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Análise das manifestações patológicas na Câmara de Vereadores Casa Anísio Galvão, Pesqueira – PE: estudo de caso

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Academic year: 2021

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(1)UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS DO SERTÃO – EIXO DAS TECNOLOGIAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL. MÔNICA COSTA DO NASCIMENTO. Análise das Manifestações Patológicas na Câmara de Vereadores Casa Anísio Galvão - Pesqueira – PE: Estudo de Caso. DELMIRO GOUVEIA - AL 2020.

(2) UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS DO SERTÃO – EIXO DAS TECNOLOGIAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL. Análise das Manifestações Patológicas na Câmara de Vereadores Casa Anísio Galvão - Pesqueira - PE: Estudo de Caso. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Engenharia Civil da Universidade Federal de Alagoas – UFAL como requisito parcial para obtenção do Título de bacharel em Engenharia Civil.. Orientador: Prof. MSc. Rogério Jesus Santos. Coorientadora: Prof. MSc. Jéssica Beatriz da Silva.. DELMIRO GOUVEIA - AL 2020.

(3) Catalogação na fonte Universidade Federal de Alagoas Biblioteca do Campus Sertão Sede Delmiro Gouveia Bibliotecária responsável: Renata Oliveira de Souza CRB-4/2209 N244a Nascimento, Mônica Costa do Análise das manifestações patológicas na Câmara de Vereadores Casa Anísio Galvão, Pesqueira – PE: estudo de caso / Mônica Costa do Nascimento. - 2020. 79 f. : il. Orientação: Prof. Me. Rogério de Jesus Santos. Coorientação: Profa. Ma. Jéssica Beatriz da Silva. Monografia (Engenharia Civil) – Universidade Federal de Alagoas. Curso de Engenharia Civil. Delmiro Gouveia, 2020. 1. Manifestações patológicas. 2. Edificações. 3. Câmara de Vereadores Casa Anísio Galvão. 4. Pesqueira – Pernambuco. I. Santos, Rogério de Jesus. II. Silva, Jéssica Beatriz da. III. Universidade Federal de Alagoas. IV. Título. CDU: 624.012.45.

(4) 4.

(5) 5. A Deus que com sua infinita bondade e graça havia me prometido concluir o Curso de Engenharia Civil, aos meus pais e ao meu irmão que não mediram esforços para concretização de um sonho e sobretudo ao meu amado filho Olavo Bernardo..

(6) 6. AGRADECIMENTOS. A Deus Pai, todo poderoso, que por sua infinita bondade me deu a oportunidade de realizar um sonho, além disso, agradeço o dom da vida, da sabedoria e do amor para exercer a Engenharia, por me proporcionar uma família e amigos, que contribuíram para realização deste sonho. Agradeço aos meus pais, Germana Carla Costa Batista Alves e Sebastião Luiz Alves da Silva, que não mediram esforços para concretização desse sonho, fazendo-me acreditar que Deus havia me prometido isso, e que nada é possível sem a presença de um Deus vivo. Além disso, se fizeram presente nesse caminhar me ensinando não apenas os valores essenciais à vida, mas me mostraram e mostram dia após dia, como viver esses valores, me apoiaram em cada decisão tomada, por mais difícil que fosse, e que não só torceram para realização do meu sonho, mas fizeram dele o seu próprio sonho. A eles que se doaram em silêncio, que sacrificaram os seus próprios desejos para realizar a minha, esta vitória é de vocês. Queria agradecer ao meu irmão, Luiz Henrique Costa, que sempre esteve ao meu lado, me dando todo suporte e estando pronto a qualquer momento e hora, para me ajudar no que fosse preciso. Ao meu esposo, Olegário Neto, que me acompanhou durante o curso, sempre me incentivando e acreditando na minha capacidade, quando nem eu mesma acreditava. Agradecer ao meu Filho Amado por me dar motivação, inspiração e força para persistir. A estes que são minha família, minha base, minha vida, meu tudo, sem os quais, essa vitória não seria possível. Gostaria de agradecer ao meu orientador, Professor MSc. Rogério Jesus e a coorientadora Professora MSc. Jéssica Beatriz da Silva, pelos valiosos e majestosos ensinamentos, orientação e apoio, tornando possível a realização deste trabalho..

(7) 7. “Que. os. vossos. esforços. desafiem. as. impossibilidades, lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossível”. (Charles Chaplin).

(8) 8. RESUMO. Nas últimas décadas constatar-se um aumento significativo no que se refere as manifestações patológicas nas construções. Contudo, em todas as épocas, as edificações não têm apresentado desempenho satisfatório, em maior ou menor grau. Nesse contexto, entendese que as manifestações patológicas em edificações são os principais problemas que comprometem a vida útil das construções e essas falhas estão intrinsicamente ligados as origens e causas, que surgem por inexistência e/ou falta de manutenção, erro de execução e de projeto, materiais inadequados. Assim, o referido estudo de caso das manifestações patológicas realizado na edificação da câmara de Vereadores - Casa Anísio Galvão – Pesqueira-PE, prédio histórico e tombado. A vistoria e o diagnóstico, foram efetivados através de inspeções, estudo teórico e desenvolvimento da metodologia de pesquisa, com vistas a contribuir efetivamente com a compreensão e análise acerca das manifestações patológicas e fundamentalmente como estas influenciam no controle de qualidade, níveis de desempenho e segurança dos usuários. Considerando as análises de resultados que trata do percentual de incidências na edificação, pode-se dizer que as mais recorrentes na edificação foram as infiltrações tendo como percentual 42,11%, seguidas das fissuras/rachaduras com percentual de 31,58%, desplacamento e por última corrosão, com menor grau de ocorrências. Por fim, com base nos resultados obtidos, compreende-se que a edificação necessita de restauração e reforma em caráter de urgência, com vista a garantir a vida útil, desempenho, segurança e a preservação de um prédio histórico, que faz parte da identidade patrimonial do município de Pesqueira-PE. Palavras-chaves: Manifestações Patológicas; diagnóstico e análise; inexistência e/ou falta de manutenção; erro de execução e de projeto; materiais inadequados..

(9) 9. ABSTRACT. In the last decades there has been a significant increase in pathological manifestations in civil constructions. However, at all epochs, buildings have not performed satisfactorily, to a greater or lesser degree. In this context, it is understood that pathological manifestations in edifications are the main problems that compromise the useful life of civil buildings and these failures are intrinsically connected to the origins and causes, which arise from inexistence and/or maintenance absence, design and execution errors, also inadequate materials. Thus, the case study of the pathological manifestations was realized in the edification of the City Council - Casa Anísio Galvão - Pesqueira- PE, historic and toppled civil building. The visit and diagnosis were actualized out through inspections, theoretical study and development of research methodology, with a view to effectively contribute to the understanding and analysis of pathological manifestations and fundamentally how they influence quality control, performance levels and safety from users. Considering the analysis of results that deals with the percentage of incidences in the edification, it can be said that the most recurring ones in the civil building were the infiltrations, having a percentage of 42,11%, followed by fissures/cracks, with a percentage of 31,58%. Lastly, detachment of ceramic material and corrosion, with a lower degree of occurrence. Therefore, based on the results obtained, it is understood that the edification needs restoration and renovation urgently, in order to guarantee the useful life, performance, safety and preservation of a historic civil building, which is part of the patrimonial identity from the municipality of Pesqueira-PE. Key words: pathological manifestations, diagnosis and analysis, inexistence and/or maintenance absence; design and execution errors, inadequate materials..

