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Desenvolvimento de emulador trifásico de umbilical

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Academic year: 2021

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Desenvolvimento de Emulador Trifásico de Umbilical

Trabalho de Conclusão de Curso submetido ao Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Santa Catarina para a obtenção do título de Bacharel em Engenharia Elétrica

Orientador: Prof. Dr. Eng. André Luís Kirsten.

Florianópolis 2018

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Ficha de identificação da obra elaborada pelo autor através do Programa de Geração Automática da Biblioteca Universitária

da UFSC.

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Aos meus pais por sempre me apoiarem, me darem todas as condi¸c˜oes para que eu pudesse me desenvolver e alcan¸car todas as mi-nhas pequenas e grandes vit´orias. A Clarissa Flˆor que me acompanhou durante o per´ıodo de gradua¸c˜ao e cuja a compania me proporcionou muitos momentos de alegria e amenizou os momentos de dificuldades.

Agrade¸co aos professores Andr´e Lu´ıs Kirsten e Marcelo Lobo por me auxiliarem e me proporcionarem grandes oportunidades de de-senvolvimento. Tamb´em ao Instituto de Eletrˆonica de Potˆencia por fornecer todos os recursos necess´arios para a execu¸c˜ao deste trabalho.

Agrade¸co tamb´em a Larissa Avila pelas sugest˜oes e conselhos. Aos meus amigos Rodrigo Brown, Vitor Querino, Pedro Schulze, Dario Menegasso, Cassiano Mattos, Douglas Ferronatto, Vicente Mafra, e Matheus Figueiredo pela parceria durante todos esses anos.

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Este trabalho apresenta o desenvolvimento de t´ecnicas de projeto de emuladores de umbilicais. ´E apresentada uma abordagem que permite projeto de indutores na faixa de frequˆencia entre 60 Hz e 10 kHz. Ser˜ao apresentadas simula¸c˜oes de indutores em software de simula¸c˜ao por elementos finitos para avaliar indutˆancia e varia¸c˜ao da resistˆencia com a frequˆencia dos indutores. O emulador deve representar com fidelidade o comportamento de um umbilical na faixa 0 at´e 10 kHz. A valida¸c˜ao do emulador ´e realizada comparando impedˆancia te´orica, obtida por modelagem por espa¸co de estados, com experimentos em bancada do emulador.

Palavras-chave: Emulador Umbilical, Indutores de N´ucleo de Ar, Linhas de transmiss˜ao.

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This work presents the development of project techniques to design power cable emulators. It is presented an approach that allows the design of air-core inductors in the range (60 kHz to 10 kHz). There will be presented a electromagnetic simulation to determine the variation of resistence with the frequency and to determine the inductor parameters. The emulator will have to represent the behavior of a sub-sea cable in the range of 60 Hz to 10 kHz.

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Figura 1 Sistema de acionamento de motor. . . 20

Figura 2 Representa¸c˜ao de cabo do tipo trif´olio. . . 24

Figura 3 Se¸c˜ao monof´asica do modelo T- Nominal. . . 26

Figura 4 Se¸c˜ao monof´asica do modelo T-Simplificado. . . 27

Figura 5 Modelo T-Simplificado para LTs trif´asicas. . . 27

Figura 6 Acoplamento s´erie de se¸c˜oes trif´asicas do modelo T-Simplificado. . . 28

Figura 7 Acoplamento de duas se¸c˜oes monof´asicas do modelo T-Simplificado. . . 29

Figura 8 Indutor longo. . . 30

Figura 9 Indutor de 1 camada. . . 32

Figura 10 Indutor de m´ultiplas camadas. . . 32

Figura 11 Indutˆancia M´utua. . . 33

Figura 12 Teste para Determina¸c˜ao de Indutˆancia M´utua. . . 33

Figura 13 Compara¸c˜ao na distribui¸c˜ao de corrente para condutores AWG 18, 16, 12 em 10 kHz. . . 38

Figura 14 Compara¸c˜ao do efeito de proximidade na distribui¸c˜ao de corrente para 100 kHz, 10 kHz e DC. . . 38

Figura 15 Compara¸c˜ao entre a distribui¸c˜ao de corrente em DC e 10kHz para um distˆancia d = 10,2mm. . . 40

Figura 16 Compara¸c˜ao entre a distribui¸c˜ao de corrente em DC e 10kHz para um distˆancia d = 0,2mm. . . 40

Figura 17 Compara¸c˜ao entre a distribui¸c˜ao de corrente em DC e 10 kHz para distˆancia d = 10,2 mm considerando o chicote como um condutor formado por 10 condutores de cobre AWG 18. . . 41

Figura 18 Acoplamento s´erie das se¸c˜oes.. . . 44

Figura 19 Topologia do emulador reunindo resistˆencias e indutˆancias s´erie. . . 44

Figura 20 Principais parˆametros geom´etricos do Indutor. Sendo W o Diˆametro do N´ucleo do Indutor, ’E’ a espessura do chicote utilizado, e H a altura das espiras. . . 47

Figura 21 Linhas de fluxo dos indutores. . . 48 Figura 22 Simula¸c˜ao de esfor¸co de corrente nos capacitores da LT. 50 Figura 23 Transformada de fourier da tens˜ao e corrente nos

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Capa-Figura 25 Dimensionamento dos resistores considerando a resistˆencia

s´erie dos indutores. . . 52

Figura 26 Conec¸c˜ao de elementos capacitivos e indutivos `as PCBs. 53 Figura 27 Sensor `a laser de temperatura Raytek Rainger MX. . . 55

Figura 28 Analizador de Impedˆancia 4294a. . . 56

Figura 29 Tabela em VBA para transferˆencia de dados entre o com-putador e o analisador de impedˆancias. . . 57

Figura 30 Primeiro Indutor Montado. . . 58

Figura 31 Diagrama de Bode para o primeiro Indutor entre 40 Hz e 10 kHz. . . 58

Figura 32 Indutˆancia (acima) e Resistˆencia (abaixo) para o pri-meiro indutor montado. . . 59

Figura 33 Segundo Indutor Montado. . . 59

Figura 34 Indutˆancia (acima) e resistˆencia (abaixo) para o segundo indutor montado. . . 60

Figura 35 Diagrama de Bode para o terceiro indutor.. . . 60

Figura 36 Indutˆancia (acima) e resistˆencia (abaixo) para o indutor final. . . 61

Figura 37 Indutˆancia(acima) e resistˆencia (abaixo) para o conjunto de resistores de 25 mΩ. . . 62

Figura 38 Teste de indutˆancia m´utua para as posi¸c˜oes P1, P2, P3. 63 Figura 39 Placa de circuito impresso dos resistores. . . 66

Figura 40 Medi¸c˜ao de indutˆancia s´erie. . . 66

Figura 41 Diagrama de bode de indutores em s´erie. . . 67

Figura 42 Ensaio de curto circuito para 1 se¸c˜ao do emulador. . . 68

Figura 43 Diagrama de Bode de Impedˆancia de entrada para 1 Se¸c˜ao do Emulador . . . 68

Figura 44 Teste Impedˆancia de entrada 7 se¸c˜oes. . . 69

Figura 45 Teste de curto circuito para 7 se¸c˜oes s´erie do emulador. 69 Figura 46 Diagrama 2D de conex˜oes. . . 70

Figura 47 Fluxograma simplificado do funcionamento do c´odigo para determina¸c˜ao da geometria do Indutor. . . 79

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Tabela 1 Resistividade espec´ıfica e seu coeficiente de temperatura 26

Tabela 2 Parˆametros distribu´ıdos do umbilical real. . . 42

Tabela 3 Parˆametros concentrados para emulador em BT. . . 43

Tabela 4 Parˆametros concentrados para cada se¸c˜ao do emulador. 43 Tabela 5 Dimens˜oes dos indutores. . . 48

Tabela 6 Resultados do script para indutor de 78, 86 µH, d = 0,4 49 Tabela 7 Resultados do script para Indutor de 157.57 µH, d= 0,5. 49 Tabela 8 Corrente nos capacitores em condi¸c˜oes nominais. . . 51

Tabela 9 Comparativo entre diferentes maneiras de calcular in-dutˆancia. . . 62

Tabela 10 Temperatura em regime permanente para v´arios induto-res. . . 63

Tabela 11 Ensaio t´ermico com ventila¸c˜ao o for¸cada. . . 63

Tabela 12 Indutˆancia de L1 com L2 em curto. . . 64

Tabela 13 Indutˆancia de L1 com L2 em circuito aberto. . . 64

Tabela 14 Indutˆancia de L1 com L2 em circuito aberto. . . 64

Tabela 15 Fatores de acoplamento entre os indutores. . . 64

Tabela 16 Indutores de 157, 72 µH produzidos para emulador. . . 65

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3C Umbilical formado por 3 Condutores 1C Umbilical formado por 1 Condutor AWG American Wire Gauge

DC Corrente Cont´ınua AC Corrente Alternada BT Baixa Tens˜ao

LT Linha de Transmiss˜ao

MSIP M´aquina S´ıncrona de Im˜as Permanentes MEF M´etodo de Elementos Finitos

VSD Variable Speed Driver VBA Visual Basic for Aplications

L’ Indutˆancia por Unidade de Comprimento C’ Capacitˆancia por Unidade de Comprimento R’ Resistˆencia por Unidade de Comprimento

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 Permissividade

r Permissividade relativa µ Permeabilidade magn´etica µr Permeabilidade magn´etica elativa ρ Resistividade

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1 INTRODUC¸ ˜AO . . . 19

1.1 OBJETIVOS . . . 22

1.1.1 Objetivo Geral . . . 22

1.1.2 Objetivos Espec´ıficos . . . 22

2 REVIS ˜AO BIBLIOGR ´AFICA . . . 23

2.1 UMBILICAIS SUBMARINOS . . . 23

2.2 MODELO DE LINHAS DE TRANSMISS ˜AO . . . 24

2.3 MODELO T-NOMINAL E π - NOMINAL . . . 26

2.4 MODELO T-SIMPLIFICADO . . . 27

2.4.1 Modelagem por espa¸co de Estados . . . 28

2.4.2 Indutˆancia Pr´opria . . . 30

2.4.3 Indutˆancia M´utua . . . 33

2.4.4 M´etodo de Elementos Finitos . . . 36

2.4.5 Condi¸c˜oes de Contorno . . . 36

2.4.6 Efeito de Skin e Proximidade . . . 37

2.5 CEN ´ARIO E ESPECIFICAC¸ ˜OES . . . 41

2.5.1 Parˆametros do Emulador de Umbilical . . . 41

3 PROJETO E SIMULAC¸ ˜OES . . . 45

3.1 INDUTORES . . . 45

3.1.1 Escolha do N´ucleo . . . 45

3.1.2 Escolha do Cabo e Chicote . . . 46

3.1.3 Determina¸c˜ao do n´umero de voltas . . . 47

3.1.4 Script em software . . . 48 3.1.5 Capacitores . . . 49 3.1.6 Distribui¸c˜ao de Corrente . . . 51 3.1.7 Resistores . . . 52 4 ENSAIOS E RESULTADOS . . . 55 4.0.1 Equipamentos Utilizados . . . 55

