Programa Acompanhamento
Atividade de Continuidade
Jardins de Infância da Rede Privada
Instituições Particulares de Solidariedade Social
Relatório
Jardim de Infância da
Associação de Solidariedade Social o Tecto
Fajozes
JARDINS DE INFÂNCIA DA REDE PRIVADA / IPSS
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Designação: Jardim de Infância da Associação de Solidariedade Social O Tecto
Endereço: Rua Nova de Castelões, n.º 344, Fajozes
Código Postal: 4485-094 Concelho: Vila do Conde
Email: geral@otecto.org Telefone: 252661374
Data da intervenção: 4 e 5 de janeiro de 2018
Neste relatório apresentam-se os resultados do trabalho desenvolvido pelo Jardim de Infância da Associação de Solidariedade Social O Tecto para melhorar e corrigir os aspetos identificados no decurso da atividade Jardins de Infância da Rede Privada -
Instituições Particulares de Solidariedade Social, realizada nos dias 6 a 9 de fevereiro de 2017.
Este relatório está disponível para consulta na página da IGEC.
INTENCIONALIDADE EDUCATIVA
Planeamento e avaliação Comunicação e articulação
ASPETOS A MELHORAR IDENTIFICADOS NA PRIMEIRA AÇÃO INSPETIVA
Melhorar a articulação e a coerência entre os documentos de planeamento da ação educativa, nomeadamente do projeto educativo, plano anual de atividades e projetos curriculares de grupo.
Assegurar que os projetos curriculares de grupo assentem num diagnóstico detalhado das características, ritmos e capacidades das crianças, bem como nos fundamentos e princípios previstos nas orientações curriculares para a educação pré-escolar (OCEPE).
Melhorar os projetos curriculares de grupo de modo a que estes documentos prevejam as opções metodológicas, as estratégias de diferenciação pedagógica, e espelhem um trabalho pedagógico intencionalmente pensado e estruturado, tendo por referência as áreas de conteúdo previstas nas OCEPE.
Integrar no planeamento as propostas pedagógicas, as estratégias e os recursos diferenciados para as crianças apoiadas no âmbito da Intervenção Precoce na Infância e/ou com Necessidades Educativas, de modo a otimizar as suas capacidades e o tempo de aprendizagem, num plano de corresponsabilização de todos os intervenientes no processo.
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crianças, de modo a proporcionar-lhes a tomada de consciência dos seus progressos, dificuldades e estratégias para as ultrapassar, numa lógica de autorregulação das suas escolhas/ação.
Proceder à avaliação das aprendizagens das crianças, com caráter contínuo e formativo, sistematizando-a periodicamente em sínteses descritivas, tendo por referência as áreas de conteúdo previstas nas OCEPE, e sua partilha com os encarregados de educação.
CONSIDERAÇÕES SOBRE AS MELHORIAS EFETUADAS
A equipa pedagógica analisou e refletiu sobre as melhorias propostas no relatório da primeira intervenção inspetiva e criou novas dinâmicas pedagógicas que se refletiram na melhoria do planeamento. Os documentos orientadores evidenciam maior coerência e articulação.
Os projetos curriculares de grupo (PCG) apresentam uma caraterização mais detalhada das características, dificuldades e interesses das crianças, fazendo uma breve alusão aos fundamentos e princípios previstos nas Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar (OCEPE). Importa, ainda, aprofundar aqueles fundamentos e princípios enquanto base do desenvolvimento da ação pedagógica, tornando os PCG documentos mais adequados ao grupo e à sua evolução.
O planeamento da intervenção educativa, expressa no PCG, não prevê propostas pedagógicas diferenciadas, em particular para as crianças apoiadas no âmbito da Intervenção Precoce na Infância. Este aspeto continua a constituir uma vertente a melhorar, de modo a assegurar condições estimulantes de desenvolvimento e aprendizagem.
Os documentos de planeamento não preveem o envolvimento das crianças na avaliação dos processos e das aprendizagens, no entanto as práticas evidenciam um trabalho neste âmbito. Importa, porém, dar continuidade às melhorias em curso, incluindo-as no planeamento/rotina diária, aprofundando e alargando estas práticas enquanto estratégia de formação das crianças e dos demais intervenientes educativos.
