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FILOSOFIA IMMANUELKANT.1.2009

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(1)

IMMANUEL KANT

IMMANUEL KANT

(1724 –1804)

(1724 –1804)

Idealismo Idealismo Transcendenta Transcendenta l l ou Crítico. ou Crítico.

(2)

• Racionalismo, Empirismo e Idealismo.

• Transcendental: “É toda a investigação

acerca do conhecimento proveniente

do sujeito e não do objeto do

conhecimento.”

• Crítico: “É o idealismo que pretende

estabelecer

as

condições

de

possibilidade do conhecimento e os

limites da razão cognoscente.”

(3)

As faculdades do sujeito

As faculdades do sujeito

cognoscente

cognoscente

• Sensibilidade: É a faculdade que

permite ao sujeito ter intuições

empíricas e puras.

• Entendimento: É a faculdade que

permite ao sujeito pensar, mediante

conceitos, os objetos percebidos pela

sensibilidade.

(4)

Alguns termos kantianos

Alguns termos kantianos

• Intuição: É o modo como a sensibilidade

se relaciona imediatamente com

objetos.

• Intuição empírica: É a intuição que se

relaciona com o objeto por meio da

sensação.

• Sensação: É o efeito de um objeto que

afeta a nossa capacidade representativa

(sensibilidade).

(5)

• Intuição pura: É a intuição que não contém qualquer elemento pertencente à sensação. É a condição de possibilidade de ordenação ou coordenação daquilo que é múltiplo e derivado da sensação no fenômeno.

• Fenômeno: É o objeto que se dá a conhecer.

• Matéria do fenômeno: É o elemento que no fenômeno corresponde à sensação. É dada a posteriori.

• Forma do fenômeno: É o elemento que possibilita a ordenação ou coordenação daquilo que é diverso no fenômeno, de acordo com certas relações espaço-temporais. É dada a priori e se encontra no espírito, sendo, portanto, independente da sensação.

• O nôumeno ou coisa-em-si: É o substrato que dá existência ao fenômeno, mas não se dá a conhecer, embora se possa pensá-lo.

(6)

Conhecer e os tipos de

Conhecer e os tipos de

conhecimento

conhecimento

• Conhecer: “É dar forma a uma matéria dada, e é claro que a matéria é a posteriori, e a forma é a

priori.

• Conhecimento empírico ou a posteriori: É o conhecimento proveniente do objeto, dos dados da experiência sensível, isto é, da matéria do conhecimento. É sempre contingente e particular.

• Conhecimento puro ou a priori: É o conhecimento proveniente do sujeito e baseia-se nas leis da razão humana. É sempre universal e necessário.

(7)

Os tipos de juízos

Os tipos de juízos

• Juízos analíticos: É o tipo de juízo no qual “o

predicado está implicitamente contido no

sujeito. De tal forma que, o juízo em questão

consiste em um processo de análise do qual

se extrai do sujeito aquilo que já está contido

nele.” São sempre universais e necessários,

pois se baseiam apenas nas leis da razão.

Exemplo: “Os corpos são extensos”, “A é

igual a A”, etc.

(8)

• Juízos sintéticos a posteriori: É o tipo de juízo

no qual o predicado não está contido no

sujeito. De tal forma que, o juízo em questão

consiste em um processo de síntese entre

uma intuição empírica, a qual é extraída do

objeto, e a intuição pura e o conceito que a

pensa, que já estão contidos no sujeito de

modo a priori. São sempre contingentes e

particulares, pois se baseiam apenas nas nos

dados da experiência.

(9)

• Juízos sintéticos a priori : É o tipo de juízo no qual o predicado não está contido no sujeito. De tal forma que, o juízo em questão consiste em um processo de síntese entre uma intuição pura (a priori) e o conceito que a pensa, que já estão contidos no sujeito de modo a priori. São sempre universais e necessários, pois se baseiam apenas em elementos

a priori, seja da sensibilidade, seja do entendimento.

Exemplo: 5 +7 =12, a linha reta é a menor distância entre dois pontos.

(10)

O pensamento kantiano apresenta pelo menos duas grandes áreas de investigação: o conhecimento e a ética.

No âmbito do conhecimento, Kant afirma que é o sujeito que produz, com base na sua razão - a razão teórica -, o saber universal e necessário.

Na esfera da ética, ele sustenta também ser o sujeito, baseado na sua razão - a razão prática - ou consciência moral, que produz as leis morais universais e necessárias.

