• Nenhum resultado encontrado

SANTOS_Drenagem Urbana- Análise da drenagem da micro bacia de loteamentos da região sudoeste do município de SorrisoMT

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "SANTOS_Drenagem Urbana- Análise da drenagem da micro bacia de loteamentos da região sudoeste do município de SorrisoMT"

Copied!
20
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO

RAFAEL LOPES DOS SANTOS

DRENAGEM URBANA

Análise da drenagem da micro bacia de loteamentos da região sudoeste do município de Sorriso/MT

Junho/2017 Sinop/MT

(2)

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO

RAFAEL LOPES DOS SANTOS

DRENAGEM URBANA

Análise da drenagem da micro bacia de loteamentos da região sudoeste do município de Sorriso/MT

Projeto de Pesquisa apresentado à banca examinadora do curso de Engenharia Civil da Unemat – campus de Sinop/MT, como pré-requisito para a obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil. Orientador / Prof. Cezar Cláudio Granetto.

Co-orientador / Arquiteto Vanderson Cunha Del Sent.

Junho/2017 Sinop/MT

(3)

I - LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Perímetro municipal de Sorriso/MT...04

Figura 2 – Vista aérea dos limites urbanos de Sorriso/MT...05

Figura 3 – Alagamento na Av. Blumenau de Sorriso/MT...08

Figura 4 – Casa invadida por alagamento...09

(4)

SUMÁRIO 1- INTRODUÇÃO...04 2- JUSTIFICATIVA...07 3- PROBLEMATIZAÇÃO...08 4- OBJETIVOS...11 4.1 - Objetivo Geral...11 4.2 - Objetivos Específicos...11 5- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...11

5.1 – A urbanização como fator inicial...11

5.2 – Sorriso e a legislação de uso e ocupação do solo...12

5.3 - Normas para sistemas de drenagem...14

6- METODOLOGIA...15

7- RECURSOS HUMANOS/MATERIAIS...16

8- CRONOGRAMA...17

(5)

4

1 - INTRODUÇÃO

A urbanização tem sido um assunto bastante recorrente nas esferas, política e acadêmica. Ela tem acontecido num contexto global e regional com uma evolução exponencial, tendo como “combustível” a necessidade de contato, comunicação, organização social, anseio por melhores condições de vida, melhor infraestrutura e relações interpessoais afetivas ou comerciais.

O processo de urbanização tem transformado o habitat em que a sociedade vive através do desenvolvimento da cidade e do campo ao seu redor. Tal desenvolvimento têm características que são próprias de cada região, assim como características comuns a todas. Observa-se de forma empírica que a maioria delas está relacionada ao potencial econômico do local. Tem-se como exemplo algumas cidades em Mato Grosso que tiveram seu desenvolvimento impulsionado por atividades como extração de minérios, pecuária e agricultura.

O município de Sorriso dista aproximadamente 400 km de Cuiabá, capital do Estado de Mato Grosso e fora escolhida pra foco desta pesquisa; É um exemplo de cidade que teve sua urbanização fomentada pelo agronegócio, atividade econômica principal da nossa região. Por esta razão Sorriso vem ganhando destaque no cenário agrícola nacional.

Situado na região Norte de Mato Grosso, às margens da BR-163, o município de Sorriso está entre as dez maiores cidades do Estado. Sua população, superior a 80 mil habitantes, é constituída por migrantes de todas as regiões do País, principalmente do Sul e Nordeste. A emancipação político-administrativa de Sorriso ocorreu em 1986, mas sua colonização começou na década de 70. <http://www.sorriso.mt.gov.br/#/municipio/historico/1>. Acesso em 2 Jun. 2017.

(6)

5

Figura 1 – Limite do município de Sorriso/MT. <https://www.google.com.br/maps/>. Acessado em 16 jun 2017

A urbanização da cidade de Sorriso tem estimulado vários setores comerciais, entre eles o do ramo imobiliário, que contextualiza este projeto. A cidade possui um crescimento horizontal que chama atenção, por se tratar de uma cidade do interior do estado.

