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Efeito do tamanho da mostra de treinamento da predição de perfis faltantes por técnica de análise multivariada.

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(1)

ADALBERTO FRANCISCO MONTEIRO FILHO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

UNIDADE ACADEMICA DE MINERACAO E GEOLOGiA

CAMPINA GRANDE (PB)

JULHO 2011

(2)

ADALBERTO FRANCISCO MONTEIRO FILHO

Dissertacao apresentada a Unidade

Academica de Mineracao e Geologia

da Universidade Federal de Campina

Grande, como parte das exigencias

para obtengao do titulo de Mestre em

Ciencias.

Orientador: Prof. Jose Agnelo Soares, DSc.

CAMPINA GRANDE (PB)

JULHO2011

(3)

M775e Monteiro Filho, Adalberto Francisco

Efeito do Tamanho da Amostra de treinamento na Predicao de Perfis Faltantes por tecnica de Analise Multivariada / Adalberto Francisco Monteiro Filho. — Campina Grande. 2011.

112f.:il.col.

Dissertacao (Mestrado em Engenharia de Minas) - Universidade Federal de Campina Grande, Centro de Tecnologia e Recursos Naturais.

Referencias.

Orientador: Prof. Dr. Jose Agnelo Soares.

1. Perfilagem de Pocos. 2. Analise Multivariada. 3. KNN. 4. Petroleo. I. Titulo.

(4)

ADALBERTO FRANCISCO MONTEIRO FILHO

Dissertacao apresentada a Unidade

Academica de Mineracao e Geologia

da Universidade Federal de Campina

Grande, como parte das exigencias

para obtencao do titulo de Mestre em

Ciencias.

Aprovada em 04/07/2011

Comissao Examinadora:

(5)

Gostaria de expressar o mais profundo agradecimento a todas as pessoas que

direta ou indiretamente contribuiram para o exito deste trabalho, pela ajuda e apoio

durante o perfodo que trabalhei nesta dissertacao. Seria impossivel mencionar a

todas.

A minha familia, pela paciencia e motivagao que sempre manifestaram ao longo

deste trabalho.

Ao meu orientador, Prof. Dr. Jose Agnelo Soares, pelo apoio permanente, suas

sugestoes valiosas, paciencia e dedicacao.

Ao Prof. Dr. Arlindo Jose Bazante, pelas valiosas sugestoes e contribuicoes para o

desfecho do trabalho.

Aos membros da banca examinadora pela leitura critica e valiosas sugestoes que

muito contribuiram para a melhoria deste trabalho.

A Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).

A Unidade Academica de Mineracao e Geologia, seus coordenadores e funcionarios

pelo apoio prestado ao longo do trabalho.

(6)

RESUMO

Perfis geofisicos de pocos constituem uma importante fonte de dados para a

avaliacao do potencial de uma dada area, com fins de exploracao de recursos

naturais subterraneos. Por diversas razoes, dentre as quais destacamos as

dificuldades operacionais, indisponibiiidade de sondas ou por questoes relativas a

priorizacao no momento da contratagao do servico de aquisicao dos dados, assim

sendo dificilmente se dispoe do conjunto completo de perfis, de modo que pode

haver perfis faltantes em um dado poco. No entanto, uma caracteristica marcante

dos perfis geofisicos de pocos e que existe eerto nivel de redundancia entre eles, de

modo que se pode fazer uso desta caracteristica para estimar um dado perfil faltante

a partir dos demais perfis disponiveis. Neste trabalho as estimativas de perfis

faltantes foram realizadas atraves da aplicagao da tecnica de estatistica multivariada

KNN (K-esimos valores mais proximos), a qual se baseia na medicao da

similaridade, no espaco multidimensional, entre valores dos diversos perfis de uma

amostra de treinamento. A estimativa do valor de um dado perfil faltante e obtida

pela similaridade entre os perfis disponiveis e os perfis da amostra de treinamento.

Em particular, neste trabalho se avaliou o efeito do tamanho da amostra de

treinamento sobre a eficiencia da predicao pelo metodo KNN. Os resultados obtidos

mostram que o aumento do tamanho da amostra de treinamento conduz a reducao

da diferenca entre a curva real e a estimada. No entanto, amostras de treinamento

com apenas 10% dos dados disponiveis ja fornecem resultados aceitaveis de

predicao para os perfis cuja variacao ocorre em escala linear, como os perfis de

densidade, sonico, raios gama e porosidade de neutrons. Para o perfil de

resistividade eletrica nao se obteve resultados aceitaveis, pois o mesmo nao guarda

redundancia em relacao aos demais perfis disponiveis.

(7)

ABSTRACT

Geophysical well logs constitute an important data source for the evaluation of the

potential of a given area for underground natural resources exploitation purposes.

For several reasons, hardly the complete log set is available, so that there may be

missing logs in a given well. However, a geophysical well logs characteristic is that

there is some level of redundancy between them, so this feature can be used to

estimate a given missing log from other available logs. This work estimate missing

logs through the application of the multivariate statistical technique KNN (K-thnearest

neighbor) which is based on the measurement of similarity between the values of

several logs of a training sample set. The estimated value of a given missing log is

obtained by the similarity between the available logs and the training set values. In

particular this work evaluates the effect of the training set size on the efficiency of

KNN prediction. The results obtained show that increasing the training set size leads

to a reduction of the difference between the actual log and the estimated one.

However, training set with only 10% of the available data already provide acceptable

prediction for logs whose variation occurs in linear scale, as density, sonic, gamma

ray and neutron porosity logs. For electrical resistivity log KNN not achieved

acceptable results, because this log does not have redundancy with other available

logs.

(8)

LISTA DE ILUSTRACOES

Figura 1 - Movimento e direcao das ondas P e S 8

Figura 2 - Classificacao de um novo elemento 15

Figura 3 - Mapa de localizacao dos pocos do Campo de Namorado 18

Figura 4 - Tela de dados do programa SAS Enterprise Guide® com o plugin da

Funcao Discriminante 20

Figura 5 - Tela do SAS Enterprise Guide® para selegao do perfil a estimar a partir

dos perfis de analise 21

Figura 6 - Tela do SAS Enterprise Guide® para selegao do metodo estatistico de

analise 22

Figura 7 - Tela do SAS Enterprise Guide® para definicao dos parametros da funcao

discriminante 23

Figura 8 - Tela do SAS Enterprise Guide® para incluir os dados de classificacao e

gerar arquivo com os dados de saida

, 24

Figura 9 - Tela do SAS Enterprise Guide® com o arquivo de saida, o qual inclui a

coluna com o perfil faltante estimado 25

Figura 10 - Fluxograma para obtengao dos conjuntos de dados de treinamento

27

Figura 11 - Fluxograma para aplicacao das regras discriminantes e estimacao dos

perfis faltantes

27

Figura 12 - Perfis sonicos do poco NA-01a

29

Figura 13 - Perfis sonicos do poco NA-02

30

Figura 14 - Perfis sonicos do poco NA-04...

31

Figura 15 - Perfis sonicos do poco NA-05a

32

Figura 16 - Perfis sonicos do poco NA-07

33

Figura 17 - Perfis sonicos do poco NA-11a

34

Figura 18 - Perfis sonicos do poco NA-12

35

Figura 19 - Perfis sonicos do poco NA-17a

36

Figura 20 - Perfis sonicos do poco NA-21b

37

Figura 21 - Perfis sonicos do poco RJS-19

38

(9)

Figura 23 - Perfis sonicos do poco RJS-234

40

Figura 24 - Perfis raios gama do poco NA-01a

41

Figura 25 - Perfis raios gama do poco NA-02

.42

Figura 26 - Perfis raios gama do poco NA-04

43

Figura 27 - Perfis raios gama do poco NA-05a

44

Figura 28 - Perfis raios gama do poco NA-07

45

Figura 29 - Perfis raios gama do poco NA-11a

...46

Figura 30 - Perfis raios gama do poco NA-12

47

Figura 31 - Perfis raios gama do pogo NA-17a

48

Figura 32 - Perfis raios gama do pogo NA-21b

49

Figura 33 - Perfis raios gama do pogo RJS-19

50

Figura 34 - Perfis raios gama do pogo RJS-42

51

Figura 35 - Perfis raios gama do pogo RJS-234

52

Figura 36 - Perfis resistividade eletrica do pogo NA-01a

53

Figura 37 - Perfis resistividade eletrica do pogo NA-02

54

Figura 38 - Perfis resistividade eletrica do pogo NA-04

55

Figura 39 - Perfis resistividade eletrica do pogo NA-05a

56

Figura 40 - Perfis resistividade eletrica do pogo NA-07

57

Figura 41 - Perfis resistividade eletrica do pogo NA-11a

58

Figura 42 - Perfis resistividade eletrica do pogo NA-12

59

Figura 43 - Perfis resistividade eletrica do pogo NA-17a

60

Figura 44 - Perfis resistividade eletrica do pogo NA-21b

61

Figura 45 - Perfis resistividade eletrica do pogo RJS-19

....62

Figura 46 - Perfis resistividade eletrica do pogo RJS-42

63

Figura 47 - Perfis resistividade eletrica do pogo RJS-234

64

Figura 48 - Perfis porosidade de neutrons do pogo NA-01a

65

(10)

Figura 52 - Perfis porosidade de neutrons do pogo NA-07

Figura 53 - Perfis porosidade de neutrons do pogo NA-11a

Figura 54 - Perfis porosidade de neutrons do pogo NA-12

Figura 55 - Perfis porosidade de neutrons do pogo NA-17a .

