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Academic year: 2021

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“QUAL É A RELEVÂNCIA DA DISCIPLINA DE LEGISLAÇÃO E

SEGURANÇA AMBIENTAL NO CURSO TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE OFERECIDO PELO COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR ELYSIO VIANNA DE CURITIBA/PR”.

Projeto de Monografia apresentado ao curso de Especialização em Ministério Público - Fundação Escola do Ministério Público do Paraná – FEMPAR Curitiba.

Disciplina: Metodologia Cientifica - Orientador (a) : Dra. Andréa Roloff Lopes

CURITIBA 2012

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1 - APRESENTAÇÃO

O país ainda não resgatou a divida com a educação profissional de jovens e adultos, da mesma forma com os cursos técnicos, entretanto, neste momento introdutório do trabalho de pesquisa, a intenção é tecer alguns comentários a respeito do enunciado constitucional1 “A educação, direito de todos [...] visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.

Na redemocratização do país, que ocorreu logo após uma exigência da sociedade com manifestações que se estenderam pelo território nacional, onde pode-se observar a presença em massa de jovens e adultos, como no poema de Gilberto Freire; “Eu ouço vozes, eu vejo cores, eu sinto os passos, de outro Brasil que vem ai.2”, enfim, uma nova, um novo Brasil nasce na década de 80.

Entretanto, na década de 90, o então presidente Collor de Mello, insurge com o neoliberalismo econômico, no entanto, deixou uma divida com a sociedade naquele momento em que entregou para as Instituições particulares a educação profissionalizante.

Este resgate só ganhou força com governo Lula, oportunidade em que iniciou a criação do PROEJA3, ofertado pelas redes de educação; estadual e federal aos jovens e adultos.

A mudança no poder aquisitivo das pessoas da classe social que considerada de baixa renda naquela época, hoje, estão sendo incluídos naquelas de renda média, aumentando o poder de consumo e consequentemente uma aceleração na economia interna e grande contribuição para este avanço foi o investimento na educação, por meio do acesso aos cursos profissionalizantes e técnicos ofertados pelas instituições públicas.

1

Constituição Federal de 1988, artigo.205.

2

Poema escrito em 1926 e publicado no livro Poesia Reunida. Recife: Editora Pirata, 1980. Extraído do site www.releituras.com/gilbertofreyre_outrobrasil.asp

3

(3)

A continuidade e prioridade em investimentos na educação foi um dos projetos apresentado na campanha da nossa presidenta Dilma Rousseff, destacando os cursos técnicos.

Na rede da educação do ensino profissionalizante de estado o Paraná, começou o seu efeito no ano de 2008, com a introdução dos cursos profissionalizantes e os técnicos pela SEED/PR4 nas escolas públicas de todo o Estado. Vale frisar, que, os cursos profissionalizantes são integrados ao ensino médio, posto que, os técnicos são ofertados aos alunos (as) que já concluíram o ensino médio, e a relação dos cursos estão disponíveis no site: diadiaeducação.gov.br.

O curso técnico de meio ambiente ofertado pelo Colégio Estadual Professor Elysio Vianna de Curitiba5, com uma população formada na maioria de alunos egressos do ensino médio que retomam os bancos escolares após longo período afastados, suas experiências e conhecimentos são respeitados. Assim, será o trabalho de pesquisa com um público que está sendo preparado para o mundo do trabalho;

“Habilitado profissionalmente para operar com informações, produzir e interpretar documentação, relatórios e estudos ambientais; participar na elaboração e acompanhamento de programas e sistemas de gestão ambiental; atuar no planejamento e na operacionalização de educação ambiental e de organização dos processos de redução de consumo, reuso e reciclagem com vista à preservação do recursos naturais”6

.

O trabalho de pesquisa pretende tem por objetivo investigar a viabilidade de elaborar o material didático suplementar à grade curricular exigida pela Lei de Diretrizes Bases da Educação - LDB e da Secretária de Estado e da Educação do Estado do Paraná – SEED/PRA.

