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Produção Gráfica 4 - PAPEL

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Academic year: 2021

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4 - PAPEL

Histórico

O papel é uma das principais preocupações do designer gráfico, pois, entre a infinita variedade de tipos disponíveis, deve-se saber escolher adequadamente o papel para a produção de seus projetos. Esta seleção pode ser mais fácil quando se conhecem todas as propriedades e características dos tipos de papeis. E é exatamente isto que veremos a partir de agora.

A origem da palavra ‘‘papel’’vem do termo grego papyrus, que significa junco. Os gregos assim denominaram o primeiro suporte para escrita inventado pelos egípcios, devido a utilização de plantas aquáticas em sua composição.

Por volta de 300 a.C., os egípcios produziam os papiros entrelaçando as fibras dos juncos extraídos no rio Nilo. Após esse minucioso trabalho, eles o ensopavam na água e batiam no chão para dar a liga necessária à escrita.

No entanto, o papiro egípcio também levou povos do antigo oriente a elaborar seu próprio sistema de escrita, nos séculos que antecederam a Era Cristã. Dentre os quais a China se destacou por sua intensa dedicação na produção e no aprimoramento do sistema de escrita. Em princípio, os chineses adotaram o mesmo sistema egípcio, onde entrelaçavam finas tiras de bambu para a confecção de seu suporte.

O resultado, entretanto, era um material fino, porém pouco flexível. Até que por volta do ano 105 d.C. eles passaram a reaproveitar os desperdícios texteis (trapos) em sua produção. Onde eram misturados com as tiras, molhados, e em seguida batidos por um longo tempo, até formarem uma pasta. Essa composição era depositada em peneiras quadradas para que a água pudesse escoar. Secando até virar uma folha de papel.

Esse sistema de produção foi extremamente significativo para a produção de suportes da escrita, pois, alterou a união das fibras, que antes eram entrelaçadas uma à outra (união física), para o entrelaçamento de modo hidrogênio (união química). Resultando na folha de papel, tal como conhecemos hoje. Um material extremamente fino, leve, flexível e totalmente impermeável. Totalmente apropriado para a escrita.

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Principais Características dos Papéis:

Formatos de Papel:

Gramatura: o peso de uma folha de papel é determinado de

acordo com a extensão de sua superfície em metro quadrado. Sendo expresso em gramas por metro quadrado (g/m²).

Com a invensão da imprensa e a expansão do setor gráfico em nível mundial, os produtores de papel viram a necessidade de padronizar sua produção. De modo a facilitar a comercialização, atendendo a todo tipo de demanda.

Resma: é o nome dado a certa quantidade junta de papel. No

mercado gráfico, a resma é formada por 500 folhas e serve para facilitar a comercialização do papel. Podendo ser dividida em dois (pacote c/ 250 folhas) ou quatro (pacote c/ 125 folhas).

Peso: como o peso do papel é praticamente imensurável, este só pode ser determinado se relacionados

a gramatura da folha com o peso de sua resma. Assim, se uma resma de 500 folhas pesar 2 quilos (2.000g), então cada folha terá aproximadamente 4 gramas.

Foi criado então um sistema mundial com medidas pré-definidas, onde grandes folhas uniformemente produzidas eram cortadas em vários formatos proporcionalmente menores. Os quais cada um receberia uma denominação específica, para auxiliar em sua distribuição aos comerciantes. E também na identificação feita pelos consumidores do tamanho ideal de papel a ser comprado de acordo com suas necessidades.

Ao longo dos tempos, existiram diversos padrões de medidas que auxiliaram no aprimoramento deste sistema, no entanto hoje há basicamente dois padrões em vigor: o popularmente conhecido sistema internacional (do formato A4 e seus derivados) que foi adotado na maioria dos países do mundo, e o sistema U.S. Standard. Com formatos como o Letter, por exemplo, utilizados por Estados Unidos e Canadá

Como podemos observar no esquema acima do atual sistema internacional vigente, esse agrupamento de vários formatos dentro de um maior, funciona na seguinte proporção crescente: A) a altura do tamanho atual passa a ser a largura do próximo tamanho, e B) a altura do próximo tamanho é o dobro da largura do tamanho atual.