Segundo o departamento de engenharia da prefeitura de Sorriso, no ano de 2014 foram aprovados 7 novos loteamentos. Em 2015 já foram 02, e mais 05 estão em processo de aprovação. Sorriso além de ter o seu perímetro urbano crescendo horizontalmente, nos últimos 05 anos pode ser notado também um crescimento vertical do setor imobiliário, vários prédios já foram construídos e outros estão em construção. <http://www.mtnoticias.net/>. Acesso em 13 Jun 2017.

Figura 2 – Vista aérea dos limites urbanos de Sorriso/MT. Google Earth. Acessado em 16 jun 2017.

É notório que índices de crescimento são importantes pra cidade, por este motivo o poder publico deve acompanhar e ordenar este crescimento. Com tantos loteamentos sendo aprovados e outros pendentes de aprovação, a prefeitura tem a obrigação de fiscalizar todas as etapas destas obras.

Tal fiscalização se faz importante para, entre outros motivos, tentar evitar algumas falhas, antes, durante e depois do processo de execução do empreendimento. A cidade de Sorriso tem esta fiscalização legalização através de um conjunto de leis, como a Lei Federal

(7)

6 6766/79, a Lei Municipal nº 613/97, O plano diretor vigente de 2005 e Lei Complementar nº 82 que dispões sobre o uso e ocupação do solo de 2008.

A este respeito destaca-se, por exemplo, na Lei 613/97 em seu Art. 6º, entre outras exigências, que o interessado em iniciar um empreendimento como este, apresente (numa das etapas do processo) a planta do imóvel com especificações já pré-definidas que contenha:

[...] I - Divisas do imóvel; II - Benfeitorias existentes; III - Árvores frondosas, bosques e florestas, monumentos naturais e artificiais e área de recreação; IV - Nascentes, grutas, rios, riachos, ribeirões e córregos; V - Serviços de utilidade publica, institucionais, equipamentos comunitários e urbanos; VI - Faixas de domínio de rodovias, ciclovias; VII - locais alagadiços ou sujeitos a inundações; VIII - Curvas de nível; IX - Cálculo de área; X - Arruamentos vizinhos em todo o perímetro, com locação exta das vias de comunicação e as distancias da área a ser loteada. <https://leismunicipais.com.br/>. Lei acessada em 13 de junho de 2017.

Identificado, portanto, uma das exigências para se iniciar obra de uso do solo destaca-se a partir daqui a temática escolhida para nortear esta pesquisa: Drenagem. Percebe-se que os itens IV e VII da lei citada tratam exclusivamente de tópicos relacionado a drenagem, entretanto, observações feitas e algumas notícias da cidade de Sorriso, apontam alguns incidentes em bairros projetados pós-sanção da lei citada, relacionados a este tema.

Amparada pela Lei Federal 6766/79, a Lei 613, já atualizada através do Plano Diretor do Município e da Lei Complementar nº82/2008 continua com as menções ao rigoroso uso e ocupação do solo.

É de conhecimento do campo de atuação da Engenharia Civil, que quanto mais uma cidade se desenvolve no sentido de crescimento econômico, com abertura de glebas e execução de loteamentos, maior é o uso e utilização do solo, fazendo com que a taxa de permeabilidade do mesmo diminua. Tal índice merece uma atenção específica uma vez à falta de vasão das aguas pode acarretar em danos a esta localidade.

Problemas com drenagem em regiões centrais dos grandes municípios são recorrentes e sempre noticiados. Entretanto o que chama a atenção pra região escolhida, é o fato destes loteamentos serem obras relativamente novas e ainda sim, infringir exigências básicas para sua aprovação junto aos órgãos competentes, desta forma causando transtornos e prejuízos financeiros aos munícipes de seu entorno.

Diante disto, com a temática escolhida e um título definido, inicia-se a jornada de contextualizar a problemática que envolve o assunto, buscar as causas, e apontar algumas possíveis soluções. Para tanto se utilizará de literaturas sobre o tema, estudo aprofundado da

(8)

7 região e sua micro bacia, pesquisas recentes sobre títulos similares, observações da região em período com grande volume pluvial e outros métodos que serão apresentados.

2 - JUSTIFICATIVA

O curso de Engenharia Civil apresenta uma vasta lista de opções quando o assunto é a escolha de um tema para pesquisa. Estes temas permeiam os eixos que estruturam a execução do curso, como por exemplo: Formação básica, com cálculo, física e química; Formação geral com topografia, hidráulica e materiais de construção, ou ainda formação específica, com estradas, estruturas, fundações etc.

