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2.Black & Scholes, Martingais, e Cálculo de Ito

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2.Black & Scholes, Martingais, e Cálculo de

Ito

• 2.1 Black & Scholes – Formula por replicação

• 2.1.1 Movimento Browniano e Equações Diferenciais Estocásticas 2.1.2 Correção Browniana, Calculo de Ito e a Distribuição do Preço da Ação

• 2.1.3 Carteira de hedge livre de risco e a formula de B&S

• 2.2 Fator Estocastico de Desconto e Medida Neutra ao Risco

• 2.3 Propriedades Martingais do preço da ação e da opção sob a medida neutra ao risco e preço de opção via esperança condicional.

• 2.4 Medidas Equivalentes, Mudança de Medida em Tempo Continuo e o Teorema de Girsanov: Exemplo; Black & Scholes.

• 2.5 Martingais , Feyman Kac e a obtencao de uma Eq. Diferencial Parc.

(2)

2. Modelo de Black & Scholes (1973)

Premissas Básicas

• O preço da ação segue um movimento browniano

geométrico.

• Vendas a descoberto são permitidas.

• Não há custos de transações ou taxas.

• Não há pagamentos de dividendos durante a

existência do derivativo.

• Transações podem ser realizadas continuamente.

• A taxa de juros básica é constante e a mesma para

(3)

Idéia para obtenção da fórmula de apreçamento

• O movimento geométrico browniano é representado pela

seguinte Equação Diferencial Estocástica:

• Esta indica como o preço da ação evolui ao longo do

tempo: Ele depende de uma componente cond.

determinística que gera um rendimento contínuo à taxa mu,

e mais um termo estocástico que depende do movimento

browniano, e devido à volatilidade constante, apresenta

distribuição normal.

• A partir deste ponto, tudo o que precisamos é obter como

os preços dos derivativos variam ao longo do tempo,

usando uma equação semelhante à anterior.

t

t

t

t

S

dt

S

dW

(4)

Lema de Ito

• Seja X um processo estocástico descrito pela seguinte

equação dinâmica:

• Seja uma função contínua e diferenciável.

• Então vale que:

• Note que o fato de X ser estocástico e em particular

dependente de um movimento browniano nos dá um termo

extra no que seria a fórmula de Taylor usual para

aproximação da variação de uma função!

R

R

f

:

2

t t t t t

dX

X

f

dt

X

t

X

f

t

f

X

t

df





(

,

)

2

1

)

,

(

2 2 2

t t t t

t

X

dt

t

X

dW

dX

(

,

)

(

,

)

(5)

Obtendo-se uma carteira instantaneamente livre de

risco

• Voltando ao MGB:

• Somente assumimos que o preço de uma opção, em um

dado instante de tempo t, será uma função do preço da

ação (neste instante) e do próprio instante de tempo t:

• Então, aplicando-se o lema de Ito obtemos:

t t t t

S

dt

S

dW

dS

)

,

(

t

S

t

c

 

t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t

dW

S

S

c

dt

S

S

c

S

S

c

t

c

dW

S

dt

S

S

c

dt

S

S

c

t

c

dS

S

c

dt

S

S

c

t

c

dc













2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

2

1

2

1

2

1

(6)

A Carteira de Hedge

• Então, observando que toda a incerteza no preço da opção e

no preço da ação está representada pelo termo que contém o

movimento browniano, podemos montar uma carteira que

anule tal efeito, por exemplo, comprando-se

unidades da ação e vendendo-se uma unidade da opção.

• Como esta carteira não apresenta incerteza, ela deve render

o mesmo que um ativo livre de risco.

• Mas ao mesmo tempo a variação da carteira é dada por:

• Substituindo:

t t S c   t t t t t

S

S

c

c

rdt

d

t

t t t t t t

dS

S

c

dc

d

                                t t t t t t t t t t t t t t t t t t t S dW S c dt S S c dW S S c dt S S c S S c t c d 2  2 2     2 2 1

(7)

A Fórmula de Black & Scholes

• Combinando-se as equações anteriores obtemos a seguinte

equação diferencial parcial:

• Para uma opção de compra que paga

a solução é dada por:

t t t t t t t t

S

rc

S

c

rS

S

c

t

c

2 2 2 2

2

1

)

0

,

max(

S

K

C

T

T

T

t

d

d

t

T

t

T

r

K

S

d

d

N

Ke

d

N

S

c

t t T r t t

 

 

1 2 2 1 2 ) ( 1

2

1

ln

)

(

)

(

(8)

O Sorriso da Volatilidade

• A partir da fórmula de B&S, e de dados observados em mercado para taxa de juros, preço atual da ação, e preços para opções, é possível se inverter a fórmula obtendo-se o que é chamado de volatilidade

implícita.