A ementa atual estabelece para a disciplina de Legislação e Segurança Ambiental do curso técnico em meio ambiente na modalidade subsequente, uma

4

Secretaria de Estado da Educação do Paraná.

5

A instituição de ensino foi credenciada para oferta do curso técnico de meio ambiente na modalidade presencial subsequente ao ensino médio pela Resolução Secretarial nº.2858/10 de 30 de junho de 2010.

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carga horária de 120 (cento e vinte) horas aulas com os Conteúdos divididos da seguinte forma;

Primeiro semestre - Carga horária de 40hs.

 Politica e Legislação Ambiental;

 Politica Nacional do Meio Ambiente;

 Legislação Ambiental na Constituição Federal e do Estado do Paraná;

 O Novo Código Florestal Brasileiro. Segundo semestre - Carga horária de 40hs.

 Diretrizes Internacionais para Meio Ambiente;

 Meios Administrativos e judiciais de Proteção Ambiental;

 Compensação Ambiental;

 Licenciamento Ambiental e

 Noções de Normas Reguladoras de Segurança Ambiental. Terceiro semestre - Carga horária de 40hs.

 Legislação Especifica:

 Unidade de Conservação;

 Licenciamento Ambiental;

 Resoluções do CONAMA;

 Impacto Ambiental, Dano, Culpa, Responsabilidade e Indenização;

 Áreas de Preservação;

 Planos Diretores – Estatutos das Cidades e Objetivos do Milênio.

O material didático suplementar vem tratar especificamente da disciplina de Legislação e Segurança ambiental de uma forma diferenciada e está dividido em três volumes acompanhados de arquivo digital em PDF.

O volume de nº.①, sera dividido em quatro capítulos. O primeiro capítulo abordará os seguintes assuntos. A palavra da Constituição Federal; o sistema Jurídico brasileiro; Direito Ambiental: conceito e natureza jurídica; os Princípios do Meio Ambiente, no capítulo II; Competência ambiental; Conflitos entre normas jurídicas, já no capítulo III; Meio Ambiente Ecologicamente Equilibrado e no capítulo final; Meio Ambiente e Legislação Infraconstitucional. No apêndice, a Hierarquia das Leis e a estrutura do SISNAMA, no anexo as legislações

(5)

Constitucional e infraconstitucional pertinentes ao meio ambiente, seguido das referências bibliográficas..

No volume de nº ❷, reservados aos alunos os seguintes temas; Competência para o Licenciamento ambiental, natureza jurídica do Licenciamento Ambiental; os procedimentos para a concessão do Licenciamento ambiental nas suas três modalidades; Estudo do Impacto Ambiental; Relatório do Impacto ambiental; Responsabilidades por danos causados ao meio ambiente; Responsabilidades; administrativa, civil e criminal. No anexo estarão as resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente que disciplinam o Licenciamento Ambiental e Avaliação dos Impactos Ambientais: Estudo e Relatórios dos Impactos Ambientais; e os empreendimentos e atividades que estão sujeitas ao Licenciamento e as referências bibliográficas.

Para o volume ③, aos discentes do terceiro semestre abordar-se-á os temas referentes: às Teorias; do risco, Ato, Dano e da causalidade; Excludente de Responsabilidade; Responsabilidade do Estado; Competências jurisdicionais; Responsabilidade Criminal da Pessoa Jurídica; Teoria da Dupla Imputação; Teoria da Desconsideração da Pessoa Jurídica; Punibilidade dos Crimes Ambientais; Agravantes e Atenuantes; Crimes de Menor Potencial Ofensivo; Direito Processual do Meio Ambiente; Inquérito civil; Ação Civil Pública – Legitimidade – objeto e juízo Competente. A seguir será a conclusão e sugestões para próximos trabalhos e as referências bibliográficas..

Visando responder a questão problema da pesquisa: “Qual é a relevância

da disciplina Legislação e Segurança Ambiental no Curso Técnico em Meio Ambiente oferecido pelo Colégio Estadual Professor Elysio Vianna de Curitiba/PR”.

