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BIG BANDS - A MARAVILHOSA ERA DO SWING

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MÚSICOS, FATOS & CURIOSIDADES • Nº 78 • MARÇO 2012

“BIG BANDS”- A MARAVILHOSA ERA DO SWING

20ª PARTE

Prosseguimos com o foco na figura e na obra de DUKE ELLINGTON, sempre homenageando nosso

prezado EDO CALLIA, pianista e arranjador da TRADITIONAL JAZZ BAND BRASIL.

A “personalidade” da música de ELLINGTON permite identificação imediata aos primeiros acordes,

lembrando poesias, cores, seres e paisagens.

Sua capacidade de “experimentar” e abrir caminhos musicais foi quase inesgotável.

No final da década de 1920 ELLINGTON foi o primeiro a utilizar a voz

humana como um instrumento, sendo Adelaide Hall a solista, experiência anos depois repetida com a voz da soprano-coloratura Kay Davis; data

também dessa época a introdução de ELLINGTON das famosas “flatted

fifths”, adotadas uma década e meia depois pelo “bebop”; ainda em

1928 ELLINGTON realiza a primeira gravação com amplificação do

contrabaixo, este a cargo de Wellman Braud no tema “Hot And Bothered”, dando início a uma linha sucessória que nos encantará com as genialidade e criatividade de Jimmy Blanton e às técnica e “feeling” de um Oscar Pettiford.

No final da década de 1930 ele introduziu o “Cuban Jazz” ou “Latin Jazz” com a composição “Caravan”, escrita em parceria com o trombonista de Porto Rico Juan Tizol, em que associa tinturas

do “blues” nas melodia e harmonia; também no final dessa década ELLINGTON utiliza por primeira

vez a gravação em câmara de eco como recurso de interpretação musical, esta a cargo do genial saxofonista-alto Johnny Hodges no tema “Empty Ballroom Blues” (belo título, se é que se poderia encontrar, à época, um salão de baile vazio).

ELLINGTON sem dúvida inaugurou a manteve até a metade da década de 1940 seu pioneirismo como

“jazz composer” (compor para as características do JAZZ), o que mais tarde foi adotado por inúmeros

músicos de JAZZ, entre eles e como exemplos Ralph Burns, John Lewis, Charles Mingus, Gerry

Mulligan, Oliver Nelson, George Russell, Jimmy Giuffre, Bill Russo e Gil Evans.

Enquanto pianista, como já indicado anteriormente e no seio de sua orquestra, ELLINGTON tocava o

essencial apenas sugerindo as transições e as harmonias para seus músicos seguirem “viagem”; em alguns instantes ele dispara “chamadas” como “breaks” típicos da bateria; mas quando sola ele

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sempre recorre às pinceladas de “ragtime” mostrando-nos, como também já observado, um exímio “patrão das 88 teclas”.

A capacidade de ELLINGTON de exprimir-se no âmbito da música clássica está perfeitamente

plasmada em seus clássicos de 1956/1957, “A Drum Is A Woman” (apresentada na televisão, sendo um

conto cênico sobre o nascimento e o crescimento do JAZZ, tendo como personagens-símbolos o

morador da “jungle” “Carrible Joe” e a “mulher.tambor” “Madame Zaji”, que simboliza a música afro-americana) e “Such Sweet Thunder” (criada para o “Shakespearean Festival” de Strafford / Canadá, caricaturando personagens de W.Shakespeare, como “Romeu e Julieta” por exemplo), na versão jazzística da suíte “Quebra Nozes” de Tchaikovsky, assim como nas versões jazzísticas das suítes de “Peer Gynt” de Grieg e a “Suíte Thursday” (escrita para o “Monterey Jazz Festival” de 1960 e inspirada no romance de John Steinbeck “Doce Quinta-Feira”). Essa capacidade também pode ser identificada, em certa medida, no projeto “My People” montado em Chicago para celebrar o centenário de emancipação dos escravos e perpetuada em gravação (também editada em CD). A gravação na Europa do álbum “Symphonic Ellington” com o apoio de orquestras sinfônicas de Paris, do Scala de Milão, de Estocolmo e de Hamburgo, também se inscreve nessa capacidade de composição

“clássica” de ELLINGTON.