• O gráfico que relaciona, volatilidade implícita (eixo y) com preços de exercício de opções de compra (eixo x), fixados prazo de vencimento e ativo subjacente, é denominado sorriso da volatilidade.

(9)

3. Modelo Dinâmicos de Curvas de

Juros

3.1 Modelos Dinâmicos de Um Fator

3.1.1 O Modelo de Vasicek

(10)

3.1 Modelos Dinâmicos de 1 Fator

• Modelos de 1 Fator para a taxa de curto prazo

• Problemas:

– Por construção todos os nós da ETTJ apresentam correlação perfeita.

– É conhecido o fato de que na maior parte das ETTJ já estudadas empiricamente, pelo menos dois fatores são necessários para

capturar a dinâmica. (Litterman e Scheinkman [1991] Almeida et al. [2001] Singh [1996] entre outros)

– Dificuldades em se ajustar à ETTJ atual e às volatilidades observadas para as diferentes maturações.

(11)

Modelos de 1 Fator para a taxa de curto prazo

• Vantagens:

– Tratabilidade: muitos apresentam fórmulas fechadas para os preços de bônus e de opções básicas.

– Entre os que não apresentam fórmulas fechadas, pode-se

implementá-los através do uso de árvores binomiais/trinomiais.

• Exemplos:

• Vasicek [1977], Cox et al. [1985], Ho e Lee [1986], Black et al. [1990], Hull White [1993].

(12)

Família de Bônus com Preços Livre de Arbitragem

• Uma família B(t,T) t<T<T* é denominada livre de arbitragem relativa a r quando:

1) B(T,T)=1 para todo T.

2) Existe uma probabilidade P* equivalente a P sob a qual os preços dos bônus descontados seguem martingais.

• Perguntas:

– O que é o preço descontado? Fator de desconto: – O que são martingais?

• Implicação:

O preço do Bônus pode ser escrito: .

    T t t u P r du F E T t B( , ) * exp( )   t du u r t e B 0 ) (

(13)

Comentários

• Logo para apreçarmos um bônus sob um modelo para a

dinâmica de curto prazo, basta conhecermos a distribuição de probabilidades da taxa de curto prazo no segmento [t,T].

• É claro que continua valendo a relação: . • Sob a medida neutra ao risco todos os bônus têm o mesmo

retorno em um período infinitesimal igual a taxa de curto prazo: • A solução para esta equação é dada por:

• Conhecendo-se a distribuição de prob. dos preços de um bônus podemos apreçar opções sobre este bônus.

) )( , ( ) , (t T eY tT T t B  

*

) , ( ) , ( ) , (t T B t T rtdt b t T dWt dB             

t t u t udu b u T dW b u T du r T B T t B 0 2 0 * 0 ) , ( 2 1 ) , ( exp ) , 0 ( ) , (

(14)

3.1.1 O Modelo de Vasicek

• Equação diferencial satisfeita pela taxa de curto prazo: • O processo apresenta reversão à média.

• A distribuição da taxa de curto prazo é gaussiana com média

e variância .

• Os preços dos bônus apresentam fórmula fechada:

• Note que o preço do bônus apresenta distribuição log-normal.

* ) ( t t t a br dt dW dr   

       ] 1 [ 0 bt bt e b a r e

e bt

b 2 2 1 2  

t r T t n T t m e T t B( , )  ( , ) ( , )

) ( 1 1 ) , ( e b T t b T t n         T t T t du T u n a du T u n T t m ( , ) ( , ) 2 ) , ( 2 2

(15)

O Modelo de Vasicek

• Jamshidiam [1989] encontrou fórmula fechada para o preço de opções sobre zero coupons e papéis com coupon.