(10) 10. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1: Diferentes desempenhos de uma estrutura, com o tempo em função de diferentes fenômenos patológicos. ............................................................................................................ 18 Figura 2: Conceito de Durabilidade.......................................................................................... 19 Figura 3: Fluxograma dos passos para interpretar e analisar problemas patológicos nas edificações. ............................................................................................................................... 22 Figura 4: Fissura ....................................................................................................................... 25 Figura 5: Trinca ........................................................................................................................ 25 Figura 6: Rachadura.................................................................................................................. 27 Figura 7: Deterioração típica de “pé” de pilar com destacamento do concreto de cobrimento e exposição das armaduras. ......................................................................................................... 28 Figura 8: Tipos de corrosão e fatores que as provocam. .......................................................... 29 Figura 9: Formação de pilha em concreto armado. .................................................................. 31 Figura 10: Representação de uma pilha de corrosão com um mesmo metal. ........................... 32 Figura 11: Tipos de Corrosão. .................................................................................................. 33 Figura 12: Tipos de Vistorias. .................................................................................................. 39 Figura 13: Desempenho da edificação com e sem manutenção. .............................................. 41 Figura 14: Diferenças dos tipos de Manutenção. ..................................................................... 42 Figura 15: Fachada da Casa da câmara e cadeia de Pesqueira-PE-Projeto do engenheiro Félix Lieuter, de 1864. ....................................................................................................................... 46 Figura 16: Mapa Geográfico do Município de Pesqueira-PE.... Erro! Indicador não definido. Figura 17: Fachada da Casa Anísio Galvão.............................................................................. 46 Figura 18: Fachada Frontal e Lateral Direita............................................................................ 48 Figura 19: Fachada Lateral Esquerda. ...................................................................................... 48 Figura 20: Planta Baixa do Térreo. ........................................................................................... 49 Figura 21: Planta Baixa 1º Pavimento ...................................................................................... 49 Figura 22: Corte AA e BB. ...................................................................................................... 50 Figura 23: Corte CC e DD. ....................................................................................................... 50 Figura 25: Percentual de Incidência das Manifestações em toda edificação. ........................... 68 Figura 26: Percentual de locais na parte externa da edificação com alguma manifestação patológica.................................................................................................................................. 70 Figura 27: Percentual de locais na parte interna da edificação com alguma manifestação patológica.................................................................................................................................. 70.

(11) 11. LISTA DE TABELAS. Tabela 1: Classificação quanto ao tipo de abertura .................................................................. 24 Tabela 2: Principais Manifestações Patológicas Causadas por Umidade................................. 36 Tabela 3: Parâmetros propostos pelo Método GUT. ................................................................ 42 Tabela 4: Critérios de pontuação. ............................................................................................. 43 Tabela 5: Dados Cadastrais da Câmara de Vereadores de Pesqueira-PE. ................................ 46 Tabela 6: Manifestações Patológicas Detectadas.......................................................................51 Tabela 7: Aplicação do método GUT.........................................................................................64 Tabela 8: Constatação por ambiente da temperatura e umidade.................................................66.

(12) 12. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS. ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. CONFEA. Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia. CREA. Conselho Regional de Engenharia e Agronomia. GUT. Gravidade, Urgência e Tendência. IBAPE. Instituto Brasileiro de Avaliações e Pericias de Engenharia de São Paulo. NBR. Normas Brasileiras. pH. Potencial Hidrogeniônico. PVC. Policloreto de vinila.. SPHAN. Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

(13) 13. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 14. 2. OBJETIVOS ........................................................................................................ 16. 2.1. Objetivo Geral ..................................................................................................... 16. 2.2. Objetivos Específicos .......................................................................................... 16. 3. REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................. 17. 3.1. Manifestações Patológicas .................................................................................. 19. 3.1.1 Sintomas e mecanismos ...................................................................................... 21 3.1.2 Trincas e Fissuras ............................................................................................... 23 3.1.3 Rachaduras ......................................................................................................... 26 3.1.4 Corrosão ............................................................................................................. 27 3.1.5 Infiltrações .......................................................................................................... 33 3.2. Vistoria ................................................................................................................. 36. 3.3. Manutenção / Intervenção .................................................................................. 39. 3.4. Ferramenta GUT ................................................................................................. 42. 4. METODOLOGIA ............................................................................................... 44. 4.1 Estudo de Caso ........................................................................................................ 44 4.2. Localização e Descrição do Imóvel Vistoriado ................................................. 44. 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES ...................................................................... 51. 5.1 Aplicação do método GUT ..................................................................................... 63 5.2 Constatação da temperatura e umidade por ambiente ....................................... 65 5.3. Resultados das Manifestações Patológicas ........................................................ 67. 5.3.1 Gráfico da Câmera de Vereadores Casa Anísio Galvão Pesqueira –PE........... 68 5.3.2 Gráficos de Levantamento e Identificação de Manifestações Patológicas em Prédio Histórico – Um estudo de Caso. ......................................................................... 69 5.3.3 Análise de comparação de resultados dos estudos de casos. ............................. 71 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 72. REFERÊNCIAS............................................................................................................ 74.

(14) 14. 1 INTRODUÇÃO. A preservação do Patrimônio Ambiental Urbano tem sido citada e definida em vários documentos, como na carta de Atenas (1993), na Carta Internacional para Conservação e Restauração de monumentos e Sítios (1964), no documento de Nairole (1976), nas normas de Quito (1977), nas Cartas de Pelotas e do Restauro Italiano (Universidade do Vale do Rio dos Sinos, 1978) e no compromisso Brasília (Brasil, 1980). Nessa perspectiva, compreender-se que as civilizações mais remotas apresentam um cuidado com o patrimônio histórico, visto que eles fazem partem da identidade cultural de um povo, e isso traz a necessidade de estabelecer normas, criação de documentos que fortaleceram a conservação e restauração de edificações que fazem parte patrimônio ambiental urbano. Nesse contexto, os prédios são parte dos bens materiais que compõem os Ambientes Urbanos. As edificações históricas atravessam séculos testemunhando – contanto a história dos primórdios, do bom gosto, da arte e fundamentalmente como essas edificações resistem ao tempo e/ou seja se degradam com celeridade. Devido ao controle de qualidade construtivo, planejamento, projeto, materiais utilizados e execução, esses são requisitos fundamentais para durabilidade e desempenho dos prédios históricos. No Brasil, a preocupação com a manutenção de uma cultura material que servisse como patrimônio cultural nacional teve início na década de 1920, quando foram criadas as Inspetorias Estaduais Nacionais de Minas Gerais (1926), na Bahia (1927) e em Pernambuco (1928)1. Segundo Rubim (2007), as inspetorias tinham em comum a pretensão de proteger objetos e monumentos de valor históricos e artísticos nacionais em seus respectivos estados, contudo, agiam de forma isolada como todas as outras ações culturais realizadas antes de 1930. Sendo uma política cultural para o patrimônio isolada, a mesma não se destacou no cenário nacional, logo foi substituída pela Inspetoria dos Monumentos criada em 1934. Em 1937, foi criado o serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN) e, a partir do decreto – Lei nº 23 de 1937, o instrumento técnico e jurídico do tombamento, ainda em vigor. Ressalta-se que Pernambuco foi um dos estados agraciados pelas políticas protecionistas do SPHAN, visto que o sociólogo pernambucano Gilberto Tigre, foi nomeado 1 O estado de Minas Gerais, com a cidade histórica de Ouro Preto, os estados da Bahia e Pernambuco, situados dentro do ciclo do couro e algodão, e o estado do Rio de Janeiro centro político na época, eram considerados nas primeiras décadas do século XX os estados que possuíam as principais cidades históricas do Brasil..

