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Academic year: 2021

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TÍTULO: DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: QUARENTA ANOS DE AVANÇO, DE ESTOCOLMO À RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL.

TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS ÁREA:

SUBÁREA: ADMINISTRAÇÃO SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO EURÍPEDES DE MARÍLIA INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): THAYNARA DRIELLI DE SOUZA GARCIA AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): SOLANGE APARECIDA DEVECHI ORDONES ORIENTADOR(ES):

COLABORADOR(ES): DORI ALIMENTOS SA COLABORADOR(ES):

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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: QUARENTA ANOS DE AVANÇO, DE ESTOCOLMO À RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL.

1. RESUMO

O fator meio ambiente tem recebido, desde a década de 1970, um enfoque cada vez mais crescente. O assunto eclodiu em 1972, após a Conferência das Nações Unidas e o enfoque dado à questão ambiental tornou-se cada vez maior, pois os problemas ambientais, antes pouco debatidos, foram motivos para reunir centenas de países, ao longo dos anos, tendo ocorrido até o momento três grandes conferências mundiais sobre o meio ambiente. Devido a este contexto, o estudo propõe levantar dados, a fim de provocar nas pessoas uma reflexão para que despertem para os problemas ambientais que se apresentam de forma preocupante e avançam de forma acelerada no nosso planeta. A metodologia tem caráter exploratório e descritivo com apresentação de estudo de caso em empresa de grande porte do ramo alimentício da cidade de Marília. Como resultado, percebe-se que as conferências trouxeram novidades e ações práticas nas organizações, discussões dos problemas e suas consequências, porém ainda há muito que se fazer pelo fato de as ações serem ainda lentas diante da urgência e necessidades apresentada. Acredita-se ainda, que o fator meio ambiente e a busca pela sustentabilidade serão sempre um assunto atual, e que exija atenção mundial para que resulte em melhor efeito e cobrança por parte dos órgãos de competência no assunto.

2. INTRODUÇÃO

No decorrer das últimas décadas, o enfoque dado à questão ambiental mundial avançou. A temática, antes pouco debatida, pouco a pouco foi ganhando espaço, tanto no vocabulário cotidiano quanto no empresarial, tendo sido abordado, inicialmente, em conferências de porte internacional, que reuniram chefes de Estados para discutirem a respeito dos problemas ambientais mundiais.

De acordo com Barbieri (2007, p.1-2), ‘Os problemas ambientais, por mais variados que sejam, decorrem do uso do meio ambiente como fonte de recursos para a produção da subsistência humana e como recipiente de resíduos da produção e consumo.’. Logo, a busca pela amenização destes problemas ambientais torna-se responsabilidade dos Estados e de suas organizações, o que

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permite o desenvolvimento de políticas de responsabilidade social e de responsabilidade social empresarial por parte das organizações.

Tais políticas, que outrora eram caracterizadas como diferenciais competitivos, tornaram-se parte integrante da gestão empresarial de qualquer organização que queira se destacar no mercado, tendo sido influenciadas pelo conjunto de três forças que interagem entre si, sendo elas: o governo, a sociedade e o mercado.

Devido à pressão exercida por parte dessas três forças, a gestão ambiental empresarial tem se desenvolvido, e a prestação de contas por parte das organizações se torna cada vez mais necessária. Logo, tem-se a necessidade de criação de politicas social e ambientalmente responsivas, tais como a responsabilidade social empresarial.

3. OBJETIVOS

Estabelecer um breve panorama entre as três principais conferências mundiais a respeito do meio ambiente, apontar as mudanças que ocorreram nos últimos quarenta anos e identificar propostas para o desenvolvimento sustentável.

4. METODOLOGIA

A metodologia é exploratória, descritiva e analítica. O estudo deu-se por meio do levantamento bibliográfico sobre o assunto em questão, para embasamento do trabalho, como também acerca das conferências sobre o meio ambiente e das propostas ambientalmente responsivas.

A partir dos dados bibliográficos fez-se uma análise das três Conferências, evidenciando as discussões dos assuntos, que, enfim, remetem a um mesmo norte: o desenvolvimento sustentável, e que possuem propostas a respeito dos quais terá uma. O trabalho contou ainda com estudo de caso realizado da Indústria Dori Alimentos, que, através de um questionário expôs suas ações e cuidados demandados ao meio ambiente em conformidade com as conferências em análise. A partir daí, os dados foram analisados e serviram como fundamentação prática que abarca este estudo acerca da sustentabilidade, os problemas ambientais e da relevância das Conferências ambientais.

