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Processo civil é o instrumento de atuação da juris-dição para compor a relação jurídica entre as partes em juizo. É realizado por um procedimento (comum-sumári%rdinário - ou especial) na forma de uma seqüência de atos. Sua finalidade básica é a pacifica-ção social.
Princípios e garantias a serem observados para que seja válido: imparcialidade do juiz; igualdade; contra-ditório e ampla defesa; livre convencimento do juiz; motivação das decisões judiciais; lealdade processual; economia e instrumentalidade das formas; duplo grau de jurisdição.
Espécies de processo
a) Processo de conhecimento: instrumento pelo qual o juiz é chamado a declarar
-
em sentido amplo -qual das partes tem razão. Pode veicular pedidos de natureza declaratória, constitutiva ou condenatória, sendo possível ainda, em alguns casos, a cumula-ção deles.b) Processo cautelar: veículo assecuratório da utili-dade do resultado final de outro processo. c) Processo de execução: instrumento para a realização
prática do direito que foi inadimplido pelo devedor.
PROCESSO
DE CONHECIMENTO
Jurisdição
e ação
Jurisdição é a função, o poder e a atividade do Estado de se substituir aos titulares de interesses em conflito para decidir com imparcialidade e gerar a pacificação social. É norteada pela inércia: só atua mediante provocação e iniciativa das partes, em regra. . Jurisdição voluntária: administração pública de
in-teresses privados. Não há necessariamente conflito entre as partes, mas o Estado prevê a necessidade de ir a juízo, porque os interesses envolvidos são relevantes. . Jurisdição contenciosa: solução de situações de incerteza ou conflitos de interesses estabelecidos entre seus pretensos titulares. O Estado definirá quem tem razão e lhe atribuirá o bem da vida disputado. Ação é o direito subjetivo e público de buscar obter judicialmente proteção para seus interesses.
Condições da ação - Exigências básicas para o possível julgamento do pedido:
. possibilidade jurídica do pedido (não proibição, pelo ordenamento, de sua realização);
. interessede agir (necessidadede ir a juízo para
obter o interesse e adequação da forma escolhida
para tanto);
. legitimidade ad causam (titularidade de relação
com o interesse em conflito).Na legitimidade ordinária, o próprio indivíduo que se alega titular do interesse vai a juízo. Pela legi-timidade extraordinária, há substituição processual - em vez de estar em juízo o alegado titular, outrem, autorizado por lei, propõe a ação em nome próprio para a defesa do direito alheio.
Elementos da ação - São os componentes que a individualizam:
. Partes: pessoas envolvidas na disputa pelo bem e na relação processual para sua discussão.
. Pedido: providência pretendida. Pedido imediato é a manifestação que se pede ao juiz; pedido media-to é o bem da vida pretendido, a utilidade que se deseja alcançar. Deve ser determinado pelo autor, mas a lei permite que seja genérico em certos ca-sos, quando momentaneamente não se possa fixar seu valor.
. Causa de pedir: fundamentos para o pedido. Inclui tanto os fatos que motivaram a situação de conflito (causa de pedir remota) quanto os fundamentos jurídicos previstos pelo ordenamento para amparar o pedido formulado (causa de pedir próxima).
ResumãoJurídico[TI]
Fenômenos quanto a ações com similitude de ele-mentos:
. Um ou dois elementos iguais: possível reunião de processos junto ao mesmo órgão, para maior eco-nomia e harmonia.
Hipóteses:
- Um elemento - conexão: ações com mesmo obje-to (bem) ou causa de pedir (faobje-tos).
- Dois elementos - continência: mesmas partes (envolvidas) e mesma causa de pedir (fatos), sendo em uma ação a discussão mais ampla, abrangendo a da outra.
. Três elementos iguais: identidade total - extinção do segundo processo ("repetido").
- Litispendência: há ação idêntica em curso, tendo já sido citado o réu.
- Coisa julgada: já houve ação versando a situa-ção em questão e a solução é considerada defi-nitiva, por não mais caberem meios para sua impugnação.
PARTESNO PROCESSO
Para atuação em juízo, devem ter capacidade pro-cessual (aptidão para o exercício pessoal de direitos e obrigações processuais) ou valer-se dos institutos de representação/assistência.
Litisconsórcio
Participação de vários sujeitos, na mesma
posição-autor ou réu -, em um único processo.
. Facultativo
- A reunião de várias pessoas na dcmanda é uma opção dos envolvidos nos casos em que:1. ocorrer comunhão de direitos ou obrigações; 2. obrigações ou direitos derivarem do mesmo
fun-damento de fato ou de direito;
3. houver conexão entre causas pelo objeto ou causa de pedir;
4. houver afinidade de questões por um ponto comum de fato ou de direito.
. Necessário - Todos os sujeitos devem participar do processo nos casos de imposição legal ou pela natu-reza do próprio objeto.
. Unitário - O juiz deve decidir a lide de modo uni-forme para todos os litisconsortes. Opõe-se ao sim-ples, em que cabem decisões diversas.
Intervenção
de terceiros
T~rceiro é aquele que não faz parte do processo, mas pode vir a integrá-Io (de forma espontãnea ou provocada) para maior economia e harmonia de decisões.
Assistência - Ingresso espontãneo de terceiro com interesse no resultado jurídico favorável a uma das partes, para auxiliá-Ia.
. Assistência simples: não é direito próprio, mas mero interesse do assistente, que atua como auxiliar da parte principal.
. Assistência litisconsorcial: o terceiro assume a
posição de assistente na defesa direta de direito próprio; terá posição de litisconsorte.Oposição - O terceiro espontaneamente compa-rece no processo, por meio de uma nova ação, para pretender, no todo ou em parte, o bem sobre que controvertem autor e réu. Estes passam a estar jun-tos na condição de opostos, em litisconsórcio passi-vo necessário.
Nomeação à autoria - Manifestação do réu no processo para solicitar sua exclusão do pólo passivo e a inclusão de um terceiro. Ocorre nos casos em que for mero detentor de coisa alheia e for demandado em nome próprio - quando o réu praticou o ato em obe-diência a ordem de um terceiro.
Denunciação à lide - A parte denuncia a lide a um terceiro para que este, em caso de sucumbência, pa-gue-lhe o valor da condenação a título de regresso.
Observação: os artigos citados são do Código de Processo Civil, salvo indicação em contrário.
Ocorre nos seguintes casos:
. em ação de evicção, denuncia-se o vendedor que alienou o bem cuja posse ou propriedade foi perdi-da em virtude de decisão judicial; o possuidor dire-to, demandado em nome do bem, deve denunciar o proprietário ou possuidor indireto;
. o obrigado a indenizar, por lei ou contrato, aquele que perder a demanda deve ser denunciado por aquele que tem direito de regresso.
Chamamento ao processo - O réu envolve. no processo, como litisconsortes seus, todos os responsá-veis pelo cumprimento da obrigação. Caso pague a integralidade do débito, terá como fazer um acerto de contas com seus co-devedores nesse mesmo processo.
Ocorre nos seguintes casos:
. umfiador,se citado,
pode chamar ao processo o devedor originário;. um fiador, se citado, pode chamar outros fiadores: . um dos devedores solidários da obrigação pode. no
prazo da contestação, chamar os demais devedores para figurarem como litisconsortes.
COMPETÊNCIA
Medida de jurisdição atribuída a um órgão julgador. É determinada no momento em que a ação é propos-ta, sendo irrelevantes posteriores modificações do estado de fato ou de direito (salvo quando suprimirem o órgão judiciário ou alterarem a competência em razão da matéria ou da hierarquia).
1. Foro geral/comum: domicílio do réu. 2. Local dos fatos:
. ação de reparação de dano (art. 100, V, "a"); . ação em que for réu O administrador ou gestor de
negócios alheios (art. 100, V, "b"). 3. Local dos fatos ou domicílio do autor:
. ações de reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos (art. 100, parágra-fo único).