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2 – OBJETIVO GERAL

Identificar a viabilidade de implementação de material didático suplementar para a disciplina ”Legislação e Segurança Ambiental” fundamentado na ementa da grade curricular elaborada pela Secretaria Estadual de Ensino Técnico de Estado do Paraná e Ministério da Educação Cultura e Tecnologia e sugerir a continuidade do trabalho com a elaboração do material.

2.1 - OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Elaborar o material didático para os três períodos do curso..

 Demonstrar a relevância do curso técnico na formação de cidadãos detentores de direitos e deveres com o meio ambiente;

3 - JUSTIFICATIVA

Para corroborar com os alunos no acesso as informações direcionadas e acompanhamento das aulas, pretende justificar o projeto da pesquisa e obter a resposta da problematização lançada, bem como, a viabilidade de oferecer o material didático especifico para a disciplina com os conteúdos a nível de curso técnico.

4 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A preocupação com as questões ambientais começou a ser referenciada e divulgada nos anos 60, assim, logo tomou norte e as atenções voltaram-se para um contexto mais abrangente, a preocupação passa a ser com o Planeta, deixando-se de ser uma questão local e passa-se a um embate a nível global, ou seja, o estrago já foi feito, agora é preservar o que resta.

(7)

“A crise ambiental veio questionar a racionalidade e os paradigmas teóricos que impulsionaram e legitimaram o crescimento econômico, negando a natureza [...] refletindo-se na irracionalidade ecológica dos padrões dominantes de produção e consumo, e marcando os limites do crescimento econômico”7

.

Desta forma, o setor privado internacional toma as iniciativas por meio de conferências para debates sobre o futuro do meio ambiente.

O ambientalista e professor Geraldo Ferreira Lanfredi8, leciona sobre o reflexo da primeira conferencia mundial9 organizada pela Organização das Nações Unidas sobre o meio ambiente, no direito interno do nosso país;

Em boa hora, pois, foi implantada, no Brasil, seguindo exemplo dos países mais desenvolvidos, uma politica ambiental, em nível nacional, o que ocorreu a mais de duas décadas, mais precisamente em 1981, que visa compatibilizar o desenvolvimento econômico social com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico. A politica Nacional do Meio Ambiente, fundamentada na lei 6.938/81, foi responsável, no Brasil, por profundo processo de renovação, produziu mudanças politicas, inovações tecnológicas e mobilização social, que atingiram toda a sociedade, levando a um processo participativo e uma nova consciência ecológica. O homem, cidadão do Planeta Terra e parte integrante do mundo natural, já se conscientizou de que depende da Natureza não só para a sua subsistência senão para o seu próprio equilíbrio.

Passado, duas décadas, a O.N.U., realiza a segunda Conferência Mundial para tratar das questões ambientais, desta vez, realizada na cidade carioca, em 1992, com a participação de 170 representantes de diferentes nações, oportunidade em que foi abordados assuntos relevantes relacionados com a educação e a sustentabilidade do desenvolvimento.

7

LEFF, Enrique. Saber Ambiental. Petrópolis/RJ: Vozes, 2005, p. 15.

8

LANFREDI, Geraldo Ferreira. Busca de Rumos para Efetividade do Direito Ambiental. In, (Org.) Novos Rumos do Direito Ambiental. Campinas/SP: Millennium, 2006, p.19.

9

Conferência realizada em Estocolmo/Suécia em 1972, sobre o meio ambiente com o tema “Ambiente Humano”.

(8)

O encontro ganhou o nome de Declaração do Rio, e o fruto dos debates foi o “Agenda 21”, documento avaliado pelos representantes da Conferência, e a sua essência está na educação ambiental, como ferramenta essencial a conscientização da sociedade.

