BARREIRA SCHOTTKY
Antonio de Campos Sachs
Orientador: Prof. Dr. Navin B. Patel
Tese aprei,e/ltada ao /nsrituto Je Fi"sica "Gieb
Watagilin ", Unh•ersid11Je Estadual de Campinu:s, para a obte11plo do t(tulu de mestre em Fúica.
Agradecimentos
Ao Prof. Navin B. Patel pela orientação segura
e
indispensável.Ao Prof. Frederico Dias Nunes por auxiliar o Prof. Pate! na orientação e pelo apoio e incentivo durante todo o trabalho.
e valiosas discussões.
Ao Prof. Nicolas Winogradoff e a todos os meus colegas pelas sugestões, comentários
Ao colega Antonio Carlos Bordeaux pela ajuda fundamental durante o trabalho. Ao amigo Paulo Cesar Silva pelos excelentes trabalhos de evaporação.
Ao Li no (técnico) e ao Prof. Sérgio Bilac pelos crescimentos epitaxiais.
A todos os técnicos
e
funcionários do grupo de dispositivos de semicondutores que de alguma forma prestaram sua colaboração.À Rosa pelo trabalho de datllografia.
Capítulo Capítulo II Introdução . A Célula Solar Capitulo Capítulo
II.1 - Caracter!'sticas Gerais ll.2- Junção p-n . . . 11.3- Barreira Schottky
11.4- Características Gerais da Berreira Schottky 11.5- Características Oticas .
11.6- Características Elétricas
III Fatores que limitam a Eficiência de urna Célula Solar 111.1- Perdas por Reflexão
JIJ.2- Absorção Parcial do Espectro .
111.3- Utilização Incompleta da Energia do Foron III A- Coleção Incompleta de Portadores
111.5- Fator Voltagem 111.6- Fator de Curva 111.7- Resistência Série II 1.8 ·· Cálculo do Rendimento IV Construção e Resultados. IV.1 Construção 1 V.2 Característica Corrente-tensão. IV.3 Resposta Espectral
IV.4 Tempo de Resposta Capítulo V Conclusão 3 3 4 6 7 9 11 20 20 23 23 25 28
30
32 38 40 4048
52 54 561
I - introdução
O homem tem utilizado energia solar desde o inÍcio de
sua existência. O prÓpt'io alimentoJ direta ou indiretamente~ tem ori
gem na fotossíntese, através da qual a energia solar e armazenada nos
vegetais. Quando utilizamos energia dos ventos, não percebemos que
estes têm sua origem na diferença de temperatura entre massas de ar,
e que portanto, a energia
é
de origem solar. O petróleo teve sua origemem substâncias orgânicas de animais ou vegetais que no passado
também utilizaram energia solar na sua formação. Até mesmo a energia
gerada em usinas hidroelétricas vem de quedas d'água,que so existem
porque o s o 1 se encarrega de evaporar a agua dos mares e levá-la até
regiÕes mais altas. possibilitando assim a formação e manutenção dos
ri os.
A grande maj.oria das máquinas e utensílios utilizados
atualmente, funcionam com energia gerada em usinas hidra ou termoelé
tricos. Com isto, a energia elétrica tornou-se bastante difundida e
versátil.
A transformação direta de energia solar em energia elé
trica já
8
possível, mas o custo é muito elevado. Isto restringe oseu uso a casos como naves espaciais, estaçÕes repetidoras de rádio
colocados em lugares de difícil acesso. bóias de telemetria colocadas
no mar, e outros, onde i3 difícil a produção de energia elétrica por
outros métodos.
O dispositivo que permite tal transformação direta e
chamado célula solar. e ·foi
te alta, em 1954 por Chapin,
desenvolvido com eficiência relativamen-( 1 )
Fuller e Pearson nos Estados Unidos.
Seu funcionamento bas~ava-se numa junção p-n feita em silício.
Neste trabal\~o faremos um estudo sobre o funcionamento
reira Schottk.y (baseada na junção de um metal com um semicondutor).
Apresentaremos também os detalhes de fabricação e analises das célu
las por nós fabricadas, bem como viabilidade de produção de foto-d~
tetores baseados no mesmo princípio. Neste Último caso poderão ser
usados para retransmissão e demodulação em sistemas de comunicação
por lasers de semicondutor.
3
II - A Célula Solar
II.1 - Características Gerais
Para entender o funcionamento de uma célula
solar,pre-cisamos ter alguma noção sobre os semicondutores.
Nos semicondutores, os eletrons nao podem ter qualquer
energia. Existem bandas de energia permitidas e bandas proibidas (fig.
II.1.1). Os elétrons mais ligados
têm
energias merlores e preenct1em asbandas de baixa energia. Os elétrons de maior energia estão colocados
BANDA DI! 'cONDUÇÃO
' .,.,otetron IA fi OA PROIBIDA bura o o BANDA DI VALÊNCIA ( FIG.1ll.l l
,--••
•••rgiG••
•••troana banda de valência. Estes poderão passar para a banda seguinte
(banda de condução) se receberem energia maior ou igual a largura da
banda proibida (E
J.
Os elétrons da banda de condução são livres e-g
podem se mover livremsnts dentro do semicondutor. Cada el8tron
li-bertado, deixa o seu átomo com carga positiva e uma vaga que pode
ser ocupada por outro e1étron. Quando isto ocorre com um elétron vin
do de um átomo vizinho, a vaga se desloca de um ãtomo para outro e
podemos pensar nesta vaga. se deslocando pelo semicondutor, como uma
Um par elétron-buraco pode ser gerado no processo de
E absorção de luZ se a energia do foton (hV) for maior ou igual a
g
A energia luminosa trans·ferida para um elétron da banda de valência.
o leva para a banda de condução.
Os pares gerados podem se recombinar reemitindo a luz
~uz
absorvidaJ mas, como elétrons e buracos têm-
__._ •+cr>~·
cargas opostas, um campo elétrico podesepa-~
---
• <>-- + rá-los impedindo a recombinação. Esta separ~ ção de cargas faz com que apareça umadife--
+FIG.!tl.2) rença de potencial no material que pode ser
aproveitada (fig. II .1.2). Tal efeito
é
conhecido como efeito fotoelét ri c o .
II .2 - Junção p-n
O campo elétrico responsável pela separaçao das cargas
no efeito fotoelétrico pode ser obtido através de uma junção p-n. Pa
ra entendermos como e obtido este c<:;mpo, aprofundemo-nos um pouco mais
no estudo dos semicondutores.
O número de estados de energia permitidos perto do fu~
do da banda de condução [ N l
c ou do topo da banda de valência
proporcional
à
raiz quadrada da energia. [fig. I I . 2. 1 b )o c
< 1
-..
..
