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Apresentação de Resultados do 1T15

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Academic year: 2021

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Transcrição – Resultados do 1T15

Apresentação de Resultados do 1T15

Geraldo

Bom dia a todos. Em nome da M DIAS BRANCO, gostaria de agradecer a presença dos senhores em nossa teleconferência para discussão dos resultados da Companhia no 1T15.

Ao longo do primeiro trimestre de 2015 observou-se a intensificação da desaceleração da economia brasileira, apresentando uma série de desafios para o mercado de uma forma geral. O ambiente inflacionário, o aumento do desemprego e as incertezas macroeconômicas têm contribuído para uma redução do consumo da população. Não obstante à desaceleração de consumo no país, importa ressaltar que a Companhia obteve um crescimento de volume de vendas acima do esperado ao longo do 4T14 (+4,3% em comparação ao 4T13) e que tal desempenho acabou prejudicando as vendas no mês de Janeiro/2015 pela ausência de estoque de alguns produtos.

Em virtude deste cenário, a Receita Líquida do 1T15 atingiu R$ 1 bilhão e 33 milhões de reais, uma redução de 4,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. O volume de vendas apresentou diminuição de 4,6% e o preço médio permaneceu estável ao registrado no 1T14.

A redução da representatividade dos custos dos produtos vendidos (especificamente das matérias primas) em relação à receita líquida foi compensada pelo aumento de quadro de funcionários da companhia, maiores despesas comerciais, especialmente logística, e maiores custos de energia. Tais aumentos ocorreram devido a expansão de capacidade de produção das atuais e novas linhas de produtos da companhia; ao repasse do aumento de combustíveis e mão de obra efetuado pelas empresas que prestam serviços de transporte e armazenagem; e ao forte aumento da tarifa de energia elétrica praticada pelas distribuidoras.

O EBITDA da companhia alcançou R$ 171,6 milhões de reais, uma retração de 5,5% comparado com o primeiro trimestre de 2014. A margem EBITDA atingiu 16,6%, 0,2 pontos percentuais menor que o 1T14 e 0,6 pontos percentuais maior que o 4T14.

A M. DIAS BRANCO prossegue com seus investimentos destinados para expansão de suas operações e mantém sua posição de liderança no mercado nacional de biscoitos e massas, em volume de vendas, com 28,8% e 29,1% de market-share para cada um dos respectivos mercados, de acordo com dados coletados pela A.C Nielsen referentes aos meses de janeiro e fevereiro de 2015.

A Administração segue otimista com relação ao desempenho da M. Dias Branco, ciente dos desafios que se apresentam neste e nos próximos anos, referentes à implementação de sua estratégia e expansão de seus resultados, e prosseguirá dedicando os melhores esforços e com o propósito de maximização do valor da riqueza de seus acionistas.

Para um maior detalhamento dos números obtidos pela Companhia no 1T15, eu passo agora a palavra ao Bruno, que dará continuidade à apresentação.

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Transcrição – Resultados do 1T15 Bruno

Obrigado Geraldo. Bom dia a todos.

Vamos tentar ser breve para disponibilizar mais tempo para a seção de perguntas e respostas. Passemos então aos principais destaques. No slide 4 apresentamos o Volume de Vendas líquido de devoluções, a Capacidade Total de Produção e o Nível de Utilização da Capacidade em comparativo trimestral. A Companhia apresentou um volume de vendas total, líquido de devoluções, de 391,4 mil toneladas no 1T15, representando uma redução de 4,6% sobre o 1T14.

Já a Capacidade Total de Produção atingiu 787,8 mil toneladas no 1T15, um acréscimo de 5,9% em relação ao 1T14, fruto dos investimentos realizados para expansão e modernização do parque produtivo. O nível de utilização da capacidade instalada atingiu 71,2%, retração de -3,2 p.p. em comparação ao 1T14.

