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Minimal millennial: uma proposta sustentável aplicada à moda

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM DESIGN DE MODA

JULIANA DIOGO SEVERO

MINIMAL MILLENNIAL: UMA PROPOSTA SUSTENTÁVEL

APLICADA À MODA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

APUCARANA 2017

(2)

JULIANA DIOGO SEVERO

MINIMAL MILLENNIAL: UMA PROPOSTA SUSTENTÁVEL

APLICADA À MODA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II, do Curso Superior de Tecnologia em Design de Moda da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, como requisito para obtenção de título de Tecnólogo em Design de Moda.

Orientador: Prof. Me. Nélio Pinheiro

APUCARANA 2017

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Ministério da Educação

Universidade Tecnológica Federal do Paraná Câmpus Apucarana

CODEM – Coordenação do Curso Superior de Tecnologia em Design de Moda

TERMO DE APROVAÇÃO

Título do Trabalho de Conclusão de Curso Nº 264

Minimal Millennial: uma proposta sustentável aplicada à moda por

JULIANA DIOGO SEVERO

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi apresentado ao primeiro dia do mês de dezembro do ano de dois mil e dezessete, às dezoito horas, como requisito parcial para a obtenção do título de Tecnólogo em Design de Moda, linha de pesquisa Processo de Desenvolvimento de Produto, do Curso Superior em Tecnologia em Design de Moda da UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná. O candidato foi arguido pela banca examinadora composta pelos professores abaixo assinados. Após deliberação, a banca examinadora considerou o trabalho aprovado.

_____________________________________________________________ PROFESSOR NELIO PINHEIRO – ORIENTADOR

______________________________________________________________ PROFESSORA JANETI MARQUES D ANDREA – EXAMINADORA

______________________________________________________________ PROFESSORA CARLA HIDALGO CAPELASSI – EXAMINADORA

“A Folha de Aprovação assinada encontra-se na Coordenação do Curso”.

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“Compre menos, escolha bem e faça durar” Vivienne Westwood

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente aos meus pais, Rose e Marcelo que me deram a oportunidade de estar estudando em uma universidade federal, me ensinaram o caminho do bem e por sempre me incentivarem a fazer o meu melhor. Agradeço também a minha irmã Mariana, por ser a minha companheira e por ter me incentivado à vida acadêmica.

Agradeço à pessoa que, ainda no ensino fundamental, com elogios, rigidez e muita paciência fez de mim apaixonada pelos estudos, minha professora Railda. Agradeço também à minha querida avó Jandira, que com toda sua dedicação me fez apaixonada pela leitura e fascinada por histórias. À todos os meus professores que me fizeram chegar na universidade e à única professora que não me questionou quando eu lhe disse que queria estudar design de moda, Maria Célia.

Agradeço à todos os professores da Coordenação do Curso Superior de Tecnologia em Design de Moda, por esses anos de transmissão segura e paciente de conhecimento, vocês me serviram de profunda inspiração para seguir no caminho da moda. Agradeço principalmente ao professor Nélio Pinheiro, pelo incentivo à execução desse trabalho, por ter sido meu orientador de estágio e por ser uma pessoa humana e gentil, você foi de grande importância na minha formação acadêmica e também pessoal.

Agradeço aos meus amigos, que são como a minha família, nunca me abandonaram e sempre me deram forças para continuar. Agradeço às minhas companheiras de apartamento e à todos aqueles que me ajudaram com esse trabalho, direta ou indiretamente, sem vocês nada seria igual.

Agradeço a uma pessoa que talvez nem saiba da importância que tem na minha trajetória, Namir Pires, com sua doçura, conhecimento por moda e paciência, me ensinou que esse não seria um caminho fácil, porém me incentivou a seguir.

E por último, porém com a maior importância eu agradeço à Deus, por nunca me deixar só e por ser meu guia. “Orar sempre, nunca desistir.”

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RESUMO

SEVERO, Juliana Diogo. Minimal Millennial: uma proposta sustentável aplicada à moda: 2017. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Design de Moda) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Apucarana, 2017.

O presente trabalho busca estudar o consumidor de moda e a sua evolução ao decorrer das décadas, para assim identificar a origem do consumidor minimalista, que além da estética busca um estilo de vida baseado no conceito do minimalismo. Para o desenvolvimento da pesquisa foi utilizada a pesquisa científica aplicada, afim de solucionar o problema do grupo social estudado, desenvolver um produto de moda que se adéque ao estilo de vida minimalista. Tem como objetivo final criar uma coleção de moda que atenda às necessidades desse público-alvo e reflita as suas aspirações quanto ao mundo contemporâneo, através de peças do vestuário que serão desenvolvidas de maneira ética e sustentável.

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ABSTRACT

SEVERO, Juliana Diogo. Minimal Millennial: A sustainable proposal applied to the fashion: 2017. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Design de Moda) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Apucarana, 2017.

The present work seeks to study the consumer of fashion and its evolution over the decades, in order to identify the origin of the minimal consumer, as well as aesthetics, search for a lifestyle based on the concept of minimalism.

For the development of research in the base of applied scientific research, in order to solve the problem of the social group studied, a fashion product was developed that fits the minimalist lifestyle. Its ultimate goal is to create a fashion collection that meets public needs and consumer measures as alternatives.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – "Sem título", Donald Judd...25

Figura 2 – Yohji Yamamoto e criações...26

Figura 3 – Logomarca ...28

Figura 4 – Concorrente indireta: ADA ...29

Figura 5 – Concorrente direta: Flávia Aranha ...30

Figura 6 – Concorrente direta: AHLMA ...30

Figura 7 – Concorrente indireta: Farrapo ...31

Figura 8 – Público-Alvo ...32

Figura 9 – Macrotendência...34

Figura 10 – Painel de referências ...35

Figura 11 – Painel semântico ...36

Figura 12 – Cartela de cores ...38

Figura 13 – Cartela de materiais ...39

Figura 14 – Look 1...40 Figura 15 – Look 2 ...41 Figura 16 – Look 3 ...42 Figura 17 – Look 4...43 Figura 18 – Look 5 ...44 Figura 19 – Look 6 ...45 Figura 20 – Look 7 ...46 Figura 21 – Look 8 ...47 Figura 22 – Look 9 ...48 Figura 23 – Look 10 ...49 Figura 24 – Look 11 ...50 Figura 25 – Look 12 ...51 Figura 26 – Look 13 ...52 Figura 27– Look 14 ...53 Figura 28 – Look 15 ...54 Figura 29 – Look 16 ...55 Figura 30 – Look 17 ...56 Figura 31 – Look 18 ...57 Figura 32 – Look 19 ...58