Gletrona lnl o [ N J v: --- __ --- _ --.,. _ _ ~l_!'E:: _?'E_!E_R_MI ___ _E't
- - - ---~ FIG.t!2.1
.,
o
v
' o 1 . N{[J N ~;DE E5TAOOS PERU! TIPOS'
I b I FI I 0.6 PROBABILIDADE OE_ OGUPAÇAO' 0.1
bl.k'GOO$ t p J CONC€NTRACÃO OE PORTADORES I 4 I e5
O numero de elétrons na banda de condução (n) sera o
produto do nGm~ro de estados (N ) pela probabilidade de ocupaçao F(E)
c
dada pela função distribuição de Fermi-Dirac (eq. II.2.1)
F (E l 1 (eq. II.2.1)
1+exp
E-E F KT
O nível de energia E ::: EF, que corresponde a probabil.!:_
dade de ocupaçao igual a 1/2,
é
chamado de nível de Fermi (fig.II .2.1c) •
Quando substituimos alguns átomos do material, por
im-purezas que possuem um ou mais elétrons de ligação a mais que os áto
mos do cristal, aparecem níveis de energia [níveis de impureza)
den-tro da banda proibida próximos da banda de condução, que constituem
novos estados de energia permitidos para elétrons. Por estarem estes
níveis próximos da banda de condução. é preciso pouca energia para
que el~trons sejam promovidos para a banda de conduç~o. Isto faz com
que a probabilidade de ocupação dos estados na banda de condução
au-mente, aumentando consequenteau-mente, o nível de Fermi. Tais impurezas
s~o chamadas doadoras por doarem el~trons ~ banda de conduç~o.
Os elétrons da banda de condução podem, então, ter vin
do da banda de valência, onde deixaram um buraco, ou ter vindo de um
nível de impureza sem a criação de um buraco, mas sim deixando um áto
mo de impureza, ionizado positivamente, que se distingue de um
bura-co, por não poder caminhar livremente pelo material (carga positiva
localizada ou impureza ~oadora ionizada). Por isso o nGmero de
elé-trons e maior que o de lacunas, fazendo com que a conduç~o do
mate-rial, seja predominantemente através de elétrons que são portadores
negativos. Neste casa o ma.terial
é
dito tipo-n.o átomo que substitue no c r i s t a l , sera chamada aceitadora e terá ener
gia perto da bE.inda de valência, com isto, facilmente um elétron pode
saltar para um nível aceitador, criando~ na banda de valência, um bu
raco. Neste caso, o numero de lacunas será maior que o de elétrons,
e, portanto, a condução será. predominantemente, através de
portado-res positivos. O material
é,
e·ntãu, dito tipo-p. e terá o nfvel deFermi mais próximo da banda de valência.
Quando juntamos um· semicondutor tipo-n com um
semicon-dutor tipo-p, formando um Único cristal, elétrons do lado n difundem
para o lado p e lacunas do lado p difundem para o lado n até que o
equilíbrio termodinâmico seja atingido. Nesta situação teremos os ní
veis de Fermi igualados e na junção um campo elétrico que impede a
difusão de novos portadores (fig. II.2.2). A deflexão das bandas na
região da junç~o representa a barreira de potencial ali existente.Um
par elétron-buraco gerado na junção será separado pelo campo
elétri-co, sendo o elétron atirado para o lado n e o buraco para o lado p.
•c
80•c
TIPO H TIPO P · - · - · - · - · - · - Et••
••
f • ).II.3. Barreira Schottky
é
e
T!POP P---'•
•·-·-·-·-·-·-·-·-·-·-·-·-·-·-·-·· FIG.n
2.2f
ov
TiPO"
••
-
04 mç.o eJó trlcoI o I
Assim como numa junção p-n, na junção de um metalcom
um semicondutor,
os níveis de Fermi
precisam coincidir no equilÍbriotérmico. Se o semicondutor tiver nível de Fermi acima do nível de Fer-'
mi do metaL elétrons pass'ç;~rão do semicondutor para o metal, a fim de
7 SU.t!CONDUTOR ·-·- ·,- ·-·-·- 'Ef. NITAL
-·-·-·-·-I olDo lado do metal praticamente nao há mudança na
densi-dade de elétrons pois esta é muito grande, mas do lado do
semicondu-tor aparece uma distribuição espacial de cargas positivas devido a
queda de densidade de elétrons.
A barreira de potencial que aparece devido a essa
dis-tribuição espacial de carga é conhecida como Barreira Schottky por
( 2 )
ter sido analisada segundo este modelo por Walter Schottky em
19 38.
( 3) Schottl<.y 11.4 .. Características gerais da barreira
~~~~c--~~~~~~
Considerando-se que a carga espacial positiva do lado
do semicondutor esteja distribui da uniformemente [aproximação de uma
junção abrupta), com densidade igual
à
densidade de impurezasdoado-ras (p=q No) até uma distância w da superfície -de contacto (fig.
II.4.1a), podemos facilmente calcular a forma da barreira de
poten-c i a 1 •
O campo elétrico E(x) (fig. II.4.1bJ e obtido pela
~
•
v"
t.I[TAI.. SE:>.Il~ONOUTORv,
...
X w X X FIG. II4.1 •« w'
w •o NETAt. ~ SEflllCONOUfOR ·~ ·~:o
'
oz •o "'o.,_
'li Nv w ~:, Wow,
..
•
'
' I • .II ''
J
p[xl qNo
E[xJ " - - dx " - - [ x - w l E E [eq. II.4.1londe E- e a permissividade elétrica do semicondutor e p(wJ
o
foiusado como condição de contorno em x ""w.
O potencial da barreira V(x) (fig. II.4.1c) e obtidDP!:,
la integração do campo elétrico:
•
JE[x)dx qNo
2 V [ X J " - - - ( w x - ..õ__ J [e q . II.4.2) 2 Eonde fizemos a constante de integração igual a zero para a datar x =-O
como origem do potencial.
A altura da barreira sera dada pelo potencial Vb em
X W,
2E 2 w
[e q , II.4.3l
A largu~a da.barreira em funç~o da altura Vb e da
con-'
9 / 2c ·,J I t ; - - - - I I
:::; r:
r; VCE'I~ ~-' i rra c!irr;irui8e ciest? \'alcr. C)uondo c dispc:sitivo c ;_-,::ll:.c·iza··
*
te c_:c_:.·" u:-r, potencic1l -., u t::tê:iEi::-·LJ st:•ra dj_minuida
sim, c:> lar~.urc:, ~Jc tarceiT,c; ~~P~a dorJr:! ~o::
r t' ' I I , ·• , c ;
A carga por unidade de area na r2ri~~ ~e jLI'lçac sera ~
q
,A :_·cr:;E!CÍSiJd"' Cl~! junr.;ãu serfJ c:,ld.J r::rJr
,~._·
__ _
: E' C • I T • ~ • 7) ) ( ',' - \'- f' l / l1 ) I I • 5 . l L' ' j ' c d .. '-- • CC!n~'ÍCGfclf ;j,~, :~Í'/'2] r" o -~ r: r· i c n r. rJ •J t c_. r:~o nfvel de Fer~1 dG ~et.a] cJ.cr:.:o;nd'J
energia que volta para o meio de onde veio (R), uma porcentagem abso_E
vida no filme nietálico (A) e outra transmitida para dentro do
semi-condutor [Tl. [fig. II.5.1)
Desta forma, R+ T +A"" 1.
