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Avaliação de uma ferramenta eletrônica para a prevenção de eventos adversos e prescrições

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Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Ciência Biológicas Departamento de Farmacologia

Thiago Corrêa

Avaliação de uma ferramenta eletrônica para a prevenção de eventos adversos em prescrições

Florianópolis 2015

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Thiago Corrêa

Avaliação de uma ferramenta eletrônica para a prevenção de eventos adversos em prescrições

Dissertação para o Programa de Pós-Graduação em Farmacologia, nível Mestrado Profissional, do Centro de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Farmacologia.

Orientador: Prof. Dr. José Eduardo da Silva Santos

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Catalogação na fonte pela Biblioteca Universitária da

Universidade Federal de Santa Catarina

Corrêa, Thiago Avaliação de uma ferramenta eletrônica para a prevenção de

eventos adversos em prescrições / Thiago Corrêa ;

orientador, José Eduardo da Silva Santos - Florianópolis, SC, 2015.

119 p.

Dissertação (mestrado profissional) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Farmacologia.

Inclui referências

1. Farmacologia. 2. segurança do paciente. 3. atendimento de prescrição. 4. eventos adversos. 5. sistema de eletrônico de atendimento a prescrições. I. Eduardo da Silva Santos, José. II. Universidade Federal de Santa Catarina. Programa de Pós-Graduação em Farmacologia. III. Título.

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Este trabalho foi Possível graças aos ensinamentos da minha família e a dedicação e apoio daqueles que eu amo, por isso o dedico a vocês.

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“Agradeço todas as dificuldades que enfrentei; não fosse por elas, não teria saído do lugar. As facilidades nos impedem de caminhar. Mesmo as críticas nos auxiliam muito!”

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Em primeiro lugar a sabedoria e força que Deus me possibilitou durante essas passos, pois sem a fé me fortificando, teria desistido na primeira queda.

Aos meus pais, Ademir e Odilea. Os amo incondicionalmente, hoje mais que ontem e menos que amanhã. Sou os seus ensinamentos, sou parte viva de vocês, Obrigado!

À minha irmã ao meu lado me apoiando e fortificando a idéia do que é ensinar, e a importância de aprender com os diferentes. Aos meus sobrinhos, João e Serena. Eles me tornaram um ser menos egoísta e com mais amor, devo minha grande mudança a vocês.

Ao meu orientador, que nesses 7 anos esteve sempre a me guiar, que se tornou parte da minha construção, que é minha família, sem seus estímulos e dedicação nada seria do meu “ser pesquisador”

Aos Professores do Mestrado profissional que confiaram no nosso potencial e entenderam nossas dificuldades em conciliar o trabalho e os estudos.

À Karla Guarido, minha mestre que proporcionou estímulo e momentos de descontração durante minha caminhada para o mestrado.

Aos colegas do Laboratório de Farmacologia Cardiovascular, Rita, Angélica, Daiana, Adriane e aos amigos do Departamento de Farmacologia da UFSC e do Hospital SOS Cardio.

Aos meus amigos do Mestrado Profissional, Sayuri, Sussu, Angel, Ana que estiveram nesses doze meses de aula compartilhando suas sabedorias e proporcionando crescimento profissional.

À Cris Bini, amiga que conheci no mestrado, e foi com quem compartilhei a maior parte dos meus medos, e quem eu fazia ler todos os textos que produzia.

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Ao Kleider Vargas, minha nova família, que esteve sempre me estimulando a seguir com meus sonhos e planos e me estimulando nos momentos de cansaço.

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CORRÊA, T. Avaliação de uma ferramenta eletrônica para a prevenção de eventos adversos em prescrições. 2015. Dissertação (Mestrado profissional em Farmacologia) – Programa de Pós-Graduação em Farmacologia, Universidade Federal de Santa Catarina.

Os eventos adversos no processo de assistência à saúde vêm sendo um dos maiores problemas mundiais no âmbito hospitalar. Dentre esses eventos podemos destacar os relacionados aos erros no atendimento de prescrição, uso e administração de medicamentos. O erro dos profissionais na administração de medicamento tem causado sérias consequências aos pacientes, muitas vezes debilitantes. O foco do nosso estudo foi a investigação dos erros mais comuns envolvendo medicamentos em um hospital privado da cidade de Florianópolis, e como a utilização de um sistema eletrônico de atendimento de prescrições (SEAP) pode agir como barreira contra eventos adversos. Para isso verificamos a quantidade de registros de eventos adversos em duas unidades de terapia intensiva (UTI) diferentes identificadas como UTIA e UTIB. A análise foi realizada por três meses em dois períodos distintos. Na UTIB, mas não na UTIA, o atendimento das prescrições se deu a partir do SEAP durante o segundo período de valiação. Além disso, analisamos a percepção dos colaboradores da UTIB em relação ao SEAP, e se esse funcionava como barreira contra eventos adversos, alem do seu conhecimento em utilizar métodos que garantam a segurança do paciente, posteriormente comparando-os acomparando-os do núcleo de segurança do paciente (NSP), grupo referencia quando o tema é segurança do paciente na instituição de pesquisa. Os resultados obtidos nos mostram que a utilização SEAP eliminou os eventos adversos relacionados a medicação no setor UTIB. As entrevistas com os trabalhadores da área da saúde revelou que o interesse dos profissionais em utilizarem o SEAP é a maior dificuldade para sua implementação e que a educação continuada focando das propriedade farmacológicas das medicações pode funcionar como mais uma estratégia adotada para garantir a segurança do paciente.

Palavras chaves: segurança do paciente, atendimento de

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Segurança do Paciente, sistema de eletrônico de atendimento a prescrições.

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CORRÊA, T. Appreciation of a eletronic advice as a barrier against adverse events. 2015. Dissertação (Mestrado profissional em Farmacologia) – Programa de Pós-Graduação em Farmacologia, Universidade Federal de Santa Catarina.

Adverse events involving medications have been described around the world as major problem in the healthcare system. They include errors in prescription, name, dose, or route of administration. The consequences of such mistakes may include physical and/or psychological harm for patients. Our study focused on an investigation about the most common errors involving medications in a private hospital of the city of Florianópolis, and how the usage of an electronic care prescription system (ECPS) could act as a barrier against adverse events. For this, the number of adverse events was measured in two different intensive care units (ICU), identified as ICUA and ICUB. The analyses were performed in two separated periods of three months each. In ICUB, but not in ICUA, all steps involving drug usage (from prescription to administration) were conducted under control of the ECPS during the second period of evaluation. In addition, nurses from ICUB were inquired about their perception of the ECPS as a barrier against adverse events, and their knowledge regarding methods to improve patient safety. The results obtained showed that the ECPS was able to completely avoid adverse events involving medication in the ICUB. The interviews with healthcare professionals revealed that the commitment with the adoption of ECPS is a major point to warranty the efficacy of the system as a barrier against adverse events, and that continuous education regarding the pharmacological properties of drugs administered, including adverse effects and the risks associated with medications may be a functional strategy to achieve healthcare improvements in patient safety.

Key words: Patient safety, medication errors, pharmacological action, Patient Safety Group, electronic care prescription system.