4. Alteração em razão das pessoas: . foro do ausente (art. 97); . foro da União (art. 99);
. foro para ações de separação judicial, alimentos e nulidade de casamento (art. 100, I e 11I); . pessoas jurídicas de direito privado (art. 100, IV). 5. Foro da situação da coisa:
. lugar do imóvel (art. 95).
Critérios de competência
.
Em razão da matéria e da hierarquia: regida por normas de organização judiciária, ressalvados os casos expressos no CPC, é inderrogável por con-venção das partes.. Em razão do valor e do território: cabe modifica-ção pelas partes, pela previsão de foro de eleimodifica-ção.
ATOS PROCESSUAIS
São os atos praticados no processo pelas partes, pelo juiz e por seus auxiliares para atingir de maneira segura e célere a prestação jurisdicional.
Férias/feriados forenses - Regra: atos não pratica-dos. Exceções: produção de prova antecipada; cita-ção/qualquer ato de guarda de bens; atos processados durante as férias e que não se suspendem em razão delas (previsão no CPC e em leis especiais).
Prazos - A lei os prevê para a prática de atos; se omissa, o juiz deverá determinar o prazo conforme o caso prático. Ausência de determinação pela lei/pelo juiz: prazo de cinco dias.
Contagem - Sempre com a exclusão do dia de início e inclusão do dia final. Dia de início/do final em sábado, domingo ou feriado: prorrogação ao dia útil seguinte.
Prazos dilatados - Em dobro: para a Fazenda recorrer e para as várias partes, em litisconsórcio, com advogados envolvidos, falarem nos autos; em quádru-plo: para a Fazenda contestar.
----Citação
-
Ato pelo qual se chama o réu ou interessa-do a fim de se defender. Se praticainteressa-do sem observância das nonnas legais, gera a nulidade do processo. Regra geral: se pessoa fisica, deve ser praticada na pessoa do demandado, a não ser que se trate de incapaz (receberá seu representante legal) ou se constituir procurador para tal fim; se pessoa jurídica, a citação deve ser feita na pessoa responsável pelos atos sociais da instituição.Citação indireta - O ato citatório é realizado em pessoa diversa da demandada. Ocorre quando o demandado:
. está em local incerto ou não sabido, ou em local de dificil acesso, ou ainda onde a lei determinar que seja feita obrigatoriamente por edital;
. está ausente (não encontrado no local de costume): seu administrador, gerente ou mandatário poderão receber a citação caso tenham dado ensejo ao surgi-mento da ação.
Local da citação - Qualquer local onde possa ser encontrado o réu. Se estiver em outra comarca, a cita-ção deve ser praticada por meio de cartas. Exceção: quando a lei impõe outra forma.
Situações impeditivas da realização da citação: a) a quem estiver assistindo a ato religioso;
b) ao cônjuge/ao parente até segundo grau do morto durante os sete primeiros dias do falecimento; c) aos noivos, durante os três primeiros dias de
casa-mento;
d) aos doentes, enquanto em estado grave.
Exceção a tais casos: é cabível a realização, se neces-sária, para evitar a perda do próprio direito. Efeitos da citação válida:
a) Torna o juízo prevento: fixa a competência de um juiz com exclusão dos demais.
b) Induz a litispendência: não poderá haver outra ação com os mesmos elementos tramitando ao mesmo tempo; se houver, será ela extinta sem julgamento do mérito.
c) Torna a coisa litigiosa.
d) Constitui o devedor em mora, interrompendo a prescrição.
Formas de citação:
a) Postal: é a regra. Pode ser emitida para qualquer localidade por meio do serviço de correio. Será considerada realizada no momento da juntada aos autos de seu aviso de recebimento (AR). Não cabi-mento (art. 222): 1- nas ações de estado; 11- quan-do for ré pessoa incapaz; III - quanquan-do for ré pessoa jurídica de direito público; IV - nos processos de execução; V - quando o réu residir em local incer-to e não sabido ou de dificil acesso; VI - quando o réu requerer de outra fonna.
b) Por oficial de Justiça: o oficial deve, pelo instru-mento adequado (mandado), localizar o demanda-do no local indicademanda-do pelo autor e efetuar a citação, colhendo-lhe assinatura no referido instrumento e devolvendo-o ao processo.
c) Por edital: ocorrência só em casos extraordinários, quando o réu for desconhecido ou incerto; estiver em local incerto ou inacessível; em outros casos previstos em lei.
Intimação - Ato de comunicação dos atos e tennos do processo, necessário para seu andamento e realiza-ção. Pode ser realizada de oficio (inclusive pelo pró-prio escrivão). Fonna: publicação pela imprensa, se o destinatário for o advogado. Exceção: ao membro do Ministério Público deve ser feita pessoalmente.
Contagem do prazo para resposta - Regra geral: da juntada aos autos do documento que atesta a reali-zação do ato citatório (AR - aviso de recebimento, mandado de citação cumprido, carta precatória, etc.). Forma de contagem - Exclui-se o dia de começo e inclui-se o dia do vencimento.
Prorrogação ao primeiro dia útil:
a) se o dia inicial ou final cair em sábado, domingo, feriado;
b) qualquer outro dia em que não haja expediente foren-se ou foren-se tenha encerrado antes do horário nonnal.
FORMACÃO. SUSPENSÃO E
EXTlN,ÇÃO DO PROCESSO
Formação do processo
Decorre de iniciativa da parte, já que a jurisdição é por princípio inerte. Depois de provocado, o Estado ofe-recerá o impulso necessário ao processo para que atinja o julgamento do mérito de maneira célere e segura.
-Resumão
Jurídico
Processo considerado proposto: quando da distri-buição da petição inicial.
Modificação do pedido (bem pretendido) e da causa de pedir (fundamentos): livre até a citação. Até o saneamento do processo, é possível com consenti-mento do réu; após, é vedada.
Suspensão
do processo
Paralisação temporária em virtude de determinadas situações:
a) por morte ou perda da capacidade processual das partes, de seu representante legal (enquanto se processar a habilitação) ou de seu procurador (20 dias);
b) por convenção das partes (até seis meses); c) quando oposta exceção de incompetência,
suspei-ção ou impedimento (até o julgamento da exceção); d) quando a sentença de mérito depender de outra
causa (até um ano);
e) quando a sentença de mérito depender de fato ou prova a realizar-se em outro juízo (até um ano); f) quando a sentença de mérito depender de solução
de questão de estado, requerida como declaração incidente (até um ano);
g) por força maior (até a causa de suspensão desapa-recer) .
Extinção do processo
Ocorre sempre por sentença (ato pelo qual o juiz põe fim ao processo). O juiz deve julgar conforme o pedido veiculado na ação; não deve julgar fora, além ou aquém do pedido, sob pena de nulidade.
. Extinção do processo sem julgamento de méri-to - O pedido do autor não será enfrentado pelo juiz, por não haver condições técnicas mínimas para tanto:
1. quando o juiz indeferir a petição inicial: faltam requisitos básicos na peça do autor, ela é inepta (art. 295). Ausentes seus elementos estruturais, haveria dificuldade de defesa ao réu: se o réu conseguir de alguma fonna apresentar sua defe-sa, a petição inicial não será considerada inepta; 2. quando o processo pennanecer paralisado por
mais de um ano por negligência das partes; 3. quando o autor deixar o processo paralisado por
mais de 30 dias;
Nestes dois últimos casos, antes de declarar a extin-ção do processo, o juiz deverá intimar pessoalmente as partes para que se manifestem no prazo de 48 horas, sob pena de verem o processo extinto.