Como já indicado foi em setembro de 1965 que ELLINGTON com sua

orquestra realizaram o primeiro “Sacred Concert” na “Grace Cathedral” em São Francisco, ocasião em que foram executadas peças já famosas, tais como “Black, Brown And Beige”, “New World A-Comin’” e “My People”, contando com a participação de cantores,

coros e bailarinos. Na ocasião ELLINGTON foi acusado de profano por

ministros da Igreja Batista, mas o espetáculo foi repetido em mais de 50 igrejas norte-americanas e nos anos seguintes de 1966 e de 1967, respectivamente, nas igrejas inglesas de Coventry e de Cambridge.

Em 1966 a orquestra de ELLINGTON realizou a primeira temporada

européia com a “primeira dama” Ella Fitzgerald, grande sucesso de público e de crítica, temporada que foi repetida em 1967. Também em

1966 ELLINGTON foi figura de destaque no “Festival Mundial das Artes

Negras” em Dacar/ Senegal, quando apresentou sua suíte “La Plus Belle Africaine”.

1967 marcou o falecimento de Billy Strayhorn há muito sofrendo de cancêr, fato que atingiu a “alma”

de toda a banda, já que Strayhorn era um talento musical e de convivência há 28 anos; ELLINGTON e

a banda gravaram o álbum dedicado ao amigo com o título simbólico de “...And His Mother Called Him Bill”, uma soberba poesia musical.

Finalizando o ano de 1968 a banda realizou sua primeira temporada pela América do Sul (Brasil,

Argentina, Chile e México). Na capital mexicana ELLINGTON apresentou a suite “Mexicanticipation”,

mas tarde renomeada de “Latin American Suíte”. No Brasil a banda voltou a apresentar-se em 1971.

Em 1969 e ao completar 70 anos ELLINGTON é homenageado com festa na Casa Branca, ocasião em

que recebe do Presidente Richard Nixon a “Presidential Medal Of Freedon”. Essa homenagem está registrada no mini-documentário de Sidney J. Silver “Duke Ellington At The White House” e comentada na “Filmografia” que incluímos na “Revista Mensal do Jazz” do próximo mês de maio/2012. A banda excursiona à Europa Central (incluindo a Tchecoslováquia), apresenta o “Sacred Concert” em Paris,

sendo ELLINGTON convidado de honra em banquete promovido pelo cantor / ator Maurice Chevalier,

seguindo-se apresentações em Barcelona, Estocolmo e excursão à Índia.

A data de 11 de maio de 1970 marca o falecimento de Johnny Hodges, o lírico, melodioso, sublime, aéreo, denso e requintado solista de sax.alto (alcunhado pelo genial Charlie Parker de “Lily Pons”),

um dos pilares da sonoridade e dos solos do naipe de palhetas da banda de ELLINGTON.

A entrada e saída de músicos da banda durante 1971 não diminui o trabalho, com apresentações na U.R.S.S., extensa temporada na Europa do oeste e, pela segunda vez, na América do Sul, com 03 noites no Brasil (15, 17 e 18 de novembro no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, seguido de recepção com coquetel na Embaixada Americana, formando a banda com Mercer Ellington, Cootie Williams,

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Harold ”Money” Johnson, Johnny Coles e Ed Preston nos trumpetes, Booty Wood, Malcom Taylor e Chuck Connors nos trombones, Russell Procope, Harold Ashby, Paul Gonsalves, Harold Minerve, Norris

Turney e Harry Carney nas palhetas, ELLINGTON ao piano, Joe Benjamim no contrabaixo, Rufus Jones

na bateria e os vocais com Nell Brookshire e Tony Watkins), além de ida ao México.

Em 1972 a latidude de apresentações do grupo de ELLINGTON

alcançou o Oriente, com apresentações no Japão, nas Filipinas, na Indonésia, em Fiji, na Tailândia e em Singapura. Em 1973 as excursões e apresentações pela Europa, em Zâmbia e na Etiópia (onde foi condecorado com a “Emperor’s Star”), são apenas um seguimento da rotina da banda.

Na França ELLINGTON é agraciado pelo governo com a

“Legião de Honra”, a distinção mais elevada que um civil pode receber. No mesmo ano é publicada sua auto-biografia, “Music Is My Mistress”, obra que reservou 30 (trinta) páginas para relacionar cerca de 950 de suas composições.

ELLINGTON foi o primeiro músico de JAZZ a ser constituído membro da “Academia Real de Música” de

Estocolmo, Suécia.