Estas porcentagens podem ser encontra
I
,,~
I
N1 * "•- lk,
4 NIE:Ú.L l
das no ''American Institute of Physics [ 1
o
lHandbook" , e indicaçÕes de sua
D
T I, dedução sao apresentados no apêndiceA.
{ SEMICONDUTOR l FIG. U5.1
R
a
-a
a e +a e +a cas O+a senO
1 2 3 4 [eq. II.5.1) T [eq. II.5.2) A 1 - R - T (eq. II.S.3) onde: I 2
z
1 I 2z
1 a1" [no-n1l 'K1 [n1+n2) +[k1+k2la2"
I
[no +n 1 l 2 +k~li
[ n 1- n2 l 2 + [ k 1 +k 2 l21
1
2 2 2122
2 2a
4"4{ n0-[n1+k1l lcn
1
k2
~n2
k1
l-n0
k1
Cn1+k1J-[n2+k2llla
=4nk1d 1 /À o
(À
11
o COITprirTBnto de onda no vácuo)
Obs.: Estas f6rmulas foram deduzidas considerando-se incid~ncia
nor-ma 1.
II.6. Características Elétricas
Veremos agora~ um modo ( 20 ) de chegar
à
característicacorrente-tensão da célula. A finalidade
é
entender as idéias físicasenvolvidas no -processo de conversão de energia solar em energia
elé-trica.
Consideremos uma
c~lulasolar de barreira Schottky
es-quematizada na figura II.B.1a.
BC
'
r,,
'/!"
~~
...
~
BV
o~;"
/ 'e~~
'"0 '"-. ::::;
o.;~r---:s
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o
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E
FIG.ll
6. I
E
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sem
polarização
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o
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FIG. II 6.!
....
"
....
o"
..,
FIG. II. 6.1
"'
(c)
polarização di
reta
r:; EE
...
o
"'
.2
.,
( dl
polorizoÇJão
..
E E
..
..
r e versa
Na região A, há mais buracos na banda de valência que
elétrons na banda de condução, e na região B se dá o oposto. há
mais elStrons que buracos. As correntes envolvidas, podem ser separ~
das em duas espécies: I constituidâ por elétrons (I ) ou
buracos-g gn
(I ) caminhando sob a ação do campo elétrico existente na junção; e
gp
I constituída por elétrons (I } ou buracos (I J que venceífl a
bar-r rn rp
reira de potencial a fim de chegar a uma região onde possa se
recom-binar, isto e, onde a probabilidade de recombinação é maior.
Na figura II.6,1, I e para a esquerda e I para a
di-g r
reita. portanto a CorrE?nte resultante será dada-pela diferença entre
as duas.
A polarização do dispositivo praticamente nao influe
-no valor de I g (I g pode variar, por exemplo, com a temperatura]. Mas .
.
I r , que depende fortehlente da barreira de potencial que tem que tran_s ,
'
por, irá aumentar quando a' polarização for di reta (fig. II .6 .1c) e
13
polarização direta, a corrente resultante fluirá tanto mais facilmen
te quanto maior a tensão de polarização, pois a barreira será menor;
e com polarização reversa a barreira e aumentada e a corrente
resul-tanta e pequena, dando a característica de ratificador ao
dispositi-v o.
Com o dispositivo polarizado diretamente (fig. II.6.1c),
ou inversamente (fig. II.6.1d), o nível de Ferrni não será mais
cons-tante, pois não haverá mais equilíbrio eletrostrático. Na região
on-de as bandas se encontram on-defletidas, o nível on-de Fermi será separado
em dois níveis chamados "quase níveis" de Fermi. O "quase nível" EFn
se refere aos elétrons e o quase nível E aos buracos.
Fp
A
separaçaoentre os dois quase nfveis será igual ~ tens~o de polarizaç~o.
Se houver luz incidente, a corrente I será acrescenta
g
da de uma corrente IL. dev:i.do ao grande número de pares gerados, que
caminham, arrastados pelo campo da junção. no mesmo sentido que I g
[fig. II.6.1b).
Ent~o. a corrente total pelo dispositivo. considerando
-se como positivo o sentido da corre.nte que existe no escuro com pol~
rização direta, é dada por:
r g - I L [eq. II.6.1l
I I I
Para calcularmos I veremos. superficialmente,
r' q ua 1
e a probabilidade de recombinação:
Já
vimos, na seção II.2. que a probabilidade deocupa-çao, de um nível de enetgia E, por um elétron é dada pela função dis
tribuição de Fermi-Dirac. (eq. II.2.1). Assim, as probabilidades de
termos um estado ocup(:'ldO na banda de condução (energia : E ) e um es c
,_
tado vazio na banda de valéncia (energi·a : Ev) serão dadas, respect_!
n c [eq. II.6,2) KT 1-F[E l exp v
E
v -F ~ F KT [eq. II.6.3)onde usamos a distribuição de Boltzmann que e obtida facilmente da
equação II.2.1, desprezando-se a parcela 1 do denominador por ser
muito menor que a exponencial a que está somada. para os níveis de
energia em questão. Também estamos supondo aqui, que o dispositivo
-tem alguma tensão de polarização, fazendo com que os níveis de Fermi
para a banda de condução [EFn) seja diferente do nível de Fermi para
a banda de valência (Efp)
A probabilidade de recombinação será proporcional ao
produto do número de elétrons pelo número de buracos disponíveis. Es
tes números são obtidos multiplicando-se as equações II.6.2 e II.6.3
por N e N
c v respectivamente, onde N c
é
a densidade de estados na banda de condução e N
é
a densidade de estados na banda de valência.v
Assim.podemos dizer q[.l,e a probabilidade de recombina
-çao P e dada por:
r P a N N e xp r c v E -E +E -·E v c Fn Fp [eq. II .6 .4) KT
Observando agora que EFn-EFp "'qV (correspondente
tensão aplicada] e .que Ev-Ec -E (largura do "gap"), temos:
g q
v-
E P a N N e xp r c v [eq. II.6.5J KT aNo eqL:ifíbrio (V=O), a eq. II.6.5 nos fornece o
produ-to: np
'
" n.
2 I =N N
c v e -E /K T g [eq. II .6 ,6)15
A corrente de recombinação sera a integral. sobre todos
os valores de X, da equação II.6.4. Isto porque para cada valor de x
teremos diferentes diferenças entre os quase níveis.
A razão entre a corrente de recombinação ( I )
r e a c o
r-rente de recombinação no equilÍbrio (Ir
0 ) . sera: sultante: I q V /K T r = 8 (eq. II.6.7l I r o Mas I = I portanto: r o go' qV/K T I = I e r go (eq. II .6 .8)
Substituindo-se I na eq. II.6 .1 obtemos a corrente re
r
qV /K T
.I I (e - 1) - I
go L (sq. II.6.9l
O gráfico desta equaçao e apresentado na figura II.B-2
FiG.II6.2
lo•
~I
«>..
...