Figura 56 - Perfis porosidade de neutrons do pogo NA-21b

Figura 57 - Perfis porosidade de neutrons do pogo RJS-19

Figura 58 - Perfis porosidade de neutrons do pogo RJS-42

Figura 59 - Perfis porosidade de neutrons do pogo RJS-234

Figura 60 - Perfis densidade do pogo NA-01a

Figura 61 - Perfis densidade do pogo NA-02

Figura 62 - Perfis densidade do pogo NA-04

Figura 63 - Perfis densidade do pogo NA-05a

Figura 64 - Perfis densidade do pogo NA-07

Figura 65 - Perfis densidade do pogo NA-11a

Figura 66 - Perfis densidade do pogo NA-12....

Figura 67 - Perfis densidade do pogo NA-17a

Figura 68 - Perfis densidade do pogo NA-21b

Figura 69 - Perfis densidade do pogo RJS-19

Figura 70 - Perfis densidade do pogo RJS-42

Figura 71 - Perfis densidade do pogo RJS-234

Figura 72 - Diferenga RMS para o perfil DT

Figura 73 - Diferenga RMS para o perfil GR

Figura 74 - Diferenga RMS para o perfil ILD

Figura 75 - Diferenga RMS para o perfil NPHI

Figura 76 - Diferenga RMS para o perfil RHOB

(11)

LISTA DE EQUACOES

Resistencia em funcao da resistividade 5

Arranjo matricial do tipo n-por-m 13

Distaneia Euclidiana entre dois elementos 14

(12)

Tabela 1 - Resistividades eletricas de materiais 5

Tabela 2 - Velocidades da onda P tipicas para diversos tipos de rocha 9

Tabela 3 - Tempo de transito caracteristico de alguns materiais 12

Tabela 4 - Perfis geofisicos disponiveis e utilizados neste trabalho 19

Tabela 5 - Quadro-resumo das diferencas RMS maximas e mfnimas, em relacao ao

(13)

LISTA DE SiMBOLOS E SIGLAS

DT Perfil Sonico

GR Perfil de Raios Gama

ILD Perfil de Inducao

KNN K Nearest Neighbors

NPHI Perfil Neutronico

RHOB Perfil de Densidade

SAS Statistical Analysis System

SP Perfil Potencial Espontaneo

(14)

SUMARIO

Resumo i

Abstract ii

Lista de ilustracoes iii

Lista de equacoes vi

Lista de tabelas vii

Lista de simbolos e siglas viii

Capitulo I

1.1 Introducao 1

1.2 Objetivos 3

1.2.1 Propriedades fisicas registradas nos perfis 3

1.2.1.1 Resistividade eletrica 5

1.2.1.2 Propriedades radioativas 6

1.2.1.3 Propriedades acusticas 8

1.2.2 Perfis utilizados neste trabalho 10

1.2.2.1 Raios gama (GR)... 10

1.2.2.2 Neutronico (NPHI) 10

1.2.2.3 Indugao (ILD) 11

1.2.2.4 Sonico (DT) 11

1.2.2.5 Densidade (RHOB) 12

1.3 Analise multivariada 12

1.3.1 Medidas de similaridade 15

1.3.1.1 Metodo da ligacao completa 15

1.3.1.2 Metodo da ligagao media 16

1.3.1.3 Metodo do centroide 16

1.3.1.4 Metodo de Ward 17

Capitulo II

2.1 Dados e programas utilizados 18

2.1.1 Dados utilizados - 18

2.1.2 Programa SAS Enterprise Guide® 19

(15)

Capitulo 111

3.1 Resultados 29

3.1.1 Perfil sonico (DT) 29

3.1.2 Perfil de raios gama (GR) 41

3.1.3 Perfil de resistividade (ILD) 53

3.1.4 Perfil de porosidade de neutrons (NPHI) 65

3.1.5 Perfil de densidade (RHOB) 77

3.2 Analise da precisao dos resultados 89

3.2.1 Diferenga RMS 89

Capitulo IV

4.1 Conclusoes 94

Capitulo V

(16)

CAPITULO 1

1.1 - INTRODUCAO

Os fenomenos geologicos geralmente nao apresentam natureza determinfstica,

assim sendo, a complexidade na realizacao de estimativas e muito grande. Os

modelos probabilfsticos sao os metodos mais viaveis para contornar esta

dificuldade, a qual poderia ser minimizada pela obtencao de testemunhos de pocos,

porem este processo e muito oneroso e limitado em relacao a quantidade de dados

coletados. Por outro lado, se faz necessario o conhecimento da relacao existente

entre os diversos pocos adjacentes e a possivel correlagao dos dados coletados e

dos dados faltantes entre eles. Tal fato possibilita a extrapolacao dos dados para os

pocos que por algum motivo nao puderam ser testemunhados. Dentre as possiveis

dificuldades, destaca-se. as operacionais, indisponibilidade de sondas, ou questoes

relativas a priorizacao no momento da contratacao do servico de aquisicao dos

dados ou impossibilidade de se conhecer algum dos perfis geofisicos.

Genericamente os perfis sao obtidos atraves dos parametros medidos em funcao

das suas propriedades derivadas.

Do ponto de vista operacional, a rapida difusao destes metodos se deve, dentre

outros fatores, as facilidades proporcionadas por novos programas e maquinas.

Interfaces amigaveis de pacotes estatisticos, como SAS® e SPSS®, tornaram

bastante simples a tarefa de construir modelos para a geracao de curvas sinteticas

[Bucheb et al., 1997 apud Ribeiro, 2008].

Diversos estudos mostram uma boa aplicabilidade das tecnicas da analise

estatistica multivariada no processamento e interpretacao de dados geofisicos

[Couto, 1994 apud Ribeiro, 2008]. No caso da geofisica de poco, uma aplicacao

frequentemente apresentada trata da identificacao e separacao das eletrofacies e a

sua associacao aos diversos litotipos atravessados pelo poco. Outros estudos, onde

tambem se tern aplicado a estatistica multivariada com sucesso, se referem a

problemas da engenharia de reservatorio [Nitters et al., 1995 apud Ribeiro, 2008].

Wilbert [1986 apud Ribeiro, 2008] afirma que se considera rotina operacional no

reestudo de campos de petroleo por perfis, a extrapolacao, para os demais pocos do

(17)

campo, de parametros e procedimentos calibrados com litologias distingufveis em

pocos testemunhados (litofacies), dentro de eletrofacies rastreaveis atraves de

perfis. Segundo este mesmo autor, a caracterizacao das eletrofacies, normalmente

se faz considerando suas respostas tipicas em distintos perfis ou em associates de

perfis por grupo litologico. 0 padrao de resposta eletrofacies, assumido como

representative de uma determinada situacao litologiea definida nos testemunhos por

petrografia e ou petrofisica, e rastreado pelo computador sobre dados digitalizados

de perfis, ao longo de toda a area.

Sendo assim, e importante ter uma suite de perfis completa para a determinagao

computacional mais precisa das eletrofacies. Como uma solucao para aumentar a

precisao desta caracterizacao, esta pesquisa visa obter curvas sinteticas faltantes de

pocos perfilados atraves de modelagem estatistica.

Para contornar este problema, o primeiro passo e a obtencao de dados de boa

qualidade e, com o auxilio da modelagem numerica, poder oferecer estimativas

razoaveis e coerentes como resultado. Neste contexto, a modelagem de dados se

toma uma importante ferramenta, pois permite a simulacao dos dados de regioes

desconhecidas, tornando a exploracao mais segura.

(18)

1.2-OBJETIVOS

O objetivo principal deste estudo e aplicar tecnicas de analise multivariada para

realizar estimativas de perfis geofisicos faltantes a partir dos demais perfis existentes

nos pocos do Campo de Namorado, na Bacia de Campos. A ideia central e

aproveitar a redundancia das informacoes existentes nos dados para estabelecer

correlagoes, as vezes nao lineares, entre os diversos perfis geofisicos de um poco.

Desta forma se pode realizar a estimativa de um perfil faltante em um poco, ou de

um perfil inexistente em um dado intervalo de profundidade. Outro objetivo central e

avaliar a influencia do tamanho da amostra de treinamento sobre a eficiencia de

predicao.

A fim de atingir estes objetivos principais, os seguintes objetivos especificos devem

ser perseguidos:

- Edicao do arquivo contendo os dados de todos os pocos a analisar;

- Extracao dos arquivos com as amostras de treinamento selecionadas de

forma aleatoria;

- Executar a analise, gerando os perfis estimados;

- Preparar os graficos para a comparacao visual dos perfis estimados com os

seus correspondentes perfis reais;

- Calcular as diferengas medias quadraticas entre os perfis estimados e os

reais;

- Analisar os resultados obtidos.