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Figura 33 – Look 20 ...59

Figura 34 –Geração de alternativas...60

Figura 35 – Ficha técnica 1: Frente e costas...61

Figura 36 – Ficha técnica 1: Materiais ...62

Figura 37 – Ficha técnica 1: Sequência operacional ...63

Figura 38 – Ficha técnica 2: Frente e costas...64

Figura 39 – Ficha técnica 2: Materiais ...65

Figura 40 – Ficha técnica 2: Sequência operacional ...66

Figura 41 – Ficha técnica 3: Frente e costas...67

Figura 42 – Ficha técnica 3: Materiais ...68

Figura 43 – Ficha técnica 3: Sequência operacional ...69

Figura 44 – Ficha técnica 4: Frente e costas...70

Figura 45 – Ficha técnica 4: Materiais ...71

Figura 46 – Ficha técnica 4: Sequência operacional ...72

Figura 47 – Ficha técnica 5: Frente e costas ...73

Figura 48 – Ficha técnica 5: Materiais ...74

Figura 49 – Ficha técnica 5: Sequência operacional ...75

Figura 50 – Ficha técnica 6: Frente e costas...76

Figura 51 – Ficha técnica 6: Materiais ...77

Figura 52 – Ficha técnica 6: Sequência operacional ...78

Figura 53 – Ficha técnica 7: Frente e costas...79

Figura 54 – Ficha técnica 7: Materiais ...80

Figura 55 – Ficha técnica 7: Sequência operacional ...81

Figura 56 – Ficha técnica 8: Frente e costas ...82

Figura 57 – Ficha técnica 8: Materiais ...83

Figura 58 – Ficha técnica 8: Sequência operacional ...84

Figura 59 – Ficha técnica 9: Frente e costas...85

Figura 60 – Ficha técnica 9: Materiais ...86

Figura 61 – Ficha técnica 9: Sequência operacional ...87

Figura 62 – Ficha técnica 10: Frente e costas...88

Figura 63 – Ficha técnica 10: Materiais ...89

Figura 64 – Ficha técnica 10: Sequência operacional ...90

Figura 65 – Ficha técnica 11: Frente e costas ...91

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Figura 67 – Ficha técnica 11: Sequência operacional ...93 Figura 68 – Prancha 1 ...94 Figura 69 – Prancha 2 ...94 Figura 70 – Prancha 3 ...95 Figura 71 – Prancha 4 ...95 Figura 72 – Prancha 5 ...96

Figura 73 – Look confeccionado 1 ...96

Figura 74 – Look confeccionado 2 ...97

Figura 75 – Look confeccionado 3 ...97

Figura 76 – Look confeccionado 4 ...98

Figura 77 – Look confeccionado 5 ...98

Figura 78 – Capa e contracapa - catálogo ...99

Figura 79 – Página de abertura – catálogo ...99

Figura 80 – Página de apresentação – catálogo ...100

Figura 81 – Apresentação do look 1 – catálogo ...100

Figura 82 – Apresentação do look 2 – catálogo ...101

Figura 83 – Apresentação do look 3 – catálogo ...101

Figura 84 – Apresentação do look 4 – catálogo ...102

Figura 85 – Apresentação de look 5 – catálogo ...102

Figura 86 – Apresentação de todos os looks –catálogo ...103

Figura 87 – Créditos – catálogo ...103

Figura 88 – Make-up, hair e produção de stylling ...104

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 13 1.1 Formulação do problema ... 13 1.2 Objetivos ... 14 1.2.1 Objetivo Geral ... 14 1.2.2 Objetivos Específicos ... 14 1.3 Justificativa ... 14 2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS... 15

2.1 Instrumento para coleta de dados ... 15

2.2 Etapas da pesquisa ... 16

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ... 17

3.1 Hiperconsumo ... 17

3.2 Prêt-à-porter ... 18

3.3 Fast fashion, Slow Fashion e aspectos ecológicos ... 19

3.4 Minimal Millennials, moda ética e sustentável ... 22

3.5 Minimalismo ... 24

4 DIRECIONAMENTO MERCADOLÓGICO ... 28

4.1 Empresa ... 28

4.1.1 Nome da marca ... 28

4.1.2 Segmento ... 29

4.1.3 Concorrentes diretos e indiretos ... 29

4.2 Público-Alvo ... 32

4.2.1 Descrição do perfil consumidores ... 32

4.3 Pesquisa de tendências ... 33 4.3. Macrotendência ... 34 4.3. Microtendências ... 34 5 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO ... 35 5.1 Painel de referências ... 35 5.2 Painel semântico ... 36 5.3 Especificações do projeto ... 37 5.4 Cartela de cores ... 38 5.5 Cartela de materiais ... 39 6 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS ... 40 6.1 Fichas técnicas ... 61 6.2 Pranchas ... 94 6.3 Looks confeccionados ... 96 7 CATÁLOGO ... 99

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8 DESFILE ... 104

8.1 Planejamento make-up, hair e produção de stylling ... 104

8.2 Trilha sonora ... 105

8.3 Sequência de entrada na passarela ... 105

9 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 106

REFERÊNCIAS ... 107

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1 INTRODUÇÃO

O consumo é uma ação natural de todo indivíduo, consome-se para satisfazer as necessidades utilitárias e também as necessidades supérfluas. Apesar disso a partir de um certo momento na história as pessoas começaram a consumir para demostrar sua individualidade e se auto afirmar. A partir disso notaram-se grandes mudanças no modo de produção dos bens de consumo, para satisfazer as necessidades desses consumidores.

Na moda, assim como nas outras indústrias, o processo de produção se modificou de acordo com a demanda de produtos. Quanto mais consome-se, mais se produz. A lógica do mercado de moda se acelerou de forma a produzir muito, porém com menor qualidade, esse fato gerou questionamentos sobre o processo de produção atual e a busca por novas alternativas como o upcycling, a reciclagem de têxteis e o uso de materiais de origem natural para produzir uma moda menos poluidora.

Desta forma surge uma nova geração de consumidores, indivíduos que estão à procura de produtos com significado, que sejam desenvolvidos de maneira ética e com uma produção sustentável, esses são denominados consumidores minimalistas, que tem como estilo de vida consumir menos e melhor.

1.1 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

O conceito de minimalismo foi encontrado pela primeira vez no final do séc. XIX, primeiramente no campo das Belas Artes, foi um movimento que procurava diminuir os elementos como base de expressão. Desde então o minimalismo se alastrou para as mais diversas áreas como a música, o design e a tecnologia. Na contemporaneidade esse movimento que antes era apenas de base estética se tornou um estilo de vida.

Acompanhando a mudança da sociedade de consumo, o modelo de produção de moda passou por várias mudanças desde que se instituiu, no entanto ao notar tais alterações, um nicho específico de consumidores de moda começou a se preocupar com os danos causados pelo consumo exacerbado. O consumidor minimalista, como é apresentado, não quer romper com a sociedade de consumo,

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porém não concorda com a sua estrutura e quer alterá-la, ele consome o que é necessário e é consciente das suas escolhas.

A partir disso foi encontrado um problema: será possível repensar as formas de produção do produto de moda, para que ele se adéque ao estilo de vida minimalista?

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

Estabelecer uma conexão entre a estética e o estilo de vida minimalista e a partir disso criar uma coleção de moda que supra as necessidades do público-alvo escolhido.

1.2.2 Objetivos Específicos

 entender a lógica da sociedade de consumo pós moderna;

 contextualizar qual a influência dos anseios da sociedade pós moderna no desenvolvimento e evolução dos processos de produção de moda;

apresentar o público Minimal Millennial como catalisador de uma mudança;  analisar o minimalismo como estética e estilo de vida;

 apresentar os princípios da moda ética e sustentável que serão a base da marca desenvolvida no presente trabalho.