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Tabela dos Principais Formatos e suas Medidas

Tabela de Cortes Para o Papel em Folha Formato BB

SÉRIE A Formato mm SÉRIE B Formato mm SÉRIE C Formato mm 841 x 1189 594 x 841 420 x 594 297 x 420 210 x 297 148 x 210 105 x 148 74 x 105 52 x 74 37 x 52 26 x 37 18 x 26 13 x 18 1000 x 1414 707 x 1000 500 x 707 353 x 500 250 x 353 176 x 250 125 x 176 88 x 125 62 x 88 44 x 62 31 x 44 22 x 31 15 x 22 917 x 1297 648 x 917 458 x 648 324 x 458 229 x 324 162 x 229 114 x 162 81 x 114 57 x 81 40 x 57 28 x 40 20 x 28 14 x 20 A 0 A 1 A 2 A 3 A 4 A 5 A 6 A 7 A 8 A 9 A 1 0 A 11 A 1 2 B 0 B 1 B 2 B 3 B 4 B 5 B 6 B 7 B 8 B 9 B 1 0 B 11 B 1 2 C 0 C 1 C 2 C 3 C 4 C 5 C 6 C 7 C 8 C 9 C 1 0 C 11 C 1 2 Formato 66x96 1 Pedaço Formato 16,5x48 8 Pedaços Formato 48x66 2 Pedaços Formato 22x32 9 Pedaços Formato 32x66 3 Pedaços Formato 33x19,2 10 Pedaços Formato 33x48 4 Pedaços Formato 22x26 10 Pedaços Formato 32x34 5 Pedaços Formato 25x21 11 Pedaços Formato 33x24 8 Pedaços Formato 16,5x24 16 Pedaços Formato 33x32 6 Pedaços Formato 36x16 12 Pedaços Formato 42x24 6 Pedaços Formato 22x24 12 Pedaços Formato 22x48 6 Pedaços Formato 23,4x19,2 14 Pedaços Formato 37x22 7 Pedaços Formato 22x19,2 15 Pedaços

No padrão gráfico, o formato da folha BB, que corresponde às medidas 66x69 cm, é o mais utilizado em gráficas brasileiras. A tabela abaixo, ilustra o porque desta preferência, dadas as várias opções para montagem e distribuição das imagens dentro deste formato.

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5 - O FLUXO PRODUTIVO GRÁFICO

:

É a fase produtiva responsável pela concretização das ideias de um artista gráfico, em um arquivo digital que possa ser reproduzido em sistemas de impressão, em escala industrial. É neste processo que a definição de todas as características do impresso serão definidas, tais como suas fontes, cores, imagens e até mesmo seu formato.

As fontes são conjuntos de caracteres e símbolos desenvolvidos em um mesmo desenho. Esse desenho de letra ou caractere é chamado de tipo. Atualmente, na área de editoração eletrônica, utilizamos as fontes redimensionáveis, ou seja, que podem ser ampliadas e reduzidas sem que percam a qualidade (vetoriais).

Existem, atualmente duas principais tecnologias de fontes para a área de editoração eletrônica: o padrão Adobe e o padrão True Type.

Fontes

Foram desenvolvidas pela Apple e Microsoft e incluídas como fontes de sistema tanto no Windows como no Mac OS. Por não serem diretamente compatíveis com a linguagem PostScript, têm de ser convertidas no padrão Adobe no momento da impressão em uma impressora profissional.

Fontes True Type

Também chamadas de fontes 1 ou de PostScript, foram desenvolvidas pela Adobe Systems para serem absolutamente compatíveis na linguagem PostScript. Em outras palavras, são totalmente adequadas para se trabalhar nos vários softwares gráficos como os próprios da Adobe (Photoshop, Illustrator, InDesign) e o CorelDRAW.