1.2.1 - PROPRIEDADES FISICAS REGISTRADAS NOS PERFIS

A procura pela otimizagao da exploragao dos reservatorios petroliferos e

fundamental para o crescimento da industria do petroleo. Para que haja um cenario

propicio para a otimizagao de um reservatorio e necessario que seja feita uma

caracterizagao completa que esboga e identifica suas formas e suas propriedades

petrofisicas (porosidade, permeabilidade, argilosidade e saturagao). A partir dai

tecnicas de correlagao entre atributos sismicos e propriedades petrofisicas sao

obtidas e analisadas.

(19)

Quando da perfuracao de pocos de petroleo a perfilagem e uma ferramenta das

mais uteis e mais importantes, possibilitando o mapeamento completo do pogo,

mensurando as diferentes propriedades fisicas das formagoes, e a partir da

interpretagao dos perfis, identifica os diversos componentes formadores do

reservatorio (zonas de oleo, gas ou agua), alem de fazer a estimativa do volume de

hidrocarbonetos que pode vir a ser produzido. A perfilagem geofisica apesar de

fundamentar a avaliagao do reservatorio, e um metodo que representa um pequeno

percentual do custo total do pogo, entretanto fornece importantes informagoes sobre

as propriedades da rocha nas condigoes do reservatorio.

Esses perfis podem ser usados para realizar a definigao da litologia, uma vez que

respondem a uma grande quantidade de parametros geologicos e podem ser

corridos em toda a extensao do pogo obtendo-se medidas continuas em todo o

trajeto, alem de revelar diferentes propriedades das formagoes. Porem, realizar a

definigao litologica, a partir dos perfis de pogos, pode ser uma tarefa complexa,

especialmente quando grandes quantidades de informagoes estao envolvidas. Para

tornar essa tarefa eficaz, a estatistica multivariada, que envolve etapas como a

redugao da dimensionalidade e o reconhecimento de padroes, e uma pratica

adotada com frequencia [Talaat & Mostafa, 1989]. A analise multivariada e adotada

neste trabalho com o objetivo de estimar perfis inexistentes em um pogo.

0 perfil de um pogo e obtido a partir de ferramentas que sao descidas no pogo, onde

os valores sao registrados e em seguida sao armazenados em arquivos digitals para

posteriormente serem recuperados e analisados.

A efetivagao do registro das propriedades fisicas dos pogos e baseada

principalmente nas propriedades eletricas, radioativas e acusticas das rochas, sendo

esta ultima tambem muito importante no estudo de propagagao das ondas sismicas.

(20)

1.2.1.1 - RESISTIVIDADE ELETRICA

A resistencia eletrica e definida como sendo a medida da capacidade de um material

qualquer de se opor a passagem da corrente eletrica. A resistencia (R) e

diretamente proporcional ao comprimento (L), a ser percorrido pela corrente eletrica,

e a resistencia especifica ou resistividade do meio (p) e inversamente proporcional a

secao transversal (A) atravessada. A resistencia e dada por:

A rocha sedimentar e formada, quase que na sua totalidade, por minerals de

resistividade muito alta, consequentemente a corrente eletrica nao tern propagacao

pelos graos, mas sim atraves das solucoes eletroliticas que ocupam os espacos

vazios interligados, que sao muito mais condutivos.

A resistividade das rochas sedimentares varia entre 0,5 e 1.000 Dm. A resistividade

das solucoes eletroliticas intersticiais (que estao nos poros das rochas, e em

vesiculas ou fraturas), variam entre 0,05 e 100 Qm (ver Tabela 1). Desta forma, uma

rocha se torna mais ou menos condutora da corrente eletrica, a depender da maior

ou menor interconexao entre seus poros (porosidade e permeabilidade) e da maior

ou menor concentracao ionica de sua solucao (salinidade). A escassez de fluidos

condutores ou entao a presenca de fluidos isolantes, como o petroleo, torna a rocha

menos condutiva.

Tabela 1 - Resistividades eletricas de materiais (modiftcado de Tittman, 1986)

Material

Resistividade (Q.m a 18 -20°C)

Quartzo

1 0

1 2

a 3 x 1 0

1 4

Petroleo

10

H

a 1 0

i e

Agua destilada a 2 kppm NaCI

3,4

Agua destilada a 10 kppm NaCI

0,72

Agua destilada a 20 kppm NaCI

0,38

Agua destilada a 100 kppm NaCI

0,09

Agua destilada a 200 kppm NaCI

0,06

Argila / Folhelho

2 - 1 0

Arenito com agua salgada

0 , 5 - 1 0

Arenito com oleo

5 - 1 0

3

Calcario compactado

10

3

a 10

4

(21)

A genese do registro eletrico e atribuida a Conrad Schlumberger, professor de fisica

da Ecole de Mines de Paris, Franca, que concebeu a ideia da prospecgao de

depositos de minerio de metal usando os principios eletricos de condutividade para

distingui-los de outros menos condutores. Um dos primeiros testes, de acordo com

historiadores, Schlumberger realizou em sua banheira, que estava cheia de varias

rochas para o experimento. Trabalhando com seu irmao Marcel Schlumberger,

Conrad comecou uma serie de pesquisas na Europa, Africa e America do Norte

durante um periodo de tres anos.

Em 1926, os irmaos formaram a Societe de Prospection Electhque e desenvolveram

a teoria que adicionando informagoes de resistividade das formagoes mais

profundas aumentaria a eficacia da prospecgao. A experiencia consistiu em baixar

uma sonda eletrica a profundidade de 1.600 pes (-48 m) em um pogo no campo de

Pechelbronn, Franga, em 05 de setembro de 1927. Assim os irmaos Schlumberger

criaram o primeiro perfil de pogo. Este registro foi meticulosamente gravado ponto

por ponto, metro a metro, utilizando um equipamento improvisado e as sucessivas

leituras foram entao plotadas juntas. A tecnologia era simples, mas funcional. Era

composta por tres eletrodos A, M e N, que eram descidos ao fundo do pogo em tres

fios isolados. Um eletrodo de corrente A passa pela lama de perfuragao e se espalha

pela formagao. Os potenciais medidos em M e N sao transmitidos para a superficie

onde eles sao medidos. Ao medir a diferenga de potencial entre M e N, e a

intensidade da corrente de A, a resistividade aparente da formagao e calculada.

Apos o sucesso inicial com este primeiro registro a tecnologia de registrar permitiu a

aquisigao de diferentes conjuntos de dados nascidos a partir de ferramentas que

forneciam dados sobre raios gama, SP, resistividade, sonico e caliper com uma

simples coleta.

1.2.1.2- PROPRIEDADES RADIOATIVAS

As propriedades quimicas sao determinadas pelo numero de protons nos nucleos

atomicos e caracterizam diferentes elementos quimicos. Um mesmo elemento pode

ter um numero definido de protons podendo, entretanto, variar o seu numero de

neutrons (isotopos) cada isotopo tern suas proprias propriedades radioativas. Alguns

(22)

isotopos sao estaveis, ou seja, nao ha mudanca na estrutura atomica ou estado

energetico. Por outro lado, quando as forcas nucleares se desestabilizam, os

isotopos modificam sua estrutura, passando a emitir energia em forma de radiacao,

na tentativa de retornar a estabilidade, e se transformar em elementos diferentes. De

quase 1400 isotopos conhecidos atualmente, 1130 deles sao instaveis e apenas 65

ocorrem naturalmente, os demais sao artificiais [Thomas, 2001].

A magnitude de radioatividade natural das rochas depende do teor de tres

elementos: uranio, torio e do isotopo radioativo do potassio (K

4 0

). A importancia

destes elementos deve-se a relativa abundancia litologica, em relacao a outros

elementos radioativos, e tambem as suas meias-vidas elevadas, se aproximando a

idade da Terra.

De acordo com Thomas [2001], as rochas sedimentares podem ser divididas, de

acordo com sua radioatividade natural, em tres grandes grupos:

- Rochas altamente radioativas - folhelhos de aguas profundas, folhelhos pretos

betuminosos, evaporitos potassicos e algumas rochas igneas e metamorficas;

- Rochas medianamente radioativas - folhelhos e arenitos argilosos de aguas rasas,

carbonatos e dolomitos argilosos;

- Rochas de baixa radioatividade - grande maioria de arenitos, carvoes e evaporitos

nao potassicos (halita, anidrita, gipsita).

(23)

1.2.1.3 - P R O P R I E D A D E S A C U S T I C A S

Dois tipos importantes de m e c a n i s m o s d e t r a n s p o r t e de energia s a o s u p o r t a d o s pelo m e i o elastico: o n d a s c o m p r e s s i o n a i s (onda P) e cisalhantes (onda S). A Figura 1 a p r e s e n t a uma explicacao e s q u e m a t i c a para estes tipos de o n d a .

ONDAS P

Compressao

Meio nao perturbado

Diregao das ondas

ONDAS S

\

O u p l a a m p l i t u d e C o m p r i m e n t o d a o n d a

Meio nao perturbado

Diregao das ondas

Figura 1 - M o v i m e n t o e direcao das o n d a s P e S ( a d a p t a d o de http://www.apolo11 . c o m / t e r r e m o t o s _ w a v e . p h p ) .

