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O pecadinho e o pecadão. Deivinson Bignon. Todos os direitos reservados

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Academic year: 2021

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Texto

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O pecadinho

e o pecadão

Deivinson Bignon

Todos os direitos reservados ®

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“Seis coisas o SENHOR aborrece, e a sétima a sua alma

abomina: olhos altivos, língua mentirosa, mãos que

derramam sangue inocente, coração que trama projetos

iníquos, pés que se apressam a correr para o mal,

testemunha falsa que profere mentiras e o que semeia

contendas entre irmãos”

(Provérbios 6.16-19)

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Introdução

Todo mundo fala que “para Deus não existe pecadinho e pecadão”. Será que a voz do povo é a voz de Deus? Com muita certeza sabemos que não. Então vamos ver o que diz a Bíblia, a verdadeira voz de Deus.

1. Os fatos bíblicos

Jesus fala para Pilatos e diz: “Quem me entregou a ti maior pecado tem” (Jo 19.11; cf. Lm 4.6). A Bíblia diz que: “Há pecados que são para a morte e há pecados que não são para morte” (1Jo 5.16,17). Moisés, guiado pelo Altíssimo, ensinou que certos pecados requeriam uma pombinha e outros um touro. Sim, os livros de Moisés já demonstram uma distinção entre pecados pelo fato de alguns merecerem certos castigos e outros, apedrejamento e morte (Êx 21.28,29,32; Lv 20.27; cf. Jo 8.5).

Jesus demonstra que alguns pecados são comparados com moscas e outros, camelos (Mt 23.24). Deixar de dizimar do chazinho e cumprir certos detalhes da vida religiosa pode ser comparado como coar mosquitos. Deixar de usar da bondade, da justiça e da misericórdia, para Jesus, é engolir camelos.

Na parábola do Bom Samaritano, o levita e o sacerdote quem sabe estavam preocupados com seus compromissos religiosos ao passarem pelo homem atacado pelos ladrões sem o ajudar. Estavam coando mosquitos e engolindo camelo. O Bom Samaritano, que era da considerada religião pagã, corrupta e imunda pelos judeus, quem sabe errava em seus conceitos e doutrinas, mas não era capaz de engolir um camelo deixando de ajudar aquele homem. Provavelmente poderia estar até engolindo mosquitos, mas não engoliu camelo!

Quando somos muito organizados, o que mais nos ofende em alguém é a sua desorganização. Quando somos altruístas, a avareza de alguém nos arde os olhos. E Deus? Deus é perfeito em tudo, portanto todo e qualquer pecado lhe ofende, mas os maiores pecados, aqueles de onde se originam todos os outros e certamente causam maiores danos, estes são mais ofensivos a Ele. Em

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Provérbios temos claramente isto repetidas vezes... “seis coisas o Senhor detesta e a sétima seu coração abomina” (Pv 6.16-19), lembra?

A glória de Deus vista por Moisés fez com que Ele declarasse a bondade, a paciência e a misericórdia de Deus. Entendemos então que a santidade de Deus é aquela repleta de atributos e virtudes santas, como a humildade, a misericórdia, altruísmo... A santidade de Deus nos fulminaria porque ele enxergaria em nós os avessos à verdade, aos valores que Ele possui. A nossa presença pecadora diante dEle causaria uma ira em Deus tamanha, e seríamos num instante reduzidos ao pó, só o sangue de Jesus pode nos apresentar diante do Pai. Naquele sacrifício mora nossa justiça e salvaguarda. Em muita humildade devemos temer e tremer diante do Altíssimo.

O estudo das dimensões de pecados é importante porque temos visto na escala de valores do povo em geral e também entre o povo de Deus, uma verdadeira perdição na capacidade de avaliar culpas, ofensas e pecados.

Estamos cansados de ver gente fazendo tempestade de um copo de água e fazer de copos de água, tempestades. Temos coado mosquitos e engolido muitos camelos na vereda espiritual. Devemos então conhecer sobre esta questão, do contrário estaremos mais vulneráveis a repetir a triste e repreendida história dos fariseus. Queremos ser mais semelhantes a eles? É claro que não, queremos todos ser mais semelhantes a Jesus.

2. Qual a solução? Como medir o tamanho de

cada pecado?