4.0.1.1 Medidor de Temperatura `a laser - Rainger MX . . . 55

4.0.1.2 Analizador de Impedˆancias Agilent 4294a . . . 56

4.0.2 Testes Iniciais . . . 57

4.0.3 Caracteriza¸c˜ao do Indutor Final . . . 60

4.0.4 Caracteriza¸c˜ao dos Capacitores . . . 61

4.0.5 Caracteriza¸c˜ao dos Resistores . . . 61

4.0.6 Comparativo entre os resultados da Simula¸c˜ao e da medi¸c˜ao . . . 61

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4.0.10 Resistores . . . 66

4.0.11 Indutˆancia S´erie . . . 66

4.0.12 Diagrama de Bode da Impedˆancia de Entrada do Emulador . . . 67

4.0.13 Diagrama de Conex˜oes . . . 69

5 CONSIDERAC¸ ˜OES FINAIS . . . 71

6 REFER ˆENCIAS . . . 73

AP ˆENDICE A -- Script para encontrar geometria do indutor . . . 79

AP ˆENDICE B -- Varia¸c˜ao de resistˆencia em fun¸c˜ao da distˆancia entre as camadas do Indutor . . . 85

AP ˆENDICE C -- Interferˆencia da indutˆancia em fun¸c˜ao da distˆancia de uma barreira ao indutor. . . 89

AP ˆENDICE D -- Simula¸c˜ao da varia¸c˜ao da re-sistˆencia em fun¸c˜ao da frequˆencia . . . 93

AP ˆENDICE E -- Tradu¸c˜ao dos parˆametros da li-nha de transmiss˜ao em alta tens˜ao para a bancada de testes . . . 97

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1 INTRODUC¸ ˜AO

Convencionalmente, a transmiss˜ao de energia el´etrica ´e realizada por terra utilizando cabos a´ereos, entretanto, mudan¸cas econˆomicas e tecnol´ogicas vˆem causando aumento do uso de formas n˜ao convencionais de transmiss˜ao de energia como interconex˜ao entre redes continentais, aumento do uso de energia e´olica offshore, e acionamento de m´aquinas em plataformas de extra¸c˜ao de petr´oleo (ZUBIAGA, 2012).

A energia utilizada em muitas plataformas marinhas ´e frequen-temente gerada na pr´opria plataforma com geradores onboard de baixa eficiˆencia (WORZIK, 2009). Dependendo da distˆancia da plataforma `a costa pode ser vi´avel economicamente gerar energia na costa e transmiti-la at´e a esta¸c˜ao de petr´oleo atrav´es de linha de transmiss˜ao submarina. D´a-se o nome de umbilical `as linhas de transmiss˜ao flex´ıveis com armadura que cont´em cabos de potˆencia e circuitos auxiliares como ca-bos de fibra ´optica e at´e dutos hidr´aulicos para escoamento de flu´ıdos. Por serem mais compactos do que linhas de transmiss˜ao convencio-nais, os umbilicais possuem intera¸c˜oes eletromagn´eticas mais expres-sivas, cuja a interferˆencia no sistema de acionamento pode ser cr´ıtica dependendo da aplica¸c˜ao (MARAFFON, 2016).

Emuladores de linhas de transmiss˜ao j´a foram desenvolvidos para testar o funcionamento de sistemas de controle de velocidade de motores na qual a distˆancia entre o motor e o inversor de frequˆencia ´e elevada, motivados pela redu¸c˜ao de custos em compara¸c˜ao com a utiliza¸c˜ao do umbilical real (SHEUER,2009). Em Scheuer(2009) foi constru´ıdo emu-lador de umbilical para teste High Speed Variable Speed Drive nos n´ıveis de tens˜ao e corrente do compressor submarino. Este emulador pode si-mular linhas de transmiss˜ao que chegam a 50 km, ´e formado por 10 se¸c˜oes π, opera em 52 kV e 300 A. Foram utilizados indutores com n´ucleos de ar devido `a estabilidade da indutˆancia na faixa utilizada de frequˆencia e correntes utilizada (0 - 10 kHz e 300 A), apesar des-tes necessitarem de distˆancias maiores entre s´ı para evitar acoplamento magn´etico, por este motivo, o emulador ocupa um espa¸co de 45 m x 23 m. Tamb´em ´e poss´ıvel alterar a indutˆancia dos indutores e resisto-res atrav´es de taps. Foram empregados capacitores, sem fus´ıveis para evitar sua resistˆencia s´erie, posicionados nas se¸c˜oes do tipo π.

No projeto para qual o emulador est´a sendo desenvolvido, o ge-rador encontra-se na costa e a m´aquina `a ser acionada encontra-se a 30 km, no oceano. O umbilical submarino conecta um variable speed dri-ver (VSD) localizado na costa a m´aquina s´ıncrona de im˜as

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permanen-tes (MSIP), conforme apresentado na Figura 1. O sistema de controle utilizado para acionar a MSIP n˜ao utilizar´a sensores na m´aquina, as informa¸c˜oes sobre o funcionamento s˜ao apenas a tens˜ao e a corrente no VSD. Portanto, ´e essencial investigar a influˆencia do umbilical no sis-tema de controle. Devido a elevada potˆencia da m´aquina utilizada nesta aplica¸c˜ao ser˜ao realizado experimentos em uma escala menor, de ma-neira que os comportamento do sistema el´etrico seja mantido. Cabe ao emulador de umbilical a ser desenvolvido reproduzir os efeitos causados pelo cabo em escala real. A constru¸c˜ao do emulador ´e realizada a par-tir dos parˆametros concentrados (R, L, C ) do modelo T-Simplificado, devido `a sua simplicidade de representa¸c˜ao matem´atica.

Figura 1 – Sistema de acionamento de motor.

Fonte: Desenvolvido pelo Autor.

O presente trabalho est´a estruturado em cinco cap´ıtulos, o se-gundo cap´ıtulo apresenta revis˜ao bibliogr´afica sobre caracter´ısticas de umbilicais submarinos, parˆametros el´etricos, sua varia¸c˜ao em fun¸c˜ao de frequˆencia e n´ıvel de sinal. S˜ao abordados t´opicos a respeito de modelos de linhas de transmiss˜ao, importˆancia da inser¸c˜ao de sua modelagem em sistemas de controle de m´aquinas.

No terceiro cap´ıtulo ´e apresentado o projeto dos elementos magn´eticos, capacitivos e resistivos presentes no emulador. Ser˜ao apre-sentadas simula¸c˜oes realizadas no software de simula¸c˜ao eletromagn´etica Femm 4.2 para obter informa¸c˜oes relevantes `a respeito da estrutura dos indutores.

O quarto cap´ıtulo apresenta ensaios realizados com cada compo-nente individual do emulador. Ser˜ao apresentados testes t´ermicos com e sem ventila¸c˜ao for¸cada e medi¸c˜oes de parˆametros dos componentes em fun¸c˜ao da frequˆencia. Tamb´em apresenta ensaios e compara¸c˜oes te´oricas entre o emulador e seu modelo de espa¸co de estados. S˜ao apre-sentados gr´aficos da impedˆancia do emulador em fun¸c˜ao da frequˆencia, tamb´em ser˜ao apresentados os equipamentos utilizados em testes e en-saios durante o projeto. O quinto e ´ultimo cap´ıtulo apresenta con-clus˜oes sobre o trabalho assim como sugest˜oes para trabalhos futuros.

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1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo Geral

O principal objetivo deste trabalho ´e projetar e construir um emulador de umbilical de potˆencia em escala. .

1.1.2 Objetivos Espec´ıficos

Projetar e manufaturar indutores de baixas resistˆencias, baixo acoplamento magn´etico entre si e dispostos em uma estrutura resis-tente. Projetar emulador que dever´a permita o desacoplamento de alguns de seus componentes, para que possa ser utilizado em demais pesquisas.

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2 REVIS ˜AO BIBLIOGR ´AFICA

Neste cap´ıtulo ´e apresentada uma revis˜ao sobre modelos de linhas de transmiss˜ao monof´asicas e trif´asicas, conceito de indutˆancia, efeito skin e proximidade. Tamb´em s˜ao apresentadas investiga¸c˜oes pr´evias que foram realizadas para identifica relevˆancia da geometria do indu-tor na varia¸c˜ao de resistˆencia. Estes conhecimentos ser˜ao relevantes para o desenvolvimento do emulador de umbilical, que representar´a um umbilical de 30 km, utilizado para acionamento de uma MSIP.

2.1 UMBILICAIS SUBMARINOS

Devido ao ambiente no qual s˜ao instalados umbilicais submari-nos, estes necessitam de uma estrutura refor¸cada e diferenciada de li-nhas de transmiss˜ao convencionais. Existe uma grande variedade de de estruturas, formas, materiais utilizados e n´ıveis de tens˜ao. (HAFNER, 2016). O umbilical a ser emulado neste trabalho apresenta estrutura do tipo trif´olio, possui trˆes condutores unipolares, com se¸c˜ao transversal de 120 mm2. ´e revestido por material isolante, camada semi-condutora e blindagem individual, seguindo a norma IEC60502-2, similar a estru-tura apresentada na Figura 2. Este tipo de umbilical ´e formado por trˆes condutores equidistantes, podendo serem de cobre ou de alum´ınio, dependendo da aplica¸c˜ao. Por possuir menor resistividade, o cobre per-mite menor ´area de se¸c˜ao transversal do que alum´ınio, reduzindo custos com os outros materiais que envolvem o condutor, mas possui valor de mercado mais elevado. Outras estruturas de umbilicais desempenham papel importante:

ˆ Isolante, fornece uma barreira entre as estruturas e evita que haja rompimento de diel´etrico durante opera¸c˜ao sob tens˜ao nominal e picos de tens˜oes gerados em transit´orios.