Passemos ao slide 5, onde apresentamos o índice de verticalização da Companhia para suas matérias-primas principais. No 1T15, 55,9% de toda a farinha de trigo e 55,8% de toda a gordura vegetal produzida pela Companhia foram direcionados para fabricação de produtos comercializados pela mesma. Em termos de índices de verticalização, no 1T15, a Companhia atingiu 78,8% para Farinha de Trigo e 91,8% para Gordura Vegetal. A companhia vem trabalhando no aumento da integração do processo produtivo com a intenção de ser autossuficiente na produção de farinha de trigo ao longo dos próximos semestres.

Passemos ao slide 6. Aqui constatamos que a Receita Líquida atingiu R$ 1 bilhão e 33 milhões de reais no 1T15, uma redução de 4,4% em relação ao 1T14, decorrente, essencialmente, da retração da economia brasileira intensificada no início do ano de 2015. O preço médio global da companhia permaneceu estável no 1T15 comparado ao 1T14.

Passemos ao slide 7. Aqui apresentamos a evolução do CPV e das despesas operacionais totais. O CPV atingiu R$ 684,2 milhões no 1T15, uma diminuição de 6,3% em relação ao 1T14, em função da redução dos custos das matérias primas.

Já as despesas operacionais atingiram R$ 246,8 milhões no 1T15, representando um aumento de 3,3% em relação ao 1T14. As razões deste crescimento estão relacionadas principalmente pelo reajuste salarial, elevação do custo do frete e acréscimos nos gastos com publicidade e propaganda.

Seguimos agora para o slide 8 . Em função dos fatores explicados anteriormente, no 1T15 a Companhia obteve R$ 392,1 milhões de Lucro Bruto, uma retração de 0,9% frente ao 1T14. A Margem Bruta atingiu 38,0% no 1T15, representando um aumento de 1,4 p.p. em relação ao 1T14. O gráfico abaixo demonstra uma série mais longa de Lucro Bruto e Margem Bruta em bases trimestrais.

No slide seguinte, slide 9, apresentamos o EBITDA, que atingiu R$ 171,6 milhões no 1T15, registrando uma redução de 5,5% em relação ao 1T14, com margem EBITDA de 16,6% no 1T15, representando uma leve diminuição de 0,2 p.p. em relação ao 1T14 e aumento de 0,6 pontos percentuais em relação ao quarto trimestre de 2014. O gráfico abaixo demonstra uma série mais longa de EBITDA e Margem EBITDA em bases trimestrais.

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Transcrição – Resultados do 1T15

Passemos ao slide 10, neste slide observamos um Lucro Líquido de R$ 125,4 milhões no 1T15, uma redução de 5,1% em relação ao 1T14. Já a margem líquida atingiu 12,1% no 1T15, representando uma leve retração de 0,1 p.p em relação ao 1T14. O gráfico abaixo demonstra uma série mais longa de Lucro Líquido e Margem Líquida em bases trimestrais.

Passemos ao slide 11. Aqui temos o Capex, excluindo as aquisições, e a Dívida Líquida. O Capex atingiu R$ 68,9 milhões no 1T15, decorrentes da necessidade de investimentos em projetos de expansão da capacidade produtiva da Companhia, para atendimento da demanda interna de insumos para o processo de verticalização além de crescimento orgânico, conforme detalhamento apresentado no release.

No tocante a endividamento, a Companhia encerrou o 1T15 com uma Dívida Líquida de R$ 67,3 milhões, o que em consequência gerou uma Dívida Líquida por EBITDA de 0,1 no referido período.

Passemos ao slide 12, em que mostramos a evolução do Fluxo de Caixa da Companhia. As disponibilidades líquidas geradas nas atividades operacionais ao longo do primeiro trimestre de 2015 atingiu R$ 210,5 milhões, representando 20,4% da Receita Líquida no referido período. A Companhia registrou um saldo final de caixa de R$ 618,0 milhões ao final do 1T15, conforme evolução apresentada no slide.

Finalmente, no slide 13 demonstramos a performance da ação da Companhia, em comparativos de evolução histórica desde outubro de 2006 com o Ibovespa e IGC, além da performance do papel em termos de rentabilidade e liquidez.

Com isto encerramos nossos comentários iniciais e nos colocamos à disposição para responder as perguntas dos senhores. Muito obrigado.