(15) 15. delegado regional do 1º Distrito do SPHAN, representando o estado de Pernambuco e colaborando com a eleição do seu patrimônio. Nessa perspectiva, compreende-se que prédios de interesse históricos tem uma necessidade de ser preservados, visto que fazem parte do patrimônio cultural de uma sociedade, e esse estudo traz a análise das manifestações patológicas da Câmara de Vereador - Casa Anísio Galvão da cidade de Pesqueira-PE, prédio tombado como patrimônio histórico e cultural da cidade de Pesqueira-PE, conforme processo de tombamento 435/80,. e Decreto de. Homologação nº 8.445 de 28 de Fevereiro de 1983, inscrição do tombamento no Conselho Estadual de Cultura: Nº 70, Livro do Tombo II, fl.06v, conforme anexo A. Considerando o estudo teórico e pesquisa histórica do prédio da câmara de vereadores de Pesqueira - Casa Anísio Galvão, o presente trabalho encontra-se estruturalmente no levantamento de dados da situação atual da edificação bem como análise das manifestações patológicas presentes na edificação..

(16) 16. 2 OBJETIVOS. 2.1. Objetivo Geral Analisar as patologias recorrentes da Câmara de Vereadores Casa Anísio Galvão –. Prédio Tombado, com vistas a diagnosticar causas e origens das manifestações patológicas, como também averiguar ordem de prioridade utilizando ferramenta GUT.. 2.2. Objetivos Específicos . Averiguar e identificar os tipos de lesões existentes, grau e relevância das manifestações patológicas em prédio tombado, analisando causas e prevenções;. . Indicar possíveis causas e origens das patologias constatadas através de estudo de caso;. . Aplicar através de método da Matriz de Gravidade, Urgência e Tendência (GUT), enumerando uma ordem para resolução dos problemas detectados e/ou diagnosticados..

(17) 17. 3 REFERENCIAL TEÓRICO. Constata-se que nas últimas décadas houve um aumento significativo acerca das patologias presentes nas mais variadas construções em edificação. Nesse contexto, é possível dizer que desde os primórdios deu-se o desenvolvimento em construção, tornando possível planejar e construir em conformidade com as necessidades, como também em observância ao equilíbrio com o meio ambiente. Contudo, as construções em edificações não atendem as necessidades e fundamentalmente não apresentam desempenho satisfatório, o que, por conseguinte, diminui o tempo de vida útil das edificações. Assim, com a aplicação da Engenharia Civil, deram-se ênfase as construções, que por sua vez, surge à necessidade de ampliar conhecimentos, no que se referem às patologias das edificações numa perspectiva ampla, atentando para as causas e consequências das anomalias presentes nas construções antigas e modernas, que tem sido uma preocupação deste século. Ressalta-se ainda, que houve um grande avanço, no que se refere à tecnologia no setor da construção civil, contudo é possível afirmar que as ocorrências patológicas estão presentes em um grande número de edificações, um agravante, o que, por conseguinte, atribui-se esse crescimento das patologias nas edificações, à ausência de planejamento, a mão de obra ineficiente, materiais inadequados e fundamentalmente acompanhamento e monitoramento na execução da obra. Outro aspecto, relevante para minimizar as falhas nas construções, pode-se dizer que estão intrinsecamente ligadas a formação e a preparação técnica dos arquitetos, engenheiros e técnicos da construção civil, que juntas a um controle de qualidade na execução da obra, sem dúvidas diminuem as ocorrências das manifestações patológicas presentes nas edificações e garante maior tempo de vida útil das construções, segurança e servicibilidade. Nessa perspectiva, compreende-se que as patologias em edificações, é um agravamento na vida útil das construções, visto que comprometem de forma significativa as edificações. Nesse contexto, destacam-se as estruturais, objeto de estudo da referida pesquisa. Assim, é possível afirmar que a patologia das Estruturas, no campo das Construções, ocupa-se no estado das origens, formas de manifestações, consequências e mecanismos de ocorrência de falhas e dos sistemas de degradação das estruturas. No que se refere ao desempenho, o mesmo pode ser entendido como o comportamento em serviço de cada produto, ao longo de sua vida útil, estando relacionado diretamente ao trabalho desenvolvido nas etapas de projeto, construção e manutenção (SOUZA; RIPPER,.

(18) 18. 1998, p. 17). Conforme Souza; Ripper (1997), a situação ideal, em relação a uma estrutura, será a de se. desenvolver. o. projeto. de. forma. que. a. construção. possa ser bem feita e o trabalho de manutenção facilitado, mantendo-se a deterioração em níveis mínimos.. Figura 1: Diferentes desempenhos de uma estrutura, com o tempo em função de diferentes fenômenos patológicos.. Fonte: (SOUZA; RIPPER 1997).. A vida útil das estruturas está intimamente ligada à sua evolução, a duração dos materiais, dos componentes e dos mais variados sistemas estruturais, bem como do avanço tecnológico dos processos construtivos, dos programas e das técnicas de manutenção das edificações. De acordo com a ilustração da Figura 2, submete-se à diferentes condições de uso, satisfazendo as solicitações de seus usuários, com vistas a atender as premissas dos desempenhos estabelecidos. Logo, não atendidos os referidos requisitos definidos, ocorrerão problemas diversos, o que, por conseguinte, surgirá novas manifestações patológicas..

(19) 19. Figura 2: Conceito de Durabilidade.. Fonte: Elaborado pelo autor (2019).. Vale salientar, que a necessidade de reabilitar e manter estruturas existentes tornou-se um dado fundamental, visto que surge uma nova escola no que refere a concepção de projeto estrutural (segurança, servicibilidade e vida útil), com vistas a identificar ou constatar causa e conseguências para o desempenho das edificações. Assim, é necessário garantir soluções tão logo apareçam, durante a construção ou após início da execução, ressaltando que as patologias geralmente podem ter origem em qualquer período construtivo.. 3.1 Manifestações Patológicas As edificações, desde dos primórdios apresentam manifestações e/ou problemas estruturais, tais como: as fissuras, manchas, corrosão, entre outros decorrentes dos mais diversos fatores.. O termo patologia é uma derivação do grego (pathos – doença, e logia – ciência estudo) e significa “estudo da doença”. Na construção civil pode-se atribuir patologia aos estudos dos dados ocorridos em edificações. Essas patologias podem se manifestar de diversos tipos, tais como trincas, fissuras, infiltrações e danos por umidade.