O acadêmico ao se deparar com tais opções muitas vezes acaba por escolher um tema motivado por afinidades com o próprio tema ou muitas vezes com os professores que ministraram as disciplinas. O tema drenagem fora escolhido não apenas pela identificação com a área da hidráulica, mas principalmente pela importância do resultado da pesquisa para seu contexto social.

Ao iniciar a discussão da execução do projeto e analisar alguns possíveis temas que se encaixavam no perfil desejado, apresentou-se ao orientador a proposta de pesquisar um assunto que tivesse um objetivo social mais amplo, com uma repercussão mais benéfica do ponto de vista científico. Diante deste novo prisma o mesmo apresentou algumas observações feitas entre ele e outro acadêmico da faculdade que já é um profissional arquiteto e já atuou na prefeitura municipal de Sorriso.

De maneira empírica ele observou um problema que tem acontecido na cidade de Sorriso em período chuvoso, onde algumas determinadas regiões alagam, de acordo com o volume pluvial ocorrido, deixando estes pontos muitas vezes intrafegáveis, e ainda causando prejuízos financeiros aos moradores.

Ainda segundo ele, uma possível hipótese para a causa dos alagamentos está relacionada a não compatibilização dos projetos pela prefeitura. Cada projeto em si, possui seu sistema de drenagem, entretanto, os mesmo não estão conectados, criando assim pontos alagáveis. Por fim, definida a temática, definimos também o título do projeto e iniciamos a tarefa de contextualiza-lo.

(9)

8

Figura 3 - Alagamento na Av. Blumenau de Sorriso/MT. < http://www.mtnoticias.net/>. Acessado em 15 jun 2017.

Acredita-se, portanto, que este tema e o desdobramento de seu título, tenham grande apelo social do ponto de vista acadêmico científico e por consequência o mesmo tenha uma justificativa implícita, onde sua conclusão pode por sua vez sanar uma problema local proveniente de obras de engenharia.

3 - PROBLEMATIZAÇÃO

A urbanização desenfreada e sem planejamento poder ocasionar uma série de contratempos administrativos para o município. E estes contratempos quando oriundos de obras urbanas acarretam em transtorno a população que vive ao redor destas obras. O tema desta pesquisa exemplifica bem esta questão.

O foco escolhido, a cidade de Sorriso tem sofrido com problemas de alagamento em várias regiões da cidade, como podemos verificar nas noticias e imagens que seguem:

As principais avenidas de Sorriso, ruas e casas ficaram alagadas com a chuva torrencial que caiu em Sorriso na tarde desta sexta-feira (25). Assim como nas avenidas da região central, a canalização que margeia a BR-163 e o córrego central também mostram a quantidade de água. No bairro Jardim Aurora, por exemplo, os pluviômetros registraram 95 milímetros em pouco mais de 1 hora. Na Zona Leste, as crianças aproveitaram a enxurrada na avenida São Francisco de Assis para brincar. Também há informações de que algumas casas ficaram alagadas

(10)

9

no bairro Bela Vista. <http://portalsorrisomt.com/>. Artigo acessado em 15 jun 2017.

Na tarde de hoje (14) ocorreu uma forte chuva e por um período alongado na cidade de Sorriso e trouxe inúmeras consequências a moradores. No bairro Bela Vista, por ser uma região plana, ocorreu vários pontos de alagamento inclusive a água chegou a adentrar em alguns veículos. No bairro São José também houve alagamento, onde vários muros se romperam alagando casas e destruindo móveis. A principio não houve feridos, apenas percas materiais. <http://www.mtnoticias.net/>. Artigo acessado em 15 jun 2017.

Choveu forte por aproximadamente 50 minutos, esta tarde, provocando alagamento em alguns pontos da cidade. No bairro Rota do Sol, um lago acabou transbordando e a água cobriu a avenida Blumenau. Motos e carros acabaram não passando nos duas pistas. A interrupção durou cerca de uma hora até as águas baixarem e os dois sentidos da avenida ficarem "liberados". A água também "invadiu" uma loja de brinquedos e produtos infantis. Funcionários tiveram que pegar rodos e fazer a limpeza. Um posto de combustível, às margens da BR-163, próximo ao novo viaduto, também ficou com parte do pátio e área de abastecimento alagados. As duas avenidas laterais a rodovia também tiveram pontos onde ficou acumulada água. <http://www.florestanet.com.br/>. Artigo acessado em 15 jun 2017.

