Manual do Usu ´
ario
ECU PR440
ECU PR440 DRAG
GARANTIA
PRODUTOS PRO TUNE
Os Produtos Pro Tune tˆem garantia de 1 ano (3 meses referentes `a garantia legal mais extens˜ao de 9 meses de garantia especial concedida pela Pro Tune) a partir da data de venda ao consumidor final. A garantia ´e somente para defeitos de fabricac¸˜ao do produto, e ser´a realizada somente na sede da Pro Tune. ´E v´alida se o produto for usado em conformidade com o seu respectivo manual e somente para os produtos Pro Tune, n˜ao se estendendo de forma nenhuma a outra parte ou pec¸a, independente de qualquer situac¸˜ao.
Danos causados aos produtos Pro Tune ou a outras pec¸as por instalac¸˜ao in-correta n˜ao est˜ao cobertos pela garantia, de forma nenhuma. Produtos Pro Tune com marcas de violac¸˜ao ou choques mecˆanicos perdem automaticamente a garan-tia. A garantia n˜ao se estende ao conte ´udo ou ajustes presentes na mem ´oria dos produtos.
Os softwares Pro Tune s˜ao parte integrante dos seus respectivos produtos e est˜ao dispon´ıveis para download no site da empresa. Seu uso ´e permitido somente quando em conjunto com produtos Pro Tune. Sua distribuic¸˜ao n˜ao ´e permitida. A Pro Tune n˜ao garante que o software funcione corretamente em qualquer compu-tador, mas presta suporte e otimiza constantemente seus produtos para que isso ocorra.
Qualquer despesa de envio e retorno ser´a sempre por conta do cliente, inde-pendentemente do motivo do envio do produto.
SUPORTE
Web Page: www.protuneelectronics.com.br E-mail: suporte@protuneelectronics.com.br
Pro Tune Sistemas Eletr ˆonicos Rua Brig. Ivo Borges, 232 - 92420-050
Canoas, RS, Brasil Ind ´ustria Brasileira www.protuneelectronics.com.br
Sum ´ario
1 ECUs PRO TUNE 9
1.1 Vis˜ao Geral . . . 9 1.2 Modelos Dispon´ıveis . . . 9 1.2.1 PR330 . . . 9 1.2.2 PR440 . . . 10 1.2.3 PR660 . . . 10 1.2.4 Vers˜ao DRAG . . . 11 1.3 Nomenclatura . . . 11 2 PR440 13 2.1 Principais caracter´ısticas . . . 14 2.2 Recursos . . . 14 3 Instalac¸˜ao 17 3.1 Cuidados Importantes . . . 17 3.2 Pinagem da ECU . . . 17 3.3 Injetores . . . 19
3.3.1 Injetores de Alta Impedˆancia . . . 19
3.3.2 Injetores de Baixa Impedˆancia . . . 20
3.4 Ignic¸˜ao . . . 20
3.5 Entradas Anal ´ogicas e Digitais . . . 21
3.6 Sinal de Rotac¸˜ao e Fase . . . 22
3.7 Sensor de Press˜ao (MAP) . . . 22
3.8 Sonda Lambda . . . 23
3.9 Acelerador Eletrˆonico . . . 24
3.9.1 Sensor do Pedal . . . 24
3.9.2 Sensor de Posic¸˜ao da Borboleta . . . 24
3.9.3 Motor da Borboleta . . . 24
3.9.4 Instalac¸˜ao do Acelerador Eletrˆonico . . . 25
4 Diagramas de Instalac¸˜ao 27 4.1 Sistema com Distribuidor . . . 27
4.2 Sistema com Roda Fˆonica e Sensor Indutivo . . . 28
4.3 Sistema com Injec¸˜ao Sequencial . . . 29
4.4 Sistema com Drive-by-Wire . . . 30
5 Comunicac¸˜ao 31 5.1 Porta USB . . . 31
5.2 CAN . . . 31
5.3 Porta Serial RS-232 . . . 32
6 SUM ´ARIO
6 Software Pro Tune WORKBENCH 33
6.1 Area de Trabalho´ . . . 33
6.2 Elementos B´asicos do Software . . . 34
6.3 Bot˜oes de Atalho . . . 36
6.4 Conectando o ECU no PC . . . 37
6.5 Ajuste doLayout da tela . . . . 37
6.6 Salvando oDatalog no PC . . . . 38
6.7 Atualizac¸˜ao doFirmware . . . . 40
6.8 An´alise em Tempo Real . . . 40
7 Soluc¸˜ao de Problemas 43 8 Especificac¸˜oes T´ecnicas 45 Lista de apˆendices 46 A Sistemas de Injec¸˜ao Eletr ˆonica 47 A.1 Introduc¸˜ao . . . 47
A.2 Ignic¸˜ao . . . 47
A.3 Injec¸˜ao de Combust´ıvel . . . 49
A.3.1 Mistura Rica, Pobre e Estequiom´etrica . . . 49
A.3.2 Quantidade Adequada de Combust´ıvel . . . 50
A.3.3 A Quantidade B´asica . . . 51
A.3.4 As Correc¸˜oes . . . 52
A.3.5 Sensores . . . 53
A.3.6 Atuadores . . . 53
B Cabos de Vela 55
C Sonda Lambda - EGO 57
D Ordem de Ignic¸˜ao de Motores 59
E Configurando a ECU com Distribuidor 61
Advertˆencia
• Os produtos descritos neste manual n˜ao est˜ao homologados para uso em estradas e vias p´ublicas.
• Os produtos descritos neste manual n˜ao garantem de nenhuma forma o atendi-mento `as normas vigentes para emiss˜ao de gases poluentes e poluic¸˜ao sonora. En-tretanto, tais normas podem ser respeitadas efetuando a correta parametrizac¸˜ao dos produtos, sendo esta de responsabilidade do usu´ario. A Pro Tune se isenta de qualquer responsabilidade pelo uso indevido de seus produtos.
• O uso dos produtos ´e de inteira responsabilidade do usu´ario.
Tabela 1: Hist ´orico de Revis˜oes deste manual
Data Revis˜ao Modificac¸˜oes Setembro/2012 1 Redac¸˜ao Inicial
Outubro/2012 2 Alterac¸˜ao do Layout do texto Fevereiro/2014 3 Revis˜ao do manual
1 ECUs PRO TUNE
1.1
Vis˜ao Geral
A Pro Tune possui em sua linha de produtos, M ´odulos de Injec¸˜ao Eletrˆonica compactos e de alta performance. Estas ECUs tem como objetivo proporcionar alto desempenho e garantir confiabilidade mesmo sob as mais diversas condic¸˜oes de operac¸˜ao.
Todos os modelos s˜ao constru´ıdos em chassi de alum´ınio anodizado com conec-tores a prova d´´agua que garantem robustez em qualquer tipo de terreno. Al´em disso, todos modelos possuem sensor MAP integrado e condicionador para sonda lambda tipo wideband, facilitando a instalac¸˜ao do produto. Possuem ainda um
software avanc¸ado de configurac¸˜ao e an´alise de dados chamado Pro Tune WORK-BENCH, com interface gr´afica totalmente customiz´avel e otimizado para um di-agn ´ostico completo do motor.
1.2
Modelos Dispon´ıveis
A Pro Tune apresenta trˆes modelos de ECUs, para atender as necessidades dos mais variados perfis de aplicac¸˜ao. Abaixo est´a uma breve descric¸˜ao das carac-ter´ısticas de cada modelo.
1.2.1
PR330
Com sua aplicac¸˜ao voltada para os ambientes mais agressivos do automobi-lismo, o m ´odulo de injec¸˜ao eletrˆonica program´avel PR330 ´e a opc¸˜ao ideal para o mapeamento e ajustes em motores de motos, jipes, lanchas e Jet-skis. Este modelo se destaca por ser muito compacto e possuir uma construc¸˜ao totalmente a prova d´´agua e com alta resistˆencia a quedas e vibrac¸˜oes. Alguns caracter´ısticas da ECU podem ser destacadas:
• 3 sa´ıdas para injetores;
• 3 sa´ıdas para ignic¸˜ao;
• 2 entradas auxiliares de tens˜ao;
• 2 entradas para sensor de temperatura ou tens˜ao;
• 5 sa´ıdas auxiliares program´aveis;
• 1 entrada para sonda lambdawideband;
• suporte para uso de m ´odulodrive-by-wire externo.
10 CAP´ITULO 1. ECUS PRO TUNE
1.2.2
PR440
Desenvolvida para aplicac¸˜oes que exigem mais recursos de sensores e atuado-res, a PR440 ´e projetada para aplicac¸˜oes de maior performance, que exigem injec¸˜ao de combust´ıvel sequencial em motores de at´e 4 cilindros. Abaixo s˜ao destacadas algumas caracter´ısticas deste modelo:
• 4 sa´ıdas para injetores; • 4 sa´ıdas para ignic¸˜ao;
• 6 entradas auxiliares de tens˜ao/temperatura; • 2 entradas digitais;
• 6 sa´ıdas auxiliares program´aveis;
• 1 entrada para sonda lambdawideband;
• suporte para uso de m ´odulodrive-by-wire interno;
• comunicac¸˜ao USB, CAN e RS-232.
1.2.3
PR660
A PR660 ´e um modelo diferenciado, com recursos exclusivos. Projetada para motores de alt´ıssima performance, que necessitam de injec¸˜ao de combust´ıvel se-quencial de at´e 6 cilindro. Este modelo se diferencia por possuir condicionamento de sinal para 2 sondas Lambda wideband e condicionamento integrado de sinal
paraknock sensor.