A v e l o c i d a d e de p r o p a g a c a o d o s o m d e p e n d e d o m e i o e m q u e viajam a s o n d a s elasticas, s e n d o muito m a i s rapido nos solidos que nos fluidos. Portanto, a v e l o c i d a d e d e p r o p a g a c a o d a onda d e p e n d e do material (mineralogia), da s e p a r a c a o entre o s c o m p o n e n t e s solidos (geometria porosa) e d a concentragao dos

(24)

c o m p o n e n t e s fluidos (saturacao). Desta forma, o t e m p o q u e o s o m leva para percorrer u m d e t e r m i n a d o e s p a c o de u m material p o d e ser u s a d o para d e t e r m i n a c a o d a s c o n s t a n t e s elasticas deste material e analise quantitativa d a porosidade. A T a b e l a 2 a p r e s e n t a as velocidades tfpicas d a o n d a c o m p r e s s i o n a l para diversos materials geologicos.

T a b e l a 2 - V e l o c i d a d e s d a o n d a P tipicas para diversos tipos de rocha.

V e l o c i d a d e ( m / s )

P r o v a v e l tipo d e r o c h a

< 4 0 0 Solos, depositos superficiais de s e d i m e n t o s nao c o n s o l i d a d o s .

4 0 0 - 1400 A r g i l a s e areias, nao consolidados.

1 4 0 0 - 1 8 0 0 A r e i a s saturadas, argilas c o m p a c t a d a s , rochas b a s t a n t e alteradas.

1 8 0 0 - 2 4 0 0

S e d i m e n t o s c o n s o l i d a d o s e p r o v a v e l m e n t e s a t u r a d o s , r o c h a s m e t a m o r f i c a s o u igneas, altamente f r a t u r a d a s e/ou alteradas, arenitos e folhelhos.

2 4 0 0 - 3 7 0 0 Folhelhos, arenitos, r o c h a s igneas e m e t a m o r f i c a s alteradas e / o u fraturadas.

3 7 0 0 - 4 5 0 0 R o c h a s igneas e m e t a m o r f i c a s f r a c a m e n t e a l t e r a d a s ou f r a t u r a d a s , carbonatos.

4 5 0 0 - 6 0 0 0 R o c h a s igneas e m e t a m o r f i c a s sas, nao fraturadas.

Existem varios tipos de perfis utilizados para as mais diversas aplicagoes, t o d o s c o m o objetivo d e avaliar m e l h o r as f o r m a c o e s g e o l o g i c a s q u a n t o a ocorrencia de u m a jazida comercial de hidrocarbonetos. Os perfis m a i s c o m u n s sao: Potencial

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1.2.2 - P E R F I S U T I L I Z A D O S N E S T E T R A B A L H O

1.2.2.1 - R A I O S G A M A ( G R )

Este perfil permite detectar e avaliar a radioatividade natural d a f o r m a c a o geologica. O principal p a r a m e t r o de m e d i c a o e a amplitude d e u m pulso radioativo o r i u n d o das rochas, s e n d o f u n c a o d a energia d o foton que e c a p t u r a d o no detector. A intensidade, o u q u a n t i d a d e d a radiacao, esta relacionada c o m o n u m e r o de f o t o n s d e t e c t a d o s por u n i d a d e de t e m p o . Este m e t o d o c o m e c o u a ser utilizado no final d o s a n o s 30, s e n d o o primeiro perfil de pogo nao r e s i s t i v e N e s s a e p o c a , foi utilizado para distinguir f o r m a c o e s argilosas de f o r m a c o e s c o m p o u c a argila (limpas).

Utilizado na identificacao d a litologia, identificagao de minerais radioativos e para o calculo do v o l u m e d e argilas o u argilosidade. T a m b e m p o d e ser util para interpretagao de a m b i e n t e s d e p o s i c i o n a i s e na investigagao d a subida do contato o l e o - a g u a e m reservatorios fraturados.

1.2.2.2 - N E U T R O N I C O ( N P H I )

S e n d o o s neutrons particulas destituidas de carga eletrica, p o d e m penetrar p r o f u n d a m e n t e na materia, atingindo o s nucleos d o s e l e m e n t o s q u e c o m p o e m a rocha, o n d e interagem atraves de c h o q u e s elasticos e/ou inelasticos. O s perfis mais a n t i g o s m e d e m a q u a n t i d a d e de raios g a m a d e c a p t u r a a p o s excitagao artificial a t r a v e s de b o m b a r d e i o dirigido de n e u t r o n s rapidos. O s m a i s m o d e r n o s m e d e m a q u a n t i d a d e de neutrons epitermais e/ou termais d a rocha a p o s o b o m b a r d e i o .

E utilizado para estimativa de porosidade, d e t e r m i n a g a o do volume de argila, pode auxiliar n a identificacao d a litologia e d o s fluidos d a f o r m a g a o e na detecgao de h i d r o c a r b o n e t o s leves ou gas.

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1.2.2.3 - I N D U Q A O (ILD)

F o r n e c e leitura a p r o x i m a d a da resistividade, atraves d a m e d i c a o de c a m p o s eletricos e m a g n e t i c o s induzidos nas rochas. A resistividade e a p r o p r i e d a d e da rocha permitir ou nao a p a s s a g e m d a corrente eletrica. A f e r r a m e n t a de inducao foi d e s e n v o l v i d a para ler m e d i d a s de resistividades p r o f u n d a s na f o r m a c a o c o m o m i n i m o de distorcao p r o v o c a d a pela z o n a invadida.

A f e r r a m e n t a possui uma o u mais b o b i n a s transmissoras c o m c o r r e n t e alternada que e u s a d a para energizar a s r o c h a s a d j a c e n t e s ao pogo. A maior parte desta corrente e f o c a l i z a d a atraves do pogo, o que a faz penetrar p r o f u n d a m e n t e na f o r m a c a o . Desta forma, a s v o l t a g e n s induzidas nas b o b i n a s receptoras e s t i m a m a c o n d u t i v i d a d e d a formagao [ D o v e t o n , 1986].

E u m perfil muito utilizado na industria petrolffera por ser u m m e t o d o muito eficiente para indicar o contato a g u a - o l e o d e v i d o ao contraste muito e l e v a d o de valores destes fluidos [ T h o m a s , 2 0 0 1 ] .

1 . 2 . 2 . 4 - S O N I C O ( D T )

C o n h e c i d o t a m b e m c o m o perfil acustico m e d e a diferenga nos t e m p o s de transito de u m a o n d a m e c a n i c a a t r a v e s d a s rochas. E utilizado para estimativa de porosidade, identificagao de litologia, correlagao pogo a pogo, estimativas d o grau d e c o m p a c t a g a o d a s rochas, estimativa d a s c o n s t a n t e s elasticas, detecgao d e fraturas e a p o i o a s i s m i c a . Diferentemente d a m e d i d a d e resistividade, que p o d e ser u s a d a diretamente na detecgao de petroleo, e d a s m e d i d a s radioativas q u e f o r a m inicialmente v o l t a d a s para determinagao de p o r o s i d a d e , o perfil acustico iniciou c o m o u m m e t o d o c o m p l e m e n t a r para a exploragao sfsmica [ T h o m a s , 2 0 0 1 ] .

Esta f e r r a m e n t a registra o t e m p o decorrido entre o m o m e n t o e m q u e u m pulso s o n o r o c o m p r e s s i o n a l e e m i t i d o por u m transmissor, ate sua c h e g a d a a dois receptores distintos. A T a b e l a 3 a p r e s e n t a os t e m p o s de transito tipicos para alguns materiais.

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T a b e l a 3 - T e m p o d e transito caracterlstico de alguns materiais [Doveton, 1986]. Material T e m p o d e transito ( u s / m ) Quartzo 16,8 Calcita 14,5 Dolomita 13,3 Petroleo (media) 72,5 A g u a d o c e 5 6 , 7 1.2.2.5 - D E N S I D A D E ( R H O B )

Este perfil tern a f u n c a o de detectar os raios g a m a defletidos pelos eletrons orbitais d o s e l e m e n t o s c o m p o n e n t e s d a s rochas, a p o s terem sido emitidos por u m a fonte c o l i m a d a situada dentro d o pogo. A l e m da d e n s i d a d e d a s c a m a d a s , p e r m i t e o calculo d a porosidade e a identificacao d a s z o n a s de gas. E utilizado t a m b e m c o m o a p o i o a sfsmica para o calculo do s i s m o g r a m a sintetico.

A f e r r a m e n t a de d e n s i d a d e e f o r m a d a por u m a f o n t e radioativa de raios g a m a , g e r a l m e n t e cesio-137, m o n t a d a e m u m mandril c o m patins metalicos, os quais s a o p r e s s i o n a d o s contra a p a r e d e do pogo, A fonte e r e s p o n s a v e l pela e m i s s a o de raios g a m a de alta energia, que interagem c o m os eletrons d o s a t o m o s d a f o r m a g a o . Esta interagao p o d e ser d e tres m o d o s diferentes: efeito fotoeletrico, efeito C o m p t o n e produgao do par eletron-positron; o n d e a p e n a s o s dois primeiros sao de interesse para a g e o f i s i c a d e pogo.

1.3 - A N A L I S E M U L T I V A R I A D A

A analise multivariada visa e n t e n d e r e d e s c r e v e r a relagao entre u m n u m e r o arbitrario de variaveis. O s geocientistas f r e q u e n t e m e n t e lidam c o m c o n j u n t o s de d a d o s multivariados, tais c o m o propriedades f i s i c a s e q u i m i c a s de minerals e rochas.