As honrarias recebidas por ELLINGTON contam-se às dezenas, mas podemos destacar entre elas e

além das já citadas anteriormente, todas em função de sua obra e sem nenhum tipo de resquício ou de conotação política de ocasião, de favor, de amizade circunstancial ou de condescendência, os títulos de “Doutor Honoris Causa” pelas Universidades de Columbia e de Yale, “Doutor em Música” pela “Wilberfull University” de Ohio e “Doutor Em Humanidades” pelo “Milton College” de Wisconsin,

Em 1974 falece DUKE ELLINGTON, conforme detalhes indicados no texto da “Revista Mensal do Jazz”

número 76 de janeiro/2012.

Em fevereiro de 1988 em New York nos estúdios da “RCA” e para o selo “Atlantic”, o “Modern Jazz Quartet” (John Lewis / piano, Milt Jackson / vibrafone, Percy Heath / baixo e Connie Kay / bateria) gravou o album “The Modern Jazz Quartet: For Ellington”, com 05 faixas de Ellington (“Jack The Bear”, “Prelude To A Kiss”, “I Don’t Mean A Thing....”. “Ko-Ko” e “Rochin’ In Rhythm”), 01 de Billy Strayhorn (Sepia Panorama”), 01 de John Lewis (“For Ellington”) e 01 de Milt Jackson (“Maestro E.K.E.”, com abertura por Milt e suporte sincopado de John Lewis). O álbum conta com extensas notas de contra.capa do crítico Leonard Feather.

Enumeramos a seguir algumas das composições mais conhecidas de ELLINGTON, com ou sem

parceiro(s) enquanto atuavam na banda, muitas delas já citadas e entre as muitas e muitas centenas que levam o “imprimatur” ellingtoniano abrangendo os diversos “períodos e estilos”: “Black And Tan Fantasy”, “The Mooche”, “St. Louis Too-dle-oo”, “Creole Love Call”, “Mood Índigo”, “Caravan”, “Sophisticated Lady”, “Ring Dem Bells”, “Reminiscing In Tempo”, “Rockin’ Rhythm”, “Satin Doll”, “In A Sentimental Mood”, “It Don’t Mean A Thing (If It Ain’t Got That Swing)”, “Jack The Bear”, “Do

Nothin’ Till You Hear From Me”, “Concerto For Cootie”, “Ko-Ko”, “Cotton Tail”, “ Pitter Panther

Patter”, “Don’t Get Around Much Anymore”, “Bojangles”, “Mr. J.B.Blues”, “Warm Valley”, “I Let A Song Go Out Of My Heart”, “Clarinet Lament”, “Echoes Of Harlem”, “Perdido”, “Never No Lament”, “Black, Brown And Beige”, “Deep South Suíte”, “Newport Jazz Festival Suíte”, “Such Sweet Thunder”, “Liberian Suíte”, “New World-a-Coming”, “The Queen’s Suite”, “Nutcracker Suíte”, “Suite Thursday”, “Peer Gynt Suíte”, “The Goutelas Suíte”, “Diminuendo And Crescendo Blues”, “La Scala (She’s Too Pretty To Be Blue)”, “Solitude”, “Prelude To A Kiss”, “Blue Harlem”, “Daybreak Express”, “Stompy Jones”, “Blue Feeling”, “Rude Interlude”, “Dallas Doings”, “C-Jam Blues”, “Happy-Go-Lucky-Local”, “The Tatooed Bride”, “I Got It Bad”, “I’m Beginning To See The Light”, “Just Squeeze Me”, “Just-A-Sittin’ And A Rockin’”, “In My Solitude”, “Jump For Joy”, “Someone”, “In A Mellow Tone”, “All Too Soon” e “Blue Serge”.

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Esse mínimo de indicações nos permite desfrutar de um universo sonoro incomparável em beleza, em emoção e em requinte musical.

ELLINGTON sempre buscou novas experiências, daí porque não podemos

estranhar que tenha gravado com músicos de JAZZ de outras esferas e

vertentes, destacando-se como exemplos Coleman Hawkins, Charles Mingus, Max Roach, Frank Sinatra, Ella Fitzgerald e John Coltrane.

