A Equipe do Centro de Educação Ambiental - CEA e da Vigilância Sanitária estiveram presentes nas 50 hortas agendadas para uma conversa com as pessoas que possuem canteiros nas hortas comunitárias, abordando a temática do uso racional da água;

- Houve a aplicação de um questionário, durante o bate-papo com o grupo para montar um diagnóstico de cada horta para ser encaminhado ao setor responsável,

- Através da conversa e também da observação junto aos munícipes foi apontado se na horta em questão havia algum tipo de desperdício de água,

- Foram promovidos momentos para ouvir sugestões e alternativas que possam colaborar para redução do consumo de água nas hortas, evitando assim o desperdício,

- Foi distribuído folheto especifico com dicas para economizar água.

Modelo do convite entregue.

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XIX Exposição de Experiências Municipais em Saneamento De 24 a 29 de maio de 2015 – Poços de Caldas - MG

Questionário Para levantamento de dados: 1. Nome do Coordenador da horta? 2. Endereço da horta?

3. Horário de funcionamento da horta? 4. Quantas pessoas trabalham nessa horta? 5. Há quanto tempo existe horta no bairro? 6. O que é cultivado?

7. Método de rega dos canteiros?

8. Quantas vezes ao dia são regados os canteiros?

Figura 02: Reunião na horta do bairro PEVI Figura 03: Reunião da horta do bairro Planalto

Figura 04: Reunião na horta do bairro Dell Rey Figura 05: Reunião da horta do bairro Pererinha

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XIX Exposição de Experiências Municipais em Saneamento De 24 a 29 de maio de 2015 – Poços de Caldas - MG

9. Quanto é gasto de água por mês (volume e valor)? 10. Usa água para lavar as verduras após colheita? 11. Onde lava? (Tanque, mangueira, direto na torneira) 12. Qual o destino dessa água?

13. Observações:

Modelo do folheto entregue aos donos dos canteiros.

RESULTADOS

• Foram realizadas visitas em 50 hortas Comunitárias do Município. Todas as visitas contaram com a equipe do Centro de Educação Ambiental e do Serviço Municipal de Vigilância Epidemiológica e em alguns casos, onde já havia problemas, a equipe da Secretaria Municipal de agricultura Abastecimento e Meio Ambiente se fez presente fortalecendo cada vez mais o projeto.

• De todas as visitas foram realizados relatórios que foram encaminhados pela Equipe do CEA à Diretoria do Departamento Autônomo de Água e Esgoto de Penápolis - DAEP e Secretaria Municipal de Agricultura Abastecimento e Meio Ambiente para providências; Em

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XIX Exposição de Experiências Municipais em Saneamento De 24 a 29 de maio de 2015 – Poços de Caldas - MG

todos os casos a Vigilância Epidemiológica também fez suas anotações para encaminhamentos.

• Foi observado locais onde não havia mais um trabalho organizado de cultivo na horta, ocorrendo apenas desperdício, sendo feito o pedido de desligamento do hidrômetro.

• Foi verificado que em algumas hortas as famílias faziam uso indevido da água para fins particulares como utilizar em suas residências, encher piscinas, lavar carros, sendo assim, foi solicitado o desligamento dessas hortas. Para não prejudicar as famílias que realmente desenvolviam as atividades na horta corretamente, foi feito o remanejamento destas para a horta mais próxima.

• Participação da equipe do projeto na inauguração de duas hortas comunitárias, realizando a sensibilização dos novos donos de canteiros e comunidade em geral quanto à importância do uso racional da água.

• Uma meta de consumo será estabelecida e avaliada pelo Centro de Educação Ambiental juntamente com a Secretaria Municipal de Agricultura Abastecimento e meio ambiente, para que possa haver um padrão nas ações das hortas. A meta será estabelecida de forma a não prejudicar os donos de canteiros, mas sim para orientar essa comunidade sobre o consumo consciente desse bem precioso que é a água.

DISCUSSÃO

O projeto de educação ambiental visando o uso racional de água é muito positivo pois, além do baixo custo para seu desenvolvimento, as vantagens agregadas são muito relevantes. Ao iniciar os trabalhos, por meio especialmente das conversas, é possível diagnosticar as dificuldades e os erros que precisam ser superados e corrigidos e também os pontos positivos que devem ser fortalecidos. Na busca de soluções, há o incentivo ao desenvolvimento de ideias propostas pelos próprios agricultores e a valorização do trabalho ali desenvolvido. Toda a comunidade ganha com a conscientização e os cuidados necessários tomados com o meio ambiente e a utilização correta de cada coisa, inclusive a água, evitando seu uso desnecessário e também as doenças causadas pela falta de limpeza, organização e descarte corretos. A agricultura orgânica, sem o uso de inseticidas e agrotóxicos e o relacionamento interfamiliar são fortalecidos, criando uma comunidade com maior qualidade de vida.

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XIX Exposição de Experiências Municipais em Saneamento De 24 a 29 de maio de 2015 – Poços de Caldas - MG

CONCLUSÃO

A ação foi muito importante para que os donos de canteiros das hortas comunitarias, a comunidade em geral e a própria Secretaria de Meio Ambiente percebessem a preocupação do DAEP, por meio do seu Centro de Educação Ambiental, referente ao uso consciente da água. Inclusive que estejam atentos e acompanhem o consumo para que o Projeto das Hortas Comunitárias possa crescer cada vez mais.

A parceria com o Serviço de Vigilância Epidemiológica foi de grande importância para destacar a questão da Dengue e Leishmaniose relacionadas com o manejo da horta, quanto aos cuidados com o lixo e com a água.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Lei federal nº. 9.795, de 27 de Abril de 1999 – Institui a Política Nacional de Educação Ambiental. Brasília, 1999. Disponível em: http//WWW.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9795.htm. Acesso em: 05/12/13

BUARQUE, S. Construindo o desenvolvimento local sustentável: metodologia de planejamento. Rio de Janeiro: Garamond, 2002.

MERICO. L. F. K. Políticas públicas para a sustentabilidade. In: Viana, Gilney (et al). O desafio da sustentabilidade: um debate socioambiental no Brasil. São Paulo: Perseu Abramo, 2001. p.251-262.

PINHEIRO, Sebastião. Retornando ao futuro. In: PINHEIRO, Sebastião et al. Agropecuária sem veneno. Porto alegre: L&PM, 1985. p. 9-44.

SÃO PAULO (Estado). Lei Estadual nº 12.780, de 30 de novembro de 2007 – Institui a Política Estadual de Educação Ambiental. São Paulo 2007 – disponível em:

http://www.ambiente.sp.gov.br/legislacao/leis/lei-n%c2%b0-12-780/. Acesso em:05/12/13

SILVA, E. R. A. da. Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - PRONAF: uma avaliação das ações realizadas no período 1995/1998. Brasília: 1999, 48 p. (texto para discussão, n. 664).

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