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Pró-Reitoria de Graduação Curso de Nutrição Trabalho de Conclusão de Curso

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Pró-Reitoria de Graduação

Curso de Nutrição

Trabalho de Conclusão de Curso

CONSUMO DE SUPLEMENTOS PELOS ESTUDANTES DO

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA UNIVERSIDADE

CATÓLICA DE BRASÍLIA

Autor: Rogério Gomes da Silva

Orientadora: MSc. Danielle Luz

Brasília - DF

2012

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ROGÉRIO GOMES DA SILVA

CONSUMO DE SUPLEMENTOS PELOS ESTUDANTES DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA

Monografia apresentada ao curso de graduação em Nutrição da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Nutrição.

Orientadora: MSc. Danielle Luz.

Brasília 2012

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Monografia de autoria de Rogério Gomes da Silva, intitulada “CONSUMO DE SUPLEMENTOS PELOS ESTUDANTES DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA” apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Nutrição da Universidade Católica de Brasília, em 27 de novembro de 2012, defendida e aprovada pela banca examinadora abaixo assinada:

_________________________________________ Professora MSc. Danielle Luz

Orientadora Nutrição - UCB

_________________________________________ Nutricionista Leonardo Moura

Examinador Nutrição - UCB

_________________________________________ Professora MSc. Rosane Pescador

Examinadora Nutrição - UCB

Brasília-DF 2012

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Dedico este trabalho a minha irmã Sheila Gomes (in memorian) pela importância, carinho e dedicação que teve em minha vida.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado saúde e força para a conclusão desta jornada. Aos meus pais, Wilma e Orlando, que foram meus maiores colaboradores para que eu chegasse até aqui. Obrigado por cada incentivo e orientação, pelas orações em meu favor e pela preocupação para que eu estivesse sempre andando pelo caminho correto.

A minha esposa e filho, Simone e Luan Fellipe, por todo amor, carinho, paciência e compreensão por minha ausência ao longo do período acadêmico.

Agradeço aos meus irmãos pela confiança e incentivo, que muito contribuíram para minha formação.

À professora Danielle Luz que, com muita paciência e atenção, dedicou do seu valioso tempo para me orientar em cada passo deste trabalho e ao longo de todo o curso, além da contribuição na minha vida acadêmica e por tanto, a influência na continuidade nesta nova etapa de minha vida profissional.

Obrigado a todos os amigos, familiares e colegas de curso que, mesmo não estando citados aqui, também foram importantes para a conclusão de mais esta etapa em minha vida.

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“A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original.”

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RESUMO

DA SILVA, Rogério Gomes. Consumo de suplementos pelos estudantes do curso de Educação Física da Universidade Católica de Brasília. 2012. 19 folhas. Nutrição. Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2012.

A Nutrição tem uma forte ligação com a educação física, tanto na formação escolar quanto nas academias de esportes. Na área de treinamento esportivo, a relação entre nutrição e educação física é facilmente visível na busca de alto desempenho, como um dos fatores que podem maximizar o desempenho atlético, o uso de suplementos alimentares é recorrente. O aumento da oferta de suplementos alimentares no mercado e o aumento do consumo de tais produtos despertaram interesse por este estudo, cujo objetivo foi identificar o perfil dos consumidores de suplementos alimentares por estudantes do curso de Educação Física da Universidade Católica de Brasília, O estudo foi realizado em um grupo de 130 indivíduos, estudantes de educação física, selecionados aleatoriamente para preencher questionário contendo perguntas sobre consumo de suplementos. A maioria dos participantes era do sexo masculino, com idade média de 24,6 anos, cursavam o 5º e 6º semestre. Da amostra, 36,92% fazia uso de suplementos. O suplemento mais consumido pertencia ao grupo de proteínas e aminoácidos e vitaminas e minerais. Concluiu-se que a maioria da amostra era do sexo masculino, com idade entre 18 a 39 anos, consumiam principalmente suplementos de proteína ou aminoácidos, vitaminas e minerais. Estudos maiores devem ser realizados para auxiliar o profissional de educação física e o consumidor em geral no uso correto de suplementos alimentares.

Palavras-chave: Suplementos, Suplementos Alimentares, Educação Física, Nutrição Esportiva, Consumo de Suplementos.