(20) 20. excessiva na estrutura. Por ser encontrada em diversos aspectos, recebe o nome de manifestações patológicas. (LOTTERMANN, 2013, p. 20).. Nesse contexto, entende-se que as patologias da construção estão intimamente ligadas às ocorrências de problemas e/ou de falhas que comprometeu as funções das edificações, que uma vez sendo constatadas, deve-se ser empregado métodos de análises teórico-metodológicos, capazes de solucionar problemas apresentados. Segundo, Souza; Ripper (1998), a patologia das estruturas não é apenas um novo campo no aspecto da identificação e conhecimento das anomalias, mas também no que se refere à concepção e ao projeto das estruturas, mas amplamente, à própria formação do engenheiro civil. O que ocorre é que todo aprendizado da engenharia de estruturas tem sido feito, em nível de projeto e execução, pela abordagem das estruturas a serem construídas. Nessa perspectiva, compreende-se que a necessidade de reabilitar e manter estruturas existentes tornou-se um dado fundamental, visto que surge uma nova escola no que refere a concepção de projeto estrutural (segurança, servicibilidade e vida útil), com vistas a identificar ou constatar causa e conseguências para o desempenho das construções. Ainda, no que se refere às causas e consequências nos problemas estruturais e com desempenhos insatisfatórios, é possível dizer que é necessário sistematizar os conhecimentos nesta área, com vistas a garantir efetivamente abordagem cientifica e/ou seja, diagnosticar problemas, desde do início e a manutenção da estrutura, dando ênfase as fases do projeto e fundamentalmente a construção. A patologia pode ser entendida como parte da engenharia que estuda os sintomas, os mecanismos, as causas e as origens dos defeitos das construções civis, ou seja, é o estudo das partes que compõem o diagnóstico do problema. (HELENE, 1992, p. 19). Ressalta-se que ao diagnosticar as patologias das edificações, é necessário efetivamente realizar intervenção com celeridade e eficiência, visto que as anomalias das estruturas se agravam com os discorrer do tempo, e, por conseguinte, desencadeiam outros problemas com proporções distintas, com grau de maior ou menor intensidade. Outro aspecto relevante, para o estudo das patologias das estruturas, é que elas podem ser classificadas como simples ou complexas, quando simples os diagnósticos são evidentes e complexos se necessário efetivar uma análise individual dos problemas. De acordo com Souza; Ripper (1998), os problemas patológicos simples são os que admitem padronização, podendo ser resolvidos sem que o profissional responsável tenha obrigatoriamente conhecimentos altamente especializados. Já os problemas patológicos.

(21) 21. complexos não convivem com mecanismos de inspeção convencionais e esquemas rotineiros de manutenção, obrigando a uma análise pormenorizada e individualizada do problema, sendo então necessários profundos conhecimentos de Patologia das Estruturas. Assim, pode-se dizer que as anomalias da construção estão intimamente ligadas aos problemas que surgem nas edificações, que uma vez diagnosticadas é necessário efetivar intervenções eficientes capazes de solucionar ou minimizar os problemas das patologias existentes, com vistas a garantir o desempenho satisfatório das construções.. 3.1.1 Sintomas e mecanismos. As manifestações patológicas das edificações apresentam características externas, que possibilita concluir qual a natureza, origem e os mecanismos dos fenômenos, como também estimar suas prováveis consequências (HELENE, 1992, p. 19). Nesse contexto, é possível dizer que os sintomas inicialmente podem ser analisados e classificados, com vistas a orientar o primeiro diagnóstico, através de inspeções minuciosas e detalhadas. Ressalta-se, que as anomalias das edificações na maioria das vezes demoram a aparecerem, os sinais são imperceptíveis, o que dificulta primeiro diagnóstico e intervenção. Conforme Tutikian; Pacheco (2013), “A sintomatologia se preocupa em estudar estes sinais com o objetivo de diagnosticar aquela manifestação ou problema patológico”. Nessa perspectiva, após análise dos dados obtidos, é necessário entender os mecanismos que geraram o surgimento das manifestações patológicas. Outro aspecto, relevante é que o profissional responsável pela edificação deve realizar uma mostra do prognóstico, com intuito de apresentar as consequências caso não seja realizado as devidas correções, com vistas a garantir a eliminação do problema. Após a conclusão da análise dos dados obtidos em campo, é possível estabelecer os mecanismos que originaram o aparecimento das manifestações patológicas na edificação, ou seja, diagnosticar o problema. No entanto, o profissional também deve apresentar um prognóstico, explicando as consequências que surgirão caso não sejam efetuadas as medidas corretivas para a eliminação do problema, assim como também se faz necessário indicar quais são estas medidas corretivas, contemplando a etapa da terapia a ser executada (TUTIKIAN; PACHECO 2013, p. 5). Na Figura 3, tem - se uma visão expandida dos passos a serem realizados para interpretar e analisar a evidência de problemas patológicos nas edificações:.

(22) 22. Figura 3: Fluxograma dos passos para interpretar e analisar problemas patológicos nas edificações.. Fonte: Adaptado de Tutikian e Pacheco (2013).. Conforme mostre a Figura 3 acima, os sistemas podem ser analisados e classificados com vistas a garantir o primeiro diagnóstico, por meio de inspeções visuais minuciosas. Assim, realizada a etapa na qual é efetivada a coleta de dados, pode-se identificar os sintomas observados, e, por conseguinte, sua localização e intensidade. Posteriormente, concluída a etapa do diagnóstico, inicia-se a análise dos dados com intuito de estabelecer os mecanismos que originaram o aparecimento das manifestações patológicas nas edificações. Ressalta-se ainda, que é necessário apresentar um prognóstico, dizendo as consequências que surgirão caso não sejam efetivadas as correções para eliminação do problema, bem como estabelecer as medidas corretivas e cumprir com a etapa de terapia. Assim, é válido salientar que as inspeções nas construções são necessárias, trata-se de uma etapa fundamental, para obter desempenho satisfatório nas correções. Ressalto ainda, que as inspeções auxiliam de forma significativa na constatação dos problemas, contudo é necessário realizar intervenção nas falhas identificadas, com vistas a garantir reparos nos danos diagnosticados. Conclui-se que todos os tipos de patologias devem ser tratados e corrigidos, visto que os problemas patológicos podem crescer, desencadeando defeitos estruturais com agravantes significativos. Ressaltar-se que as falhas podem ocorrer de diversas naturezas no início das construções..

