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Participação das Universidades e ICT no Desenvolvimento Regional Sustentável

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Academic year: 2021

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Participação das Universidades e ICT no

Desenvolvimento Regional Sustentável

Seminário Internacional

Rumo ao Desenvolvimento Sustentável. Dos marcos globais às agendas regionais CITTA, Campina Grande, 7 e 8 de Junho de 2017

(2)

Objetivo Projeto CDR

 subsidiar o Ministério da Educação (MEC) na constituição de centros

de desenvolvimento regional nas universidades, institutos federais e/ou outras instituições de ensino e pesquisa brasileiras, capazes de articular atores relevantes e tomadores de decisão em prol do

desenvolvimento regional/local e melhoria da qualidade de vida das populações

Questões

 Por que razão as universidades e ICT jogam papel importante no desenvolvimento

regional?

 Que relação mantêm desenvolvimento regional e ciência, tecnologia e inovação?  Por que a escala regional / local é significativa para o alcance de resultados

socioeconômicos robustos?

 Como o programa CDR pode contribuir para o desenvolvimento brasileiro?

 Como os objetivos do desenvolvimento sustentável (ODS) podem informar alvos

(3)

 Contribuições essenciais

• Teoria original do Subdesenvolvimento  Produto histórico específico • Moderno planejamento econômico

 Concepções que ajudou a conceber na CEPAL

• Interpretação inédita e inovadora do desenvolvimento nordestino  GTDN mudou debate da questão regional no Brasil

Celso Furtado

• Com o desenvolvimento e a melhoria da qualidade de vida da

população de sua Região, o Nordeste, de seu país, o Brasil, e das outras nações menos favorecidas do mundo.

(4)

Questão Regional Antes de Celso Furtado (1a Metade Séc. XX)

• Velha Economia Clássica (do pleno emprego) não aceita falhas congênitas

 equilíbrio seria automático e natural

• Sem uma concepção de subdesenvolvimento

 problemas de desenvolvimento regional seriam apenas desarranjos ocasionais

• No debate político, admitia-se um único problema regional: a Seca

 para um problema climático, uma resposta técnica: engenharia de barragens

(5)

Questão Regional Pós Celso Furtado (2a Metade Séc. XX)

 Dinâmica desigual capitalista na origem e solução da questão regional  investimento capitalista como variável chave

 Desigualdades regionais a partir de relações/fluxos interregionais desequilibrados

 nova macroeconomia regional

 Seca como fenômeno singular que surge de relações sociais atrasadas

 Planejamento como ferramenta do desenvolvimento  Estado (BNB, SUDENE etc.)

(6)

Questão regional à luz das políticas públicas nacionais

(políticas nacionais de desenvolvimento regional)

 Problema  desigualdades entre as regiões

 Em essência  foco nas regiões mais frágeis no contexto das

interdependências e relações interregionais

 Resposta  instilar dinâmica econômica (rever dotações e ativos, construir

(7)

Desigualdades sociais e regionais

 Produto da reprodução do sistema  Comporta várias referências (renda, produto, oportunidades, felicidade etc.) e recortes (gênero, raça, classes, regiões etc.)

* Desigualdades sociais  entre indivíduos (+ abrangente)  políticas sociais * Desigualdades regionais  entre unidades territoriais  políticas regionais

 Mesmo ângulo de visão ou régua de medida na origem: desigualdades de renda (quanto + agudas as desigualdades + importante medir renda e não produto)

* Brasil (Gini 2014) 0,515 contra 0,605 (Botswana) ou ainda 0,634 (África do Sul) (BIRD)

* 10% + aquinhoados  Brasil 41,8% da renda; 49,6% (Botswana); 51,3% (África do Sul).

(8)

3. Importância de valorizar diversidade sub-regional.  Engajamento atores e entes da federação é

fundamental p/ construção de agendas mais promissoras de desenvolvimento

2. Há regiões menos dinâmicas e c precárias condições sociais em todas as macrorregiões

 Política deve adotar medida + precisa que à da época de Furtado, focando

desigualdades existentes em todo o território nacional

Diagnóstico

1. Padrão macrorregional: Norte e Nordeste como desafios principais (CO + próximo do S e SE)

 Escala ainda é relevante como marco inicial do problema

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Natureza atual (ontem) do desafio do desenvolvimento

• Trajetória de inclusão social e redução das desigualdades sociais e regionais • Trilha dinâmica de crescimento nas duas escalas e dimensões essenciais:

a) das estruturas que lideram a economia nacional a partir do núcleo dinâmico; b) das estruturas que se espraiam por todos os territórios da economia nacional.