ˆ Blindagens met´alica, confina o campo el´etrico gerado pelo condu-tor. ´E comumente feito de chumbo devido suas caracter´ısticas de impermeabilidade e, em alguns projetos, tˆem sido utilizado para aumentar o peso do cabo e mantˆe-lo est´avel no solo marinho. Devido `a fragilidade do chumbo, requer aplica¸c˜ao conjunta de materiais o reforcem mecanicamente, e por este motivo, n˜ao s˜ao utilizados em umbilicais voltados para plataformas de extra¸c˜ao

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de petr´oleo, na qual a preferˆencia ´e voltada ao cobre.

ˆ Fitas Semicondutora, envolvem os condutores com o objetivo de uniformizar o campo el´etrico dentro do isolante. Evitando o apa-recimento de concentra¸c˜oes de gradientes de tens˜ao em determi-nados pontos e por consequˆencia, rompimento do diel´etrico da camada isolante (HAFNER, 2016).

ˆ Enchimento, serve principalmente para manter a estrutura mecˆanica do umbilical.

ˆ Armadura, geralmente formada por fitas de a¸co, ´e um refor¸co mecˆanico aplicado para suportar esfor¸cos radiais, de tra¸c˜ao e com-press˜ao.

ˆ Circuitos de comunica¸c˜ao, s˜ao utilizados principalmente para sen-soriamento e controle de m´aquinas.

Figura 2 – Representa¸c˜ao de cabo do tipo trif´olio.

Fonte: MARAFFON (2013).

2.2 MODELO DE LINHAS DE TRANSMISS ˜AO

Um sistema de linhas de transmiss˜ao trif´asico pode ser cons-titu´ıdo por trˆes cabos monopolares ou um cabo tripolar. ´E relativa-mente comum encontrar modelos el´etricos para representar umbilicais no qual a corrente do condutor central retorna pela blindagem, para o modelo trif´asico, no qual a corrente retorna de um cabo retorna pe-los outros dois condutores ´e relativamente mais complexa (HAFNER,

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2016). A escolha entre utilizar trˆes cabos monof´asicos ou um trif´asico n˜ao ´e sempre obvia, depende da instala¸c˜ao, dos m´etodos de prote¸c˜ao utilizados, e disponibilidade de fabrica¸c˜ao. Por exemplo, aplica¸c˜oes em corrente alternada (AC) h´a maiores perdas em na armadura para um-bilicais monof´asicos (1C) do que para um umbilicais trif´asicos (3C), entretanto possui pior condu¸c˜ao de calor (WORZYK, 2009). Esta es-colha implica em altera¸c˜oes nos parˆametros de modelos utilizados para representar o emulador, sendo a an´alise anal´ıtica de linhas trif´asicas mais complexa (HAFNER, 2009).

As linhas de transmiss˜ao f´ısicas possuem seus parˆametros el´etricos distribu´ıdos uniformemente, muitos modelos matem´aticos buscam mo-delar o comportamento da linha de transmiss˜ao utilizando parˆametros concentrados, caracterizadas pelos seguintes parˆametros, baseado em Salgado(2016):

ˆ Resistˆencia S´erie - Representa as perdas por efeito Joule, causadas pela resistˆencia s´erie dos condutores.

ˆ Condutˆancia Shunt - Representa as perdas por efeito Joule, de-vido `a fuga de corrente pelo isolamento.

ˆ Capacitˆancia Shunt - Representa o campo causado pela diferen¸ca de potencial entre os condutores.

ˆ Indutˆancia S´erie - Representa a indutˆancia dos condutores devido ao campo magn´etico criado.

A resistˆencia ´e a propriedade mais importante do cabo condutor. Independentemente de ser formado de cobre ou alum´ınio, a resistivi-dade do material varia com a temperatura conforme (2.1). Portanto, dependendo da an´alise ´e necess´ario conhecer a temperatura de opera¸c˜ao do umbilical. (WORZYK, 2009).

ρθ= ρ20· (1 + α(θ − 20)) (2.1) ˆ ρθ

ˆ ρ20 - Resistividade a 20°C Ωmm2/m;

ˆ α - Coeficiente de temperatura de resistividade el´etrica. (1/K) A Tabela 1 apresenta os parˆametros ρ20 e α para os materiais comumente utilizados como condutores em LTs.

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Tabela 1 – Resistividade espec´ıfica e seu coeficiente de temperatura

Copper Aluminium

ρ20 a 20°C, [Ωmm2/m] 0,01786 0,02874

α a 20°C, [1/K] 0,00392 0,0042

Fonte: Baseado em Worzyk(2009).

Existem diferentes modelos el´etricos que podem representar o cabo, dependendo da precis˜ao desejada e do tipo de estudo a ser rea-lizado. Fatores como temperatura, efeito de proximidade e skin, faixa de frequˆencia de interesse devem ser analisados para cada aplica¸c˜ao (RATZE, 2017). Neste trabalho o modelo ´e orientado ao controle, des-considerando acoplamentos entre as fases das linhas de transmiss˜ao devido a complexidade dessa tarefa. Assim considera-se apenas os con-dutores centrais do umbilical, desconsiderando os acoplamentos entre as fases. Portanto para as an´alises dos modelos apresentados s˜ao con-siderados trˆes sistemas monof´asicos magneticamente desacoplados.

2.3 MODELO T-NOMINAL E π - NOMINAL

Neste modelo s˜ao inseridos todos os parˆametros citados acima, conforme apresentado na Figura 3.

Figura 3 – Se¸c˜ao monof´asica do modelo T- Nominal.

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2.4 MODELO T-SIMPLIFICADO

Devido aos baixos valores de condutˆancia shunt comumente en-contrados em LTs estes podem ser desprezados, gerando o Modelo T Simplificado, representado na Figura 4. Da mesma maneira, a se¸c˜ao trif´asica do emulador pode ser montadas utilizando trˆes esquemas mo-nof´asicos, conforme o apresentado na Figura 5.

Figura 4 – Se¸c˜ao monof´asica do modelo T-Simplificado.

Fonte: Desenvolvido pelo Autor.

Figura 5 – Modelo T-Simplificado para LTs trif´asicas.

Fonte: Desenvolvido pelo Autor.

Se o objetivo ´e analisar o cabo em uma faixa de frequˆencia maior do que a fundamental (50 Hz - 60 Hz), uma op¸c˜ao pode ser cascatear m´ultiplas se¸c˜oes individuais. Os indutores e capacitores utilizados neste

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trabalho ser˜ao utilizado tanto no emulador passivo de umbilicais, foco deste trabalho, nos quais o parˆametros n˜ao s˜ao intencionalmente varia-dos, quanto em um emulador ativo de umbilical. A fidelidade de mode-los baseados em parˆametros concentrados depende principalmente da maior frequˆencia de interesse de an´alise. Quanto maior esta for, maior dever´a ser o n´umero de se¸c˜oes, conforme apresentado por (2.2).

N = 8lfmax

v (2.2)

Sendo:

ˆ fmax a maior frequˆencia de interesse na an´alise; ˆ v = 1/√L0· C0;

ˆ l Comprimento do cabo umbilical.

A Figura 6 apresenta se¸c˜oes trif´asicas acopladas em s´erie, com o objetivo de representar o comportamento de um cabo em maior espec-tro de frequˆencias.

Figura 6 – Acoplamento s´erie de se¸c˜oes trif´asicas do modelo T-Simplificado.

Fonte: Baseado em Zubiaga (2012).

2.4.1 Modelagem por espa¸co de Estados

Para encontrar a resposta em frequˆencia da impedˆancia do emu-lador conectado `a uma carga de valor R0, foi utilizada modelagem por espa¸co de estados. Esta modelagem, para o circuito apresentado na Figura 7 ´e representada por (2.3) e (2.4).

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Figura 7 – Acoplamento de duas se¸c˜oes monof´asicas do modelo T-Simplificado.

Fonte: Desenvolvido pelo Autor.

[Y ] = C[X] + Du (2.4) d dtI1= 1 L1 VIN− R1 L1 I1− V1 L1 (2.5) d dtI2= 1 L2 V2− R2 L2 I2− V2 L2 (2.6) d dtI3= 1 L3 V3− R3 L3 I3− V3 L3 (2.7) d dtV1= 1 C1 (I1− I2) (2.8) d dtV2= 1 C2 (I2− I3) (2.9) Portanto, X =       I1 V1 I2 V2 I3       A =        −R1 L1 1 L1 0 0 0 0 1 C1 0 −1 C1 0 0 0 0 L1 2 R2 L2 −1 L2 0 0 0 C1 2 0 −1 C2 0 0 0 0 0 1 L3 R2+R0 L3 −1 L3        ;

(33)

u =VIN I1  B =       1 L1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 L3       C =1 0 0 0 0 0 ;

O resultado para 7 se¸c˜oes encontra-se no Anexo A.

2.4.2 Indutˆancia Pr´opria

A indutˆancia ´e definida como a raz˜ao entre fluxo magn´etico con-catenado e corrente necess´aria para cri´a-lo. Para um indutor cujo o comprimento ´e muito maior do que sua altura, como o indutor re-presentado na Figura 8, a dedu¸c˜ao anal´ıtica da indutˆancia ´e bastante simplificada.

Figura 8 – Indutor longo.

Fonte: Baseado em Bastos (2008).

Utilizando a lei de Ampere: I

P

Hdl = nI (2.10)

Obtendo um caminho magn´etico P, divide-se o mesmo em um caminho interno (Pi) e um caminho externo (Pe), assim a integral de linha de H ´e simplificada para (2.11).

(34)

HiPi+ HePe= nI (2.11) Sabendo que o fluxo magn´etico ´e conservativo, e que Se se es-tende ao infinito, podemos provar que He<< Hi.

µ0HeSe=µ0HiSi (2.12) He= Hi

Si Se

(2.13) Sendo a indutˆancia pr´opria definida por (2.13);

L = nφ I (2.14) φ =µ0HiS =µ0 nI b πR 2 (2.15)

Portanto, para indutores com n´ucleo de ar nos quais o compri-mento ´e muito maior do que o diˆametro a indutˆancia ´e determinada por (2.16).