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ADEP Atendimento Eletrônico de Prescrição ANVISA Agencia Nacional de Vigilância Sanitária COFEN Conselho Federal de Enfermagem

MS Ministério da Saúde

NSP Núcleo de Segurança do Pacientes OMS Organização Mundial da Saúde

OS Ordem de Serviço

PNSP Programa Nacional de Segurança do Paciente

PSP Plano de Segurança do Paciente RDC Resolução da Diretoria Colegiada

TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

UTI Unidade de Terapia Intensiva

SEAP Sistema Eletrônico de Atendimento de Prescrições

AMP Ampola de Medicamentos

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1. Representação gráfica da metodologia utilizada para análise dos registros de eventos adversos relacionados ao atendimento de prescrições……….55 2. Distribuição de incidentes associados à medicação e prevenção dos mesmos após a implementação de um sistema eletrônico de atendimento de prescrição (SEAP) ...64 3. Conhecimento declarado pelos integrantes do núcleo de segurança do paciente (NSP) e da unidade de terapia intensiva B (UTIB)...65 4. Conhecimento declarado pelos profissionais da unidade de terapia intensiva B (UTIB) e do Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) sobre as Ações que garantem a segurança do paciente durante a assistência hospitalar ...66 5. Dificuldades encontradas pelos profissionais da unidade de terapia intensiva B (UTIB) e do Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) no atendimento as prescrições...67 6. Conhecimento sobre o sistema eletrônico de atendimento de prescrição (SEAP) pelos profissionais da unidade de terapia intensiva B (UTIB) e do Núcleo de Segurança do Paciente (NSP)...68 7. Melhorias sugeridas pelos profissionais da unidade de terapia intensiva B (UTIB) para a implementação do sistema eletrônico de atendimento de prescrições (SEAP)...69

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1.Classificação dos eventos adversos em saúde, por grau de gravidade...36 2.Características das unidades de terapia intensiva A (UTIA) e unidade de terapia intensiva B (UTIB), utilizada como campo de trabalho neste estudo...51 3.Questionário subjetivo contendo as perguntas e respostas esperadas acerca do conhecimento dos profissionais sobre segurança do paciente...57 4.Respostas esperadas sobre fatores limitantes no momento de atender a prescrição...59 5.Respostas esperadas sobre a avaliação do sistema eletrônico de atendimento de prescrição medicamentosa...60 6.Os 20 Medicamentos mais utilizados na Unidade de Terapia Intensiva B (UTI-B)... 70 7.Quadro de informações farmacológicas sobre as medicações mais utilizadas na unidade de terapia intensiva B UTI-B...71 8.Levantamento bibliográfico sobre os erros mais comumente durante o cuidado com o paciente...116

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1.Tabela dos eventos adversos relacionados a saúde mais encontrados nas áreas clínicas por estudo publicado...37 2.Número e porcentagem dos eventos adversos mais encontrados relacionados a assistência de enfermagem...38 3.Distribuição absoluta e relativa dos incidentes com medicamentos notificados para o total de incidentes com medicamentos por ano de avaliação e um hospital de Caxias do Sul...39 4.Erros descritos como os mais frequentes durante a assistência de enfermagem, conforme a literatura...40

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1.INTRODUÇÃO...33 1.1 Papel do enfermeiro na prevenção dos eventos adversos relacionado ao atendimento de prescrições ...36 1.2 Caracterização dos erros de atendimento de prescrições medicamentosas...40 2. PERGUNTAS DE PESQUISA...45 3 OBJETIVOS...47 3.1 Geral... 48 3.2 Específicos...48 4 MATERIAL E MÉTODOS...49 4.1 Tipo de estudo...50 4.2 Local de estudo...50 4.3 Público alvo...53 4.4 Coleta e análise de dados... 53 4.4.1 Coleta de dados...54 4.4.1.1 Avaliação da capacitação recebida pelos profissionais para integrarem o núcleo de segurança do paciente (NSP)...54 4.4.1.2 Análise dos registros de eventos adversos...54 4.4.1.3 Levantamento do conhecimento sobre o tema segurança do paciente...56 4.4.1.4 Caracterização das principais dificuldades para atender uma prescrição medicamentosa...58 4.4.1.5 Avaliação da percepção sobre o sistema de atendimento de prescrição eletrônica... 58 4.4.1.6 Levantamento estatístico dos medicamentos mais utilizados nas UTIs...59 5 RESULTADOS... 61 5.1 Perfil dos profissionais no Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) e na unidade de terapia intensiva B (UTIB)... 62 5.2 Registro dos eventos adversos relacionados com o atendimento de prescrições medicamentosas...62 5.3 Conhecimento declarado dos profissionais acerca de segurança do paciente... 63 5.4 Dificuldades no atendimento de prescrições medicamentosa ...66 5.5 Avaliação descritiva do sistema de atendimento de prescrições medicamentosa na visão dos profissionais...67 5.6 Medicamentos mais utilizados na unidade de terapia intensiva B (UTI-B)...69 6 DISCUSSÃO...89 7 CONCLUSÃO...101

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8 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA...103 9 APÊNDICES...111 9.1 Apêndice A - Guia para entrevista – Sistema ADEP na prevenção de erros... 112 9.2 Apêndice B – Guia para entrevista – Núcleo de segurança do paciente (NSP) e a utilização do sistema ADEP na prevenção de erros...113 9.3 Apêndice C - Termo de consentimento livre esclarecido (TCLE)...114 9.4 Apêndice D – Tabela com os dados obtidos através do levantamento bibliográfico acerca dos erros mais comumente vistos durante o cuidado ao paciente...116

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Um dos maiores problemas mundiais relacionados ao ambiente hospitalar na área da saúde é a ocorrência de eventos adversos no processo de assistência à saúde, ou seja, quando um incidente ocorre e causa prejuízo ao paciente. Incidentes em saúde são definidos como situações que possuem potencial para causar danos ou eventos adversos aos pacientes. Os mesmos podem ser classificados como incidentes sem dano, incidentes com dano (evento adverso), ou os chamados near misses (quase erros, em tradução livre do Inglês), incidentes que poderiam atingir o paciente porém foram barrados (CAPUCHO et al., 2013). Outros tipos de classificação englobam a intenção e o resultado destes dados, sendo eles não intencionais e que podem causar incapacidade ou disfunção ao cliente, podem ser temporários ou permanentes e muitas vezes prolongam a internação do indivíduo, ou provocam a morte por consequência do cuidado e não da doença motivo de internação (MENDES et al., 2005).

A Common Terminology Criteria for Adverse Events (NCI, 2009, do Inglês Critérios Comuns de Terminologia Para Eventos Adversos, em tradução livre) citado por Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA, 2011) informa uma graduação desses eventos que são utilizadas em muitas instituições hospitalares, ela define os eventos em graus crescentes de gravidade, conforme o apresentado no Quadro 1.

Na luta pela prevenção desses eventos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou em 2004 o programa “aliança mundial para a segurança do paciente” abrangendo todos os países membros da organização (SILVA, 2010). Complementando as ações da OMS e com o objetivo de prevenção de danos aos pacientes, o Ministério da Saúde (MS) juntamente com ANVISA, através da portaria de n° 529 de 1° de Abril de 2013 instituíram o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), que trás as definições, objetivos, implementações e competências que prevêem uma assistência segura livre de danos.

O Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) (BRASIL, 2013) propõe em seu objetivo principal oferecer uma contribuição para a qualificação do cuidado em saúde em todos os estabelecimentos de saúde do território

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nacional e descreve cinco características indispensáveis para a cultura de segurança do paciente: I) profissionais capazes de assumir responsabilidade pela sua segurança, de seus colegas, dos pacientes e de familiares; II) priorizar a segurança acima das metas financeiras; III) encorajar e recompensar a identificação, a notificação e a resolução de problemas; IV) promover um aprendizado a partir dos incidentes ocorridos e; V) proporcionar recursos, estrutura e responsabilidade para a manutenção efetiva da segurança.