1.3 JUSTIFICATIVA

O produto de moda minimalista não é só um produto, ele compõe um estilo de vida. Com isso o propósito desse projeto se alinha com os ideais do público-alvo em busca de uma marca que tenha essência, respeite o meio ambiente, utilize como base os princípios da moda ética e sustentável, com um design contemporâneo e atemporal, pois como menciona Carvalhal (2016, p.13), “Nenhuma empresa sobrevive descolada das aspirações contemporâneas. A inovação nunca existirá se estiver desalinhada com os ideais de uma época. ”

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2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para o desenvolvimento dessa pesquisa foi utilizada a pesquisa científica aplicada, que segundo Almeida (2011), tem como objetivo fazer uso de conhecimentos que já são difundidos e com isso solucionar problemas organizacionais ou do ser humano.

No caso abordado pretende-se solucionar o problema de um grupo social específico que procura por um produto que se adéque ao seu estilo de vida.

A presente pesquisa classifica-se de caráter exploratório e por meio da pesquisa bibliográfica em livros, revistas e meios digitais, foi possível familiarizar-se com a área de estudo e delimitar o tema abordado.

A abordagem escolhida para essa pesquisa é qualitativa, visto que a representação numérica não deixaria evidente qual é a real necessidade do público-alvo desse trabalho. Segundo Silveira; Cordova (2009), a pesquisa qualitativa se preocupa em aprofundar-se e compreender o grupo social estudado.

2.1 INSTRUMENTO PARA COLETA DE DADOS

A escolha do público para aplicação do questionário foi feita considerando que o indivíduo faça parte do grupo social estudado, para que assim a pesquisa seja eficiente e verídica, visto que os desejos desse público são específicos e sua opinião é determinante para o desenvolvimento da pesquisa.

Para a divulgação do questionário foi utilizado um grupo na rede social Facebook, denominado “Projeto Beleza Minimalista – consumo consciente e sustentabilidade” no qual os participantes têm interesse no produto a ser desenvolvido ao fim do presente trabalho, esses participantes são consumidores minimalistas e, portanto, são o público-alvo deste trabalho.

O questionário aplicado foi composto por perguntas abertas e fechadas, para chegar o mais próximo da opinião do público estudado, identificando seus interesses para satisfazer suas necessidades.

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2.2 ETAPAS DA PESQUISA

I. Pesquisar sobre o consumo de moda chegando até o consumo minimalista; II. Formular perguntas para a identificação das necessidades do público-alvo; III. Seleção dos entrevistados;

IV. Aplicação do questionário;

V. Análise e transcrição das respostas e opiniões recebidas após aplicação do questionário;

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3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1 Hiperconsumo

A sociedade atual é composta por distintos grupos e comportamentos, cada grupo se manifesta de acordo com seus costumes e crenças, a moda é um dos meios de expressão para esses grupos que usam da indumentária para manifestar-se como indivíduos únicos dentro da coletividade. Segundo Pollini (2007), hoje não se pode afirmar que moda é apenas o que se veste, ela envolve comportamento, linguagem, opiniões e escolhas estéticas das mais diversas.

A base do sistema de moda como se conhece hoje, roupas prontas para vestir a disposição nas lojas, surgiu em meados do século XX e “foi a partir do final dos anos 1970, que a noção de pós-modernidade fez sua entrada no palco intelectual com o fim de qualificar o novo estado cultural das sociedades desenvolvidas” (LIPOVETSKY, 2004, p.51).

Com a introdução da pós modernidade na sociedade, alguns pensamentos entraram em decadência, o domínio de Deus começou a ser questionado, a prosperidade e o desenvolvimento tecnológico geraram a idealização da realização pessoal e com essa ideia surge o individualismo, que sem dúvidas é de grande importância para o desenvolvimento da moda (POLLINI, 2007), pois a liberdade de expressão faz com que a demanda por produtos cresça, visto que todos os indivíduos querem expressar sua singularidade e a moda busca satisfazer esses diferentes públicos.

O neologismo pós-moderno tinha um mérito: salientar uma mudança de direção, uma reorganização em profundidade do modo de funcionamento social e cultural das sociedades democráticas avançadas. Rápida expansão do consumo e comunicação de massa; enfraquecimento das normas autoritárias e disciplinares; surto de individualização; consagração do hedonismo e do psicologismo; perda de fé no futuro revolucionário (LIPOVETSKY, 2004, p.52)

O surto da individualização fez com que os objetos, assim, convertessem-se na extensão da identidade dos próprios indivíduos, parte importante nas representações que fazemos de nós e dos outros, (CALDAS, 2004). Com isso o termo pós-moderno segundo Lipovetsky (2004), era ambíguo e vago, sendo que ele já não era capaz de exprimir o mundo que se anunciava. Era chegado o período do “hiper”,

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do pós ao hiper, a pós modernidade foi somente um estágio de transição que já não representava uma época.

Já faz tempo que a sociedade de consumo se exibe sob signo de excesso, da profusão de mercadorias: pois agora isso se exacerbou com os hipermercados e shopping centers, cada vez mais gigantescos, que oferecem uma pletora de produtos, marcas e serviços. Cada domínio apresenta uma vertente excrescente, desmesurada, “sem limites”. (LIPOVETSKY, 2004, p. 54-55).

Com a sociedade ávida por consumir, surge um novo estilo de vida e com ele avançam as mudanças no modo de produção dos bens de consumo. Na indústria da moda essa modificação também ocorre, para acompanhar o desejo do consumidor de adquirir de maneira rápida.

A hiperconectividade também influenciou diretamente o aumento do consumo, as pessoas estão a todo tempo consumindo e sendo bombardeadas por informação, podendo adquirir produtos com apenas alguns cliques, a compra se torna mais fácil, rápida e a responsabilidade pelo consumo menor.

3.2 Prêt-à-porter

Em simultâneo a essa sociedade ávida por consumir, surge no cenário da moda em 1960 o prêt-à-porter, que deriva do americano ready-to-wear, sua tradução pode ser “pronto para vestir”, são roupas como as que se encontram para venda nos dias de hoje, com modelagens e tamanhos pré-definidos a disposição nas lojas. O mercado de moda é quase integralmente composto por peças prêt-à-porter (POLLINI, 2007).

Após a Segunda Guerra Mundial, durante a reconstrução europeia, o desejo pela moda se expandiu, a população passou a ter maior poder de compra e com isso exigir mais variedade e oferta do mercado. Por consequência foi necessário contratar estilistas para desenvolver as peças prêt-à-porter, que ainda usavam como inspiração as criações da Alta Costura (LIPOVETSKY, 1989).

De acordo com Feghali e Shmid (2008), o prêt-à-porter foi resultado das novas tecnologias desenvolvidas durante a guerra e um fator relevante para a democratização da moda, Cidreira (2005) acrescenta que além desse fator, foi o marco do “afloramento do consumo acelerado”.

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O novo modelo de produção visava uma criação em massa e mais acessível, diferente do modelo predominante até o momento a Alta Costura, que desenvolvia roupas sob medida para os burgueses da época, uma produção demorada e cara. Segundo Lipovetsky (1989) a era do prêt-à-porter coincide com a emergência de uma sociedade voltada para o presente, euforizada pelo novo e pelo consumo.