Se existem relagoes c o m p l e x a s entre os diferentes parametros, estatisticas univariadas ignoram o c o n t e u d o da informagao d o s d a d o s . U m conjunto de d a d o s multivariados consiste e m m e d i d a s de p variaveis e m n objetos. T a i s conjuntos d e

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d a d o s s a o n o r m a l m e n t e a r m a z e n a d o s e m arranjos matriciais do tipo n-por-m [Trauth, 2006], X = r * i i * i 2 * l m * 2 1 * 2 2 * 2 m - * n l - * - n 2 * n mJ (2)

O n d e a s c o l u n a s d a matriz r e p r e s e n t a m as variaveis m, e as linhas r e p r e s e n t a m os n objetos.

A analise multivariada e u s a d a para descrever n u m e r o s a s o b s e r v a g o e s ou variaveis q u e sao obtidas para c a d a indivfduo o u u n i d a d e e s t u d a d a . Descobrir a s inter-relagoes c o m p l e x a s entre diversas m e d i d a s no m e s m o indivfduo ou unidade, e fazer a interpretagao d e s s e s resultados e o papel p r e d o m i n a t e d a analise multivariada. Q u a n d o algo e estimado, na realidade e realizado u m m o d e l a m e n t o n u m e r i c o do q u e sera medido, s e g u i n d o a l g u m a regra para atribuir u m n u m e r o a caracterfstica particular q u e esta s e n d o e s t i m a d a .

O s algoritmos mais c o m u m e n t e u s a d o s para este m o d e l a m e n t o s a o classificados e m d u a s categorias gerais: (1) hierarquica e (2) n a o hierarquica

O s p r o c e d i m e n t o s hierarquicos e n v o l v e m a c o n s t r u g a o d e u m a hierarquia de u m a estrutura d o tipo arvore t e n d o c o m o caracterfstica que os resultados de u m estagio anterior sao s e m p r e a n i n h a d o s c o m os resultados de u m e s t a g i o posterior, criando ramificagoes parecidas c o m u m a arvore ( d e n d r o g r a m a ) .

D e n t r e os algoritmos hierarquicos os mais populares u s a d o s para d e s e n v o l v e r a g r e g a d o s sao (1) ligagao individual, (2) ligagao media, (3) ligagao c o m p l e t a , (4) m e t o d o de W a r d e (5) m e t o d o do centroide. E s s e s algoritmos d i f e r e m na f o r m a c o m o a distancia entre os a g r u p a m e n t o s e c o m p u t a d a .

O p r o c e d i m e n t o d e ligagao individual e b a s e a d o e m distancia m i n i m a . A tecnica de a g r u p a m e n t o hierarquico interliga as a m o s t r a s por s u a s similaridades, produzindo u m d e n d r o g r a m a o n d e a s a m o s t r a s s e m e l h a n t e s , s e g u n d o as variaveis escolhidas, s a o a g r u p a d a s entre si. A suposigao basica de sua interpretagao e q u e q u a n t o menor a distancia entre os pontos q u e r e p r e s e n t a m as a m o s t r a s no espago das

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variaveis, maior a s e m e l h a n c a entre estas amostras. Desta maneira dois objetos s e p a r a d o s pela menor distancia sao colocados no primeiro a g r u p a m e n t o . Em seguida a proxima distancia m a i s curta e d e t e r m i n a d a , e u m terceiro objeto se junta a o s dois primeiros para formar u m a g r e g a d o , o u u m n o v o a g r u p a m e n t o de dois m e m b r o s e f o r m a d o . O p r o c e s s o continua ate q u e todos os objetos f o r m e m u m so a g r e g a d o . Esse p r o c e d i m e n t o t a m b e m e c h a m a d o de a b o r d a g e m o u classificacao d o vizinho m a i s proximo ( K N N ) .

A classificacao utilizando a regra do vizinho mais proximo (K-Nearest Neighbors) e b a s e a d a na c o m p a r a c a o da distancia entre a m o s t r a s , p a r a isto e calculada uma matriz n-dimensional entre t o d a s a s a m o s t r a s no conjunto de d a d o s , o n d e n e o n u m e r o d e variaveis nos d a d o s m e d i d o s . N u m a v e r s a o mais simples, K N N consiste na classificacao de u m a amostra junto c o m o vizinho m a i s proximo, dentro de u m n u m e r o de classes pre-definidas. A classe predita de u m a a m o s t r a teste e e n t a o d e t e r m i n a d a b a s e a d a na identidade d a q u e l a s a m o s t r a s m a i s proximas d a a m o s t r a d e s c o n h e c i d a .

O algoritmo K N N e u m a tecnica iterativa bastante simples q u e permite a g r u p a r e l e m e n t o s por analogia. Em u m conjunto de treino constituido por vetores n-d i m e n s i o n a i s , o algoritmo K N N procura os k e l e m e n t o s mais proximos no g r u p o n-de treino. D e s t e s k vizinhos, a classe de maior ocorrencia e n o r m a l m e n t e utilizada para classificar o n o v o elemento. C o n t u d o , e m a l g u m a s classificacoes especfficas, poder-se-a escolher o u t r a s relacoes entre estes k vizinhos para decidir qual a classificacao do n o v o elemento. P o d e m ser utilizadas diversas distancias metricas c o m o m e t o d o de similaridade: euclidiana, M a h a l a n o b i s c o m p l e t a o u M a h a l a n o b i s diagonal. Neste trabalho e utilizada a distancia Euclidiana que m e d e a e x t e n s a o g e o m e t r i c a entre d o i s e l e m e n t o s e m u m espago multidimensional.

d 0 il ff i2) = y/IUO^O - h2(i)\)2 <3)

O n d e :

h i e o valor do primeiro e l e m e n t o ; h2e o valor do s e g u n d o elemento.

O maior p r o b l e m a se verifica na correta escolha do valor de q u a n t o s vizinhos d e v e m ter similaridade p a r a determinar o valor do proximo e l e m e n t o ( k ) . U m a regra geral

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para e s s e valor sera de considerar k = ( m )1 / 2, o n d e m e o n u m e r o de e l e m e n t o s

c o n s i d e r a d o s n a matriz de treinamento. T e o r i c a m e n t e k d e v e r a ser tao g r a n d e q u a n t o possfvel de m o d o a minimizar o erro, mas a m e d i d a q u e se a u m e n t a o valor de k, a u m e n t a - s e o t e m p o c o m p u t a c i o n a l e p e r d e - s e resolucao devido a s u a v i z a c a o e x c e s s i v a . Se for c o n s i d e r a d o u m valor de k p e q u e n o , a p e n a s serao c o n s i d e r a d o s os e l e m e n t o s muito proximos. [Almeida et al.,2008]

Figura 2 - Classificacao de u m n o v o e l e m e n t o a d a p t a d o d e A l m e i d a et al.,2008.

1.3.1 - M e d i d a s d e similaridade

1.3.1.1 - M e t o d o d a ligagao c o m p l e t a

O p r o c e d i m e n t o de ligagao c o m p l e t a e s e m e l h a n t e ao d a ligagao individual, exceto e m q u e o criterio de a g r u p a m e n t o se b a s e i a e m distancia m a x i m a , s e n d o u m a d a s tecnicas de hierarquizagao aglomerativa d e maior aplicagao na analise de a g r u p a m e n t o [ G a m a , 1980]. C o m o no m e t o d o de ligagao individual, aqui t a m b e m n a o e exigida a fixagao, a priori, do n u m e r o de a g r u p a m e n t o s .

C o n f o r m e B u s s a b et a l . [1990], a g r u p a m e n t o s sao c o n e c t a d o s u m c o m o outro a distancia m a x i m a o u similaridade m i n i m a no m e t o d o d a ligagao completa, t a m b e m d e n o m i n a d o vizinho mais distante. A dissimilaridade entre dois grupos e definida c o m o s e n d o a q u e l a a p r e s e n t a d a pelos individuos de c a d a g r u p o q u e m a i s se p a r e c e m , o u seja, f o r m a m - s e t o d o s os pares c o m u m m e m b r o de c a d a g r u p o , e a dissimilaridade entre os g r u p o s e definida p e l o par q u e m a i s se parece. Este metodo, g e r a l m e n t e , leva a g r u p o s c o m p a c t o s e discretos, t e n d o os s e u s valores d e dissimilaridade relativamente grandes.

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1.3.1.2 - M e t o d o da ligagao media

O m e t o d o d e ligacao m e d i a c o m e c a d a maneira similar a ligacao individual o u c o m p l e t a [Hair et al., 2 0 0 5 ] , diferenciando-se na maneira d e formar os a g r u p a m e n t o s que sao feitos a partir d a distancia m e d i a d e t o d o s o s e l e m e n t o s e m u m a g r u p a m e n t o aos d e m a i s e m outro. Essa tecnica n a o d e p e n d e d e valores extremos, c o m o o c o r r e c o m a ligacao individual o u c o m p l e t a , e a selegao b a s e a d a e m t o d o s os e l e m e n t o s d o s a g r e g a d o s , a o inves d e um unico par d e m e m b r o s e x t r e m o s . A b o r d a g e n s d e ligacao m e d i a t e n d e m a c o m b i n a r a g r e g a d o s c o m p e q u e n a variacao interna. Elas t a m b e m t e n d e m a produzir a g r e g a d o s c o m a p r o x i m a d a m e n t e a m e s m a variancia.