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5.1. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: QUARENTA ANOS DE AVANÇO, DE ESTOCOLMO À RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL.

5.1.1. Conferências Socioambientais em Seus Quarenta Anos de Avanço O fator meio ambiente tem recebido, desde a década de 1970, um enfoque cada vez mais crescente. O assunto eclodiu em 1972, após a Conferência das Nações Unidas. Depois disso, a atenção dada à questão ambiental tornou-se cada vez maior, e os problemas ambientais, antes pouco debatidos, foram motivo para reunir centenas de países, ao longo dos anos, tendo ocorrido até o momento três grandes conferências mundiais sobre o meio ambiente.

A Conferência das Nações Unidas sobre o Homem e o Meio ambiente realizada em 1972, na cidade de Estocolmo (capital da Suécia) foi o marco inicial da consciência ambiental internacional, introduzindo ao mundo o fator meio ambiente como elemento crucial para o desenvolvimento, e chamando a atenção para aquilo que, mais tarde, seria chamado de desenvolvimento sustentável. A primeira ideia desta conferência propunha o congelamento do crescimento econômico como solução para a diminuição dos impactos ambientais. Em contrapartida, a ideia proposta pelos países em desenvolvimento era exatamente o oposto; desenvolver economicamente, ainda que, para isso, o meio ambiente continuasse tendo grandes impactos negativos.

Em resposta a essa contradição de ideias, foi elaborado um documento intitulado Declaração sobre o Meio Ambiente, que se tratava de uma lista com vinte e seis princípios básicos que as nações deveriam buscar atingir nos próximos anos, dentre os quais a preservação da fauna e da flora silvestre a educação ambiental como um fator essencial.

Após onze anos, em 1983,a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, publicou um relatório intitulado “O nosso futuro comum”, mas conhecido como Relatório de Brundtland, que, segundo Louzada (2010), definiu o desenvolvimento sustentável como “o desenvolvimento que atende às necessidades das gerações presentes sem comprometer a capacidade de gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”1, e que enfatizou problemas ambientais como a destruição da camada de ozônio e, consequentemente, o aquecimento global.

1Disponível em:

<http://www.ebah.com.br/content/ABAAABQD0AA/historico-questao-ambiental>. Acesso em 21 de abril de 2013.

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Nove anos se passaram e em 1992, foi realizada no Rio de Janeiro, Brasil, vinte anos após a primeira Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Conferência de Cúpula da Terra, mais conhecida como Rio 92 ou ECO 92. Essa conferência inicialmente seguia os pressupostos do Relatório de Brundtland,focado no desenvolvimento sustentável. Nela ficou decidido que os Estados deveriam estabelecer entre si acordos internacionais que respeitassem os interesses de todos e protegessem a integridade do sistema global de meio ambiente e desenvolvimento.

Para isso, foi elaborado um documento chamado Agenda 21, que constituía um modelo de como satisfazer as necessidades de desenvolvimento das gerações futuras sem, entretanto, comprometer o meio ambiente, conciliando, portanto, um método de proteção ambiental, que apresentava um plano de desenvolvimento sustentável para todos os países. A ideia inicial era desenvolver uma Agenda 21 internacional, a partir da qual, cada um dos 179 países participantes da ECO 92 desenvolveria sua própria Agenda 21, seguindo os pressupostos do documento original.

Mais recentemente, em 2012, foi realizada novamente no Rio de Janeiro, a Rio+20, que reuniu governantes da sociedade internacional para discutir a respeito dos problemas ambientais, analisando quais foram osprogressos ambientais desde 1992, quais tratados foram cumpridos e identificando as dificuldades enfrentadas rumo ao desenvolvimento sustentável nos últimos vinte anos. Os objetivos traçados foram divididos em duas vertentes principais: A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza e a Estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável.

Na busca de alcançar estes objetivos, foi criado umdocumento chamado O futuro que queremos, que basicamente reafirma tudo o que ficou decidido nasconferências anteriores, tendo como diferencial básico a criação de um fórum ministerial para o desenvolvimento sustentável, quefoi integrado ao Conselho Econômico e Social das Nações Unidas, com o objetivo de ajudar a implantar o conceito de erradicação da pobreza e de desenvolvimento sustentável até o final de 2015.

5.1.2. Gestão Ambiental e Responsabilidade Social Empresarial

Tendo-se como princípio, de acordo com Barbieri (2007), que os problemas ambientais são causados pelo usufruto deliberado do meio ambiente pelo homem, a

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busca pela amenização destes problemas torna-se responsabilidade dos Estados e de suas organizações, o que permite o desenvolvimento de políticas de responsabilidade social empresarial por parte das organizações.