A sistematização e as sínteses periódicas da avaliação das aprendizagens continuam a efetuar-se num documento intitulado Plano de Desenvolvimento Individual (PDI), ainda a elaborar no presente mês (janeiro), que tem por referência as áreas de conteúdo previstas nas OCEPE. Deste modo a avaliação não assume um caráter descritivo, contínuo e formativo, com partilha e envolvimento dos pais e encarregados de educação, o que contraria os princípios preconizados nas OCEPE.
ORGANIZAÇÃO DO AMBIENTE EDUCATIVO
Organização do estabelecimento educativo
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Explicitar no regulamento interno (RI) o horário de funcionamento da componente educativa/letiva e sua gratuitidade, bem como o horário da componente de apoio à família.
Incluir nos documentos de planeamento a organização, a supervisão e os modos de concretização da componente de apoio à família, enquanto oferta diversa da componente educativa, no que respeita aos espaços (nomeadamente de descanso/repouso), materiais e atividades a realizar.
Assegurar um acompanhamento e supervisão eficazes da componente educativa/letiva, pela diretora pedagógica, em horário previsto para o efeito, em complementaridade com a autoavaliação do trabalho pedagógico realizada pelas educadoras, que suportem as decisões pedagógicas e organizativas, bem como as ações de melhoria a implementar nas diferentes dimensões educativas.
Prever nos horários das educadoras e da diretora pedagógica os tempos das componentes educativa e não educativa/letiva, bem como os tempos comuns para trabalho colaborativo de planeamento, reflexão e avaliação do trabalho pedagógico.
Aprofundar e /ou alargar a participação e a colaboração de parceiros da comunidade no sentido de proporcionar contextos de aprendizagem mais ricos e diversificados, que fomentem na criança o interesse pela descoberta de novas realidades e saberes.
Criar oportunidades de participação das educadoras de infância em formação (interna e externa) de âmbito pedagógico, que contribuam para o seu desenvolvimento profissional.
CONSIDERAÇÔES SOBRE AS MELHORIAS EFETUADAS
Do regulamento interno, divulgado aos pais/encarregados de educação, consta que o horário de funcionamento da componente educativa/letiva é das 9.00 h às 16.30h, com alusão à sua gratuitidade. Neste horário estão incluídos serviços/atividades da componente de apoio à família. Deste modo, continua a não constar naquele documento o horário, as atividades e serviços da componente de apoio à família e o efetivo horário da componente educativa /letiva.
De igual modo, a organização, a supervisão e os modos de concretização da componente de apoio à família, enquanto oferta diversa da componente educativa, não foram previstas nos documentos de planeamento. No entanto, verificam-se melhorias quanto ao espaço de descanso/repouso das crianças, que ocorre, agora, numa sala específica. Porém, a utilização pelas crianças das salas de atividades em tempo não letivo, entre as 12.30h e as 14.00h, merece ser reequacionada de modo a assegurar as finalidades que distinguem as duas componentes (letiva e de apoio à família).
O horário da diretora pedagógica prevê tempos para o acompanhamento e a supervisão da componente educativa/letiva. Importa consolidar e aprofundar estas funções de modo a otimizar o seu impacto nas dinâmicas e práticas pedagógicas.
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letiva e não letiva, nomeadamente tempos de planeamento, reflexão e avaliação, pelo que o aspeto a melhorar recomendado ainda não foi acolhido.
A Instituição solicitou, no passado mês de dezembro, a colaboração de vários parceiros da comunidade, no sentido de criar novos e diversificados contextos de aprendizagem.
Ainda não foram criados momentos de formação interna e/ou propícios à participação em formação externa, destinados às educadoras de infância. Está prevista a realização de uma ação de formação interna, de natureza não pedagógica, que não corresponde às prioridades e necessidades manifestadas pelas educadoras de infância.