• Suponha que desejamos apreçar uma call européia que vence em T, com strike K, sobre o zero-coupon B(t,U) que vence em U>T. • Qual o valor ?

• Este valor é obtido notando-se que em um mercado completo, existe uma carteira de bônus que replica o pagamento do

derivativo. Portanto o derivativo descontado tb é martingal: ) 0 , ) , ( max(B T U k CT   t C ] ) ) , ( ( [ ) ( * *              C E e B T U k B C E B C T t du u r P t T T P t t

(16)

O Modelo de Vasicek

• Note que para apreçar a call basta conhecer a distribuição

conjunta do preço do bônus na data de vencimento da call e da exponencial da integral da taxa de curto prazo no segmento [t,T].

• Resultado muito semelhante a B&S exceto por uma correção no fator volatilidade.

                   T t U U U t ds U s b T s b T t V T t V T t V k T t B U t B h T t h N T t kB T t h N U t B C 2 2 2 ) , ( ) , ( ) , ( ) , ( ) , ( 2 1 ln ) , ( ) , ( ln )) , ( ( ) , ( )) , ( ( ) , (

(17)

O Modelo de Vasicek

• Desvantagens:

– Não se ajusta à estrutura a termo da taxa de juros atual.

• Apresenta somente quatro parâmetros: . • Captura somente quatro pontos.

– Não se ajusta à estrutura a termo das volatilidades atual. – Portanto comete erros no apreçamento de derivativos.

– Há probabilidade positiva da taxa de juros assumir valores negativos.

e , ,b a

(18)

3.1.2 O Modelo de Hull White

• Equação Diferencial Estocástica:

• Caso particular interessante: modelo de vasicek extendido

• Continuam existindo fórmulas fechadas para os preços de bônus e de opções sobre bônus. Por exemplo, a taxa r é expressa por:

• Principal vantagem é que este modelo se ajusta à estrutura a termo atual devido à variação da função a com o tempo.

* ) ( ) ) ( ) ( ( t t t t a t b t r dt t r dW dr   

 * ) ) ( ( t t t a t br dt dW dr   

                     * 0 ) ( 0 ) ( 0 ) ( ) ( ) ( 0 0 0 u t b s ds t b s ds ds s b t e r e a u du e u dW r u u t

(19)

Como funciona este ajuste à ETTJ atual?

• Suponha conhecida a ETTJ atual P(0,T).

• As taxas forward instantâneas implicadas pelo modelo são:

• Igualando-se a curva do mercado à curva do modelo obtemos: ) , 0 ( ) , 0 ( )) , 0 ( ln( ) , 0 ( n T m T T T B T fTT     T T P T f     ln( (0, )) ) , 0 ( ˆ 2 2 2 0 ) ( 0 (1 ) 2 ) ( )) , 0 ( ln( bT T b T u bT e b du u a e r e T T P      

2 2 2 ' ) 1 ( 2 ) ( )) ( ) , 0 ( ˆ ( ) ( ) , 0 ( ˆ ) ( bT T e b T h T h T f b T h T f T a       

(20)

Modelo de Hull White

• Desvantagens:

– Não se ajusta à estrutura a termo das volatilidades atuais.

– Taxa de juros ainda é gaussiana e portanto pode ser negativa com probabilidade positiva.

• Vantagens:

– Versão mais geral admite implementação por meio de árvore

trinomial e consegue se ajustar à ETTJ atual e à estrutura a termo das volatilidades atuais.

(21)

Conclusões

• Mercados de opções de renda fixa requerem uma matemática sofisticada.

• No Brasil o problema é ainda mais desafiador porque as opções não apresentam grande liquidez (ex. IDI ou sobre Bradies), o que implica que faltam dados para calibrar estes complexos modelos.

• É importante uma busca por calibração cuidadosa e estabilidade dos parâmetros para se buscar uma capacidade preditiva destes modelos para realização de operações.

• Em mercados mais gerais faz-se necessária a utilização de modelos bem mais avançados, multi-fatores com volatilidade estocástica, às vezes não-markovianos (modelos do tipo HJM).

(22)

Referências Básicas

• John Hull, 2000. Options Futures and Other Derivatives,

Fourth Edition.

• Vasicek O. 1977. An Equilibrium Characterization of the

Term Structure.

Referências

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