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[SPG VOL.IV MANUAL DE ATIVIDADES - PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA DE PREÇOS DE PETRÓLEO ]

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2009

Descrição das atividades, por etapas sistemáticas, que compõe a atividade de Auditoria de Preços Referenciais de Petróleo, exercida pela Superintendência de Controle das Participações Governamentais

[

SPG VOL.IV

MANUAL DE ATIVIDADES

-PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

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Manual de Atividades – Procedimentos de Auditoria de

Preços de Petróleo

1. Introdução

A Auditoria de Preços de Referência de Petróleo visa a verificar a conformidade da utilização do preço de referência do petróleo pelos Concessionários no cálculo dos royalties,da participação especial e do pagamento ao proprietário de terra.

As atividades de Auditoria têm fulcro no art.7º do Decreto 2.705/98 e na Portaria ANP nº206/2000, e são constituídas pelo exame da documentação comprobatória da venda de petróleo realizada e sua confrontação com as informações prestadas pelo concessionário.

2. Funcionamento da Auditoria de Preço de Referência de Petróleo como sistema de atividades na SPG.

O processo de Auditoria do Preço de Referência do Petróleo é composto por um subprocesso principal, no qual é destacada a auditoria em si, tendo como produtos pareceres de conformidade ou não-conformidade; além de dois subprocessos condicionais paralelos que ocorrem no caso de parecer divergente: o subprocesso de compensação de crédito e o subprocesso de adequação e sanções punitivas.

Tal divisão se justifica por tratar-se de processos que se realizam diante de fatos distintos: subprocesso de auditoria, conjunto de atividades que compreende a confrontação dos documentos enviados com os parâmetros estabelecidos, neste caso - preço de referência estabelecido; subprocessos de compensação e sanções, conjunto de atividades que visam à adequação e correção dos parâmetros divergentes.

O procedimento de auditoria se inicia com a verificação da ocorrência de produção nos campos/blocos operados pela concessionária. Ressalte-se que a obrigação de pagamento dos royalties se configura com o início da produção de petróleo, ou seja, havendo produção, ainda que não haja venda, o concessionário estará obrigado ao pagamento dessa participação governamental.

Na seqüência é aberto o processo administrativo de auditoria para cada concessionária produtora de petróleo. Nele, mensalmente é coligida a documentação encaminhada pela concessionária, preestabelecida na legislação vigente, a saber: notas fiscais comprobatória da venda, quando de sua existência, registro no Siscomex, no caso de venda internacional, e formulário de formação do preço de venda do petróleo, cujo modelo

encontra-se disponível no site da ANP, no endereço

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3 De posse dessas informações, tem início a auditoria de preços cuja primeira etapa se dá com o cálculo da média ponderada dos preços de venda praticados pela concessionária, excluindo-se os custos com frete, seguro e tributos (ICMS e PIS/COFINS). No caso de venda com destino ao exterior, os valores são corrigidos pela taxa de câmbio média do Dólar/Real do mês em análise (Base legal: §4º do art.7º do Decreto 2.705/98).

Por conseguinte, a média ponderada dos preços de venda no mês auditado é confrontada com o preço mínimo estabelecido para aquele mês, prevalecendo como preço de referência o maior valor entre os dois, conforme previsto no art.7º do Decreto 2.705/98. O valor obtido através dessa comparação é denominado preço de referência auditado e será confrontado com o preço utilizado pela concessionária para o pagamento das Participações Governamentais (royalties e P.E.) e de terceiros (Pagamento ao proprietário de terra).

Desse procedimento podem surgir três situações distintas:

I - Recolhimento correto. O preço auditado é igual ao preço de referência utilizado pela concessionária, o que ocasiona um parecer em conformidade, gerando um relatório de auditoria favorável;

II - Recolhimento a maior. O preço auditado é menor que o preço de referência utilizado pela concessionária, gerando um relatório de auditoria atestando o valor a maior de pagamentos governamentais. O recolhimento a maior gera o subprocesso de compensação. Deve ser de iniciativa da concessionária solicitar à ANP compensação dos valores de participações governamentais pagos a maior, quando é elaborada proposta de ação a ser encaminhada à deliberação da Diretoria Colegiada da ANP; que, em caso procedente, autoriza a compensação de crédito.