Ainda em 2013 a ANVISA determinou que todos os serviços de saúde no país deveriam implantar o Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) até dezembro daquele ano. Os membros desse núcleo devem assegurar o desenvolvimento de um Plano de Segurança do Paciente (PSP), como prevê a Resolução da Diretoria Colegiada - RDC n°36/2013. Esses membros são selecionados pela direção da instituição de saúde e podem abranger todos os profissionais da saúde, como enfermeiros, médicos, fisioterapeutas e farmacêuticos.

Para guiar as instituições de saúde o Ministério da Saúde, juntamente com a ANVISA, lançou 6 protocolos de segurança do paciente, sendo eles: I) de prevenção de quedas; II) de identificação do paciente; III) de cirurgia segura; IV) de prática de higienização das mãos em serviço de saúde; V) de prevenção de úlcera por pressão e; VI) de segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos.

Na revisão sistemática de Mendes et al. (2005) foi observado que os eventos adversos relacionados à saúde mais encontrados são os pertinentes aos procedimentos cirúrgicos, seguidos dos medicamentos (Tabela 1). Outros estudos apontam o erro no atendimento das prescrições medicamentosas como situação preocupante no cuidado hospitalar (BELELA et al., 2010; MENDES et al. 2005; PAVÃO et al. 2013; ROZENFELD et al. 2013; TEIXEIRA e CASSIANI, 2014).

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Quadro 1: Classificação dos eventos adversos em saúde, por grau de gravidade.

GRAU: CARACTERÍSTICAS:

I Leve; assintomático ou leve sintoma; apenas observações clínicas ou de diagnóstico; sem indicação

de intervenção;

II Moderado; indicada intervenção mínima, local ou não invasiva; limitação das atividades apropriadas para a idade relacionadas ao cotidiano, tais como: preparar as

refeições, sair para compras em supermercado, usar o telefone, gerenciar suas contas etc.;

III Grave ou, do ponto de vista médico, algo significante que não representa risco à vida. Indicada hospitalização ou prolongamento desta; incapacitante;

limitação do autocuidado nas atividades cotidianas, tais como: tomar banho, vestir-se e despir-se, alimentar-se, usar o sanitário, tomar medicamentos; IV Consequências que representam risco de morte;

indicada intervenção urgente; V Morte relacionada ao evento adverso.

1.1 Papel do enfermeiro na prevenção dos eventos adversos relacionados ao atendimento de prescrições

FASSARELLA et al. (2013) afirmam que o enfermeiro e sua equipe devem se manter atentos às etapas que constituem o preparo e a administração de medicamentos, para realizar o importante papel de ser um sistema de barreiras contra os erros no atendimento das prescrições.

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Tabela 1: Tabela dos eventos adversos relacionados a saúde mais encontrados nas áreas clínicas por estudo publicado.

Área

Clínica/Estudo

HMPSa UCMPSb AENZSc CAESd

Cirúrgico 47,7 44,9 24,3 34,1 Medicamentoso 19,4 19,3 12,3 23,6 Sub total: 67,1 64,2 36,6 57,7 Procedimento Medico 7,0 13,5 7,7 12,0 Demora ou Incorreção do diagnóstico 8,1 6,9 8,0 10,5 Demora ou Incorreção do tratamento 7,5 4,3 8,4 7,3 Outros 10,7 11,1 15,3 3,1 Ambiente de Cuidado 3,3 -- 24,0 9,4

a: Harvard Medical Practice Study. b: Utah Colorado Medical Practice Study. c: Medical Insurance Feasibility Study. d: New Zeland Public Hospitls Study e: Resultado parcial da soma em percentual dos tipos de eventos adversos mais comuns encontrados nas áreas clínicas estudadas. Fonte: modificado de MENDES et al., 2005.

O profissional enfermeiro durante sua graduação adquire conhecimentos específicos que o preparam para exercer habilidades como o atendimento das prescrições médicas, e com isso, a administração de medicamentos e os cuidados relacionados diretamente a eles. É de responsabilidade do enfermeiro a educação da equipe e a implementação de rotinas

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seguras nas instituições hospitalares (CARVALHO e CASSIANI, 2000).

O trabalho de Beccaria et al. (2009) traz que na unidade de terapia intensiva (UTI), a maioria dos eventos adversos na assistência de enfermagem são os relacionados à administração e as falhas nas anotações de enfermagem (Tabela 2). Ainda sobre esses eventos, Lorenzini et al. (2014) demonstraram, em um estudo de incidentes mais encontrados em um hospital do Rio Grande do Sul, ser os erros de medicação os mais comuns nessa instituição (Tabela 3), alertando para a necessidade de estruturar medidas preventivas capazes de diminuir essa porcentagem.

Sendo assim, a partir desses dados podemos concluir que os erros mais comuns na assistência de enfermagem aos pacientes estão relacionados àqueles que ocorrem no momento do atendimento das prescrições, sendo a anotação inadequada das medicações e o erro de medicação, os mais comuns, seguidos de administração de medicamentos de maneira incorreta (Tabela 4).

Tabela 2: Número e porcentagem da incidência dos 3 eventos adversos mais encontrados relacionados a assistência de enfermagem

Eventos relacionados a medicação e procedimentos de enfermagem

N %

Anotação inadequada da medicação 181 63,95 Registro dos dados incorretos 131 49,07 Administração de medicamentos de forma

incorreta

94 33,22

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Tabela 3: Distribuição dos incidentes com medicamentos mais notificados nos anos de 2009 à 2012 em um hospital do Sul do Brasil

Incidentes com Medicamentos (%)

Administração de medicamentos em via errada 3,1 Administração de medicamentos no horário errado 3,4

Erro de Administração 1,9 Erro de dose 11,1 Erro de Medicação 48,3 Erro de omissão 13,4 Erro de Prescrição 0,8 Extravasamento de quimioterápico 8,0 Derramamento de quimioterápico 6,1

Erro com medicamentos deteriorados 3,8 Fonte: Modificado de LORENZINI et al., 2014.

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Tabela 4: Erros descritos como os mais frequentes durante a assistência de enfermagem, conforme a literatura.

Erros mais comuns cometidos pela enfermagem %

Anotação inadequada das medicações 44

Erro de Medicação 33

Administração de medicamentos de forma incorreta 23 Fonte de dados: LORENZINI et al., 2014; BECCARIA et al., 2009.

1.2 Caracterização dos erros de atendimento de prescrições medicamentosas

As reações adversas relacionadas aos medicamentos caracterizam-se como um efeito nocivo, não intencional e indesejado, observado com doses terapêuticas habituais para tratamento de doenças. Podem ser de caráter imprevisíveis como idiossincrasias ou alergias, ou podem ser de caráter previsível, assim evitáveis, como efeitos colaterais ou reações de toxicidade (BEMT et al., 2000 Apud ABROMOVICIUS, 2007).

Caracteriza-se como erro de medicação qualquer evento previsível que pode causar ou induzir ao uso impróprio do medicamento, levando a danos ao paciente, independente de quem controla a terapia. Estes eventos podem estar diretamente relacionados à prática profissional, aos procedimentos realizados, ao atendimento das prescrições, à falta de educação continuada, ao monitoramento inadequado e ao mau uso das medicações (MIASSO, 2002).

