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A interdisciplinaridade em estudos sobre a relação pai-filho

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A interdisciplinaridade em estudos sobre a relação pai-filho

Rovana Kinas Bueno

Universidade Federal de Santa Catarina – rovanak@gmail.com

Mauro Luís Vieira

Universidade Federal de Santa Catarina - maurolvieira@gmail.com

Maria Aparecida Crepaldi

Universidade Federal de Santa Catarina - maria.crepaldi@gmail.com

Eixo temático: Conhecimento Interdisciplinar 1. Introdução

Na contemporaneidade, verificam-se nas últimas décadas alterações na estrutura familiar, e nas expectativas de desempenho dos papéis parentais (BOSSARDI; VIEIRA, 2010; DESSEN, 2010; MONTEIRO et al., 2010; STAUDT; WAGNER, 2008). A intensificação da participação da mulher no mercado de trabalho e o aumento no número de divórcios exigiram uma nova definição dos papéis parentais e da constituição familiar. Essa maior inserção da mulher no mercado de trabalho possivelmente contribuiu para o maior envolvimento do homem no cuidado com os filhos e no aumento da divisão das tarefas domésticas (BOSSARDI, 2011; WAGNER et al., 2005).

Assim, o “ser pai” é um papel que está em transformação (GABRIEL; DIAS, 2011). Constata-se um estilo emergente de paternidade, o qual mistura o estilo tradicional (pai provedor) com uma visão mais moderna de paternidade (divisão mais igualitária das tarefas) (CABRERA; BRADLEY, 2012). Nesse sentido, muitos pais de origem latina mostram-se mais engajados, responsivos e compartilham tarefas com suas esposas mais do que o esperado em uma visão tradicional de paternidade (CABRERA; BRADLEY, 2012). Estudos brasileiros também tem encontrado resultados semelhantes (BELTRAME; BOTTOLI, 2010; GOMES, 2011; WAGNER et al., 2005).

Embora o pai esteja mais envolvido nas atividades do cotidiano familiar (quando comparado ao papel que o pai exercia em gerações anteriores), esse envolvimento ainda está ocorrendo em escala bem menor que o esperado ou desejado, e a mãe continua sendo a principal responsável pelo cuidado das crianças (BOSSARDI, 2011; FAGAN, 1997; MONTEIRO et al., 2008; NUNES; VIEIRA, 2009; STAUDT; WAGNER, 2008; WALL; ARNOLD, 2007) e pelas tarefas domésticas (BOSSARDI, 2011; STAUDT; WAGNER, 2008). Em famílias de classes populares, essa divisão sexual do trabalho se faz mais clara, de modo que o pai é geralmente o provedor e a mãe é a responsável por administrar os recursos e manter a união da família, mesmo quando seja ela a provedora da casa, esse papel não lhe é tão enfatizado do que

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2 para o homem (BUSTAMANTE; TRAD, 2005). Ou seja, mesmo que se verifique um maior envolvimento do pai, o estilo tradicional ainda parece ser marcante no contexto familiar contemporâneo.

O pai parece estar de certa forma “condenado” a ser apenas um pouco menos que a mãe, ou seja, seu auxiliar ou ajudante (ANDRADE et al., 2006; BALANCHO, 2012). Balancho (2012) afirma ainda que os homens, em geral, não tomam a iniciativa com relação aos filhos e alega que quando se menciona um maior envolvimento do pai, o parâmetro de comparação é a mãe, ou seja, a referência é se ele é tão envolvido quanto a mãe. Porém, desse modo, esquece-se das especificidades e características que são peculiares ao homem, e que os faz diferentes das mulheres. Assim, essa diferença não deve ser ignorada, e sim, considerada, pois interfere no relacionamento pai-filho.

