• Nenhum resultado encontrado

Portaria-Conjunta n. 009/2012/TJMG/CGJ/SEF-MG (Selo de Fiscalização Eletrônico)

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Portaria-Conjunta n. 009/2012/TJMG/CGJ/SEF-MG (Selo de Fiscalização Eletrônico)"

Copied!
11
0
0

Texto

(1)

CHAVE DE RESPOSTA NORMAS DA CORREGEDORIA PROFESSORA:TELMA SARSUR

Portaria-Conjunta n. 009/2012/TJMG/CGJ/SEF-MG (Selo de Fiscalização Eletrônico)

1) Qual o objetivo da implantação do selo de fiscalização eletrônico nos serviços notariais e de registro?

Segundo dispõe Portaria-Conjunta n. 009/2012/TJMG/CGJ/SEF-MG, a utilização do selo de fiscalização eletrônico visa garantir a prática dos atos notariais e de registro com maior eficiência, agilidade, segurança e autenticidade, bem como o objetivo de tornar mais eficaz o controle do recolhimento da Taxa de Fiscalização Judiciária e da compensação dos atos sujeitos à gratuidade. Também é uma fórmula capaz de dar ao cidadão, com precisão, rapidez e certeza, informações sobre os atos praticados pelos tabeliães e registradores, nos seus respectivos serviços, referentes aos serviços prestados.

2) Existe alguma vinculação entre o selo de fiscalização eletrônico e a taxa de fiscalização judiciária?

Sim. O selo eletrônico é relacionado ao fato gerador do emolumento, ou seja, o ato ou a sequencia de atos, praticados pelos serviços notariais e de registro. O mesmo tem caráter fiscal, uma vez que a quantidade de selos a ser afixada por documento (selo físico) depende dos emolumentos cobrados, ou da quantidade de fatos geradores de emolumentos. Assim, sua vinculação é direta com a quantidade de atos praticados e com os emolumentos cobrados.

3) Atualmente, existem seis tipos de selos físicos (padrão, de cor verde; arquivamento, de cor cinza; autenticação, de cor roxa; certidão, de cor azul e reconhecimento de firma, de cor marrom). No sistema de selagem eletrônico qual será o critério utilizado?

O selo de fiscalização eletrônico terá um sequencial alfanumérico único, acompanhado do respectivo código de segurança e não possuirá diferenciação prévia em razão da natureza, espécie e valor do ato notarial ou registral, características que serão assumidas somente com sua utilização e determinadas no momento da selagem do ato. 4) Quais os requisitos básicos de segurança conterão no selo eletrônico?

Ao ser utilizado, o selo de fiscalização eletrônico deverá conter os seguintes requisitos de segurança que impeçam sua adulteração ou falsificação:

I - dados da serventia que praticou o ato; II - dados do ato praticado.

Além dos requisitos acima constantes, outros serão informados segundo o detalhamento constante do manual técnico a ser elaborado pela DIRFOR - Diretoria Executiva de Informática do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, com aprovação da Corregedoria-Geral de Justiça, contendo as especificações técnicas

(2)

relativas à operacionalização do sistema do selo de fiscalização eletrônico, inclusive aquelas referentes ao detalhamento de dados dos atos praticados.

5) O controle e a solicitação do selo eletrônico será feito de que maneira e por quem será custeado?

A solicitação, geração, aquisição, distribuição, utilização e transmissão de dados do Selo de Fiscalização Eletrônico serão controladas pelo Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, através da Corregedoria-Geral de Justiça, diretamente ou mediante contrato, e serão custeadas com valores deduzidos do montante arrecadado da Taxa de Fiscalização Judiciária - TFJ.

Quanto à solicitação de lotes e a transmissão de dados do Selo de Fiscalização Eletrônico serão efetuadas pelos notários, registradores ou prepostos autorizados e devidamente credenciados e cadastrados na CGJ/MG, através da rede mundial de computadores - internet, no endereço eletrônico https://selos.tjmg.jus.br, mediante utilização de certificado digital segundo o padrão da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.

6) Como funciona a transmissão de dados relativos aos selos utilizados ?

A transmissão dos dados relativos aos selos utilizados e aos respectivos atos notariais e de registro praticados será feita diariamente, até, no máximo, as 12 (doze) horas do dia seguinte ao da utilização do selo.

As serventias cujas localidades não possuam acesso à internet efetuarão a transmissão dos dados no prazo máximo de até 10 (dez) dias, contados da data da utilização do Selo de Fiscalização Eletrônico.