O trabalho de Carvalho e Cassiani (2000) mostra que o despreparo dos profissionais na administração de medicamento tem causado sérias consequências aos pacientes, muitas vezes debilitantes, desencadeando reações indesejadas. Vê-se

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novamente a importância de investigar ferramentas que auxiliam como barreiras para erros previsíveis.

As questões que envolvem os erros de medicação tem preocupado as instituições, instigando pesquisadores a desenvolverem projetos seguindo esta problematização. Bates et al. (1995) afirmam que de cada 100 pacientes admitidos nas unidades hospitalares, 5% apresentam eventos adversos relacionados às medicações. Dentre esses, cerca de 56% entram em erros na prescrição médica, 6% na transcrição médica, 4% na distribuição de medicamentos e 34% na administração de medicamentos.

A utilização de ferramentas eletrônicas para o atendimento das prescrições, quando utilizada de maneira correta, tem a capacidade de driblar esses erros relacionados as prescrições, tais como: má qualidade da grafia, prescrições incompletas, transcrição de prescrições, falhas de comunicação para suspensão de medicamentos prescritos, utilização de abreviaturas não padronizadas, falta de conhecimento sobre estabilidade, incompatibilidade e armazenamento de medicamentos, diferentes sistemas de pesos e medidas, especialidades farmacêuticas e genéricas com grafias semelhantes, ordens médicas verbais e dificuldade de correlacionar a nomenclatura genérica com as especialidades farmacêuticas e vice-versa (SILVA, 2009). Bates et al. (2001) vêem que a adoção dessas ferramentas somada com suporte à decisão clínica pode reduzir de maneira significativa os eventos adversos a saúde, relacionados aos medicamentos, possibilitando maior qualidade e eficiência do tratamento.

Carvalho e Cassiani (2000) categorizam em seu trabalho que a falta de conhecimento dos profissionais de saúde sobre os aspectos farmacológicos, tais como efeitos adversos, mecanismo de ação, diluição e forma de administração dos medicamentos, decorrem da falta de educação continuada e reciclagem dos profissionais pelo enfermeiro e sua equipe. No que concerne à atualização de conhecimentos sobre a administração de medicamentos, a enfermagem ocupa um espaço indiscutível. Neste contexto, dentro do capítulo III do código de ética da enfermagem, que trata das responsabilidades,

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temos no artigo 18: “manter-se atualizado ampliando seus conhecimentos técnicos, científicos e culturais...” (COFEN, 1993).

Esse conhecimento se torna essencial para o cuidado de excelência, uma vez que no contexto hospitalar o ato de medicar reveste-se de extrema importância e exige conhecimento prévio dos profissionais envolvidos, em especial a equipe de enfermagem, a qual conforme Melo e Silva (2008) tem necessidade de obter um conhecimento variado, consistente e profundo acerca do mecanismo de ação das drogas, interações medicamentosas e seus efeitos colaterais no momento de atender as prescrições.

Outras estratégias descritas por Coimbra (2006) para driblar a ocorrência de eventos adversos relacionados a saúde pode ser a adoção de uma comissão de segurança na administração de medicamentos, implementação de medidas de prevenção de erros de medicação e estratégias relacionadas a procedimentos para melhoria dos processos, tais como padronização do atendimento, implementação de técnicas de comunicação mais efetivas e incorporação do farmacêutico clínico. O trabalho de Nunes et al. (2008) sugere que a intervenção farmacêutica é uma ferramenta eficaz na detecção e prevenção de eventos adversos, bem como na promoção da integração do serviço de farmácia à equipe multiprofissional.

O vasto sistema de medicação composto por processos complexos, interdependentes e ligados, exige multiplicidade de planejamento e a prática de ações pela equipe de saúde, devendo ser composto por recursos humanos qualificados e de quantidade suficiente, recursos financeiros, equipamentos e dispositivos com tecnologias apropriadas para garantir um sistema de atendimento de medicação seguro (COIMBRA, 2006).

Os dados vistos na literatura até o presente momento fortalecem a importância deste estudo, já que nos propusemos a avaliar o conhecimento dos profissionais a cerca do tema segurança do paciente e a implantação de uma ferramenta eletrônica de atendimento de prescrição medicamentosa. Todos estes estudos nos reforçam a importância de avaliar a questão

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dos eventos adversos a partir de uma perspectiva sistemática, exigindo forte investigação se a implementação de um sistema eletrônico de suporte implicaria em uma redução efetiva na incidência dos eventos adversos, além das barreiras para sua implementação.

O estudo aqui descrito também observa a equipe de enfermagem e sua participação no atendimento das prescrições médicas, visando investigação da eficiência na implementação de um sistema eletrônico capaz de prevenir erros relacionados a leitura de prescrição, bem como construir um documento capaz de transmitir informações sobre posologia, diluição, efeitos adversos e mecanismo de ação dos medicamentos, itens de extrema importância para definir o potencial de uma ferramenta utilizada para a segurança do paciente.

Por fim, nossos resultados poderão guiar o setor administrativo do hospital em questão sobre a importância da ferramenta e a possibilidade de expandi-la para os demais setores, bem como na possibilidade de investimentos na educação dos profissionais e em insumos necessários para o aperfeiçoamento e qualidade do serviço a ser prestado.

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 A sistematização eletrônica no atendimento de prescrições médicas é capaz de contribuir na segurança do paciente no âmbito hospitalar?

 O que os profissionais de enfermagem conhecem sobre segurança do paciente e suas avaliações sobre essa ferramenta como potencial barreira para erros?

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3.1 Geral

Criar subsídio teórico e prático para justificar a implementação de um sistema eletrônico de atendimento de prescrições em uma unidade de internação de uma instituição hospitalar privada com objetivo de garantir a segurança do paciente no momento de atender as prescrições medicamentosas.

3.2 Específico

a. Analisar os registros de OS nas unidades de terapia intensiva A e B;

b. Comparar a incidência de registros de eventos adversos antes e após implementação de uma ferramenta eletrônica de atendimento de prescrições;

c. Conhecer a percepção e dificuldades encontradas por profissionais da saúde acerca da utilização do sistema eletrônico de atendimento de prescrições;

d. Analisar a percepção dos profissionais sobre segurança do paciente no atendimento de prescrições;

e. Levantar as medicações mais utilizadas e fornecer, à equipe atuante na unidade de terapia intensiva B, informações teóricas de aspectos relevantes sobre a farmacologia e aspectos gerais dos.

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4.1 Tipo de estudo

Esta pesquisa baseou-se estudo descritivos com múltiplas fontes de dados para investigar se a utilização de uma ferramenta eletrônica para o atendimento das prescrições medicamentosas seria realmente capaz de criar barreiras contra erros na checagem das prescrições, na administração das drogas, na diluição das drogas, na identificação dos pacientes prescritos, no entendimento gráfico e farmacológico das medicações e outros, promovendo assim a segurança ao paciente no âmbito hospitalar. Também investigamos o conhecimento declarado dos profissionais da saúde acerca do tema segurança do paciente. Para a realização deste estudo obtivemos aprovação da comissão de ética em pesquisa (CEP) sobre o certificado de apresentação para apreciação ética (CAAE) de número 37065214.5.0000.5357.

4.2 Local do estudo

Este projeto foi implementado em um hospital da rede privada de saúde, na cidade de Florianópolis (SC), tendo sido conduzido em duas unidades de internação da Instituição, denominadas Unidade de Terapia Intensiva A (UTIA), e Unidade de Terapia Intensiva B (UTIB). O Quadro 02 mostra as principais características das unidades, a partir da experiência profissional do pesquisador. A UTIB tem implementado um sistema de atendimento de prescrições eletrônica, o qual consiste em um software (ADEP, ®PHILIPS, Blumenau, Brasil), que é utilizado para a gestão de prestadores de serviços em saúde, em plataforma única, totalmente integrada e flexível, que pode ser configurada de acordo com as características e particularidades da unidade.