"
o
no escuro
com luz
tensão
A equaçao II.6.9, nos sugere qual deve ser o circuito
equivalente da 'célula,. apresentado na fig. II.6.3, onde IL aparecere
presentada por uma fonte de corrente e I é a corrente de um díodo
-o
polarizado diretamente. I : :
r
0 - !L será a corrente resultante na car
ga.
f I G. II 6.5
qV/KT
I (e g 1 ) Para IL>
r
0• I sera negativa. Portanto, ao aplicarmos
urna tensão positiva poderemos obter uma corrente negativa. que impl..!_
cara numa potência dissipada negativa, ou seja: a potência está
sen-do gerada e nao dissipada.
A potência gerada sera dada pela area achurada da
fi-gura II.S.2 e será máxima para uma determinada resistência de carga
Rm.
Entretanto, a equaçao !!.6.9, nao tem concordado muito
bem com as curvas experimentais. e por isso,
é
incluído um fatorem-pÍrico A, multiplic'ado:por KT, A equaçao será então substituida por:
Assim~ fazendo-se I = O:
qV
1\KT
I = I [e -1) - I g o La
tensão de circuito aberto (V )o
[eq. II,6.10l
v
= oAKT
q I go + 1 ) 17 (eq. II.6.11)C a corrente de curto circuito sera dada por:
[eq. II.6.12)
Podemos concluir~ então, que para termos tensão em
aberto [v ) e corrente de curto circuito (I ) grandes, teremos que
O CC
ter IL grande e I pequena.
gc
Neste nosso modelo, a corrente I será praticamente
-go igual a I
gP visto que a região onde I gn se origina [região A da
fig. II.6.1l e muito fina. fazendo com que I seja
gn desprezíve 1 com
relação a I Depois de gerado, um buraco terá que difundir até a
gp
jun·ção, onde será acelerado pelo campo elétrico ali existente. Seja,
então, p a concentração de buracos no semicondutor (tipo n) em
on
equilíbrio, seja L o seu comprimento de difusão [distância média
-pn
que percorre sem se recombinar) e seja T o seu tempo de vida
(tem-• pn
po médio gasto para se recombinar). A velocidade do buraco v sera
pn
em média L /T • Se considerarmos um certo volume V Axv
pn (fig.
p n p n
II.6.4], de um paralelepipedo de área A transversal a direção da cor
rente e com a terceira dimensão numericamente igual
à
vpn• depois de
uma unidade de tempo, todas as cargas contidas neste volume ( p xA v l
on Pn
terão safdo. Ent~o-~ o nGmero de cargas por unidade de tempo que
passa pelo plano a (veja~fig.) sera p xAxv e a carga por unidade
on p n
ode tempo será p
A
von p n
No nosso caso, A e a area da célula.
a corrente I sera dada por:
gp
L
pn
T
pn
densid<~de
de carga,
P.n
I'
I I•
,--~·---i ; I I I Í' I I I'
'
'
I;---'
IF I G
.li
6.4
O comprimento de difusão está relacionado com o tempo
de vida pelo coeficiente de difusão O :
p
L
pn
/o
pn pn T (eq. II.6.14l 2ni
e p pode ser substituída por (veja eq. II.G.BJ.
on non onde
densidade intrínsica de portadores. Assim, temos:
I
=
Ig gp
non
t;;
T pn(eq. II.6.15l
Para o caso de grandes concentraç5es de impurezas
tipo--n (N
0
J.
a concentração de elétrons será igual a N0• AssimVemos aqui,. que quanto maiores forem o tempo de
e a concentração de doadores, menor será I .
g
vi da
q A T pn 2 ni
o
pn I"
~ - 3 cm -6 cm 2 6.7 cm /s = 4.10- 18 A 19Entretanto. I poderá assumir valores num intervalo
g . - (21)
muito grande de var1açao
Uma outra análise das correntes usando teoria
III - Fatores que limitam a eficiência de uma célula solar
Os fatores mais importantes ( 14) que determinam a efi
-ciência de uma célula solar são: perdas por reflexão, absorção
par-cial do espectro, utilização incompleta da energia do foton, coleção
incompleta de portadores, fator voltagem. fator de curva e
resistên-cia série, Neste capítulo descreveremos cada um destes ítens e quais
as perspectivas de melhoramentos existentes. O estudo e feito com ba
se em células solares de barreira Schottky, embora, em grande parte,
seja de natureza genérica, podendo ser aplicado a qualquer tipo de
célula solar.
III .1. Perdas por reflexão
Luz refletida na superfície de uma célula solar e ener
gia nao aproveitada. Esta perda e muito grande em c~lulas de
barrei-ra Schottky pois a porcentagem de luz refleti da em filmes metálicos e
alta. Isto pode ser visto na figura .III.1.1 onde aparece a
porcenta-gem de luz refletida em filmes de Au de diferentes espessuras coloca
dos sobre GaAs (grãfico feito a partir da equação II.5,1).
Em filmes muito fines$ a reflexão é menor~ mas a resis
tência do filme e grande, fazendo com que a célula tenha uma resis
-tência série alta prejudicando o seu rendimento. Para espessuras da
ordem de 100
.R,
cer,ca de 50% da luz, na região visível, será refletida, mostrando a necessidade de inclusão de uma segunda camada de
ma-terial transparente, so~re o filme de ouro, que tenha por função
di-minuir a reflexão. Reflexões múltiplas no interior desta camada, de
Índice de refraç~o e ~spessura convenientes, podem fazer com que os
r ai os refletidos estejam d~fasados ' de 180 • o que acarreta o maior
1 0 0 . - - - , 21
R(%)
pcrc.cf'lt(JIJ!tm de luz refletid<! em funçifo Uo90 comprimento de onda , com (J t>flpessura do
·filma do Au como pordm\'ltro
ao
•
- 2 5 0 A 21o 70 60 50FIG.illl.l
901 40 130 ~•
170 1\•
210 A 2ooX
o 0,1 0.2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 pm IGOTiro)
'00 poreen1~'HI*n1
••
•••
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..
70 60~
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A
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F10.m1.2 1301
40 1701
30 210.1••
250Â'
' 2001
lOo
•••
0,2o.s
0.4, 0.5o .•
0.7 0,8o.
~..
IOor-·---·---,
90 A( "I 80 70 60 50 40 50 lOpore&ntagem de lu::t absorvida pelo 'filme de Au
em função do comprimento de onda • com
a e_spessuro do filme como porãmetro
o~~~~~~
0,1 0.2 o.~ 0,4 o.s • 0,6 0,7 o,s 0.9 pm FIG.m!.3O cálculo do Índice de refração, que caracteriza o
material,e da espessura da camada anti-refletora foi feito no
ap;n-dice C
e resultou numa camada anti-refletora de 495
~deespessura
de um material com fndi"ce de refração igual a 2,0
(veja apêndice C)
As figuras III.1.2 e III.1.3 mostram, respectivamente,
as porcentagens de energia transmitida e absorvi_da em funç~o do
com-primento de onda da luz, com a espessura do filme de ouro como
23 III .2. Absorção parcial do espectro
O espectro da radiação solar pode ser considerado como
o de um corpo negro a 5760°C (veja figura III.2.1). Uma maneira ráp~
da de determinar essa temperatura e apresentada no apBndice O.