Os ensinamentos do professor Geraldo Ferreira Lanfredi, onde leciona os três capítulos da Agenda 2110;

“Primeiro, no que se refere à promoção do ensino, salienta a Agenda, neste diapasão, que “o ensino tem fundamental importância na promoção do desenvolvimento sustentável e no aumento da capacidade do povo para abordar questões do meio ambiente e desenvolvimento”, acrescentando que tanto o ensino formal como o informal são indispensáveis para modificar o comportamento das pessoas e conferir consciência ética e valores e atitudes em consonância com o desenvolvimento sustentável. Para alcançar os objetivos dessa educação importa: a) assegurar o acesso universal ao ensino básico e reduzir as altas taxas de analfabetismo; b) desenvolver consciência do meio ambiente, com reflexo em todos os setores da sociedade e em todos os programas de ensino. Em segundo lugar, quanto a conscientização pública, assinala o documento que: “ é necessário sensibilizar o público sobre os problemas do meio ambiente e desenvolvimento, fazê-lo participar de suas soluções e fomentar o senso de responsabilidade pessoal em relação ao meio ambiente e uma maior motivação e dedicação em relação ao desenvolvimento sustentável”, para que o ensino deva reforçar atitudes, valores e medidas compatíveis coma sustentabilidade do desenvolvimento, bem como os países devem estimular a participação do público nos debates sobre politicas e avaliações ambientais. Em terceiro lugar, relativamente a programa de capacitação, trata-se de importantes instrumentos destinados a formar recursos humanos e facilitar a transição de um mundo sustentável, em virtude do que se recomenda que os países incentivem programas práticos de treinamentos, a fim de se formarem técnicos capacitados, voltados, assim, para as zonas urbanas e rurais.

10

(9)

Os princípios da Conferência de Estocolmo (1972), e os da Declaração do Rio (1992), tiveram significativas influências nas Constituições de diversos países, no Brasil, podemos observar que na Conferência realizada na capital da Suécia, foram determinantes na criação lei da politica nacional de meio ambiente11, recepcionada pela Constituição de 1988, e pela primeira vez na história das Constituições brasileiras houve a preocupação do legislador em dedicar um capítulo exclusivo ao meio ambiente.

Já os princípios da Declaração do Rio; inovou o sistema nacional do meio ambiente com a criação do Ministério do Meio Ambiente, e legislações mais rígidas, exemplo é a lei dos crimes ambientais12, que de uma maneira brilhante incluiu as responsabilidade das pessoas; física, Jurídica e do Poder Público, na condição de poluidor pagador.

Podemos nos prestigiar com os ensinamentos do professor Antonio Fernando Pinheiro Pedro13, que no seu entendimento “aquele que contamina deve, em princípio, arcar com os custos da contaminação” e explica o princípio do poluidor pagador;

A revolução ocasionada pela aplicação do princípio do poluidor pagador, portanto, é imensurável, e as crises decorrentes dessa implementação já podem ser sentidas na adoção de importantes tratados internacionais, como o de mudanças climáticas, ou em casos de responsabilização de fabricantes, por efeitos pós-consumo de seus produtos, como as indústrias tabagistas, eletroeletrônica, farmacêutica etc.

Para melhor prevenir as degradações ambientais, a Constituição Federal assevera no artigo 225, § 3º, “As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente, sujeitarão aos infratores pessoas físicas ou jurídicas, as sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados”

11

Lei federal nº.6.938 de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a politica nacional do meio ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.

12

Lei federal nª 9.605 de 12 de fevereiro de 19998, Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.

13

PEDRO, Antonio Fernando Pinto. Princípios do Direito Ambiental. In, Geraldo Ferreira Lanfredi (Org.) Novos Rumos do Direito Ambiental. Campinas/SP: Millennium, 2006, p. 10.

(10)

A responsabilização do poluidor pagador prescinde de culpa, não se trata de um castigo pelo ato, ou punição, simplesmente, o infrator (poluidor pagador), ao exercer tais condutas, atividades efetiva ou potencialmente poluidoras, já assume a teoria do risco integral, ou seja, poluiu pagou, pois não seria justo a sociedade arcar com os prejuízos.