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Transcrição – Resultados do 1T15

Sessão de Perguntas e Respostas

1). Giovanna Araújo (Itaú BBA)

P: Bom dia a todos. Minha primeira pergunta é em relação à queda de volumes, quanto se deve a recomposição de estoques de produtos acabados e quanto se deve a demanda do mercado. E se pudesse comentar como foi fevereiro e março em relação ao ano passado?

R: Giovanna é Geraldo. Nós não temos essa abertura que você esta pedindo, mas eu posso dizer que realmente o mais representativo é queda de demanda. Nós estamos sentindo essa queda no Nordeste, inclusive, região em que sempre que é apresentado condições de crescimento acima do país, porém nesse trimestre notamos essa redução. Acreditamos que esses dois primeiros trimestres serão de períodos mais difíceis para a nossa atividade esse ano. Temos a expectativa que a partir do 3º trimestre voltemos a ter um crescimento mais rigoroso, mas efetivamente acreditamos que não somente nesse primeiro trimestre concluído como o segundo trimestre que estamos iniciando serão impactados negativamente pela queda da demanda.

P: E como o consumidor esta respondendo a esse aumento de preço recente?

R: É muito cedo ainda para dizer, nós implementamos isso no final de março então praticamente essas novas tabelas começaram a vigorar agora em abril, o fato é que todas as empresas tem que praticar reajustes, não é só a realidade da M. Dias Branco, alguns custos tiveram elevação muito substancial e isso não foi somente conosco, mas para toda a concorrência. Então o mercado vai ter realmente que se ajustar a essa nova realidade. Em parte, nós já estamos respondendo com uma pequena redução do consumo, mas como mencionei acho que com o tempo, a partir do final do segundo trimestre e começo do terceiro devemos começar a ter uma retroação.

P: Nesse cenário é possível estimar um volume flat olhando massas e biscoitos no ano considerando essa recuperação a partir do terceiro tri?

R: Não, por enquanto não queremos fazer nenhuma estimativa futura em relação a esse ano, vamos aguardar como irá se comportar esse segundo trimestre para que tenhamos um histórico melhor para pensar sobre o restante do ano.

2). Thiago Duarte (BTG Pactual)

P: Bom dia a todos. Voltando a primeira pergunta com relação ao volume, quando olhamos o acumulado dos volumes no 4º tri com a antecipação de vendas e no 1º tri que teve esse efeito negativo com relação à antecipação no 4º trimestre, estamos vendo um volume da Companhia considerado flat. Essa é uma forma boa de olhar numa base continua que o volume da Companhia esta numa base flat?

R: Você esta colocando dado real, se você pegar a série dos dois trimestres você vai chegar a essa conclusão, porém não concordo em dizer que iremos trabalhar flat daqui por diante. Achamos que passado esse período de ajustes da economia brasileira, enfim acho que o segundo trimestre ainda será difícil, mas cremos que a partir do segundo semestre – 3º trimestre de 2015 começamos a ver alguma recuperação.

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Transcrição – Resultados do 1T15

P: A segunda pergunta seria sobre o Balanço da Companhia, que esta com um montante em caixa de mais de R$ 600 milhões de reais, e anunciaram um programa de recompra que a preços de hoje dá pouco menos até de R$ 40 milhões de reais. Existe alguma atualização, alguma mudança em relação a aumentar a distribuição desse caixa ou vocês acham que é prudente ainda manter acumulando esse montante para oportunidades de M&A, acho que até pelo montante que vimos a Companhia acumular de caixa, esse tema aqui já é um tema latente no case da Companhia e esta ganhando mais corpo ainda.

R: Não, não há da parte da Companhia nenhuma intenção de fazer alguma alteração em sua politica de distribuição de resultados. Acreditamos que a partir do segundo trimestre o Capex volte para níveis mais elevados, realmente no 1º tri foi muito baixo, menos de R$ 70 milhões, mas no segundo tri já devemos ter um Capex acima de R$ 100 milhões, talvez R$ 120 R$ 130 milhões já voltando a níveis mais elevados. Temos um programa de investimento bastante alto, vários moinhos que estão em construção, linhas de expansão que estamos prevendo em várias localidades, novos segmentos, recompra que representa R$ 40 milhões. Porém não há da parte da Companhia intenção de mudança na política de distribuição de resultados no curto prazo.