1500r---,
é'!OOO <-0 ~ o. ~ ~fl
;g:....
·-\
i
l
v
'I\ 1 '\ ;'
I
I···espectro solo r no superf[cte
---aproxlmaçã~ u1!11zoda
•
•
..
"
o~~
~~:
1,.-'L/ Eg" 1.43 ev ( Ga As)
FIG.ill2.1
p ! i. I• I!J 1'"-lf: '
l
i
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~ c $! Esoo
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1. lo~,__.c_
0,0____
-c'--~~---~~--,~---~'~·-·~---~~~
0,5 1,0 1,5 2,0 comprimento do onda ( ~m)A energia solar sera coletada num processo de absorção
por um semicondutor, e por isto, fotons com energia menor que a
ban-da proibiban-da não serão absorvidos, Na figura III.2.1. a linha ver
ti-cal tracejada separa
à
direita, a parte do espectro que não contribue•
para a conversão de energia, no caso de células_ solares de GaAs, que
tem largura da banda proj_bida igual a 1.43 eV que corresponde a um
foton com comprimento de Dnda igual a 8660
g,
A porcentagem deener-gia perdida neste caso é 36%.
III. 3. Utilização incomple'ta da energia do -Foton
leva um elétron muito acima do fundo da banda de condução. Este
elé-tron perde rapi'damente o excesso de energia, baixando para o fundo
da banda de condução. Este excesso de energia contribue para a vibra
ção da rede, sendo, portanto, dissipado sob forma de calor. Para de~
contarmos esta perda, calculamos o nGmero de fotons coletados e
con-sideramos
que cada foton contribue apenas com energia Eg
o
numerode fotons com frequência \J, sera a energia total nesta frequência, d!
vidida pela energia de cada foton (hV); portanto, a energia
realmen-te aproveitada em cada frequência será a energia disponível, multipl~
cada pelo fator Eg/hv.
_1500r---.
'E"
•
'E energia disconíve1 oproviftdvet FIG. ill3.1 1,43 ev { GaAs) "'1.12 sv (Si) mento deMateriais de banda proibida estreita• aproveitam
gran-de parte do espectro ma~ apenas uma fração da energia de cada fo t on
é
utilizada. Materiais com banda proibida larga aproveitam melhor aenergia de cada foton, mas grande parte· do espectro não
é
aproveita-da.
'.
Na figura III,.3.1 temos 'u·ma aproximação da energia dis
-25 giZ:lo sombreeda) por unidade de area e por unidade de tempo. A energia
aproveitável representa apenas 40% da energia disponível. Podemos ver
também, a energia aproveitável por uma célula de Si (Eg "'1. 12 e v).
60f
rer. dimento (%} 50 Si ./""" GaAs :--- ;o/ 40 : . ' 20 0,5 1,0 ~ --~·~---1,5 2,0 ( f:V j tmeroia do "gop" Fl G.III3.2Fazendo-se um gráfico de pores~
tagem aproveitável em função de
energia do "gap". vemos que,nes
te aspecto, o Si está em
condi-ções um pouco melhores que o GaAs. Vemos também que o melhor
g ap se ri a de 1 ~O e v.
Esta análise indica que, com células solares de h
orno-junção .. o rendimento nunca ultrapassará 44%, pois este tipo de perda
é inevitável. Não será possível melhorar o rendimento acima deste va
lar apenas com desenvolvimento tecnol6gico; novos tipos de c~lulas
-terão que ser idealizadas para melhorar a coleção de energia.
Além disso, estas não ..,.são as Únicas limitações; um
cálculo teórico mais realista. envolvendo outros tipos de perdas. mos
-trará que o rendimento teórico máximo
é
bem inferior a 44%. Pelasanálises de Lan dsbe rg e Mall2nson . [ 19 ) • a eficiência máxima teórica
pode decair para 18%, e o gap ideal pode ser deslocado para 1.6 ev,
que está mais próximo do GaAs que do Si.
III.4. Colação incompleta de portadores
Cada portador gerado no semicondutor, poderá ou nao
chegar at~ a junç~o. ~m portador difunde atrav~s do semicondutor com
um comprJrnento lie difusão t-p (distância rn~dia que consegue difundir
-que
L
da junç~o, ele provavelmente nao conseguir~ chegar atª ela. pChamaremos de eficiência de coleção
n
a razão entre onumero de portadores coletados e o número de portadores criados. Se
considerarmos a eficiência interna igual a unidade• (chamamos de
eficiência interna ~ razão entre o nGmero de portadores gerados e o
número de fotons absorvidos) teremos a eficiência de coleção dada P~.
la razao entre o número de portadores coletados e o número de fotons
absorvi dos.
O numero de portadores coletados é dado pela corrente
total fotogerada JL da equação F.14. Assim, a eficiência de colação
se r a:
n
1--aw
e (eq. III.4.1l 1+aL pConsiderando-se os valores da tabela III.4.1 ( 3) c o r
-16
respondentes a GaAs tipo-N com 10 átomos de impureza por centíme
-tro cÚbico e a te mpe rat ura de 300 K. o e tomando-se o coeficiente
absorç~o
a
dado pela figuraIII.4.1L
22
J calculamos a efici~nciade
de coleção em função do comprimento de onda da luz e apresentamos o
re-sultado na figura III.4.2.
Apenas para valores baixos de a (correspondente a valo
res altos de comprimento de onda) a eficiiincia de colação de cai
um
pouco. Isto porque apenas para pequenos valores do coeficiente de
nbsorção, alguns fotons são absorvidos longe da junção; mas qu<Jndo a
élbsorção e grande, todos os fotons serao absorvidos prÓximos da
27
Tabela III.4.1
GaAs - Tipo N - 300°K
símbolo
Valor
Unidadetempo de vi da T 1
o-
8 s p difusão L-4
c o mp ri me n to de 2 .Bx10 cm p concentração de doadores N 1016 - 3 d cm coeficiente de difusãoo
8.3 cm2;
s p mobilidade ~p 320 cm /volt.s 2 largura da barreira Schottkyw
3x1D- 5 cmare a iluminada da junção
s
1 cm 2carga do elétron q 1.6x1D-16 c concentração de estados banda de condução N 4.7x1D17 -3 na cm c concentração de estados valência N 1 8 - 3 na banda de 7.0x10 cm v K T /q
-
a 300°K 0,0259 voltObs. O subscrito "p" se refere a carga positiva dos portadores
mi-no ri tários.
I'J
I. O,
0,9
0,8
,,
'•
F!G.m 4.2
0,7
0,6
0.2
. 0.4
o.6
o.s
~o7
E <.)ó24
022
"'
1?20
o
..
...
"'IS
GaAs.,
300 °K
"16
$:
5jl4
·o
FIG.ID4.!