Mas, de outro modo, não se afasta a responsabilidade do Poder Público, se ao conceder a licença para operação de atividade ou empreendimento que mesmo dentro das normas, preenchendo todos os requisitos legais, venha causar poluição ao meio ambiente, o infrator vai arcar com os danos (responsabilidade objetiva) e o Poder Público (responsabilidade subjetiva), ambos terão que compensar o dano ambiental e terceiros afetados.

O professor Antonio Fernando Pinheiro Pedro, entende que em relação ao princípio da prevenção, a administração Pública deveria adotar o principio da precaução14, e não mais se daria pela simples satisfação de requisitos legais, ou cumprimento de regras, de propósito, vejamos;

Isso significa uma quebra no paradigma tradicional da Administração Pública, pois o conceito ordinário de licença, para atuar, empreender atividades, não mais se daria pela simples satisfação de requisitos legais ou cumprimento de regras, postas adrede, respondendo o infrator a posteriori por eventuais danos ou desvios de conduta. Não, a Administração pública deveria, a partir de então, transferir ao empreendedor, e não mais prover, critérios de planejamento territorial. Deveria o Poder Público licenciador obter ações de prevenção, planos de contingência e emergência e demais medidas compensatórias do empreendedor antes de autorizar o empreendimento, de maneira a minimizar a necessidade de agir posteriori.

A princípio, a nossa Carta Magna, determina que deve “exigir, na forma da lei, para instalação de obras ou atividades potencialmente causadora de significativa degradação ao meio ambiente, estudo prévio de impacto

14

(11)

ambiental...”,15

ao referir-se a legislação, estamos diante da lei da politica nacional do meio ambiente.

Que, por sua vez, criou o SISNAMA16, e delegou poderes para os órgãos que integram o sistema a competência para licenciamento ambiental, mas missão maior ficou com o CONAMA17, que por meio da resolução n° 237, sancionada em 19 de dezembro de 1997, estabelece a relação de todas atividades e obras que necessitam de licenças ambientais para instalação e operação no território nacional, requisitos administrativos, modalidades de licenças e prazos..

Assim, pode-se observar que no Brasil, o princípio da prevenção tem previsão constitucional, e não adotamos o da precaução, tendo em vista que ao referir-se ao da precaução, não seria viável, pois entende-se que este princípio não contribui para o aceleramento do poder econômico, nessa hipótese sugerida pelo professor Antonio Fernando, o Poder Público ficaria inerte, posto que caberia ao empreendedor provar a viabilidade de seu empreendimento, o que seria inviável, para o crescimento econômico do país, mas, de certa forma, o princípio da sustentabilidade teria eficácia.

Sobre a eficácia do princípio do desenvolvimento sustentável, que foi tema da Declaração do Rio, “meio ambiente e desenvolvimento”, entende-se que a maior atenção deve-se a preservação do que ainda a natureza tem a oferecer, exemplificado com “água potável”, recurso natural renovável, entretanto, podemos observar no Brasil, a carência desta riqueza natural, obviamente que estamos em um país que detém o maior reservatório de água potável do universo, é o caso do aquífero guarani. Porém, apesar de o nosso país ser considerado referência para outras nações em normas jurídicas protetoras do meio ambiente, o professor José Renato Nalini18, explica por que ocorre tanto desrespeito a politica ambiental brasileira;

15

Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, artigo 225, § 1ª, IV.

16

Sistema Nacional do Meio Ambiente, criado pela Lei da Politica Nacional do Meio Ambiente (6.938/81).

17

Conselho Nacional do Meio Ambiente, órgão presidido pela Ministro do Meio Ambiente.

18

NALINI, José Renato. A Ética como Matéria-prima Indispensável à Ecologia. In, José Geraldo Ferreira (Org.) Novos Rumos do Direito Ambiental. Campinas/SP; Millennium, 2006, p. 54.