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ABSTRACT

Nutrition has a strong connection with physical education, both in school education and in the sports academies. In the area of sports training, the relationship between nutrition and physical education is easily visible in the search for high performance, as one of the factors that can maximize athletic performance, the use of dietary supplements is recurrent. The increased supply of dietary supplements on the market and the increased consumption of such products aroused interest in this study, whose aim was to identify the profile of consumers of dietary supplements by students of Physical Education at the Catholic University of Brasília, the study was conducted in a group of 130 subjects, physical education students randomly selected to fill out questionnaire about use of supplements. Most participants were male with a mean age of 24.6 years, were enrolled in 5th and 6th semester. Of the sample, 36.92% were using supplements. The supplement consumed more belonged to the group of proteins and amino acids and vitamins and minerals. It was concluded that the majority of the sample was male, aged 18 to 39 years, mainly consumed protein supplements or amino acids, vitamins and minerals. Larger studies should be conducted to assist the physical education professional and the consumer in general the correct use of food supplements.

Keywords: Supplements, Dietary Supplements, Physical Education, Sports Nutrition, Supplements Consumption.

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INTRODUÇÃO

Atualmente, podemos apreciar como tópico presente na sociedade sobre nutrição, suas aplicações e acessibilidade principalmente no ambiente acadêmico. Essa discussão, inevitavelmente adentrou-se no ambiente acadêmico principalmente no ramo da educação física. Surgiram varias indagações a respeito do campo de conhecimento da nutrição neste curso, das quais, se é importante para o profissional de educação física o conhecimento básico de nutrição, se, estes profissionais possuem este conhecimento básico, se existem mecanismos legais que incluem no currículo básico das instituições que formam profissionais de educação física, conteúdo relativo a esse conhecimento. (Lollo, et. al, 2004).

Observando a definição das Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Nutrição, do Ministério de Educação e Cultura (MEC) na resolução CNE/CES, 2002, notamos que o Nutricionista é um profissional com formação generalista, humanista e crítica.

Já as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Educação Física do MEC, na resolução CNE/CES, 2002, compreende uma área de estudo, elemento educacional e campo profissional caracterizado pela análise, ensino e aplicação do conjunto de conhecimentos sobre o movimento humano intencional e consciente nas suas dimensões biológica, comportamental, sócio-cultural e corporeidade.

Em algumas áreas a importância da nutrição na educação física é mais óbvia, como, por exemplo, no treinamento. Porém, na educação escolar não temos a mesma facilidade de notar o professor de educação física utilizando como recurso conhecimentos na área de nutrição. (Lollo, et al, 2004).

Por estarem diretamente vinculados as academias, clubes e espaços desportivos e escolares, os profissionais de Educação Física são requisitados, por vezes, a orientar dietas, indicando a utilização de suplementos e recursos ergogênicos. Porém, reside neste fato destacada inquietação, a de que estariam os acadêmicos que estão cursando Educação Física preparados para, após a graduação, atuarem em espaços que necessitam de orientações específicas sobre nutrição.

No corpo humano, nutrição e atividade física andam lado a lado. O trabalho do corpo exige os três nutrientes produtores de energia para abastecer as atividades: os carboidratos e lipídeos como combustíveis e as proteínas para construção e manutenção dos tecidos magros.

As vitaminas e os sais minerais são importantes para auxiliar no metabolismo energético e na formação de tecidos. A água atua na regulação da temperatura corporal e no auxílio da distribuição de energia. Portanto para que o atleta tenha um bom desempenho, é

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fundamental que seus hábitos alimentares atendam às suas necessidades nutricionais. (SIZER, et al, 2003).

Atualmente, sabe-se que muitos são os fatores para a melhora do desempenho em esportes e atividade física. Além de programas de treinamentos e características psicológicas positivas a adequação alimentar é um dos principais fatores. A literatura referencia a importância da alimentação equilibrada e cresce a preocupação com a adequação da ingestão de nutrientes.

Ainda vale ressaltar que indivíduos com maior escolaridade, possuem maior acesso a informações sobre esse assunto. Dentre os cursos na área da saúde, o de Educação Física possui temas ligados à Nutrição para prática de atividade física (HIRSCHBRUCH, CARVALHO, 2008).