P: A que vocês atribuem o ganho de market share no trimestre? O quanto disso vocês acreditam que tem a ver com a competição já tendo que colocar mais aumento de preço, até porque dificilmente tem uma politica de estoque como a M. Dias tem, e quanto disso vocês atribuem esse esforço maior de distribuição direta, que temos visto impactando um pouco SG&A mas eventualmente já colhendo os frutos de market share?

R: Essa variação é muito pequena, o ganho que tivemos de market share foi pequeno, provavelmente não tem a ver com essa questão de impacto com o aumento de preço porque essa medida é de janeiro e fevereiro, o preço foi a partir de março, então eu creio que não deva ter nenhum impacto relativo a preço. O que ocorre é que a respeito de temos tido uma queda de volume nesse primeiro trimestre, como mencionado anteriormente, o mercado como um todo está vivendo a mesma realidade, aumento de insumos e queda de demanda, então provavelmente as outras empresas sofreram ainda um pouco mais do que a M. Dias Branco.

3). Fernando Ferreira (Merril Lynch)

P: Bom dia a todos. Duas perguntas também. Primeiro queria entender se vocês não tem alguma preocupação desse recente repasse de preços que vocês estão fazendo, se os volumes não podem piorar ainda mais do que foi apresentado no 1º trimestre, vimos um preço ainda bem abaixo da inflação e mesmo assim os volumes vieram bem fracos. Alguma chance do repasse de preços ser menor do que vocês esperavam inicialmente?

R: Não, nossa expectativa é que consigamos implementar o reajuste de preço que nós anunciamos, que é em média em torno de 8% e há a necessidade desse reajuste, porque os custos cresceram de forma muito substancial e ainda que tenha algum impacto de volume no primeiro momento, nessa fase de implantação da tabela, a Companhia não vai recuar visto que há a necessidade de reajuste de preços nessas bases.

P: E nós já devemos ver boa parte desse aumento no segundo trimestre né?

R: Sim, com certeza, a partir do mês de abril já temos o impacto do aumento dos números da Companhia. Quando divulgarmos o segundo tri, praticamente todo o período vai estar sob o efeito do aumento que foi concedido.

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Transcrição – Resultados do 1T15

P: A segunda pergunta é em relação ao custo de trigo em reais. Vimos que o custo de vocês ficou bastante controlado nesse primeiro trimestre. Gostaria de saber como estão os estoques hoje e qual a evolução que podemos ver no custo do trigo em reais?

R: Sempre mantemos estoque de trigo em torno de 3 a 4 meses, é a politica da Companhia e isso não mudamos. Como trabalhamos com diversos tipos de produtos e há a necessidade de vários tipos diferentes de trigo temos que manter o estoque relativamente alto e não mudamos isso. Quanto ao preço, há uma expectativa de estabilidade do preço em dólar e, portanto fica ai a variável da moeda, que estamos vivendo ainda um momento de indefinição. Até 15 dias atrás tínhamos o dólar a R$ 3,30 agora estamos abaixo de R$ 2,90, então vai depender muito de quando iremos estabilizar a paridade real e dólar, mas não há expectativa de elevação do preço em reais para o segundo semestre.

4). Luca Cipiccia (Goldman Sachs)

P: Sobre a questão do SG&A, investimento nas marcas considerando um cenário mais desafiador para a demanda. Como deveríamos pensar na linha de SG&A para o restante do ano? Tem uma margem para conseguir alguma redução ou de fato por causa desse cenário de demanda mais fraca não há muito espaço para não gastar mais para suportar as marcas, demanda e distribuição. Como deveríamos pensar a estratégia da Companhia sobre o perfil dos custos no curso do ano?

R: Luca é melhor que trabalhemos com as perspectivas de manutenção, não vejo muito espaço para queda. A M. Dias é uma empresa que ao longo do tempo o investimento em publicidade e propaganda foi pequeno e precisamos crescer esse investimento e ao longo do tempo é interessante estrategicamente que a gente cresça isso. Estamos entrando com novos produtos, como é o caso da torrada que esta entrando agora nesse trimestre e isso necessariamente exige um investimento em publicidade, em trade marketing, então não temos muito espaço para uma redução a curto prazo. É importante para a Companhia que trabalhemos investindo nas nossas marcas e distribuição porque cada vez mais que pensamos em sair do Nordeste e entrar em novos segmentos, passa-se por um investimento maior.