Figura 4 - Casa invadida por alagamento. <http://portalsorrisomt.com/>. Acessado em 15 jun 2017.

Estes curtos trechos e fotos foram extraídos de notícias de eventos ocorrido nos anos de 2013 a 2016, todos eles entre o período de dezembro a abril, ou seja, quando nossa região possui o volume pluvial mais intenso. As três notícias evidenciam o transtorno causado por alagamentos, e deixam claro que este é um problema que acontece em inúmeras regiões da cidade.

(11)

10

Figura 5 – Rua alagada no centro de Sorriso/MT. <http://www.florestanet.com.br/>. Acessado em 15 jun 2017.

Identifica-se ainda que a última notícia cita o bairro Rota do Sol, que será um dos bairros utilizados neste projeto de pesquisa. Por uma questão analítica focara-se este estudo em apenas uma região da cidade, localizada a sudoeste da parte central de Sorriso, composta por bairros que apesar novos sofrem com o mesmo problema de alagamento.

Esta delimitação se justifica pelo fato de serem bairros de empreendimentos recentes, recém-projetados, o que o que dá a premissa do principal questionamento: Porque mesmo com a Lei 613/97 citada, consolidada há vinte anos, e que define e exige projeto de drenagem, ainda há bairros com este problema? Acredita-se que este é o questionamento que norteará a execução de dos objetivos.

Uma hipótese levantada pelo colega arquiteto diz respeito a provável falta de compatibilização entre os projetos destes loteamentos. Ao seguir os procedimentos exigidos em lei, o empreendedor preocupasse apenas com as delimitações de sua área, não confrontando estas informações com os vizinhos. Informação esta que averiguaremos.

Com base nesta hipótese, definem-se os objetivos, que basicamente se limita a compreender o motivo da falta de vasão suficiente em pontos específicos de bairros tão novos. Para tanto será feita uma análise da micro bacia da região, dos loteamentos e seus projetos aprovados na prefeitura, dos pontos alagáveis e o período em que ocorrem.

(12)

11

4 - OBJETIVOS 4.1 - Objetivo Geral

Identificar as causas do problema de drenagem da micro bacia hidrográfica dos loteamentos da região sudoeste da cidade de Sorriso/MT.

4.2 - Objetivos Específicos

Analisar o período e o volume pluvial geradores dos alagamentos dos bairros citados; Identificar os principais pontos de alagamento;

Destacar as situações problemas oriundas dos alagamentos; Analisar os projetos dos loteamentos do ponto de vista hídrico; Buscar compatibilização dos projetos de drenagem dos loteamentos;

Sistematizar as possíveis causa do problema de drenagem dos bairros pesquisados; Apontar possíveis soluções a curto e longo prazo para o problema citado.

5 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Para fundamentar o projeto utilizar-se-á o máximo de fontes bibliográficas. Haja vista que na própria a Unemat já tiveram alguns artigos abordando a mesma temática, portanto eles serão utilizados como base de estudos. Para guiar o inicio da pesquisa, será seguida as observações fornecidas pelo Arquiteto e as notícias publicadas dos jornais locais.

5.1 - A urbanização como fator inicial.

De antemão, assim como feito no início da pesquisa, acredita-se ser importante lembrar-se do constante processo de urbanização que algumas localidades sofrem. Este processo tem direta relação com a taxa de impermeabilização do solo proveniente de seu uso e ocupação, como se pode identificar nos trechos a seguir:

A urbanização sem planejamento é um dos fatores que mais interfere na eficiência de uma rede de drenagem, pois quanto mais áreas impermeáveis forem criadas, maior será a velocidade de escoamento da água, podendo ocasionar inundações e alagamentos. (BOTELHO, 2011)

(13)

12 Percebe-se nestes trechos que para compreender a origem dos problemas de alagamentos precisa-se compreender também a definição do processo de urbanização e como ele ocorre, haja vista que ele é o princípio do problema pesquisado. Citado ao iniciar a pesquisa os motivos que o censo comum aponta pelos quais é crescente o processo de inchaço dos municípios e sabemos que este processo desencadeia a abertura de novos bairros

Neste sentido, CARVALHO 2015 explica que “Com o crescimento das cidades os problemas de drenagem são agravados, pois áreas que antes desempenhavam funções rurais como plantações e pastagens (chácaras e sítios) estão sendo transformadas em bairros urbanizados”.