A nutrição esportiva é tanto uma prática quanto uma ciência. Muitos especialistas nessa área comentam que os atletas não costumam elaborar planos alimentares nem escolher alimentos da forma adequada. Às vezes, isso acontece por falta de conhecimento nutricional, o que impede o atleta de atingir as metas de ingestão de nutrientes. Outras vezes, isso pode ocorrer por motivos práticos. Nesse caso, fica difícil obter o consumo de alimentos normais em determinada situação relacionada ao exercício. Os produtos alimentícios especiais, destinados especificamente a atletas ou a pessoas que praticam esportes e atividades físicas, podem beneficiar o público específico, como é o caso dos suplementos alimentares.

Em alguns países há cláusulas especiais para alimentos esportivos. Elas estão incluídas nos regulamentos que tratam da alimentação padrão, os quais fornecem orientações específicas para esse tipo de produto (MAUGHAN; BURKE, 2004).

Outro ponto importante diz respeito ao charlatanismo na Nutrição e no Esporte. É cada vez maior o número de suplementos nutricionais oferecidos no mercado sem qualquer orientação de profissionais capacitados. Ao público em geral eles prometem melhoras na saúde e melhora no desempenho a atletas. Infelizmente, muito desses produtos que prometem maravilhas não tem nenhuma base legítima e podem ser considerados engodos.

O melhor meio de avaliar os anúncios de suplementos nutricionais ou outras práticas nutricionais que prometem melhorar a saúde ou o desempenho esportivo é ter uma boa formação em nutrição e estar familiarizado com as pesquisas de alta qualidade realizadas nesta área (WILLIAN, MELVIN, 2002).

A nutrição é um dos fatores que pode otimizar o desempenho atlético. A nutrição bem equilibrada pode reduzir a fadiga, o que permitirá que o atleta treine por mais tempo, ou que se recupere mais rapidamente entre as seções de exercício (MAUGHAN, RONALD J.;

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BURKE, LOUISE ,2004).

A suplementação nutricional é definida como o consumo pontual de um nutriente objetivando efeito determinado. Esta suplementação que supera a ingestão diária recomendada dos diversos nutrientes possui efeitos desejáveis e outros colaterais. Ao pensarmos em consumo suplementar, é preciso ter em mente que este somente é justificável quando, por algum fator de ingestão alimentar, não conseguimos alcançar a ingestão daquele nutriente.

Outra justificativa seria a tentativa de elevar o consumo de um determinado nutriente com objetivo específico (MELVIN, H.Willians, 2002).

A ligação que os cursos de Nutrição e de Educação Física exercem entre si, principalmente na área desportiva, nos faz levantar questões relativas e este tema, tais como a delimitação dos conhecimentos de cada área. A hipótese foi que estudantes de cursos de Educação Física, por estarem em contato direto com o assunto, façam uso de suplementos nutricionais sem o devido conhecimento ou orientação. Desse modo, este trabalho possui como objetivo verificar o consumo de suplementos nutricionais em acadêmicos da área de Educação Física na Universidade Católica de Brasília, identificando o perfil dos usuários e características sobre a utilização destes produtos.

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Metodologia

Tipo de Estudo

O estudo caracteriza-se como pesquisa indireta, com base em dados primários. Teve como critério de inclusão cursar Educação Física, licenciatura, bacharelado ou ambos os cursos.

Amostra

A amostra foi composta por acadêmicos do curso de Licenciatura e bacharelado em Educação Física da universidade Católica de Brasília (UCB). Para a composição da amostra forma avaliados 130 estudantes de forma aleatória.

Os integrantes do estudo eram de ambos os sexos, com idade média de 24,6 anos (Tabela 1) sendo que a maior incidência era do sexo masculino com 55% da amostra.

Tabela 1 – Número de amostras divididas por sexo.

Amostra Frequência Absoluta Frequência Relativa Masculino 72 55% Feminino 58 45 % Total 130 100 % Materiais

O estudo foi realizado no Campus II em Águas Claras da Universidade Católica de Brasília, em dias alternados através da aplicação de questionário específico que permitiu coletar todos os dados constantes deste estudo tendo o procedimento sido realizado em etapa única de coleta de dados.

O formulário para coleta de dados foi adaptado de (ROCHA E PEREIRA, 1998) e composto por questões sobre o consumo de suplementos que foi preenchido de forma voluntária e anônima pelos estudantes. Foi possível verificar os valores absolutos e relativos em todas as questões, assim como os estudantes que faziam ou não uso de suplementos, os tipos de suplementos utilizados, uso combinado, se seguiam o rótulo bem com quem indicou o uso e o objetivo para utilização desses compostos.