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51 Quadro 2: Características das unidades de terapia intensiva A (UTIA) e unidade de terapia intensiva B (UTIB), utilizadas como campo de trabalho neste estudo.

Características UTIA UTIB

Número de Leitos 13 06

Características

saúde/doença do pacientes internados

Pós-operatórios de cirurgias cardíacas. Pacientes intubados, com balão intraórtico, ventrículo artificial, comatososa.

Pós-operatórios de angioplastias, ablação. Pacientes, infartadosa.

Escala de NASb: 40% ( 9,6h) 30 à 50% (7,2 à 12h)

Número de profissionais de enfermagem

Oito técnicos de enfermagem e dois enfermeirosc.

Três técnicos de enfermagem e um enfermeiroc.

Número de profissionais

médicos: Dois médicos

c. Um médico em tempo integral no

período matutino.c.

Atendimento de

prescrições Convencional (Escrita, Verbal)

Sistema eletrônico de atendimento de prescrição.

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a – Corresponde a exemplos de pacientes que são internados na unidade de terapia intensiva A e B, não caracteriza todos os tipos de pacientes. b - Nursing Activities Score (NAS): Pode ser usado para medir a carga de trabalho da enfermagem considerando todos os pacientes ou um determinado grupo de pacientes também pode ser utilizado como uma ferramenta para estimar a necessidade de pessoal para a próxima escala, para medir com maior acurácia o tempo de enfermagem, para avaliar mudanças na carga de trabalho de enfermagem causada por questões administrativas e para estimar custos (Miranda et al., 2003). c – Corresponde ao total de profissionais para cada turno de 12 horas, excluindo profissionais da fisioterapia, fonoaudiologia e psicologia.

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4.3 Público alvo

Este estudo contou com a participação de membros da equipe de enfermagem e Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) da Instituição em que foi desenvolvido. Ao todo, participaram do estudo três técnicos de enfermagem e três enfermeiros atuantes na UTIB, unidade aonde o sistema de atendimento de prescrição eletrônica foi implementado em dezembro de 2013. O número reduzido de participantes nesse grupo pode ser justificado pela alta rotatividade de profissionais no período da coleta de dados, sendo que para a análise do proposto no estudo apenas aqueles profissionais que trabalhavam na unidade no momento da implementação do sistema deveriam fornecer informações sobre a utilização do mesmo. Por sua vez, todos os integrantes do NSP participaram do estudo, cinco profissionais enfermeiros, um profissional nutricionista, um técnico em informática e um técnico em manutenção, todos os profissionais trabalhavam há mais de seis meses na instituição com idade entre 25 e 40 anos, esse núcleo foi implementada na Instituição em 2013.

Para proteger a identidade dos profissionais envolvidos nesta pesquisa, integrantes do NSP foram identificados pela letra N acrescida de um número ordinal correspondentes a ordem da entrevista, enquanto os integrantes da UTIB técnicos de enfermagem receberam as letras TE e os enfermeiros a letra E, ambos também tiveram um número ordinal acrescido, conforme a ordem das entrevistas.

4.4 Coleta e análise de dados 4.4.1 Coleta de dados

As coletas de dados foram realizadas através de entrevistas semi-estruturadas conforme a disponibilidade e interesse de cada funcionário em contribuir para o estudo. Para participar do estudo, os mesmos responderam um questionário

(56)

54

semi-estruturado (Apêndices A e B), o qual abordou o tema segurança do paciente, bem como serviu como instrumento para a avaliação da importância, na visão dos entrevistados, de uma ferramenta eletrônica na prevenção de eventos adversos relacionados ao atendimento de prescrições. As entrevistas foram gravadas e posteriormente transcritas. Em todos os casos, a entrevista só iniciou-se após a entrega, leitura e assinatura, por parte dos envolvido, do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE, Apêndice C).

Os dados adquiridos a partir desta pesquisa foram analisados através de triangulação de dados. Ela consiste em uma análise comparativa de diferentes fontes de pesquisas. Os pontos analisados no nosso estudo estão descritos nos itens a seguir.

4.4.1.1 Avaliação da capacitação recebida pelos profissionais para integrar o núcleo de segurança do paciente (NSP)

Para investigar a estruturação do núcleo foi aplicado um questionário (Apêndice A), onde uma das questões abordava a existência, ou não, de um treinamento prévio, visando a capacitação dos mesmos para o ingresso no NSP.

4.4.1.2 Análise dos registros de eventos adversos

As unidades hospitalares da instituição em que este estudo foi realizado possuem uma rotina de registro de eventos adversos através de um sistema eletrônico, no qual o enfermeiro responsável pelo setor deve descrever, através de uma ordem de serviço (OS), o evento ocorrido com o paciente. Dados como nome do paciente, tipo de evento e ação realizada pela equipe são inseridos no sistema, salvos e encaminhados automaticamente para o NSP. Durante a execução desse estudo, vale ressaltar que a UTIA não possuía o sistema de atendimento de prescrição eletrônica enquanto que a UTIB sim (Figura 1).

(57)

55

A coleta das informações acerca dos erros relacionados ao atendimento das prescrições médicas foi realizada nos meses de Junho, Julho e Agosto do ano de 2013, tanto na UTIA como na UTIB, através das OS encaminhadas ao NSP, quando ambas as unidades não possuíam o sistema eletrônico de atendimento de prescrições (SEAP).

Em dezembro de 2013 houve a implementação do SEAP na UTIB. Passados três meses da implementação, tempo hábil para treinamento dos colaboradores, foi realizada um nova coleta dos registros de erros relacionados ao atendimento das prescrições, nos meses de março, abril e maio de 2014, tanto na UTIA como na UTIB.

Junho&/&Julho&/&Agosto&

2013&

Março&/&Abril&/&Maio&

2014&

Registro&de&OS&

Registro&de&OS&

Implementação do

Sistema Eletrônico de

Atendimento de

Prescrição – SEAP na

UTIB

(ADEP, ®PHILIPS,

Blumenau, Brasil)

Dezembro&2013&

UTIA&e&UTIB&

Ambos&sem&SEAP&

UTIA&sem&SEAP&

UTIB&com$SEAP&

Figura 1: Representação gráfica da metodologia utilizada para análise dos registros de eventos adversos relacionados ao atendimento de prescrições.

(58)

56

As informações contidas na OS sobre os eventos ocorridos foram utilizadas para:

I) realizar um levantamento dos eventos adversos decorrentes do erro de medicação, seja na dispensação, atendimento ou aplicação, de origem dos setores UTIA e UTIB; a análise dos dados obtidos permitiram traçar um comparativo entre as unidades;

II) comparar o número de intercorrências (associadas às OS), relacionadas aos erros no atendimento de prescrição, antes e após implementação do SEAP na UTIB;

III) realizar um comparativo mostrando o índice de eventos registrados por leito entre as UTIs, uma vez que na UTIA não temos a implementação desse sistema.

4.4.1.3 Levantamento do conhecimento sobre o tema segurança do paciente

Através de um questionário subjetivo semi-estruturado (Apêndices A e B), investigou-se o conhecimento dos profissionais da enfermagem acerca do tema segurança do paciente. As entrevistas para aplicação dos questionários foram realizadas de forma presencial, respeitando o item 4.4.1.