É possível constatar o aumento no número de estudos sobre o papel do pai em relação aos filhos nas últimas décadas (CABRERA et al., 1999; FOUTS, 2008; GOETZ; VIEIRA, 2009; SILVA; PICCININI, 2007). Estudos tem enfocado a importância do pai no desenvolvimento infantil (CIA et al., 2004, 2005, 2008; PAQUETTE et al., 2012), e por isso, é uma temática relevante a ser estudada. Porém, ainda há muitos aspectos a serem explorados e em muitas áreas diferentes.

Contudo, esses estudos geralmente são produzidos no âmbito das Ciências Humanas. A interdisciplinaridade, embora difícil de ser conceituada (MINAYO, 1994), sugere diálogo e construção de conhecimentos entre diferentes disciplinas tendendo à horizontalização das relações de poder entre as áreas do conhecimento (ALVES et al., 2005). Embora a interdisciplinaridade ainda seja uma realidade restrita, ao pensar no movimento interdisciplinar, vê-se a necessidade de construir e intensificar o diálogo entre diferentes áreas do conhecimento sobre um mesmo fenômeno, com o objetivo de compartilhar o conhecimento entre as mesmas, ampliando o olhar sobre o objeto a ser estudado.

Ancorando-se na perspectiva sistêmica, entende-se que ao pensar a ciência como um todo (um sistema), e as diferentes áreas do conhecimento (subsistemas) como interconectadas entre si e se influenciando mutuamente, ressalta-se a importância de uma visão integrada das diferentes disciplinas. Deste modo, este trabalho trata da reflexão de possibilidades de integração de diferentes disciplinas tendo como objeto de estudo a relação pai-filho.

2. Procedimentos Metodológicos

Para verificar as possibilidades de integração de diferentes disciplinas em estudos sobre a relação entre o pai e o filho, buscou-se verificar as publicações nacionais sobre o assunto. Assim, realizou-se uma busca sistemática nos portais Scielo e Pepsic, no mês de setembro de 2013, utilizando a combinação dos seguintes descritores: "pesquisa interdisciplinar" e "paternidade". Porém, como nenhuma obra foi

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3 encontrada, realizou-se outras buscas, sistemáticas e não sistemáticas, em diferentes portais, para investigar o que é publicado sobre a relação pai-filho. Nessas buscas, utilizou-se tanto apenas o termo paternidade como também combinou-se o termo paternidade com termos como “relações familiares”, “adoção”, “desenvolvimento infantil”, entre outros. Efetuou-se uma análise de alguns desses estudos empíricos brasileiros encontrados sobre essa relação, buscando-se verificar a temática investigada e a metodologia utilizada. Não foi objetivo fazer uma análise sistemática das obras encontradas, pois o objetivo era realizar esta análise com obras interdisciplinares sobre a relação pai-filho.

Deste modo, considerando a escassez de obras interdisciplinares, realizou-se reflexões sobre possíveis contribuições de diferentes áreas nos estudos sobre o pai a partir da perspectiva interdisciplinar. Essas diferentes possibilidades de articulação foram embasadas em obras analisadas que tinham como objeto de estudo o pai, e na experiência em práticas interdisciplinares dos autores do presente artigo. Essa reflexão, que se trata de uma sugestão de estudos com base no que foi encontrado, será apresentada nas considerações finais.

3. Justificativa do eixo escolhido

O presente trabalho enquadra-se no Eixo temático 2, referente ao “Conhecimento Interdisciplinar”. Essa escolha se deve ao motivo de que a relação pai-filho é um fenômeno complexo e que envolve diferentes áreas do conhecimento científico. Nesse sentido, a interdisciplinaridade é uma meta a ser alcançada para se ter uma compreensão holística do tema.

4. Considerações finais

Considera-se que a interdisciplinaridade contribui para uma visão mais ampla do fenômeno a ser pesquisado. Esse diálogo entre diferentes áreas do conhecimento sobre um mesmo fenômeno nem sempre é fácil de ser atingido, mas os projetos de pesquisa ou de extensão, e até mesmo as práticas interdisciplinares têm demonstrado resultados positivos.