(23) 23. 3.1.2 Trincas e Fissuras As trincas podem ser conceituadas como fratura linear no concreto e/ou seja, a ruptura dos elementos que podem diminuir a segurança de componentes estruturais das edificações e que se manifestam em três fases, sendo elas: Conforme abordagem do autor. Segundo Lapa (2008), a) Fase plástica: onde podem surgir trincas em virtude da retratação plástica e do assentamento plástico; b) fase do endurecimento: surgem com a precoce movimentação diferencial dos apoios; e c) fase do concreto endurecido; onde as principais causas do aparecimento das trincas e fissuras são o subdimensionamento, o detalhamento inadequado, a construção sem cuidados indispensáveis, as cargas excessivas, o ataque de sulfatos ao cimento do concreto, a corrosão das armaduras devida ao ataque de cloretos a carbonatação e areação álcali-agregado. É válido ressaltar, que o acompanhamento e monitoramento das trincas e fissuras, é um dado fundamental, com vistas a identificar, as evoluções das mesmas se são ativas ou passivas. Quando ativas, se movimentam podendo modificar-se ao longo do tempo, já com relação as trincas passivas, pode-se dizer que as mesmas ficam estabilizadas e/ou seja, observa-se que não alteração em suas dimensões. Segundo, Souza; Ripper (1998) está diretamente ligado à perfeita identificação da fissuração, suas particularidades no que diz respeito à variação da espessura, da necessidade ou particularidades no que se refere à variação de espessuras, da necessidade ou não de executar reforços estruturais. No caso de fissuras ativas o que se pode fazer, a menos que seja eliminada a causa que os gerou, casos em que passarão a ser passivas. Portanto, em se tratando de fissuras ativas, deve-se promover a vedação, cobrindo os bordos externos da mesma e, eventualmente, preenchendo-a com material elástico e não resistente, devendo ser sempre uma obstrução macia, que admita e conviva com a patologia instaurada, impedindo, no entanto, a degradação do concreto. Para os casos passivos, deve-se fechar a fissura, o que pode ser conseguido pela injeção de um material aderente e resistente, normalmente resinas epoxídicas. Considerando, a abordagem do autor compreende-se que é necessário identificar as variações das espessuras, visto que, após análise criteriosa, define-se se há ou não necessidade de correção e/ou seja, executar reforços estruturais. Acentua-se, que em se tratando das fissuras ativas, é preciso garantir a vedação, preenchendo-as com material elástico e não resistente o que, por conseguinte evitará o desgaste do concreto. No que se refere à fissura, aconselha-se que se devem utilizar materiais aderentes e resistentes, habitualmente resinas epoxídicas..

(24) 24. Segundo Figueiredo et al (2012), “fissuras são classificadas de acordo com a profundidade e características da abertura, assumindo nomes diferentes”. Para Lordsleem Jr. (1997), pode-se definir fissura com base na seguinte afirmação: Manifestação patológica resultante de uma solicitação maior do que a capacidade de resistência da alvenaria, com aberturas lineares até a ordem de 1 mm de largura, que podem interferir nas suas características estéticas, funcionais ou estruturais Assim, pode-se dizer que a dimensão desta manifestação patológica, considerando abordagem do autor, são as que contém uma abertura menor ou igual a 1 mm, acima disso considera-se trincas ou rachaduras. Nesse contexto, acentua-se que as fissuras cuja abertura é inferior a 0,1 mm, são denominadas microfissuras. Conforme a espessura dessas aberturas, pode-se classifica-las como: fissura, trinca, rachadura, fenda ou brecha (Oliveira, 2012, p. 9). Ainda, de acordo com Oliveira (2012) a classificação quanto ao tipo é feita conforme Tabela 1, abaixo:. Tabela 1: Classificação quanto ao tipo de abertura. ANOMALIAS. ABERTURAS (mm). Fissura. Até 0,5. Trinca. De 0,5 a 1,5. Rachadura. De 1,5 a 5,0. Fenda. De 5,0 a 10,0. Brecha. Acima de 10,0. Fonte: OLIVEIRA 2012, p.10.. Para DUARTE (1998) cita que outros autores propõem diferentes escalas, também segundo sua abertura, tais como: muito leves, leves, moderadas e severas; ou negligíveis, muito leves, leves, moderadas, extensivas. Além disto, fissuras com aberturas inferiores à 0,1 mm são denominadas de capilares e consideradas insignificantes, não causando prejuízos à durabilidade das edificações. As fissuras normalmente apresentam-se como estreitas e alongadas aberturas na superfície de algum material. Geralmente são menos graves ou superficiais, como, por exemplo, fissuras na pintura, na massa corrida ou no cimento queimado, não implicando problemas.

(25) 25. estruturais. Porém, toda rachadura tem seu início a partir de uma fissura, por isso deve-se ficar atento e observar se há ou não evolução do problema ao longo do tempo, ou se a fissura permanece estável (FIGUEIREDO et al, 2012, p. 10). Conforme mostram as Figuras 4 e 5:. Figura 4: Fissura. Fonte: < http://aidearquitetura.com.br/fissuras-trincas-rachaduras/>.. Figura 5: Trinca. Fonte: < https://www.comjol.com.br/blog/aprenda-como-evitarrachaduras-na-parede/rachaduras-deparede_rachadura/>.. Para FIGUEIREDO el al (2012), as fissuras podem ser classificadas considerando a profundidade e características da abertura, com diferentes nomenclaturas, apresentam-se como.

(26) 26. estreitas e alongadas, menos graves ou superficiais. É válido ressaltar que as rachaduras se formam a partir de uma fissura e que deve ser observado se evolui o problema patológico ao longo do tempo ou se a mesma contínua estável.. 3.1.3 Rachaduras As fissuras são deformações peculiares das estruturas de concreto, eles denotam que algo de anormal aconteceu, chamando atenção de todos os usuários das estruturas (SOUZA; RIPPER, 1998, p. 57). Segundo Silva (2011), são aberturas que afetam a superfície do elemento estrutural tornando-se um caminho rápido para entrada de agentes agressivos a estrutura. Essas aberturas são causadas devido a esforços dos materiais ou até mesmo construção plástica do concreto devido a fatores externos, que muitas vezes são maiores que a resistência, ocorrendo assim falhas. As rachaduras apresentam características diferentes das demais patologias, visto que a dimensão patológica é superior a 1mm, ressaltando que em alguns casos as fendas abrem-se de um lado ao outro da parede. Assim, compreende-se que este é o caso mais grave de falha estrutural. Segundo Lottermann, (2013) as rachaduras possuem as mesmas características das trincas em relação a separação entre as paredes, porém são aberturas maiores, profundas, acentuadas e facilmente perceptíveis em virtude da separação das paredes. Para serem caracterizadas como rachaduras, essas devem possuir uma magnitude em que o vento, água e até a luz possam passar através dos ambientes numa ordem de 5,0 mm. Nessa perspectiva, pode-se afirmar que as rachaduras têm as mesmas características das trincas, contudo, em um estágio mais acentuado, que requer atenção imediata e sobretudo observância, antes do fechamento resolver os problemas que originaram a referida patologia. Souza e Ripper, ressaltam que:. É importante observar que, no entanto, a caracterização da fissuração, como deficiência estrutural dependerá sempre da origem, intensidade com magnitude do quadro de fissuração existente, posto que o concreto, por ser material com baixa resistência à tração, fissurará por natureza, sempre que as tensões trativas, que podem ser instaladas pelos mais diversos motivos, superarem a sua resistência última à tração (SOUZA; RIPPER, 1998, p. 57).. Nesse contexto, entende-se que existem inúmeros fatores que acarretam fissuras nas.

(27) 27. estruturas, podendo ser: deficiência de projeto, contração plástica do concreto, assentamento do concreto/perda de aderência das barras de abertura, movimentação de fôrmas e escoramentos, retração do concreto, deficiências de execução, reações expansivas, corrosão das armaduras, recalques diferenciais, variação de temperatura, ações aplicadas. A imagem abaixo da Figura 6 exemplifica rachaduras, respectivamente. Figura 6: Rachadura. Fonte: < https://www.ecivilnet.com/dicionario/o-que-erachadura.html>. Todavia, ressaltar-se que os problemas patológicos não possuem uma única causa e sim uma conjuração de duas ou mais causas (OLIVEIRA, 2012, p.80). As rachaduras exigem providências estruturais imediata, que exigem análise minuciosa e detalhada das falhas visíveis e invisíveis, antes de seu fechamento. É válido salientar, que geralmente utilizam-se técnicas com aplicação e utilização de grampos de ferro para união da estrutura.. 3.1.4 Corrosão. Segundo Cascudo (1997), a corrosão pode ser definida como a interação que implique. inutilização do uso, de um material com o ambiente, seja por reação química, ou por eletroquímico. Nesse contexto, compreender-se que a corrosão se define pela reação química ou eletroquímica de um material em interação com ambiente (água, chuva, vento e sol), e assim,.

