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ASPECTOS MORFOLÓGICOS DE BERINJELA CULTIVADO EM AMBIENTE PROTEGIDO SOB NÍVEIS DE REPOSIÇÃO HÍDRICA

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Academic year: 2021

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Graduandos do curso de Licenciatura em Ciências Agrárias. Bolsista de Iniciação Científica/PIBIC-CNPq,UEPB. CEP: 58884-000, Catolé do Rocha, PB. (83)8851-1773. flavianagoncalves.16@hotmail.com

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Mestrando em Engenharia Agrícola, UFCG, Campina Grande, PB. 3

Prof. Doutor, Departamento de Agrárias e Exatas, UEPB, Catolé do Rocha, PB.

ASPECTOS MORFOLÓGICOS DE BERINJELA

CULTIVADO EM AMBIENTE PROTEGIDO

SOB NÍVEIS DE REPOSIÇÃO HÍDRICA

F. G. Silva1; W. F. Dutra1; S. O. Maia Júnior2; A. S. Melo3; L. M. B. Filgueiras1

RESUMO. Esse trabalho foi realizado objetivando-se analisar níveis de reposição hídrica no crescimento da cultura da berinjela. Foi desenvolvido no campus IV da Universidade Estadual da Paraíba (6° 21’ latitude sul, 37°48’ longitude oeste e 250m de altitude). O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, composto por 5 tratamentos em 8 repetições totalizando 40 unidades experimentais, utilizando-se a variedade Ciça híbrido F1. Os tratamentos corresponderam de cinco níveis de irrigação a citar: L1(33% da ETo), L2(66% da ETo), L3(100% da ETo), L4(133% da ETo) e L5(166% da ETo). As variáveis analisadas foram: altura de plantas (cm), diâmetro do caule (mm), número de folhas e área foliar (cm2). Os resultados demonstraram diferenças significativas da reposição hídrica para todas as variáveis analisadas a 0,01 (teste F) sendo o modelo linear crescente o que melhor se ajustou para as variáveis. O incremento da reposição hídrica promove o crescimento linear da berinjela na fase inicial de crescimento.

Palavras-chave: Solanum melongena L., disponibilidade de água, crescimento vegetativo.

MORPHOLOGICAL ASPECTS OF EGGPLANT

GROWN IN GREENHOUSE UNDER WATER

LEVELS OF REPLACEMENT

Summary: This work was carried out aiming to quantify levels of fluid growth of eggplant crop. Was developed on the IV campus of the State University of Paraiba (6 ° 21 'south latitude, 37 ° 48' west longitude and altitude 250m). The experimental design was completely randomized, composed of five treatments in 8 repetitions totaling 40 experimental units, using the F1 hybrid variety Ciça. The treatments consisted of five levels of irrigation include: L1 (33% ETo), L2 (66% ETo), L3 (100% ETo), L4 (133% ETo) and L5 (166% ETo). The variables analyzed were: plant height (cm), stem diameter (mm), leaf number and leaf area (cm2). The results showed significant differences of fluid replacement for all variables of 0.01 (F test) being the linear growing the best fit for the variables. Increased hydration promotes linear growth of eggplant in the initial phase of growth.

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INTRODUÇÃO

A berinjela (Solanum melongena L.) é uma planta tipicamente tropical, o seu ciclo vegetativo varia de 100 a 125 dias, dependendo da variedade e da época de cultivo, necessitando de temperaturas elevadas ao longo do ciclo (Carvalho et. al, 2004). Tanto para o seu crescimento como para a floração e amadurecimento, exige bastante luminosidade, sendo que a maior limitação para o cultivo da mesma é a inadequada umidade no solo, como ocorre na maioria das hortaliças.

Entre várias hortaliças, a berinjela tem sido plantada em condições de ambiente protegido com o propósito de se obter melhores respostas no cultivo da mesma, pois através deste é possível conhecer as condições básicas necessárias para que a planta tenha um bom crescimento e desenvolvimento, e das necessidades da espécie escolhida, a fim de se obter os melhores resultados (Brandão Filho, 2001).

Uma particular atenção deve ser dada ao déficit hídrico uma vez que o mesmo afeta significativamente a produção da cultura (Bilibio et. al, 2010). Faz-se necessário certo conhecimento em relação ao comportamento de cada cultura em função das diferentes quantidades de água a elas fornecidas.