III – Recolhimento a menor. O preço auditado é maior que o preço de referência utilizado pela concessionária. Nesse caso é levantada a diferença entre o preço correto e o preço utilizado para que seja possível calcular a diferença de royalties a ser recolhida. O valor da diferença é calculado através da multiplicação da alíquota de royalties definida no contrato de concessão do campo, pela diferença encontrada, e pelo volume produzido, adicionados os acréscimos: juros de mora, através da aplicação da taxa Selic acumulada do período, e multa de mora (0,33% ao dia, limitado a 20% do principal). Por exemplo: para um contrato de concessão com alíquota de 10%, o cálculo da diferença de royalties a ser recolhida será = (10% * (Preço de referência auditado-Preço de referência utilizado) * Volume de produção) + juros de mora + multa de mora.

O item III gera o subprocesso de adequação ou sanção. As concessionárias que recolheram a menor são oficiadas para efetuar o pagamento adicional. Caso não concorde com o montante cobrado, a concessionária pode apresentar pedido de revisão de cálculo,

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4 devidamente acompanhado de documentação comprobatória de seus argumentos, que, se julgado procedente suscita a feitura de novo relatório de auditoria.

Não havendo o pagamento da quantia determinada, inicia-se o procedimento de sanção com a abertura de novo processo administrativo. O processo de sanção conterá auto de infração de advertência (art. 3º, XI da Portaria ANP 234/2003). O não pagamento da quantia devida no prazo nele estabelecido resultará na lavratura de novo auto de infração com a multa definida no art. 4º, IV da Portaria ANP 234/2003. Persistindo a inadimplência, esta seguirá ao cadastro no CADIN, à inscrição em dívida ativa e execução fiscal.

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6 3. Base legal dos Subprocessos de Auditoria de Preços de referência do Petróleo e Sanção

Decreto 2.705/98:

Art. 7º. O preço de referência a ser aplicado a cada mês ao petróleo produzido em cada campo durante o referido mês, em reais por metro cúbico, na condição padrão de medição, será igual à média ponderada dos seus preços de venda praticados pelo concessionário, em condições normais de mercado, ou ao seu preço mínimo estabelecido pela ANP, aplicando-se o que for maior

§ 1º. Os preços de venda de que trata este artigo serão livres dos tributos incidentes sobre a

venda e, no caso de petróleo embarcado, livres a bordo.

§ 2º. Até o dia quinze de cada mês, a partir do mês seguinte àquele em que ocorrer a data de início da produção de petróleo de cada campo, o concessionário informará à ANP as quantidades vendidas, os preços de venda do petróleo produzido no campo no mês anterior e o valor da média ponderada referida neste artigo.

§ 3º. O concessionário apresentará, sempre que exigida pela ANP, a documentação de suporte

para a comprovação das quantidades vendidas e dos preços de venda do petróleo.

§ 4º. Os preços de venda do petróleo, quando expressos em moeda estrangeira, serão convertidos para a moeda nacional pelo valor médio mensal das taxas de câmbio oficiais diárias para a compra da moeda estrangeira, fixadas pelo Banco Central do Brasil para o mês em que ocorreu a venda.

Art. 18. O valor dos royalties será apurado mensalmente por cada concessionário, com

relação a cada campo, a partir do mês em que ocorrer a data de início da produção do campo, e pago, em moeda nacional, até o último dia útil do mês subseqüente, cabendo ao concessionário encaminhar à ANP um demonstrativo da sua apuração, em formato padronizado pela ANP, acompanhado de documento comprobatório do pagamento, até o quinto dia útil após a data da sua efetivação.

Art. 19. A seu critério, sempre que julgar necessário, a ANP poderá requisitar do

concessionário documentos que comprovem a veracidade das informações prestadas no demonstrativo apuração.