4. quando verificada a ausência dos pressupostos processuais (falta de demanda com pedido regu-lanncnte fonnulado; a capacidade de quem a fonnula; investidura do destinatário da demanda, ou seja, qualidade do juiz);
5. quando o juiz verificar a ocorrência de peremp-ção, litispendência ou coisa julgada. Fenômenos de repetição de ações:
- na perempção, o autor deu por três vezes causa à extinção do processo porque o abandonou, perdendo então o direito de ação;
- na litispendência, foi proposta ação idêntica a outra já em curso;
- na coisa julgada, já houve julgamento definiti-vo quanto à matéria posta em juízo; 6. falta de condições da ação;
7. convenção de arbitragem: ajuste de vontades das partes optando pela vía da arbitragem para díri-mir seus conflitos, conforme dispõe o art. 3° da Lei de Arbitragem:
8. quando o autor desistir da ação: até início do prazo para resposta do réu, é ato livre; após tal prazo, o réu deverá anuir para que a desistência seja válida;
9. quando a ação for considerada intransmissível por detenninação legal: caráter personalíssimo-só o próprio sujeito pode movê-Ia;
10. quando ocorrer confusão entre autor e réu: ambos passam a ser a mesma pessoa; 11. nos demais casos previstos em lei.
Possível repropositura de ação: é cabível se extin-to o processo sem julgamento de mérito, exceto nos casos de "ações repetidas", como perempção, litíspen-dência, coisa julgada.
. Extinção do processo com julgamento do mérito (art. 269) - Considerar-se-á apreciado o pedido for-mulado pelo autor:
1. quando o juiz acolher ou rejeitar o pedido; 2. quando o réu reconhecer a procedência do
pedido;
3. quando as partes transigirem e o juiz homologar tal acordo com concessões recíprocas das partes: 4. quando o juiz pronunciar a decadência ou pres-crição: perda do direito material e do direito de ação, respectivamente, pela inércia de seu titular: 5. quando o autor renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação (o autor abre mão do direito que lhe pertence).
TUTELA ANTECIPADA
É a medida de satisfação do direito afirmado pelo autor concedida antes do fim do processamento da demanda para evitar que o tempo necessário ao desen-volvimento do processo prejudique gravemente o direito do autor.
Requisitos objetivos:
a) a prova inequívoca = certeza (mesmo que aparenteI da pertença do direito;
b) verossimilhança das alegações (juízo valorativo sobre forte aparência do direito).
Requisitos subjetivos (basta um estar presente. junto com os objetivos):
a) fundado receio de dano irreparàvel (situação de peri-go iminente e real na perda definitiva do direito): b) abuso do direito de defesa (manifestação infundada
e despropositada do réu);
c) manifesto intuito protelatório (prática de atos em prejuízo da celeridade da prestação jurísdicional). Pedido incontroverso (total ou parcialmente): cabe sua antecipação, independentemente dos requisito/; acima.
Regras importantes: a) só o autor poderá pleiteá-Ia;
b) não cabe sua concessão de oficio - exige-se reque-rimento. Se entender desconfigurada a prova ine-quívoca, poderá o juiz, de oficio, revogar a medida concedida.
Momento para pleito e concessão: a qualquer tempo no processo.
Forma de requerimento: na petição inicial ou por mera petição, se em momento posterior, demonstran-do a presença de seus requisitos.
Recurso: se deferida incidentalmente, agravo de instrumento. Cabem pedidos de efeito suspensivo da decisão (se concedida pelo juiz) ou o efeito de anteci-pação da tutela recursal (para conceder a medida negada em primeiro grau).
Exigência: reversibilidade da medida - possibilida-de possibilida-de retomar ao statlls qllo ante (seja in natll/'a ou JXIf" indenização).
Efetivação da medida: observância das regras relativas às obrigações de fazer, não fazer, entregar coisa e execução provisória (arts. 461, 461-A e 588.. Decisão para fazer, deixar de fazer, entregar coisa adoção pelo juiz de medidas de apoio (expedição de ordens, mandados, etc.) para efetividade de sua determinação, não sendo necessário que o autor pro-mova execuções nesse sentido. Decisão sobre levan-tamento de dinheiro: no que couber, execução provi-sória (art. 588).
Característica: provisoriedade. Cabe revogação a qualquer tempo.
Fungibilidade com medida cautelar: possibili-dade de adotar uma medida por outra, quando o sujeito estiver diante de dúvida e não cometer erro grosseiro. Se o autor pede a título de tutela antecipa-da uma mediantecipa-da cautelar, o juiz pode conceder esta última, em caráter incidcntal no processo.
PROCEDIMENTO SUMARIO
Caracteriza-se pela concentração de atos proces-suais para maior celeridade.
Cabimento:
1. pelo valor da causa: até 60 salários mínimos (sendo tal rito uma opção ao autor);
2. pela matéria, independentemente de valor: a) arrendamento rural e de parceria agrícola:
-b) cobrança: ao condômino de qualquer quantia devida ao condomínio; de seguro relativo a danos causados em acidente de veículos, salvo os casos de processo de execução; de honorários profissionais liberais;
c) ressarcimentos: por danos em prédio urbano ou rústico; por danos causados em acidente de veícu-los de via terrestre;
d) demais casos previstos em lei.
Exclusões: o procedimento sumário não será ado-tado nos casos de ação relativa a esado-tado e capacidade de pessoas. Nesse rito não são admissíveis: ação declaratória incidental; íntervenção de terceiros -salvo assistência, recurso de terceiro prejudicado e intervenção fundada em contrato de seguro.
Processamento:
a) petição inicial, com requisitos do art. 282 + rol de testemunhas e apresentação de quesitos/indicação de assistente técnico, se requeridas tais provas; b) defesa do réu: por contestação escrita ou oral,
tam-bém com testemunhas e apresentação de quesi-tos/indicação de assistente técnico, se requeri das tais provas. Será apresentada em audiência. Ausência injustificada a ta] audiência pelo réu: fatos alegados pelo autor tidos por verdadeiros, podendo o juiz proferir desde logo a sentença.
PROCEDIMENTO ORDINÁRIO
Propositura
da ação
-
petição inicial
A ação considera-se proposta assim que é distribuí-da a petição inicia], a peça inaugura] do processo com que o autor provoca o Estado para decidir sobre a questão apresentada.Regras formais: usualmente por escrito. Regras materiais: devem constar na petição: 1. o juiz ou tribunal a que é dirigida - indicação da
competência feita segundo as regras previstas pelo ordenamento;
2. as partes e suas qualificações - indicação de todos aqueles que deverão ser atingidos pela declaração, com nome completo, profissão, estado civil, domi-cílio e residência das partes, se pessoas físicas; se pessoas jurídicas, seus respectivos dados; se de direito público, bastam a indicação de seu nome e o endereço para sua citação:
3. os fatos e os fundamentos jurídicos do pedido -causa de pedir;
4. o pedido com suas especificações - provimento que se pretende do juiz e o bem da vida (cabe cumula-ção de vários pedidos, desde que sejam compatíveis entre si, de mesma competência e de mesmo proce-dimento);
5. o valor da causa - expressão econômica da causa, mesmo nos casos em que não haja valor econômi-co (se diseconômi-cordar do valor indicado, deverá o réu, no prazo da contestação, apresentar impugnação em peça apartada; o juiz decidirá);
6. as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
7. o requerimento para a citação do réu - para que este tome conhecimento da existência de uma ação con-tra ele (se ausente tal requerimento, cabe conces-são, pelo juiz, de prazo ao autor não superior a 10 dias - art. 284 - para emendar a petição inicial, sob pena de indeferimento).
Resposta do réu
Prazo: 15 dias para apresentar contestação, recon-venção e exceção.
Forma: escrita, via de regra; oral, em certos casos definidos pela lei (sumário, etc.).
1. Contestação
Visa substancialmente a oferecer condições ao réu de, efetivamente, se defender das alegações feitas pelo autor em seu pedido inicial.