L = µ0N 2A

b (2.16)

Se o comprimento do indutor n˜ao for muito maior do que seu diˆametro, (2.16) n˜ao pode ser utilizada. A f´ormula exata da indutˆancia pr´opria do indutor depende muito de sua geometria (n´umero de ca-madas, comprimento e diˆametro), e frequentemente envolve resolu¸c˜ao de Equa¸c˜oes de Bessel. Por isso, o uso de aproxima¸c˜oes ´e comumente utilizado para geometrias diferentes. A Eq. 2.17 ´e utilizada para indu-tores de 1 camada, com erro menor que 1% quando b > 0,8a, similar a geometria apresentada na Figura 9 (WHEELER, 1928).

L = 0, 8 a 2n2 9a + 10b  µH (2.17) Na qual:

ˆ a = m´edia do raio externo e interno do indutor (polegadas) ˆ b = comprimento do indutor (polegadas).

(35)

Figura 9 – Indutor de 1 camada.

Fonte: Baseado em Wheeler (1928).

em indutores multicamadas o diˆametro ´e similar ao seu comprimento (WHEELER, 1928). Quando os parˆametros do denominador s˜ao apro-ximadamente iguais, a f´ormula permite precis˜oes de 1 %, entretanto, n˜ao foram encontrados valores do erros associados ao utilizar (2.18) e (2.17) para outras geometrias.

Figura 10 – Indutor de m´ultiplas camadas.

Fonte: Baseado em Wheeler (1928).

L = 0, 8 a 2n2 6a + 9b + 10c



µH (2.18)

Sendo os parˆametros a e b identificados por (2.17), e:

(36)

2.4.3 Indutˆancia M´utua

Analiticamente, a indutˆancia m´utua entre dois indutores posici-onados com eixo central em paralelo, conforme apresentado na Figura 11, ´e determinada `a partir da resolu¸c˜ao de integrais de fun¸c˜oes de Bessel e de Sturges (CONWAY, 2010). Tamb´em pode ser determinada expe-rimentalmente `a partir de resultados de um analisador de impedˆancias, conforme t´ecnica j´a utiliza por Silva (2017), a indutˆancia m´utua do cir-cuito ´e fornecida por (2.28). ´E medida a indutˆancia entre os terminais do indutor L1 para L2 em curto L1(curto), e com seus terminais em aberto L1(aberto).

Figura 11 – Indutˆancia M´utua.

Fonte: Desenvolvido pelo Autor.

Figura 12 – Teste para Determina¸c˜ao de Indutˆancia M´utua.

Fonte: Baseado em Silva (2017).

v1= L1 di1

dt + M di2

(37)

v2= L2 di2

dt + M di1

dt (2.20)

Com os terminais de L2 em curto v2= 0. 0 = L2 di2 dt + M di1 dt (2.21) L2 di2 dt = −M di1 dt (2.22) Substituindo (2.22) em (2.19): L2 di2 dt = −M di1 dt (2.23) v1= L1 di1 dt − M2 L2 di1 dt (2.24) Portanto, Z = (L1− M2 L2 )jω (2.25) =(Z) = (L1− M2 L2 )jω (2.26)

Como L1(aberto)´e a indutˆancia do Indutor 1 na qual os terminais do Indutor 2 est˜ao em aberto. E L1(curto), a indutˆancia medida com os terminais de L2 em curto, obtˆem-se 2.27.

XL ω = L1(curto)= (L(aberto)− M2 L2 ) (2.27) Ent˜ao, M =q(L1(aberto)− L1(curto)) · L2 (2.28) Considerando um indutor conectado `a rede pr´oximo `a outro com seus terminais curto circuitados, podemos encontrar o fator de acopla-mento (k ) entre os indutores. Conforme (HAYT, 1973), a potˆencia instantˆanea no primeiro indutor ´e dada por:

v1i1= L1 di1

dti1 (2.29)

(38)

v2i2= 0 (2.30) Considerando i1= I1: Z t1 0 v1i1dt = Z I1 0 L1i1di1= 1 2L1I 2 1 (2.31)

Considerando i2 constante, tamb´em: Z t2 t1 v2i2dt = Z I2 0 L2i1di2= 1 2L2I 2 2 (2.32)

Entretanto, a energia fornecida pela rede ao Indutor 1 tamb´em inclui a indutˆancia m´utua.

Z t2 t1 v1i1dt = Z t2 t1 M12 di2 dti1dt = M12I1 Z I2 0 di2= M12I1I2 (2.33) Ent˜ao, a energia W armazenada no circuito:

W = 1 2L1I 2 1+ 1 2L2I 2 2− M12I1I2 (2.34) Conforme descrito em Hayt(1973), a (2.34) pode ser expressa em fun¸c˜ao do tempo conforme (2.35) e ent˜ao expressa completando o quadrado, conforme (2.36). Como a energia n˜ao pode ser negativa, esta pode ser descrita por (2.37).

ω =1 2L1i 2 1+ 1 2L2i 2 2− M12i1i2 (2.35) ω =1 2( p L1i1− p L1i1)2+ L2i2i1− M12i1i2 (2.36) M ≤pL1L2 (2.37)

Portanto, o valor m´aximo que a indutˆancia m´utua pode assumir, se todo o fluxo fosse concatenado, ´e√L1L2. A rela¸c˜ao entre o maior valor de indutˆancia poss´ıvel e o valor encontrado ´e chamado coeficiente de acoplamento, expressado por (2.38).

k = √M L1L2

(39)

2.4.4 M´etodo de Elementos Finitos

Devido `a complexidade em projetar solenoides baseadas em suas formula¸c˜oes anal´ıticas, neste trabalho ´e utilizado o m´etodo de elemen-tos finielemen-tos para determinar a geometria do indutor. Embora tenham sido encontradas aproxima¸c˜oes na literatura, tal qual a representada por 2.18 o erro n˜ao ´e conhecido para as v´arias geometrias poss´ıveis. O M´etodo de elementos finitos permite prop˜oe reduzir uma geome-tria complexa em pequenas se¸c˜oes, caracterizando um problema de re-solu¸c˜ao mais simples.

2.4.5 Condi¸c˜oes de Contorno

As condi¸c˜oes de contorno utilizadas para resolu¸c˜ao de problemas magnetost´aticos vˆem em cinco variedades (MEEKER, 2015)

ˆ Dirichlet. Nesta condi¸c˜ao o Fluxo eletromagn´etico perpendicular `

a barreira ´e definido. O uso mais comum ´e ajustar seus coefici-entes para anul´a-lo.

ˆ Neumann. Especifica a derivada do fluxo em rela¸c˜ao `a condi¸c˜ao de contorno. Quando definida δA/δn = 0 o fluxo ´e for¸cado a cruzar a barreira com um ˆangulo de 90°, consistente com superf´ıcies com altas permeabilidades magn´eticas.

ˆ Robin. Esta condi¸c˜ao permite que regi˜oes limitadas imitem o comportamento de uma regi˜ao ilimitada. Prescrevendo uma rela¸c˜ao entre o valor de A e sua derivada em rela¸c˜ao `a barreira.

ˆ Periodic A. Utilizada para unir duas regi˜oes de contorno, igua-lando seus valores de H.

ˆ Antiperiodic Esta fun¸c˜ao ´e similar `a Periodic A, mas os valores atribu´ıdos `as condi¸c˜oes de contorno possuem sinais contr´arios.

O Software FEMM 4.2 possui diversos parˆametros para que se-jam atribu´ıdas as condi¸c˜oes de contorno, a parˆametro tipo Mixed, deno-tada pela express˜ao (2.39) ´e um misto entre a condi¸c˜ao de Neuman e Di-richlet pode ser utilizada para criar condi¸c˜oes de contorno assint´oticas. Este cen´ario ´e uma das maneiras mais simples de simular uma regi˜ao aberta, bastando definir corretamente c0 e atribuindo c1= 0. Tamb´em

(40)

pode ser utilizada para determinar o campo H paralelo ao contorno, atribuindo c1o valor de campo H desejado e c0= 0 (MEEKER, 2015).

 µr µ0

 δA

δn + c0A + c1= 0 (2.39)

Condi¸c˜oes de contorno abertas s˜ao frequentemente utilizadas em problemas em que n˜ao h´a barreira natural ao objeto de simula¸c˜ao, nessas situa¸c˜oes, o desejado ´e que o valor do campo magn´etico gerado seja nulo no infinito. Entretanto, a simula¸c˜ao por elementos finitos necessita de um dom´ınio limitado. Uma maneira mais simples de o fazˆe-lo ´e determinar uma regi˜ao longe suficiente do objeto de simula¸c˜ao, e declarar que neste ponto (H = 0). Entretanto, determinar distˆancia necess´aria para obter uma resposta precisa n˜ao ´e trivial, e para tal, este m´etodo define um dom´ınio de simula¸c˜ao muito maior do que o necess´ario, resultando em tempos maiores de simula¸c˜ao e grandes gastos de energia (MEEKER,2015).

As condi¸c˜oes de contorno assint´oticas permitem utilizar dom´ınios menores de simula¸c˜ao ao cuidadosamente especificar valores de c0 e c1 para uma regi˜ao circular conforme (2.40) e (2.41).

c0= n µ0r0

(2.40)

c1= 0 (2.41)

No qual n ´e dependente da maneira com que o campo do objeto simulado ´e visto `a distancia. Se for n = 1, o objeto ´e forma linhas de formato similar `as formadas por um monopolo.

2.4.6 Efeito de Skin e Proximidade

A varia¸c˜ao da corrente em condutores gera um campo magn´etico existente no interior e exterior do condutor, com a varia¸c˜ao deste campo s˜ao criadas correntes nas bordas do condutor, que alteram a distri-bui¸c˜ao de corrente. Quanto maiores essas correntes secund´arias (Eddy-Currents) maior ´e a altera¸c˜ao da distribui¸c˜ao de corrente no condutor. O aumento da resistˆencia em fun¸c˜ao da frequˆencia ´e um dos maiores desafios em projeto de indutores (BARTOLI, 1996).