Organização do ambiente educativo da sala
Grupo
Espaço e materiais Tempo
ASPETOS A MELHORAR IDENTIFICADOS NA PRIMEIRA AÇÃO INSPETIVA
Organizar e gerir o grupo de crianças criando oportunidades de realização de um trabalho pedagógico em pares, subgrupos e individual quer no espaço sala, quer no exterior/recreio ou outros, ancoradas numa pedagogia estruturada e intencional.
Assegurar que a organização e a decoração dos espaços apelem à sensibilidade estética e cultural, à motivação e gosto por aprender, valorizando/expondo, de forma temporária, as produções das crianças e os projetos.
Dotar as salas de atividades com equipamentos e materiais didático-pedagógicos em qualidade, quantidade e diversidade, tendo por referência as diversas áreas de conteúdo previstas nas OCEPE, de modo a proporcionar aprendizagens de complexidade crescente em todas as áreas e um ambiente educativo estimulante e desafiador de novos saberes.
Elaborar uma rotina diária que expresse a sequência temporal das atividades a realizar, sustentada em registos gráficos e tabelas/quadros facilitadores da organização, realização e avaliação do trabalho pedagógico com o envolvimento ativo das crianças.
Garantir que a atividade educativa assente numa pedagogia diferenciada e numa abordagem integrada e globalizante de conteúdos e atividades tendo por referência as várias áreas de aprendizagem previstas nas OCEPE, evitando a utilização dos manuais ”escolarizantes” e a realização de fichas estereotipadas.
CONSIDERAÇÔES SOBRE AS MELHORIAS EFETUADAS
As salas de atividades evidenciam dinâmicas promotoras de um trabalho pedagógico em pares, grupos e subgrupos, favorecedoras da vida em grupo e de um trabalho cooperado.
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preocupações estéticas, e dão visibilidade às produções das crianças e aos projetos/atividades em curso.
As salas de atividades continuam a apresentar manifesta insuficiência de materiais didático-pedagógicos, tendo por referência o desenvolvimento das áreas de conteúdo previstas nas OCEPE. A Instituição não adquiriu materiais de desgaste e didático-pedagógico. As necessidades prementes de material de desgaste são supridas pelas educadoras titulares do grupo, a título pessoal e/ou com verbas angariadas em eventos que organizam (feiras). Nesta matéria o aspeto a melhorar identificado no anterior relatório não foi acolhido pela Instituição.
É percetível, em todos os grupos, uma prática pedagógica assente numa rotina diária planeada. A sua apropriação pelas crianças está sustentada em alguns registos gráficos e tabelas/quadros, que poderão ser aprofundados no sentido de proporcionar referências temporais mais alargadas, que sirvam como fundamento para a compreensão do tempo passado, presente e futuro.
O trabalho pedagógico organiza-se em torno de atividades que conferem à criança um papel mais ativo na sua aprendizagem, havendo uma redução no uso de fichas estereotipadas, principalmente em algumas salas, aspeto que sugere a necessidade de uma supervisão pedagógica mais atuante. Porém, o uso de manuais “livros de fichas” continua a ser adotado em todos os grupos, contrariando os princípios inscritos nas OCEPE que apelam para o desenvolvimento de outras competências das crianças.
Relações entre os diferentes intervenientes
Relação criança e educadora
Relação entre crianças e crianças e adultos Relações com pais e famílias
Relações entre profissionais Relações com a comunidade
ASPETOS A MELHORAR IDENTIFICADOS NA PRIMEIRA AÇÃO INSPETIVA
Reequacionar o papel do educador e o da criança nas diferentes fases da ação educativa de modo a proporcionar à criança maior participação, responsabilizando-a pelas suas escolhas num processo de construção autónoma da sua aprendizagem.
Atribuir maior intencionalidade educativa às atividades/projetos que a criança realiza livremente (ex.: brincar nas áreas, no recreio), através de uma ação atenta que vise acompanhar, ampliar e enriquecer todas as situações de aprendizagem.
Assegurar que todas as crianças beneficiem de cinco horas educativas/letivas diárias, num trabalho intencionalmente planeado, avaliado e desenvolvido pela educadora de infância, otimizando os espaços interiores e exteriores.