O governo, por meio da legislação, obriga as organizações a adotarem práticas ambientalmente corretas, sob pena de multa caso as especificações dadas não sejam cumpridas. É cada vez maior o número de organizações que atuam na área ambientalista, e que exercem pressão sobre as demais empresas por meio de denúncias de práticas ambientalmente agressivas. Desta maneira, é crescente o número de aprovações de leis de cunho ambiental.

A sociedade e o mercado exercem pressão para com as empresas devido à conscientização, cada vez maior, do consumidor, que em geral, tem optado por adquirir produtos e serviços de empresas que sejam ecologicamente corretas, estando disposto a dispender maior valor aquisitivo para o produto devido a enxergar as questões sociais e ambientais como uma forma de agregação de valor aos bens de consumo.

Logo, as organizações têm se empenhado pela busca do título de socialmente responsável, ou de empresa sustentável, ainda que saibam que, para isso, necessitarão cumprir alguns pré-requisitos, como apontam os autores da Academia Pearson (2011, p.105) apud Crosbie (1997):

Uma empresa sustentável é aquela que cria valor de longo prazo aos acionistas ou proprietários e contribui para a solução dos problemas ambientais e sociais. Mais especificadamente, os negócios ou empresas sustentáveis são as que:

- satisfazem as necessidades atuais usando recursos de modo sustentável;

- mantém um equilíbrio em relação ao meio ambiente natural, com base em tecnologias limpas, reuso, reciclagem ou renovação de recursos;

- restauram qualquer dano por eles causado;

- contribuem para solucionar problemas sociais em vez de exacerbá-los;

- geram renda suficiente para se sustentar.

Desta maneira, fica visível que, para que uma empresa seja considerada como social e ambientalmente responsável, ela precisa ir além das suas obrigações civis e legais, e buscar técnicas e mecanismos de gestão que cooperem para que a sustentabilidade seja implantada em seus princípios e valores. O controle da poluição busca o desenvolvimento de práticas que impeçam os efeitos da poluição gerados durante os processos produtivos, podendo ser realizado através de ações

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ambientais reativas das organizações. Finalmente, a abordagem estratégica se resume a ações reativas e proativas das organizações, que buscarão corrigir, prevenir e antecipar problemas ambientais, através do uso de tecnologias limpas, o que traz às organizações possíveis vantagens competitivas.

Desta forma, governo, mercado e sociedade devem-se manterem-se atentos quanto às práticas e políticas de gestão ambiental empresarial apresentada pelas organizações, e continuar exercendo pressão sobre as empresas, de modo que possam averiguar quando elas estão, de fato, se empenhando na busca por melhorias organizacionais que culminem na preservação ambiental e no desenvolvimento sustentável.

De acordo com Albert Schweitzer, o homem tornou-se perigoso para a natureza, visto que aprendeu a dominá-la antes de aprender a dominar a si mesmo, de modo ele passou a usufruir o meio ambiente de maneira desenfreada, utilizando-o cutilizando-omutilizando-o futilizando-onte de recursutilizando-os para sua subsistência, causandutilizando-o assim utilizando-os mais variadutilizando-os problemas ambientais. Logo, a prestação de contas do homem em relação ao meio ambiente, torna-se necessária.

Sendo assim, foi desenvolvida recentemente uma política de gestão empresarial intitulada Responsabilidade Social Empresarial, que de acordo com Costa (2007), consiste no “comprometimento e compromisso de uma organização para com a sociedade” 2na qual está inserida, a partir da prestação de contas da

organização para com seus stakeholders. É uma política que não substitui o desenvolvimento sustentável, mas que busca meios para alcança-lo.

Ambos, desenvolvimento sustentável e gestão de responsabilidade social empresarial, caminham juntos. Cabe então, à alta administração das empresas, a criação de políticas internas que tenham impacto positivo externo.

Dessa maneira, a política de responsabilidade social empresarial atua de forma bilateral, como apontam Hanashiro, Zaccarelli, Teixeira e Godoy (2007, p. 90):

A responsabilidade social empresarial diz respeito a mudanças intencionais responsáveis promovidas no ambiente físico e social. As organizações possuem duas orientações quanto à mudança social planejada: uma externa, que diz respeito a promover novos comportamentos em públicos-alvo externos à organização, e outra interna, que diz respeito ao público interno.

2Disponível em:

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A responsabilidade social das organizações refere-se, portanto, à influência que exerce em relação ao seu ambiente social interno, tanto quanto externo.