Deste modo, como muitas pesquisas (CIA; BARHAM, 2009; CIA et al., 2004, 2005; LAMB, 1997; VIEIRA et al., 2009) têm indicado a importância do pai no desenvolvimento infantil e sua repercussão positiva no desenvolvimento da criança (GOMES, 2011; PAQUETTE et al., 2012), ressalta-se a relevância no investimento de estudos interdisciplinares sobre a relação pai-filho. Como se verificou na busca de estudos indexados em bases de dados nacionais, embora existam muitos estudos sobre a relação pai-filho, estes não se referem a pesquisas interdisciplinares.

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4 Além disso, partindo da perspectiva sistêmica do conhecimento científico, reforça-se a importância de interdisciplinaridade para a produção e ampliação do conhecimento. Além disso, parte-se do pressuposto que o compartilhamento do conhecimento no contexto de pesquisa científica pode ser positivo.

Diversas são as áreas do conhecimento que podem dialogar em estudos sobre a relação pai-filho. Por se referir a um relacionamento entre duas pessoas, a maioria das articulações entre os conhecimentos ocorre na área das ciências humanas. Além do mais, como os autores do presente artigo são da área da Psicologia, ressalta-se a tendência a pensar possibilidades de estudos que englobem esta área do conhecimento. Das articulações possíveis, elencam-se algumas como sugestões:

1) Existem obras que focam nas características (SILVA; AIELLO, 2009) e contribuições (NUNES et al., 2008) do pai com crianças com deficiência e as repercussões na vida do pai frente ao adoecimento de um filho (OLIVEIRA-CARDOSO, 2008). Nesse sentido, a Enfermagem e a Psicologia podem explorar como se estabelece a relação pai-filho em situações que envolvem comprometimentos físicos do filho ou filha, investigando a relação de cuidado e apego entre a díade.

2) Há obras que investigam as contribuições do pai no desempenho escolar ou comportamentos de seus filhos (CIA; BARHAM, 2005, 2009; CIA et al., 2004). Outras contribuições e suas repercussões podem ser exploradas articulando-se a Educação com a Psicologia.

3) Outro trabalho em conjunto da Educação com a Psicologia poderia ser referente ao tipo de brincadeiras estabelecidas para as crianças no ambiente escolar, de modo a incentivar os meninos a experienciarem mais brincadeiras de cuidado (como por exemplo, cuidarem de um animal). Como as habilidades em cuidar de uma criança influenciam o envolvimento do pai com o filho (LAMB, 1997; LAMB et al., 1985), acredita-se que o incentivo para desenvolver habilidades referentes aos cuidados em crianças do sexo masculino poderia repercutir em pais com mais habilidades com crianças, e consequentemente, pais que pudessem estar mais envolvidos com os seus filhos. O envolvimento paterno é um fenômeno complexo e uma linearidade de causa e consequência não é possível, e por isso, afirmar que incentivar os meninos a cuidar de algo desde pequenos não os tornaria necessariamente melhores pais, ou pais mais envolvidos, uma vez que há outros fatores que interferem nestes. Contudo, acredita-se que esse tipo de incentivo, a ser estudado para verificar sua repercussão, poderia estar relacionado a resultados mais positivos no que se refere ao envolvimento paterno.

4) Psicologia, Filosofia, Antropologia, História e Sociologia são áreas que poderiam discutir as mudanças ao longo do tempo nas expectativas dos papéis parentais e as implicações disso no desenvolvimento infantil. Esse tipo de estudo já é realizado, mas não abarcando a interdisciplinaridade. Um estudo como esse se justifica porque pais e mães se envolvem de maneiras diferentes com os filhos,

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5 devido a características específicas de cada sexo, e os aspectos sociais e culturais (BOSSARDI, 2011; CREPALDI et al., 2006; MANFROI et al., 2011; PRADO; VIEIRA, 2003). Assim, embora o cuidado parental seja universal, o modo como vai ser desempenhado dependerá de cada cultura e de cada contexto sócio-histórico (BOSSARDI, 2011).