É importante ressaltar que desde os anos 1970, segundo Lipovetsky (2004), a temática dos “estragos do progresso” tem repercussão significativa, na moda não será diferente, movimentos que vão contra o excesso do consumo vão surgir em meio à crescente demanda por produtos e novidades.

3.3 Fast fashion, Slow Fashion e aspectos ecológicos

O conceito de fast fashion nasce no final dos anos 1990, como uma expressão disseminada pela mídia que indica a alteração cada vez mais veloz da moda (DELGADO, 2008). As marcas pioneiras nesse seguimento são Zara e H&M, marcas europeias que detectaram na população um desejo eminente de consumir e criaram um modelo de negócio que atraísse esse novo nicho de mercado.

O fast fashion trabalha sobretudo com roupas de ciclo curto, estilistas costumavam trabalhar com duas coleções anuais, primavera/verão e outono/inverno, hoje são até 18 coleções em um ano (PubliFolha, 2014), essas coleções são denominadas coleção cápsula. Essas roupas têm a função de atender um público insaciável em busca de novidade, querendo adquirir rapidamente as tendências lançadas pelas semanas de moda.

Segundo o site UseFashion, o tempo começou a ser o vetor mais importante no mercado da moda em todas as etapas da produção, desde a pesquisa até a distribuição, modificando um sistema que se manteve por décadas, onde as coleções eram desenvolvidas e lançadas semestralmente, tempo esse que vem se modificando e diminuindo nos últimos anos.

Além disso as empresas têm como maior objetivo o lucro, tendo pouca ou nenhuma preocupação com as etapas da produção, matéria-prima, preparação e acabamento, sem falar nas condições em que essas peças são produzidas. Oferecem aos consumidores produtos de qualidade intermediária, com preços competitivos e lançamentos em curtos períodos.

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Os preços baixos levaram a uma mudança no hábito de comprar e vestir. Muitas vezes, as peças são compradas em quantidades e logo descartadas, já que são percebidas como de pouco valor. A qualidade do tecido é ruim e não raro a confecção da peça não sobrevive à lavagem, encorajando a compra de uma nova. Desejos ilimitados, amparados por tendências que mudam rapidamente, são atendidos com produção ilimitada. (FLETCHER; GROSE, 2011, p. 128)

O sistema fast fashion é a resposta para a sociedade “hiper”, que está sempre procurando pelo novo e anseia por consumir, o consumo que se transformou em consumismo. Segundo Delgado (2008), desde os anos 1960 a moda foi ganhando agilidade e a partir dos anos 1980 além de globalizado, o consumo ganha notoriedade e velocidade. Porém, segundo Carvalhal (2016, p. 42) “a sociedade atual do consumo está em decadência, o acúmulo e o desperdício devem desaparecer e dar lugar ao consumir o mínimo e melhor possível”.

Um problema causado pela indústria globalizada e fast é que segundo Fletcher; Grose (2011), os produtos que vão para venda nas lojas, mesmo que cheguem rapidamente e contenham em sua estrutura visual os elementos tendência da época, são quase sempre homogêneos, pois como o processo de pesquisa e criação tem que ser rápido para que a distribuição também seja, as grandes empresas acabam deixando essa etapa de lado e usam os lançamentos das semanas de moda como inspiração. Com isso a expressão individual é destruída, já que os produtos oferecidos são sempre parecidos e como para a sociedade pós-moderna a individualidade é muito importante na hora de escolher adquirir um produto, é necessário procurar alternativas para satisfazer suas necessidades.

Sendo assim, após anos de êxito do modelo de produção fast fashion, os consumidores preocupados com a sustentabilidade no mercado da moda, começaram a questionar se essa indústria é realmente ideal, possivelmente estando perto de uma nova transição, para o modelo de produção slow fashion que prioriza a moda lenta, sustentável e com significado.

Na mesma época em que floresce o fast fashion, nasce o slow fashion um movimento que vem contra o ritmo acelerado ditado pela moda, diminuindo o anseio pelo consumo, priorizando a qualidade das peças, o contato da empresa com todas as partes da produção desde a fabricação do substrato têxtil, preparação e beneficiamento, até a confecção, distribuição e seu relacionamento com o consumidor final. Segundo Carvalhal (2016) nesse modelo de produção o lucro deixa de ser a razão de existir e passa a ser consequência natural da realização de um propósito.

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O movimento de moda lenta, ou slow fashion, é mais do que simplesmente eliminar da moda as partes ruins. “Lento” não é mero descritor de velocidade. Representa uma visão de mundo diferente, que específica um conjunto distinto de atividades de moda para promover o prazer da variedade, a multiplicidade e a importância cultural da moda dentro de limites biofísicos. A moda lente requer uma infraestrutura modificada e uma produção reduzida de produtos. (FLETCHER;GROSE, 2011, p. 128)

O questionamento sobre porquê existe tanta preocupação ambiental no setor têxtil e moda pode ser respondido com a constatação de que a moda, segundo o documentário The True Cost, é a segunda empresa mais poluente do mundo perdendo apenas para a indústria petrolífera. Problemas causados aos agricultores em decorrência do uso de agrotóxicos no cultivo do algodão, a grande quantidade de petróleo usado na fabricação das fibras sintéticas, o descarte de produtos têxteis de maneira inadequada, são apenas alguns dos problemas causados por essa indústria que prega o materialismo e fatura bilhões vendendo uma falsa sensação de felicidade ao consumir.

Segundo a BBC (2017), para a produção de fibras sintéticas e posterior confecção de vestuário são destinados anualmente 70 milhões de barris de petróleo, que demoram certa de 200 anos para se decompor, já que como explica Fletcher e Grose (2011), os microrganismos carecem de enzimas para decompor esse tipo de material no meio ambiente.

As fibras naturais também podem causar problemas ambientais, visto que para o cultivo do algodão segundo Fletcher e Grose (2011), são investidos anualmente US$ 2 bilhões em pesticidas, dos quais mais da metade é classificada pela Organização Mundial da Saúde como sendo de alto risco e tóxica para os agricultores, causando mais de 20 mil mortes anualmente, em sua maioria nos países em desenvolvimento, onde é feita a maior parte da cultura do algodão.

Contudo, é necessário analisar que a produção de fibras têxteis é apenas um dos processos que constituem a produção do vestuário. Para que o produto seja competitivo no mercado, as grandes empresas terceirizam a confecção das peças em países em desenvolvimento, muitas vezes explorando os trabalhadores da região que trabalham em situações sub-humanas e por vezes se utilizam de trabalho escravo infantil, (The True Cost, 2015).

No processo de beneficiamento têxtil também ocorrem problemas de degradação ambiental, o tingimento das peças causa a poluição dos rios e mares e com isso a perda de biodiversidade aquática. Fletcher e Grose (2011) propõe que para

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uma nova era da moda o propósito não seja atender os padrões da indústria, que a cada dia acelera o processo de produção, o propósito é trabalhar de acordo com o que a natureza pode fornecer, preservando a fauna e flora restantes no mundo, adaptando processos e diminuindo a produção para diminuir a quantidade de resíduos descartados no ambiente.

3.4 Minimal Millennials, moda ética e sustentável

Dissemelhante da sociedade que se apresentava no final dos anos 70, a sociedade do hiper, que trouxe junto com sua aparição o anseio pelo consumo e o individualismo acentuado, os Minimal Millennials apresentam-se como indivíduos que se preocupam com o meio ambiente e com o coletivo.