Conteúdo: duas ordens de defesa:
a) processual- preliminares de contestação, alegando e justificando situações que podem causar a modi-ficação ou extinção do processo (algumas no art. 301);
b) de mérito - fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito do autor, relacionados à rela-ção de direito material.
Reaumão
JwoÍlllco
Princípios: eventualidade/concentração da defesa na contestação - alegação de toda a matéria sob pena de preclusão (salvo os casos que serão alegados em exceção ou por meio de pedidos incidentais). Pelo princípio da eventualidade, impede-se a apresentação de novas questões como defesa. em outro momento fora da contestação. Ressalvas: cabe alegação poste-rior ou por constituir questão de ordem pública (o juiz pode conhecer de ofício) ou por ocorrência após o momento da contestação.
Revelia
Ausência de contestação pelo réu no prazo de
res-posta.
Efeitos (ônus assumidos pelo réu por sua inércia):
1. fatos alegados pelo autor serão tidos por verda-deiros, excetua das circunstâncias como as do art. 320:a) se, havendo vários réus, um deles apresentar contestação;
b) presença de direitos indisponíveis no processo; c) petição inicial sem instrumento público que a lei
exige para prova do ato;
2. não intimação para os demais atos processuais: os prazos correrão contra o revel, independentemente de sua intimação. O revel poderá comparecer, inde-pendentemente de intimação, assumindo o proces-so no ponto em que este se encontrar.
Vedação ao autor: aditar o pedido após a citação do réu, mesmo diante da revelia deste, sem proceder a uma nova citação.
2. Exceção
Instrumento para afastar do processo juízes e auxi-liares sem condições de proceder ao processamento imparcial da causa. Podem ser alegados a incompetên-cia relativa (a incompetênincompetên-cia absoluta somente poderá ser alegada em preliminar de contestação), o impedi-mento, a suspeição.
a) Incompetência relativa: dividida em competên-cia territorial e determinada em relação ao valor da causa. Se não alegada no momento oportuno (prazo de resposta), ocorrerá a chamada preclu-são temporal, provocando a prorrogação imedia-ta do juizo (ele se tornará então competente para o julgamento). Forma: alegação em peça apartada e fundamentada, indicando de imediato o juízo correto. Uma vez apresentada exceção, será sus-penso o processo, até o julgamento da exceção pelo juiz. Se reconhecida, ele encaminhará os autos ao juízo competente.
b) Impedimento (art. 134): situações em que o juiz poderá agir no processo de forma parcial, maculan-do seu julgamento de nulidade. Natureza: absoluta. Casos:
. quando o juiz for parte do processo;
. quando o juiz de alguma forma participou do pro-cesso, exercendo uma atividade jurisdicional; '. quando atuou como juiz em primeiro grau,
estan-do agora no tribunal;
. quando seu cônjuge, ascendente ou descendente estiver como advogado da parte;
. quando for cõnjuge, ascendente, descendente ou ainda parente até segundo grau de uma das partes; . quando for diretor ou administrador de pessoa jurídica que figura em um dos pólos do processo. c) Suspeição: procedimento idêntico ao do impedi-mento. Natureza: ordem relativa; exige prova de que a ocorrência de qualquer dos casos poderá influenciar o resultado do processo. Casos (art. 135) - situações em que não só o juiz, mas todo aquele que exerce atividade jurisdicional poderá ser afastado do processo:
. quando o juiz for amigo íntimo ou inimigo capi-tal de uma das partes;
. quando alguma das partes for credora ou devedo-ra do juiz, de seu cônjuge ou de seus parentes até segundo grau em linha reta ou colateral; . quando o juiz for herdeiro presuntivo, donatário
ou empregador de uma das partes;
. quando o juiz receber dádivas durante o processo ou mesmo antes de seu início ou aconselhar uma das partes;
. quando o juiz demonstrar interesse no julgamen-to da causa em favor de uma das partes.
Procedimento das exceções de suspeição e impe-dimento: julgamento pelo tribunal, caso o juiz não acolha de plano as alegações. Poderá o magistrado produzir suas provas e juntamente com suas informa-ções encaminhá-Ias, no prazo de 10 dias, ao tribunal para decisão como manifestação do art. 313, segunda parte. Caso o tribunal concorde com as alegações, remeterá o processo ao juiz substituto, condenando o magistrado suspeito ou impedido às custas (art. 314).
3. Reconvenção
Ação proposta pelo réu contra o autor no mesmo processo iniciado pelo autor; forma de "contra-ata-que" praticada pelo réu para ampliar o pedido original do processo. Cabe quando a reconvenção é conexa (tem mesmos objetos ou causas de pedir) com a ação principal ou com o fundamento da defesa. Haverá duas demandas tramitando em um único processo.
Procedimento:
a) apresentada a reconvenção, no prazo para resposta e simultaneamente com a contestação, em peça apartada;
b) deverá o autor ser intimado, na pessoa de seu pro-curador, para contestar no prazo de 15 dias sob pena de revelia;
c) deverá ser julgada na mesma sentença da ação ori-ginariamente proposta; todavia, se quanto a esta tiver havido desistência, a reconvenção pode ter sua própria sentença.
Ação declaratória
incidental
Forma de fazer com que a apreciação da questão pre-judicial (que interfere no resultado da demanda) seja decidida pelo juiz em definitivo, fazendo coisa julgada.
Finalidade: declarar a existência ou inexistência de relação jurídica.
Prazo: para o autor, 10 dias após a intimação do oferecimento da contestação pelo réu; para o réu. prazo da contestação.
Saneamento
do processo
Atividade do juiz de realizar providências para a regularização do processo, buscando eliminar possíveis falhas, como a falta de pressupostos, condições, etc.
Realização: pode ser feito durante qualquer outra fase do processo, de oficio ou a requerimento, para detectar a falta de um elemento necessário para o per-feito desenvolvimento válido do processo.
Possíveis conclusões:
1. desnecessidade de passar à fase instrutória, por haver elementos suficientes para o julgamento -julgamento antecipado da lide (art. 330):
I - quando a questão de mérito for exclusivamente de direito ou, sendo de direito e de fato, não exigir provas; 11 - quando ocorrer a revelia - neste último caso. desde que os elementos constantes nos autos sejam suficientes ao convencimento do juiz;
2. extinção do processo sem julgamento de mérito (falta de condições mínimas para prosseguir) ou com julgamento de mérito (se presentes circunstân-cias do art. 269);
3. determinação para que a parte sane irregularidades. determinação de provas e designação de audiência preliminar. Quanto a esta, é permitida a presença de preposto com poderes para transigir; há necessida-de necessida-de intimação das partes quanto a sua realização; é possível dispensa de sua realização em dois casos: a) quando o direito não permitir transação; b) se as circunstâncias da causa evidenciarem ser
improvável sua obtenção.
PROVAS
Todos os meios legais e moralmente legítimos. ainda que não especificados no Código, são hábeis para provar a verdade dos fatos em que se funda a ação ou a defesa.
Ônus da prova: incumbe ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito; ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direi-to do audirei-tor.
Sistema de valoração da prova: livre convenci-mento motivado/persuasão racional. O juiz apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos e circunstân-cias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes, mas deverá indicar, na decisão, os moti-vos que lhe formaram o convencimento.
1. DepO'imentO' pessO'al: comparecimento pessoal das partes para o juiz interrogá-Ias sobre os fatos da causa; pode ser determinado de oficio pelo juiz ou a requerimento da parte contrária. Se a parte intimada não comparecer ou, compa-recendo, se recusar a depor, o juiz lhe aplicará a pena de confissão. No entanto, a parte não é obrigada a depor de fatos:
a) criminosos ou torpes que lhe forem imputados; b) a cujo respeito, por estado ou profissão, deva
guardar sigilo.