Assim, a varia¸c˜ao da resistˆencia devido ao do efeito skin depende da frequˆencia, do material do condutor, e de seu diˆametro. A Figura 13 apresenta uma compara¸c˜ao na distribui¸c˜ao de corrente para condutores

(41)

AWG18, 16 e 12 em 10 kHz, repara-se que quanto maior o condutor, maior ´e a concentra¸c˜ao de corrente em suas bordas.

Figura 13 – Compara¸c˜ao na distribui¸c˜ao de corrente para condutores AWG 18, 16, 12 em 10 kHz.

Fonte: O Autor (2018).

Ao posicionar condutores pr´oximos uns aos outros, `a intera¸c˜ao entre os campos magn´eticos altera a forma com a qual ´e distribu´ıda a corrente, este efeito ´e chamado de efeito de proximidade. Devido `a redu¸c˜ao da ´area pela qual h´a maior densidade de corrente, os efeitos de proximidade e skin n˜ao podem ser ignorados em projetos em que deseja-se controlar a resistˆencia em um espectro de frequˆencia. Na Figura 14 ´e apresentada uma compara¸c˜ao em rela¸c˜ao ao efeito de proximidade em 100 kHz, 10 kHz e DC em cabos AWG18 (1,024 mm de diˆametro) com um afastamento de 1 mm. Para estes casos as resistˆencias em s˜ao de 736 mΩ, 427 mΩ, 418 mΩ, respectivamente. Apenas para efeito de compara¸c˜ao, ao simular isoladamente um cabo do tipo AWG18, a resistˆencia DC ´e de 204 mΩ por metro e em 10kHz ela aumenta para apenas 205 mΩ, demonstrando a intensidade do efeito de proximidade em compara¸c˜ao com o efeito skin.

Figura 14 – Compara¸c˜ao do efeito de proximidade na distribui¸c˜ao de corrente para 100 kHz, 10 kHz e DC.

Fonte: O Autor (2018).

O efeito de proximidade aumenta tamb´em juntamente com o n´umero de camadas de enrolamento no indutor. Em sistemas com

(42)

muitos condutores pr´oximos, o efeito de proximidade pode causar mu-dan¸cas na resistˆencia muito maiores do que as causadas pelo efeito skin, embora tenha recebido menor aten¸c˜ao em livros sobre eletromag-netismo (SMITH, 1971). S˜ao apresentadas na literatura maneiras de calcular analiticamente perdas por efeito skin e de proximidade, as duas maneiras mais conhecidas s˜ao a de Ferreira e a de Dowel. Entretanto, c´alculos anal´ıticos possuem erros que podem exceder 60% (NAN, 2003), sendo que a confiabilidade de cada modelo depende de diversos fatores como formato de onda, frequˆencia, e cabo utilizado.(URLING, 1989). Assim, demonstra-se a necessidade de simula¸c˜ao por elementos finitos. Para reduzir o efeito de proximidade ´e necess´ario aumentar o espa¸camento entre condutores. Foram encontradas an´alises da resistˆencia em fun¸c˜ao do espa¸camento para altas frequˆencias em Smith(1971), mas estas variam muito devido com a geometria. Uma possibilidade seria aumentar a distˆancia entre cada espira, entretanto, desta maneira seria necess´ario um n´ucleo mais comprido para obter a mesma indutˆancia, como pode ser obtido ´a partir de uma an´alise heuristica de (2.18). Ou-tra op¸c˜ao ´e aumentar a distˆancia entre as camadas do indutor.

A distˆancia entre as camadas de espiras d foi variada desde 0,2 mm at´e 10,2 mm em passos de 1 mm, e a resistˆencia foi encontrada para duas frequˆencias DC e 10 kHz. A Figura 15 apresenta a modelagem do indutor com n´ucleo de ar para uma distˆancia d entre as camadas de 10,2 mm. J´a a Figura 16 apresenta o caso em que d = 0,2 mm. Como pode-se observar, em ambas figuras h´a varia¸c˜ao na distribui¸c˜ao de corrente com a frequˆencia.

Finalmente com os valores desta simula¸c˜ao encontramos a va-ria¸c˜ao de resistˆencia com a distˆancia d(cm) considerando o chicote como um condutor formado por 10 cabos AWG 18. A varia¸c˜ao ´e atenuada com o aumento da distˆancia entre as camadas, conforme apresentado na Figura 17. Ao atribuir estas propriedades aos circuitos, o software Femm 4.2 leva em considera¸c˜ao efeitos de proximidade e efeitos skin para AC (MEEKER, 2015).

(43)

Figura 15 – Compara¸c˜ao entre a distribui¸c˜ao de corrente em DC e 10kHz para um distˆancia d = 10,2mm.

Fonte: Desenvolvido pelo Autor.

Figura 16 – Compara¸c˜ao entre a distribui¸c˜ao de corrente em DC e 10kHz para um distˆancia d = 0,2mm.

(44)

Figura 17 – Compara¸c˜ao entre a distribui¸c˜ao de corrente em DC e 10 kHz para distˆancia d = 10,2 mm considerando o chicote como um condutor formado por 10 condutores de cobre AWG 18.

Fonte: Desenvolvido pelo Autor.

2.5 CEN ´ARIO E ESPECIFICAC¸ ˜OES

Neste cap´ıtulo s˜ao apresentado os parˆametros e detalhadas as caracter´ısticas do emulador. As 7 se¸c˜oes s˜ao conectadas em s´erie, con-forme apresentado na Figura 6, percebe-se o aumento na quantidade total de componentes em fun¸c˜ao do n´umero de se¸c˜oes.

2.5.1 Parˆametros do Emulador de Umbilical

Os parˆametros fornecidos para o umbilical est˜ao apresentados na Tabela 2, entretanto, devido aos elevados n´ıveis de tens˜ao e corrente no qual ´e alimenta do sistema em que o umbilical est´a inserido, realizar experimentos no sistema real dificuldades de instala¸c˜ao, custos elevados al´em de riscos de danificar um equipamento de alto valor monet´ario.

´

E necess´ario, portanto, representar o comportamento do umbilical real em n´ıveis de base de tens˜ao e corrente da m´aquina que ser´a utilizada em experimento em bancada. Para tal, o valor por unidade (p.u.) dos componentes que formam o emulador deve ser mantido.

Sendo os parˆametros de base para a m´aquina de m´edia tens˜ao: Sb1= 2500 kV A

(45)

Tabela 2 – Parˆametros distribu´ıdos do umbilical real.

Parˆametro Valor

Indutˆancia 0, 356 mH/km

Capacitˆancia 0, 438 µF/km Resistˆencia 0, 196 Ω/km

Fonte: Baseado em (Ratze, 2017).

Pb1= 2000 kW fb1= 60 Hz Vb1= 13600 V Portanto, Ib1= Sb1 √ 3 · Vb1 cos(φ) = Pb1 Sb1 = 0, 8 Zb13φ = Vb1 Ib1 = 73, 98 Ω Xb13φ = Zb13φ· cos(φ) = 44, 39 Ω Lb1= b13φ ωb = 203, 95 mH Cb1= b13φ ωb = 20, 7 µF Rb1 = q Z2 b1− Xb12 = 102, 51 Ω

Parˆametros de base para a m´aquina de baixa tens˜ao: Sb2= 19 kV A Pb2= 15 kW Vb2= 380 V F Pb2= Pb2 Sb2 φ2= acos(F Pb2) = 0, 66

(46)

Portanto, Zb21φ = Vb2 Ib2 = 13, 16 Ω Yb21φ = 1 Zb21φ = 0, 076 Ω Xb21φ = Zb21φ· sin(φ2)Ω = 8, 08 Ω Lb21φ = b21φ ωb = 21, 432 mH Cb2= b21φ ωb = 20, 7 µF Rb2= q Z2 b1 − X 2 b1= 10, 39 Ω

Finalmente, os parˆametros para o emulador do cabo de 30 km na base da m´aquina de baixa tens˜ao para cada se¸c˜ao s˜ao determinados, conforme apresentado na Tabela 3. A dedu¸c˜ao completa est´a presente no Anexo 1. Os parˆametros do emulador com sete se¸c˜oes est˜ao apre-sentados na Tabela 4. Como estas s˜ao acopladas em s´erie ´e vantajoso reunir as resistˆencias nas extremidades de cada se¸c˜ao em um ´unico com-ponente, exceto pela primeira e ultima se¸c˜ao, conforme apresentado na Figuras 18 e 19.

Tabela 3 – Parˆametros concentrados para emulador em BT.

Parˆametro Valor

Indutˆancia 1, 097 mH

Capacitˆancia 127, 91 µF Resistˆencia 0, 604 Ω

Fonte: Hatze (2017).

Tabela 4 – Parˆametros concentrados para cada se¸c˜ao do emulador.

Parˆametro Valor

Indutˆancia 156, 73 µH Capacitˆancia 18, 27 µF Resistˆencia 0, 086 Ω

(47)

Figura 18 – Acoplamento s´erie das se¸c˜oes.

Fonte: Desenvolvido pelo Autor.

Figura 19 – Topologia do emulador reunindo resistˆencias e indutˆancias s´erie.

(48)

3 PROJETO E SIMULAC¸ ˜OES

Neste cap´ıtulo ´e apresentado o projeto dos indutores, metodolo-gia para escolha do n´ucleo, determinada o n´umero de voltas, escolha do condutor utilizado no indutor, determina¸c˜ao da varia¸c˜ao da resistˆencia em fun¸c˜ao da frequˆencia nos indutores, assim como a determina¸c˜ao da distˆancia necess´aria entre indutores para evitar grandes indutˆancias m´utuas.

Devido altera¸c˜oes de parˆametros durante a execu¸c˜ao do trabalho, ser´a apresentado o dimensionamento de indutores de 99 µH, 157, 72 µH e 78, 86 µH, embora sejam apenas utilizados os de 157, 72 µH e 78, 86 µH, conforme apresentado na Tabela 4. As simula¸c˜oes foram realizadas uti-lizando o software Femm 4.2 por ser um software de simula¸c˜ao eletro-magn´etica der elementos finitos gratuito, simples de se utilizar e muito utilizado pela comunidade acadˆemica. Neste software ´e poss´ıvel reali-zar simula¸c˜oes com dois tipos de geometrias; planar e axissim´etrica. As indutˆancias pr´oprias foram encontradas simulando o indutor no modo axissim´etrico em rela¸c˜ao a seu centro vertical. Tamb´em ´e apresentado script para simula¸c˜ao e dimensionamento de capacitores e resistores.