7) Caso ocorra suspensão ou interrupção dos serviços da rede mundial de computadores, qual o procedimento a ser adotado pelo notário ou registrador? E quais as consequências em relação as serventias que deixarem de transmitir os dados?

Eventual suspensão ou interrupção dos serviços da rede mundial de computadores - internet, que prejudique a observância dos prazos previstos, deverá ser comunicada imediatamente à Corregedoria-Geral de Justiça, ficando excepcionalmente prorrogada, nesse caso, a transmissão dos dados até, no máximo, as 12 (doze) horas do dia seguinte ao da normalização do serviço.

As serventias que deixarem de transmitir os dados na forma e prazo definidos, ou que o fizerem de modo irregular, ficarão impedidas de adquirir novos lotes de selos até a completa regularização da pendência, sem prejuízo de eventual responsabilização administrativa disciplinar.

8) Como será feita a utilização do selo eletrônico e quais os procedimentos e regras que deverão ser observadas pelos notários e registradores?

O Selo de Fiscalização Eletrônico será utilizado em todos os atos praticados pelos serviços notariais e de registro, inclusive nos atos sujeitos à gratuidade, com observância dos seguintes procedimentos e regras:

(3)

I - o Selo de Fiscalização Eletrônico é de uso exclusivo do serviço notarial ou de registro solicitante, proibido o seu empréstimo, repasse ou troca;

II - o Selo de Fiscalização Eletrônico deverá ser utilizado na ordem da sequência alfanumérica do lote de selos recebidos;

III - cada ato notarial ou de registro receberá o correspondente Selo de Fiscalização Eletrônico, que será utilizado na parte do documento onde estiver a assinatura do notário ou registrador, preferencialmente ao final do ato, independentemente de possuir mais de uma folha;

IV - na hipótese de o documento constituir-se em mais de um ato serão utilizados tantos selos quantos forem os atos praticados, observando-se o disposto no art. 14, § 3º, desta Portaria-Conjunta.

9) E nos atos sujeitos à gratuidade?

Nos atos sujeitos à gratuidade, estipulada pela legislação constitucional e infraconstitucional, notadamente a Lei Federal nº 9.534, de 10 de dezembro de 1997, e a Lei nº 15.424, de 2004, serão utilizados tantos selos quantos forem os atos praticados. 10) Como será feita a selagem dos atos notariais e de registro?

A selagem dos atos notariais e de registro será feita por impressão diretamente nos documentos e papéis expedidos ou submetidos a exame dos serviços notariais e de registro, quando da prática de seus atos, facultando-se a utilização de etiqueta auto-adesiva.

A selagem através de impressão diretamente nos documentos e papéis ou por meio de etiqueta auto-adesiva conterá requisitos de segurança que impeçam a sua adulteração, falsificação ou reutilização.

11) Quais as especificações devem conter na estampa do selo eletrônico?

I - cabeçalho padronizado com a expressão: “Poder Judiciário - TJMG - Corregedoria-Geral de Justiça'';

II - identificação do serviço notarial e de registro, contendo o número ordinal do ofício, a atribuição e a localidade;

III - número do Selo de Fiscalização Eletrônico;

IV - código de segurança do Selo de Fiscalização Eletrônico; V - quantidade de atos praticados;

VI - valor total dos Emolumentos, Taxa de Fiscalização Judiciária e Valor Final ao Usuário;

VII - texto padronizado: "Consulte a validade deste Selo no site https://selos.tjmg.jus.br".

(4)

A estampa deverá conter também a assinatura do responsável pela prática do ato e o carimbo da respectiva serventia, permanecendo sempre legível o número do Selo de Fiscalização Eletrônico e do seu código de segurança, bem como o texto padronizado para consulta pública da respectiva validade.

Na hipótese de o documento constituir-se em mais de um ato, a estampa apresentará o número de apenas um único Selo de Fiscalização Eletrônico, que permitirá a consulta pública da validade dos demais selos utilizados em todos os atos nele praticados.

12) E quando o documento constituir-se em mais de um ato. Qual será o procedimento? Na hipótese de o documento constituir-se em mais de um ato, a estampa apresentará o número de apenas um único Selo de Fiscalização Eletrônico, que permitirá a consulta pública da validade dos demais selos utilizados em todos os atos nele praticados.

13) Qual a providência a ser tomada pelo notário ou registrador em caso de imprevisto, tais como, extravio, furto ou roubo relativo ao selo de fiscalização eletrônico?