Os suplementos forma divididos em:

Proteicos e Aminoácidos, Hipercalóricos, Carboidratos e repositores energéticos, Vitaminas e minerais, Creatina, Termogênicos e outros.

Análise Estatística

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Resultados

Foi possível verificar neste mesmo questionário o número de estudantes pesquisados por semestre letivo (Tabela 2), a maior incidência observada estava cursando entre o 5° e 6º semestre curricular, 22,31% da amostra e a divisão do número percentual total de estudantes por curso de licenciatura ou bacharelado (Tabela 3) e a maior porcentagem verificada era de estudantes que cursavam licenciatura com 58,46% da amostra.

Tabela 2 – Número de amostra dividida por Semestre curricular. Semestre Cursado Frequência Absoluta Frequência Relativa 1° Semestre 13 10,00% 2° Semestre 3° Semestre 4° Semestre 5° Semestre 6° Semestre 7° Semestre 8° Semestre 20 03 19 29 29 09 08 15,38% 02,31% 14,62% 22,31% 22,31% 06,92% 06,15% Total 130 100

Tabela 3 – Número de amostra dividida por curso.

Tipificação do Curso Frequência

Absoluta Frequência Relativa Licenciatura 76 58,46% Bacharelado Ambos 12 42 9,23% 32,31%

Os dados representados na tabela 4 demonstra que 36,92% da amostra faziam uso de suplementos alimentares. também foi possível identificar que 63,08% não faziam uso destes produtos.

Tabela 4 – Número de amostra dividido por estudantes que faziam e pelos que não faziam uso de suplementos.

Faz uso de Suplementos Frequência

Absoluta Frequência Relativa Sim 48 36,92 % Não Total da Amostra 82 130 63,08 % 100%

Dentre os entrevistados que responderam positivamente à utilização de suplementos, verificou-se o principal objetivo que os levaram a suplementação alimentar foi a hipertrofia muscular com 35,80% da amostra, como se pode observar na tabela 5.

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Tabela 5 – Principais motivos para uso de Suplementação Alimentar.

Parte destes entrevistados, respondeu que faziam uso combinados de suplementos, a tabela 6 demonstra que 60,42% utilizavam mais de um suplemento apara atingir sue objetivo. Observou-se ainda a indicação de uso por profissionais da área e de áreas afins ou até por não profissionais e por conta própria (Tabela7) e quando o suplemento era utilizado por indicação de uso a principal fonte de prescrição era o profissional Nutricionista com 23,8%.

Tabela 6 – Uso combinado de suplementos alimentares.

Tabela 7 – Indicação de uso de Suplementos Alimentares. Orientação ou Indicação de uso Frequência Absoluta Frequência Relativa Nutricionista 30 23,08% Educador Físico/Personal Instrutor de Academia Farmacêutico Médico Amigo Vendedor

Por conta própria Outros 06 0 0 04 01 01 06 0 4,62 % 0% 0% 3,08% 0,77% 0,77% 4,62% 0% Total 48 100 %

Cerca de 37,63% dos entrevistados consumiam suplementos proteicos ou aminoácidos seguidos por vitaminas e minerais com 17,20% (Tabela 8).

Verificou-se que quando o uso de suplementos fora indicado por algum profissional ou pessoa, 66,67% da amostra adotava a indicação de uso contida no rótulo do fabricante em detrimento da prescrição fornecida pelo profissional que indicou o uso (Tabela 9).

Objetivos de Utilização observada Frequência Absoluta Frequência Relativa Hipertrofia 29 35,80 % Ganho de Peso Força Resistência Melhorar Desempenho 06 18 10 18 7,41% 22,22% 12,35% 22,22%

Uso Combinado Frequência

Absoluta Frequência Relativa Sim 29 60,42 % Não 19 39,58 % Total 48 100 %

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Tabela 8 – Suplementos mais utilizados pela amostra. Tipos de Suplementos mais utilizados Frequência Absoluta Frequência Relativa Proteico ou aminoácidos Hipercalóricos 35 09 37,63 % 9,68% Carboidratos e repositores Energéticos

Vitaminas e minerais Creatina Termogênicos Outros 14 16 13 06 0 15,05% 17,20% 13,98% 6,45% 0% Total 100 100%