• 6 sa´ıdas para injetores; • 6 sa´ıdas para ignic¸˜ao;
• 3 entradas auxiliares de tens˜ao;
• 6 entradas configur´aveis de tens˜ao/temperatura; • 4 entradas digitais;
• 9 sa´ıdas auxiliares program´aveis;
• 2 entradas para sonda lambdawideband;
• M ´odulodrive-by-wire integrado;
• Condicionador paraknock sensor
1.3. NOMENCLATURA 11
1.2.4
Vers˜ao DRAG
As ECU´s Pro Tune possuem, al´em de sua vers˜aostandard, uma vers˜ao chamada
DRAG, destinada aos ve´ıculos de corrida de arrancada. Essa linha possui recursos dispon´ıveis nofirmware como datalog, controle de lambda e lambda auto-tune.
Al´em destes recursos previamente habilitados, possui ainda um sensor de press˜ao (MAP) de 700kPa, adequado aos motores turbo com maior press˜ao.
1.3
Nomenclatura
Abaixo, ´e apresentada uma lista de nomenclaturas utilizadas pela Pro Tune no decorrer do manual:
• APMS - Antes do ponto morto superior; • IN - Entrada auxiliar de tens˜ao;
• AT - Entrada auxiliar de sensor de temperatura; • AUX-OUT - Sa´ıda auxiliar de tens˜ao;
• CKP - Entrada de sensor de rotac¸˜ao do motor (Crank position);
• CMP - Entrada de sincronismo de fase do motor (Camshaft position);
• ET - Sensor de temperatura do motor (Engine Temperature);
• ECU - Unidade de controle do motor (Electronic (or Engine) control unit);
• EGO - Sensor de oxigˆenio ou sonda Lambda; • Firmware - software interno da ECU;
• IAT - Sensor de temperatura do ar (Intake air temperature);
• kPa - Quilo Pascal - unidade de press˜ao (1 BAR = 100kPa); • MAF - Sensor de massa de ar (Mass air flow);
• MAP - Sensor de press˜ao absoluta (Manifold Absolute Pressure sensor);
• PMS - Ponto morto superior; • RPM - Rotac¸˜oes por minuto;
2 PR440
Este manual descreve de forma objetiva, como instalar e configurar o m ´odulo de injec¸˜ao eletrˆonica modelo ECU PR440.
Uma foto do produto pode ser vista na figura 2.1.
Figura 2.1: Apresentac¸˜ao da ECU PR440.
Este produto vem acompanhado dos seguintes ´ıtens:
• M ´odulo de ECU PR440;
• Software de configurac¸˜ao Pro Tune WORKBENCH®; • Manual de instruc¸˜oes do usu´ario.
Ao receber o produto, certifique-se de que ele venha acompanhado de todos os acess ´orios.
14 CAP´ITULO 2. PR440
2.1
Principais caracter´ısticas
Projetado para motores de at´e 4 cilindros de sistema sequencial (tamb´em po-dendo ser utilizado em motores de at´e 8 cilindros em sistemas semi-sequenciais), os m ´odulos de injec¸˜ao eletrˆonica program´avel Pro Tune PR440 abrem aos mecˆanicos, pilotos e preparadores, uma infinidade de possibilidades para a an´alise e execuc¸˜ao de ajustes em motores.
Entre as principais caracter´ısticas, podemos destacar: • Facilidade no mapeamento de motores;
• Gravac¸˜ao de at´e 100 canais simultˆaneos; • Constru´ıdo em chassi de alum´ınio anodizado;
• Possui uma vers˜ao DRAG dedicado especialmente para o segmento de cor-rida de Arrancada;
• Vem acompanhado do Software de configurac¸˜ao e diagn ´ostico Pro Tune Workbench®;
2.2
Recursos
A tabela abaixo, apresenta os recursos dispon´ıveis na ECU PR440.
Tabela 2.1 – Recursos da ECU PR440.
Injec¸˜ao Sa´ıda para 4 injetores (peak-and-hold) operac¸˜ao sequencial
Ignic¸˜ao 4 sa´ıdas
Rotac¸˜ao e Fase 2 entradas p/ sensor hall ou indutivo Entradas 2 entradas de tens˜ao (0-5V)
6 entradas tens˜ao/temperatura Entradas Digitais 2 entradas
Sa´ıdas 6 sa´ıdas (2A)
2 sa´ıdas de potˆencia (5A) Sonda Lambda Entrada para 1 sondawideband
Sensor de Press˜ao MAP integrado de 250kPa absoluto (1,5Kg de press˜ao de turbo) na vers˜ao standard
MAP integrado de 700kPa absoluto (ou 6kgf /cm2) na vers˜ao DRAG.
2.2. RECURSOS 15
Tabela 2.1 – Recursos da ECU PR440 (continuac¸˜ao). Recursos Adicionais Launch Control
Boost Control Power Shift Anti-Lag
Traction Control Remote Dash Control Emergency Map
Pit Limit Speed Control
Controle de Comando Vari´avel Controle deDrive-by-wire
Seguranc¸a Password Protection
Datalog Interno 6 horas (10 canais@10Hz) ou 60 horas (10 canais@1Hz)
3 Instalac
¸ ˜
ao
3.1
Cuidados Importantes
- As entradas CKP- e CMP- n˜ao est˜ao ligadas a terra e n˜ao podem ser utilizadas como terra de sensores Hall. Especificamente para o caso Hall, ´e necess´ario fazer a ligac¸˜ao externa no terra dos sensores;
- Separar preferencialmente os terras dos sensores do terra geral da alimentac¸˜ao da ECU;
- Ligar a alimentac¸˜ao (+12 volts) em um ponto de alimentac¸˜ao que n˜ao desative durante o arranque. Preferencialmente ligar direto na alimentac¸˜ao p ´os-chave;
- O circuito de ignic¸˜ao ´e cr´ıtico para ao bom funcionamento. Ao ligar as velas na bobina de ignic¸˜ao, quando poss´ıvel utilize cabos supressivos e velas resistivas;
- Separar os fus´ıveis da sonda, injec¸˜ao e ignic¸˜ao.
- As sa´ıdas AUX-OUT 1 e AUX-OUT 2 possuem diodo de recirculac¸˜ao. N˜ao usar estas sa´ıdas para acionar cargas permanentes pois manter˜ao o sistema ali-mentado, mesmo quando a ECU for desligada.
3.2
Pinagem da ECU
O conector utilizado pela PR440 possui 48 pinos sendo 40 de sinal e 8 pinos de potˆencia. Sua numerac¸˜ao utiliza um sistema com n ´umeros para numerac¸˜ao de linha e letras para as colunas. Uma vista do conector da ECU pode ser visto na figura 3.1.
Figura 3.1: Vista frontal dos pinos do conector da ECU.
18 CAP´ITULO 3. INSTALAC¸ ˜AO
A lista de func¸˜oes de cada pino pode ser vista na tabela 3.1.
Tabela 3.1 – Pinagem da ECU PR440.
INJETORES
Pino Cor Func¸˜ao
A1 azul INJ 1 - Primeira sa´ıda de injetor B1 azul INJ 2 - Segunda sa´ıda de injetor C1 azul INJ 3 - Terceira sa´ıda de injetor D1 azul INJ 4 - Quarta sa´ıda de injetor
IGNIC¸ ˜AO
Pino Cor Func¸˜ao
H1 marrom IGN 1 - Primeira sa´ıda de ignic¸˜ao J1 marrom IGN 2 - Segunda sa´ıda de ignic¸˜ao K1 marrom IGN 3 - Terceira sa´ıda de ignic¸˜ao H2 marrom IGN 4 - Quarta sa´ıda de ignic¸˜ao
ENTRADAS
Pino Cor Func¸˜ao
F4 lil´as CKP+ - Entrada positiva do sensor de rotac¸˜ao G4 rosa CKP- - Entrada negativa do sensor de rotac¸˜ao H4 rosa CMP+ - Entrada positiva do sensor de fase J4 rosa CMP- - Entrada negativa do sensor de fase C2 branco IN 1 - Entrada 1 (DIG-IN1*)
D2 branco IN 2 - Entrada 2 (TP)
E2 branco IN 3 - Entrada 3 (DIG-IN3*)(AIR TEMP) F2 branco IN 4 - Entrada 4 (DIG-IN4*)(WATER TEMP) G2 branco IN 5 - Entrada 5 (0-12V)
G3 branco IN 6 - Entrada 6 (0-12V) F3 branco IN 7 - Entrada 7
E4 branco DIG IN 2 - Entrada Digital 2 SA´IDAS
Pino Cor Func¸˜ao
G1 cinza AUX OUT 1 - Sa´ıda Auxiliar 1 (diodo de recirculac¸˜ao)
F1 cinza AUX OUT 2 - Sa´ıda Auxiliar 2 (diodo de recirculac¸˜ao)
E1 cinza AUX OUT 3 - Sa´ıda Auxiliar 3
L1 cinza AUX OUT 4 5A[ETC] - Sa´ıda Aux. de potˆencia 4 M1 cinza AUX OUT 5 5A[ETC] - Sa´ıda Aux. de potˆencia 5 M3 cinza AUX OUT 6 - Sa´ıda Auxiliar 6
3.3. INJETORES 19
Tabela 3.1 – Pinagem da ECU PR440 (continuac¸˜ao).