3.1 INDUTORES

3.1.1 Escolha do N´ucleo

Devido ao elevado n´ıvel de corrente em que o emulador de um-bilical opera, os campos magn´eticos gerados nos indutores podem ser intensos, portanto, a constru¸c˜ao dos indutores com n´ucleo de ferro ou ferrite ´e uma alternativa pouco atraente, dado o volume necess´ario para garantir que os mesmos n˜ao venham a saturar em frequˆencias pr´oximas de 10 kHz. Assim, os indutores foram projetados utilizando n´ucleo de ar (MARAFON, 2013).

Devido `a falta de uma metodologia para projeto de indutores de n´ucleo de ar na literatura no n´ıvel de corrente e faixa de frequˆencia de-sejados, busca-se com este trabalho desenvolver uma. Primeiramente, foi-se definido o tubo de PVC como n´ucleo a ser utilizado, por ser um material leve, de f´acil acesso, baixo custo, isolante, de permissividade semelhante `a do ar (µr ≈ 1), al´em da possibilidade de escolha entre v´arios diˆametros e comprimentos.

(49)

aproximado o n´umero de voltas e comprimento do chicote para que a indutˆancia fosse de 99 µH. Assim, escolheu-se o n´ucleo que reduziria o comprimento de cabo, mas com melhores caracter´ısticas para manufa-tura, para tal foi considerado a solenoide como infinita, conforme (2.16). ´

E o valor inicial utilizado no simulador como n´umero de voltas no in-dutor. Atrav´es de testes interativos foi encontrado o n´umero de voltas que mais se aproxima valor de indutˆancia desejado. Posteriormente, foi-se encontrado atrav´es de simula¸c˜oes que, para a mesma indutˆancia, o tamanho de chicote necess´ario ´e muito menor em um indutor de duas camadas do que para uma ´unica camada.

3.1.2 Escolha do Cabo e Chicote

O cobre ´e um dos materiais mais utilizados em aplica¸c˜oes el´etricas devido `a sua condutividade.(S = 5, 8 · 107). O alum´ınio ´e muito mais barato, mais leve e resistente do que o cobre mas possui maior resistividade(S = 3, 54 · 107). Ambos materiais possuem permeabilida-des muito pr´oximas `a do ar (ur= 0, 99999 para o cobre e µr= 1, 000021 para o alum´ınio). O isolante foi escolhido com o objetivo de redu-zir o trabalho manual de raspagem dos conectores, com isolamento de 155 °C. Foi-se avaliado o uso do fio Litz, uma estrutura formada por v´arios cabos que permite varia¸c˜oes menores dos valores de resistˆencia em frequˆencias mais elevadas, reduzindo as perdas no cobre de induto-res e transformadoinduto-res. Entretanto, n˜ao foi utilizado neste projeto de-vido ao seu custo elevado. A partir de (3.2) escolheu-se o cabo AWG18.

 =6, 62√

f · K = 0, 0662cm (3.1)

2 ·  = 1, 32mm (3.2)

K = 1; Para o Cobre;

A densidade de corrente necess´aria para manter o indutor em n´ıveis seguros de opera¸c˜ao foi determinada experimentalmente, `a partir dos resultados em ensaio de temperatura, apresentados na Tabela 10.

(50)

3.1.3 Determina¸c˜ao do n´umero de voltas

Primeiramente, foi-se desenhada uma estrutura semelhante `a apresentada na Figura 20. No qual W ´e o raio do n´ucleo de ar uti-lizado, E ´e o diˆametro do chicote, e H ´e altura das espiras enroladas. As condi¸c˜ao de barreira utilizada na simula¸c˜oes de indutˆancia foram do tipo Mixed, simulando o indutor em uma regi˜ao aberta. Os Parˆametros c0e c1foram definidos conforme (3.3) e (3.4).

c0= 0 (3.3)

c1=

1

(r · 0, 0254 · π · 4 · 10−7) (3.4) Sendo r o raio da regi˜ao de contorno.

Figura 20 – Principais parˆametros geom´etricos do Indutor. Sendo W o Diˆametro do N´ucleo do Indutor, ’E’ a espessura do chicote utilizado, e H a altura das espiras.

Fonte: Desenvolvido pelo Autor.

A indutˆancia ´e encontrada atrav´es do Fluxo Concatenado/Cor-rente injetada, parˆametros encontrado no menu Circuit Properties do software Femm 4.2. Como pode-se perceber a partir da Figura 21, a densidade de Fluxo ´e muito maior pr´oximo ao n´ucleo do indutor.

(51)

Figura 21 – Linhas de fluxo dos indutores.

Fonte: Desenvolvido pelo Autor.

Tabela 5 – Dimens˜oes dos indutores.

Indutor H (cm) LSimulada(µH) E(mm) n

Indutor 1 5,5 96, 22 0,35 30

Indutor 2 6,2 105, 9 0,4 31

Indutor 3 6,6 161, 1 0,45 41

Fonte: Desenvolvido pelo Autor.

3.1.4 Script em software

Devido as altera¸c˜oes no projeto, percebeu-se a necessidade de se acelerar metodologia que aproximasse o n´umero de voltas necess´ario para montar o indutor. No script desenvolvido em Matlab o usu´ario fornece a indutˆancia desejada, o raio do n´ucleo do indutor, espessura do chicote, e uma tolerˆancia aceit´avel em (µH), ent˜ao o script altera a altura(H) e a largura do indutor (a) conforme (3.5) e (3.6) apresentada na Figura 20 para v´arios casos at´e encontrar geometria adequada dentro

(52)

da tolerˆancia ou extrapolar 10 itera¸c˜oes.

H = n · E (3.5)

a = c · E (3.6)

Assim, o Script fornece, para indutores de 1, 2 e 3 camadas, o n´umero de voltas necess´ario para obter a indutˆancia desejada (n), sua indutˆancia final (L), e o comprimento do chicote `a ser utilizado em sua montagem. Este script est´a melhor detalhado no Apˆendice 1. Como pode-se perceber `a partir da Tabela 6, o comprimento necess´ario de chicote ´e muito maior para indutores com 1 camada, por tal motivo, foi-se escolhido 2 camadas para o indutor de 78, 86 µH. Para os indutores de 157, 72 µH, a compara¸c˜ao entre o n´umero de camadas ´e apresentada na Tabela 7.

Tabela 6 – Resultados do script para indutor de 78, 86 µH, d = 0,4

Camada 1 2 3

n 41 28 26

L(µ H) 79,46 80,75 78,10

D(m) 13,13 8,97 9,07

Fonte: Desenvolvido pelo Autor

Tabela 7 – Resultados do script para Indutor de 157.57 µH, d= 0,5.

Camada 1 2 3

n 84,60 51,00 41,00

L(µH) 156,82 156,96 159,09

D(m) 26,57 16,02 14,17

Fonte: Desenvolvido pelo Autor

3.1.5 Capacitores

Os capacitores s˜ao dimensionados a partir da tens˜ao suportada e do n´ıvel de corrente rms. A simula¸c˜ao no software PSIM com a m´aquina operando em condi¸c˜oes nominais. Na Figura 22 ´e apresentado a topologia NPC que ´e utilizada como VSD e conectada na LT. Foram medidas as correntes em todos os capacitores, cujo os resultados da

(53)

est˜ao apresentados na Tabela 8.

Figura 22 – Simula¸c˜ao de esfor¸co de corrente nos capacitores da LT.

Fonte: Desenvolvido pelo Autor

Figura 23 – Transformada de fourier da tens˜ao e corrente nos Capaci-tores.

(54)

Tabela 8 – Corrente nos capacitores em condi¸c˜oes nominais. Indutor Corrente

Efi-caz (A) I(CLT1a) 1,40 I(CLT2a) 1,30 I(CLT3a) 1,35 I(CLT4a) 1,49 I(CLT5a) 1,67 I(CLT6a) 1,84 I(CLT7a) 1,93

Fonte: Desenvolvido pelo Autor

3.1.6 Distribui¸c˜ao de Corrente

A capacitˆancia por se¸c˜ao foi definida como 18, 27 µF , como apre-sentado na Tabela 4. Existem capacitores de filme comerciais com este valor de capacitˆancia, entretanto, o custo ´e muito elevado. Portanto foram utilizados capacitores de 15, 3 µF (380 V, 0,83 kVAr) em para-lelo com capacitores de 3, 3 µF (1 A, 350 V ). Para que a potˆencia seja distribu´ıda corretamente, a distribui¸c˜ao de corrente foi analisada.

Figura 24 – Distribui¸c˜ao de Corrente nos capacitores

Fonte: Desenvolvido pelo Autor Sendo Xc1 = 2πf C1

1 = e Xc2 =

1

2πf C2 = e considerando a

cor-rente I para o pior caso I ≈ 2 A Ic1= Xc2 Xc2+ Xc1 · I = 1, 67 Arms (3.7) Ic2= Xc1 Xc2+ Xc1 · I = 0, 32 Arms (3.8)

(55)

3.1.7 Resistores

Como apresentado na Tabela 4, a resistˆencia por se¸c˜ao do emu-lador deve ser de 0,086Ω. Para dimensionamento dos resistores foi-se necess´ario subtrair a resistˆencia s´erie dos indutores, encontrada `a partir de teste t´ermico, de 30 mΩ para os indutores de 157, 72 uH.

Figura 25 – Dimensionamento dos resistores considerando a resistˆencia s´erie dos indutores.

Fonte: Desenvolvido pelo Autor

Portanto, para cada se¸c˜ao central, na qual os parˆametros foram reunidos conforme apresentado na Figura 19, o valor das resistˆencias ´e encontrado `a partir de (3.10).

R = Rs + RLS(157 µH) (3.9)

Rs1 = R − RLS(157 µH)= 86 mΩ − 30 mΩ = 46 mΩ ≈ 40 mΩ (3.10) Para os resistores localizados nas extremidades do emulador, a re-sistˆencia necess´aria ´e metade da das se¸c˜oes centrais subtra´ıda da pre-sente nos indutores, conforme (3.11).

Rs2 = R − RLS(78,8 µ )= 43 mΩ − 26 mΩ = 17 mΩ (3.11) A potˆencia dissipada em resistor ´e facilmente determinada por (3.12).