5) A Psicologia e o Direito podem dialogar em situações como adoção de crianças e adolescentes para auxiliar no entendimento do processo de adoção e das ansiedades que envolvem esse processo. Verifica-se que na prática, o diálogo já acontece, mas ele precisa Verifica-ser mais efetivo, pois ainda Verifica-se verificam lacunas e dúvidas com relação ao processo de adoção por parte dos adotantes. Outro diálogo entre a Psicologia e o Direito em situações de divórcio/separação, nas quais em situações litigiosas, a relação do pai com o filho pode ficar prejudicada, se faz importante. A mediação (BUENO et al., 2012) resultante da articulação dessas duas áreas pode auxiliar as pessoas envolvidas a tomarem suas decisões de modo mais consciente, considerando-se o bem-estar dos envolvidos, em especial, das crianças. Estudos sobre esses aspectos poderiam contribuir não apenas em termos acadêmicos, mas também social.

6) Biologia e Psicologia podem verificar aspectos relacionados aos hormônios que interferem no envolvimento paterno e nas tendências comportamentais para estabelecer apego com a criança. Há estudos que comparam pais biológicos com pais não biológicos (ANDERSON; KAPLAN; LAMB et al., 1999; ANDERSON; KAPLAN; LANCASTER, 1999; DALY; WILSON, 2005, 2007a, 2007b) e verificam que a vinculação de parentesco tem implicações diferenciadas nas taxas de abuso e maus tratos dos pais contra os filhos. No entanto, é importante enfatizar que não é apenas um fator que explica os cuidados parentais. Nesse sentido, contribuições da dimensão biológica não são determinantes e nem simplistas. Muito pelo contrário, aspectos sociais, culturais, históricos e padrões de transmissão intergeracional devem sem considerados, além da dimensão mais física. Logo, a articulação de outras áreas como Sociologia, Antropologia e História poderia também contribuir no estudo do fenômeno.

7) A Nutrição e a Psicologia podem averiguar a importância do pai na alimentação do filho e como o pai interfere e contribui para a alimentação do mesmo. Embora Wagner et al. (2005) afirmam que a nutrição e o acompanhamento do cotidiano dos filhos ainda aparecem como trabalho feminino, no novo modelo emergente de paternidade no contexto contemporâneo, cada vez mais o pai está realizando atividades de cuidado, o qual envolve o monitoramento da alimentação infantil.

8) A Antropologia e a Psicologia podem analisar as semelhanças e diferenças na relação do pai com a criança em diferentes culturas. Estudos em diferentes culturas tem mostrado que a relação pai-filho tem

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6 especificidades dependendo do contexto social e cultural (FOUTS, 2008; HOOK; WOLFE, 2012; SHWALB, SHWALB & LAMB (2013); SIMÕES et al., 2010; TUDGE, 2008).

9) Áreas como Arquitetura e Urbanismo, Engenharias, Planejamento Urbano e Regional podem contribuir no sentido de planejar as áreas de lazer das cidades e das casas. Casas com poucas ou muitas divisões, por exemplo, podem ser um dos fatores que interfere na comunicação familiar. Assim, essas áreas, ao dialogarem com a Psicologia, poderiam discutir esses aspectos que podem interferir na relação pai-criança, e ver as repercussões da modificação do espaço físico na relação da díade. Estudos referentes à temática já são realizados pela Psicologia Ambiental que busca manter um diálogo com a Arquitetura. Mais estudos envolvendo mais áreas do conhecimento devem ser fomentadas.

Esses são apenas alguns exemplos de articulação entre diferentes áreas do conhecimento para estudar a relação pai-filho. O objetivo não era esgotar as possibilidades de articulações, mas servir de ponto de partida através de algumas sugestões resultantes de reflexão sobre o tema. Deste modo, verifica-se que é importante que diferentes áreas estudem um mesmo fenômeno. Contudo, é fundamental que as áreas dialoguem de modo a ampliar a produção do conhecimento de forma integrada e sistêmica.

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