Evitar que as atividades orientadas por técnicos (ex.: dança, futebol, xadrez, inglês e música) ocorram durante o tempo da componente educativa/letiva.
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CONSIDERAÇÔES SOBRE AS MELHORIAS EFETUADAS
Há evidências de que a ação educativa proporciona maior participação da criança no planeamento, na realização e na avaliação. Porém, esta vertente deverá ser aprofundada, integrada na rotina diária e consolidada, com vista à construção mais autónoma da aprendizagem por parte da criança.
Apesar de as educadoras acompanharem as crianças nas atividades que realizam livremente nas áreas, importa ainda ampliar e enriquecer estas situações de aprendizagem, colocando-lhes desafios que as despertem para novas formas de pensar e reorientar o seu brincar.
A atividade de natação continua a desenvolver–se no horário da componente letiva, uma vez por semana, em cada grupo, sendo comparticipada pelas famílias. Deste modo, não estão asseguradas as cinco horas educativas/letivas diárias, num trabalho intencionalmente planeado, avaliado e desenvolvido pela educadora de infância.
As atividades de animação socioeducativa da componente de apoio à família, nomeadamente inglês, música, dança criativa e futebol ocorrem após a componente letiva (16.45h) ou no período do almoço (entre as 13.00h e as 14.30h).
ÁREAS DE CONTEÚDO
Formação Pessoal e Social
ASPETOS A MELHORAR IDENTIFICADOS NA PRIMEIRA AÇÃO INSPETIVA
Conferir maior apoio à criança, em todos os grupos, na expressão das suas opiniões, contribuindo para a construção de uma autoestima positiva e respeito pela diferença, como oportunidade de enriquecimento pessoal e construção conjunta do pensamento.
Aprofundar as regras de negociação sobre a assunção de tarefas da vida do grupo (ex.: arrumar materiais, registo presenças e do tempo, escolha de atividades, tarefas no exterior,..).
Apoiar as crianças, em todos os grupos, no relacionamento e na transferência dos conhecimentos adquiridos para novas situações de aprendizagem.
Fomentar a criatividade das crianças na procura de soluções para os problemas que se colocam ao grupo nas diferentes áreas de conteúdo, incentivando-as a resolver conflitos através do diálogo e de decisões de consenso maioritário.
CONSIDERAÇÔES SOBRE AS MELHORIAS EFETUADAS
Foi visível, em alguns grupos observados, o apoio dado à criança na expressão das suas opiniões, contribuindo para o seu desenvolvimento pessoal e para a construção conjunta do pensamento. No entanto esta dimensão carece de aprofundamento e da sua integração nas práticas pedagógicas quotidianas.
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Foram implementadas algumas regras de funcionamento da vida do grupo. Porém, em algumas salas, esta vertente poderá ainda ser aprofundada e alargada a outras tarefas da vida coletiva (ex.: arrumar materiais, escolha de atividades, tarefas no exterior,..).
Não foi recolhida qualquer evidência (documental, observada) durante a realização desta atividade relativamente ao apoio do educador no relacionamento e na transferência dos conhecimentos adquiridos para novas situações de aprendizagem, bem como o fomento da criatividade das crianças na procura de soluções para os problemas que se colocam ao grupo nas diferentes áreas de conteúdo, incentivando-as a resolver conflitos através do diálogo e de decisões de consenso maioritário.
Expressão e Comunicação
Educação Física Educação Artística
Linguagem Oral e abordagem à escrita Matemática
ASPETOS A MELHORAR IDENTIFICADOS NA PRIMEIRA AÇÃO INSPETIVA
Integrar no trabalho pedagógico atividades do domínio da educação física desenvolvendo capacidades motoras e explorando as diversas possibilidades do corpo através de movimentos e jogos, valorizando as regras, as interações do grupo e ainda as reações das crianças quando ganham ou perdem.
Criar espaços, dotando-os de materiais que permitam a exploração e o conhecimento de música (ex.: sons e suas propriedades, canções de diferentes culturas musicais, contacto/exploração de diferentes instrumentos musicais convencionais e não convencionais, …).