SONDA LAMBDA
Pino Cor Func¸˜ao
A3 branco LA HT- - Negativo do aquecedor 1 (fio branco) B3 amarelo LA SENSOR 0V - Referˆencia (fio amarelo) C3 verde LA RCAL - Calibrac¸˜ao Sonda 1 (fio verde) D3 vermelho LA IP - Ipump sonda 1 (fio vermelho) E3 preto LA VS - C´elula Nernst sonda 1 (fio preto)
COMUNICAC¸ ˜AO
Pino Cor Func¸˜ao
A2 amarelo CAN LOW/SP Tx - CAN Low / Protune SP Tx B2 verde CAN HIGH/SP Rx - CAN High / Protune SP Rx
ALIMENTAC¸ ˜AO
Pino Cor Func¸˜ao
M4 vermelho +12V SWITCH - Positivo (+12V)
K3 vm/pt SENSOR 5V - Alimentac¸˜ao dos Sensores - (sa´ıda 5v) L3 pt/br POWER GROUND - Terra de alimentac¸˜ao
L4 pt/br POWER GROUND - Terra de Potˆencia L2 preto SENSOR GROUND - Terra dos sensores
3.3
Injetores
Injetores de combust´ıvel podem ser entendidos como pequenas v´alvulas, que quando energizadas abrem e deixam o combust´ıvel passar.
Basicamente h´a dois tipos de injetores comuns: Injetores de baixa impedˆancia e injetores de alta impedˆancia. Para identificar a impedˆancia de um injetor ´e ne-cess´ario medir sua resistˆencia el´etrica:
• Alta impedˆancia - com resistˆencia na faixa de 12Ω (ohm) ;
• Baixa impedˆancia - com resistˆencia abaixo de 5Ω (ohm).
3.3.1
Injetores de Alta Impedˆancia
Injetores de alta impedˆancia s˜ao ligados diretamente nas sa´ıdas de injec¸˜ao da Pro Tune e quando acionados receberam diretamente a tens˜ao da bateria.
Cada sa´ıda da ECU tem capacidade para at´e 3 injetores de alta impedˆancia em paralelo.
20 CAP´ITULO 3. INSTALAC¸ ˜AO
3.3.2
Injetores de Baixa Impedˆancia
Injetores de baixa impedˆancia n˜ao podem receber diretamente a tens˜ao da bateria, pois podem queimar nesta condic¸˜ao. A ECU pode acionar injetores de baixa impedˆancia quando ligados apropriadamente. Como sua impedˆancia ´e muito baixa h´a duas soluc¸˜oes para sua ligac¸˜ao: ligac¸˜ao do injetor em s´erie com resistor ou a utilizac¸˜ao do m´etodo Peak-and-hold.
Pelo m´etodo do resistor, coloca-se o injetor em s´erie com um resistor de 3,3Ω (ohm), com 20 Watts de potˆencia.
Pelo m´etodo Peak-and-hold, precisa-se configurar corretamente os parˆametros do injetor na ECU, atrav´es do software Workbench. Este recurso ´e melhor apresentado no cap´ıtulo referente ao software.
3.4
Ignic¸˜ao
As bobinas de ignic¸˜ao podem ser entendidas, basicamente, como multiplica-dores de tens˜ao. Assim um pulso de tens˜ao na ordem de 300V a 450V no lado de baixa tens˜ao da bobina gera no outro lado da bobina um pulso de tens˜ao na ordem de 100 vezes maior, suficiente para gerar um arco el´etrico nas velas de ignic¸˜ao. Para gerar um pulso de 300V a 450V no lado de baixa tens˜ao da bobina ´e ne-cess´ario primeiro armazenar energia el´etrica na bobina. Assim, quando a bobina ´e desligada a energia nela armazenada gera automaticamente o pulso necess´ario. O tempo que a bobina fica ligada armazenando energia ´e chamado de tempo de carga, oudwell.
Para ligar e desligar a bobina ´e usado um circuito eletrˆonico, conhecido por
driver. O driver pode estar incorporado na bobina de ignic¸˜ao ou n˜ao. Bobinas
com o driver incorporado s˜ao conhecidas como bobinas de ignic¸˜ao interna. As
ECUs da Pro Tune possuem apenas a sa´ıda para acionamento dodriver de ignic¸˜ao.
Recomenda-se o uso de bobinas com este circuito incorporado ou ent˜ao o uso de
drivers externos, que tamb´em s˜ao disponibilizados pela Pro Tune.
3.5. ENTRADAS ANAL ´OGICAS E DIGITAIS 21
Figura 3.2: Ignic¸˜ao: (a) com driver integrado. (b) com driver externo.
3.5
Entradas Anal ´ogicas e Digitais
O m ´odulo de injec¸˜ao ECU PR440 possui 3 tipos de entradas diferentes:
• Entradas anal ´ogicas;
• Entradas digitais;
• Entradas para sensor de temperatura (Termistor).
As entradas anal ´ogicas do produto podem ser configuradas para a utilizac¸˜ao de sensores com sinal de sa´ıda em tens˜ao ou ent˜ao sensores de temperatura do tipo Termistor.
Os terminais de entrada entre IN-1 e IN-4 s˜ao para sinais entre 0 e 5 volts. As entradas IN-5 e IN-6 podem suportar sinais de at´e 12 volts. Assim, quando for necess´ario utilizar sensores com tens˜ao de sa´ıda maior que 5 volts, deve-se escolher adequadamente o terminal de entrada.
As entradas digitais s˜ao utilizadas para medidas de frequˆencia. A faixa de leitura ´e de 0,5 `a 6500 Hz. A configurac¸˜ao destas entradas permite a ligac¸˜ao de sinais do tipo “Coletor Aberto”, ou simplesmente chaves, que conectam o pino ao terra.
As entradas de temperatura s˜ao projetadas para utilizac¸˜ao de termoresistores do tipo NTC. O produto possui circuito de entrada com ligac¸˜ao pull-up
confi-gur´avel. Assim, quando utilizado um sensor de temperatura em uma entrada, ´e necess´ario que seja feita a configurac¸˜ao no software Workbench para que opull-up
seja ativado e a leitura seja feita de forma correta.
´E recomendado utilizar o sensor de temperatura do ar (IAT) na entrada IN-3 e o sensor de temperatura da ´agua (ET) na entrada IN-4.
22 CAP´ITULO 3. INSTALAC¸ ˜AO
Para ligac¸˜ao dos sensores, o m ´odulo possui uma fonte dedicada exclusiva-mente para a sua alimentac¸˜ao. A Sa´ıda SENSOR-5V (pino K3) deve ser utilizada principalmente em sensores tipo resistivos, j´a que a precis˜ao da medic¸˜ao ´e extremamente dependente da qualidade e estabilidade da alimentac¸˜ao. O limite de corrente desta fonte n˜ao deve ultrapassar os 200 mA.
3.6
Sinal de Rotac¸˜ao e Fase
As ECUs Pro Tune possuem entradas detrigger de rotac¸˜ao e fase (sincronismo)
configur´aveis por software. As duas entradas possuem modelos el´etricos idˆenticos e aceitam sensores do tipo indutivo ou do tipo Hall. A figura 3.3 apresenta a forma de ligac¸˜ao dos dois tipos de sensores. A mesma configurac¸˜ao mostrada tamb´em deve ser utilizada para o sensor de fase (CMP). ´E importante ressaltar que as en-tradas CKP- e CMP- n˜ao est˜ao internamente aterradas. Assim, ´e necess´ario o ater-ramento sempre que for usado o sensor do tipo Hall.
Figura 3.3: Diagrama de ligac¸˜ao do sensor de rotac¸˜ao ou fase.
As entradas CKP- e CMP- n˜ao est˜ao ligadas a terra e n˜ao podem ser utilizadas como terra de sensores Hall. Especificamente para o caso Hall, ´e
necess ´ario fazer a ligac¸˜ao externa no terra dos sensores.
3.7
Sensor de Press˜ao (MAP)
O sensor MAP (Manifold Absolute Pressure) mede a press˜ao absoluta (press˜ao
relativa ao v´acuo).
0 kPa absoluto = V´acuo total 100 kPa = 1 Bar = 14.5 PSI
A press˜ao atmosf´erica ao n´ıvel do mar ´e aproximadamente 100 `a 102 kPa, dependendo do dia.
3.8. SONDA LAMBDA 23
Este sensor se encontra integrado nos m ´odulos de injec¸˜ao da Pro Tune. Basta instalar a mangueira de tomada de press˜ao para sua utilizac¸˜ao.
Por padr˜ao, a ECU incorpora um sensor para medic¸˜ao de 250 kPa, que ´e bem dimensionado para motores aspirados. No caso da Vers˜ao DRAG, o sensor ´e para 700kPa, para que atenda aos motores com press˜ao de turbo mais elevada.
3.8
Sonda Lambda
As ECUs Pro Tune possuem o condicionador para Sonda Lambda integrado no m ´odulo. Basta posicionar corretamente o sensor no escapamento e conectar os fios nos pinos dedicados do m ´odulo.
Este condicionador integrado ´e compat´ıvel com as sondas wideband Bosch
LSU e NTK. A pinagem t´ıpica de um sensor Bosch pode ser encontrada nos anexos.
Um diagrama de ligac¸˜ao da sonda Lambda da ECU pode ser visto na figura 3.4.
24 CAP´ITULO 3. INSTALAC¸ ˜AO
3.9
Acelerador Eletr ˆonico
O acelerador eletrˆonico ´e composto basicamente de 3 partes:
• Sensor de posic¸˜ao do pedal;
• Sensor de posic¸˜ao da borboleta;
• Motor da borboleta.