(28) 28. por conseguinte, o metal perde suas propriedades, o que interfere significativamente na vida útil da edificação e segurança do usuário. Lottermann (2013 apud Helene, 2002), define corrosão das armaduras de concreto como sendo fenômeno de natureza eletroquímica que se acelera devido a presença de agentes químicos internos e externos ao concreto. A corrosão do aço costuma aparecer inicialmente em pequenos trechos localizados, logo se alastrando. Essa armadura atua na sua forma passiva, visto que, está mergulhado em meio alcalino (básico no concreto), e somente poderá sofrer algumas alterações se caso houver contato com cloretos, sulfatos e sulfetos que podem estar na própria massa de concreto ou proveniente do meio ambiente (LOTTERMANN, 2013, p.34). Assim, pode-se dizer que no que se refere as armaduras das peças de concreto armado são colocadas nas proximidades de suas superfícies, caso os cobrimentos sejam insuficientes ou de concreto mal adensado, as armaduras ficam vulneráveis a presença da corrosão e/ou seja, com maior probabilidade de ocorrer a oxidação nos materiais de concreto armado. Para Hussein (2013), a corrosão das armaduras é uma das mais comuns manifestações patológicas e podem ser causadas por vários motivos: recobrimento das armaduras abaixo do recomendado; concreto mal executado, acarretando elevada porosidade e fissuras de retração. Além da formação de nichos de concretagem, devido ao traço, vibração ou formas incorretas e deficiências de cura de concreto, causando fissuras, porosidade excessiva e diminuição de resistência. Conforme, Figura 7, nota-se a corrosão da armadura em um pilar de concreto armado.. Figura 7: Deterioração típica de “pé” de pilar com destacamento do concreto de cobrimento e exposição das armaduras.. Fonte: (CASCUDO, 1997)..

(29) 29. Cascudo (1997) cita que segundo a morfologia, a corrosão das armaduras pode de uma forma geral, ser classificada em generalizada, por pite e sob tensão fraturante e explica cada uma delas conforme a seguir: A corrosão generalizada ocorre em toda a superfície do metal, podendo ser uniforme, com a superfície tendendo a ser lisa e regular, ou não uniforme, apresentando a superfície rugosa e irregular. A corrosão por pite, também conhecida por corrosão puntiforme, é um tipo de corrosão localizada, no qual há formação de pontos de desgaste definidos na superfície metálica, os quais evoluem aprofundando-se, podendo causar a ruptura pontual da barra. A corrosão por pites será tanto mais intensa e perigosa quanto maior for a relação área catódica/área anódica. Desta forma, podem ocorrer pites com altas taxas de dissolução do ferro, de alta gravidade. A corrosão sob tensão fraturante, que é um outro tipo de corrosão localizada, a qual se dá concomitantemente com uma tensão de tração na armadura, podendo dar origem à propagação de fissuras (fenômeno de natureza transgranular ou intragranular) na estrutura do aço. Os mecanismos que reagem à corrosão sob tensão ainda são poucos compreendidos, mas seus efeitos são reconhecidamente perigosos nas estruturas de concreto, caracterizando-se por rupturas bruscas, sem deformações significativas de elementos estruturais, e praticamente sem sintomas visuais de corrosão. A Figura 8 ilustra os três tipos de corrosão apresentados.. Figura 8: Tipos de corrosão e fatores que as provocam.. Fonte: (CASCUDO, 1997)..

(30) 30. Conforme Olivari (2003, p. 61), para se recuperar uma estrutura com armaduras expostas e oxidadas devem-se seguir as seguintes metodologias:. O processo de oxidação das barras de aço encontra-se em estágio inicial, sem prejuízo da seção das mesmas; remoção do concreto de cobrimento fissurado ou semi-destacado; regularização das bordas da cavidade; limpeza das barras de aço da armadura; proteção catódica galvânica das barras de aço da armadura, usando Nitoprimer Zn ou similar; ponte de aderência com Nitobond AR ou similar; recomposição da camada de cobrimento da armadura com Renderoc S2; acabamento superficial e cura com Antisol da Sika ou similar.. Nesse contexto, o concreto necessita de medidas de manutenção, com intuito de atingir a vida útil para qual a estrutura foi projetada, bem como de possibilitar a engenharia diagnóstica identificar as manifestações patológicas das estruturas e as suas características minimalistas. Além, disso é necessário compreender que as estruturas de concretos estão expostas as intemperismos e/ou seja, não estão livres de agressividades que sofrem durante o tempo devido a agressividade do ambiente. Logo, compreender-se que é preciso efetivar manutenção adequada e, por conseguinte, implementar as exigências das normas vigentes nas etapas de projeto, execução e uso das edificações. Segundo Cascudo (1997), a corrosão de armaduras de concretos é um caso específico de corrosão eletroquímica em meio aquoso, em que o eletrólito apresenta características de resistividade elétrica consideravelmente do que eletrólitos típicos (meio aquoso comum, não confinado a uma rede de poros, como é o caso do concreto). Woley apud Menucci (2006), ressalta que a corrosão eletroquímica pode ser representada em que duas ou mais reações eletroquímicas ocorrem simultaneamente, de forma espontânea, sendo uma de natureza assódica e outra catódica, essas reações promovem a formação de pilhas eletroquímicas, que ocorrem em regiões de um mesmo metal, no caso deste estudo, a armadura no interior do concreto (CASCUDO, 2000), como mostra a Figura 9:.

(31) 31. Figura 9: Formação de pilha em concreto armado.. Fonte: ALVIM apud MENNUCI, 2006.. Segundo (CASCUDO, 1997), em idades avançadas o concreto continua, via de regra, propiciando um meio alcalino, sendo que sua fase líquida, neste caso, é uma solução composta principalmente por hidróxido de sódio (NaOH) e hidróxido de potássio (KOH) originários dos álcalis do cimento. No que se refere as condições de pH e seu potencial, em que o ferro é o principal elemento de liga do aço pode sofrer corrosão, ficar passivo ou inerte. Este diagrama tem sido usado como boa aproximação para o sistema do aço carbono embebido no concreto, considerando-se o pH da água presente nos poros do concreto (MENNUCI, 2006, p.10). Segundo Meira (2017) corrosão eletroquímica pressupõe a formação de uma pilha eletroquímica, existindo: a presença de um ânodo que se caracteriza pela passagem do material do estado metálico para o estado iônico (oxidação); um cátodo, onde são consumidos os elétrons gerados na região anódica (redução); uma diferença de potencial entre ambos, sendo o ânodo de potencial mais eletronegativo; uma ligação metálica entre o ânodo e o cátodo, que pode ser caracterizada pelo mesmo material metálico; e uma ligação externa caracterizada pela condução iônica através do eletrólito. A Figura 10 representa esse fenômeno e expõe as reações parciais que se processam nas regiões anódica e catódica, características de um meio alcalino como o.