Sabe-se que para o poder publico não é interessante frear este tipo crescimento logo que o mesmo traz melhoria econômica para a cidade, todavia ele deve se ater em sistematiza-lo, legislar em prol de que ele ocorra dentro dos parâmetros desejados para que não ocorra contratempos. Visto isso, direciona-se a fundamentação para parte legal que envolve este contexto.

5.2 - Sorriso e a legislação de uso e ocupação do solo.

Como citado, um loteamento deste âmbito não surge sem previas exigências do poder executivo. Entretanto ao surgir ele nem sempre leva em consideração fatores culturais ou ambientais. Basicamente a preocupação parte do ponto de vista econômico, como se pode observar no trecho a seguir:

Para a empresa interessada em investir em loteamentos, o cuidado começa na escolha do terreno, cuja localização deve ser selecionada de acordo com o público que se pretende atingir - classes baixa, média ou alta. Nesta definição, levar em consideração a tendência de crescimento sociodemográfico da região é procedimento prudente. Esses dados podem ser conseguidos por meio do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e da prefeitura local. <http://construcaomercado.pini.com.br/>. Artigo acessado em 16 jun 2017.

A cidade de Sorriso fiscaliza o surgimento de seus novos bairros através de um conjunto de normas correlacionadas, são elas: Lei municipal 613/97, sancionada em 18 de novembro de 1997, o atual plano diretor vigente que foi sancionado pela Lei Complementar 035 em 21 de dezembro de 2015, e a Lei de Uso e Parcelamento do Solo de 2008, sancionada através da Lei Complementar nº 82 de 19 de junho de 2008.

(14)

13 Todas elas são amparadas e oriundas da Lei Federal 6766 de 19 de dezembro de 1979, sancionada pelo então presidente João Figueiredo, que rege o parcelamento do solo para fins urbanos. (<http://www.planalto.gov.br/>).

Essas leis definem inúmeros parâmetros para uso e ocupação do solo, como: alinhamentos, área total, arruamentos, desmembramentos e inúmeros outros pontos, dos quais destacamos de seu Art 4º “VII – Curso d’agua – movimento percorrido pela água em determinada direção; XIII – Faixa sanitária – Área não edificável cujo uso está vinculado à servidão de passagem, para efeito de drenagem e captação de águas pluviais”. (<https://leismunicipais.com.br/>)

De forma mais direta tem-se ainda o Plano Diretor vigente, datado de 2005 que em seu Art. 71 define todas as diretrizes e ações que devem ser adotadas para o sistema de drenagem urbano no município de sorriso. Que segue:

§ 1° - São objetivos para o Sistema de Drenagem Urbana:

I - equacionar a drenagem e a absorção de águas pluviais combinando elementos naturais e construídos; II - garantir o equilíbrio entre absorção, retenção e escoamento de águas pluviais; III - controlar o processo de impermeabilização do solo; IV - conscientizar a população quanto à importância do escoamento das águas pluviais; V - criar e manter atualizado cadastro da rede e instalações de drenagem.

§ 2° - São diretrizes para o Sistema de Drenagem Urbana: I - o disciplinamento da ocupação das cabeceiras e várzeas das bacias do Município, preservando a vegetação existente e visando à sua recuperação; II - a implementação da fiscalização do uso do solo nas faixas sanitárias, várzeas e fundos de vale e nas áreas destinadas à futura construção de reservatórios; III - a definição de mecanismos de fomento para usos do solo compatíveis com áreas de interesse para drenagem, tais como parques lineares, área de recreação e lazer, hortas comunitárias e manutenção da vegetação nativa; IV - o desenvolvimento de projetos de drenagem que considerem, entre outros aspectos, a mobilidade de pedestres e portadores de deficiência física, a paisagem urbana e o uso para atividades de lazer; V - a implantação de ações educativas, de orientação e punição para a prevenção de inundações, tais como controle de erosão, especialmente em movimentos de terra, controle de transporte e deposição de entulho e lixo, combate ao desmatamento, assentamentos clandestinos e a outros tipos de invasões nas áreas com interesse para drenagem; VI - o estabelecimento de programa articulando os diversos níveis de governo para a implementação de cadastro da rede de drenagem e instalações.