3.9.1
Sensor do Pedal
Este sensor ´e formado por um conjunto de dois potenciˆometros que ficam junto ao pedal do acelerador. Caso um dos potenciˆometros apresentar falha, o sistema continuar´a funcionando normalmente pelo outro potenciˆometro, mas uma falha ´e registrada.
A ECU possui duas entadas dedicadas para a entrada do sinal destes sensores cha-madas TPD-1 e TPD-2 (posic¸˜ao do acelerador). Este sensor deve se corretamente calibrado pelo software de configurac¸˜aoWorkbench antes de sua operac¸˜ao.
3.9.2
Sensor de Posic¸˜ao da Borboleta
Este sensor est´a localizado internamente (na tampa lateral) ao corpo de borbo-leta. Informa a ECU a correta posic¸˜ao da borboleta de acelerac¸˜ao. Para a ECU Pro Tune, a entrada para conex˜ao deste sensor ´e a chamada TP (pino F3). ´E basica-mente composto por um potenciˆometro, semelhante ao sensor do pedal. Para sua operac¸˜ao, deve-se instalar o sensor alimentado pela pr ´opria sa´ıda de 5V fornecida pela ECU (SENSOR-5V), afim de evitar garantir a qualidade do sinal.
Assim como a no caso do pedal, ´e importante verificar a correta calibrac¸˜ao desta entrada peloWorkbench antes do seu uso.
3.9.3
Motor da Borboleta
Est´a localizado internamente ao corpo de borboleta. ´E controlado pela ECU em func¸˜ao da solicitac¸˜ao do acelerador e do sinal do sensor de posic¸˜ao da borboleta. O M ´odulo possui duas sa´ıdas exclusivas para este motor, pois a caracter´ıstica essencial para seu funcionamento ´e a revers˜ao do sinal de acionamento. Isso s ´o ´e poss´ıvel, usando duas sa´ıdas que possuam chaveamento tanto para o +12V quanto para o para o terra (high-side e low-side).
Assim, liga-se o motor da borboleta nas sa´ıdas AUX-OUT4 e AUX-OUT5 (pinos L1 e M1). Estas sa´ıdas tamb´em possuem capacidade de corrente mais elevada que as demais, afim de atender as demandas dos diversos modelos de borboletas.
3.9. ACELERADOR ELETR ˆONICO 25
3.9.4
Instalac¸˜ao do Acelerador Eletr ˆonico
A figura 3.5 mostra um diagrama de ligac¸˜ao do sistema de acelerador eletrˆonico configurado para uma ECU PR440.
Figura 3.5: Diagrama de ligac¸˜ao do acelerador eletrˆonico.
Todos os modelos suportados de borboleta eletrˆonica s˜ao pre-definidos no firmware e a ligac¸˜ao do mesmo no m ´odulo deve seguir o descrito nesse manual.
Se o corpo de borboleta eletrˆonica n˜ao estiver dispon´ıvel, basta entrar em contato com a Pro Tune. Respeitando as prioridades e limitac¸˜oes t´ecnicas, o corpo ser´a acrescentado no firmware mais recente e a instalac¸˜ao ser´a descrita nesse manual.
4 Diagramas de Instalac
¸ ˜
ao
4.1
Sistema com Distribuidor
28 CAP´ITULO 4. DIAGRAMAS DE INSTALAC¸ ˜AO
4.3. SISTEMA COM INJEC¸ ˜AO SEQUENCIAL 29
30 CAP´ITULO 4. DIAGRAMAS DE INSTALAC¸ ˜AO
5 Comunicac
¸ ˜
ao
O m ´odulo ECU possui trˆes tipos de portas de comunicac¸˜ao para configurac¸˜ao e leitura dos dados. Abaixo, s˜ao descritos cada um dos tipos e suas aplicac¸˜oes.
5.1
Porta USB
A porta USB ´e utilizada exclusivamente para configurac¸˜ao do produto (conex˜ao ao computador pessoal) e para download dedatalogs do produto.
A ECU possui um conector tipo USB-B (semelhante ao conector de impres-sora) cujo cabo acompanha o produto. O sistema de comunicac¸˜ao ´e isolado da alimentac¸˜ao do m ´odulo para que n˜ao haja problema de interferˆencias durante a operac¸˜ao e leitura de informac¸˜oes da ECU. ´E necess´ario alimentar o m ´odulo ex-ternamente pelo chicote principal para que a comunicac¸˜ao USB funciona correta-mente.
5.2
CAN
O M ´odulo de ECU possui interface de comunicac¸˜ao padr˜ao CAN-BUS. Neste protocolo, os dados s˜ao trafegados por apenas 2 linhas chamadas de CAN HIGH e CAN LOW. Um diagrama t´ıpico de uma rede CAN ´e mostrado na figura 5.1.
Figura 5.1: Diagrama de uma rede CAN t´ıpica.
Para o correto funcionamento da rede, ´e necess´aria a utilizac¸˜ao de resistores de 120 Ω para terminac¸˜ao na rede. Estes resistores ficam nas pontas da rede como mostra na figura 5.1. Geralmente nos ve´ıculos, estes resistores j´a se encontram instalados na rede e n˜ao ´e necess´aria sua adic¸˜ao.
32 CAP´ITULO 5. COMUNICAC¸ ˜AO
5.3
Porta Serial RS-232
O m ´odulo disp˜oe de porta serial do tipo RS-232, com n´ıveis de tens˜ao padr˜ao TTL. Esta porta comunica em velocidade de 115.200kbps para transferˆencia de dados.
6 Software Pro Tune WORKBENCH
6.1
Area de Trabalho
´
Ao executar o Pro Tune Workbench, a tela principal do programa ´e aberta, como mostra a figura 6.1.
Figura 6.1: Tela principal do Workbench.
Atrav´es da figura 6.1 ´e poss´ıvel visualizar a ´area de trabalho com os diferen-tes componendiferen-tes de visualizac¸˜ao dos parˆametros da ECU. Esta ´area de trabalho ´e totalmente configur´avel ´e permitido ainda criar diferentes designs dessa ´area de
trabalho, acess´ıveis facilmente atrav´es de abas no programa.
34 CAP´ITULO 6. SOFTWARE PRO TUNE WORKBENCH
6.2
Elementos B ´asicos do Software
A figura 6.2 mostra os principais elementos que comp˜oes o software Pro Tune Workbench.
Figura 6.2: Elementos b´asicos do Workbench.
Estes elementos s˜ao descritos brevemente abaixo:
• Barra de Menus - Atrav´es dos Menus desta barra, podem ser acessadas to-das as funcionalidades do programas. Estas funcionalidades s˜ao dividito-das em Arquivo, Mapas, Configurac¸˜oes da ECU, Ferramentas, Informac¸˜oes da ECU, Configurac¸˜ao do Software e Ajuda.
• Barra de Bot˜oes - Esta barra apresenta atalhos para as principais func¸˜oes do software.
• Abas de Selec¸˜ao da ´Area de Trabalho - Cada uma destas abas do programa representa uma ´area de trabalho diferente. ´E poss´ıvel configurar m ´ultiplas ´areas de trabalho com diferentes layouts em cada uma.
• ´Area de Trabalho Selecionada - Esta ´e a ´area de trabalho selecionada nas abas. Nela ´e que s˜ao dispostos os instrumentos e listas de parˆametros do ECU.
A figura 6.3 mostra a Barra de Status do programa. Nesta barra s˜ao apresen-tadas as condic¸˜oes principais de operac¸˜ao da ECU.
6.2. ELEMENTOS B ´ASICOS DO SOFTWARE 35
Nesta barra ´e poss´ıvel encontrar as seguintes informac¸˜oes:
• Condic¸˜ao da conex˜ao - Indica se a ECU est´a conectada ou n˜ao. • Condic¸˜ao de Erro - Mostra se existe algum alarme de erro ativo. • Trim - Indica se algum trim ´e colocado na injec¸˜ao.
• Tempo e Taxa de Atualizac¸˜ao - Mostra quanto tempo (em segundos) e ECU j´a est´a em execuc¸˜ao. Isso ´e utilizado para verificar se o m ´odulo est´a em operac¸˜ao cont´ınua, ou foi sofreu algum tipo de reset. A taxa de atualizac¸˜ao
mostra a frequˆencia de atualizac¸˜ao dos parˆametros na tela.
• Condic¸˜ao de Partida - Indica se a ECU est´a operando em condic¸˜ao de partida ou operac¸˜ao normal.
• Senha - Indica se a ECU possui senha configurada.
• Modo de Injec¸˜ao - Indica qual o modo de injec¸˜ao que o m´odulo est´a ope-rando (semi-sequencia ou sequencial).
No canto superior direito, o software apresenta ainda duas funcionalidades importantes, visto de forma ampliada na figura 6.4.
Figura 6.4: Scroll da ´area de trabalho e indicador de modificac¸˜oes.
• Scroll da ´Area de Trabalho - Atrav´es do uso do mouse nesta regi˜ao ´e poss´ıvel percorrer por toda a ´area de trabalho, quando esta ´e maior que o tamanho da tela. Isso permite usar um espac¸o para colocar ferramentas de visualizac¸˜ao de parˆametros, muito al´em das dimens˜oes da tela ´util do moni-tor.
• Indicador de Modificac¸˜ao da Configurac¸˜ao - Este indicador identifica quando foi feita alguma modificac¸˜ao nas configurac¸˜oes da ECU e portanto sua configurac¸˜ao est´a diferente da gravada na ECU. Aparece ent˜ao um bot˜ao vermelho escrito SALVE DADOS! para que o usu´ario possa salvar as informac¸˜oes modificadas na ECU.