·og
12
o
(.)lO
e
64
2
1,4
1,7
2,02,5
5,0
:3,5
energia
(!!V)III.5. Fator voltagem
gia' igual
No proces!:Jo de absorção da luz, o elétron adquire ene.r
a largura da banda proibida (E ) • Isto nos leva a pensar • g
que a tensão de circuito aberto (V 0 ), da célula solar. deve ser numa
ricamente igual a f:g(ev). ~~ntretanto. a, energia que o elétron
29
junção. No caso de junção p-n~ esta barreira de potencial sera dada
pela diferença entre os níveis de Fermi, que para materiais nao
for-temente dopados, estão dentro da banda proibida, fazendo com que a
altura da barreira seja menor que E
g No caso de barreira Schottky,
a altura da barreira, para alguns casos, depende da diferença de fun
çao trabalho entre o metal e o semicondutor; mas para a maior parte
dos semicondutores, esta barreira independe dessa diferença de f
un-çao trabalho, devido ao grande número de estados de energia, que ap~
rece na superfície, dentro da banda pro1bida . . ( 2 3) . O GaAs se encontra neste Último caso, e a altura da barreira será menor que dois terços
de E
g
Além disso, a tensão de circuito aberto só se iguala
à
altura da barreira se a raz~o de geraçao de portadores for muitd ele
vada; o que nunca poderá ocorrer apenas com absorção da luz solar
sem concent~ação.
Assim. a tensão de circuito aberto V , sera sempre
me-o
nor que E [ev) e será dado pela equaçao II.6.11:
g
v
=
oAKT
gIL
l n ( - - + 1) I oonde: (veja as equaçoes: F14, F10 e III.4.1)
I,
qN
sn
c o qD pos
I
L o pe onde S e a area da junção que recebe luz.
(eq. III.5.1)
(eq. III.5.2)
(eq. III.5.3)
A equaçao III.5,3,pode ser reescrita na forma:
'
'.
qO
n:l 2q
I , = o n L o pou: (veja eq. III.6.6) escrever:
E .
g I o -E /K TN N
e g c vUsando-se os valores dados na tabela III.4.1~ podemos
I
=
7 , 1 • 1 O 5 x e xpI -
3 8 • 6 EI
o g [eq. III.5.4)
Chamaremos de fator voltagem ( f
J,
a razao entre V ev o f = v AK T qE g [eq. III.5.5)
Considerando-se Eg
~1.43 ev, IL. dado pela squaçao
III.5.2 onde N é obtido experimentalmente (veja seção IV.2) e
n
o
calculado a partir da eq. III.4.1, obtemos o fator voltagem em
fun-ção do comprimento de onda da luz apresentado na figura III .5 .1.
0,7
0,6
__..---
F!G.ill 5.1
0.5
0,40.4
0,6
o.s
1,0
comprimento
de
onda { JJm)
III.B. Fator de curva
so-31
lar corresponde a area do maior retângulo que pode ser inscrito no
terceiro quadrante de característica corrente-tensão do dispositivo
[fig. I I I • 6 . 1 l
I
v..
v.
tensão
FIG.
m
6.1
Chamaremos de V e I ,
à
tensão e corrente quepropor-m
m
cionam máxima transferência de energia, e de R
à
resistência dem c ar
ga necessária para que isto aconteça.
Fator de curva ( f ) sera a razao entre a máxima
potên-c cia (I V ) e o produto ILV
0 :
m m
f c
I sera dada por:
m I V m<~rn (eq. III.6.1l
qV /AKT
Im I0 le m -1)-IL [eq. III.6.2l
onde V satisfaz a seguinte condiç~o:
m
= [ 1 •
qV
qV /AKT
_ _ m_
1
[e m -1)AKT
[eq. III.6.3lO fat.or' ele c~rva foi então calculado fornecendo os
va-'.
on-da on-da luz.
FIG.Dl6.2
0.4
o.s
o,a
1,0
comprimento de onde (
1J
m l
III.?. Resistência série
O circuito equivalente da célula, apresentado na fig.
!!.6.3, nao e muito realista. A corrente fotogerada, ao sair da célu
la, tem que vencer uma resistência série H • A tensão na carga,
s se r a
então, a tensão gerada menos a d:i.ferença de potencial que aparece
nesta resistência série. Para considerarmos um aspecto mais geral, i~
cluiremos também uma resistência shunt R
5h como mostra a figura
III.7.1. Esta resistência representa uma possível corrente de fuga,
pelo diodo, que pode ocorrer, por exemplo, ,através das bordas do
se-micondutor. onde a resistividade
é
diminuida pela grande densidade deestados de superffc[e al r existentes .
•
v
I
33
v
[eq. III.7.1l Io
qV 0/AKT = I [ e -1] o [e q. III.7.2]Assim, a corrente I, na carga, sera dada por:
[eq. III.7.3J
Mas. lembrando que
v
0 te mas:
v
0 = V-R [I-I s sh ) 8 I [eq. III.7.4lA resistência shunt nao modifica muito a
característi-ca corrente-tensão de uma célula (veja referência 3, pag. 650).
As-sim, consideramo-la infinitamente grande, e a equação III.7.4 se
re-duz a:
(eq. III.7.5]
Antes de verificar qual é a perda de energ:La que a
re-sistência série acarreta. vamos estabelecer um pequeno modelo para
calcularmos o valor da resistência série para o caso da célula solar
'
~
'
_..contacto supenor
R'>
r·R·
-;;·_,.film
R ••
/ v ve metálico
GaAs
(>R••
FIG
III
7.2
~:
Reir
'
.,..
'<contacto
inferior
A resistência de cantata inferior R
1_ pode ser
reduzi-c. '
da a valores muito baixos com aprimoramento das técnicas de fabrica
ção. A resistência de cantata superior R já não é tão fácil de se
cs
reduzir, devido
à
inevitável camada de Óxido que sempre estápresen-te entre o metal e o semicondutor. As resistências R' e R" dos
me-tais que constituem os cantatas, também podem ser reduzidas a valores
muito baixos, apenas aumentando-se a espessura do cantata. Resta-nos,
então, a resistência do semicondutor R que e facilmente
determiná-se
vel e a resistência do filme metálico Rf que praticamente e a que
define a resistência série da célula, visto ser muito maior que as
demais.
Podemos imaginar o filme metálico dividido em N
peda-ços, tendo cada pedaço uma resistência igual a R (veja fig. III.7.3)
Nl
<---Rcontacto
1-JV'o./V'-supenor
(N-2)1 < - --
2!
1
co:ntacto
interior
i
FIG.ltr7.3
35
Supondo, então, que a corrente entra uniformemente no
filme, a resisfência efetiva do filme (Rf) deve ser menor que a resis
tência total do filme (N.R).
A diferença de potencial efetiva sobre R..c estamos supo.!?.