“O homem como sujeito cognoscente ou moral é ativo, criador e está no centro tanto do conhecimento quanto da moral”.(Vasquez)

(11)

A ética kantiana desenvolve-se em duas grandes obras de Kant: Fundamentação da metafísica dos costumes, de 1785 e Crítica da razão prática, de 1788.

O ponto de partida da ética kantiana é a afirmação do fato da moralidade, ou factum, como denomina Kant. Esse fato consiste em que o homem se considera responsável pelos seus atos e dotado da consciência de seu dever.

Esse fato conduz a afirmação da liberdade humana, pois só admitimos a idéia de responsabilidade e de dever se aceitamos a possibilidade de agirmos ou não de modo responsável e de acordo com o dever.

Ora, reconhecemos a todo instante essas alternativas de ação, isso significa que nosso comportamento não é determinado exclusivamente pela nossa natureza institintual, mas também pela nossa natureza volitiva e racional.

(12)

Nesse sentido, para Kant, o homem, enquanto ser puramente biológico ou empírico, tem seu comportamento determinado pelas leis da natureza que regem todos os seres do universo. Leis que não foram por ele estabelecidas, mas a elas está submetido.

Nessa condição específica, o homem é um ser heterônomo, isto é, um ser cumpridor de leis não por ele estabelecidas. Assim, por exemplo, nos comportamos, em geral, de modo a garantir a nossa sobrevivência, uma vez que somos dotados do instinto de sobrevivência.

O homem, porém, é ainda um ser de razão e vontade livre e seu comportamento pode ser conduzido de modo racional e livre. Quando estabelecemos, nós mesmos, as regras e princípios de nossa conduta, por exemplo, quando firmamos o princípio da verdade, isto é, que só falaremos a verdade, então nos revelamos seres autônomos, ou seja, seres que dão a si mesmos as leis de comportamento.

(13)

Na medida em que o homem é autônomo, ou pessoa moral, legisladora de si mesmo, ele revela-se como tendo um fim em si mesmo, de modo que seria contrariar a nossa condição de pessoas morais nos tratarmos como meios e não fins.

A autonomia ou liberdade humana para agir pode, contudo, ser utilizada para o bem ou para o mal. Kant agora procura defender o que seja a boa ação. Esta é a que se tenha realizado com boa intenção ou boa vontade.

“ A bondade de uma ação não se deve procurar em si mesma, mas na vontade com que se fez. mas quando é que uma vontade é boa, ou quando é que uma boa vontade age ou quer ? É boa a vontade que age por puro respeito ao dever, sem razões outras a não ser o cumprimento do dever ou a sujeição à lei moral”(Vasquez).

(14)

O dever é denominado por Kant de imperativo categórico, cuja formulação é a seguinte: “ Age de maneira que possas querer que o motivo que te levou a agir se torne uma lei universal.”(Kant)

“O imperativo categórico não nos diz para sermos honestos, oferecendo-nos a essência da honestidade, nem para ser justos, verazes, generosos ou corajosos, a partir da definição da justiça, da verdade, da generosidade e da coragem. Não nos diz para praticarmos esta ou aquela ação determinada, mas nos diz para sermos éticos cumprindo o dever. É este que determina por que uma ação moral deverá ser sempre honesta, justa, veraz, generosa ou corajosa.”(Marilena Chauí).

(15)

Além de formal, o imperativo categórico é incondicional, ou seja, de um princípio de conduta que não admite condicionalidades. Tal princípio nos impõe certo modo de agir, mas tal imposição é dada pela própria consciência moral do sujeito e não por qualquer autoridade, que não a razão humana. Em Kant, essa auto-imposição é necessária pelo fato de que o homem, além de ser racional, é dotado de impulsos, paixões e desejos que comprometem a imparcialidade e a universalidade exigidas na ação moral.

Para Kant, a ação será moral se, e somente se, for realizada pelo puro respeito ao dever. Se agimos com vistas a alcançar uma recompensa qualquer ou a evitar uma punição, então não agimos moralmente. Assim, Kant distingue a moral do direito, porquanto a ação moral é sempre fruto da livre e racional vontade do sujeito, ao passo que a ação legal é fruto do receio da punição.

(16)

A Concepção Kantiana

do Ser Humano

Racionalidade.

Liberdade.

(17)

O Estado e a Sociedade Civil em

Kant

O estado de natureza.

A passagem do estado de natureza para o

estado de direito.

A conservação do estado de natureza no

estado de direito.

A superação do estado de natureza como

exigência moral.