36 CAP´ITULO 6. SOFTWARE PRO TUNE WORKBENCH
6.3
Bot˜oes de Atalho
Cada uma das func¸˜oes da barra de bot˜oes ´e apresentada abaixo:
Tabela 6.1 – ´Icones dos bot˜oes do Workbench
Bot˜ao ABRIR - Este bot˜ao permite carregar as configurac¸˜oes de um arquivo e salvar na ECU. O for-mato do arquivo a ser carregado ´e .tdc
Bot˜ao SALVAR - Este bot˜ao permite salvar as configurac¸˜oes da ECU no computador.
Bot˜ao DESCARREGAR DATALOG- Acessa o menu para descarregar os dados dedatalog da ECU no
compu-tador.
Bot˜ao ACESSO AO SITE- Acessa o site da Pro Tune para verificar a existˆencia de vers˜oes mais novas do software.
Bot˜ao REINICIAR COMUNICAC¸˜AO - Atrav´es deste bot˜ao, a comunicac¸˜ao ´e reiniciada, e o m ´odulo tenta reconectar novamente.
Bot˜ao INFORMAC¸˜OES DA ECU - Mostra as informac¸˜oes da ECU, como por exemplo, vers˜ao do firmware e n ´umero de s´erie.
Bot˜ao FERRAMENTAS - Acessa os menus de configurac¸˜ao de injec¸˜ao, sincronismo e controle de marcha lenta.
6.4. CONECTANDO O ECU NO PC 37
Tabela 6.1 – ´Icones dos bot˜oes do Workbench (continuac¸˜ao).
Bot˜ao OSCILOSC´OPIO - Abre a tela com o osci-losc ´opio em tempo real, que permite visualizar a variac¸˜ao de parˆametros da ECU no tempo.
Bot˜ao DESLIGAR MOTOR - Desliga o motor, cortando a injec¸˜ao de combust´ıvel.
6.4
Conectando o ECU no PC
Para configurar a ECU, basta conectar o cabo USB no m ´odulo e no PC e alimen-tar a ECU pelo chicote principal. O cabo USB da ECU ´e isolado da alimentac¸˜ao principal, portanto n˜ao h´a risco de interferˆencia ou problemas de aterramento em relac¸˜ao ao computador em que ser´a ligado.
Quanto ao Workbench, o software passa o tempo inteiro tentando localizar a ECU na portas USB do computador. Uma vez conectado, ele indica na barra de status do programa com a palavra Conectado, conforme mostra a figura 6.5.
Figura 6.5: Indicac¸˜ao de conex˜ao entre a ECU e o Workbench.
Caso o Workbench n˜ao encontre o m ´odulo, ele apresenta neste quadro a mensagem Desconectado. Se isto ocorrer, verifique a conex˜ao USB ou ent˜ao verifique se o m ´odulo est´a conectado a alimentac¸˜ao pelo chicote principal.
6.5
Ajuste do Layout da tela
A ´area de trabalho do usu´ario ´e totalmente configur´avel. Existem basicamente 4 tipos de componentes visuais para para apresentar os parˆametros da ECU. S˜ao eles:
• BARRA - Mostra o parˆametro em forma de uma barra gr´afica;
38 CAP´ITULO 6. SOFTWARE PRO TUNE WORKBENCH
• CAIXA - Abre uma caixa com o nome do parˆametro e o valor correspondente. N˜ao utiliza nenhum recurso gr´afico;
• MAPA - Cria na tela um mapa para preenchimento e visualizac¸˜ao.
Cada um deste elementos pode ser arrastado e posicionado no lugar da tela que convˆem. Para isso, basta clicar com o bot˜ao esquerdo do mouse e arrastar o
componente.
Para alterar o parˆametro associado ao elemento gr´afico, basta dar um duplo cli-que com omouse sobre o componente. Aparecer´a a lista dos poss´ıveis parˆametros
a serem visualizados.
Para remover qualquer componente, basta clicar com o bot˜ao direito domouse
sobre ele.
Em cada uma das abas do programa, ´e poss´ıvel configurar uma tela diferente, ou seja, ´e poss´ıvel criar uma combinac¸˜ao de componentes visuais diferente para cada tipo de an´alise a ser feita. Essa ´e a vantagem de se trabalhar com m ´ultiplas Abas no programa.
6.6
Salvando o Datalog no PC
Para fazer odownload dos dados salvos no m ´odulo, ´e necess´ario acessar o bot˜ao
Descarregar Datalog da barra de ferramentas. Este bot˜ao ´e mostrado na figura 6.6.
Figura 6.6: Menu de acesso ao download dedatalogs.
6.6. SALVANDO ODATALOG NO PC 39
Figura 6.7: Menu de download dedatalogs.
Este menu apresenta apenas duas func¸˜oes:
• Download - Salva o datalog em um arquivo tipo .dlf. Possui tamb´em a func¸˜ao de apagar o datalog depois de realizado o download. Para isso, basta
marcar ocheckbox Apagar dados da ECU ap ´os finalizar o download.
• Apagar Log - Apaga toda a mem´oria de datalog interna do m´odulo.
Os dados que s˜ao baixados do datalog do m ´odulo podem ser visualizados
e analisados em outro software da Pro Tune. O software se chama Pro Tune Analyzer. Este software acompanha osdashboards da Pro Tune e abre diretamente
arquivos tipo .dlf.
A figura 6.8 mostra uma tela do software de an´alise.
40 CAP´ITULO 6. SOFTWARE PRO TUNE WORKBENCH
6.7
Atualizac¸˜ao do Firmware
O firmware corresponde ao c ´odigo (programa) que ´e executado internamente
no m ´odulo. A sua atualizac¸˜ao pode ser feita acessando o menu correspondente chamado Atualizac¸˜ao do Firmware (Software) do Produto.
A tela da figura 6.9 apresenta as informac¸˜oes dispon´ıveis para a atualizac¸˜ao do produto. pode-se verificar nesta tela, a vers˜ao atual instalada e n ´umero de s´erie do produto.
Figura 6.9: Tela de atualizac¸˜ao do firmware.
Podemos destacar trˆes operac¸˜oes principais referentes a atualizac¸˜ao:
• Selecionar Arquivo de Atualizac¸˜ao - Neste bot˜ao, acessa-se o arquivo com a extens˜ao .frw que cont´em o novofirmware a ser instalado
• Ler M ´odulo - Esta func¸˜ao ´e utilizada para atualizar as informac¸˜oes referen-tes a eletrˆonica do produto e vers˜ao defirmware instalado.
• Atualizar! - Este bot˜ao executa a gravac¸˜ao do firmware selecionado no m ´odulo. Ao final do processo, aparece uma mensagem informando se a atualizac¸˜ao foi bem sucedida ou n˜ao. Caso a atualizac¸˜ao ocorra normal-mente, aparecer´a a mensagem “O firmware foi atualizado com sucesso.”
6.8
An ´alise em Tempo Real
O software Pro Tune Workbench possui uma ferramenta de an´alise em tempo real atrav´es de um analisador gr´afico. Permite visualizar parˆametros variando no tempo e acompanhar o hist ´orico de variac¸˜ao de um determinado sensor, por exemplo. Em geral esta forma gr´afica fornece mais informac¸˜oes do que a simples
6.8. AN ´ALISE EM TEMPO REAL 41
visualizac¸˜ao dos n ´umeros apresentados pelos sensores isoladamente. Abaixo, na figura 6.10 podemos ver a apresentac¸˜ao do analisador gr´afico.
7 Soluc
¸ ˜
ao de Problemas
Descreve-se nesta sec¸˜ao, um conjunto de poss´ıveis d ´uvidas comuns no uso do ECU PR440. Procure consultar essa sec¸˜ao antes de contatar a assistˆencia t´ecnica.
Q: A ECU n˜ao mede rotac¸˜ao.
R: Verifique se os pulsos do sensor de rotac¸˜ao (sensor da roda fˆonica ou distri-buidor) est˜ao chegando na ECU e principalmente se a configurac¸˜ao do modo de sincronismo principal est´a correta e de acordo com o sistema existente no motor. Em caso de configurac¸˜ao incorreta a ECU N ˜AO ir´a medir sinal algum. Especifi-camente para o caso das rodas fˆonicas com sensor indutivo a POLARIDADE da ligac¸˜ao ´e fundamental para a correta leitura do sinal de rotac¸˜ao. Nesse caso se a configurac¸˜ao estiver correta, inverta a ligac¸˜ao dos fios de sinal do sensor indutivo.
Q: Esporadicamente, o motor perde potˆencia durante meio segundo e depois volta ao normal, sem motivo aparente.
R: Neste caso ´e importante verificar se o contador de tempo interno da ECU volta para 0. Em caso positivo, a ECU est´a resetando (reiniciando) provavelmente
devido a interferˆencias do sistema de ignic¸˜ao.
Verifique fios do chicote pr ´oximo aos cabos de ignic¸˜ao. Verifique se os cabos de vela utilizados s˜ao realmente resistivos ou supressivos. 100% destes problemas s˜ao causados por componentes de baixa qualidade na ignic¸˜ao ou m´a instalac¸˜ao. Cabos n˜ao supressivos ou de m´a qualidade, quando novos, costumam ser respons´aveis por esses sintomas ap ´os 6 horas de exposic¸˜ao ao calor do motor.
Q: A bomba de combust´ıvel n˜ao liga ao dar a partida.