§ 3° - São ações estratégicas necessárias para o Sistema de Drenagem Urbana: I - preservar e recuperar as áreas com interesse para drenagem, principalmente às várzeas, faixas sanitárias e fundos de vale; II - desassorear, limpar e manter os cursos d’água, canais e galerias do sistema de drenagem; III - buscar a participação da iniciativa privada, através de parcerias, na implementação das ações propostas, desde que compatível com o interesse público; IV - revisar e adequar a legislação voltada à proteção da drenagem, estabelecendo parâmetros de tratamento das áreas de interesse para drenagem, tais como faixas sanitárias, várzeas, áreas destinadas à futura construção de reservatórios e fundos de vale; V - adotar, nos programas de

(15)

14

pavimentação de vias locais e passeios de pedestres, pisos drenantes e criar mecanismos legais para que as áreas descobertas sejam pavimentadas com pisos drenantes; VI - elaborar o cadastro de rede e instalações de drenagem.

Estes pontos analisados juntamente com as normas de execução deste tipo de obra servirão de respaldo para buscar nos projetos dos loteamentos as falhas que estão culminando nos problemas de alagamentos. Parte-se do pressuposto que em algum ponto do projeto ou execução do empreendimento, algum item crucial para a conclusão com êxito do loteamento foi desrespeitado.

5.3 - Normas para sistemas de drenagem.

Ainda com o objetivo de fundamentar a pesquisa e procurar parâmetros comparativos para a etapa de análise, buscou-se junto ao DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte – algumas especificações sobre a execução deste tipo de obra. Tais especificações estão apresentadas na Norma DNIT 030 de 2004 que trata da construção de dispositivos de drenagem pluvial em vias urbanas. (<http://ipr.dnit.gov.br/>)

Esta norma busca esclarecer e orientar os procedimentos que devem ser adotados para a construção de dispositivos utilizados em projetos de drenagem pluvial, como galerias, bocas de lobo e poços de visita. Para melhorar o contexto da pesquisa, apresenta-se a seguir algumas definições destes dispositivos extraídos da Norma: (<http://ipr.dnit.gov.br/>)

Galeria: Dispositivos destinados à condução dos deflúvios que se desenvolvem na

plataforma rodoviária para os coletores de drenagem, através de canalizações subterrâneas, integrando o sistema de drenagem da rodovia ao sistema urbano, de modo a permitir a livre circulação de veículos.

Boca-de-Lobo: Dispositivos de captação, localizados junto aos bordos dos

acostamentos ou meios-fios da malha viária urbana que, através de ramais, transferem os deflúvios para as galerias ou outros coletores. Por se situarem em área urbana, por razões de segurança, são capeados por grelhas metálicas ou de concreto.

Poços de visita: Caixas intermediárias que se localizam ao longo da rede para

permitir modificações de alinhamento, dimensões, declividade ou alterações de quedas.

A norma apresenta ainda os materiais que devem ser utilizados na execução destes dispositivos como tubos de concreto, tubos metálicos, os materiais de rejuntamento e os materiais de construção das bocas-de-lobo e das caixas de visita. Além de especificar ainda alguns dos equipamentos utilizados no manuseio destes materiais, como caminhão basculante,

(16)

15 caminhão de carroceria fixa, retroescavadeira, betoneira, moto niveladora, rolo compactador, vibradores entre outros. (<http://ipr.dnit.gov.br/>)

A referida norma cita ainda procedimentos padrões para execução destes dispositivos dando alguns detalhes, como por exemplo, que as galerias devem ser de formato retangular, que as bocas de lobos devem ser executadas em alvenaria ou ainda como deve ser a armadura e concretagem dos poços de visita. Ela frisa constantemente que a execução deve sempre seguir as dimensões e características contidas no projeto.