(32) 32. concreto.. Figura 10: Representação de uma pilha de corrosão com um mesmo metal.. Fonte: Meira (2017, p.17).. Assim, pode-se dizer no que se refere a equação da direita, corresponde as reações parciais de dissolução do metal e/ou seja oxidação. Já a equação da esquerda configura as reações parciais catódicas. Segundo Meira (2016), O conjunto dessas reações é que representa o processo completo de corrosão eletroquímica e o controle de qualquer das reações parciais representa um controle sobre o processo de corrosão.. A corrosão pode se apresentar de forma generalizada ou localizada. Na corrosão generalizada, o desgaste do material ocorre de forma mais ou menos uniforme e atinge extensas áreas do metal. Na corrosão localizada, o desgaste se processa em uma superfície limitada e, em geral, tende a se aprofundar de modo mais rápido do que em um processo de corrosão generalizada. Essas expressões da corrosão podem sofrer algumas variações morfológicas quando analisadas em maior profundidade, podendo assumir, entre outras formas, aparência superficial uniforme ou irregular, com a formação de pites ou com a formação de fissuras (MEIRA, 2017, P.18).. Conforme, mostra a Figura 11,.

(33) 33. Figura 11: Tipos de Corrosão.. Fonte: Feliú (1984).. No que se refere, aos tipos de corrosão, de acordo com Meira (2017), na corrosão generalizada o ataque é produzido em uma grande superfície do metal, na qual existem inúmeros ânodos e cátodos, formando micro pilhas que mudam a todo tempo. Já na corrosão localizada ocorre um ataque intermediário entre a corrosão uniforme e a corrosão por pites. O ataque se produz em zonas mais ou menos extensas do material, as quais, por diferentes razões, são anódicas em relação às demais. Com relação a corrosão por pites, o ataque se produz em zonas discretas do material, as quais são mais ativas do que o resto da superfície. Esse tipo de corrosão é comum no caso da ação de contaminantes que têm a propriedade de romper a capa passiva em pontos específicos, como é o caso dos cloretos. No que se trata a corrosão com formação de fissuras, além das condições propícias para a corrosão, o metal se encontra submetido a tensões importantes de tração.. 3.1.5 Infiltrações Atualmente as edificações, apresentam incidências de infiltrações em construções de alvenaria, devido as mais diferentes causas, o que ocasiona condições de insalubridade e desconforto pessoal, além de colaborar para deterioração dos respectivos materiais. No que se refere a infiltração nas paredes, é possível dizer que, este é considerado o problema com maior gravidade nas edificações..

(34) 34. Conforme NBR 15575, a água é o principal agente de degradação de um amplo grupo de materiais de construção, estando presente no solo, na atmosfera, nos sistemas e procedimentos de higiene da habitação. Para edificações, pode danificar a estrutura e o revestimento do imóvel. Já para saúde dos moradores pode causar doenças respiratórias devido o aparecimento de bolores e mofos. As manifestações patológicas derivadas da umidade são muito constantes nas edificações, elas podem se manifestar em diversos elementos construtivos – fachadas, pisos, paredes internas, forros, entre outros. As origens destes problemas podem estar relacionadas com deficiências de impermeabilização dos baldrames, porosidade do revestimento argamassados, percolação pelas telhas, defeitos, desgastes ou entupimentos em calhas e condutores pluviais, vazamentos de tubulações de água ou esgoto, problemas de projetos ou execução, entre outros, de forma isolada ou um conjunto de vários fatores apresentados. Assim, a presença de umidade é um meio para que várias incidências surjam na edificação (VERÇOZA, 1991, p. 176), sendo fator essencial para o aparecimento de eflorescências, corrosões, deterioração de pinturas e de rebocos, aparecimento de fungos, deslocamentos e fissuras, além da perda de capacidade estrutural de alvenarias e estruturas de concretos. A umidade por sua vez, é considerada um fator essencial para o aparecimento de eflorescências, corrosões, deterioração de pinturas e de rebocos, aparecimento de fungos, deslocamentos e fissuras, além da perda de capacidade estrutural de alvenarias e estruturas de concretos. Nas construções antigas, a redução natural na resistência dos materiais empregados provoca a deterioração, agravada pela ação agressiva climática. De acordo com Helene (2003), os principais agentes de deterioração das edificações são: fatores físicos, fatores químicos, fatores biológicos e fatores naturais. Em seu artigo Nappi (1995), afirma que muitas vezes, apenas a observação visual poderá acarreta incertezas sobre patologias, devido ao fato de vários destes sintomas não serem específicos de um dado tipo de infiltração. Pode-se dizer, que a umidade em uma edificação se manifesta de formas diferentes, dentre as quais se destaca umidade por capilaridade, umidade de construção, umidade de precipitação e umidade devido a outras causas. Compreende-se por capilaridade a água do solo nas paredes de uma edificação através de tensão superficial e sua intensidade está intrinsicamente ligada a viscosidade do liquido. No que se refere a umidade da construção é possível dizer que o material utilizado nas.

(35) 35. construções necessita de água, tendo como exemplo, argamassa. Considerando que parte desta água evapora ligeiramente e uma outra parte leva algum tempo para fazê-lo, discorre que o processo de secagem de materiais porosos acontece em três fases: A primeira a evaporação somente da água superficial, a segunda fase, a água evapora num processo muito demorado e finalmente a água contida nos poros menores dimensões começa a ser liberada, num processo extremamente lento podendo acontecer ao longo de muitos anos. Assim, as patologias relacionadas a este tipo de umidade cessam em um período mais ou menos curto de tempo, dependendo das características e do tipo de utilização. Com relação a umidade de precipitação, quando a edificação é atacada por este tipo de umidade, iremos perceber o aparecimento de manchas de dimensões variáveis nas paredes exteriores em períodos de precipitações, que tendem a desaparecer. Segundo Nappi (1995), em uma obra, a falta de uma boa impermeabilização ou até mesmo a ausência de manutenção desta pode permitir que a água penetre nas alvenarias das mais diversas formas, como exposto anteriormente, trazendo umidade para dentro da edificação e causando alguns problemas. Assim, pode-se dizer que dependendo da intensidade da umidade, poderá implicar ou contribuir para problemas de saúde aos usuários da edificação e, por conseguinte, prejudicar a parte estética local, visto que as infiltrações quando do revestimento apresentam manchas, bolhas e muitos casos se desprendem da parede. De acordo com Verçoza (1985), há vários problemas que podem ser provocados pela umidade nas edificações, dentre eles, pode-se citar: goteira e manchas, mofo e apodrecimento, eflorescências e criptoflorencências e gelividade. Nesse contexto, compreende-se que as goteiras e as manchas são anomalias inaceitáveis nas edificações, visto que, a partir do momento em que a umidade inicia o gotejamento e apresenta manchas na edificação, subtende-se que a água infiltrou sem que houvesse nenhum obstáculo. Assim, de acordo com Perez (1988), as principais manifestações patológicas causadas por umidade configuram-se da seguinte forma, conforme mostra Tabela 2:.