(12)

Que o ambiente no Brasil não anda nada bem é fácil concluir. A mídia não se recusa a demonstrar o insucesso das politicas preservacionistas. Treze anos depois da realização da Eco-92. O Brasil não tem o que comemorar. Verifica-se, aleatoriamente, a manchete recente de alguns principais jornais brasileiros: “Degradação ambiental afeta 60% dos brasileiros”. “Amazônia tem segundo maior desmatamento da história”. Devastação na Amazônia cresce 6% muito acima da previsão”. “Eloquente a reportagem de capa da revista Veja, edição 1908, de 8 de junho de 2005. [...] Se desaparecer a mata, os rios secarão e, da floresta a desertificação, será um passo.

Assim, pode-se verificar, que em 2005, ainda as coisas não andavam muito bem, entretanto, não basta somente as normas coercitivas ditando as regras, deve-se atentar para ”promover a educação ambiental em todos os níveis do ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente”19

.

Tendo em vista, que, atualmente tem-se buscado a implementação da pedagogia do ambiente, “[...] A educação ambiental traz consigo uma nova pedagogia que surge da necessidade de orientar a educação dentro do contexto social e na realidade ecológica e cultural onde se situam os sujeitos e atores do processo educativo”20

. No entanto, não temos em todos níveis da educação os currículos de conteúdos especifica voltada a educação ambiental.

Em busca de atender a demanda da qualificação de mão de obra necessária para suprir o mundo do trabalho, temos uma exceção, o curso técnico de meio ambiente, que é direcionado para o trabalho, mesmo assim, temos a oportunidade de oferecer um curso onde os discentes, começam a ter uma visão diferenciada das questões ambientais, tornam-se críticos. “[...] Uma educação orientada a romper a parcialização do conhecimento e a promover uma visão mais integradora do mundo, aberta a complexidade dos fenômenos da realidade [...] uma visão renovada do saber que traz implícito um novo sistema de valores.”21

Dessa forma, podemos deixar de exigir dos legisladores o total controle das questões ambientais, e ter uma participação mais ativa nesta relação de

19

Constituição Federal / 88, art. 225, §1º, VI.

20

LEFF, Enrique. Ob. Cit., p. 257.

21

(13)

responsabilidades, por meio da conscientização da sociedade, conseguiremos amenizar os danos ambientais, através da educação ambiental.

“A crise ambiental gera novos saberes através de estratégias conceituais guiadas para a construção de uma nova racionalidade social, orientada por princípios de democracia, sustentabilidade ecológica, diversidade cultural e equidade social”22

. Mas, apenas foi a largada, ainda resta toda a maratona, e para a competição temos que implementar em todos os curso técnicos uma carga horária voltada para educação ambiental, tanto na logística, administração, química, edificações etc.

Partimos das primícias, que teremos profissionais qualificados e com o saber ambiental, ampliando-se as possiblidades de atender as necessidades de um Planeta sustentável e uma qualidade de vida digna para as futuras gerações. Neste sentido, o professor Edis Milaré23 diz, que “a cidadania ambiental decorre da consciência que se tem as respeito das reações (a serem, aliás, profundamente renovadas) entre a sociedade e a natureza”. E conclui;

É fácil concluir que os limites morais e legais entre as gerações humanas atuais e futuras, assim como entre a espécie humana e as demais categorias de seres que constituem realidade da terra, são complexas e difíceis de definir e estabelecer. O que será necessário ter em mente é que o desequilíbrio nessas relações redunda no desequilíbrio da vida e da harmonia do Planeta interno.

Assim, pretende-se com a revisão bibliográfica nas obras mencionadas e explorar outros autores comprometidos com as questões ambientais, procurando atentar para o desenvolvimento do presente trabalho.

22

Idem.

23

MILARÉ, Édis. Horizontes da Advocacia do Ambiente. In, Geraldo Ferreira Lanfredi (Org.) Novos

(14)

5 - METODOLOGIA

O presente trabalho utilizará o método lógico-dedutivo, baseando-se na construção doutrinária, jurisprudencial e normativa, sendo analisada a referência do instituto do controle em relação ao serviço público em face dos princípios que integram o regime jurídico da referida atividade.