Fontes Adobe Pré-Impressão

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Gratuitamente, as fontes estão disponíveis nos CDs do Corel Draw (cerca de 1200) e nos CDs que acompanham o PageMaker e Adobe Illustrator. Elas também podem ser adquiridas por meio do Adobe Font Folio e Adobe Type and Call. Pela Internet você encontrará uma listagem das principais fontes no site My Fonts (www.myfonts.com).

Onde obter fontes

Cores

A cor é um fenômeno ocorrido entre a interação de três elementos: fonte luminosa, objeto e observador. Sem a presença de um destes três elementos não podemos falar sobre o fenômeno cor.

Assim, a primeira conclusão a que podemos chegar é que a cor é um fenômeno subjetivo, ou seja, que depende do observador. Mudando-se o observador a cor também será percebida de uma maneira diferente pois cada pessoa possui uma sensibilidade cromática diferente.

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Podemos definir a luz como uma forma de energia que se propaga em ondas eletromagnéticas. Quando o olho humano recebe uma onda com comprimento de 1 metro nada ocorre, porém ao

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receber ondas compreendidas entre 400 e 700 nm (nanômetros, 1nm = 10 metro = 0,000000001) temos a sensação das cores.

Esta parte eletromagnética, entre 400 e 700 nm é chamada de Espectro. A qual ao ser visível em três partes proporcionais teremos a predominância de três cores: Vermelho, Verde e Azul Violeta que traduzidas para o inglês serão: Red, Green and Blue, ou seja, RGB. A luz branca é luz formada pela adição destas três luzes coloridas RGB, no sistema conhecido como Síntese Aditiva que pode ser observado em qualquer monitor de computador ou televisão que possui somente pontos destas três cores em suas polegadas.

Pode-se criar cores através da mistura de pigmentos coloridos (Síntese subtrativa), e a maneira mais conhecida em Artes Gráficas, é a utilização das cores (Cyan, Magenta e Yellow) somadas ao pigmento Preto (Black) formando o também conhecido CMYK. Através da mistura em diferentes proporções de CMYK nós podemos formar todas as cores visualizadas em um material impresso.

O simples nome da cor não é suficiente para informarmos ao impressor que cor desejamos obter no trabalho impresso, se fazendo necessária a determinação numérica da cor para que possamos predizer o resultado desejado.

Determinando Valores Para as Cores

Então podemos determinar a cor por meio da combinação numérica do sistema RGB ou do sistema CMYK, também chamados espaços de cor. Por exemplo, uma cor pode ser informada da seguinte forma no espaço CMYK: 0% de ciano, 100% de magenta, 100% de amarelo e 0% de preto, ou no espaço RGB: 182 vermelho, 0 verde e 38 no azul. Desta maneira podemos informar as cores desejadas de maneira precisa.

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Formas de Composição das Cores

Existem sistemas menos complexos para determinação das cores, que apresentam certas limitações, mas podem ser de grande valia na ausência de sistemas informática. Talvez o sistema mais largamente conhecido seja a escala de cores Pantone, onde podemos especificar uma cor escolhendo-a em uma tabela impressa que possui a “fórmula” para sua confecção.

O sistema Pantone possui várias escalas de cor, sendo as mais conhecidas aquelas que se utilizam da mistura na composição das tintas (Formula Guide) e a que se utiliza da mistura de porcentagens de ponto das tintas CMYK (Color Process), ambas utilizando as tintas próprias da Pantone.

As escalas de cores Pantone já possuem aplicações digitais onde as cores são escolhidas e aplicadas diretamente no computador através do programa Pantone Color Drive, disponível tanto para Macintosh quanto para Windows.

Cores Pantone são cores especiais, para cada uma usada é necessário um filme e uma chapa pois as elas não podem ser diluídas no processo CMYK. As paletas Pantone (que são vendidas no mercado gráfico) indicam os percentuais para se atingir aquela cor específica. Quando a gráfica recebe de um cliente um arquivo com uma cor dessa paleta, ela é obrigada a gerar seus fotolitos, inclusive um especial para aquela cor Pantone, gravar as chapas e antes de imprimir misturar as tintas que compões tal cor. Utilizando, portanto, uma quinta cor.

Referências

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