2. CO'nfissãO': admissão, pela parte, da verdade de um fato, contrário a seu interesse e favorá-vel ao adversário; pode ser judicial ou extra-judicial. Não vale como confissão a admis-são, em juizo, de fatos relativos a direitos indisponiveis.
3. ExibiçãO' de dO'cumentO' O'UcO'isa: o juiz pode ordenar que a parte exiba documento ou coisa que se ache em seu poder.
4. PrO'va dO'cumental: sua produção cabe a qual-quer tempo; após a juntada, o juiz ouvirá, a seu respeito, a outra parte, no prazo de cinco dias. 5. PrO'va testemunhal: sempre admissivel, não
dispondo a lei de modo diverso. Podem depor como testemunhas todas as pessoas, exceto as incapazes, impedidas ou suspeitas. A testemu-nha não é obrigada a depor de fatos:
a) que lhe acarretem grave dano, bem como a seu cônjuge e a seus parentes consangüíneos ou afins, em linha reta, ou na colateral em segundo grau;
b) a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo.
PrO'duçãO' da prO'va: incumbe às partes, no prazo que o juiz fixar ao designar a data da audiên-cia, depositar em cartório o rol de testemunhas, precisando-lhes o nome, a profissão, a residência e o local do trabalho; omisso o juiz, o rol será apre-sentado 10 dias antes da audiência.
A testemunha é intimada a comparecer à audiência, constando do mandado dia, hora e local, bem como os nomes das partes e a natureza da causa. Se a testemunha deixar de comparecer, sem motivo justificado, será conduzi da, respondendo pelas despesas do adiamento.
6. PrO'va pericial: consiste em exame, vistoria ou avaliação. O juiz nomeará o perito e as partes poderão indicar assistente técnico e apresentar quesitos.
7. InspeçãO' judicial: o juiz, de oficio ou a reque-rimento da parte, pode, em qualquer fase do processo, inspecionar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre fato que interesse à deci-são da causa.
AUDIÊNCIA
A to processual realizado na sede do juízo para oitiva das partes, de seus procuradores e colheita da prova oral.
Modalidades:
. Preliminar/de cO'nciliaçãO': será designada sua realização pelo juiz, com intimação das partes para comparecer em juizo, para a possível obtenção de conciliação. Se obtida a concilia-ção, será reduzida a termo e homologada por sentença. Será dispensável tal designação quan-do o direito em litígio não admitir transação ou quando as circunstâncias da causa evidenciarem ser improvável sua obtenção.
. De instruçãO' e julgamentO': oportunidade para produção de prova em juizo, na seguinte ordem: se' solicitados, o perito e os assistentes técnicos esclarecerão quesitos; o juiz tomará os depoi-mentos pessoais, primeiro do autor e depois do réu; finalmente, serão inquiridas as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu. Finda a instru-ção, o juiz dará a palavra aos advogados das par-tes e ao órgâo do Ministério Público, sucessiva-mente, pelo prazo de 20 minutos, para debates orais. Poderá haver a substituição destes por memoriais escritos, caso haja complexidade nas questões versadas; o juiz designará o prazo para seu oferecimento.
Resumão
Jurídico
SENTENÇA
Ato pelo qual se põe fim ao processo. RequisitO's: relatório (resumo da causa); funda-mentos sobre os quais o juiz analisou as questões de fato e de direito (exigência do art. 93, IX, da Constituição Federal, sob pena de nulidade); dis-positivo (conclusão do juiz, acolhendo o pedido ou rejeitando-o, extinguindo o processo sem julga-mento de mérito, etc.).
COISA JULGADA
Efeitos de imutabilidade, um mecanismo para conferir segurança jurídica às partes.
Espécies
. FO'rmal
- Ocorre quando o processo foi extinto sem julgamento de mérito; a indiscutibilidade se dá dentro do processo findo, apenas. Outras ações poderão versar sobre o tema. Ocorre tam-bém em certos tipos de decisões em processos como os de alimentos, cautelar, etc.. Material - Segundo o artigo 467, é a eficácia que torna imutável e indiscutível a sentença não mais sujeita a recurso ordinário ou extraordiná-rio. O processo foi extinto com julgamento de mérito e o efeito da coisa julgada impede que o mérito analisado naquele processo possa voltar a ser discutido. Exceção: cabe sua desconstituição nos casos previstos de ação rescisória (art. 485). Limites:
a) subjetivO's: alcança as partes que fizeram parte do processo;
b) O'bjetivO's: apenas o dispositivo da sentença fará coisa julgada.
RECURSOS
Remédios voluntários e idôneos para ensejar, dentro do mesmo processo, a reforma ou a modifi-cação da decisão judicial que se impugna. Seu rol é taxativo do CPC: apelação; agravo; embargos infringentes; embargos de declaração; recurso ordinário; recurso especial; recurso extraordinário; e embargos de divergência. Há ainda o recurso ino-minado contra sentença no Juizado Especial Civel (Lei 9.099/95).
PressuPO'stO'S de admissibilidade dO'S recur-SO'S:exigências formais estabelecidas pela lei para permitir o julgamento do mérito recursal. Ausência dos pressupostos de admissibilidade: não recebi-mento/não conhecimento do recurso.
a) PressuPO'stO'S subjetivO's: legitimidade (partes, Ministério Público e terceiro prejudicado); inte-resse (necessidade e adequação).
b) PressuPO'stO'S O'bjetivO's: tempestividade (inter-posto no prazo legal); cabimento (deverá o recurso ser o previsto em lei conforme o pronun-ciamento impugnado); preparo (recolhimento de custas judiciais, sob pena de deserção e não conhecimento. Se provar o apelante justo impe-dimento, o juiz relevará a pena de deserção, fixando-lhe prazo para efetuar o preparo. Isentos de preparo: beneficiário da assistência judiciária gratuita, MP e Fazenda Pública); ine-xistência de fatos modificativos ou extintivos do direito de recorrer (renúncia do direito de recor-rer, desistência do recurso interposto, aquies-cência da parte com a decisão ou sentença). CO'ntagem de prazO's: a partir da data de inti-mação dos advogados sobre as decisões, seja em audiência, seja pela imprensa (salvo se revel). Apelação
CabimentO' e cO'nteúdO': contra sentença, será interposta por petição dirigida ao juiz e conterá: nome e qualificação das partes; fundamentos de fato e de direito; o pedido de nova decisão. As questões de fato não propostas no juizo inferior poderão ser suscitadas na apelação, se a parte provar que deixou de fazê-Io por motivo de força maior.
PrazO': 15 dias.
ObjetO' de apreciaçãO' pelO' tribunal: conheci-mento da matéria impugnada; questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que a sentença não
as tenha julgado por inteiro: ~.
.JIC
-x-pública; questões anteriores .. =e->
...:_
-_
decididas.
JulgamentO' da lide pelo triJJaaaI:
.:.oD..-casos de extinção do processo SCII'
!--.a'"
do mérito, se a causa versar
~
c L ~.it-mente de direito e estiver em ccnw...ic-s.:z -r... to julgamento.
EfeitO's: interposta a apelac;ào. " )üOZ.-=
.o:r_"')-do os efeitosem que a recebe.~
.wr
-ao apelado para responder. Regr.L 'Q.~ =duploefeito(devolutivo
e suspensr
-
~ ~o juiz não poderá inovar no process. >:.a:~ apenas no efeito devolutivo: quaod.. ~ ..;. ... sentença que:
1. homologar a divisão ou a dem3rc =.
2. condenar à prestação de aIimeDI,
<:.3. julgar a liquidação de senteoç... 4. decidir o processo cautelar:
5. rejeitar liminarmente embargos i: n.a.~
-julgá-los improcedentes;
6. julgar procedente o pedido de lnsnn...;~ ~
arbitragem;
7. confirmar a antecipação dos efeitos da wr-.
