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BOLETIM ENERGIAS RENOVÁVEIS

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Academic year: 2021

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BOLETIM

ENERGIAS RENOVÁVEIS

Edição Mensal

Maio de 2018

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Boletim Maio 2018 www.apren.pt

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ELETRICIDADE DE ORIGEM RENOVÁVEL EM

PORTUGAL CONTINENTAL

Destaques do Setor Elétrico em Maio de 2018

• Entre janeiro e maio de 2018 as renováveis representaram 64,2 % da

produção elétrica de Portugal Continental.

• Não obstante este resultado, os combustíveis fósseis continuam com uma

elevada taxa de utilização no setor energético (transportes, eletricidade e

aquecimento e arrefecimento), o que contribui para uma elevada

dependência energética e se traduz num impacto financeiro significativo. O

montante de importações para o setor energético foi, em 2017, equivalente

a 2 % do PIB Nacional.

• Nos primeiros cinco meses do ano continuou a verificar-se um saldo

exportador de eletricidade.

• No mês de maio o preço médio do mercado spot de eletricidade foi de

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Boletim Maio 2018 www.apren.pt

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Perfil de Produção

No período entre janeiro e maio de 2018 a produção elétrica de Portugal Continental repartiu-se em 64,2 % (15.172 GWh) de origem renovável e o restante 35,8 % (7 425 GWh) de origem fóssil (fig. 1).

O maior contributo renovável proveio da hídrica que pesou 31,4 % no mix elétrico continental. Por seu turno, a eólica pesou 26,6 % no mix, quase tanto como as centrais térmicas a carvão e gás natural conjugadas.

No período em análise o consumo elétrico de Portugal Continental subiu, em termos homólogos, mais de 4,8 % (3,4 % com a correção da temperatura e de dias úteis).

Por sua vez, no que respeita a trocas internacionais de eletricidade, o saldo exportador foi de 1 024 GWh, resultante da exportação de 2 379 GWh e da importação de 1 355 GWh.

Figura 1: Repartição das Fontes na Produção de Eletricidade em Portugal Continental. (janeiro a maio de 2018)

Fonte: REN; Análise APREN

35,8%

Fóssil

64,2%

Renovável

15,0%

12,6%

8,1%

31,4%

26,6%

4,9%

1,3%

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Mercado de Eletricidade

No mês de maio o preço médio do mercado spot de eletricidade foi de 55,8 €/MWh. Para além disto, o mercado de serviços de sistema representou um acréscimo médio de 2 €/MWh ao preço da eletricidade.

O MIBEL caracterizou-se por preços superiores ao do mercado Francês (o valor médio de maio rondou os 34 €/MWh), pelo que houve uma tendência nítida de importação. No entanto a limitada capacidade de interligação apenas permitiu um preço uniforme entre França e a Península Ibérica em 6% das horas.

No sentido de Portugal-Espanha não houve restrições importantes na interligação, tendo ocorrido congestionamento em apenas 4 % do tempo.

Figura 2: Correlação entre o Preço de Mercado e a Produção Renovável. (maio de 2016 a maio de 2018)

Fonte: OMIE, REN; Análise APREN

0 16 32 48 64 80 0 1 000 2 000 3 000 4 000 5 000 6 000 2016 2017 2018 Pre ço [€/MWh ] En erg ia El étr ic a [GWh ]

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Perfil da produção nos últimos 2 anos

A evolução da produção elétrica, nos últimos dois anos, (fig. 3) evidencia o aumento da produção elétrica de origem fóssil em maio, como consequência da redução da disponibilidade de recurso eólico e hídrico.

Analisando a figura 3 verifica-se que os sucessivos recordes de produção elétrica de origem renovável têm-se devido principalmente às tecnologias hídrica e eólica. Por sua vez, as outras tecnologias renováveis, solar e bioenergia, têm desempenhado um papel secundário no abastecimento das necessidades elétricas nacionais (em média apenas correspondem a apenas 7 % do mix elétrico de Portugal Continental).

Nesse sentido, torna-se essencial investir na complementaridade das várias fontes renováveis, com o objetivo de minimizar a importação de combustíveis fósseis. Este investimento aliado à eletrificação dos consumos tem o potencial para reduzir a elevada fatura energética do país.

Esta asserção torna-se ainda mais evidente ao examinar a “Fatura Energética de 2017” publicada no final de abril pela DGEG. De acordo com o documento, no global do setor energético (transportes, eletricidade e aquecimento e arrefecimento) Portugal tem um saldo importador, bastante elevado, de 3 843 milhões de euros, equivalente a 2 % do PIB1.

Figura 3: Evolução da Produção de Eletricidade por Fonte (maio de 2016 a maio de 2018).

Fonte: REN; Análise APREN

1 Fatura Energética 2017, abril 2018, DGEG,

http://www.apren.pt/contents/publicationsothers/fatura-energetica-2017-abril-2018-dgeg.pdf 0 1 2 3 4 5 6 2016 2017 2018 Ener gia Elét ric a [TWh ]

Bioenergia Solar Eólico PCH

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Diagrama de Produção de Maio

Ao se centrar a análise no diagrama de carga elétrico de maio (fig. 4) verifica-se que as renováveis continuaram a ser dominantes no abastecimento das necessidades elétricas do continente, suprindo 52 % (2 109 GWh) do consumo elétrico. Neste período registou-se um ligeiro equilíbrio entre importação e exportação, tendo a importação ocorrido principalmente no vazio e a exportação na hora de ponta.

No diagrama estão destacados os picos de produção renovável e fóssil do sistema elétrico nacional.

O primeiro destaque refere-se ao dia 4 às 7h, quando se atingiu um pico de produção renovável no sistema elétrico de 7 144 MW, 129 % do consumo nacional. Por sua vez, o segundo destaque vai para as 19h do dia 18, quando as centrais térmicas fósseis geraram 4 306 MW, 70 % do consumo nacional.

Figura 4: Diagrama de Carga Elétrico de Portugal Continental (maio de 2018).

Fonte: REN; Análise APREN

Informação disponível em:

APREN | Departamento Técnico e Comunicação

Av. Sidónio Pais, nº 18 R/C Esq. 1050-215 Lisboa, Portugal Tel. (+351) 213 151 621 | www.apren.pt 0 2 4 6 8 [G W]

Outras renováveis Hídrica

Eólica Fóssil

Pico de Produção Renovável

Referências

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