P: Vocês veem uma oportunidade para ganhar participação de mercado nesse cenário de consumo desafiador, sentindo das marcas das empresas que normalmente tem um posicionamento de preço mais atrativo, com uma distribuição mais larga ou pelo contrário prevê um cenário de competição mais intenso? Qual a visão da participação de mercado para esse cenário de 2015?

R: Não vemos muita mudança no cenário competitivo, não. Sabemos que as empresas desse nosso mercado passam pela mesma pressão de custos que temos passado, pelo contrário, a nossa talvez até em alguns segmentos seja inferior pela escala que nós temos e por algumas análises competitivas que nós temos , não vemos a piora do cenário competitivo, esperamos ganhar market share ao longo desse ano como tivemos o ganho, mesmo que pequeno, nessa última leitura, e continuar com a estratégia via crescimento orgânico aumentar nossa participação no mercado sem descuidar também de olhar oportunidades de aquisição.

P: Você tem visto empresas menores, marcas menores sofrendo mais por não ter a capacidade de poder fazer um repasse de preços suficiente? Pode observar o aumento dos custos já no mercado? Marcas regionais sofrendo mais?

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Transcrição – Resultados do 1T15

R: Não, até o momento não podemos destacar que isso vem ocorrendo não. Esse cenário de reajuste de preços é muito recente, algumas empresas ainda estão implementando os seus processos de reajustes, isso não ocorreu num momento só, mas não estamos vendo nenhuma mudança significativa para o cenário competitivo.

5). Henrique dos Santos (Geração Futuro)

P: Agora no final do ano de 2014, quando vocês fizeram as projeções desse primeiro trimestre, vocês enxergavam um cenário assim, mais positivo ou negativo, para entender como vocês estão conseguindo ter um alinhamento das projeções. E também queria entender em quais marcas e/ou produtos vocês tem visto uma demanda menor, se são os produtos de maior ou menor valor agregado que tem tido maior impacto na diminuição da demanda?

R: Nós esperávamos um cenário bastante difícil para esse ano de 2015, não somente nós, mas acredito que qualquer empresa e expectador do mercado tinha uma noção de que realmente a dificuldade seria grande, talvez ela tenha vindo um pouco além do que esperávamos, tentando responder diretamente sua pergunta, a mim particularmente a retração da demanda veio um pouco mais forte do que eu esperava. Esperava alguma queda de volume nesse primeiro trimestre, mas não esperava essa queda da forma que ocorreu. Isso ocorre, claro, nos produtos de maior valor agregado, você tem movimentos de alguns consumidores que compravam produtos de maior valor agregado voltando a comprar produtos de menor valor agregado, produtos mais populares e é normal que isso ocorra em situações macroeconômicas como essa e acreditamos que o segundo trimestre ainda será de ajuste, mas nossa expectativa é que a partir do segundo semestre desse ano comecemos a ter uma recuperação da economia, do nosso segmento, sendo o nosso segmento sempre um dos primeiros que se recupera, historicamente ocorreu dessa maneira, e temos certeza que da mesma forma irá ocorrer agora. O segmento de alimentos tem sempre uma reação rápida quando a economia recupera.

P: E vocês já conseguem sinalizar um ajuste entre o segundo trimestre desse ano em relação às demandas que se alteraram do maior valor agregado para o menor valor agregado?

R: Acho que esse segundo trimestre ainda será de ajuste, prefiro dizer à você que esperamos uma recuperação mais a partir do terceiro trimestre, quando devemos voltar a ter volumes mais expressivos de crescimento.

6). André Mello (Mauá Investimentos)

P: Sobre a tributação notamos que houve um aumento da taxa efetiva em relação ao primeiro, segundo e terceiro tri do ano passado, principalmente na parte de tributos federais. Houve alguma linha que a empresa parou de usar esse tipo de benefício e alguns incentivos federais irão terminar no final do ano. Alguma expectativa de renovar esses benefícios?