~
apelado poderá promover. desde logo. ; ~~
ção provisória da sentença. exuaind.. _
rc:9"a:-tiva carta.
Agravo
CabimentO': contra decisões m&er1 '"'"-(decisões do juiz que não põem fun .;; '"""XC. apenas decidem questões incidentes
PrazO': 10 dias. M6dalidades:
a) agravO' retidO' n6S aut6S: das dec1~"'" e-ridas na audiência de instrução e j g-_ cc e das posteriores à sentença. sahu =- '" ,:az de dano de dificil e de incerta reparaçã. .. de inadmissão da apelação e nos rel.L. ,,_ efeitos em que a apelaçâo é recebida. . ..,... vante requererá que o tribunal dele L-abo._ preliminarmente, por ocasião do juí~' da apelação;
b) agravO' de instrumentO': dirigido direIameIR_ tribunal competente, por meio de peUc;ào .:.:am-do a exposição .:.:am-do fato e .:.:am-do direito. as l1IZÔO>.. pedido de reforma da decisão e nome mdem.
completo dos advogados atuantes. bem
L'-cópias de documentos obrigatórios Ide\. <à agravada, certidão da respectiva intimac;à:: pn"-curações outorgadas aos advogados das ~ e facultativos (outras peças que o agr.Mlllle ~ der úteis). Acompanhará a petição o COIIJI'""C"---te do pagamento das respectivas custas e J. ~..,., de retomo, quando devidos.InfO'rmaçã6 aO'juizO' de 6rigem. para ~ litar a retrataçãO' pelO' juiz: o agravante. 00 pmZI de três dias, requererá juntada. aos autos ~ ...,.~ cesso, de cópia da petição do agravo de ÍD::iIn8DerI-to e do comprovante de interposição. assar o.:: a relação dos documentos que instruíram ::' reaII"-so. Descumprida tal providência. se argüida e ::-~ vada pelo agravado, ocorrerá a inadmi>.sibm daiIc
do agravo. Se o juiz comunicarque T1.'~
-inteiramente a decisão, o relator considenr.l::--c::~ dicado o agravo.Pr6cedimentO' nO' tribunal: posshei.> ,.;:;~ do relator do agravo, recebendo-o no tritx8..
1. negarlheá seguimento. liminanneme
-casos do art. 557;
2. converterá o agravo de instrumentO' CV"~ retido salvo quando se tratar de pro- .sã., 1ir;"" dicional de urgência ou hoU\"er reri!' .;o: lesão grave e de dificil ou incerta ~ remetendo os respectivos autos ao JWZI.. ...
causa, onde serão apensados aos
~...
cabendo agravo dessa decisão ao órgi. L ~-giado competente;3. atribuirá efeito suspensivo ao recUl'S:C'B1 55'
ou deferirá, em antecipação de tutela. ~
-parcialmente, a pretensão recursal. CQft'o'...-.. do ao juiz sua decisão;4. requisitará informações ao juiz da C3Ib&.~
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5. ultimadas as providências dos incb..'" a::'..rr "-res, mandará ouvir o Ministério Pubo.-., >IC r '0 caso, no prazo de 10 dias:
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Resumiu
Jurídico
6. mandará intimar o agravado para que respondano prazo de 10 dias, facultando-lhe juntar cópias das peças que entender convenientes; 7. ultimadas as providências referidas nos incisos I
a V, mandará ouvir o Ministério Público, se for o caso, para que se pronuncie no prazo de 10 dias.
Embargos de declaração
Cabimento: presença, na decisão, de omissão, obscuridade ou contradição. Será endereçado ao mesmo juiz que proferiu a decisão e por ele apre-ciado e decidido.
Prazo: 5 dias.
Efeito: interrupção do prazo para a interposição de outros recursos. Se utilizado como medida meramente protelatória, cabe condenação do embargante em multa de até I % do valor da causa.
Embargos infringentes
Cabimento: contra acórdão não unânime do tri-bunal, em apelação ou ação rescisória, que refor-mou a decisão do juiz de primeiro grau. Será ende-reçado ao relator do acórdão anterior.
Prazo: 15 dias.
Efeito: interrupção do prazo para a interposição de outros recursos, até sua decisão.
Recurso ordinário Cabimento:
a) ao STF, contra decisões denegatórias de manda-do de segurança, habeas data ou mandado de injunção proferidas por Tribunais Superiores; b)ao STJ, contra decisões denegatórias de
manda-dos de segurança, em única ou última instância, por Tribunais dos EstadosIDF e Tribunais Re-gionais Federais e de causas entre Estados estran-geiros!organismos internacionais e Municípios! pessoas domiciliadas ou residentes no Brasil. Prazo: 15 dias.
Recursos especial e extraordinário
Requisitos (comuns para ambos): esgotamento dos recursos ordinários; prequestionamento (deba-te a respeito das alegações contidas nos recursos).Cabimento: causas decididas.
. Recurso especial: em única/última instância por TRFsJTribunais Estaduais quando a decisão recorrida contrariar tratadollei federal negando-lhe vigência; julgar válido atollei local contesta-do em face da lei federal; der interpretação diver-gente da lei federal da que deu outro tribunal. . Recurso extraordinário: em única/última
ins-tância quando a decisão recorrida contrariar dis-positivo constitucional; declarar inconstitucio-nal tratado/lei federal; julgar válido atollei local contestado em face da Constituição Federal. Prazo: 15 dias.
Embargos de divergência
Cabimento: contra decisão de turma que diver-ge de julgamento - em recurso especial, de decisão de outra turma, seção ou órgão especial; em recur-so extraordinário, de decisão de outra turma ou plenário do STF.
Prazo: 15 dias.
PROCESSO
CAUTELAR
rnstrumento apto a conduzir o direito de ação ao Estado-juiz, tendo por objeto a proteção do direito material para resguardar o objeto do processo.
Momento: cabe sua instauração antes (ação cautelar preparatória) ou no curso do processo principal (ação cautelar incidental), sendo deste sempre dependente.
Competência: do juiz da causa principal (exceção: se o processo principal já estiver em grau de recurso, deverá ser endereçado diretamente ao tribunal).
Resposta: o requerido terá o prazo de cinco
dias para responder á ação cautelar (apresentar
contestação e exceção), contados da citação ou,
se concedida a medida liminarmente, da
efetiva-ção dela.
Prazo para a propositura da ação principal
(sob pena de extinção do processo cautelar): 30
dias da efetivação da medida.
Requisitos gerais das cautelares:
a)Jumus boni illris: aparência do direito alegado; indícios da existência do direito são suficientes para a concessão da medida;
b) pericIIlum in mora: necessidade de entregar o objeto do processo em tempo útil, sob pena de sOITer danos de difícil reparação.
Pedido liminar: "urgência urgentíssima". É lícito ao juiz conceder liminarmente, ou após jus-tificação prévia, a medida cautelar, sem ouvir o réu, quando verificar que este, sendo citado, po-derá torná-Ia ineficaz, caso em que determinará que o requerente preste caução real ou fidejussó-ria de ressarcir os danos que o requerido possa vir a sofrer.
Formas de cautela:
a) Cautelas inominadas - Não previstas, são soli-citadas pela parte para que o juiz as conceda por seu poder geral de cautela.
b) Cautelas nominadas - Garantem situações pre-vistas pelo legislador processualista, estando estampadas na letra da lei.
PRINCIPAISCASOS
1. Arresto
Medida assecuratória da efetividade de futura
execução por quantia certa, pela apreensãojudicial
de bens do devedor.