P (Rs1) = Rs1· I2= Rs· 302= 41, 4 W (3.12) P (Rs2) = Rs1· I2= Rs· 302= 23, 4 W (3.13) Por seguran¸ca os valores foram aumentados para P (Rs1) = 50 W e P (Rs2) = 30 W .

(56)

film em placas de circuito impresso para cada uma das 24 resistˆencias presentes no circuito. O objetivo ´e conectar v´arios resistores em para-lelo para que seja obtida a resistˆencia e o n´ıvel de potˆencia desejado, especificado por (3.12) e (3.13).

Figura 26 – Conec¸c˜ao de elementos capacitivos e indutivos `as PCBs.

Fonte: Desenvolvido pelo Autor

Foram escolhidos resistores thick film para as placas PCBs pois suportam potˆencias maiores que 1 W . O conjunto dimensionado para as extremidades do emulador deve suportar potˆencia de 25 W e pos-suir resistˆencia de 25 mΩ. Portanto, ser˜ao necess´arios no m´ınimo 30 resistores de 1 W e resistˆencia de 0, 750 mΩ para cada se¸c˜ao. Como os resistores das extremidades s˜ao reunidos para gerar um resistor de resistˆencia 40 mΩ, s˜ao utilizados 25 resistores de 1 Ω.

(57)
(58)

4 ENSAIOS E RESULTADOS

Neste cap´ıtulo s˜ao apresentados resultados de ensaios relaciona-dos aos componentes manufaturarelaciona-dos. S˜ao apresentadas caracteriza¸c˜oes dos indutores, capacitores e resistores. Assim como resposta em frequˆencia de uma e sete se¸c˜oes.

4.0.1 Equipamentos Utilizados

4.0.1.1 Medidor de Temperatura `a laser - Rainger MX

O Raytek Rainger MX faz medi¸c˜oes de (-30 to 900ºC). Os medi-dores de temperatura funcionam baseados na altera¸c˜ao da emissividade de materiais em fun¸c˜ao da temperatura. Conhecendo a quantidade de energia enviada e a quantidade de energia recebida, assim como a emis-sividade do material que est´a sendo lido. Neste trabalho a emissividade de interesse ´e a emissividade do esmalte isolante do cobre que possui emissividade muito similar a do plastico (≈ 0, 95). A Figura 27 mostra as informa¸c˜oes importantes para a medi¸c˜ao de temperatura apresenta-das no Rainger MX, como emissividade e material.

(59)

4.0.1.2 Analizador de Impedˆancias Agilent 4294a

O analisador de impedˆancias da ´e uma solu¸c˜ao integrada e efici-ente para medi¸c˜ao de componentes e circuitos el´etricos. Existem dois m´etodos para salvar as medidas e os gr´aficos. Pode-se utilizar um disquete, ou conectar o medidor `a rede e obter uma imagem com as capturas do medidor.

Figura 28 – Analizador de Impedˆancia 4294a.

Para obter o resultado das medi¸c˜oes pela rede ´e necess´ario baixar o keysight connection expert. Dispon´ıvel em no site da Keysight → Software → IO Libraries Suite. Ap´os instalado, ´e necess´ario baixar a tabela em VBA do Excel na ´area de Suporte Tecnico do produto. Ap´os instalado o arquivo IOLibSuite, pode-se abrir a tabela no excel, apresentada na Figura 29, selecionar LAN como conex˜ao e ent˜ao inserir o IP do analisador. Quando o estado da Conex˜ao estiver OK pode-se iniciar o segundo passo, inserindo um nome ´unico no campo ’Enter Sheet Name’, ser´a o nome da aba com as aquisi¸c˜oes.

O analisador de Impedˆancias da Agilent 4294a possui trˆes m´etodos de calibra¸c˜ao: User Calibration, Port Extention compensation e Fix-ture Compensation. A escolha da calibra¸c˜ao deve ser feita com base no acess´orio que est´a sendo utilizado. Neste trabalho foram utilizados os acess´orios 16047E e 16048E, para calibr´a-los foi realizado Fixture Compensation em circuito aberto e circuito fechado.

(60)

Figura 29 – Tabela em VBA para transferˆencia de dados entre o com-putador e o analisador de impedˆancias.

4.0.2 Testes Iniciais

O primeiro indutor foi projetado para 99 µH, parˆametro que posteriormente foi alterado em projeto, est´a apresentado na Figura 30. Para determinar o n´umero de voltas de cobre foi inicialmente utilizada a (2.16) e este valor foi utilizado como estimativa inicial no simulador. Depois de algumas itera¸c˜oes com n´umero de voltas e o comprimento necess´ario do indutor para comportar o enrolamento, foi-se definido 16 voltas na primeira camada e 15 voltas na segunda camada.

(61)

se-Figura 30 – Primeiro Indutor Montado.

Fonte: Desenvolvido pelo Autor

Figura 31 – Diagrama de Bode para o primeiro Indutor entre 40 Hz e 10 kHz.

Fonte: Desenvolvido pelo Autor

gundo indutor. Este tamb´em possui 16 voltas na primeira camada e 16 voltas na segunda camada, o aumento do n´umero de voltas foi ne-cess´ario devido ao aumento da espessura do chicote que aumenta o comprimento (H) total do indutor, e portanto, reduz a indutˆancia to-tal. O chicote ´e formado por 8 cabos AWG 18. Por possuir maior ´area

(62)

Figura 32 – Indutˆancia (acima) e Resistˆencia (abaixo) para o primeiro indutor montado.

Fonte: Desenvolvido pelo Autor.

de se¸c˜ao transversal de cobre possui menor resistˆencia. O indutor apre-sentou o diagrama de bode apresentado na Figura 32. Como pode-se perceber a indutˆancia ´e praticamente constante na faixa de frequˆencia desejada (0 Hz - 10 kHz).

Figura 33 – Segundo Indutor Montado.

(63)

Figura 34 – Indutˆancia (acima) e resistˆencia (abaixo) para o segundo indutor montado.

Fonte: Desenvolvido pelo Autor.

4.0.3 Caracteriza¸c˜ao do Indutor Final

Para verificar o comportamento em frequˆencia dos indutores foi utilizado Analisador de Impedˆancias 4294a neste caso, o indutor apre-sentou R = 91, 99 mΩ, C = 109, 761 µF , L = 145, 604 µH, como pode-se observar na Figura 35, a frequˆencia de ressonˆancia do indutor encontra-se em 1, 28 M Hz e este possui a L(10 kHz) e L(DC) menor que 2 µH, apresentada na Figura 36

Figura 35 – Diagrama de Bode para o terceiro indutor.

(64)

Figura 36 – Indutˆancia (acima) e resistˆencia (abaixo) para o indutor final.

Fonte: Desenvolvido pelo Autor.

4.0.4 Caracteriza¸c˜ao dos Capacitores

Foram utilizados 2 capacitores de filme em paralelo sendo um cil´ındrico de 15, 02 µF e outro de 2, 8 µF , selecionados por possu´ırem frequˆencia de ressonˆancia elevadas (131 kHz e 607 kHz) e baixa re-sistˆencia s´erie (3, 91 mΩ e 5, 45 mΩ). Valores medidos, em 1 kHz, na ponte Agilent 4294A com ponteiras 16048a, calibra¸c˜ao em curto e circuito aberto.

4.0.5 Caracteriza¸c˜ao dos Resistores

Os resistores de 25 mΩ apresentaram resistˆencia s´erie de 44,93 mΩ, conforme apresentado na Figura 37.

4.0.6 Comparativo entre os resultados da Simula¸c˜ao e da medi¸c˜ao

Posteriormente, foi-se gerado um comparativo para indutores. Tanto os resultados da simula¸c˜ao foram adquiridos na frequˆencia de 100 Hz. A Tabela 9 mostra os erros relacionados ao considerar o indu-tor como infinito para a geometria utilizada podem exceder 90% para a geometria utilizada, entretanto, tanto (2.18) como os resultados da simula¸c˜ao forneceram resultados aproximados.

(65)

Figura 37 – Indutˆancia(acima) e resistˆencia (abaixo) para o conjunto de resistores de 25 mΩ.

Fonte: Desenvolvido pelo Autor.

Tabela 9 – Comparativo entre diferentes maneiras de calcular in-dutˆancia.

Indutor Eq. 2.16 Eq. 2.18 Simula¸c˜ao Medida

Indutor 1 190,18 94,21 93,50 98, 00

Indutor 2 195,51 100,55 100,27 96, 96

Indutor 3 326,78 162,95 162,89 161, 10

Fonte: Desenvolvido pelo Autor.

4.0.7 Ensaio T´ermico

O ensaio t´ermico consiste em conectar os indutores em uma fonte de corrente cont´ınua e aumentar a tens˜ao at´e que a corrente eficaz seja a nominal (30A), a temperatura ´e medida com o sensor t´ermico Raider MX. ´E desej´avel que a temperatura de opera¸c˜ao dos indutores n˜ao ultrapasse 80°C para evitar que a resistˆencia dos condutores aumente e tamb´em para conserva¸c˜ao dos materiais utilizados.

No ensaio de ventila¸c˜ao for¸cada um ventilador foi posicionado `

a 10cm dos indutores para resfri´a-los, mantendo a temperatura baixa, assim como a resistˆencia.

(66)

Tabela 10 – Temperatura em regime permanente para v´arios indutores. Indutor Tens˜ao (V) R (Ω) T. Indu-tor (°C) T. Ambi-ente (°C) ∆T (C) Indutor 2 1, 1VDC 0, 037 94, 8 26, 5 68, 3 Indutor 3 0, 9VDC 0, 03 50, 6 19, 5 31, 11

Fonte: Desenvolvido pelo Autor.

Tabela 11 – Ensaio t´ermico com ventila¸c˜ao o for¸cada.

Indutor Temperatura

Am-biente(°C) Temperatura Indu-tor (°C) ∆T (°C) Indutor 2 22, 8 40 17, 2 Indutor 3 20, 2 34 13, 8

Fonte: Desenvolvido pelo Autor.

4.0.8 Distˆancia entre os Indutores

Foram posicionados dois indutores lado a lado com uma distˆancia de 5 cm, 10 cm e 20 cm e avaliada a varia¸c˜ao de indutˆancia para o indutor 1 (158, 59 µH) em 10 kHz, conforme apresentado na Figura 38 para o indutor 2 em curto circuito e em circuito aberto. Os resultados encontrados est˜ao apresentados nas Tabelas 12. A partir deste teste, determinou-se que uma distˆancia de 10 cm ´e suficiente para evitar o aparecimento de indutˆancias m´utuas. O coeficiente de acoplamento, obtido a partir de (2.28) ´e apresentado na Tabela 4.0.8.