R: Verifique com um testador ou mult´ımetro se a ECU aciona o rel´e da bomba e se os fus´ıveis n˜ao est˜ao queimados. Se as ligac¸˜oes est˜ao corretas e o rel´e n˜ao for ativado, significa que a ECU n˜ao est´a recebendo pulsos do sensor de rotac¸˜ao. Verifique o sensor de rotac¸˜ao.
Q: A ECU desliga, perde a conex˜ao com o computador durante a partida e o motor n˜ao parte.
R: ´E comum ligar a alimentac¸˜ao do m ´odulo em um 12Volts que ´e desligado pela chave de ignic¸˜ao durante o acionamento do motor de arranque. Neste caso ao acionar o motor de arranque o m ´odulo perde sua alimentac¸˜ao. Para resolver isso, alimente o m ´odulo via um 12Volts que permanece ligado durante o acionamento do motor de arranque.
44 CAP´ITULO 7. SOLUC¸ ˜AO DE PROBLEMAS
Q: Ao dar a partida, o motor n˜ao parte e os injetores e/ou ignic¸˜ao n˜ao funci-onam.
R: Verifique se na alimentac¸˜ao do rel´e principal e na sua sa´ıda tem 12Volts durante a partida. Como no caso anterior, tamb´em ´e comum ligar o rel´e principal em um 12Volts que ´e desligado durante o acionamento do motor de arranque.
Q: Ao dar partida no motor, o mesmo arranca mas logo depois desliga e ocorre explos˜ao forte no escapamento.
R: Nesse cado, deve-se configurar corretamente a fase do motor no menu de sincronismo do software de configurac¸˜ao Workbench.
TESTE FUNDAMENTAL DA ECU
Todo o funcionamento da ECU ´e baseado na leitura do sinal de rotac¸˜ao do motor, via distribuidor ou roda f ˆonica. Se na partida, o software do PC (Workbench) n˜ao exibir a rotac¸˜ao do motor, ent˜ao NADA IRA FUNCIONAR
pois a ECU entende que o motor est ´a parado. ´E fundamental que a ECU esteja lendo a rotac¸˜ao corretamente.
8 Especificac
¸ ˜
oes T´ecnicas
Item
Caracter´ıstica
Alimentac¸˜ao 7 `a 22 volts
Consumo 150mA @ 12volts
Corrente m´ax. (sa´ıdas auxiliares)
2 amperes - sa´ıda auxiliar 5 amperes - sa´ıda aux. potˆencia Entradas Anal ´ogicas 6 entradas de 0 `a 5 volts
2 entradas 0 `a 12 volts (IN-5 e IN-6) Entradas Digitais
-Frequˆencia
0,5 `a 6500 Hz
Protocolo Protune SP Serial `a 115.2 kbps / 500 kbps
Protocolo CAN 100 `a 1000 kbps - resistor de terminac¸˜ao externo
Temperatura de Operac¸˜ao
-10 `a +105◦C
Protec¸˜oes Invers˜ao de polaridade da bateria;
Transiente de tens˜ao nas linhas de alimentac¸˜ao; Resistente a poeira ou respingos d´´agua.
Sensor MAP MAP integrado de 250kPa absoluto - ECU vers˜ao standard
MAP integrado de 700kPa absoluto - ECU vers˜ao DRAG Sonda Lambda (Modelos Suportados) LSU 4.2 LSU 4.9 NTK Sonda Narrowband Peso 320 gramas
Tabela 8.1: Especificac¸˜oes T´ecnicas da ECU PR440
A Sistemas de Injec
¸ ˜
ao Eletr ˆ
onica
A.1
Introduc¸˜ao
O sistema de injec¸˜ao ´e o conjunto de componentes do motor com a func¸˜ao de adicionar uma quantidade adequada de combust´ıvel ao ar que est´a sendo admi-tido pelo motor.
Atualmente todos os sistemas de injec¸˜ao incorporaram tamb´em a func¸˜ao de gerar a ignic¸˜ao da mistura de ar e combust´ıvel que foi admitida pelo motor. Todos os sistemas de injec¸˜ao eletrˆonica possuem uma unidade controle, chamada de ECU (Electronic ou Engine Control Unit), que recebe os sinais dos v´arios sensores, ana-lisa estes sinais e envia comandos aos atuadores.
Sensores s˜ao os componentes que detectam as condic¸˜oes do motor. Por exem-plo: sensor de press˜ao na admiss˜ao, sensor de posic¸˜ao do virabrequim, sensor de posic¸˜ao do acelerador.
Atuadores s˜ao os componentes que agem de alguma forma sobre o motor. Por exemplo: bobina de ignic¸˜ao, bico injetor, bomba de combust´ıvel. Apesar do sis-tema de injec¸˜ao efetuar as func¸˜oes de injec¸˜ao e ignic¸˜ao, ´e mais simples abordar as duas func¸˜oes separadamente.
A.2
Ignic¸˜ao
Figura A.1: PMS e PMI do motor A cada ciclo do motor, cada uma das
cˆamaras de combust˜ao de cada cilindro se enche da mistura ar e combust´ıvel. Esta mistura deve queimar para que o motor gere energia mecˆanica em forma de forc¸a de rotac¸˜ao. Por´em a mistura n˜ao pode queimar a qualquer momento. Sua queima deve iniciar no momento mais favor´avel para que se obtenha uma grande press˜ao dentro da cˆamara de combust˜ao, mas sem gerar riscos ao motor. O momento do
in´ıcio da queima, ou ignic¸˜ao da mistura, ´e chamado de ’Ponto de Ignic¸˜ao’, ou simplesmente ’Ponto’.
O Ponto ´e definido pela posic¸˜ao do pist˜ao. H´a duas posic¸˜oes do pist˜ao que podem ser usadas como referˆencia: PMS (Ponto Morto Superior) e PMI (Ponto Morto Inferior). A figura ao lado mostra a posic¸˜ao do pist˜ao quando ele est´a no PMS e no PMI.
Para identificar a posic¸˜ao do pist˜ao utiliza-se a posic¸˜ao do virabrequim ou volante. Como o pist˜ao est´a preso no virabrequim pela biela e o virabrequim est´a preso ao volante, suas posic¸˜oes est˜ao diretamente ligadas.
48 AP ˆENDICE A. SISTEMAS DE INJEC¸ ˜AO ELETR ˆONICA
A posic¸˜ao do virabrequim ´e medida em ° (graus), sendo que quando o pist˜ao est´a no PMS considera-se o virabrequim em 0º. A cada volta completa do virabrequim (360º) o pist˜ao sai do PMS, passa pelo PMI e retorna ao PMS. Na grande maioria dos motores, o Ponto sempre ocorre Antes do PMS (APMS). Assim sendo, o Ponto ´e medido ou definido em ºAPMS. Por exemplo: Se o Ponto ocorrer quando o virabrequim est´a na posic¸˜ao de 350º, ent˜ao ocorreu em 10ºAPMS.
Para um bom rendimento do motor, o Ponto deve variar de acordo com algumas condic¸˜oes de uso do motor, entre elas: velocidade de rotac¸˜ao do motor, quantidade de mistura dentro do motor, temperatura, entre outras.
O aumento da posic¸˜ao do Ponto em ºAPMS chama-se avanc¸o do Ponto. Sua diminuic¸˜ao chama-se atraso do Ponto. Por exemplo: se o Ponto passou de 10ºAPMS para 20ºAPMS ent˜ao ele avanc¸ou 10º.
Figura A.2: Fa´ısca na vela de ignic¸˜ao. A variac¸˜ao do Ponto, atraso e
avanc¸o, quando relacionada com as condic¸˜oes de uso do motor ´e chamada de curva de avanc¸o e ´e definida por uma tabela de dados.
Para a ignic¸˜ao da mistura no Ponto definido ´e necess´ario que ocorra algum fenˆomeno dentro da cˆamara de com-bust˜ao. O mais comum ´e a centelha, ou fa´ısca, gerada nos eletrodos da vela de ignic¸˜ao por uma descarga el´etrica de alta tens˜ao.
Para gerar uma descarga de alta tens˜ao sempre ´e utilizada uma bobina de ignic¸˜ao. A bobina de ignic¸˜ao, de maneira bem simples, pode ser con-siderada como um multiplicador de tens˜ao, que ao receber um impulso
el´etrico de baixa ou m´edia tens˜ao em um dos seus terminais faz aparecer no outro terminal que fica ligado na vela de ignic¸˜ao, um pulso de alta tens˜ao.
O impulso el´etrico de baixa ou m´edia tens˜ao sobre a bobina ´e gerado pela descarga de uma quantidade de energia el´etrica que foi previamente armazenada na pr ´opria bobina de ignic¸˜ao.
A.3. INJEC¸ ˜AO DE COMBUST´IVEL 49
A.3
Injec¸˜ao de Combust´ıvel
Figura A.3: Admiss˜ao da mistura de ar e combust´ıvel.
A cada ciclo do motor, a cˆamara de com-bust˜ao recebe uma quantidade de ar. Este ar deve receber uma quantidade adequada de combust´ıvel para que quando esta mis-tura queime, se obtenha um bom rendi-mento do motor sem comprometer ou gerar danos aos seus componentes.
A.3.1
Mistura Rica, Pobre e
Este-quiom´etrica
Quando a mistura de ar e com-bust´ıvel dentro da cˆamara de combust˜ao queima, o oxigˆenio deste ar ´e consu-mido.
Se a quantidade de combust´ıvel misturado no ar ´e pequena (falta combust´ıvel) ent˜ao nem todo o oxigˆenio presente ser´a consu-mido na queima. Esta situac¸˜ao ´e chamada de mistura pobre.