1.3.1.3 - M e t o d o d o centroide

O m e t o d o d o centroide foi p r o p o s t o por Sokal & M i c h e n e r [1958] e t e v e c o m o o r i g e m a caracterizagao da matriz d e d a d o s c o m o p o n t o s d o e s p a c o M a h a l a n o b i s . C a d a a g r u p a m e n t o e c o n s i d e r a d o u m s i m p l e s ponto, r e p r e s e n t a d o pelo s e u centro d e m a s s a , c h a m a d o centroide. O p r e s e n t e m e t o d o utiliza u m a f u n c a o d e a g r u p a m e n t o p a r a medir a distancia entre os centros d e m a s s a d o s d a d o s . Esta tecnica e d e hierarquizagao aglomerativa.

Este algoritmo se caracteriza pela redefinigao, a c a d a passo, d a matriz d e dados. C a d a a g r u p a m e n t o e r e p r e s e n t a d o pelo vetor m e d i o d a s p variaveis envolvidas. Na realidade, u m a n o v a matriz d e distancias e d e t e r m i n a d a a cada interagao.

No m e t o d o do centroide, a distancia entre dois g r u p o s e definida c o m o a distancia entre os seus centroides, pontos definidos pelas m e d i a s das variaveis c a r a c t e r i z a d o r a s d o s individuos d e cada grupo, isto e, o m e t o d o d o centroide calcula a distancia entre dois g r u p o s c o m o a diferenga entre as s u a s medias, para t o d a s as variaveis. U m a d e s v a n t a g e m d e s s e m e t o d o e q u e se dois g r u p o s f o r e m muito diferentes e m t e r m o s d e d i m e n s a o , o c e n t r o i d e d e u m n o v o a g r u p a m e n t o estara, mais p r o x i m o d a q u e l e q u e for maior e as caracteristicas d o grupo m e n o r t e n d e r a o a se perder. De fato, c o m e s s e m e t o d o , o centroide d e u m n o v o g r u p o e uma c o m b i n a g a o p o n d e r a d a d o s centroides dos dois g r u p o s s e p a r a d o s , s e n d o a s p o n d e r a g o e s proporcionais a o t a m a n h o d e s t e s g r u p o s [Reis, 1997].

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1 . 3 . 1 . 4 - M e t o d o de W a r d

W a r d [1963] p r o p o e u m p r o c e s s o geral de classificacao e m q u e n e l e m e n t o s s a o p r o g r e s s i v a m e n t e reunidos dentro de g r u p o s atraves d a minimizagao de uma f u n c a o objetiva para c a d a (n - 2) p a s s o s de f u s a o .

Inicialmente, este algoritmo a d m i t e q u e c a d a u m dos e l e m e n t o s se constitui e m u m unico a g r u p a m e n t o . C o n s i d e r a n d o a primeira reuniao de e l e m e n t o s e m u m n o v o a g r u p a m e n t o , a s o m a d o s d e s v i o s d o s pontos representatives de s e u s elementos, e m relacao a m e d i a d o a g r u p a m e n t o , e calculada, e da u m a indicagao de h o m o g e n e i d a d e do a g r u p a m e n t o f o r m a d o . Esta m e d i d a f o r n e c e a "perda de informacao" q u e se p r o d u z ao reunir o s e l e m e n t o s e m u m a g r u p a m e n t o [ G a m a , 1980].

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C A P ITU LO II

2.1 - D A D O S E P R O G R A M A S U T I L I Z A D O S

2.1.1 - Dados utilizados

Neste trabalho foram utilizados d a d o s de perfilagem g e o f i s i c a de 12 pocos de petroleo do C a m p o de N a m o r a d o , situado na parte central da Bacia de C a m p o s , litoral do estado do Rio de Janeiro, localizado a 7 0 km da costa. O s p o c o s cujos d a d o s sao utilizados n e s t e trabalho estao localizados c o n f o r m e a p r e s e n t a d o no m a p a d a Figura 3.

Figura 3 - M a p a d e localizacao d o s p o c o s do C a m p o de N a m o r a d o , utilizados n e s t e estudo ( A d a p t a d o de Rosa et at., 2 0 0 8 ) .

A T a b e l a 4 a p r e s e n t a a s u i t e d e perfis g e o f i s i c o s d i s p o n i v e i s e m c a d a pogo analisado. O s d a d o s f o r a m f o r n e c i d o s pela A N P ( A g e n d a Nacional de Petroleo) para u s o a c a d e m i c o pelas instituigoes de pesquisa nacionais.

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T a b e l a 4 - Perfis geoflsicos disponfveis e utilizados neste trabalho. \PERFIL D T GR ILD N P H I R H O B N A 0 1 N A 0 2 N A 0 4 S </ N A 0 5 A N A 0 7 V N A 1 1 N A 1 2 H s N A 1 7 N A 2 1 R J S 0 1 9 R J S 0 4 2 s s R J S 2 3 4

2.1.2 - P r o g r a m a SAS Enterprise Guide®

Este foi o p r o g r a m a utilizado para a analise estatistica d o s d a d o s . T r a t a - s e de uma interface amigavel para utilizacao do p a c o t e SAS® (Statistical Anaiisys Software) s e m a n e c e s s i d a d e de c o n h e c i m e n t o d a linguagem de p r o g r a m a c a o S A S . Este p r o g r a m a permite a incorporacao de plugins d e s e n v o l v i d o s pelo usuario. Neste trabalho foi utilizado o plugin "Discrim Petrobras", anteriormente d e s e n v o l v i d o [Soares, 2 0 0 5 ] . 0 plugin tern a f i n a l i d a d e de c h a r u m a interface amigavel para o usuario, d i s p e n s a n d o - o de c o n h e c e r a l i n g u a g e m de p r o g r a m a c a o SAS®.

(35)

A Figura 4 a p r e s e n t a a tela inicial c o m o s d a d o s d o conjunto d e t r e i n a m e n t o para definigao d a regra discriminante pelo m e t o d o K N N , atraves d o p r o g r a m a SAS

Enterprise Guide®. Nesta figura o b s e r v a - s e a incorporagao d o s plugins definidos

pelo usuario n a a b a Analysis / Custom / Fungao Discrim Petrobras.

SpM Column SurtCdumnt Tr»Aipew •to* Out. MOM t' ya»i MEM I 11 1171 MMTT IJIWU i I K I 2 JJ* .-4717 7<«7) H U M man » W 7«11« : i s » 2»nei| itm 61 I K

Figura 4 - T e l a d e d a d o s d o p r o g r a m a S>AS Enterprise Guide® c o m o plugin da F u n g a o Discriminante e m d e s t a q u e .

A Figura 5 a p r e s e n t a a tela d o p r o g r a m a SAS Enterprise Guide referente a selegao d a s variaveis d e analise e classificacao. N o e x e m p l o m o s t r a d o nesta figura, o perfil s o n i c o (variavel D T ) foi utilizado c o m o a variavel a ser e s t i m a d a a partir d o s d e m a i s perfis geofisicos disponiveis.

(36)

ft Analise Discriminante

Colunas | Seleoonar Regra | FuncSo Ducm-nanfe | Vanavee de O a s s t e a c i o | Resutados| TiMos|

Columns to assign Column ides: Name • DEPTBM • OT • GR • ILO • NPHI • RHOB • INTO. ±1 • Analysis variables • GR • ILO • NPHI • RHOB 4 5 Classrficahon variables a • OK Cancel

Figura 5- T e l a d o SAS Enterprise Guide® para s e l e c a o d o perfil a estimar a partir dos perfis d e analise.

A j a n e l a d o programa SAS Enterprise Guide , a p r e s e n t a d a na Figura 6, permite realizar a escolha do m e t o d o estatistico a ser e m p r e g a d o na estimativa d o perfil faltante. No caso d a e s c o l h a d o m e t o d o K N N , o s p a r a m e t r o s definidos pelo usuario s a o o valor d e K ( n u m e r o d e vizinhos no e s p a c o n-dimensional) e o tipo d e metrica utilizada para determinagao d a s distancias entre as n a m o s t r a s no e s p a c o investigado.

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G Analise Discriminante

Colunas SeleaonaiRegia | FuncaoDrscrmnante | VariaveisdeOassrtcacSo| Resu»ados| T i h i o s | Regra

r L«near

C Quadratrca

C Teste de igualdade das matnzes de covanancias (regra linear ou quadrabca)

C KNN K - M « ^ * | E u c W e a n a ~7\ C Canonica N! de variaveis canomcas fo (cfevese^-n'devariaveKoriginais) r Linear passo a passo

r Opcoes da regra Linear Passo a Pa:so (PROC

STEFOISC)-G Stepwise Opcoes Stepwise IS p.entrar- |0.15 p_permanecei - jo 15 C R2_enlrar = R2_permanecer i r Forward Opcoes Forward p_entrai» JO 15 r R2_entrar = r Backward Opcoes Backward 15 p_permanecer» |o 15 r R2_permanece« «| OK Cancel

Figura 6 - T e l a d o SAS Enterprise Guide® p a r a s e l e c a o d o m e t o d o estatfstico de analise.