Esta norma também é extremamente rígida no que diz respeito ao manejo ambiental do entorno da obra como podemos identificar a seguir:

a) Todo o material excedente de escavação ou sobras deverá ser removido das proximidades dos dispositivos. b) O material excedente removido será transportado para local pré-definido em conjunto com a Fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja conduzido para os cursos d'água, de modo a não causar assoreamento. c) Nos pontos de deságüe dos dispositivos deverão ser executadas obras de proteção de modo a não promover a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d'água. d) Durante o desenvolvimento das obras deverá ser evitado o tráfego desnecessário de equipamentos ou veículos por terrenos naturais de modo a evitar a sua desfiguração. [...]<http://ipr.dnit.gov.br/>. Acessado em 22 de junho de 2017.

Nota-se, portanto que um sistema de drenagem pluvial requer um sistematizado procedimento para sua execução. Desde leis das esferas federais e regionais, que fiscaliza e aprovam os projetos, permeando um rigoroso controle durante a execução através do dimensionamento eficaz até sua conclusão que deve atender aos eventos naturais esperados.

Diante de tais parâmetros de execução, composição e normais legais de existência do sistema de drenagem pluvial, pode-se então iniciar o processo de analise dos pontos de alagamentos, escolhidos para o projeto, averiguando onde há falha e de que forma o sistema em si não está a atendendo a demanda necessária.

(17)

16

6 - METODOLOGIA

Esta pesquisa, por se tratar de um trabalho acadêmico, têm características bem simples e diretas. Tendo como característica principal o estudo de caso de uma região específica da cidade de Sorriso/MT, a pesquisa contará ainda com algumas fontes bibliográficas como livros, jornais eletrônicos e monografias sobre o tema.

Para execução e conclusão com êxito deste projeto, será seguido alguns passos claros e objetivos: Primeiramente fara-se visita “in loco” da região escolhida antes de iniciar o período chuvoso para conhecer a topografia do local. Tal visita se faz necessária para registrar pontos com topografia mais baixa, sendo assim um possível ponto de alagamento. Nesta etapa ainda será construído um acervo de informações noticiadas a respeito deste assunto.

Embasados das leituras previamente feitas da situação problema, será repetida a visita já em período chuvoso para identificar os pontos onde ocorrem os alagamentos e suas dimensões. Desta forma registrar-se-á os principais pontos e será quantificado o volume pluvial e a vasão que de forma insuficiente não está suprindo o ponto em questão.

Será feita uma análise dos projetos dos loteamentos identificando se houve cálculo de vasão da drenagem para estes pontos. Objetiva-se com isto analisar se no projeto foi apresentada a vasão e ela está mal dimensionada, ou se por ventura não foi se quer apresentada.

As informações serão analisadas de forma comparativa, focando nas regiões com maior incidência do problema e suas projeções que foram aprovadas pela prefeitura; Tendo como respaldo a Lei 613/97, o Plano Diretor e a lei de parcelamento do solo, que citamos e que dispõe sobre os critérios de aprovação dos loteamentos e que entre outros itens, exige projeto de drenagem. Por fim serão identificados os possíveis motivos para este problema de vasão que está resultando em alagamentos.

(18)

17

7 - RECURSOS HUMANOS / MATERIAIS

Para execução deste projeto serão feitas visitas “in loco” da região escolhida, observados a mesma tanto em período de estiagem, quanto em período chuvoso. Para tanto, será utilizado de veículo próprio e câmera fotográfica para visitas e registros dos locais escolhidos.

Para etapa analítica, será utilizada de calculadora para as equações de vasão e fluxo pluviométrico, caso seja necessário e livros sugeridos pelo orientador, que abordem a temática em forma de apoio didático.

(19)

18

8 - CRONOGRAMA

ETAPAS

2017 2018

Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Aprovação do Projeto de Pesquisa Visita "in loco" p/ identificação da topografia Construção de acervo de noticias relacionadas Visita "in loco" p/ identificação dos pontos de alagamento Registro e análise de volume pluvial e de vasão Análise dos projetos dos loteamentos Análise das regiões c/ incidência e suas projeções aprovadas Identificação das causas do problema de drenagem dos referidos locais Análise dos Resultados Redação do artigo

(20)

19

9 - REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

BOTELHO, M. H. C. Águas de Chuva: Engenharia das águas pluviais nas cidades. 3ª Ed. São Paulo. Edgard Blucher Ltda, 2011.