A mistura pobre tem vantagens e desvan-tagens:
Tabela A.1: Mistura Pobre
Vantagem da Mistura Pobre Desvantagens da Mistura Pobre
Economia. Pode causar superaquecimento e at´e quebra do motor; Baixo rendimento (potˆencia).
Se a quantidade de combust´ıvel misturado no ar ´e grande (sobra combust´ıvel) ent˜ao todo o oxigˆenio presente ser´a consumido na queima e sobrar´a combust´ıvel sem queimar. Esta situac¸˜ao ´e chamada de mistura rica.
Assim como a mistura pobre, a mistura rica possui vantagens e desvantagens:
Tabela A.2: Mistura Rica
Vantagens da Mistura Rica Desvantagens da Mistura Rica Alto rendimento (potˆencia); Alto consumo;
Aquecimento reduzido; Excessivamente rica pode causar Condic¸˜ao segura para o motor. falhas na queima da mistura.
50 AP ˆENDICE A. SISTEMAS DE INJEC¸ ˜AO ELETR ˆONICA
Uma terceira possibilidade ´e quando a quantidade de combust´ıvel ´e exata-mente a necess´aria para consumir todo o oxigˆenio presente. Ap ´os a queima n˜ao sobra nem oxigˆenio e nem combust´ıvel. Esta situac¸˜ao ´e chamada de mistura estequiom´etrica.
Como as outras possibilidades, h´a vantagens e desvantagens:
Tabela A.3: Mistura Estequiom´etrica
Vantagens da Estequiom´etrica Desvantagens da Estequiom´etrica Boa condic¸˜ao de uso; N˜ao ´e a situac¸˜ao de maior rendimento Reduzida emiss˜ao de poluentes; do motor (potˆencia);
Consumo moderado. ´E dif´ıcil de ser mantida em condic¸˜oes de variac¸˜ao, como em acelerac¸˜ao.
Entre as trˆes possibilidades para a mistura, a mais usual ´e a mistura rica, pois ´e a mais segura para o motor.
Algumas informac¸˜oes sobre combust´ıvel e ar: 1 kg de Gasolina Pura tem aproximadamente 1,35 litros; 1 kg de ´Alcool Hidratado tem aproximadamente 1,25 litros; 1 kg de Ar tem aproximadamente 800litros.
Formam uma mistura estequiom´etrica (aproximadamente): 14,7kg de Ar com 1 kg de Gasolina Pura;
9,0kg de Ar com 1 kg de ´Alcool (Etanol) Puro;
13,3kg de Ar com 1 kg de Gasolina Brasileira (mistura de 75% e gasolina com 25% de ´alcool)
A.3.2
Quantidade Adequada de Combust´ıvel
A quantidade adequada de combust´ıvel que ser´a misturada ao ar depende de uma grande quantidade de fatores, e tamb´em deve atender alguns requisitos, entre eles:
A.3. INJEC¸ ˜AO DE COMBUST´IVEL 51
Tabela A.4: Quantidade adequada de combust´ıvel
Requisitos que influenciam a mistura Fatores que influenciam a mistura Desempenho; Eficiˆencia volum´etrica do motor; Economia; Press˜ao no coletor de admiss˜ao; Durabilidade; Velocidade de rotac¸˜ao do motor; Normas (poluic¸˜ao); Temperatura do motor;
Temperatura do ar; Press˜ao barom´etrica; Condic¸˜ao de acelerac¸˜ao; Condic¸˜ao de desacelerac¸˜ao; Condic¸˜ao de partida;
Condic¸˜ao de marcha lenta;
Condic¸˜ao de afogamento do motor;
A quantidade adequada de combust´ıvel ´e definida, normalmente, por uma quantidade b´asica e correc¸˜oes.
A.3.3
A Quantidade B ´asica
A quantidade b´asica ´e baseada na quantidade de ar que entra no motor a cada ciclo. A quantidade de ar deve ser definida em massa e n˜ao em volume, pois para saber quanto combust´ıvel deve ser misturado ao ar ´e necess´ario saber quantas mol´eculas de ar h´a e n˜ao qual seu volume (litros). A quantidade de ar pode ser medida diretamente ou indiretamente.
Diretamente pode ser medida por um sensor de massa de ar (MAF), por´em este m´etodo ´e pouco usado devido ao alto valor do sensor.
Indiretamente, que ´e o m´etodo mais comum, ´e medida baseada nos sinais de trˆes sensores: de velocidade de rotac¸˜ao, de press˜ao na admiss˜ao (MAP) e de temperatura do ar (IAT) na admiss˜ao.
• A Pro Tune trata sempre a press˜ao como press˜ao absoluta. Assim o v´acuo total ´e igual a 0kPa, e a press˜ao atmosf´erica ao n´ıvel do mar ser´a 101kPa. • A velocidade de rotac¸˜ao e a press˜ao do ar s˜ao usadas para obter a eficiˆencia
volum´etrica (EV) do motor, que ´e sua principal caracter´ıstica.
• O m´etodo que define a EV do motor em func¸˜ao da velocidade de rotac¸˜ao e da press˜ao do ar ´e chamado de Speed Density. ´E o m´etodo mais usado. • A temperatura do ar ´e usada para definir a densidade do ar admitido.
Nor-malmente a temperatura do ar entra no c´alculo da quantidade b´asica de com-bust´ıvel como uma correc¸˜ao, sendo que a temperatura padr˜ao (sem correc¸˜ao) ´e 20ºC.
52 AP ˆENDICE A. SISTEMAS DE INJEC¸ ˜AO ELETR ˆONICA
Outra forma de definir a EV do motor ´e atrav´es do sensor de posic¸˜ao do acelerador (TP). S˜ao usados ent˜ao o TP e a velocidade de rotac¸˜ao do motor. Este m´etodo ´e usado principalmente em caso de falha do MAP ou em baixas rotac¸˜oes, quando o sinal do MAP pode ser inst´avel.
A forma mais comum ´e usar o sinal do TP e da velocidade de rotac¸˜ao para definir um valor correto para a press˜ao na admiss˜ao. Neste caso o sensor MAP ´e ignorado e ´e usado o valor de press˜ao definido.
O m´etodo que define a EV do motor em func¸˜ao da velocidade de rotac¸˜ao e da posic¸˜ao do acelerador ´e chamado de Alpha-N. ´E o m´etodo normalmente usado quando o sensor de press˜ao na admiss˜ao falha ou quando a leitura da press˜ao ´e inconsistente.
Um exemplo: se em uma situac¸˜ao de velocidade de rotac¸˜ao de 4.000 RPM e press˜ao absoluta na admiss˜ao de 30kPa (quilo pascal) um motor de 1 litro, com 4 cilindros, tem eficiˆencia volum´etrica de 50%, ent˜ao nessa condic¸˜ao este motor admite o correspondente a 50% do volume de 1 litro de ar, ou seja: 0,5 litro de ar na press˜ao de 30kPa. Note que al´em do volume do cilindro n˜ao ”encher”completamente, o ar que entrou est´a na press˜ao de apenas 30kPa.
Resumindo: quanto maior a eficiˆencia volum´etrica do motor, maior ser´a a quantidade de ar que ele conseguir ´a admitir por ciclo e por conseq ¨uˆencia maior ser ´a a quantidade de combust´ıvel necess ´aria.
Sabendo a massa de ar que est´a entrando no motor pode-se definir quanto com-bust´ıvel ser´a necess´ario, sem as correc¸˜oes. A quantidade de comcom-bust´ıvel ´e definida pelas caracter´ısticas do combust´ıvel, e por algumas caracter´ısticas do sistema. De forma b´asica define-se qual o tempo que a v´alvula injetora de combust´ıvel (bico injetor) deve ficar aberta para atender uma eficiˆencia volum´etrica de 100%, com press˜ao na admiss˜ao de 100kPa, estando o ar a 20°C.
No exemplo anterior, a eficiˆencia volum´etrica foi de 50% e a press˜ao na ad-miss˜ao de 30kPa, o que indicaria que o bico injetor deveria ficar apenas 15% do tempo aberto quando comparado `a situac¸˜ao de eficiˆencia volum´etrica de 100% com press˜ao de 100kPa, sendo considerado a variac¸˜ao da eficiˆencia volum´etrica e a press˜ao na admiss˜ao.
O tempo de abertura em func¸˜ao da eficiˆencia volum´etrica corresponde `a quanti-dade b´asica de combust´ıvel.
A.3.4
As Correc¸˜oes
As correc¸˜oes s˜ao modificac¸˜oes no tempo que o bico injetor fica aberto ou aci-onado. As correc¸˜oes s˜ao diversas e aplicadas de v´arias formas. N˜ao s˜ao citadas todas as correc¸˜oes neste cap´ıtulo, apenas algumas que servir˜ao de exemplo para a compreens˜ao.
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A.3. INJEC¸ ˜AO DE COMBUST´IVEL 53
correc¸˜ao, acima de 100% para acr´escimos e abaixo de 100% para decr´escimos. A temperatura do ar indica sua densidade. Quanto mais quente o ar, menos denso; quanto mais frio, mais denso.
Exemplo: em uma situac¸˜ao onde o tempo de abertura do bico injetor ´e de 10ms quando o ar est´a a 20ºC, ent˜ao se o ar estiver a 40ºC (93,6% da densidade do ar a 20ºC) o tempo ser´a de:
10msx93, 6% = 9, 36%
Em outras palavras: se o ar est´a mais quente a quantidade de mol´eculas de ar para o mesmo volume ´e menor, logo a quantidade de combust´ıvel deve ser menor tamb´em.