R: Não vemos nenhuma mudança no cenário em relação a renovação dos incentivos fiscais federais, esse valor que mostramos que obteve uma redução momentânea do incentivo fiscal federal no primeiro tri se deve às alterações de swap pontual, na hora em que o dólar reverte teremos um incentivo maior, mas não vemos de forma alguma nenhum risco para renovação dos incentivos fiscais federais. Importante esclarecer que tudo o que tem se falado de possibilidade de reforma fiscal, sempre esta se falando em relação a incentivos

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Transcrição – Resultados do 1T15

estaduais, nada em relação a incentivos fiscais federais. Os incentivos fiscais federais permanecem da forma que estão e não enxergamos nenhuma dificuldade em renová-los nas plantas que tem previsão de se encerrar agora em 2015.

7). Giovanna Araújo (Itaú BBA)

P: Apenas um esclarecimento sobre o Capex, para 2015 e 2016 mantem-se essa expectativa de um número em torno de R$ 400 milhões ao ano? Ou existe a possibilidade de uma redução?

R: Giovanna, nós continuamos com a mesma expectativa de um Capex para esse ano em torno de R$ 400 milhões, nesse primeiro trimestre ele foi baixo menos de R$ 70 milhões, no segundo trimestre já deve crescer e deve ser em torno de R$ 120 a R$ 130 milhões e continuamos com essa expectativa de R$ 400 milhões de reais. Temos os projetos que estão sendo tocados, e a única questão que possa levar esse número a ser um pouco menor ou até eventualmente um pouco maior é que estamos ainda no processo de obtenção do licenciamento do moinho em Recife, Estado de Pernambuco, é um investimento de número expressivo e tem demorado muito o processo de obtenção dos licenciamentos, porém temos a expectativa de resolver isso ainda no segundo trimestre de 2015 e a hora em que tivermos a licença iremos dar início ao projeto, que é um grande projeto lá em Recife. A expectativa continua em R$ 400 milhões, não havendo motivos para mudar esse número e no 2º tri já um número mais expressivo do que foi no 1º tri.

8). Fernando Leitão (Hoya)

P: Essa decisão de recomprar ações da própria empresa, fora o objetivo que acredito eu tenha sido de investimento, existe a intenção de cancelar essas ações? O que a empresa pretende?

R: Primeiro acreditamos que é uma boa forma de utilização de caixa, somos sempre cobrados que a dívida líquida esta zerando e o que vai ser feito com o caixa, então achamos que duas opções que nós temos para usar esse caixa é fazer recompra de ações, acreditamos que esse preço tenha um potencial de valorização no futuro, quanto ao destino iremos aguardar um pouco, tomando uma decisão num outro momento. Nas situações anteriores em que a empresa fez recompra acabou optando posteriormente pelo cancelamento das ações, o que eu posso dizer é que não existe nenhuma opção de destinação específica dessas ações agora, deixando-as em tesouraria para uma decisão futura.

P: Não seria nem uma pergunta, na verdade já é um assunto recorrente com relação a uma bonificação ou um split. Eu até entendo de um lado a visão da empresa, mas gostaria de trazer alguns exemplos recentes, não somente dos bancos como Bradesco e Itaú, que repetidamente fazem isso, anualmente, mas a própria Hering, Cielo e as respostas são sempre, e obviamente que o mercado também influencia, as respostas são sempre positivas, então eu volto a perguntar se isso continua fora de questão?

R: Fernando, isso não tem sido objeto de discussão, dizer que esta fora de questão é muito forte e você tem sempre nos alertado sobre essa possibilidade, temos conversado toda vez que nos encontramos, não diria que isso esta fora de questão, nós podemos analisar, vou pedir ao nosso pessoal interno para que façam estudos sobre isso, acho que é uma observação que você faz e é sempre prudente para que façamos as análises internas, não diria que é um assunto completamente fora de cogitação, mas não há nenhum estudo em curso para uma tomada de decisão a curto prazo, iremos voltar a conversar sobre isso futuramente.

Referências

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