Segundo o texto Educação Ambiental, é possível constatar que foi a partir dos anos 1970 que o mundo começou a se preocupar com a educação ambiental e promover conferências para discutir sobre sustentabilidade. No Brasil em 1973 foi criada a Secretaria Especial do Meio Ambiente (Sema) e com isso o começo da institucionalização da Educação ambiental, em 1981 com a Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA) foi instituído a inclusão da educação ambiental em todos os níveis de ensino.

Os Millennials ou Geração Y são as pessoas nascidas entre o fim da década de 1980 até meados dos anos 2000, têm entre 19 e 35 anos de idade aproximadamente. Nascem junto a esse cenário, aprendem na escola que é necessário se preocupar com o meio ambiente e tal qual cita Carvalhal (2016), são indivíduos que têm uma relação mais íntima com as questões ambientais e sociais, valorizam o desacelerar do mundo, pois nasceram junto a uma sociedade acelerada e frenética.

Essa geração está em busca de significados, não se contenta com o que é superficial, está atenta a tudo que gosta e como tem fácil acesso à informação, pois é a geração que nasceu na era digital, sempre procura informações sobre o que tem interesse. São críticos, seletivos, têm facilidade em estabelecer relações interpessoais, se preocupam mais com o coletivo do que as outras gerações e são mais conscientes sobre o futuro.

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Segundo estudo realizado pela empresa de pesquisa de mercado Harris Poll e pela Eventbrite Inc, publicado pela revista exame, a geração Y quer absorver culturas, viajar o mundo, querem ter dinheiro, mas só para os pequenos luxos e preferem pagar por uma experiência a pagar por bens materiais. Com isso, é necessário que os produtos sejam atraentes, tenham qualidade e se destaquem no mercado, pois os novos consumidores são exigentes e como cita Feghali; Shmid, (2008) a aparência do produto só gera o impulso da compra, porém o que agrega valor a ele é o design que traz consigo inovação e qualidade.

Os Minimal Millennials são um nicho dentro dessa nova geração, são éticos e estão aos poucos promovendo uma revolução, pois sabem que as regras do passado não têm mais êxito nessa nova época. Priorizam a liberdade de escolha e procuram sempre produtos que se adéquem ao seu estilo de vida (LOIOLA, 2009).

Portanto, segundo Mendes (2017), os Minimal Millennials sabem que o mundo precisa de uma mudança e agora é o momento de agir em conjunto, a fim de encontrar soluções para problemas que se instalaram á décadas. Desta forma, todos precisam ajudar com o objetivo de que essa transformação ocorra e a moda pode participar dessa mudança fazendo com que a nova geração imagine e de fato crie um futuro diferenciado.

O conceito de sustentabilidade está associado a desenvolver produtos para a atual geração satisfazendo suas necessidades e desejos sem comprometer futuras gerações. Nesse aspecto a moda com seu ciclo de vida cada vez mais curto e com coleções capsulas sendo lançadas o ano todo, demonstra-se um tanto quanto insustentável, sendo necessário repensar o seu processo de produção e a forma de consumo do produto. (SALCEDO 2014)

Segundo Salcedo (2014), existem estratégias de design para a sustentabilidade, dentro dessas estão o processo do design e suas vertentes, desde a construção da peça até o cuidado pós compra. Na construção da peça deve-se pensar na seleção dos materiais, na vida útil das peças desenvolvidas, em reduzir as perdas e resíduos; o pensamento no bem-estar social deve estar alinhado com o processo de criação.

No pós compra é necessário pensar na gestão dos resíduos gerados e no descarte, é importante criar laços entre o usuário e a peça, para que o descarte não seja a primeira opção quando a peça já não for mais atrativa para aquele que a adquiriu, sendo possível o seu reaproveitamento.

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A moda ética consiste em um processo de produção justo para todas as partes envolvidas, desde o desenvolvimento do design até a produção da peça e o produto pronto, sem que alguma parte desse processo seja desvalorizada, sendo que todas as etapas têm real importância e todos os profissionais devem ser respeitados.

O minimalismo aplicado à moda transforma um produto em um estilo de vida, os laços emocionais são intensificados aliando a moda ética e sustentável com um design atemporal. O pensamento coletivo é maior que a rápida satisfação de adquirir uma peça e logo descartá-la, substituir por uma nova não é a melhor opção.

3.5 Minimalismo

O minimalismo aparece na história primeiramente como um movimento das Belas Artes no final do século XIX. Segundo Strickland (2004), esse movimento ocorreu nos Estados Unidos mais precisamente entre os anos de 1960 e 1970 e embora alguns pintores como Robert Ryman, Brice Marden, Robert Mangold e Agnes Martin sejam considerados minimalistas, a escola do design minimalista foi fundada por um escultor, Donald Judd que descrevia o minimalismo como uma forma de eliminar o que não era essencial para a arte.

O legado do minimalismo foi reduzir a arte a sua maneira mais pura, a forma, por isso o uso de elementos geométricos é muito presente nas representações. A figura 1 se refere a uma escultura desenvolvida por Judd, ela foi desenvolvida com blocos de metal presos em uma parede, formando uma prateleira. É uma arte abstrata, que não tem nenhuma menção ao artista e deixa o expectador livre para observar a obra, sem influência da emoção.

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Fonte: Arte Comentada: Da Pré-História ao Pós-Moderno (2004)

Na moda minimalista segundo Callan (2007), o termo apareceu pela primeira vez na década de 1980 e era sinônimo de uma tendência sem excessos, que tinha como base para criação tons neutros e modelagens em formas geométricas, que só ficaram populares nos anos 1990 através de estilistas japoneses que trabalhavam na Europa. As roupas minimalistas têm corte simples, porém são feitas com matéria-prima de qualidade.

Yohji Yamamoto e Rei Kawakubo, designers que trabalhavam em Paris e introduziram a sua nova forma de pensar moda com a silhueta oversized, a desconstrução da modelagem e uso de cores neutras para a criação de peças do vestuário (Figura 2). Ficaram conhecidos em todo o mundo pela revolução que causaram, pois, a moda das décadas anteriores era extremamente exagerada, o oposto do que era proposto pelos designers. A sociedade da época hesitou e não deu

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crédito para a criação dos estilistas ao ser lançada, porém a análise do desfile feita pelo o Libération, nomeou os japoneses como reis da moda francesa (BAUDOT, 2000).

Fonte: Yohji Yamamoto (2000)

O minimalismo como tendência de moda já é muito conhecido, pode-se dizer que assim foram criados os básicos e essenciais da moda, porém o minimalismo como forma de consumo e estilo de vida é uma criação do séc XXI.

Entende-se como estilo de vida, segundo Giddens (2002) um conjunto de práticas de um indivíduo que preenche necessidades utilitárias, mas além disso dá forma e narrativa característica a sua própria identidade, ou seja, o estilo de vida minimalista vai além do consumo como ato de adquirir algo, é o ato de consumir significado e propósito.

Segundo o texto Minimalismo contra o consumismo desnecessário, o estilo de vida minimalista se baseia no que é necessário e importante, o minimalista quer viver com menos e isso não significa não possuir recursos para adquirir produtos, significa se livrar do excesso para poder priorizar o que é realmente importante, estar com quem ama e fazer o que gosta. Um pensamento diferente de uma nova geração que criou um novo nicho de consumidores, os minimalistas.