A Figura 7 a p r e s e n t a a tela do p r o g r a m a SAS Enterprise Guide , o n d e o usuario tern a possibilidade de adotar diversas o p c o e s relacionadas a i m p l e m e n t a c a o d a f u n c a o discriminante e do p a d r a o de probabilidades a priori, p a r a a ocorrencia de u m a d a d a classificacao. A e s c o l h a d a o p c a o de probabilidades iguais significa que se c o n s i d e r a o evento c o m o aleatorio, o u seja, a probabilidade de ocorrencia de u m d a d o valor e, a priori, a m e s m a q u e q u a l q u e r outro valor.

(38)

O Analise Discriminante

Colunas | Setecionai Reoja . Funcao Discriminantej| Variaveis de Classificacao | Resultados | Titulos

Opcoes da Funcao Discriminante

r OassJicacao da valdacao ciuzada

| 7 Resu'Jados da classificacao da va'idacao ciusada

r ResurJados da classificacao da re-substrtuicao

f" E stimativa da taxa de eiro de piobabilidade posterior

r- Estatistica univanada paia testai que as medias das classes sao iguats na popUacao

>- Estatistica muhvanada paia leslai que as mectas das classes sao iguais na popUacao

OK Cancel

Figura 7 - Tela do SAS Enterprise Guide para definicao d o s p a r a m e t r o s d a f u n c a o discriminante.

Para gerar u m d a d o perfil geofisico faltante, c o m b a s e nas propriedades ffsicas registradas nos d e m a i s perfis de u m poco, e preciso definir qual o arquivo q u e c o n t e m os d a d o s para classificacao (perfis disponiveis), c o m o t a m b e m o arquivo de s a i d a , o qual d e v e conter u m a c o l u n a com os v a l o r e s e s t i m a d o s para o perfil faltante. A Figura 8 a p r e s e n t a a tela do p r o g r a m a SAS Enterprise Guide® q u e permite ao usuario a definicao d e s t e s parametros.

(39)

Colunas | Seleoonar Regia | Funcao Discimnarte Variaveis de Clasahcacao | Resutados | Titutosj

Inckn dados de classificacao ISASUSER NA01A

v Cnar tabela de saida paia comer classJicacoes |SASUSERNA01DTJ0P_OUT " r5ll

r~ Diai labela de saida para comei estmativas de densidade paia dados de leste SASUSER

OK Cancel

Figura 8 - Tela do SAS Enterprise Guide® p a r a incluir os d a d o s de classificacao e gerar arquivo c o m os d a d o s de s a i d a ( d a d o s e s t i m a d o s ) .

A Figura 9 apresenta o arquivo c o m a coluna " _ I N T O _ " , a qual c o n t e m o s valores e s t i m a d o s p a r a o perfil faltante. N o e x e m p l o a p r e s e n t a d o nesta figura, a c o l u n a " _ I N T O _ " procura reproduzir o s valores da c u r v a DT. O b s e r v a - s e n e s t a figura a p r o x i m i d a d e d o s valores entre a coluna de d a d o s r e a l m e n t e m e d i d a (coluna DT) e a c o l u n a e s t i m a d a c o n s i d e r a n d o - s e a a u s e n c i a do perfil D T (coluna _ I N T O _ ) .

(40)

naOla.dt.lOplOO (read-only) « D E P T H A G« © • RMOS o • : 2 9 5 2 * 2952 6 95 4766 94 £945 74 275 7£ 6592 1.1445 1.1443 7245 25 7245 2 4929 2 448 52 0547 87 9492 •: 2552 3 2953 92 9727 9 1 8 2 8 1 30 0625 £1 0251 1 1831 1 2465 25 7617 260015 2 4 3 5 5 2 4 1 1 9 87 9492 £7 9492 c 2 9 5 3 2 91.0703 £1 £202 1 2105 25 3672 2 4 1 7 6 £7 5492 e 2552 4 50 0556 £2 1836 I 2556 25 7031 2 4678 92 .Hi 7 2552 6 £5 €602 £2 6514 1 4052 26 5022 2 4412 100 5276 S 2952 c £5 1252 £2 2656 1 4655 2 5 9 5 3 1 2 4116 92 U4« • 2554 £7 9492 75 0586 1 5227 24 082 2 4 7 7 5 87 9492 : 255-i 2 £5 5702 7£ 6526 1573 24 2425 2 5 2 0 6 87 9492 2554 4 £7 6211 £1 5766 1602 24 £552 2 522 92 •445 •: 2554 6 £5 2672 £4 £75 16511 2 3 9 4 5 3 2 5 1 9 3 52 1445 13 2554 £ £4 1522 £5 5275 17231 230938 2 4561 £i 8584 •- 2955 £4 1426 £7 2555 1782 22 2£91 2 4372 81 £424 2 9 5 5 2 £4 7252 £7 £22 1 5055 21 2594 2 4 8 6 4 £25625 2555 4 £5 9344 £5 2711 18014 21 1034 2 4 8 3 6 89 9375 17 18 295 5 6 2955 2 ££4102 8 9 8 0 4 7 | £2 550£ £4 5275 17815 1 7526 21 3066 21 £477 2 4863 2 4 8 1 8 92 I44« 92 ' 4 4 ! IS 20 2956 2956 2 £7 66 02 £5 707 £5 4"5£ 52 1757 1 7509 1 7665 : : 3122 21 665 2 4 9 7 8 2 5017 S3 5625 £2 5625 21 2556 4 £5 2262 55 4766 17705 20 2461 2 4971 83 5625 : : 2956 6 £6 £7£9 9 6 0 1 9 5 1 741£ 19 5477 2 5 2 7 1 i: 5625 : : 2956 8 ££7461 52 1£75 16546 19 6641 2 5404 83 5625 2957 2957 2 92 5625 94 6172 87 S £4 4452 1 6245 1 5501 19 5215 21 5664 25149 25181 82 5625 52 1445 26 2 5 5 7 * 2557 -: 912205 50 065 7 £6 £125 51 1757 1 5545 1 5126 2 3 0 5 4 7 22 457 2 52? 2 5 5- 2 31 £524 83 562S

Figura 9 - Tela do SAS Enterprise Guide c o m o arquivo de s a i d a , o qual inclui a coluna c o m o perfil faltante e s t i m a d o (coluna e m d e s t a q u e ) .

(41)

2.2 - M E T O D O L O G I A

Para montar a b a s e de d a d o s d e s t e trabalho f o r a m escolhidos os 12 pocos d o C a m p o de N a m o r a d o citados anteriormente, e as variaveis utilizadas f o r a m t o d o s os perfis d i s p o n i v e i s (DT, GR, ILD, N P H I e R H O B ) . O criterio a d o t a d o para a e s c o l h a d o s pogos foi o de incluir a p e n a s os pogos verticais, e x c l u i d o os direcionais, o s quais p r e c i s a m ser interpretados de f o r m a nao c o n v e n c i o n a l , e por isso f o r a m e x c l u f d o s d a b a s e de d a d o s d e s t e trabalho.

Inicialmente foi feita a c o n c a t e n a g a o d o s perfis de t o d o s os pogos e m u m unico arquivo, totalizando a p r o x i m a d a m e n t e o n z e mil registros. Esta f u s a o foi realizada c o m o objetivo de permitir q u e o p r o c e s s o de a m o s t r a g e m aleatoria, para fins d e geragao d o conjunto de d a d o s de t r e i n a m e n t o , tenha a possibilidade de escolher a m o s t r a s representatives de todas a s f o r m a g o e s g e o l o g i c a s q u e o c o r r e m e m q u a i s q u e r d o s pogos analisados. A falta d a s caracteristicas representatives de u m a f o r m a g a o no conjunto de d a d o s de t r e i n a m e n t o p o d e induzir a regra discriminante a nao ser c a p a z d e r e c o n h e c e r tal valor daquela propriedade d u r a n t e a f a s e de estimagao. Deste m o d o , a a m o s t r a g e m realizada s o b r e u m arquivo q u e c o n t e m os perfis de t o d o s os pogos minimiza e s s a possibilidade, reduzindo o v i c i o d a amostra. Neste trabalho u m a a m o s t r a e e n t e n d i d a c o m s e n d o o conjunto de v a l o r e s d o s varios perfis geoffsicos n u m a d a d a profundidade de u m pogo.

Posteriormente, utilizando o p r o g r a m a SAS Enterprise Guide® f o r a m feitas a m o s t r a g e n s aleatorias, sobre o arquivo c o n c a t e n a d o , n a s proporgoes de 1 0 % , 2 0 % , 3 0 % e 5 0 % , c o m o objetivo d e avaliar o efeito do t a m a n h o d a a m o s t r a de t r e i n a m e n t o s o b r e a eficiencia d a estimativa de perfis faltantes. Na realidade, neste trabalho nao ha perfis faltantes (exceto a curva DT d o pogo NA-12), m a s e s s a situagao foi s i m u l a d a para t o d o s o s perfis de t o d o s os pogos, excluindo a c a d a s i m u l a g a o u m d e t e r m i n a d o perfil d a base de d a d o s e utilizando os d e m a i s perfis c o m o d a d o d e e n t r a d a para a estimagao d a q u e l e perfil "faltante". A p o s c a d a simulagao, a eficiencia d e s t e p r o c e s s o e m e d i d a atraves do calculo d a diferenga R M S (Root Mean Square) entre o perfil real e o simulado. F o r a m t a m b e m g e r a d o s graficos p a r a c o m p a r a g a o visual entre os perfis reais e s i m u l a d o s para c a d a u m d o s pogos analisados.