Em relação ao ambiente interno, a responsabilidade social empresarial está intimamente ligada a um bom relacionamento entre gestores e colaboradores, quanto às políticas de recursos humanos da empresa. Já em relação ao ambiente externo, ela relaciona a gestão responsável da cadeia logística, da cadeia produtiva e do meio ambiente, tendo como base que as organizações, em sua cadeia logística, formam uma teia interligada, como uma rede, na qual cada elemento tem grande influencia sobre o todo.

Quanto às políticas ambientalmente corretas e às principais abordagens das organizações para o desenvolvimento sustentável, é possível citar ações como a reciclagem (associada à coleta seletiva), o tratamento de efluentes, a destinação final adequada dos resíduos, o uso racional da água e do solo, a manutenção e preservação dos ecossistemas, o controle das emissões gasosas, o uso racional da energia e da matéria com ênfase à conservação, a reciclagem e reuso dos materiais e o controle da poluição.

6. RESULTADOS

6.1. Estudo de Caso na Dori Alimentos SA.

Como objeto de estudo tem-se a empresa Dori Alimentos SA, situada na cidade Marília e atuante no mercado há mais de quarenta anos. A empresa mantém, como um de seus princípios, o ideal de que ser consciente é também ser sustentável, e investe parte de seu capital em ações socioambientais que visam a “quitação de contas” da empresa para com a sociedade e o meio ambiente.

A organização conta com o Sistema Integrado de Gestão Ambiental(SIGA), que tem como objetivo criar um sistema de gerenciamento documentado com normas e procedimentos abrangendo a gestão de resíduos sólidos, líquidos e gasosos, foi criado com foco na preservação ambiental, a fim de administrar e controlar as atividades poluidoras provenientes dosprocessos industriais, de maneira a minimizar ou até mesmo eliminar os impactos aos recursos naturais.

6.2. Procedimentos Metodológicos do Estudo de Caso.

Para a realização da pesquisa aplicada elaborou-se um questionário com oito perguntas estruturadas com o objetivo de conhecer as práticas da organização

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frente às conferências apontadas anteriormente e a influência das mesmas diante da tomada de decisão nos assuntos ligados às questões socioambientais.

O questionário contou com a participação do Supervisor Ambiental, Juliano Canonio Pimenta, que atua na empresa há quinze anos. Através do questionário, foi possível contatar que a missão da organização no que diz respeito à gestão ambiental é cumprir os requisitos legais, reduzir o consumo de recursos naturais, divulgar entre os colaboradores práticas de responsabilidade ambiental promovendo o desenvolvimento sustentável.

Vale ressaltar, que embora a organização seja atuante no mercado há mais de quarenta anos, e tenha acompanhado as três conferências mundiais sobre o meio ambiente, a consciência ambiental foi promovida e difundida espontaneamente pelos diretores e presidência da corporação.

No que diz respeito ao segmento de líquidos, a empresa criou um sistema para gestão de seus recursos hídricos, além de possuir uma estação de tratamento dos efluentes em uma de suas filiais, na qual cem por cento da água consumida é proveniente de poços artesianos, e aproveitar a água da chuva para os sanitários.

Com relação ao segmento de sólidos, a organização subdivide-se em duas principais vertentes: resíduos recicláveis e resíduos não recicláveis. Na gestão dos resíduos recicláveis, o objetivo é garantir, aos clientes e à população, que os resíduos gerados nos processos produtivos são destinados a parceiros qualificados e que todo o material será reciclado dentro de rígidas normas ambientais, contando com coleta seletiva. E na gestão dos resíduos não recicláveis, tem-se como princípio que os resíduos não recicláveis e sem aproveitamento energético serão destinados a aterros industriais devidamente licenciados.

Em se tratando do segmento de gases, a empresa possui um sistema de lavagem dos gases das caldeiras, cujo principal objetivo é a redução do nível de partículas contaminantes e gases que provocam o efeito estufa. Com o lavador é possível reter as partículas maiores, provenientes da queima de biomassa, evitando assim que estas partículas sejam lançadas na atmosfera.

A organização ainda é detentora de créditos de carbono, devido ao plantio de sessenta mil mudas de eucaliptos no sítio em Rolândia, todas destinadas a serem combustível das caldeiras (biomassa), e através das quais a empresa retira, diariamente, toneladas de gás carbônico da atmosfera.