Cabimento:
a) quando o devedor sem domicílio certo tenta
au-sentar-se ou busca de alguma forma alienar seu
patrimônio;
b) quando o devedor que possui domicílio certo
tenta ausentar-se furtivamente para não realizar o pagamento; caindo em insolvência, procura de qualquer forma desviar seu patrimônio para o nome de terceiro;c) quando o sujeito que possui bens de raiz intenta aliená-Ios ou entregá-I os como garantia de outra situação sem, contudo, resguardar o crédito da-quele devedor originário;
d) nos demais casos previstos em lei. Requisitos:
a) pericIIlum in mora, comprovado por uma das circunstâncias acima ou outra justificativa ade-quada e apta ao convencimento do juiz do peri-go na perda do direito;
b)Jumlls boni illris, demonstrado pelo constante no art. 814, I: prova literal da divida líquida e certa ou sentença, mesmo que iliquida.
Concessão liminar da medida: possibilita a concessão da medida do arresto, mesmo sem obser-vância das regras acima definidas, quando o sujeito apresentar garantia idônea, real ou fidejussória ou o requerente for União, Estados, Municípios.
2. Seqüestro
Medida assecuratória de execuções para entrega de coisa objeto de litígio.
Procedimento: é o mesmo do arresto. Cabimento:
a) de bens móveis, imóveis e semoventes, quando estiverem em situação de risco em razão da rixa entre os litigantes;
b) além do objeto específico da obrigação, seus ITutos e rendimentos, quando na iminência de se perder por culpa do devedor, após sua condena-ção ainda sujeita a recurso;
c) de bens do casal, em ações de separação, divór-cio e anulação de casamento, quando estiverem para se perder por culpa de um dos cônjuges; d) nos demais casos previstos em lei.
3. Exibição
Visa à instrução do processo, antes mesmo de ser distribuído, como forma de diminuir o erro em sua formação.
4. Produção antecipada
de prova
Para preservar a prova diante da possibilidade de
sua perda.
Cabimento:
oitiva de testemunha que esteja
na iminência de perder a vida ou em situação
grave de saúde que a impeça de depor ou, ainda,
se a testemunha estiver diante da necessidade de
mudança.
PROCESSO
DE EXECUÇÃO
SUJEITOS DA EXECUÇÃO
. Sujeito ativo: sujeito em favor do qual deveria ser cumprida a obrigação:
1. credor a quem a lei confere titulo executivo; 2. Ministério Público, nos casos prescritos em lei; 3. espólio, herdeiros ou sucessores do credor, sempre que, por morte deste, Ihes for transmi-tido o direito resultante do título executivo; 4. o cessionário;
5. o sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ou convencional.
. Sujeito passivo: quem voluntariamente assu-miu obrigação de maneira voluntária e da mes-ma formes-ma a descumpriu:
1. o devedor, reconhecido como tal no título executivo;
2.
o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor;3. o novo devedor que assumiu, com o consen-timento do credor, a obrigação resultante do título executivo;
4. o fiador judicial; 5. o responsável tributário.
Cúmulo de execuções:
cabecumular várias
exe-cuções em uma só ação existindo o mesmo devedor em várias obrigações diferentes, desde que se tratem por um mesmo procedimento e sejam da mesma competência.COMPETÊNCIA
1. Para a execução de título judicial:
a) os Tribunais Superiores, nas causas de sua competência originária;
b) o juízo que decidiu a causa no primeiro grau; c) o juizo cível competente, quando o título for sen-tença penal condenatória ou sensen-tença arbitra!. 2. Para a execução de título extrajudicial: o
domicílio do réu ou de acordo com as disposi-ções do artigo 94.
REQUISITOS
DA EXECUÇÃO
1.Inadimplência do devedor: não satisfação espontânea do direito reconhecido pela senten-ça ou da obrigação a que a lei atribui eficácia de titulo executivo.
2. Título executivo: documento ao qual a lei atri-bui força executiva.
ESPÉCIESDE EXECUÇÃO
a) Execução de título judicial: sentenças de natu-reza condenatória (civil e penal, esta última com trânsito em julgado); sentença homologa-tória de conciliação ou transação, ainda que verse matéria não posta em juízo; sentença estrangeira homologada pelo STF; formal e cer-tidão de partilha; sentença arbitral.
b) Execução de título extrajudicial: titulos de cré-dito; contratos - se de ordem pública (como a escritura pública ou outro documento público), assinado pelas partes; se de ordem privada, assi-nado pelas partes e por duas testemunhas; certi-dões da dívida ativa; crédito de serventuário de justiça, de perito, de intérprete ou de tradutor, quando as custas e emolumentos forem aprova-dos por decisão judicial; demais títulos a que, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva. Importante: a propositura de qualquer ação rela-tiva ao débito não inibe a execução proposta pelo credor.
Elementos de constituição do título: 1. exigibilidade: necessidade da prestação
jurisdi-cional e utilização da via adequada;
2. liquidez: determinação da importância relativa à obrigação definida em sua quantidade, quali-dade e espécie;
3. certeza: inexistência de controvérsia sobre a existência do titulo.
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NATUREZADA EXECUÇÃO
a) Execução provisória: quando estiver o processo pendente de julgamento de recurso, tendo este sido recebido somente no efeito devolutivo.
b) Execução definitiva: de decisão com trânsito em julgado ou de títulos extrajudiciais.
Procedimento: é igual em ambas. Na execução provisória, como há possibilidade de alteração futura da decisão, há regras especiais:
1. corre por conta e risco do exeqüente, que responderá por todos os danos causados ao executado, a serem verifica-dos e cobraverifica-dos no âmbito da mesma ação executiva; 2. em duas situações será exigida a caução:
a) levantamento de dinheiro;
b) alienação definitiva. Possível dispensa da cau-ção: estando o exeqüente em estado de necessi-dade e o dinheiro a ser levantado não ultrapassar a quantia de 60 salários mínimos.
FRAUDEÀ EXECUÇÃO
a) Fraude contra credores: pauta-se por atos de dis-posição do patrimônio praticados com o intuito de frustrar crédito ainda não objeto de ação judicial. Para sua anulação, deve ser proposta ação pauliana, para que o bem volte ao patrimônio do devedor. É vicio social do negócio jurídico (arts. 158-165, CC). b) Fraude à execução: após a citação do devedor para figurar no processo executivo, ou estando em trâ-mite demanda capaz de reduzi-Io à insolvência, este compromete o patrimônio que servia de garan-tia ao crédito do credor, por meio de alienação ou oneração de bens. É ato atentatório à dignidade da justiça e, reconhecida pelo juiz, torna sem efeito o ato realizado em fraude, continuando os bens a garantir o pagamento do débito.
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LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA
Procedimento necessário quando a sentença não apre-sentar o valor ou não individuar o objeto da condenação. 1. Por cálculo - Basta que o próprio credor providen-cie uma simples conta matemática, por cálculo arit-mético. Se em dúvida, o juiz poderá determinar manifestação do contador do juízo.
2. Por arbitramento - O juiz designará um perito para, com seus conhecimentos técnicos, avaliar o objeto. Situações:
a) quando a sentença determinar ou for convencio-nada pelas partes;
b) quando a natureza do objeto a exigir. O juiz no-meará o perito e conceder-lhe-á prazo para rea-lização do laudo, podendo as partes sobre ele se manifestar no prazo de 10 dias.
3. Por artigos - Será alegada e prova a presença de fatos novos que não restaram discutidos na ação. Será obedecido o procedimento comum (ordinário ou sumário, este último conforme seja o valor da causa 60 salários mínimos).