Tabela 9 – Adoção de orientação de uso segundo informações do rótulo do fabricante. Adoção de orientação do Fabricante Frequência Absoluta Frequência Relativa Sim 32 66,67 % Não 16 33,33 % Total 48 100 % Discussão

O consumo de suplementos entre os estudantes de Educação Física foi alto com cerca de 36,92% da amostra, o que confirma os resultados de estudos semelhantes realizados com estudantes de áreas afins da Nutrição e praticantes de atividade física que mostram que entre 26 e 35% faziam uso algum tipo de suplementação. (MIARKA et al, 2007, ROCHA, PEREIRA, 1998, HIRSBRUCH, 2003).

Dentre os que consumiam suplementos, a prevalência de utilização esteve mais presente entre o 5° e o 6º semestre curricular, 58,46% cursavam licenciatura, 9,23% bacharelado e 32,31% cursavam ambas as áreas do curso de Educação Física. Em estudo anterior (MIARKA et al, 2007) cerca de 28% da amostra estavam cursando os primeiros dois semestres curriculares e outros 28% os dois últimos.

Quando se compara o gênero dos pesquisados, 55,38% eram do sexo masculino e 44,62% do sexo feminino, MIARKA et AL, 2007 encontrou em seu estudo uma diferença ainda menor de apenas 2% entre os sexos pesquisados, com 51% do sexo masculino e 49% do sexo feminino. Em estudo realizado em academias de ginástica, observou-se que o uso de suplementos alimentares no Brasil tem vinculação com a finalidade estética e ergonômica e a prática de suplementar tem sido muito relevante em academias de ginástica e associações esportivas.

Dos estudantes que disseram fazer uso de suplementos alimentares, 37,63% eram de origem proteica, enquanto 17,2% eram vitaminas e minerais. O uso de suplementos proteicos e aminoácidos são recomendados entre atletas e praticantes de atividade física de alto rendimento (RON et AL., 2004), ou para suprimento de energia em atividades de endurance (Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte, 2003). A ingestão excessiva deste substrato é metabolizada em ureia e ácido úrico onde a composição do carboidrato pode ser transformada em carbono e gordura. A utilização de vitaminas e minerais em excesso podem causar

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desequilíbrio e toxicidade (ALVES, 2003), ressaltando que a suplementação destes substratos deve ser restrita a casos especiais, nos quais a diretriz da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (2003) somente recomenda mediante avaliação nutricional.

A principal fonte de prescrição ou indicação encontrada nesse estudo foi o profissional Nutricionista 23,8%, seguido pelo educador Físico com 4,62%. Sabe-se também que é muito comum no interior de academias, instrutores receberem comissão sobre a venda de suplementos, e estes profissionais assim como os Educadores Físicos não detém conhecimento suficiente para tais recomendações. Os profissionais mais indicados para sugerir o uso desses substratos são os nutricionistas. Em estudo realizado por MIARKA et AL (2007), demonstrou que a os instrutores de academias aparecem como os profissionais que mais indicam suplementos.

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CONCLUSÃO

A ingestão de suplementos alimentares entre acadêmicos da educação física foi significante. A amostra estudada, em geral, não aparenta possuir necessidade de utilização de suplementos alimentares, principalmente repositores proteicos, desde que mantenham a alimentação adequada. Os estudantes da área aparentam possuir conhecimento restrito quando relacionado a dietas equilibradas e utilização de suplementos alimentares.

A maioria dos produtos consumidos não possuem benefícios cientificamente comprovados e existem controvérsias sobre seus efeitos a longo prazo. Sabe-se que a ingestão excessiva de alguns nutrientes pode induzir em interações entre eles causando efeitos adversos na absorção e metabolização.

A carência de estudos sobre esses produtos e a necessidade da procura de profissional habilitado para prescrição canalizam para o mau uso da suplementação. Adiciona-se a isso a falta de esclarecimentos nas áreas de Educação Física atividade física e Nutrição sobre adequações alimentares para a prática de atividade física. Sugerem-se mais estudos sobre o uso de suplementos alimentares. Assim, parece-nos necessário à adoção de programas de educação alimentar, com apoio do nutricionista, atuando com os demais profissionais nas academias ou locais em que se pratiquem exercícios físicos para uma orientação adequada sobre alimentação e nutrição.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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