A) Século XXI – Oportunidade para combinar de forma inédita e simultânea:

B)

Século XXI – Revalidar em novas bases a hipótese cepalina dos anos 1950:

• Antes: industrialização concentrada p/ acessar tecnologias e superar o subdesenvolvimento (hipótese industrialização retardatária: concentrar recursos p/ difusão posterior dos padrões)

• Agora: Aprendizagem e capacidade p/ inovar c/ elemento transformador das estruturas e bases sociais de produção e consumo em todos os setores e regiões País (hipótese das inovações desconcentradas: elevar produtividade no centro e na periferia)

(11)

Desigualdades  demanda políticas nacionais fortes combinadas

 Atendimento universal às populações desfavorecidas (inclusão social)

(políticas sociais de alcance amplo para compor base social – renda, educação, saúde etc.)

 Investimentos infraestrutura, atividades produtivas diferenciadas e rec. humanos

(apoio à mobilidade, logística, iniciativas produtivas e serviços promissores e capacitação RH)

 Regulação dos agentes econômicos, com estímulo às práticas inovadoras

(regulação eficaz, capaz de impulsionar tecido econômico e social na direção desejada)

 Recursos p/ mobilização de atores e definição de projetos políticos regionais

(prover recursos para ativar a força das instituições e organizações sociais)

 demanda políticas regionais e locais alinhadas

 Capacitação, coordenação e mobilização de instituições-chave

(universidades e centros de pesquisa, governos e empresas inovadoras)

 Articulação de estratégias e políticas concretas e bem definidas

(12)

Anos PIB (R$ bilhões 2012)

População total (milhões hab.)

Pess Ocupado Total (milhões hab.) Produtividade (R$ mil 2012) Taxa de Ocupação (%) 1991 2.353,4 146,8 55,3 42,6 37,7 2000 2.978,8 169,8 65,6 45,4 38,7 2009 3.950,7 188,4 86,7 45,5 46,0

Fonte: IBGE, disponível em Ipeadata (www.ipeadata.gov.br )

PIB per capita PIB / Pop = PIB / PO x PO / Pop - PIB / PO Proxy de produtividade agregada

- PO / Pop Proxy de taxa de ocupação

Brasil: PIB pc, população residente, PO total, produtividade, ocupação (1991/2000/2009)

Produtividade estagnada; crescente taxa de ocupação

(13)

Brasil – Mesorregiões – Análise exploratória da produtividade e taxa de ocupação (R$ mil de 2009 e %)

Brasil – Mesorregiões – Evolução da produtividade e da taxa de ocupação (2000 e 2010)

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PONTOS FORTES:

• Instituições-chave em todos os subsistemas;

Subsistema de pesquisa científica que melhorou em áreas importantes;

• Ativos naturais estratégicos;

Aparato diversificado de agências estatais de promoção e implementação de políticas;

• Possui mercado interno forte para consumo em massas; • Recursos financeiros públicos para a P&D e inovação;

Exemplos positivos de iniciativas de política orientada para missões;

• Presença de políticas complementares.

DESAFIOS A VENCER:

• Ausência de agenda estratégica consistente de longo prazo;

Apresenta fragmentação (ou mesmo antagonismo) entre os subsistemas de pesquisa e educação e o subsistema de produção e inovação;

Apresenta baixa propensão a inovar no subsistema de produção e inovação;

• Sofre de ineficiências no subsistema de políticas e regulação;

• Requer importantes reformas institucionais no sistema fiscal e de regulação de negócios;

• É constantemente afetado de forma negativa pelas políticas implícitas

Subsistema de

pesquisa e educação é decisivo para

alavancar uma transformação estrutural que traga maior sinergia aos subsistemas do SNCTI

Inserção de mestres e doutores avança . Eles ainda são

relativamente poucos como proporção da força de trabalho total. “O sistema brasileiro de inovação: uma proposta de políticas ‘orientadas por

missões’”, de Mariana Mazzucato e Caetano Pena, traz síntese do SNCTI (www.cgee.org.br )

(15)
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(17)

Mundo desenvolvido com

um conjunto homogêneo

de indicadores...