Enriquecer os espaços destinados ao jogo dramático/simbólico com equipamentos, materiais e adereços que estimulem o desenvolvimento de projetos de representação, nomeadamente situações do quotidiano, práticas teatrais diversificadas quanto ao estilo-género e origem cultural.
Proporcionar o contacto com diferentes formas de artes visuais através de visitas ao meio ou de pesquisas digitais, explorando a observação e fruição, enquanto contributo e estímulo para produções mais criativas por parte das crianças.
Alargar as oportunidades de desenvolvimento da linguagem oral através da utilização de vocabulário mais rico com recurso a diferentes formas/estilos literários e suportadas em materiais diversificados e de qualidade pedagógica, quanto ao conteúdo e do ponto de vista estético (ex.: jornais, livros, enciclopédias infantis, dicionário, anúncios publicitários, software, …).
Adequar as estratégias e as atividades às crianças que não têm o português como língua materna, suportadas num plano de trabalho facilitador da aquisição da língua portuguesa, de acordo com as suas especificidades.
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Proporcionar contextos e experiências de aprendizagem motivadoras e lúdicas no âmbito da abordagem à leitura e à escrita, com recurso a materiais diversificados (ex.: livros diversificados quanto à forma e estilo literário, quadro, jogos de letras, palavras, livros diversificados, material de escrita, software de leitura/escrita).
Despertar nas crianças capacidades matemáticas (ex.: resolução de situações – problema, raciocínio lógico, comparações e seriações, recolher e organizar a informação sistematizando-a em gráficos/tabelas com comunicação dos resultados, geometria, medida e peso, cálculo), através de jogos lúdicos, materiais específicos e de qualidade pedagógica, que possibilitem aprendizagens cada vez mais complexas e abstratas.
Criar oportunidades de aprendizagem diferenciadas, em todas as áreas de conteúdo, para as crianças apoiadas no âmbito da intervenção precoce e/ou de educação especial, adequando diariamente o plano de trabalho às suas necessidades e ritmos, de modo a potenciar as capacidades e dirimir as suas dificuldades.
CONSIDERAÇÔES SOBRE AS MELHORIAS EFETUADAS
Foi incluída, no tempo educativo semanal, a realização de atividades de educação física desenvolvendo capacidades motoras e explorando as diversas possibilidades do corpo através de movimentos e jogos.
As atividades pedagógicas realizadas no âmbito musical são diversificadas com recurso a diferentes materiais que importa explorar de modo regular e sistemático.
Os espaços destinados ao jogo dramático/simbólico não foram enriquecidos com equipamentos, materiais e adereços que proporcionem novos desafios e constituam oportunidades de desenvolvimento de projetos de representação. Os equipamentos e materiais existentes nesta área são pouco diversificados e de reduzida qualidade e quantidade que limitam as oportunidades de exploração e criação por parte das crianças.
Não foi proporcionado o contacto das crianças com diferentes formas de artes visuais, através de visitas ao meio ou de pesquisas digitais, que permitam a observação e fruição enquanto contributo e estímulo para produções mais criativas, pelo que este aspeto continua a carecer de melhoria.
É visível um trabalho pedagógico mais centrado no enriquecimento e alargamento da linguagem oral. Porém, o recurso a diferentes formas/estilos literários, suportado em materiais diversificados e de qualidade pedagógica, é ainda incipiente e está condicionado pela manifesta insuficiência de materiais pedagógicos, não obstante o esforço das educadoras na aquisição de alguns livros e de outros materiais de estimulação e desenvolvimento linguístico.
O jardim de infância continua a ser frequentado por crianças que não têm o português como língua materna, verificando-se melhorias no trabalho realizado. As educadoras acompanham de forma mais individualizada aquelas crianças, num trabalho pedagógico
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intencional e articulado com as famílias. Há evidências de um trabalho pedagógico com maior intencionalidade educativa na abordagem à leitura e à escrita, sendo proporcionadas às crianças algumas experiências de aprendizagem. Também neste âmbito, a insuficiência de materiais pedagógicos comprometem a criação de contextos de aprendizagem estimulantes e desafiadores da emergência daquelas competências, tendo por referência as OCEPE, pelo que este aspeto continua a carecer de melhoria.