Com relação ao modo de consumir moda, o fast-fashion já não é adequado a esse tipo de consumidor, pelo impacto que causa ao meio ambiente, por ser

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improvável conhecer todas as etapas do processo de produção de uma peça e porque as roupas homogêneas e as tendências não têm significado para esses consumidores. A nova geração prefere o modo de consumo slow fashion, valoriza o mercado local e está atenta para a origem dos produtos que consome, sabendo que todo consumo causa um impacto no meio ambiente.

Vale dizer que consumir não é ruim. A gente consome tudo o tempo todo: o ar, as relações, comidas, roupas… Mas todo consumo tem um impacto. E esta traz consigo a ideia de responsabilidade. O que escolhemos comprar pode mudar o rumo do planeta. O consumo sem consciência gera impactos negativos. (CARVALHAL, 2016, p. 54)

É importante ressaltar, como descreve Rojas e Mocarzel (2015, p.135), “os minimalistas querem apenas reduzir os ímpetos da sociedade de consumo, sem

necessariamente deixar de fazer parte dela”, ou seja, eles se preocupam com a

procedência do que consomem, estão atentos ao impacto que causam no meio ambiente ao consumir, porém não são anticonsumistas, querem consumir menos e melhor.

Pode-se então concluir que o termo “consumo minimalista” em primeiro momento associa-se a indivíduos que não consomem ou que boicotam empresas, quando na realidade o que existe é uma preocupação ambiental com o impacto causado pelo consumo exacerbado (NEGRETTO, 2014). Existe também uma necessidade de ter menos para se sentir melhor, na moda isso pode se assemelhar com as criações propostas por Yamamoto nos anos 1990, que vão contra os excessos seja em volume, acessórios ou cores. Outro ponto a ser considerado é a matéria-prima, que para durar tem que ser de qualidade e de preferência de procedência confiável. Ou seja, uma roupa que cause menos impacto ao meio ambiente, seja de boa qualidade e atemporal.

Esse estilo de vida vem sendo divulgado por diversos meios de comunicação. Blogs como o Minimal Millennial, Consumenos, Minimalizo e Sou Minimalista são alguns exemplos, o livro “A mágica da arrumação” de Marie Kondo, o documentário

The Minimalists, além de grupos em redes sociais como o facebook que são usados

para debate e troca de informação entre pessoas adeptas a esse estilo de vida. É um mercado consumidor que está crescendo, pois, à medida que as pessoas se conscientizam do impacto que o consumo causa no meio ambiente, mais pessoas aderem a causa.

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4 DIRECIONAMENTO MERCADOLÓGICO

4.1 Empresa

Com o propósito de tornar concreto o estudo apresentado no presente trabalho, este tópico contém todas as informações sobre a marca.

4.1.1 Nome da marca

A marca recebe o nome de INSIDE, palavra que tem origem inglesa, cuja tradução para o português significa “dentro”, algo que está no interior. A marca tem esse nome pois traz consigo o conceito de uma moda ética e sustentável, conceitos que fazem parte de um estilo de vida que para ser praticado, antes, nasce intrínseco com uma vontade de mudança e se manifesta depois em ações.

A INSIDE tem em sua essência respeito pelos seus funcionários, pelo seu consumidor e pela natureza, além de ser uma marca que preza por peças duráveis, confortáveis, versáteis, com design atemporal e minimalista. É uma marca que se importa com tudo que acontece antes da peça pronta, pois o que realmente deve ser considerado na concepção de um produto é muito maior que somente a estética.

A INSIDE é uma marca com essência.

Fonte: Autoria própria (2017) Figura 3 – Logomarca

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4.1.2 Segmento

O segmento de atuação da marca pertence ao estilo Casual Wear, voltado para o público feminino.

4.1.3 Concorrentes diretos e indiretos

Fonte: <https://www.conceitoada.com/> acesso em: 19/08/2017

ADA é uma concorrente indireta da marca INSIDE pois trabalha com peças de design minimalista, usando somente tecidos de composição natural para desenvolver suas criações, porém o conceito das marcas se diferem em alguns aspectos. ADA se inspira em grandes mulheres da história para nomear as suas roupas, cada uma das criações tem o nome de uma mulher que marcou a história. A marca oferece as suas clientes produtos minimalistas, com o intuito de que cada uma tenha liberdade de se expressar à sua maneira, cada mulher sendo o que ela gostaria de ser, sem padrões. A marca trabalha somente com o comércio online não tem loja física.

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Fonte: <http://flaviaaranha.com/> acesso em: 19/08/2017

Flávia Aranha também é uma concorrente direta da marca INSIDE, a sede da marca fica em São Paulo-SP, porém também trabalha com a loja online. A marca trabalha com a estética minimalista para desenvolver peças atemporais, utiliza nas suas criações somente tecidos naturais e orgânicos, além disso tinge e estampa suas próprias peças utilizando técnicas com corantes naturais e impressão botânica, o foco da marca é agredir menos o meio ambiente e proporcionar para suas clientes roupas que possam ser usadas em várias ocasiões.

Fonte: <https://ahlma.cc/> acesso em: 19/08/2017 Figura 5 – Concorrente direta: Flávia Aranha

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AHLMA é uma concorrente direta da marca INSIDE, sua sede fica situada no Rio de Janeiro-RJ e também trabalha com a loja online. Utiliza tecidos de reaproveitamento, tecidos reciclados e de origem natural, procurando sempre desenvolver um produto de forma sustentável e responsável. É uma marca que trabalha de maneira colaborativa, foi fundada por André Carvalhal, autor dos livros Moda com Propósito e A moda imita a vida.

Figura 7 – Concorrente indireta: Farrapo

Fonte: <http://farrapocouture.com.br/> acesso em: 19/08/2017

Farrapo é uma concorrente indireta da marca INSIDE, tem sede na cidade de Curitiba-PR e também tem uma plataforma para compras online, trabalha com tecidos de reaproveitamento de forma slow, produzem somente peças únicas e reciclam roupas vintage a partir do processo upcycling, tendo como resultado peças originais e sustentáveis.

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4.2 Público-Alvo

4.2.1 Descrição do perfil consumidores

Fonte: Pinterest (2017)

O público-alvo da marca são os consumidores Minimal Millennials, mulheres, brasileiras que possuem uma faixa etária de 19 a 35 anos aproximadamente. Integrantes da geração Y, essa fatia da população busca por um produto desenvolvido de maneira ética e sustentável, são pessoas que se interessam por assuntos que envolvem o coletivo, se preocupam com o bem-estar geral e principalmente com o meio ambiente.

A partir da pesquisa aplicada no presente trabalho (Apêndice A), as principais características que o público deseja encontrar em uma peça do vestuário são: conforto, design atemporal e uso versátil. Buscam por roupas que sejam de qualidade e

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procuram por empresas que sejam transparentes com seus clientes, que não escondam a origem de seus produtos.

Além disso, se identificam com o minimalismo estético proposto pela moda, preferem modelagens básicas, peças sem muitos detalhes e que possam ser usadas de diferentes maneiras sem que sejam marcantes. Preferem roupas de qualidade e com boa modelagem.