(18)

As Relações Internacionais e

a Filosofia da História em Kant

• A constituição da sociedade civil do estado

de direito permitem a superação do estado

de natureza, vigente a princípio nas

relações entre os indivíduos, mas não

evitam a manutenção desse mesmo estado

no âmbito das relações internacionais. Para

Kant, o Direito só triunfará plenamente

quando vigorar também nas relações entre

os Estados.

(19)

• As

relações

internacionais,

no

pensamento kantiano, inserem-se no

contexto de sua filosofia evolucionista da

história, tão típica do Iluminismo.

Segundo Kant, a história da humanidade

é a história do seu contínuo e inelutável

progresso. O critério para mensurá-lo é o

do desenvolvimento das faculdades

naturais do homem, as quais são

essencialmente

a

liberdade

e

a

(20)

• Desde os albores da história humana, o

homem depara as mais variadas

adversidades, menos com os seus

instintos do que com o uso de sua razão e

vontade livre. O crescente uso dessas

duas faculdades demonstra o progresso

da humanidade cujo motor é o

antagonismo. A emulação, a rivalidade, a

disputa e a concorrência são meios que

impulsionam o desenvolvimento gradual

do homem e das nações.

(21)

• A própria guerra - mesmo que desnecessária

- tem, para Kant um valor positivo, mas só

enquanto meio - nefasto - porém útil para

alavancar a evolução moral e social do

homem. A guerra, portanto só possui um

valor condicionado ao fim último da história

do progresso da humanidade: A constituição

de uma comunidade internacional fundada

no Direito, pelo qual os antagonismos

adquirem forma pacífica. É o Direito que

garante a liberdade na paz ou a paz com

liberdade.

(22)

• Após a saída dos indivíduos do estado de

natureza, resta ainda, como ideal maior das

gerações futuras, a saída das nações do estado

de natureza, por meio da constituição de uma

sociedade jurídica universal. A vigência de uma

tal sociedade só pode ser assegurada pela paz

mundial. A luta pela paz é, para Kant, um ideal

moral, neste sentido exige um engajamento de

todos independentemente da consideração de

quando, ou se será realizado. A luta pela paz é

necessária mesmo que dela não resulte

qualquer êxito.

(23)

• A paz era preocupação constante de Kant, num

tempo em que, desde o fim da Revolução

Francesa, o Europa padecia de intermitentes

conflitos. Inspirado em no Abade de Saint Pierre

e Rousseau, Kant também irá escrever sobre a

paz perpétua. Sua teoria da paz perpétua

baseia-se, em quatro teses: 1) Os Estados mantêm-se

em estado de natureza. 2) O estado de natureza

caracteriza-se como beligerante, por isso é

injusto. 3) Por ser injusto o estado de natureza

deve ser superado, mediante a formação

consensual de uma federação de Estados.

(24)

• 4) Essa federação assume a forma de uma

associação de Estados igualmente soberanos.

Não institui, portanto, nenhum superestado

ou Estado federal, mas, na verdade, uma

confederação de Estados. Em A Paz Perpétua,

Kant propõe uma série de artigos como num

hipotético tratado de paz. Nos artigos

preliminares, são estabelecidas as condições

necessárias para o fim permanente das

guerras.

Nos

artigos

definitivos,

são

determinadas as condições necessárias para a

paz perpétua.

(25)

• Os artigos preliminares constituem uma

crítica a tratados de paz que ocultam

intenções belicosas (Artigo 1), ao estado

patrimonial

(Artigo

2),

aos

exércitos

permanentes (Artigo 3), ao endividamento

público externo (Artigo 4), à ingerência

estrangeira em assuntos internos e externos

de um Estado soberano (Artigo 5), à ausência

de convenções que estabeleçam regras

durante as guerras e a todos os tipos de

guerras que não visem à defesa nacional

(Artigo 6).

(26)

• Os artigos definitivos representam

uma defesa da forma republicana

de governo (Artigo 1), do Direito

Internacional como fundamento

da federação de Estados (Artigo 2),

do Direito Cosmopolita como base

jurídica reguladora das relações

entre nacionais e estrangeiros

(Artigo 3).

(27)

• Para Kant, a república, além de ser o melhor

regime político no que concerne às relações

entre o Estado e seus cidadãos, constitui

também a melhor forma de governo no que se

refere às relações internacionais. Só a república

permite aos cidadãos decidirem pela paz, com

base na reflexão das atrocidades de uma guerra.

A república não é, porém, condição suficiente -

ainda que necessária - para a paz perpétua.

Todos os Estados republicanos devem formar

uma federação, a fim de assegurar não uma

trégua nem um armistício, mas a paz perpétua.

Referências

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