As educadoras adquiriram alguns materiais que fomentam o desenvolvimento de algumas capacidades matemáticas. Porém, a carência de materiais pedagógicos e didáticos condicionam as experiências e as oportunidades de aprendizagem, de acordo com o preconizado nas OCEPE.
Verifica-se um acompanhamento mais individualizado das crianças apoiadas no âmbito da intervenção precoce e/ou de educação especial, por parte da educadora titular do grupo, em articulação com a educadora da Equipa Local de Intervenção Precoce, traduzido na adequação de atividades e estratégias, otimizando o potencial de aprendizagem de cada criança. Deve ser dada continuidade ao trabalho pedagógico já iniciado, contribuindo para a sua consolidação.
Conhecimento do Mundo
Introdução à metodologia científica Abordagem às ciências
Mundo tecnológico e utilização das tecnologias
ASPETOS A MELHORAR IDENTIFICADOS NA PRIMEIRA AÇÃO INSPETIVA
Criar um espaço estruturado que permita uma abordagem às ciências naturais (ex.: física, química, geologia, biologia, geografia,…) e ciências sociais e humanas (ex.: história, antropologia, sociologia) que incentivem a realização de atividades práticas e investigativas.
Criar e dotar a área das ciências experimentais com materiais diversos (ex.: recipientes, lupas, binóculos, microscópios, rochas conchas, balança, materiais de medida, mapas) que incentivem a exploração e a experimentação, com base numa metodologia científica, recorrendo a diferentes fontes de recolha de dados (ex.: meio físico e natural, meios digitais e tecnológicos, enciclopédias, livros…), de observação e registo.
Possibilitar às crianças a utilização regular e sistemática de computadores com acesso à internet, nas salas de atividades, como meio privilegiado de recolha de informação, comunicação, organização e tratamento de dados, possibilitando aprendizagens, não só no âmbito do conhecimento do mundo, como também nas linguagens artísticas, escrita e matemática, entre outras.
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Não foram criadas oportunidades de aprendizagem no âmbito das ciências naturais (física, química, geologia, biologia, geografia,…) e das ciências sociais e humanas (história, antropologia, sociologia) intencionalmente planeadas, nem realizadas atividades práticas e investigativas neste âmbito.
As salas ou outros espaços comuns do jardim de infância não foram equipados com materiais da área das ciências experimentais, nem com computadores com acesso à internet, pelo que estas áreas continuam a constituir aspetos a melhorar para possibilitar às crianças oportunidades de aprendizagens previstas nas OCEPE.
CONTINUIDADE EDUCATIVA E TRANSIÇÔES
Transição para a educação pré-escolar Transição para a escolaridade obrigatória
ASPETOS A MELHORAR IDENTIFICADOS NA PRIMEIRA AÇÃO INSPETIVA
Explicitar nos documentos de planeamento os procedimentos e as práticas já implementadas, e que importa consolidar e alargar, na transição das crianças para a educação pré-escolar e para a escolaridade obrigatória, com o envolvimento de todos os intervenientes no processo, de forma a contribuir para uma transição bem-sucedida quer no âmbito da sequencialidade do trabalho educativo e pedagógico, quer de integração social.
CONSIDERAÇÔES SOBRE AS MELHORIAS EFETUADAS
Nos documentos de planeamento não constam procedimentos e práticas a implementar no âmbito da transição das crianças para a educação escolar e para o 1.º ciclo do ensino básico. No entanto, o grupo de crianças de cinco anos realizou duas visitas à escola básica do 1.º ciclo de Fajozes tendo realizado atividades conjuntas com os alunos deste estabelecimento de ensino. Importa, porém, prever e integrar as práticas a adotar neste âmbito nos documentos de planeamento.