O público-alvo procura por peças que se adéquem ao seu estilo de vida e pedem para que seja cobrado um preço justo pela peça desenvolvida, estão dispostos a pagar até R$ 200,00 reais por peça, porém entendem que o custo de um produto desenvolvido de maneira ética e sustentável por vezes pode superar esse valor.

“Aparentemente os Millennials já se deram conta de que o mundo precisa de uma transformação crucial e que agora é o momento de finalmente enfrentar os desafios sociais e ambientais e agir coletivamente para encontrar novas soluções para velhos problemas. Todos são essenciais nesse processo e deveriam tentar buscar caminhos para contribuir de alguma forma. Essas soluções, podem se manifestar no impulso criativo e na visão compartilhada de designers, produtores e consumidores, todos trabalhando em harmonia com a natureza. Através de um design inovador e inspirador, a moda pode ser uma poderosa ferramenta para ajudar a nova geração a imaginar e realmente criar um futuro melhor” (MENDES, 2017, p.53).

Por fim elas acreditam que o consumo consciente é uma maneira de minimizar os danos causados no meio ambiente pela indústria têxtil, são criativas e procuram por empresas que oferecem alternativas a lógica capitalista de mercado, têm preferência por comprar menos e melhor.

4.3 Pesquisa de Tendências

A marca INSIDE trabalha com a pesquisa de tendências usual na moda, macro e micro tendências, porém aliado a isso utiliza o design para sustentabilidade como um aporte, sempre pensando em como desenvolver o projeto de maneira sustentável e ética, essa é a tendência fundamental a ser seguida pela marca.

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4.3.1 Macrotendência

A macrotendência utilizada para criação das peças desse projeto recebe o nome de Design Substancial, aposta da WGSN para o ano de 2018. O menos se tornará ainda menos, porém com um significado muito maior. Para consumidores que valorizam produtos com características sustentáveis, que se atentam a longevidade do produto e buscam por um design funcional.

Fonte:Pinterest (2017)

4.3.2 Microtendências

Buscando desenvolver peças atemporais e minimalistas as microtendências utilizadas no desenvolvimento do presente trabalho são, transparência, sobreposição de peças, pregas, recortes, comprimento cropped e cores candy.

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5 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

5.1 Painel de referências

Fonte: Autoria própria (2017)

A referência imagética para a criação da coleção são as obras de Malika Favre uma artista francesa, designer gráfica que desenvolve obras descritas por ela como arrojadas, minimalistas e por vezes pop art, já trabalhou com moda desenvolvendo campanhas publicitárias para Sephora, Vogue e Vanity Fair, além de outros inúmeros trabalhos realizados na Europa, onde é muito conhecida.

A obra de Malika Favre é composta por formas geométricas, curvas, cores sóbrias, neutras e em alguns trabalhos utiliza cores vibrantes. Um design diferenciado que chama atenção pela sua simplicidade e a capacidade de transmitir inúmeras sensações ao observador, com poucos elementos na composição.

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5.2 Painel semântico

Fonte: Autoria própria (2017)

O painel semântico foi desenvolvido inspirado nas obras de Malika Favre, as cores foram alteradas de acordo com as tendências escolhidas e também os materiais disponíveis, visto que ao trabalhar com tecidos de reuso nem sempre é possível encontrar as cores e tecidos desejados, sendo necessário a realização de alterações nas referências. As cores candy compõe parte do painel, porém é dado um destaque maior para as cores sóbrias, visando a construção de um vestuário atemporal e minimalista.

Formas geométricas estão presentes no painel, fazendo referência ao caimento das peças e a modelagem mais reta, porém existem linhas mais orgânicas na composição, visto que alguns tecidos utilizados na coleção terão um caimento mais

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fluido. Observamos também no painel a presença da transparência e da sobreposição. Ao fundo vê-se a estampa que será utilizada na coleção.

5.3 Especificações do projeto

O nome dado a coleção desenvolvida foi Future e remete a uma reflexão interna de cada um dos consumidores da INSIDE, “o que você deseja para o futuro? Ele começa agora! ” As cores utilizadas na coleção são tendência para o verão 2018 e também cores neutras, que juntas compõe um vestuário atemporal e minimalista.

As cores dos tecidos, composição e texturas serão as diretrizes para o desenvolvimento de toda coleção. A matéria prima disponível será analisada e somente após essa fase da pesquisa será definida a geração de alternativas, pois ao trabalhar com tecidos de reuso, não é possível criar para depois adquirir a matéria prima.

Os fornecedores de tecido para essa coleção são: Banco do tecido, de onde provem os tecidos de reuso, Casulo Feliz, que produz tecidos com seda desenvolvida de maneira ecológica e a empresa Justa Trama, que desenvolve tecidos de algodão orgânico.

Todas essas empresas têm como foco o desenvolvimento sustentável, por isso foram escolhidas para fazer parte da coleção da marca INSIDE. Toda a matéria-prima adquirida para a confecção das peças tem como prioridade ser o mais sustentável possível e ter sua origem o mais natural.

A estampa utilizada na coleção foi desenvolvida artesanalmente através de uma técnica denominada impressão botânica, que visa transferir a coloração e forma das cascas de cebola e da pimenta calabresa, no caso, para o tecido de seda ou algodão. Esse tipo de tingimento é menos agressivo a natureza e como é artesanal, cada peça terá uma estampa única, desenvolvida de maneira natural.

Quando não forem encontrados tecidos já coloridos no Banco do Tecido, a marca realizará o tingimento natural em seus produtos, visando um menor impacto ambiental na produção. Os tecidos fornecidos pela empresa Casulo Feliz, se tintos, já passaram pelo processo de tingimento natural. E o algodão fornecido pela empresa Justa Trama só é vendido na sua cor natural, que é ideal para o processo.

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As silhuetas e formas utilizadas na coleção são retângulo, linha X, linha reta e linha A.

As peças desenvolvidas pela marca, em todas as coleções, têm como foco a durabilidade, conforto e o design atemporal. Roupas que podem ser usadas de diversas maneiras e com inúmeras combinações.

5.4 Cartela de cores

Fonte: Autoria própria (2017) Figura 12 – Cartela de cores

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5.5 Cartela de materiais

Fonte: Autoria própria (2017) Figura 13 – Cartela de materiais

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6 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS

Fonte: Autoria própria (2017) Figura 14 – Look 1

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Fonte: Autoria própria (2017) Figura 15 – Look 2

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Fonte: Autoria própria (2017) Figura 16 – Look 3

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Fonte: Autoria própria (2017) Figura 17 – Look 4

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Fonte: Autoria própria (2017) Figura 18 – Look 5

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Fonte: Autoria própria (2017) Figura 19 – Look 6

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Fonte: Autoria própria (2017) Figura 20 – Look 7

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Fonte: Autoria própria (2017) Figura 21 – Look 8

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Fonte: Autoria própria (2017) Figura 22 – Look 9

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Fonte: Autoria própria (2017) Figura 23 – Look 10

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Fonte: Autoria própria (2017) Figura 24 – Look 11

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Fonte: Autoria própria (2017) Figura 25 – Look 12

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Fonte: Autoria própria (2017) Figura 26 – Look 13