O bico injetor tem a caracter´ıstica de demorar um tempo para abrir, por´em fecha quase instantaneamente. O tempo para abrir depende da tens˜ao aplicada ao bico injetor, que por sua vez depende da tens˜ao da bateria.
Exemplo: com uma tens˜ao de bateria de 13,2V um bico injetor leva 0,8ms para abrir, mas com uma tens˜ao de 11,2 levar´a mais tempo: 1,0ms. Assim o tempo em que o bico injetor fica acionado deve aumentar 0,2ms para que o tempo em que ele est´a aberto se mantenha o mesmo.
A.3.5
Sensores
No sistema de injec¸˜ao, sensores s˜ao os componentes usados para detectar ou medir uma determinada condic¸˜ao do motor ou do ve´ıculo. J´a foram mencionados alguns sensores como o MAP e o TP.
A grande maioria dos sensores ´e conhecida pela abreviatura do seu nome em inglˆes. Dentre os exemplos de sensores, podemos destacar:
MAP - Manifold Absolute Pressure Sensor, IAT - Intake Air Temperature,TP - Th-rottle Position Sensor, ET - Engine Temperature , Sonda Lambda ou Sonda O2, MAF - Mass Air Flow, etc.
A.3.6
Atuadores
No sistema de injec¸˜ao atuadores s˜ao os componentes usados para agir sobre o motor ou sobre outros componentes do sistema. J´a foram mencionados alguns atuadores como a bobina de ignic¸˜ao.
Os atuadores podem ser eletro-eletrˆonicos ou n˜ao.
Dentre os exemplos de atuadores, podemos destacar: Bico Injetor, Bomba de com-bust´ıvel, Bobina de ignic¸˜ao, IAC - Idle Air Control, V´alvula do Acelerador - Throt-tle Valve, Conversor Catal´ıtico ou Catalisador, Regulador de Press˜ao da Linha de Combust´ıvel, Vela de Ignic¸˜ao, etc.
B Cabos de Vela
Os cabos de vela s˜ao a maior fonte de ru´ıdo el´etrico do sistema de injec¸˜ao. Cabos de vela de m´a qualidade ou n˜ao supressivos podem at´e fazer com que a ECU n˜ao opere de forma correta.
A Pro Tune recomenda somente o uso de cabos de vela supressivos marca Bosch® tipo CS ou marca NGK® tipo SC.
Cachimbos de vela resistivos n˜ao substituem cabos resistivos. Caso seja utilizado na instalac¸˜ao outro tipo de cabo que n˜ao os indicados verifique se o cabo ´e resistivo. Um cabo resistivo possui a forma construtiva mostrada na figura B.1.
Outra caracter´ıstica deste tipo de cabo ´e ter entre 6.000Ω (6KΩ) e 10.000Ω (10KΩ) de resistˆencia por metro de cabo.
Figura B.1: Forma construtiva de um cabo de vela.
C Sonda Lambda - EGO
EGO, Sonda Lambda e Sensor O2 s˜ao os nomes mais comuns para o sensor de oxigˆenio dos gases do escapamento.
H´a basicamente dois tipos de Sonda Lambda:
Narrow Band: Identifica somente se a mistura ar/combust´ıvel est´a pobre (h´a oxigˆenio nos gases do escape) ou rica.
Quando a mistura est´a rica a sonda gera um sinal el´etrico, na faixa de 0,9V. Quando est´a pobre o sinal gerado ´e na ordem de 0,1V. A tens˜ao que identifica mistura rica ´e justamente o ponto entre as faixas.
A ECU considera mistura rica sempre que a tens˜ao da sonda est´a acima do valor definido no parˆametro “Tens˜ao que identifica Mistura Rica”, e mistura pobre sempre que estiver abaixo. Sondas Narrow Band podem ter de 1 a 4 fios, e podem possuir ou n˜ao resistˆencia de aquecimento. A figura C.1 mostra a resposta t´ıpica de uma Sonda Narrow Band.
Figura C.1: Resposta de uma Sonda Narrow Band.
Wideband: Identifica a proporc¸˜ao da mistura ar/combust´ıvel, gerando um valor de tens˜ao proporcional.
Permite medir a relac¸˜ao ar/combust´ıvel com precis˜ao. Esta relac¸˜ao ´e chamada de fator Lambda, onde 1 ´e o valor para a estequiometria, abaixo de 1 ´e mistura rica e acima de 1 ´e mistura pobre.
Toda sonda Wideband necessita de um controlador. As ECUs Pro Tune suportam
a ligac¸˜ao da Sonda Lambda diretamente na ECU pois Possuem j´a o condicionador
58 AP ˆENDICE C. SONDA LAMBDA - EGO
Integrado.
A figura C.2 mostra a resposta t´ıpica dos controladores das sondasWideband.
Figura C.2: Resposta de uma SondaWideband.
A pinagem t´ıpica de uma sondaWideband Bosch, pode ser vista na figura C.3.
D Ordem de Ignic
¸ ˜
ao de Motores
As tabelas abaixo apresentam a sequencia de ignic¸˜ao de alguns motores mais utilizados:
Motores 4, 5 ou 6 cilindros
IGN-1 IGN-2 IGN-3 IGN-4 IGN-5 IGN-6
Ford (4c.) 1 3 4 2 - -Fiat (4c.) 1 3 4 2 - -VW AP (4c.) 1 3 4 2 - -VW Golf (4c.) 1 3 4 2 - -GM (4c.) 1 3 4 2 - -Honda (4c.) 1 3 4 2 - -Subaru (4c.) 1 3 2 4 - -VW a ar (4c.) 1 4 3 2 - -Audi (5c.) 1 2 4 5 3 -VW Jetta 2.5 (5c.) 1 2 4 5 3 -Marea 20V (5c.) 1 2 4 5 3 -Ford Ranger V6 (6c.) 1 4 2 5 3 6 Opala e Omega (6c.) 1 5 3 6 2 4 VW VR6 (6c.) 1 5 3 6 2 4 BMW em Linha (6c.) 1 5 3 6 2 4 Blazer / S10 (6c.) 1 6 5 4 3 2 Ford em Linha (6c.) 1 5 3 6 2 4
Tabela D.1: Sequencia de ignic¸˜ao de alguns motores de 4, 5 ou 6 cilindros.
Motores 8 cilindros
IGN-1 IGN-2 IGN-3 IGN-4
GM V8 (8c.) 1 e 6 8 e 5 4 e 7 3 e 2
Ford 351, 400 (8c.) 1 e 6 3 e 5 7 e 4 2 e 8 Ford 302, 355, 390, 429,460 (8c.) 1 e 6 5 e 3 4 e 7 2 e 8 Porsche 928 (8c.) 1 e 6 3 e 5 7 e 4 2 e 8 Mercedes (8c.) 1 e 6 5 e 3 4 e 7 8 e 2
Tabela D.2: Sequencia de ignic¸˜ao de alguns motores 8 cilindros.
E Configurando a ECU com Distribuidor
Primeiramente ´e necess´ario identificar o tipo de distribuidor utilizado. Ele pode ser de dois tipos:
1. Com todos os dentes tem o mesmo tamanho (sim´etrico);
2. Um dos dentes ´e menor que os demais, visando identificar o cilindro 1. Identificado o distribuidor ´e necess´ario configurar a borda detrigger.
No distribuidor com sincronismo tipo (2), a borda pode ser identificada dando a partida no motor. Esse tipo de distribuidor funciona corretamente em apenas uma das bordas. Ao escolher a borda correta, a leitura da rotac¸˜ao ser´a est´avel. A borda incorreta resulta em saltos abruptos na leitura da rotac¸˜ao por parte da ECU. Nos distribuidores sim´etricos eletronicamente (tipo (1)), qualquer uma das bordas pode ser utilizada. Entretanto, quest˜oes de alinhamento do distribuidor podem fazer com que somente uma das bordas funcione corretamente.
Calibrando o avanc¸o:
A distˆancia entre a borda de trigger e o PMS deve ficar entre 45-90 graus. Essa
distˆancia limita o avanc¸o m´aximo que a ECU ´e capaz de aplicar no sistema de ignic¸˜ao. Ex: Se a borda de trigger estiver posicionada 60 graus APMS, ent˜ao o
avanc¸o m´aximo aplicado ser´a de 58 graus (2 graus a menos que a referencia). Esse valor deve ser informado no formato utilizado nos triggers de rodas fˆonicas.
Ex: n ´umero de dentes de distˆancia entre a borda referˆencia e o PMS. Para um distribuidor esse valor sempre ser´a algo entre 0 ,00 e 1,00.
O ECU assume que 1.00 equivale a 90 graus, ent˜ao 0.5 dentes equivalem a 45 graus, 0.1 equivalem a 4,5 graus.
Sugest˜ao pr´atica para o ajuste:
Coloque um valor referente a 45 graus (Ex: 0,5), ou 10 graus a mais que o avanc¸o m´aximo que se pretende utilizar. Dˆe a partida, e, com a pistola de medic¸˜ao, gire o distribuidor at´e chegar o mais pr ´oximo poss´ıvel do avanc¸o correto. Fac¸a o ajuste fino alterando o valor se necess´ario.
Se em um distribuidor sim´etrico o valor tender ficar fora da faixa 45-90 graus (0.5-1.00), isso ´e um indicativo que a borda escolhida para o trigger n˜ao ´e ideal. Mude
a borda dotrigger e repita o procedimento.