(42)

UITRMS - ^ — (4)

A Figura 10 a p r e s e n t a o f l u x o g r a m a q u e d e s c r e v e o m e t o d o utilizado para a o b t e n c a o d o s conjuntos d e d a d o s d e t r e i n a m e n t o utilizados n e s t e trabalho; e n q u a n t o q u e a Figura 11 exibe o f l u x o g r a m a referente a o p r o c e s s o d e g e r a c a o e aplicagao d a s regras d i s c h m i n a n t e s para a estimagao d o s perfis "faltantes", analise d a eficiencia d a s estimativas e visualizacao grafica d o s resultados.

10% de todos os dados

Arquivo concatenado com os perfis de todos os pogos

Amostragem aleatoria para geracao dos dados de treinamento

20% de todos os dados 30% de todos os dados 50% de todos os dados

Figura 10 - F l u x o g r a m a para o b t e n c a o d o s conjuntos d e d a d o s d e treinamento.

Conjunto de dados de treinamento

i 1

Geracao das regras KNN para cada perfil

Aplicacao das regras para cada poco

1

Perfis estimados

Calculo da diferenca

oara cada DOCO RMS

1 1

Visualizacao grafica

Figura 11 - Fluxograma p a r a a p l i c a c a o d a s regras d i s c h m i n a n t e s e estimagao d o s perfis faltantes.

(43)

Neste trabalho, para a i m p l e m e n t a c a o d a regra K N N , foi utilizado K = 1 . E m b o r a para valores de K muito p e q u e n o s e s s a tecnica t e n d a a produzir resultados ruidosos, para a aplicagao especifica d a tecnica e m perfis g e o f i s i c o s d e pogos e s s a caracterfstica fica bastante a t e n u a d a pelo fato d e se dispor de c o n j u n t o de d a d o s c o m e l e v a d o n u m e r o de a m o s t r a s . Por outro lado, a adogao de u m valor e l e v a d o para K induziria a suavizagao e x c e s s i v a n o s resultados, a l e m d e a u m e n t a r c o n s i d e r a v e l m e n t e o c u s t o c o m p u t a c i o n a l .

(44)

C A P I T U L O

3.1 - R E S U L T A D O S

O s resultados d e s t a dissertagao estao o r g a n i z a d o s por tipo de perfil e por pogo.

3.1.1 - Perfil S o n i c o (DT)

NA01 DT 10% (us/ft) NA01 DT 20%(us/ft) NA01 DT30%(us/ft) NA01 DT50%(us/tt)

40 60 80 100 120 40 60 80 100 12040 60 80 100 12040 60 80 100 120 2950 3000 3050 3100 3150 3200 J D i fR M S= 7 , l DifR Ms=6,9 DifR Ms = 6,4 DifR Ms = 5,7

Figura 12 - Perfis sonicos do pogo NA-01a: perfil registrado (curva azul) e perfis e s t i m a d o s (curvas v e r m e l h a s ) p a r a d a d o s de t r e i n a m e n t o c o m 1 0 % , 2 0 % , 3 0 % e 5 0 % d o s d a d o s totais, respectivamente.

(45)
(46)
(47)
(48)
(49)

NA11 a DT 10%(us/ft) NA11a DT 20%(us/ft) NA11 a DT 30%(us/ft) NA11a DT 50%(us/ft) 40 60 80 100 120 40 60 80 100 120 40 60 80 100 12040 60 80 1 0 0 1 2 0

Figura 17 - Perfis sonicos do p o c o NA-11a: perfil registrado (curva azul) e perfis e s t i m a d o s (curvas v e r m e l h a s ) para d a d o s de t r e i n a m e n t o c o m 1 0 % , 2 0 % , 3 0 % e 5 0 % d o s d a d o s totais, respectivamente.

(50)

0 perfil DT da Figura 18 a p r e s e n t a o esboco e s p e r a d o para o perfil sonico e que p r o v a v e l m e n t e d e s c r e v e este perfil faltante com boa precisao, e m b o r a n a o se p o s s a quantificar essa precisao, devido a a u s e n c i a d o perfil real. C o m o a precisao e satisfatoria para os d e m a i s pocos, s u p o e - s e que t a m b e m o seja para este.

NA12 DT 10%(us/ft) NA12 DT 20%(us/ft) NA12 DT 30%(us/ft) NA12 DT 50%(us/ft)

40 60 80 100 120 40 60 80 100 120 40 60 80 100 12040 60 80 100 120

2965-, ' ' 1 1 ' ' ' ' 1 ' 1 1 1 ' 1 ' 1 1 ' 1

Figura 18 - Perfis sonicos do pogo NA-12. Neste pogo este perfil real n a o foi registrado, portanto nao se pode estimar a precisao das curvas estimadas. O s perfis a p r e s e n t a d o s s a o os e s t i m a d o s para d a d o s de t r e i n a m e n t o c o m 1 0 % , 2 0 % , 3 0 % e 5 0 % d o s d a d o s totais, respectivamente.

(51)
(52)

NA21 b DT 10%(us/ft) NA21 b DT 20%(us/ft) NA21 b DT 30%(us/ft) NA21 b DT 50%(us/ft)

40 60 80 100 12040 60 80 100 120 40 60 80 100 12040 60 80 100 120

D i fR M S = 4,1 D i fR M S = 3,6 D i fR M S = 3,3 D i fR M S = 2,8

Figura 2 0 - Perfis s o n i c o s do p o c o N A - 2 1 b : perfil registrado (curva azul) e perfis e s t i m a d o s (curvas v e r m e l h a s ) para d a d o s de t r e i n a m e n t o c o m 1 0 % , 2 0 % , 3 0 % e 5 0 % d o s d a d o s totais, respectivamente.

(53)
(54)

rjs042 DT 10%(us/ft) rjs042 DT 20%(us/ft) rjs042 DT 30%(us/ft) rjs042 DT 50%(us/ft) 40 60 80 100 120 40 60 80 100 12040 60 80 100 12040 60 80 100 120 3000 i 3050-^ E , tti 9 3100- u-3150H 3200 DifRMs = 7,5 D i fR M S = 7,1 D i fR M S = 6,4 D i fR Ms = 5 , l

Figura 2 2 - Perfis sonicos do pogo RJS-42: perfil registrado (curva azul) e perfis e s t i m a d o s (curvas v e r m e l h a s ) para d a d o s de t r e i n a m e n t o c o m 1 0 % , 2 0 % , 3 0 % e 5 0 % dos d a d o s totais, respectivamente.

(55)

rjs234 DT 10%(us/ft) rjs234 DT 20%(us/ft) rjs234 DT 30%(us/ft) rjs234 DT 50%(us/ft) 40 60 80 100 120 40 60 80 100 12040 60 80 100 12040 60 80 1° 0 12 0 3160 3200 g 3240 Q-3280 D i fR M S = 6,3 D i W = 5,9 D i fR M S = 5,6 D i fR M S = 4,9

Figura 2 3 - Perfis sonicos do pogo R J S - 2 3 4 : perfil registrado (curva azul) e perfis e s t i m a d o s (curvas v e r m e l h a s ) p a r a d a d o s de t r e i n a m e n t o c o m 1 0 % , 2 0 % , 3 0 % e 5 0 % d o s d a d o s totais, respectivamente.

(56)
(57)
(58)

2960 A

3000 H

UJ

3040-3080

3120 J

Dif

RMS

=16,5 Dif

RMS

= 15,l Dif

RMS

= 12,7 Dif

RMS

= 9,6

Figura 26 - Perfis de raios gama do pogo NA-04: perfil registrado (curva azul) e perfis estimados (curvas vermelhas) para dados de treinamento com 10%, 20%, 30% e 50% dos dados totais, respectivamente.

(59)

NA05a GR 10% NA05a GR 20% NA05a GR 3 0 % NA05a GR 50% (API) 0 40 80 120 160 0 40 80 120 160 0 40 80 120 160 0 40 80 120 160

Dif

RM

s = 17,2

DifRMs

= 15,4 Dif

RMS

= 12,9 Dif

RMS

= 9,1

Figura 27 - Perfis de raios gama do poco NA-05a: perfil registrado (curva azul) e perfis estimados (curvas vermelhas) para dados de treinamento com 10%, 20%, 30% e 50% dos dados totais, respectivamente.

(60)

Figura 28 - Perfis de raios gama do pogo NA-07: perfil registrado (curva azul) e perfis estimados (curvas vermelhas) para dados de treinamento com 10%, 20%, 30% e 50% dos dados totais, respectivamente.

(61)

DiUs = 15,1

DifRMS

= 13,3

DifRMS

= 13,1

D i fR Ms

= 11,0

Figura 29 - Perfis de raios gama do poco NA-11: perfil registrado (curva azul) e perfis estimados (curvas vermelhas) para dados de treinamento com 10%, 20%, 30% e 50% dos dados totais, respectivamente.

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