Com base na literatura existente foram traçadas respostas consideradas como ideais, e que demonstrariam informações sobre o conhecimento declarado pelo profissional sobre o tema abordado, conforme detalhado no Quadro 3. Desta forma, após análise das entrevistas, foi possível classificar as respostas obtidas em cada um dos pontos avaliados de acordo com o grau de conhecimento demonstrado (amplo, parcial, ou insatisfatório), como mostrado na seção de resultados.

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57

Quadro 3: Questionário subjetivo contendo as perguntas e respostas esperadas acerca do conhecimento dos profissionais sobre segurança do paciente.

Pergunta aplicada Respostas da

Literatura

Referências

O que é segurança do paciente para você?

Diminuição dos riscos de danos desnecessários

relacionados a assistência à saúde;

redução de atos inseguros nos processos

assistenciais; uso de melhores práticas para

alcançar os melhores resultados. OMS – Organização Mundial da Saúde, 2009

Quais as ações que você pratica no seu dia-a-dia de trabalho referentes à

segurança do paciente no trabalho? De que forma você contribui?

Busca pelo conhecimento; participação em treinamentos oferecidos

pela instituição; conferir as 9 certezas; orientação aos colaboradores; (LEMOS e SILVA, 2012; CAMERINI e SILVA, 2012; PARANAGUÁ, BEZERRA, SILVA e FILHO, 2013). O que você entende

por segurança do paciente referente ao atendimento de prescrições, uso e administração de medicamentos? Conferir as 9 certezasa; elaborar e aplicar medidas preventivas que

sirvam como barreira contra erros no

momento do atendimento da prescrição; assegurar

que o paciente terá o mínimo de risco durante

o atendimento. (BELELA, PETERLINE e PEDREIRA, 2010; PARANAGUÁ, BEZERRA, SILVA e FILHO, 2013; LORENZINI, SANTI e BÁO, 2014).

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58

a: Paciente certo, medicamento certo, via certo, dose certa, hora certa, tempo certo de aplicação, validade certa, abordagem certa no momento da administração e registro certo.

4.4.1.4 Caracterização das principais dificuldades para atender uma prescrição medicamentosa

Ainda utilizando o questionário subjetivo semi-estruturado (Apêndices A e B), investigamos o que os profissionais observam como sendo fatores limitantes no momento de atender a prescrição medicamentosa. Para estabelecer quais as respostas que poderiam ser consideradas como esperadas para essa pergunta realizou-se um levantamento bibliográfico sobre o tema segurança do paciente no atendimento de prescrições médicas, o qual baseou-se em artigos publicados no período de janeiro de 2010 a janeiro de 2015 em três bases de dados diferentes (PubMed, Lilacs e Scielo), com os seguintes descritores: segurança do paciente, erros no atendimento de prescrições médicas, registro de erros em hospitais. Os resultados obtidos no levantamento estão detalhados no Apêndice D, e foram sumarizados no Quadro 4. 4.4.1.5 Avaliação da percepção sobre o sistema de atendimento de prescrição eletrônica

Com o objetivo de avaliar a percepção sobre a utilidade da ferramenta eletrônica empregada em realmente funcionar como barreira contra erros no momento do atendimento das prescrições, aplicamos aos profissionais de enfermagem do setor UITB um questionário semi-estruturado (Apêndice B), seguindo o descrito no item 3.4.1. O Quadro 5 apresenta as possíveis respostas para cada uma das perguntas desta parte da entrevista. A partir dessas respostas obtivemos o conhecimento declarado dos profissionais acerca do sistema e como a implementação desse interfere no seu cotidiano de trabalho.

(61)

59

Quadro 4: Respostas esperadas sobre fatores limitantes no momento de atender a prescrição medicamentosa.

Questões Respostas da Literatura Referências Quais as dificuldades que você encontra, no momento de atender as prescrições ? Ilegibilidade da escrita médica; nomenclatura da medicação variada; entendimento do mecanismo de ação dos medicamentos; entendimento dos possíveis efeitos colaterais relacionados aos medicamentos. (OKUNO et al., 2013; LEMOS et al., 2012; MENDES et al., 2013; ABDUL-HAK et al., 2014; TEIXEIRA e CASSIANI, 2014; ROZENFELD, 2013; CAMERINI e SILVA, 2012; BARBOSA et al., 2014; LORENZINI, et al., 2014.

4.4.1.6 Levantamento das medicações mais utilizadas nas UTIs O sistema operacional eletrônico permite que sejam pesquisadas as drogas mais prescritas em períodos de interesse. Sendo assim, fizemos um levantamento de quais são as drogas mais prescritas durante os meses de Outubro, Novembro e Dezembro de 2014 e, a partir desses dados, foi elaborada uma tabela contendo os fármacos mais utilizados na unidade de terapia intensiva B (UTIB), e informações farmacológicas como a ação esperada da medicação, principais efeitos adversos, interações medicamentosas, diluição (quando aplicável), e via de administração,. Esses dados foram obtidos através do site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA, 2009) disponível para consulta no site oficial.

(62)

60

Essa tabela (apresentada no Quadro 07) foi impressa e anexada no posto de enfermagem do setor, e disponibilizada em forma de arquivo gravado em disco rígido do computador da unidade para posteriormente ser inserida dentro do SEAP.

Quadro 5: Respostas esperadas sobre a avaliação do sistema eletrônico de atendimento de prescrições medicamentosas.

Questões Respostas

possíveis

Você conhece o sistema ADEPa? Sim, não.

Você considera o sistema ADEP uma barreira na prevenção de erros relacionados ao atendimento de prescrições?

Sim; não; não sei.

O que falta para a adequação do sistema ADEP? Capacitação; investimento financeiro; apoio Institucional; interesse dos colaboradores; outros. Você teve capacitação para

utilização das ferramentas

eletrônicas necessárias para o seu cotidiano de trabalho?

Sim; não; sim, mas considero inadequada.

a: Pra garantir a identificação correta do sistema por parte dos entrevistados foi considerado o nome comercial/marca ADEP, e não o nome genérico “sistema eletrônico de atendimento de prescrições”.

(63)

61

(64)

62

5.1 Perfil dos profissionais no núcleo de segurança do paciente (NSP) e na unidade de terapia intensiva B (UTIB)

O Núcleo de Segurança do Paciente no momento da realização deste estudo era composto por cinco profissionais da enfermagem, todos do setor administrativo, um nutricionista, um técnico de informática e um técnico em manutenção, estando todos os trabalhadores inseridos na instituição a mais de seis meses. Ao serem questionados sobre a realização de um treinamento para capacitação dos mesmos para fazer parte do NSP, seis dos oito participantes do grupo (75% do total) declararam não terem recebido nenhum tipo de treinamento, enquanto os dois profissionais restantes (25% do grupo) afirmaram terem participado de algum encontro voltado à essa capacitação.

Durante a realização deste estudo, a UTIB apresentou uma rotatividade de profissionais elevada. A equipe da UTI-B que participou deste estudo incluiu três técnicos de enfermagem e três enfermeiros (técnicos e graduados, respectivamente).

5.2 Registro dos eventos adversos relacionados com o atendimento de prescrição medicamentosa

Através das análises de dados obtidos à partir registros oficiais na instituição (via OS), conforme o descrito no item 3.4.1.2, observou-se que dentro da UTIA, nos meses de junho a agosto do ano de 2013 existiram 18 ocorrências associadas a medicação, sendo 39% relacionadas à administração (7 no total), 39% checagem (7 no total), 16% dispensação (3 no total), e 6% prescrição (1 no total). No mesmo período, a UTIB registrou um total de 5 ocorrências, todas relacionadas à administração de medicamentos. Esses dados referem-se ao período anterior à implantação do SEAP na UTIB (Figuras 1A e B).