'
do que seja dada por:
RfxNI R(NI) +R( (N-1) I ) + , . ,+RI
.Oe onde tiramos:
R
N (N+[N-1) +(N-2) + ••• +2+1)
A soma entre parenteses ~ dada por:
S " N [ N+1 2
[eq, III.7.6)
( eq • III.7.7)
[eq. III.7.8)
Para N muito grande, podemos escrever:
NR
" - 2 - ( eq • III.7.9)
Assim, a resistência do filme com a corrente
en-trando uniformemente em toda sua extens~o, ~ a metade da resist~ncia
(NR) que teria se toda corrente entrasse na sua extremidade. A resis
tência
NR
é dada por:NR p L
A ( eq •
onde p
é
a resistividade, L e o comprimento e A e a area de reta do filme.III.7.10)
pl
21\
[eq. III. 7.11)Esta resistência poderá ser -menor, se construirmos fai
xas auxiliares como mostra a figura III.7.4.
con!ac!r)
\
FIG.m7.4
A
re~istªncia total corresponde a associaç~o em parai~lo da resistência de cada unidade. (na figura III.7.4 flá três
unida-des. sendo que a primeira está separada das demais pelo plano a). Co
mo em cada unidade, a corrente poderá caminhar tanto para o cantata
como para a faixa auxiliar, consideraremos a resistência da
37
pela eq. III.7.11. Assim:
(eq. III.7.12)
Ru
p L~ (eq. III.7.12)A resistência total (RTJ sera dada por:
p L~
(eq. III.7.13)
"1 la fo·J subdividida.
onde n e o numero de unidades em que a ce u
Desta forma, quanto maior o numero de faixas
auxilia-res, menor sera a resistência da célula, mas, por outro lado, estas
faixas absorvem a luz que incide sobre elas. fazendo uma sombra
so-bre a junção, com uma consequente perda de energia. Um estudo mais
detalhado ~ preciso ser feito para que se determine o nGmero 6timo
de faixas auxiliares ou uma melhor geometria para o contacto. Alguns
trabalhos que tratam do assunto, estão enumerados na lista de refe
-rências: 24, 26, 27, 28, 29 e 30.
As curvas características da figura III.7.5[ 241 mostram
como a resistência série influe no rendimento de uma célula s o 1 ar
quando a potência de luz incidente
é
alta. Chamaremos de fator resistência série ( f J a razão entre a máxima potência (AREA 1 da figura
r
III.7.5) e a máxima potência do caso ideal R =O (AREA 2 da
s figura
III.7.5)
t: importar)te notar. entretanto. que este fator nao
se-ra determinado apenas pelas case-racterísticas da célula solar, mas tam
bém pela maneira como a c~lula
é
utilizada. O fator resistêncialulas sao utilizadas com luz concentrada, ou para células que sao le
vadas a funcionar mais perto do sol.
III.B. Cálculo do rendimento
Supondo-se a potência incidente em função do comprimen
parte to de onda Pin[ÀJ dada pela figura III.2.1. considerando-se a
transmitida T(À) dada pela figura III.1.2,eliminando-se a fração da
energia de cada foton que não é recuperada (III. 3} e a parte absorvJ:_
da longe da junção (III.4), multiplicando-se ainda pelos fatores de
curva ( f ), voltagem ( f ) e resistência série ( f ) que são praticame_n
c v r
-te constan-tes em função do comprimento de onda da lu·z, e in-tegrando-
integrando--se de zero até À (coffiprimento de onda correspondente a largura da
g
ba.nda proibida) obtemos,a energia utilizável,
Assim, o rendimentO máximo teórico que poderíamos esp~
(E /hclf f f g c v r Rendimento o
'"
g P Dl nDl in o p (À) in dÀ 39TDJ
À dÀ (Eq. III.B.1)Para as células por nos fabricadas o rendimento
calcu-lado foi de 9,6%. Este rendimento e o máximo que poderíamos esperar
pois foi calculado usando-se as limitações fÍsicas envolvidas neste
tipo de célula. Existem ainda outras limitações relacionadas com téc
nicas de fabricação que são difíceis de se controlar e que fazem com
que o rendimento real seja inferior ao calculado neste capítulo.
Al-gumas características do semicondutor. como dopagem, tempo de vida e
mobilidade dos portadores minoritários, foram utilizadas neste cálcu
lo, mas, como sua influencia nao e - - - s1gnif1cativa " " (14) • podemos tomar
o valor calculado na equaçao III .8.1 como te to para o rendimento de
IV - Construção e resultados
IV.1. Construção
Para que a junção metal-semicondutor nao se torne 6hmi ca, o semicondutor precisa ser pouco dopado .. e com nível de Fermi di
ferente do metal. Usamos, então, monocristais de GaAs pouco dopado •
com concentração de impurezas da ordem de cm --~
Daremos, a seguir, uma descr-ição detalhada de todo o
processo de fabricação da célula. Chamaremos de "face superior do
substrato"
à
face que deve receber o filme fino de ouro e de "faceinferior11
ao outro lado, que recebe o cantata metálica Ôhmico.
O polimento da parte inferior deve ser feito com po de
alumina, com grãos de 51J, sobre um vidro plano ratificado. Isto faz
com que a superfície fique fosca e não brilhante. Este procedimento,
cria muitos níveis de energia na superfície~ auxiliando a formação de
um
bom cantata 6hmico (baixa resistincia de cantata). Este polimentofosco pode ser feito sem que se collj} a amostra em lugar nenhum~
bas-ta esfregá-la com o dedo sobre o vidro plano; o dedo deve esbas-tar com
uma dedeira ou luva cirúrgica para evitar gordura.
A
espessura dosubstrato ~ controlada, durante o processo de polimento, com um re16
gio comparador de 1fJ de precisão (Tesa-Swiss made). O polimento e
feito até atingirmos urna espessura de aproximadamente- 300).lm.
Após _o polimento, procede-se a lavage_m com metanol e de
pois com agua desionizada em abundância. Para que todo resíduo do PE,
limento seja removido, recomenda-se o uso de ultrasom. Entretanto,se
a amostra for mutto grande, ou fina, poderá quebrar-se se o ultrassom
não possuir controle de amplitude.
'
4 1
mistura verde (92% de N
2 e B% de H2) e colocá-la na camara da
evapo-radora, onde o 'v·ácuo deve ser feito o mais rapidamente possível,
pa-ra que não haja formação de óxido na superfÍcie do GaAs. O Óxido e
prejudicial a qualidade do cantata Ôhmico. Faz-se a evaporaÇ.ao de
400
A
de Sn e mais 400A
de Pd. Aquece-se a amostra a 400°C, durante30 segundos, para que o Sn difunda-se um pouco no GaAs, formando uma
liga Sn-GaAs que funciona como um material intermediário, entre o se
micondutor e o cantata metálico. Este procedimento melhora muito o
cantata Ôhmico. A função do Pd é de proteger o Sn para que este nao
se evapore e se perca durante o aquecimento. Em seguida evapora-se
·-uma camada de aproximadamente 0,51J de Au sobre o Pd para dar mais re
sistência mecânica e durabilidade ao contacto.