Portaria ANP 234/2003, art. 11

§ 2º A inobservância do prazo para pagamento da multa sujeita o infrator a:

I - juros de mora em percentual equivalente à taxa referencial SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) estabelecida pelo Banco Central do Brasil, acumulada diariamente, calculados a partir do dia seguinte ao do vencimento, até o dia anterior ao pagamento.

II - multa de mora de 0,33% (trinta e três centésimos por cento) por dia de atraso, calculada a partir do primeiro dia útil subseqüente ao do vencimento, até o dia do pagamento, limitada a 20% (vinte por cento).

§ 3º Aplicam-se também as disposições do parágrafo anterior ao pagamento das participações governamentais previstas na Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997, que seja efetuado além do prazo

de vencimento estabelecido na legislação própria.

Os formulários de formação de preço no caso de royalties e os documentos de nota fiscal de venda e cópia do registro no Siscomex devem ser enviados até o dia 15 de cada mês, a partir do mês seguinte àquele em que ocorrer o início da produção de petróleo de cada campo. Os demonstrativos mensais da apuração dos royalties junto com comprovantes de pagamento (cópias de Darf’s) serão enviados até o quinto dia útil do segundo mês subseqüente ao que ocorrer a produção.

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Caso o concessionário não envie os documentos e formulários no prazo estabelecido

na notificação da ANP, será lavrado auto de infração de multa, nos termos do art.3º, inciso XVI da Lei nº 9.847/99:

“XVI - deixar de cumprir Notificação para apresentação de documentos ou atendimento de determinações exigíveis na legislação vigente, quando tal obrigação não se constituir, por si só, em fato já definido como infração na presente Lei:

Multa - de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais);”

Seguem abaixo ilustrações do formulário de formação do preço de venda do petróleo e do demonstrativo de royalties.

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Figura 2 - Formulário Demonstrativo de Royalties

4. Resumo das Atividades de Auditoria de Preços do Petróleo

Segue, para efeito didático, um passo a passo das etapas que compõem o processo de auditoria de preços do petróleo:

1º Passo: verificação da ocorrência de produção.

2º Passo: abertura do processo administrativo, através do envio de memorando à Superintendência de Gestão Financeira e Administrativa – SFA.

3º Passo: compilação da documentação encaminhada pela concessionária no processo.

4º Passo: cálculo da média ponderada de vendas da concessionária, que é feito através do somatório da multiplicação dos preços de venda pelos volumes vendidos, dividido pela soma dos volumes vendidos.

5º Passo: verificação do preço mínimo estabelecido para o campo auditado no mês em análise. Tal verificação pode ser feita através da rede de informática SPG, no caminho: G/Preços/Preço Mínimo do Petróleo/Cálculo do Preço Mínimo atual/Preço Mínimo 2009. A tabela obtida através desse caminho contém a relação de preços mínimos calculados para os campos em produção.

6º Passo: compara-se a média ponderada obtida com o preço mínimo estabelecido para o campo em análise. Aquele que for maior será estabelecido como preço de

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9 referência do campo para o mês em análise, para fins de pagamento das participações governamentais.

7º Passo: O preço de referência deve ser comparado com o preço utilizado pela concessionária para pagamento de royalties, preço este que pode ser verificado na rede de informática da SPG, através do caminho: G/Auditoria e Distribuição dos Royalties/Demonstrativos/Concessionárias.

5. Observações Importantes

 O processo de auditoria é composto pela análise dos doze meses que compõem o ano e possui relatórios mensais.

 As vendas levadas em consideração para o cálculo da média ponderada que será comparada ao preço mínimo são aquelas que ocorreram ou se completaram no mês de análise. Por exemplo: na a auditoria relativa ao mês de janeiro de 2009, serão consideradas as vendas cujas notas fiscais atestam que a venda ocorreu ou se completou no mês de janeiro de 2009.

 Com relação ao cálculo das diferenças em favor das concessionárias, os valores são constituídos somente da diferença principal e juros de mora com base na taxa SELIC do período, não havendo incidência de multa.

 O relatório de auditoria deve conter em seus anexos, as tabelas de formação do preço de venda de petróleo, as planilhas de auditoria e o cálculo das participações governamentais complementares a serem pagas.

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Referências

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