Figura 38 – Teste de indutˆancia m´utua para as posi¸c˜oes P1, P2, P3.

(67)

Tabela 12 – Indutˆancia de L1 com L2 em curto.

Posi¸c˜ao/Distˆancia 5 cm 10 cm 20 cm

P1 159, 287 159, 312 159, 392

P2 159, 379 159, 312 159, 399

P3 159, 760 159, 774 159, 770

Fonte: Desenvolvido pelo Autor.

Tabela 13 – Indutˆancia de L1 com L2 em circuito aberto.

Posi¸c˜ao/Distˆancia 5 cm 10 cm 20 cm

P1 159, 443 159, 447 159, 440

P2 159, 446 159, 443 159, 448

P3 159, 772 159, 767 159, 763

Fonte: Desenvolvido pelo Autor.

Tabela 14 – Indutˆancia de L1 com L2 em circuito aberto.

Posi¸c˜ao/Distˆancia 5 cm 10 cm 20 cm

P1 4,95 4,60 2,75

P2 3,24 2,91 2,77

P3 1,37 1,04 1,05

Fonte: Desenvolvido pelo Autor.

Tabela 15 – Fatores de acoplamento entre os indutores.

Posi¸c˜ao/Distˆancia 5 cm 10 cm 20 cm

P1 0,031 0,029 0,017

P2 0,020 0,018 0,017

P3 0,009 0,006 0,006

Fonte: Desenvolvido pelo Autor.

4.0.9 Manufatura dos Indutores

Os indutores de 157, 72 µH constru´ıdos possuem indutˆancia m´edia de 160, 84 µH, desvio padr˜ao de 4, 29 e est˜ao todos dentro de 7% de

(68)

to-lerˆancia. O valor de indutˆancia de cada em 100 Hz est´a apresentada na Tabela 16. Para os indutores de 78, 86 µH a indutˆancia encontrada est´a apresentada na Tabela 17. Possuem indutˆancia m´edia de 76, 74 µH, desvio padr˜ao de 3.23 e est˜ao todos dentro de 10% de tolerˆancia.

Tabela 16 – Indutores de 157, 72 µH produzidos para emulador.

Indutor L( µH) Ind1 158,59 Ind2 155,64 Ind3 158,58 Ind4 157,39 Ind5 164,92 Ind6 163,92 Ind7 160,43 Ind8 164,8 Ind9 152,07 Ind10 155,05 Ind11 161,66 Ind12 161,37 Ind13 167,09 Ind14 162,76 Ind15 162,15 Ind16 165,70 Ind17 158,26 Ind18 161,99

Fonte: Desenvolvido pelo Autor.

Tabela 17 – Indutores de 78, 86 µH produzidos para emulador.

Indutor L( µH) Ind19 78,34 Ind20 78,51 Ind21 74,85 Ind22 71,07 Ind23 77,90 Ind24 79,81

(69)

4.0.10 Resistores

Para reunir os resistores thick film em paralelo foram desenvol-vidas placas de circuito impresso.

Figura 39 – Placa de circuito impresso dos resistores.

Fonte: Desenvolvido pelo Autor.

4.0.11 Indutˆancia S´erie

Para avaliar a indutˆancia s´erie monof´asica do emulador, foram sortidos 8 indutores, apresentados na Figura 40, e conectados em s´erie, ent˜ao foi medida a indutˆancia. O valor encontrado foi de 1, 12mH em 1kHz. Na Figura 41 pode-se perceber o aparecimento de m´ultiplas frequˆencias de ressonˆancia devido `a diferentes valores de indutˆancia e capacitˆancias parasitas entre os indutores.

Figura 40 – Medi¸c˜ao de indutˆancia s´erie.

(70)

Figura 41 – Diagrama de bode de indutores em s´erie.

Fonte: Desenvolvido pelo Autor.

4.0.12 Diagrama de Bode da Impedˆancia de Entrada do Emu-lador

Foi comparada a resposta em frequˆencia da impedˆancia te´orica de uma se¸c˜ao do emulador com seus terminais em curto circuito, como apresentado na Figura 42 e modelada pela Eq. (4.2) com seu prot´otipo experimental. Como pode-se perceber na Figura 43, o emulador est´a mais resistivo do que seu modelo te´orico para baixas frequˆencias. Em azul ´e apresentado o modelo te´orico e em vermelho o resultado pr´atico. A Figura 44 apresenta o prot´otipo para ensaio de curto circuito de sete se¸c˜oes, os indutores foram espa¸cados por no m´ınimo 15 cm para evitar o aparecimento de elevadas indutˆancias m´utuas. Observa-se na Figura 45 a resposta em frequˆencia da impedˆancia para o 7 se¸c˜oes do emulador entre 20 e 10kHz, em vermelho e o modelo te´orico, em azul.

Zin= Ve Ie = ((R2+ Ls)1/Cs) (R2+ Ls + 1/Cs) + R2+ Ls (4.1) Zin = Ve Ie = ((Ls 3+ s2(2R) + s(R2/L + 2/C) + 2R/LC) (s2+ R/Ls + 1/LC)) (4.2) ’

(71)

Figura 42 – Ensaio de curto circuito para 1 se¸c˜ao do emulador.

Fonte: Desenvolvido pelo Autor.

Figura 43 – Diagrama de Bode de Impedˆancia de entrada para 1 Se¸c˜ao do Emulador

(72)

Figura 44 – Teste Impedˆancia de entrada 7 se¸c˜oes.

Fonte: Desenvolvido pelo Autor.

Figura 45 – Teste de curto circuito para 7 se¸c˜oes s´erie do emulador.

Fonte: Desenvolvido pelo Autor.

4.0.13 Diagrama de Conex˜oes

O diagrama de conex˜ao entre os componentes se encontra na Fi-gura 46. Os Indutores s˜ao dispostos entre 10cm e 15 cm de cada, para

(73)

evitar que o aparecimento de indutˆancias m´utuas altere seu comporta-mento em frequˆencia.

Figura 46 – Diagrama 2D de conex˜oes.

(74)

5 CONSIDERAC¸ ˜OES FINAIS

A partir da an´alise dos resultados apresentados os indutores montados tiveram valores de indutˆancias pr´oximos do valor desejado, com os efeitos de proximidade aceit´aveis e baixas resistˆencias. Sua resposta em frequˆencia e frequˆencia de ressonˆancia elevada os tornam interessantes para serem utilizados em pesquisas em que a linearidade da indutˆancia para elevados n´ıveis de corrente e frequˆencia ´e necess´aria. As indutˆancias m´utuas encontradas para a distˆancia de 10 cm entre os indutores foram menores do a pr´opria varia¸c˜ao entre os indutores cons-tru´ıdos, devido a t´ecnica de manufatura empregada. E portanto, n˜ao tˆem efeito significativo no comportamento do emulador.

A modelagem do indutor como um bloco s´olido, conforme apre-sentado na Figura 20 e o uso da condi¸c˜ao de contorno aberta e as-sint´otica apresentou resultados satisfat´orios quando a geometria ´e co-nhecida. O uso de script para determina¸c˜ao do n´umero de voltas ne-cess´ario para alcan¸car a indutˆancia desejada encurtou muito o tempo de projeto dos indutores. E, para o projeto atual, mostrou resulta-dos satisfat´orios e auxiliou na escolha do n´umero de camadas e espiras para ambos indutores a partir de n´ucleos pr´e-fixados. Os maiores desa-fios neste projeto s˜ao associados `a modelagem anal´ıtica da indutˆancia pr´opria e m´utua dos indutores. Assim como a manufatura e testes dos 18 indutores de 157,72 µH e dos 6 indutores de 78,86 µH.

Apesar das simula¸c˜oes mostrarem que h´a diminui¸c˜ao de RAC/RDC, conforme o distanciamento entre as camadas do indutor, a inser¸c˜ao de isolante de 5 mm entre elas traria maior complexidade de manufatura e reduziria a varia¸c˜ao de sua resistˆencia em apenas 2 vezes. Entretanto, como discutido, a modelagem dos efeitos de efeitos de proximidade ´e relativamente complexa e altamente dependente da geometria, em al-guns casos, n˜ao podendo ser solucionada por softwares de simula¸c˜ao por elementos finitos 2D.

O teste de impedˆancia de uma se¸c˜ao mostrou que o emulador pos-sui frequˆencias de ressonˆancia em 4, 2 kHz e 6 kHz, e a atenua¸c˜ao de ganho nas frequˆencias de ressonˆancia j´a foi observada em experimentos similares (VENDRUSCO, 2001). Como pode-se perceber a resistˆencia DC e AC est´a maior do que o desejado. Tamb´em, os valores dos resis-tores de 25mΩ s˜ao t˜ao baixos que n˜ao foram atingidos, resultando em maior diferen¸ca entre o modelo te´orico e pr´atico para frequˆencia maio-res. O teste em sete se¸c˜oes em frequˆencias mais elevadas seu comporta-mento ´e comprometido por efeitos de proximidade, skin nos indutores,

(75)

capacitores, e resistores. O desvio entre as frequˆencias de ressonˆancia do modelo devida `a varia¸c˜ao nos valores de capacitˆancia e indutˆancia. H´a aperfei¸coamentos que podem ser realizados no script. Este convergiria para o valor desejado de indutˆancia mais rapidamente se for inserido em um algoritmo de otimiza¸c˜ao.Tamb´em ´e poss´ıvel que haja interesse de melhorar a fidelidade entre a geometria simulada e a geometria manufaturada, j´a que utiliza aproxima¸c˜ao da distˆancia entre o raio externo e interno.

A compara¸c˜ao entre o modelo te´orico entre o modelo do emula-dor e o modelo de parˆametros distribuidos tamb´em configura an´alise interessante. Tamb´em, o detalhamento do modelo te´orico para incluir ofeitos de proximidade e skin. An´alise por Stairs Circuits, modela o au-mento da resistˆencia por efeitos skin e pode ser interessante dependendo da aplica¸c˜ao e frequˆencias de chaveamento (MAGDOWSKI, 2008).

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