CARVALHO, Mariana Novaes. Avaliação do impacto da urbanização na drenagem em novas áreas urbanas de Sinop – MT. 2015. Artigo – Trabalho de conclusão de curso de Bacharel em Engenharia Civil. Faculdade de Ciências Exatas e Tecnológicas da Unemat – Univerdade do Estado de Mato Grosso, campi de Sinop/MT.

Leis Municipais / Mato Grosso / Sorriso - LEI Complementar nº 82 de 19 de junho de 2008. Disponível em <https://leismunicipais.com.br/>. Lei acessada em 23 de junho de 2017. Leis Municipais / Mato Grosso / Sorriso - LEI nº 613/97. Disponível em <https://leismunicipais.com.br/>. Lei acessada em 13 de junho de 2017.

Ministério dos Transportes. NORMA DNIT 030/2004 – ES. Drenagem – Dispositivos de drenagem pluvial urbana. Norma disponível em <http://ipr.dnit.gov.br/>. Acessado em 22 de junho de 2017.

MTnoticias.net - Sorriso: Chuva torrencial alaga vários pontos do centro e de bairros. 14 de fevereiro de 2016. <http://www.mtnoticias.net/>. Artigo acessado em 15 de junho de 2017.

MTnoticias.net - SORRISO: Município aprova 02 novos loteamentos em 2015 e mais 05 estão em processo de aprovação. Disponível em <http://www.mtnoticias.net/>. Artigo acessado em 13 de junho de 2017.

Prefeitura de Sorriso/MT - BREVE HISTÓRICO. Sorriso/MT. Disponível em <http://www.sorriso.mt.gov.br/>. Artigo acessado em 02 de junho de 2017.

Presidência da República – Casa Civil. LEI nº 6766, de 19 de dezembro de 1979. Disponível <http://www.planalto.gov.br/>. Acessado em 23 de junho de 2017.

Redação Portal Sorriso MT – Sorriso: ruas e casas ficam alagadas em mais uma tarde de chuva forte. 25 de março de 2016. Disponível em <http://portalsorrisomt.com/>. Artigo acessado em 15 de junho de 2017.

Só Noticias Editoria – Chuva forte provoca alagamento em sorriso. 13 de abril de 2013. Disponível em <http://www.florestanet.com.br/>. Artigo acessado em 15 de junho de 2017. Sorriso – MT – MAPS – Disponível em <https://www.google.com.br/maps>. Imagem acessada em 16 de junho de 2017.

Weruska Goeink. Como construir um loteamento. Edição 99. 2009. Disponível em <http://construcaomercado.pini.com.br/>. Artigo acessado em 16 de junho de 2017.

Referências

Documentos relacionados

insights into the effects of small obstacles on riverine habitat and fish community structure of two Iberian streams with different levels of impact from the

Realizar a manipulação, o armazenamento e o processamento dessa massa enorme de dados utilizando os bancos de dados relacionais se mostrou ineficiente, pois o

Por meio dos registros realizados no estudo de levantamento e identificação de Felinos em um remanescente de Mata atlântica, uma região de mata secundária

As rimas, aliterações e assonâncias associadas ao discurso indirecto livre, às frases curtas e simples, ao diálogo engastado na narração, às interjeições, às

Estudos sobre privação de sono sugerem que neurônios da área pré-óptica lateral e do núcleo pré-óptico lateral se- jam também responsáveis pelos mecanismos que regulam o

Então são coisas que a gente vai fazendo, mas vai conversando também, sobre a importância, a gente sempre tem conversas com o grupo, quando a gente sempre faz

De acordo com o Consed (2011), o cursista deve ter em mente os pressupostos básicos que sustentam a formulação do Progestão, tanto do ponto de vista do gerenciamento

Cheliped carpus with 12–18 simple dorsal setae; propodus bearing a large, with brown-bordered dorsal crest (V. glandurus), or a distal margin curved and pointed