A pesquisa bibliográfica sobre o tema, por meio de artigos jurídicos, doutrina, revistas jurídicas, jurisprudência, normas constitucionais e infraconstitucionais será o método de procedimento específico do trabalho em questão.

6 CRONOGRAMA

EXECUÇÃO – 2012 ATIVIDADES

FEV MAR ABR MAIO JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Definição Problema X X X X

x

Elaboração do Pré-Projeto

x

X X

x

X X X X Entrega do Pré-Projeto

x x

X X X X X Elaboração do Projeto

x x

X X X X X Entrega do Projeto X Coleta de Fontes X X X X X

x

X X X X X Elaboração Monografia X X X X X X X X X EXECUÇÃO – 2013 ATIVIDADES J AN FEV MAR ABR Coleta de Fontes X X X X Elaboração Monografia X X X X Entrega Monografia

x

(15)

7 - LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO.

BÍBLIA SAGRADA. Versão Revista e Corrigida na grafia simplificada na tradução

de João Ferreira de Almeida. 13ª ed. São Paulo : Imprensa Bíblica Brasileira, 2010.

Coleção Caderno de EJA. Diversidades e Trabalho. Secad / MEC. Brasília, DF. [s.n], 2007.

Códigos Penal ; Processo Penal e Constituição Federal / obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Antonio Luiz de Toledo Pinto, Márcia Cristina Vaz dos Santos Windt e Livia Céspedes; - 3.ed; - São Paulo : Saraiva, 2007.

Dicionário Jurídico de Bolso, 19ª edição, de Donaldo J. Felippe, e cm

atualização de Alencar Frederico. Campinas: Millennium Editora.

LANFREDI, Geraldo Ferreira. Novos Rumos do Direito Ambiental, nas áreas

civil e penal / coordenador Geraldo Ferreira Lanfredi: colaboradores: Adriana

Sagiani...[et al.] – Campinas. SP: Millennium, 2006.

LEFF, Enrique. Saber ambiental : sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder / Enrique Leff : tradução de Lucia Mathilde Endlich Orth

Petrópolis, RJ : Vozes, 2005.

Lições de Direito Constitucionais em Homenagem ao Prof. Dr. Sérgio Resende de Barros / Andyara Klopstock Sproesser...[et al]; coordenadores:

(16)

Lucci, Elian Alabi, 1943 – Geografia : homem & espaço, 6ª série : ensino fundamental / Elian Alabi Lucci. – 13. Ed. Reform. E atual. – São Paulo : Saraiva, 1999.

Meio Ambiente e Trabalho / coordenação do projeto – Francisco José Carvalho

Mazzeu, Diogo Joel Demarco, Luna Kallil – São Paulo: Unitrabalho – Fundação Interuniversitária de Estudos e Pesquisas sobre o Trabalho; Brasília, DF: Ministério da Educação. SECAD – Secretaria da Educação Continuada. Alfabetização e Diversidade. 2007 – (Coleção Cadernos de EJA).

Minidicionário Luft / colaboradores Francisco de Assis Barbosa, Manuel da

Cunha Barbosa: organização e supervisão Lya Luft. São Paulo. Ática, 2000.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Programa da Integração da Educação

Profissional Técnica de Nível Médio Integrada ao Ensino Médio na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos – PROEJA. Documento Base.

Brasília, 2006.

Monografia de Especialização “ A Contribuição do Proeja para o Curso de

Eletromecânica do CEEP - Curitiba”., Adimar Garcia Machado: UTFPR –

Campus - Curitiba, 2010.

Moreira, Herivelto. Metodologia da pesquisa para o professor pesquisador / Herivelto Moreira, Luiz Gonzaga Caleffe. Rio de Janeiro. DP&A, 2006.

SITES :

http://www.releituras.com/gilbertofreyre_outrobrasil.asp Acesso - 21/08/2012. http://www..diadiaeducação.gov.br. Acesso – 21/08/2112.

Referências

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