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Fonte: Autoria própria (2017) Figura 27 – Look 14

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Fonte: Autoria própria (2017) Figura 28 – Look 15

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Fonte: Autoria própria (2017) Figura 29 – Look 16

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Fonte: Autoria própria (2017) Figura 30– Look 17

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Figura 31 – Look 18

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Fonte: Autoria própria (2017) Figura 32 – Look 19

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Fonte: Autoria própria (2017) Figura 33 – Look 20

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Fonte: Autoria própria (2017) Figura 34 – Geração de alternativas

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6.1 FICHAS TÉCNICAS

Fonte: Autoria própria (2017)

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Fonte: Autoria própria (2017)

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Fonte: Autoria própria (2017)

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Fonte: Autoria própria (2017)

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Fonte: Autoria própria (2017)

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Fonte: Autoria própria (2017)

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Fonte: Autoria própria (2017)

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Fonte: Autoria própria (2017)

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Fonte: Autoria própria (2017)

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Fonte: Autoria própria (2017)

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Fonte: Autoria própria (2017)

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Fonte: Autoria própria (2017)

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Fonte: Autoria própria (2017)

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Fonte: Autoria própria (2017)

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Fonte: Autoria própria (2017)

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Fonte: Autoria própria (2017)

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Fonte: Autoria própria (2017)

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Fonte: Autoria própria (2017)

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Fonte: Autoria própria (2017)

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Fonte: Autoria própria (2017)

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Fonte: Autoria própria (2017)

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Fonte: Autoria própria (2017)

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Fonte: Autoria própria (2017)

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Fonte: Autoria própria (2017)

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Fonte: Autoria própria (2017)

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Fonte: Autoria própria (2017)

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Fonte: Autoria própria (2017)

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Fonte: Autoria própria (2017)

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Fonte: Autoria própria (2017)

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Fonte: Autoria própria (2017)

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Fonte: Autoria própria (2017)

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Fonte: Autoria própria (2017)

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Fonte: Autoria própria (2017)

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6.2 PRANCHAS DOS LOOKS

Figura 68 – Prancha 1

Fonte: Autoria própria (2017)

Figura 69 – Prancha 2

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Figura 70 – Prancha 3

Fonte: Autoria própria (2017)

Figura 71 – Prancha 4

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Figura 72 – Prancha 5

Fonte: Autoria própria 2017)

6.3 LOOKS CONFECCIONADOS

Figura 73 – Look confeccionado 1

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Figura 74 – Look confeccionado 2

Fonte: Autoria própria

Figura 75 – Look confeccionado 3

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Figura 76 – Look confeccionado 4

Fonte: Autoria própria (2017)

Figura 77 – Look confeccionado 5

Fonte: Autoria própria (2017)

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7 CATÁLOGO

Figura 78 – Capa e contracapa - catálogo

Fonte: Autoria própria (2017)

Figura 79 – Página de abertura - catálogo

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Figura 80 – Página de apresentação - catálogo

Fonte: Autoria própria (2017)

Figura 81 – Apresentação de look 1 - catálogo

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Figura 82 – Apresentação de look 2 - catálogo

Fonte: Autoria própria (2017)

Figura 83 – Apresentação de look 3 - catálogo

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Figura 84 – Apresentação de look 4 - catálogo

Fonte: Autoria própria (2017)

Figura 85 – Apresentação de look 5 - catálogo

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Figura 86 – Apresentação de todos os looks - catálogo

Fonte: Autoria própria (2017)

Figura 87 – Créditos - catálogo

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8 DESFILE

8.1 Planejamento make-up, hair e produção de stylling

Figura 88 – Make-up, hair e produção de stylling

Fonte: Autoria própria (2017)

A make-up escolhida para realização do ensaio fotográfico e do desfile é bem natural, foi utilizado sombra marrom para marcar o côncavo e dar profundidade ao olhar, pouco rímel e lápis preto somente no contorno superior dos olhos. Para boca foi escolhido um batom de cor fúcsia com acabamento matte, para dar vida ao rosto, porém de maneira sobrea.

O hair utilizado nas modelos é natural e despretensioso. Foram usados três tipos de penteado, rabo de cavalo alto, rabo de cavalo baixo e coque bagunçado, com o intuito de valorizar os looks desenvolvidos.

Os acessórios escolhidos para compor a produção de moda são da designer Jana Favoreto, desenvolvidos com o uso de alumínio reciclado, são produtos artesanais e comprometidos com a sustentabilidade, além da estética ser atemporal e minimalista.

Para o desfile foram escolhidos sapatos do tipo mule, que são contemporâneos e dão ao look um aspecto atual.

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8.2 Trilha sonora

A música I Want It All de Natalie Taylor foi escolhida para ser trilha sonora do desfile da marca INSIDE, primavera – verão 2018, coleção Future. Essa música compõe a trilha sonora do documentário The True Cost, documentário este que já foi citado no presente trabalho.

A música foi reproduzida no documentário junto com imagens de publicidade, passarelas de alta costura, compras, consumismo e após todas essas imagens, a reflexão de qual é o custo ambiental e humano para se obter todas essas coisas. É muito pertinente o uso da música nessa parte do documentário, pois em uma parte de sua composição diz “eu vivo para obter tudo o que eu quero”, além de toda a música estar ligada ao luxo e coisas supérfluas.

Por compor a trilha sonora de um documentário muito importante para informar as pessoas sobre moda ética e sustentável, por fazer refletir sobre quais são os custos ambientais e humanos para viver todo o consumismo presente nos dias atuais, essa música foi escolhida como trilha sonora do desfile.

“O que você quer para o seu futuro? ” A coleção future faz esse questionamento. É possível mudar, ser essencialista, manter relações éticas e promover na indústria um desenvolvimento sustentável.

8.3 Sequência de entrada na passarela

Figura 89 – Sequência de entrada na passarela

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9 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Desenvolver um trabalho que tem como diretrizes os conceitos da moda ética e sustentável é um tanto quanto desafiador, porém foi um desafio desenvolvido de maneira muito positiva.

A partir da pesquisa contida no presente projeto, foi possível concluir que criar um produto de moda da forma mais sustentável possível é viável, contudo todo processo de produção causa um impacto ambiental, nenhum processo é 100% sustentável.

Unir o estilo de vida com a estética minimalista fez nascer uma marca simples e sustentável, mostrando que o menos pode sim ser mais. Com todos os conceitos que a marca carrega, sua força e sua elegância estão desde a sua essência até os looks desenvolvidos.

Portanto pode-se dizer que o problema do presente projeto foi solucionado e que os objetivos estabelecidos foram cumpridos, de acordo com as necessidades do público estudado.

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REFERÊNCIAS

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BAUDOT, François. Yohji Yamamoto. São Paulo: Cosac & Naif, 2000

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CIDREIRA, Renata Pitombo. Os sentidos da moda. São Paulo: Annablume, 2005. DELGADO, Daniela. Fast Fashion: Estratégia para conquista do mercado

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LIPOVETSKY, Gilles. Os tempos hipermodernos. São Paulo: Editora Barcarolla, 2004. Tradução: Mário Vilela.

Referências

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ABSTRACT: The toxicological effects of crude ethanolic extracts (CEE) of the seed and bark of Persea americana have been analyzed on larvae and pupae of