Atualmente com a escassez de água, a otimização do uso dos recursos hídricos torna-se imprescindível, tornando-se necessário um manejo correto da irrigação onde se identifique as lâminas de água ideais que proporcionem uma equilibrada produção das culturas a serem irrigadas (Carvalho et. al., 2011).

Desse modo, objetivou-se com este trabalho, analisar os níveis de reposição hídrica na fase inicial da cultura da Berinjela Ciça Híbrido F1 cultivada em ambiente protegido.

MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho foi desenvolvido entre os meses de março e junho de 2011, sob cultivo protegido, no Setor Experimental de Fruticultura e Ecofisiologia Vegetal pertencente ao Centro de Ciências Humanas e Agrárias (CCHA), Campus IV da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), localizado no município de Catolé do Rocha, PB. A cidade está situada a 6º 21’ de latitude S e 37º 48’ de longitude O Gr., a uma altitude de 250m.

O solo utilizado no experimento é classificado como NEOSSOLO FLÚVICO Eutrófico com textura arenosa (Santos et al., 2006), sendo o mesmo retirado a uma camada de 0 – 20 cm, e em seguida passado em peneira com malha de 2 mm e seco ao ar para posterior preenchimento dos vasos. Feito isso, realizou-se uma adubação de fundação com P2O5, K2O e N conforme a

recomendação de Ribeiro et al., 1999.

O delineamento adotado foi o inteiramente casualizado, composto por 5 tratamentos com 8 repetições, totalizando 40 unidades experimentais. Os tratamentos corresponderam de cinco níveis de irrigação a saber: N1(33% da ETo) N2(66% da ETo) N3(100% da ETo)

N4(133% da ETo) e N5(166% da ETo).

A variedade utilizada no experimento foi a Ciça híbrido F1, sendo semeada de forma direta usando três sementes por vaso, e aos 15 dias após a emergência realizou-se o desbaste selecionando-se a planta mais vigorosa, bem como, o início dos tratamentos. Os tratos culturais consistiram na retirada dos brotos que surgiram antes da inserção da primeira flor, tutoramento

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com estacas de madeira promovendo a condução da haste, controle preventivo de pragas e doenças e polinização artificial utilizando-se um pincel.

Os dados utilizados para o cálculo da irrigação foram coletados de acordo com a evaporação do tanque classe A instalado dentro da casa de vegetação. O método de irrigação utilizado foi o localizado via gotejamento, com emissores com vazão média de 6,5 l/h. A irrigação foi parcelada em duas vezes ao dia, com intuito de promover maior controle da umidade do solo, sendo esta calculada de acordo com as seguintes equações:

ETo= EV.Kt.Kc/Ef (eq. 1)

Em que: ETo: evapotranspiração de referência, em mm dia-1; EV: evaporação do tanque classe “A” em mm dia-1

; Kt: coeficiente do tanque, determinado em função do diâmetro do tanque, de dados climatológicos e do ambiente em que estava instalado; Kc: Coeficiente da cultura, em função do estágio fenológico; Ef: eficiência de aplicação do sistema.

Ia= n.q/a (eq. 2)

Em que: Ia: Intensidade de aplicação, em mm/h; n: número de emissores por planta; q: vazão média do emissor, em mm/h; a: área ocupada pela planta.

Ti= ETo/Ia (eq. 3)

Em que: Ti: Tempo de irrigação, em min; ETo: Evapotranspiração de referência, em mm/dia; Ia: Intensidade de aplicação, em mm/h.

As variáveis coletadas a partir dos 30 dias após a semeadura, e a cada sete dias foram diâmetro do caule, coletada no colo da planta a uma altura fixa de 3 cm do solo com auxílio de um paquímetro digital, altura da planta iniciando do colo da planta até a última folha remanescente por meio de uma fita métrica, área foliar obtida pela função comprimento x largura x fator de correção, e número de folhas.

Os dados das variáveis respostas foram submetidos à análise de variância pelo teste F até 1% de significância, utilizando-se o programa SAEG 9.0 e os gráficos gerados com auxílio do programa Excel.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os volumes de água aplicados após a diferenciação dos tratamentos, 58 dias após semeadura, corresponderam a 97, 194, 293, 390 e 487 mm/planta para os tratamentos de 33, 66, 100, 133 e 166%, respectivamente.