Relativamente aos
aspetos a corrigir
identificados na atividade inicial:
Encontram-se por regularizar todos os aspetos, indicados, total ou parcialmente: Garantir o cumprimento de cinco horas educativas/letivas diárias, da responsabilidade da educadora de infância, de modo a assegurar o disposto na Lei-Quadro da Educação Pré-Escolar, Lei n.º 5/97, de 10 de fevereiro, nas Orientações Curriculares aprovadas pelo Despacho n.º 9180/2016, de 19 de julho e na Circular n.º 17/DSDC/DEPEB/2007, de 10 de outubro, uma vez que a atividade de animação socioeducativa da componente de apoio à família, Natação, ocorre no período da componente educativa/letiva, uma vez por semana.
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Garantir que o espaço de repouso/sesta das crianças da educação pré-escolar cumpra os requisitos exigíveis, de acordo com o previsto no Despacho Conjunto n.º 268/97, de 25 de agosto, apesar das melhorias já efetuadas.
Garantir que a frequência da atividade de natação, comparticipada pelos encarregados de educação, não se sobreponha à componente educativa/letiva, de modo a assegurar o disposto no artigo 16.º da Lei n.º 5/97, de 10 de fevereiro e na Circular n.º 17/DSDC/DEPEB/2007, assegurando a gratuitidade da componente educativa/letiva.
Dar continuidade à instrução do processo de concessão de autorização de funcionamento da educação pré-escolar, e consequente homologação da diretora pedagógica, enviando os documentos já solicitados pela Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, Delegação do Norte, em 19-04-2016, no cumprimento dos artigos n.ºs 1, 2 e 15 do Decreto-Lei n.º 147/97, de 11 de junho, conjugado com o artigo 12.º do Decreto-Lei nº. 266-F/2012, de 31 de dezembro e a alínea a) do n.º 2) Despacho n.º 925/2017, de 20 de janeiro.
ASPETOS QUE IMPORTA AINDA REFERIR
Na garantia de uma melhor qualidade da prestação do serviço educativo do jardim de infância, deverá a Instituição:
Dotar as salas de atividades de mobiliário, equipamentos e materiais que permitam o desenvolvimento de todas as áreas de conteúdo previstas nas Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar, dando cumprimento ao disposto no Despacho Conjunto n.º 258/97, de 21 de agosto.
OBSERVAÇÕES
Considerando que os aspetos a corrigir, indicados na primeira intervenção inspetiva não, foram corrigidos e que a carência de materiais condiciona a qualidade do serviço educativo prestado, propõe-se:
- A inclusão deste jardim de infância na amostra a intervencionar no próximo ano letivo (2018-2019).
Data: 5 de janeiro de 2018
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NORMATIVOS E ORIENTAÇÕES DE REFERÊNCIA
Estatuto da Carreira dos Educadores de Infância e dos Professores dos Ensinos Básico e Secundário, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 139-A/90, de 28 de abril, republicado pelo Decreto-Lei n.º 41/2012, de 21 de fevereiro e alterado pelo Decreto-Lei n.º 146/2013, de 22 de outubro.
Lei n.º 5/97, de 10 de fevereiro
Lei-quadro da Educação Pré-Escolar - consagra o ordenamento jurídico da educação pré-escolar, na sequência da Lei de Bases do Sistema Educativo.
Decreto-Lei n.º 147/97, de 11 de junho
Estabelece o ordenamento jurídico do desenvolvimento e expansão da rede nacional de educação pré-escolar e define o respetivo sistema de organização e financiamento.
Despacho n.º 9180/2016, de 19 de julho
Homologa as orientações curriculares para a educação pré-escolar que se constituem como uma referência comum para a orientação do trabalho educativo dos educadores de infância.
Despacho Conjunto n.º 258/97, de 21 de agosto
Define os tipos de equipamento. Define normas de qualidade e segurança do material. Listagem de material mínimo por sala.
Despacho Conjunto n.º 268/97, de 25 de agosto
Define os requisitos pedagógicos e técnicos para a instalação e funcionamento de jardins de infância da rede nacional.
Anexo 1 – refere as normas para instalações adaptadas. Anexo 2 – refere as normas para construções de raiz. Decreto-Lei n.º 240/2001 de 30 de agosto
Aprova o perfil geral de desempenho profissional do educador de infância e dos professores dos ensinos básico e secundário.
Lei n.º 31/2002 de 20 de dezembro
Sistema de avaliação da educação e do ensino não superior.