Muitos não empreendem este pensamento com medo de dar oportunidade a si e a muitos de desculpar coisas que serão julgadas leves, ou pecadinhos. É uma excelente preocupação, digna de louvor. Mas existe um remédio para ela. Mas, antes, devemos lembrar que para se curar uma doença maior às vezes temos que aceitar a desdita de um efeito colateral, contudo temos por claro, como dizem as bulas de remédios, que os benefícios superam os efeitos colaterais.

Creio que sempre lembrar “que todo o pecado é ofensivo a Deus” que é perfeito, e amar a este Deus perfeito e desejarmos ser como Ele, homens e mulheres à Sua imagem, será um antídoto deveras eficaz contra este possível efeito colateral indesejável.

Mas pior mal que este acima é a imitação dos fariseus, que engoliam camelos (pecados maiores) e coavam mosquitos (pecados menores), que fatalmente ocorrerá entre nós se não tivermos o discernimento do que é mais

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importante. Devemos buscar ser dessemelhantes aos fariseus, pois, ninguém na face da terra prejudicou tanto o trabalho de Jesus como eles.

Então como poder medir o tamanho do pecado? Existe uma fórmula? Quem dera estivéssemos estudando química, matemática ou alguma ciência exata. Não é o caso. Dependemos para medir os pecados e culpas, de muita sensibilidade moral e conhecimento da escala de valores de Jesus, nosso prumo, nossa fórmula mágica, nosso modelo nos exercícios da matemática espiritual.

Muitas pessoas dizem que o pecado deve ser medido pelas conseqüências que ele acarreta e isto é um bom começo para sermos mais justos, mais proporcionais, mais adequados ao lidar com a nossa culpa e os pecados que defrontamos ao nosso derredor. Contudo, viajarmos pelos meandros das conseqüências é um caminho infinito e certamente nos perderemos nele, teremos de imaginar destinos, anos, gerações.

Existirá então alguma forma mais eficiente de medir o mal? Em Cristo temos esta resposta, nEle encontraremos o caminho, temos lições esplêndidas e santas para buscarmos dEle uma mentalidade também santa e celestial, aumentando nossos conceitos significativamente e fazendo com que com os pressupostos dEle, com os conceitos que Ele estabeleceu, sejam os nossos guias e nos dê a garantia de sermos inteiramente bem-sucedidos.

Para Jesus o que era mais importante, o que era mais agravante? Dentro destas perspectivas saberemos e quanto mais o conhecermos, maior precisão teremos ao avaliar os pecados e os acertos que existem em nós e ao nosso redor. “A vida eterna é esta, que te conheçam a ti, Deus único, e a Jesus, a quem enviaste” (Jo 17.3). Assim como a técnica do carbono 14, que tenta medir a idade de objetos orgânicos, está sendo suplantada pela técnica do DNA, muito mais precisa, Deus e seu bendito Filho precisam ser a nossa nova fórmula de enxergarmos este mundo e a nós mesmos.

Contemplemos por exemplo, as palavras santas da bem-aventurança, os novos mandamentos da Nova Aliança que o céu nos presenteou... a humildade é a primeira delas, depois vemos a mansidão, o espírito pacificador, a pureza, a misericórdia... o sofrimento pela verdade, o desejo tão intenso de justiça que se traduz em fome e sede! Glórias ao Deus dos valores eternos, das verdades eternas, dos pensamentos elevados, celestiais e santos, santíssimos como é o caráter de Deus!

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Conclusão

Falando em “fome e sede de justiça” (Mt 5.6) todos sabemos que o homem é capaz de tudo para ter o que comer e, mais ainda, o homem sente alucinações, tem visões no deserto, quando está com sede. Hoje, creio que nos falta fome e sede de justiça, pois pouco estamos fazendo para que esta se estabeleça. Será que o máximo que podemos fazer é criticar as injustiças? Não precisará esforços e estratégias bem elaboradas para que a justiça aconteça?

Se as bem-aventuranças são as máximas do Reino de Deus que começa em nosso coração, invisivelmente. Negligenciá-las, seria comparado ao engolirmos camelos e sermos fariseus modernos.

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Sobre o autor

Deivinson Bignon é mestre em Ciências da Religião com especialização em Bíblia e é formado em Letras (Português e Literaturas); exercendo as seguintes atividades: pastor auxiliar da Igreja Evangélica Congregacional de Vila Paraíso, professor, conferencista, escritor e cartunista. Autor dos livros “Voltando para a Bíblia” (2002) e “Recados do céu: a ética profética de Deus para as grandes questões da nossa época” (2007).

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