Após a implementação do SEAP na UTIB, a incidência de OS associadas à medicação foi avaliada novamente. Para fins de comparação, esses dados também foram coletados na UTIA (que não teve o sistema implementado). Nos três meses de avaliação (março a maio de 2014) a UTIA registrou um total de

(65)

63

14 ocorrências associadas a medicação, sendo 43% relacionada à administração (06 no total), 07% a checagem (01 no total), e 50% a prescrição (07 no total); por outro lado, no mesmo período não existiram registros de erros relacionados ao atendimento das prescrições medicamentosas na UTIB (Figuras 1C e 1D, respectivamente). A Figura 1E mostra que, quando considerados o número de leitos de cada unidade, não há diferença na ocorrência de eventos entre a UTIA e a UTIB no período anterior à implementação do SEAP.

5.3 Conhecimento declarado dos profissionais acerca de segurança do paciente

Para verificar o conhecimento dos profissionais acerca do tema segurança do paciente foi realizado o questionamento sobre o que o mesmo conhecia sobre o tema, tanto aos profissionais do NSP como os da UTIB. Os resultados mostraram que a maioria dos integrantes demonstram um conhecimento classificado como amplo ou parcial sobre o tema, embora um percentual menor não tenha conseguido apresentar respostas classificadas como esperadas (ver Quadro 1) sobre o tema (Figura 2).

Com relação ao conhecimento sobre ações praticadas, observou-se que os profissionais da UTIB demonstraram conhecimento amplo sobre atitudes voltadas à segurança do paciente em um âmbito geral, uma vez que todos deram respostas semelhantes àquelas descritas na literatura, as quais encontram-se descritas no Quadro 3 (Figura 3A). Porém, metade desses profissionais não foi capaz de descrever ou citar ações específicas voltadas ao cuidado com o atendimento de prescrições, revelando um conhecimento parcial, ou mesmo abaixo do que seria desejável sobre esse tópico (Figura 3B).

(66)

64

Junho Julho Agosto

0 50 100 E rr o s n o a te n d im e n to d e p re s c ri çõ e s ( % t o ta l) 1 4 1 2 1 3 1 1 4 UTIA

A

0 0 0 Antes do SEAP

Após o SEAP na UTIB

Março Abril Maio

0 50 100 E rr o s n o a te n d im e n to d e p re s c ri çõ e s ( % t o ta l) 1 1 1 1 2 4 4

C

UTIA 0 0 0 0 0 Junho/Julho/Agosto Março/Abril/Maio 0.0 0.5 1.0 1.5 T a x a d e i n c id ê n c ia d e e rr o s d e m e d ic a m e n to s p o r le it o . UTIA UTIB 1.3 0.8 1.0 0.0

Junho Julho Agosto

0 50 100 3 2 UTIB

B

000 0 000 000

Março Abril Maio

0 50 100

Não houve Registros de erros

D

UTIB

Administração Checagem Prescrição Dispensação

(67)

65

Os mesmos pontos foram abordados na entrevista com os membros do NSP. Nesse caso, apenas metade dos profissionais demonstraram conhecimento amplo ou parcial

Figura 2: Distribuição de incidentes associados à medicação e prevenção dos mesmos após a implementação de um sistema eletrônico de atendimento a prescrições (SEAP). Os gráficos A e C apresentam os dados dos eventos adversos relacionados ao atendimento das prescrições em dois trimestres diferentes, em local (UTIA) no qual o controle de prescrição, dispensação e administração de medicamentos é feito por checagem manual. Os gráficos C e D apresentam a incidência e ocorrências associadas a medicamentos em outra unidade (UTIB) da mesma Instituição, antes (C) e após (D) a implementação do SEAP. Apesar da diferença em quantidade absolutas, a avaliação do número de eventos por leito não diferiu no período anterior à implementação do SEAP (E).

Figura 3: Conhecimento declarado pelos integrantes do núcleo de segurança do paciente (NSP) e da unidade de terapia intensiva B (UTIB). Os parâmetros utilizados para a classificação do grau de conhecimento estão descritos no Quadro 1.

(68)

66

sobre medidas gerais de segurança ao paciente no atendimento hospitalar, mas 70% descreveram, de acordo com a literatura, medidas importantes para garantir a segurança no atendimento às prescrições (Figuras 3A e 3B, respectivamente).

NSP UTIB 0 50 100 Co nh ec im en to *s ob re *A çõ es * (% t o ta l)

A

NSP UTIB 0 50 100

B

Voltadas à segurança do paciente Voltadas ao atendimento das prescrições

Demonstra Conhecimento Amplo Demonstra Conhecimento Parcial Demonstra Conhecimento Insatisfatório

5.4 Dificuldades no atendimento das prescrições medicamentosas

Ao comparar a percepção dos profissionais entrevistados sobre os elementos que dificultam o atendimento das prescrições medicamentosas, verificamos que três das quatro situações mais descritas na literatura (Quadro 3) foram lembradas com grande frequência durante a entrevista, sendo elas a ilegibilidade da prescrição, o conhecimento sobre a farmacologia dos medicamentos prescritos/administrados, e a nomenclatura diferente para uma mesma medicação. É interessante destacar que os profissionais muitas vezes citaram mais de uma dessas situações em suas respostas. A análise do conjunto de respostas fornecidas pelos dois grupos revela que enquanto pouco mais da metade dos profissionais do NSP

Figura 4: Conhecimento declarado pelos profissionais da Unidade de Terapia Intensiva B (UTIB) e do Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) sobre as ações que garantem a segurança do paciente durante a assistência hospitalar (A) e durante o atendimento às prescrições (B).

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67

destacou tanto a ilegibilidade como a limitação de conhecimentos sobre farmacologia como os elementos de maior impacto durante o atendimento a prescrições, todos destacaram a dificuldade na compreensão da farmacologia dos medicamentos prescritos como um fator limitante nesse processo, superando problemas como a ilegibilidade e nomenclatura dos fármacos (Figura 4).

NSP UTI-B 0 50 100 In c id ê n c ia d a s d if ic u ld a d e s e n c o n tr a d a s e m % Ilegibilidade Entendimento Farmacológico Nomenclatura

5.5 Avaliação descritiva do sistema eletrônico de atendimento de prescrição medicamentosa na visão dos profissionais.

Dentre os profissionais do NSP, dois dos entrevistados declararam não conhecer o SEAP. É importante destacar aqui que, nesse caso, afirmaram desconhecer o sistema apenas aqueles membros que não são profissionais da área de saúde. Por outro lado, mesmo dentro da equipe de enfermagem atuante na UTIB, local onde a ferramenta já estava implementada no momento da entrevista, observou-se um percentual (um entre os oito participantes da pesquisa) de desconhecimento sobre o SEAP (Figura 5).

Figura 5: Dificuldades encontradas pelos profissionais da Unidade de Terapia Intensiva B (UTIB) e do Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) no atendimento a prescrição.