Ao longo da atuação da banda com ELLINGTON no comando, foram vocalistas

Herb Jeffries, Al Hibbler, Ivie Anderson, Kay Davis, Joya Sherrill, Maria Ellington (mais tarde esposa de Nat “King” Cole), Trish Turner, Adelaide Hall, Yvonne Lanauze, Mell Brookshire, Tony Watkins, Jimmy Grisson, Baby Cox e Betty Roché.

“East St. Louis Toodle-oo”, “Solitude” e “Take The ‘A’ Train” foram ao longo dos anos o prefixo da banda.

Como “orquestra de DUKE ELLINGTON” a banda gravou para as etiquetas “Gennett”, “Brunswick”,

“Vocalion”, “Harmony”, “Regal”, “RCA Victor”, “Okeh”, “Columbia” e “Musicraft”.

Em função de acordos comerciais, vendas / fusões / divisões de marcas e de acervos e demais mutações do mercado, muitas outras etiquetas posteriormente vieram a abrigar em seu “portfolio” gravações da banda.

Na seqüência e em ordem alfabética uma relação parcial com 79 (setenta e nove) músicos que ao

longo dos anos integraram/participaram da “máquina musical” de DUKE ELLINGTON.

Al Killian Trumpete

Al Lucas Contrabaixo

Al Rubin Trumpete

Al Sears Saxofone tenor

Arthur Whetsol Trumpete

Barney Bigard Clarinete

Bass Edwards Tuba

Ben Webster Sax.tenor

Bill Graham Saxofone alto

Billy Strayhorn Piano, composição e arranjo

Billy Taylor Contrabaixo

Booty Wood Trombone

Britt Woodman Trombone

Bubber Miley Trumpete

Buddy Pearson Saxofone alto

Buster Cooper Trombone

Butch Ballard Bateria

Chuck Connors Trombone

Clark Terry Trumpete

Claude Jones Trombone

Cootie Williams Trumpete

Eddie Preston Trumpete

Elmer Snowden Banjo e guitarra

Elmer Williams Sax.tenor

Frank Foster Saxofone tenor

Fred Guy Guitarra

Fred Stone Trumpete

Freddie Jenkins Trumpete

Harold Ashby Sax.tenor e clarinete

Harold Baker Trumpete

Harold Johnson Trumpete

Harry Carney Saxes barítono e alto

Herbie Jones Trumpete

Jabbo Smith Trumpete

Jack Meisel Bateria

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Jimmy Blanton Contrabaixo

Jimmy Hamilton Sax.tenor e clarinete

Jimmy Woode Contrabaixo

Joe “Trick Sam” Nanton Trombone

Joe Benjamin Contrabaixo

Johnny Coles Trumpete e flugehorn

Johnny Hodges Sax.alto

John Sanders Trombone

Juan Tizol Trombone de pistões, composição e arranjo

Julian Priester Trombone

Junior Raglin Contrabaixo

Lawrence Brown Trombone

Lonnie Johnson Guitarra

Louie Bellson Bateria

Louis Metcalf Trumpete

Malcom Taylor Trumpete

Mercer Ellington Trumpete, composição e arranjo

Money Johnson Trumpete

Norris Turney Saxofones alto e tenor

Oscar Pettiford Contrabaixo

Otto “Toby” Hardwick Saxofones alto e soprano

Paul Gonsalves Saxofone tenor

Paul Kondziela Contrabaixo

Quentin Jackson Trombone e vocal

Ray Nance Violino, trumpete e vocal

Rex Stewart Trumpete

Richard Williams Trumpete

Rick Henderson Saxofone alto

Rudy Jackson Saxofone alto e clarinete

Rufus Jones Bateria

Russell Procope Clarinete e saxofones

Sam Woodyard Bateria

Shelton Hemphill Trumpete

Skippy Williams Saxofone tenor

Sonny Greer Bateria

Taft Jordan Trumpete e vocal

Tyree Glenn Trombone, vibrafone e vocal

Wallace Jones Trumpete

Wellman Braud Contrabaixo

Wendel Marshall Contrabaixo

Wild Bill Davis Órgão

Willie Cook Trumpete

Willie Smith Saxofones alto e barítono, clarinete e vocal

Seguiremos nas próximas edições da “Revista Mensal do Jazz” com amostra da “Discografia” (nº 79,

abril/2012), a “Filmografia” (nº 80, maio/2012) e a “Bibliografia

” (nº 81, junho/2012) de DUKE

ELLINGTON.

Segue na “Revista Mensal do Jazz” nº 79, abril/2012,

Referências

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