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Diante das propostas praticadas pela organização, torna-se possível afirmar que a empresa tem, em suas práticas, o modelo de gestão de responsabilidade social empresarial, pois possui, na maioria de suas ações, práticas voltadas ao desenvolvimento sustentável e, consequentemente, à preservação do meio ambiente. Cabe lembrar que este modelo de gestão em nada impede que a organização se destaque frente ao mercado, visto que é uma das maiores empresas nacionais na produção de alimentos.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O desenvolvimento sustentável progrediu. No início do século passado, o mundo e suas organizações giravam basicamente em torno da produção, pois haviam eclodido os sistemas Fordista e Taylorista, cujo principal objetivo era a produção em série e em massa, e que visavam, básica e unicamente, o lucro.

Com o passar dos anos e com a chegada do processo da globalização, foram sendo inseridos, vagarosamente, conceitos e preceitos que afrontavam tais ideais, e apenas produzir não era mais o suficiente. As organizações tiveram quebuscar diferenciais competitivos e a inserção do fator meio ambiente foi um destes principais diferenciais.

A palavra sustentabilidade, antes pouco ouvida, começou a ser difundida através das conferências mundiais sobre o meio ambiente, e o impacto que tais conferências geraram sobre as causas ambientais tornou-se notório. O que antes era um diferencial, nos dias de hoje é elemento básico para uma organização que queira estar bem inserida no mercado. As empresas precisaram, cada vez mais, desenvolver internamente políticas de boas práticas de fabricação com redução no impacto ambiental.

Tais políticas ficaram conhecidas como meios para gestão ambiental empresarial e políticas de responsabilidade social empresarial, que atingem tanto o meio interno quanto externo das organizações, possuindo assim grande poder de impacto sobre o meio ambiente.

É fato que ainda há muito que se fazer e melhorar em relação ao meio ambiente. Ainda haverão outras conferências mundiais sobre o meio ambiente e novas questões serão levantadas e abordadas. A busca pela sustentabilidade provavelmente será cada vez mais crescente, porém, diferentemente de quarenta anos atrás, pensar sustentável nos dias de hoje tornou-se necessidade, e o

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pensamento sustentável finalmente e, aos poucos, tem sido incutido no pensamento das pessoas e na gestão das organizações.

O estudo permitiu conhecer de perto as propostas das conferências que impactaram o mundo com suas intenções que visam proteger o nosso planeta e promover a qualidade de vida das pessoas. Além disso, expôs o desenvolvimento das políticas e práticas ambientalmente responsivas às quais as organizações têm se apegado.

Desta maneira, o estudo de caso mostra as ações da organização em questão e sua preocupação com o meio ambiente. É notório o cuidado com o cumprimento das questões legais, a redução do consumo dos recursos naturais e a disseminação das informações junto aos colaboradores no sentido de praticar a responsabilidade ambiental e promoção do desenvolvimento sustentável.

Como pesquisadora, o artigo atendeu às expectativas e interesse em, de alguma forma, participar da busca incessante de salvar o planeta Terra, divulgando informações que possam causar reflexões na sociedade, de um modo geral.

8. FONTES CONSULTADAS

• ARAÚJO, Adilson Ribeiro De. Educação ambiental e sustentabilidade: desafios para a sua aplicabilidade. Disponível

em:<http://pt.scribd.com/doc/50663454/18/A-Conferencia-Internacional-de-Moscou-1987>. Acesso em 21 de abril de 2013.

• BARBIERI, José Carlos. Gestão Ambiental Empresarial: conceitos, modelos e instrumentos. / José Carlos Barbieri. – 2. Ed. Atual e Ampliada – São Paulo; Saraiva,2007.

• COSTA, Carlos Eduardo Da. Responsabilidade Social Empresarial. Disponível em:

<http://www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/responsabilidade-social-empresarial/14182/>. Acesso em 02 de junho de 2014.

• CROSBIE, L.; KNGHT, K. Strategy for Sustainable Business: Environmental Opportunity and Strategic Choice. Berkshire: McGraw-Hill, 1997.

• DORI ALIMENTOS. Disponível em:<www.dori.com.br>. Acesso em 29 de junho de 2014.

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<http://www.brasilescola.com/geografia/eco-92.htm>.Acesso em 18 de novembro de 2012.

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<http://www.brasilescola.com/geografia/estocolmo-72.htm>. Acesso em 22 de novembro de 2012.

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• MAIMON, D. Eco estratégia nas empresas brasileiras. Realidade ou discurso? In: Revista de Administração de Empresas. São Paulo, v.34, n.4, jul./ ago. 1994.

• MEDEIROS, L.C.M. Meio Ambiente e a Empresa: O Mapeamento dos stakeholders relevantes na gestão ambiental das indústrias fluminenses no início do século XXI. [S.1.]: ENANPAD, 2004.

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