Mundo “em

desenvolvi

mento

pleno de

contrastes

entre as

“regiões”...

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Alcance e potencial das Instituições de Ensino e Pesquisa

Contamos hoje com aproximadamente:

• 110 universidades públicas (63 fed., 43 estad. e 4 municipais),

• 950 campi (federais: 550, estaduais: 340 e municipais: 60),

• 70 faculdades públicas (com cursos isolados).

+

• 38 Institutos Federais (IFETs) com 350 campi,

• 25 escolas técnicas e 2 Cefet (Cefet-RJ e Cefet-MG).

Resumo: temos cerca de 1.4 00 campi espalhados pelo país

Projeto CDR se beneficia de amplo processo de interiorização do

aparato de ensino e pesquisa

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 Visão sistêmica da inovação realça natureza

interativa dos processos relvantes

(qualidade das relações entre produtores, usuários e demais instituições)

 Interações são melhor apropriadas nas regiões (caráter não codificável de parcela expressiva dos

conhecimentos; vantagem da comunicação face-a-face; matriz histórico-cultural comum e identidades)

 Território como elo de articulação das estratégias

(articular iniciativas regionais de desenvolvimento; montar agenda estratégica de apostas de CT&I; assegurar itens básicos da infraestrutura)

Regiões  papel chave nas inovações

Atores,

instituições e

práticas definem

o essencial dos

processos de

inovação e seu

alcance político

nas estratégias

de

desenvolvimento

(20)

Fonte: Coleta Capes 1996-2012 e Plataforma Sucupira 2013-2014 (Capes, MEC). Elaboração CGEE.

Nota: Os valores que aparecem no gráfico são referentes ao ano de 2014. Foram suprimidos os dados referentes aos títulos de mestres e doutores em 1996 quando a proporção de títulos concedidos na UF era menor que 0,2%.

(21)

 Demanda crescente da economia por conhecimento (novo) e resultados de pesquisa

 Demanda crescente por trabalhadores qualificados especialmente nas empresas intensivas em

conhecimento

 Mudança em busca de maior interatividade,

articulações em rede e abertura para a inovação  Mudança na natureza do desenvolvimento

regional/local – universidades adquirem importância na cena local como promotoras do desenvolvimento  Competição/cooperação com outras instituições de

ensino e pesquisa

Universidades  papel chave na criação/difusão de conhecimentos

Universidade

mais que uma

fonte de

conhecimentos

se torna um ativo

participante do

processo de

transferência de

conhecimentos

“processados”

para uso na

economia e

sociedade

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 O projeto CDR nas universidades e ICT envolve:

 Ampliar a valorização e o reconhecimento social do engajamento público dos pesquisadores nas atividades de interesse do desenvolvimento regional;

 Aperfeiçoar a capacidade de gestão de iniciativas, contribuindo para a criação de bases institucionais orientadas para o apoio ao desenvolvimento regional;  Articular as estruturas internas da base técnico-científica às empresas,

governos e demais instituições do tecido socioeconômico regional;

 Suscitar trajetórias de inovação que possam estabelecer processos sistêmicos de aprendizado coletivo com ganhos sociais evidentes;

 Elevar o conteúdo técnico-científico e inovativo das ações de desenvolvimento em todos os segmentos da economia e sociedade regionais

 Realizar apostas consistentes em busca de novos produtos, nichos e concepções inovadoras para o acervo de iniciativas regionais .

Universidades e regiões  precisam intensificar as interações para

lograr alcance de benefícios mútuos

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Jose Roberto de Lima Alessandra Brandão Thiago Costa Sofia Daher Eduardo de Oliveira Tomaz Carrijo

Rayany dos Santos Jackson Maia

Projeto CGEE / MEC - CDR

Equipe Interna CGEE

Supervisão

Antonio Galvão

agalvao@cgee.org.br

Coordenação

Betina Ferraz

bferraz@cgee.org.br

Obrigado!

Referências

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