Lei n.º 46/2006 de 28 de agosto
Proíbe e pune a discriminação em razão da deficiência e da existência de risco agravado de saúde.
Lei n.º 113/2009, de 17 de setembro, alterada pela Lei n.º 103/2015, de 24 de agosto
Estabelece a obrigatoriedade de apresentação de registo criminal de todos os trabalhadores, docentes e não docentes, remunerados ou não, ao serviço no estabelecimento.
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Decreto-Lei n.º 34/2007 de 15 de fevereiro
Regulamenta a Lei n.º 46/2006, de 28 de agosto, estabelecendo as entidades
administrativas competentes para procederem à instrução dos processos de contraordenação, bem como a autoridade administrativa que aplicará as coimas e as sanções acessórias correspondentes pela prática de atos discriminatórios.
Decreto-Lei nº 3/2008, de 7 de janeiro (retificado pela Declaração de Retificação n.º 10/2008, de 7 de março), alterado pela Lei n.º 21/2008, de 12 de maio
Define os apoios especializados a prestar na educação pré-escolar e nos ensinos básico e secundário dos sectores público, particular e cooperativo.
Decreto-Lei n.º 281/2009 de 6 de outubro
Cria o Sistema Nacional de Intervenção Precoce.
Portaria n.º 293/2013 de 26 de setembro
Alarga o Programa de Apoio e Qualificação do Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância.
Despacho n.º 925/2017 de 20 de janeiro
Delegação de competências no âmbito do ensino particular cooperativo e solidário, alínea a) do n.º 2.
Circular n.º17/DSDC/DEPEB/2007 - Gestão do currículo na educação pré-escolar. Circular n.º 4 DGIDC/DSDC/2011 - Avaliação na educação pré-escolar.
Circular n.º5-DGE/2015/2555/DSEEAS, de 2015-07-20, clarifica a articulação entre
o PEI e o PIIP.
DOCUMENTAÇÃO DE APOIO
Bertram, Tony e Pascal, Christine. (2009). Manual DQP - Desenvolvendo a Qualidade
em Parcerias, adaptação sob coordenação de Júlia Oliveira-Formosinho. Lisboa: Ministério da Educação, Direção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular. Cardona, Maria João (2007). "A avaliação na educação de infância: as paredes das salas também falam! Exemplo de alguns instrumentos de apoio", Cadernos da
Educação de Infância – APEI, n.º 81: 10-16.
Cardona, Maria João (coord.); Tavares, Teresa; Uva, Marta e Vieira, Conceição (2010). Guião de Educação Género e Cidadania. Educação Pré-Escolar. Lisboa: Presidência do Conselho de Ministros, Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género.
Cardona, Maria João e Guimarães, Célia Maria (coord.) (2013). Avaliação na Educação
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Castro, Joana Pacheco de e Rodrigues, Marina (2008). Sentido de Número e
Organização e Tratamento de Dados: Textos de apoio para educadores de infância,
coordenação de Lurdes Serrazina. Lisboa: Ministério da Educação, Direção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular.
Departamento da Educação Básica (1997). Educação Pré-Escolar: Legislação. Lisboa: Ministério da Educação, Departamento da Educação Básica.
Departamento da Educação Básica (1997). Qualidade e Projeto na Educação
Pré-Escolar. Lisboa: Ministério da Educação, Departamento da Educação Básica.
Departamento da Educação Básica (2002). Organização da Componente de Apoio à
Família. Lisboa: Ministério da Educação, Departamento da Educação Básica.
Godinho, José Carlos e Brito, Maria José (2010). As Artes no Jardim de Infância:
Textos de apoio para educadores de infância, organização de Helena Gil e Isabel
Carvalho. Lisboa: Ministério da Educação, Direção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular.
Martins, Isabel et al (2009). Despertar para a Ciência – Atividades dos 3 aos 6: Textos
de apoio para educadores de infância, coordenação de Isabel Martins. Lisboa:
Ministério da Educação, Direção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular. Mata, Lourdes (2008). A Descoberta da Escrita: Textos de apoio para educadores de
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