(70)

68

O desconhecimento sobre o SEAP pode estar associado à ausência de treinamento direcionado a sua apresentação e utilização, uma vez que também obtivemos uma resposta descrevendo a capacitação recebida para uso do sistema eletrônico como apenas parcialmente efetiva, enquanto para os demais entrevistados da UTIB o treinamento fornecido foi suficiente para a boa utilização do SEAP. A mesma parcela da equipe de enfermagem declarou, durante a entrevista, que reconhece o SEAP como uma barreira na prevenção de erros relacionados ao atendimento de prescrição (Figura 6). Por fim, observou-se que a melhoria do sistema de informatização, implementação em outras unidades e padronização do uso do SEAP em detrimento ao uso de papel foram os pontos considerados cruciais para a otimização do uso do sistema na Instituição. A falta de interesse dos profissionais em utilizar a ferramenta também foi destacada pelos entrevistados. Por outro lado, fatores como necessidade de capacitação, investimento financeiro e apoio institucional foram pouco citados (incidência menor que 25%). A resposta outros está relacionada aos ajustes do software (Figura 06). NSP UTIB 0 50 100 C o n h e c im e n to s o b re o S E A P (% to ta l) 1 5 2 6 Declaram conhecer

Declaram não conhecer

Figura 6: Conhecimento sobre o SEAP pelos profissionais da Unidade de Terapia Intensiva B (UTIB) e do Núcleo de Segurança do Paciente (NSP).

(71)

69

5.6 Medicamentos mais utilizados na Unidade de Terapia intensiva B (UTIB)

Ao observamos que os colaboradores possuem muitas dúvidas sobre os aspectos farmacológicos das medicações (Figura 4), obtivemos uma lista das 20 medicações mais utilizadas dentro do setor UTIB, através do SEAP. O quadro 06 mostra esses fármacos em ordem alfabética.

Após a obtenção do quadro das medicações mais utilizadas, foi realizada uma busca no site da ANVISA para dissertar os aspectos farmacológicos dessas e criar um quadro informativo (Quadro 07), que foi aplicado estrategicamente na bancada do posto de enfermagem, onde os medicamentos são preparados para serem administrados, sugerindo então a sua utilização como ferramenta de auxílio para os profissionais de enfermagem que tiverem dúvidas referentes a eles.

UTIB 0 50 100 M e lh o ri a s s u g e ri d a s (i n c id ê n c ia e m % ) Capacitação investimento Financeiro Interesse Profissional Apoio Institucional Outros

Figura 7: Melhorias sugeridas pelos profissionais da unidade de terapia intensive B (UTIB) para o sistema eletrônico de atendimento de prescrições (SEAP).

(72)

70

Quadro 6: Os medicamentos mais utilizados na Unidade de Terapia Intensiva B (UTIB) em ordem alfabética.

Medicação

Agrastat® (cloridrato de tirofibana) Aldactone® (espirinolactona) Atlansil® Ancoron® (amiodarona)

Apresolina® (hidralazina) Aspirina® (ácido acetilsalicilico) Atenolol Atensina® (clonidina) Brilinta® (ticagrelor) Captopril

Clexane® (enoxaparina sódica) Dobutamina

Isordil® (dinitrato de issorbida) Lasix (furosemida)

Losartana

Nexium® (esomeprasol) Nipridi® Nitroprus® (nitroprussiato)

Norepinefrina (hyponor) Plavix (clopidogrel) Sustrate® (propatilnitrato) Tridil® Nitroderm® (nitroglicerina)

(73)

71

Quadro 7: Quadro de informações farmacológicas sobre as medicações mais utilizadas na unidade de

terapia intensiva B (UTIB).

Quadro de Medicamentos mais Utilizados UTIB

Medicação Indicação/Ação: Principais efeitos

adversos: Observações complementares: Agrastat® (cloridrato de tirofibana) É indicado para pacientes com angina

instável ou infarto do miocárdio sem elevação do segmento ST (IMSSSST) para prevenir a ocorrência de eventos cardíacos isquêmicos. Também Quando usado concomitantemente

com heparina e/ou aspirina é muito comum ocorrer sangramentos (hematúria, hematêmese e hemoptise).

Deve-se usar com cautela quando

administrado concomitantemente

com outros anticoagulantes. Após diluído deve ser infundido em até

(74)

72 para prevenir a ocorrência de complicações coronarianas isquêmicas relacionadas ao fechamento abrupto da artéria coronária tratada.

Pode haver cefaleia, náusea e febre. Aldactone® (espirinolactona) É indicado para o tratamento da hipertensão essencial, distúrbios edematosos. É um diurético poupador de potássio Hiperpotassemia, alteração do libido, tontura, náusea, prurido, insuficiência renal aguda, ginecomastia. Interação com inibidores da ECA provocam aumento dos níveis de potássio no sangue. Reduz a resposta

(75)

73 que atua nos túbulos

contornados distais do rim.

vascular a norepinefrina e potencializa os efeitos dos anti-hipertensivos quando administrados juntos. Atlansil® Ancoron® (amiodarona)

A amiodarona tem sido utilizada para suprimir um grande número de

arritmias supraventricular e ventricular incluindo taquicardia juncional,

Risco para Flebite, hipertiroidismo, microdepósitos na córnea, aumento das transaminases séricas (TGO e TGP), insuficiência É contraindicada nos casos de bradicardia sinusal, bloqueio sinoatrial, disfunções na tireoide e hipersensibilidade

(76)

74 flutter e fibrilação atrial,

taquicardia ventricular e fibrilação ventricular associada com doença

arterial coronária e cardiomiopatia hipertrófica. hepática, distúrbio do sono, toxicidade pulmonar, fotossensibilidade cutânea. ao iodo. Dose de ataque: 2 amp + 250 ml SG correr em 1h Dose Manutenção: 6 amp + 500 ml SG correr em 24h Apresolina® (hidralazina) É indicado para hipertensão e Insuficiência cardíaca congestiva crônica. É um vasodilatador periférico de ação relaxante direta na Palpitação, cefaléia, vertigens, dor muscular, diarréira, vômito hipotensão. O tratamento concomitante com outros vasodilatadores, antagonistas de cálcio, inibidores da ECA, diuréticos,

(77)

75 musculatura lisa dos

vasos. anti-hipertensivos, antidepressivos tricíclicos e tranquilizantes maiores, assim como o consumo de álcool, podem potencializar o efeito redutor da pressão. Aspirina® (ácido acetilsalicílico) É um inibidor da agregação plaquetária indicado para infartos, prevenção de acidente vascular cerebral, redução do risco de Disturbios gastrointestinais superior e inferior, risco de sangramento. É contraindicado utilizar concomitantemente com metotrexato. Requer cuidados quando utilizados

(78)

76 morbidade e morte em angina pectoris, prevenção de tromboembolismo após cirurgia vascular. concomitantemente com ibuprofeno, trombolíticos. Antidepressivos inibidores seletivos da receptação de serotonina e digoxina por aumentar a concentração desta na corrente sanguínea.

Atenolol É indicado para o

controle da hipertensão arterial, angina Os efeitos mais comuns são: bradicardia, Utilizado concomitantemente com verapamil e

(79)

77 pectoris, controle de arritimias e tratamento do infarto agudo do miocárdio. É um betabloqueador, beta-1 seletivo. extremidades frias, fadiga. Pode ocorrer

broncoespasmo em pacientes com asma

brônquica ou com histórico de queixas asmáticas. diltiazem podem resultar em hipotensão grave, bradicardia e insuficiência cardíaca. Quando utilizados concomitantemente com adrenalina, essa pode neutralizar o efeito dos betabloqueadores. Atensina® (clonidina) É indicado para hipertensão arterial Tontura, sedação, hipotensão

Não deve ser utilizada

Referências

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