A face superior é preparada da seguinte maneira: Faz-se
inicia !mente~ o poli menta mecânico com al umi na (grãos de 51J) sobre um
( 1 8 )
pano de polimento adequado , (usamos Struers-Nap ou Microchorr
n9 40.7218 da Buehlerl colado sobre um vidro plano. A amostra
é
cola ( 1 8 )da sobre o cilindro de polimento (fig. IV.1.1) com cera de abe
-lha. Se as amostras forem pequenas • ..-elas devem ser espalhadas unifo2::,
memente e em posiç6es bem afastadas do centro do cilindro. Isto faz
com que o abaulamento nas bordas co cristal seja menor. O movimento
de fricção da amostra sobre o abrasivo é conseguido através de uma
. ( 1 8 )
polltriz que aparece esquematizada na figura IV.1.2.
amoatrl3c
rebiJÍXGmento que impede o penetroçao l'.:!,e abrasivo
entre
o
un et o o êmbolo ~ rfviton do emperramento,ranhurds para evit·ar o ocúmulo
onol
êmbolo
tompa
poli triz
FIG. Dl1.2
Assim procedendo, a superfÍcie da amostra ficará bri
-lhante, e as imperfeiçEes n~o devem ser mais profundas que trªs ou
quatro vezes o diâmetro do grao do abrasivo.
Após o polimento mecânico, lava-se bem a amostra com
agua desionizada e procede-se o polimento químico-mecânico, onde a
amostra
é
friccionada (usando-se a mesma politriz) sobre um pano apr..:::_priado (usamos Chemonet I - N9 40.7908 da Buehler) colado sobre o vi
dro plano e embebido em uma solução de H
2
o
2 e NH40H na proporçao700:1, de forma que o pH se mantenha constante e igual
à
7,0. F- necessã rio uma precisão de pelo menos O, 1 na medida do pH para que a solu
ção tenha as características desejadas ( 16 ' i?). O pH foi controlado
-através do pH-Meter E603 da Metrohm Herisan. A razão entre o peso do
cilindro de polimento e a área da amostra foi de aproximadamente 2
150 g/cm e com isto, conseguimos uma taxa de polimento da ordem de
14~/h(
1B).
Deixamos que pelo menos 2511 fossem removidos, para
garan-ti r que as imperfeições do polimento mecânico fossem eliminadas.
De-ve-·se lavar a amostra com água desionizada, logo que a politriz seja
desligada, para que nao se forme uma camada de óxido muito espessa.
'
AquecEi-se o cilindro para que a cera solte; lava-se a
'.
43
e procede-se a limpeza final.
deixa-se a amostra durante 5 minutos numa solução de
ácido clorídrico (HCl) e etanol (CH
3 CH2-0H) [ 1: 1) aquecida a 60°C, Com isto, retiramos óxidos e outras impurezas que porventura tenham
se formado na superfÍcie do GaAs. E feita lavagem com etanol$ metanoL
tricloraetileno$ acetona, metanoL e por Último água desionizada. Se
a superfície estiver limpa e polida, a água não a molhará, e poderá
ser retirada simplesmente inclinando-·se a amostra.Uma gota d'água que
permanece na borda inferior, pode ser absorvida por um papel filtro,
ou retirada com jatQs de mistura verde.
Imediatamente após a limpeza, a amostra e colocada na
evaporadora, com uma mascara previamente preparada. que protege as
bordas do cristal. O vácuo
é
feito rapidamente (: 10 -5 Atm),eemseguida evapora-se 120
g
de Au. A espessura do filme e controlada através de um monitor de quartzo.
Uma entrada auxiliar da camara da evaporadora, possib2_
lita a medida da resistência do filme durante a evaporação; obtive
-mos assim, o gráfico da resistividad,e do filme (em Q/o J em função da
espessura (fig. IV.i.3).
A forma final do dispositivo est~ esquematizada na fig.
I V. 1. 4.
A
montagem foi feita basicawente de dois modos: a) porpressao (fig. Iv.1.5). que permite a substituição da célula, por
ou-tra, rapidamente; bJ uma montagem mais rígida (fig. IV.1.6) onde a
amostra é colada com "prata condutora" (prata condutora ·· 200 de Bra
gussaJ sobre a base, e o cantata superior é feito com fio de Au
tam-bém colado com prata. Esta segunda montagem, onde usamos conecção
BNC, poderá ser usada, com bastante comodidade, quando quisermos usar
so
e
"'
'O o..,
>30
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20
·-"'
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...
lO
O
L-~~--~~----~-~~~
80
90
100
110
120
espessura do
fi
I me de ouro
!
Jt
l
=
FIG.
1'.2'
1.4
máscara
~ragião'-protegida
pola máscara4 5
ioolanhs
+
bloco d~ cobro banhado
ii
ouroFIG.Dr 1.5
de ouro
BNC
bloco de cobrw banhado a ouro
F'IG. I'!ll.6
ii
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:J
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lo""'"F
I G.
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I . 7
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1\
I
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J
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I
I
O grande problema encontrado na fabricação das células
foi a nao reprOdutividade. Nem sempre, as células fabricadas· com os
mesmos cuidados e mesmas técnicas apresentavam os mesmos resultados.
Fica aqui# então~uma sugestão que talvez contorne este problema: A
limpeza da face superior poderia ter sido feita usando-se um aparato
expecialmente construída# que tem por função padronizar a limpeza
f2:_.
nal do dispositivo e também evitar o cantata da célula com o oxigênio
do ar, apos a limpeza. Este aparato
é
constituído por uma caixa devidro pirex (veja figura IV.1.8) fechada, por onde passamos algum gas
inerte (mistura verde por exemplo), e onde fazemos toda a limpeza do
cristal. Dentro desta caixa há também uma peque.na cápsula de vidro on
de o cristal e fixado. Esta cápsula tem uma torneira que permite a
sua evacuação deixando o cristal, após a limpeza final, encapsulado
num ambiente de baixa pressão e praticamente livre de oxigênio. A
becller
FIG. J:ili.S
entrada
de
,gds
aparato
com pressão constante
fenda com
neoprene
pirex
cristal
cápsula
devidro
para I impeza
bomba
de
vá cu o
_...,_...,neoprene
final
cápsula com o cristal pode, então, ser levada atê a evaporadora sem
que o cristal entre em cantata com o ar. Feito o vacuo na camara da
evaporadora, a tampa da cápsula abre quando a pressão da câmara
47
cápsula aberta. a superfície do cristal fica exposta e pronta para re
ceber a evapo~ação.
cápsula
suporte
codinho
com
ouro
devi
dr ofiG.
!!li.
9 -
posicão da
cápsula
no
interior da comara da evaporadora
Tal sistema de fabricação se aplica também para o caso
de lasers e outros dispositivos de semicondutores, e atualmente está
sendo desenvolvido por F.O. ~Junes nos laboratórios de Física
Aplica-da (IFGW - Unicamp).
Outras tentativas forar.l feitas na fabricação das
célu-las. A inclusão de uma camada mais espessa de Óxido entre o metal e
o semicondutor, mostrou interferir bastante no rendimento da célula,
e aparentemente deve haver uma espessura ótima de Óxido onde o rendi.
menta
é
máximo. Não foi possível chegar a alguma conclusão a este respeito, principalmer)te por causa da não reprodutividade das células.
Como um dos fatores que mais atrapalharam, na
fabrica-çao, foi a resistência série do dispositivo, fizemos uma
tentativa-que resultou na melhor das células fabricadas. Para diminuir a resis
têncta série, usamos um substrato, tipo N, muito dopado L 40 18 cm - 3 )
'