Todas as variáveis analisadas tiveram efeito significativo a 1% de probabilidade pelo teste F, apresentando comportamento linear crescente de acordo com o aumento dos níveis de reposição de água.

Os valores máximos para a altura de planta e diâmetro do caule (Figura 1A e 1B) alcançados foram de 47,20 cm e 9,30 mm, respectivamente, com desenvolvimento simultâneo crescente aos níveis de reposição hídrica. Esses resultados apresentaram-se inferiores aos de Carvalho et al. (2004) ao avaliarem níveis de déficit hídrico em diferentes fases, quando comparada a primeira fase e o nível sem deficiência hídrica. Contudo, apresentaram o mesmo comportamento de crescimento em função da reposição hídrica.

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F. G. Silva et al.

Figura 1. Altura de plantas (cm) Fig. 1A, diâmetro do caule (mm) Fig.1B, número de folhas Fig.1C e área foliar (cm2) Fig.1D, da berinjela submetida a diferentes níveis de reposição hídrica, 2011. O número de folhas (Figura 1C) se ajustou ao modelo linear crescente, indicando que na medida em que ocorre o crescimento da planta, ocorre paralelamente aumento no número de folhas. Os valores máximos estimados, aos 58 DAS, para o número de folhas foram de 6,05 e 16,62 para a menor e maior lâmina reposta, respectivamente, indicando um aumento de mais de 150% entre as mesmas. Da mesma forma que para a altura de plantas e diâmetro do caule, o número de folhas apresentou também, valores inferiores aos encontrados por Carvalho et al., (2004) uma vez que o número máximo de folhas obtidos com 100% de reposição hídrica para esses autores foi de 23,66, e no referido estudo foi de 11,57 folhas. Os valores inferiores, ora apresentados por este trabalho, aos de Carvalho et al., (2004) pode se dá ao fato do transplantio, onde não se tem precisão sobre a idade das mudas transplantadas no estudo realizado pelos referidos autores.

Os valores para a área foliar (Figura 1D), de acordo com os modelos ajustados, foram de 403,94 e 1920,76 cm2 aos 58 dias após semeadura (DAS) para as lâminas de 97 e 487mm, respectivamente, indicando que o aumento da reposição hídrica proporcionou, simultaneamente, o aumento da área foliar. O decréscimo da produção da área foliar é a resposta mais proeminente das plantas ao déficit hídrico, podendo ser considerada como uma primeira reação das plantas em relação a este fator (Taiz e Zeiger, 2009).

A) B)

C)

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CONCLUSÃO

O incremento da reposição hídrica na fase de crescimento da Berinjela Ciça Híbrido F1 promove ganho linear crescente na altura de plantas, diâmetro do caule, número de folhas e área foliar.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BILIBIO, C.; CARVALHO J. A.; MARTINS, M.; REZENDE F. C.; FREITAS E. A.; GOMES, L. A. A. Desenvolvimento vegetativo e produtivo da berinjela submetida a diferentes tensões de água no solo. R. Bras. Eng. Agríc. Ambiental, v.14, n.7, p.730–735, 2010.

BRANDÃO FILHO, J. U. T. Enxertia em híbridos de Berinjela (solanum melongena), sob Cultivo Protegido. Tese (Doutorado em Agronomia/Horticultura) – Faculdade de Ciências Agronômicas, Universidade Estadual Paulista. Botucatu, 2001. 96 p.

CARVALHO, J. DE A.; SANTANA, M. J. DE.; PEREIRA, G. M.; PEREIRA J R. D.; QUEIROZ, T. M. DE. Níveis de déficit hídrico em diferentes estádios fenológicos da cultura da berinjela. (Solanum melongena L.) Eng. Agríc., Jaboticabal, v.24, n.2, p.320-327, maio/ago. 2004.

CARVALHO, C. M.; VIANA, T. V. A.; MARINHO, A. B.; LIMA JÚNIOR, L. A.; AZEVEDO, B. M.; VALNIR JÚNIOR, M. Influência de diferentes lâminas de irrigação no crescimento inicial do pinhão manso. Revista Brasileira de Agricultura Irrigada, Fortaleza, v.5, nº. 1, p.75–81, 2011.

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