FORMAS DE EXECUÇÃO
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1.Execução
para entrega de coisa certa - Constante
de título extrajudicial, caracteriza-se pela necessidade de o devedor entregar o objeto especificamente deter-minado. Se a coisa não for entregue no prazo de-terminado contratualmente, poderá o credor exigir, além do valor da coisa, as perdas e danos, devendo esse prejuízo ser calculado por arbitramento. O deve-dor será citado para, dentro de 10 dias, satisfazer a obrigação ou, seguro o juízo, apresentar embargos. 2. Execução para entrega de coisa incerta -Deter-minada pelo gênero, deverá ser definida em razão da espécie para que possibilite seu cumprimento. Cabendo a escolha ao credor, deverá fazê-Io na petição inicial da execução; cabendo ao devedor, deverá fazê-Io no prazo fixado pelo juiz, em razão de sua citação. Se aquele a quem couber a escolha não efetivá-Ia no prazo determinado, o juiz deter-minará que o outro a faça. Uma vez realizada a escolha, a parte contrária poderá impugná-Ia no prazo de 48 horas, conforme dispõe o art. 630. 3. Execução de obrigação de fazer - O devedor será
citado para realizar o ato no prazo determinado pelo juiz, salvo se outro prazo estiver estabelecido em contrato. Se se tratar de obrigação de fazer
fun-Resumão
Jurídico
gível (em que cabe realização por outrem), haven-do descumprimento da obrigação, abrem-se ao cre-dor duas possibilidades:
a) requerer que seja a obrigação executada às custas do devedor; ou
b) haver as perdas e danos a serem apurados e cobra-dos em execução por quantia. Se se tratar de obri-gação de fazer infungível, em que a prestação deve ser realizada pessoal e exclusivamente pelo devedor, diante da impossibilidade de cumpri-mento pessoal da obrigação, o credor poderá plei-tear a indenização a ser apurada em processo de liquidação e cobrada em execução por quantia. 4. Execução de não fazer - Diante da realização do
ato que o devedor se obrigou a não realizar, poderá o credor solicitar o desfazimento do ato. Se impos-sível tal medida, converte-se em indenização. Medidas de apoio: nas obrigações de fazer, não fazer e entrega de coisa certa, a sentença deverá levar em con-sideração os termos dos arts. 461 e 461-A; cabe adoção pelo juiz de várias medidas (expedição de ordens, man-dados, etc.) para efetividade de sua determinação. 5. Execução por quantia certa contra devedor
sol-vente - Visa a expropriar bens do devedor, a fim de satisfazer o direito do credor.
Penhorado o bem do devedor, poderá o juiz definir por uma das três possibilidades de expropriação, levando em conta o máximo de aproveitamento para o credor e o mínimo de sacrifício para o devedor: a alie-nação do bem em hasta (arrematação); a adjudicação, caso não se consiga arrematante; ou, ainda, determi-nar o usufruto do bem imóvel ou empresa ao credor.
Bens impenhoráveis
- Art. 649
a) bens inalienáveis;
b) alimentos e combustíveis necessários à manutenção da família por um mês;
c) anel nupcial e retratos de família;
d) os vencimentos, salvo para pagamento de prestação alimentícia;
e) os equipamentos dos militares;
f) os objetos necessários ao exercício da profissão; g) as pensões, quando necessárias ao sustento do
devedor e de sua família;
h) os materiais necessários para término da obra, salvo se a própria obra for penhorada;
i) seguro de vida;
j) imóvel rural, até um módulo, desde que seja o único de que disponha o devedor, salvo para paga-mento de financiapaga-mento agropecuário. Nos termos da Lei 8.009/90: o bem de família.
Procedimento:
a) o devedor será citado no processo de execução por quantia certa, para, no prazo de 24 horas, pagar ou nomear bens à penhora caso queira embargar; b) se o oficial de Justiça não localizar o devedor, mas
loca]izar seu patrimônio, deverá realizar o arresto (pré-penhora), intimando o credor do ocorrido para que este tome as medidas necessárias à realização do devedor no prazo de 10 dias, devendo essa cita-ção ocorrer por edital;
c) se o devedor optar por realizar o pagamento, encer-rar-se-á de imediato o processo de execução. Se acaso o devedor resolver embargar a execução, deverá obedecer ao disposto no art. 737 e garantir a execução, oferecendo bens à penhora.
EMBARGOSÀ EXECUÇÃO
Ação do devedor contra o credor proposta no curso do processo de execução, suspendendo-o.
Prazo: ]0 dias, contados: a) da intimação da penhora;
b) do termo do depósito, quando se tratar de execução para entrega de coisa certa ou, ainda, quando, nesse mesmo caso, for determinada a imissão na posse ou busca e apreensão;
c) da juntada aos autos do termo da citação realizada, quando se tratar de execução de fazer ou não fazer. Matéria a ser discutida: varia conforme o título exe-cutivo que originou a execução. Se o título for judicial, o devedor somente poderá discutir em sede de embargos certas questões de direito (art. 741). Se o título for extra-judicial, o devedor poderá embargar qualquer matéria,
tanto de direito quanto de mérito (ar!. 745,. wna \'ez ~ não houve oportunidade para fazê-Io em ouuo lI1Ct1Jef"
Julgamento:
a) se julgada procedente, o credor poderá apelar
e _ apelação será dotada de duplo efeito:b) se julgada improcedente, poderá o devedor" apeiar e. nesse caso, terá a apelação somente o efeito de\'oIun-vo (art. 520, V). Se julgados improcedentes os em.-gos do devedor, ou não oferecidos tempestivameOlc (prazo de 10 dias), o juiz levará seu patrimônio penh0-rado à hasta pública (realização por praça. quandc bem for imóvel, ou leilão, se se tratar de bem móvel Arrematação: será, em regra, precedida de edita._ que dentre outros requisitos conterá duas datas pan realização do ]eilão ou praça, devendo a segunda ser marcada com o espaço de, no mínimo, 10 e. no máxi-mo, 20 dias da primeira. Caso na primeira data não se consiga o mínimo exigido para arrematação (valor da avaliação), o juiz adotará de imediato a segunda data. previamente determinada, podendo o bem ser alienado por qualquer quantia.
Adjudicação: na hipótese de não se conseguir êxito na arrematação em nenhuma das datas, poderá o cre-dor adjudicar o bem, solicitando que lhe seja entregue como forma de pagamento.
PROCEDIMENTOS
ESPECIAIS
São ritos previstos pelo legislador, no CPC e em leis especiais, para a melhor proteção de direitos com características peculiares, mediante regras específicas.
1. De jurisdição
contenciosa
- Ações de consig-nação em pagamento, depósito, anulação e substituição de títulos ao portador, prestação de contas, possessórias. nunciação de obra nova, usucapião, divisão e demarca-ção de terras particulares, inventário e partilha, embar-gos de terceiro, habilitação, restauração de autos, vendas a crédito com reserva de domínio, monitória.2. De jurisdição
voluntária
- A]ienações
judi-ciais, separação consensual, testamentos e codicilos. he-rança jacente, bens dos ausentes, coisas vagas, curatela dos interditos, organização e fiscalização de fundações. especialização da hipoteca legal.ResumãoJurídico
A coleção Resumão Juridico é um projeto editorial da Barros, Fischer & Associados LIda. em parceria com o Exord
Instituto de Orientação para Reciclagem em Direito.
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Damesmasérie:DireitoCivil,Família&Sucessões,DireitoComercial,DireitoPenal(ParteGerale ParteEspecial),ProcessoPenal,DireitoAdministrativo,DireitoConstitucional,DireitoTributário,DireitodoTrabalhoe E!ica"'u"l5Io-:"'oa
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I
PROCESSO CIVIL
2' edição Setembro 2004
Autora:
FernandaTartuce,advogada,mestrandaem Processo Civil pela USP:professoraem cursospreparatóriospara cat-reiras jurídicas; professora de Processo Civil, DireitoCIVI €Prática Forense no Instituto Exord. Arte: Maurício Cioffi
Revisão: Márcia Menin
Resumão Jurldico - Processo Civil é uma publicação da 8ar"'" Fischer & Associados LIda., sob licença editorial do Instituto&oru Copyright@2004 FernandaTartuce.Direitosdesta edição reservaó"< para Barros,Fischer& AssociadosLIda.
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