(36) 36. Tabela 2: Principais Manifestações Patológicas Causadas por Umidade. Manifestações. Aspectos Observados. Causas prováveis atuando com ou sem simultaneidade. Eflorescência. - Manchas de umidade. - Umidade constante. - Pó banco acumulado sobre a. - Sais solúveis presentes no. superfície.. elemento da alvenaria - Sais solúveis presentes na água de amassamento ou umidade infiltrada - Cal não carbonatada. Bolor. - Manchas esverdeadas ou. - Umidade constante. escuras. - Área não exposta ao sol. - Revestimento em degradação Descolamento ou Empolamento. - A superfície do reboco descola. - Infiltração retardada do óxido. do emboço formando bolhas,. de magnésio da cal. cujos diâmetros aumentam progressivamente - O reboco apresenta som cavo sob percussão Fonte: Perez (1988).. Nessa perspectiva, entende-se que a umidade representa uma das manifestações patológicas nas edificações mais complexas e/ou difíceis de serem resolvidas dentro da ciência da construção civil. Lichtenstein (1986), explica que muitas vezes problemas patológicos diferentes ocorrem de forma combinada ou apresentam manifestações semelhantes, dificuldades, ou impossibilitando, a utilização de esquemas de diagnósticos.. 3.2. Vistoria Segundo Burin, Eduardo M. Burin et al (2009), não há definição única e completa para. o termo vistoria, considerando todas as possíveis aplicações de seu emprego. O que se observa com frequência é o que a definição de vistoria está condicionada ao contexto de aplicação do mencionado termo. De acordo com a NBR 14653-1 da ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas, vistoria é a “ constatação local do fato, mediante observações criteriosas em um bem e nos elementos e condições que o constituem ou influenciam”..

(37) 37. Segundo a NBR 13.752 da ABNT conceitua vistoria como “ constatação de um fato, mediante exame circunstanciado e descrição minuciosa dos elementos que a constituem. Nessa perspectiva, compreende-se que vistoria é um processo de constatação in-loco, que tem como principal função e/ou objetivo diagnosticar o estado de desempenho da edificação, bem como constatar falhas, anomalias, ou manifestações patológicas de obra. Ressalta-se que as informações levantadas são suficientes para diagnosticar as anomalias, identificando as origens do problema, suas causas, os fenômenos intervenientes e seus mecanismos de ocorrências. Já o Glossário de Terminologia Básica aplicável à Engenharia de Avaliações do IBAPE – Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia conceitua vistoria como “ constatação de um fato em imóvel, mediante exame circunstanciado e descrição minuciosa dos elementos que o constituem, objetivando sua avaliação ou parecer sobre o mesmo”. De acordo com Burin, Eduardo M. Burin et al (2009), os pontos mais relevantes das definições são as seguintes: primeiro – a vistoria visa a constatação técnica de um fato; segundo – essa constatação se dá in-loco; terceiro – essa constatação deve ser criteriosa; e quarto – objetiva elementos ou condições que caracterizam ou influenciam um bem. No que se refere aos profissionais que estão aptos e/ou devidamente habilitados efetivar a execução da vistoria, são engenheiros e arquitetos, visto que essa constatação necessariamente necessita do conhecimento técnico acerca do objeto da vistoria. As constatações técnicas geralmente exame, aferição de medidas (temperaturas, abertura de fissuras e trincas, nível de ruídos, medidas de PH, entre outros), o que, por conseguinte, entende-se que por se tratar de uma constatação técnica, deve ser realizada por um profissional apto. Outro aspecto relevante segundo Burin, Eduardo M. Burin et al (2009), trata-se da execução de vistoria por pessoa quanto à execução de vistoria por pessoa não legalmente habilitada é importante mencionar que, consoante a Resolução nº 345 de 27 de julho de 1990, do CONFEA - Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, que disciplina as atividades de engenharia de avaliações e perícias de engenharia, a vistoria de bens móveis e imóveis, suas partes integrantes e pertences é uma atividade privativa dos profissionais registrados nos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia- CREA’s. A referida Resolução, no seu artigo 3, recomenda o seguinte: "Art.3 - Serão nulas de pleno direito as perícias e avaliações e demais procedimentos indicados no art. 2, quando efetivados por pessoas físicas ou jurídicas não registradas nos CREA’s". Assim, compreende-se que a vistoria só poderá ser realizada por profissional registrado no CREA, de modo que a mesma tenha legitimidade e validade jurídica..

(38) 38. A ciência tem a tarefa de aumentar o conhecimento em determinadas áreas do conhecimento, com vistas a desenvolver critérios claros, métodos de investigação precisos, que descartem qualquer tipo de ilusão de sentidos.. A engenharia, como ciência, se vale intensamente de critérios objetivos para a concepção das mais diversas obras e a vistoria, como atividade desenvolvida no âmbito da engenharia, não pode prescindir de critérios técnicos, necessários para a adequada tomada de decisões. Tendo em vista os atributos supra apresentados, não há hipótese de se confundir um Laudo de Vistoria com um mero Relatório Fotográfico. Como visto no presente tópico, a vistoria vai muito além da singela extração de fotos de um bem, evoluindo para a constatação técnica de fatos, seja através de fotos, seja através de ensaios ou aferição de medidas (BURIN et al, 2009, p. 31).. Nesse contexto, acentuam-se que em situações mais simplistas, em que a constatação possa ser efetivada somente por fotos é necessário observar os detalhamentos das manifestações patológicas e sobretudo, descrição técnica da referida situação. No que se refere aos tipos de vistorias, é comum considerar como fases do projeto imobiliário, planejamento, o projeto, a execução e o uso. Ressalta-se que ainda que, as mesmas abrangem cinco fases do produto imobiliário, conforme mostra o fluxograma da Figura 12, abaixo:.

(39) 39. Figura 12: Tipos de Vistorias.. TIPOS DE VISTORIAS. VISTORIAS DE CONFRONTANTES. Define-se a inspeção técnica de vizinhaça como procedimento de vistorias tecnicamente as condições da região ao redor da obra, sejam elas físicas, ambientais ou sócio- econômicas.. VISTORIAS ESPECIAIS EM OBRAS. As vistorias especiais em obras tem como objetivo destacar situações incomuns que podem sofrer mudanças repentinas ou variação de tempo,além de, é claro, resguardar as informações relevantes para clientes e empresas no futuro.. VISTORIAS PROGRAMADAS DE EDIFICAÇÕES. Vistoria programada de edificações tem como função acompanhar o andamento das etapas e serviços que envolvem um imóvel, desde o ínicio das vendas ainda na planta, passando pela construção, entrega das chaves ao cliente até o pósvendas.. VISTORIA PARA COMERCIALIZAÇÃO DE IMÓVEIS USADOS. Este tipo de vistoria é a realizada para garantir o entendimento de uma proposta, a negociação e os preços durante a transação.. VISTORIAS PARA IMÓVEIS LOCADOS. A vistoria para imóvéis locados tem como objetivo garantir a segurança e compatibilidade no momento de assinatura.. Fonte: plataforma de gestão de projetos CONSTRUCT APP (200?).. 3.3. Manutenção / Intervenção Os primitivos construíam para ter um abrigo seguro, contudo com o passar dos tempos. o homem passou a edificar para os mais diferentes e/ou diversos usos, logo compreende-se que as edificações passaram a ter outra função social, o que, por conseguinte, não servia apenas para habitação, mas para o comércio, indústria e o lazer. Assim, se formaram as cidades, os grandes centros urbanos, com edifícios arranha céus, com inovação arquitetônica e tecnológica, e consequentemente menos espaço para construir, além de não se conservar o existente, um agravamento. Segundo a norma brasileira que dispõe sobre manutenção de edificações, NBR 5674.

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