Qualquer imprevisto relativo ao Selo de Fiscalização Eletrônico deverá ser comunicado, imediatamente, pelo notário, registrador ou substituto legal, à Corregedoria-Geral de Justiça, informando a quantidade e a sequência alfanumérica dos respectivos selos, para publicação da ocorrência e do cancelamento da validade dos selos.

Quando se tratar de extravio, furto ou roubo, a comunicação deverá ser devidamente instruída com cópia do necessário Boletim de Ocorrência Policial.

As ocorrências acima mencionadas deverão ser lançadas no sistema informatizado. 14) Qual o dever imposto ao notário ou registrador quanto à publicidade do uso do selo eletrônico aos usuários dos serviços extrajudiciais?

Os notários e registradores deverão afixar nas dependências de suas serventias, em local visível, de fácil leitura e acesso ao público, cartazes contendo esclarecimentos a respeito do Selo de Fiscalização Eletrônico.

15) Quais as penalidades pelo mal uso do selo eletrônico serão impostas? E atribuídas a quem?

Os notários, registradores e seus prepostos serão pessoalmente responsabilizados nas esferas administrativa, civil e penal pela não utilização do Selo de Fiscalização Eletrônico nos atos notariais ou de registro praticados, pela sua indevida utilização, pela requisição abusiva ou irregular dos selos e pela inobservância da legislação pertinente, das normas estabelecidas na Portaria-Conjunta n. 009/2012 e das orientações emitidas pela Corregedoria-Geral de Justiça.

(5)

16) O selo eletrônico já foi implantado em todo estado de Minas Gerais?

A implantação do Selo de Fiscalização Eletrônico será feita gradativamente no Estado de Minas Gerais, nas serventias e segundo as datas a serem definidas pela Corregedoria-Geral de Justiça.

Antes da efetiva implantação do Selo de Fiscalização Eletrônico, a Corregedoria-Geral de Justiça poderá, a seu critério, implantar Projeto Piloto, em caráter experimental, nos serviços notariais e de registro que definir.

17) Até a implantação do selo eletrônico em todo estado de Minas Gerais, será mantido o selo físico? E após a implantação definitiva, qual será o procedimento a ser adotado com os selos físicos porventura existentes na serventia?

Até a efetiva implantação do Selo de Fiscalização Eletrônico, fica mantido o atual selo de fiscalização físico, cuja sistemática permanece disciplinada pela Portaria-Conjunta nº 002/2005/TJMG/CGJ/SEF-MG.

Após a implantação definitiva do Selo de Fiscalização Eletrônico, os selos físicos porventura ainda existentes serão recolhidos pelo Juiz de Direito Diretor do Foro e remetidos à Corregedoria-Geral de Justiça para a devida incineração.

Instrução Normativa n. 995, de 22 de janeiro de 2010 (RFB); Circular n. 566, de 23 de dezembro de 2011 (Apresentação de declarações com assinatura digital, efetivada mediante utilização de certificado digital válido e certificação digital emitida no modelo ICP-Brasil – Conectividade Social)

18) Através da Instrução Normativa n. 995/2010 (RFB) tornou-se obrigatória a assinatura digital efetivada mediante utilização de certificado digital válido em que situações?

A obrigatoriedade se faz para a apresentação, por todas as pessoas jurídicas, exceto as optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), das declarações e dos demonstrativos ali previstos.

19) Os serviços notariais e de registro estão desobrigados quanto à observância do que dispõe a Instrução Normativa n. 995/2010, vez que os cartórios não se enquadram no conceito de pessoa jurídica nem empresa?

Não. A referida instrução é clara em seu artigo 1º, inciso X obrigando a utilização da assinatura digital efetivada mediante certificado digital válido para a apresentação da Declaração de Operações Imobiliárias (DOI) para fatos geradores ocorridos a partir de maio de 2010.

Ocorre que, independente do enquadramento dos cartórios, a Instrução Normativa RFB n. 1.112, de 28 de dezembro de 2010 trata da obrigatoriedade para os serviços extrajudiciais quando da emissão da DOI.

(6)

[...] Art. 2º. A declaração deverá ser apresentada sempre que ocorrer operação imobiliária de aquisição ou alienação, realizada por pessoa física ou jurídica, independentemente de seu valor, cujos documentos sejam lavrados, anotados, averbados, matriculados ou registrados no respectivo cartório.

§ 1º Deverá ser emitida uma declaração para cada imóvel alienado ou adquirido. § 2º O valor da operação imobiliária será o informado pelas partes ou, na ausência deste, o valor que servir de base para o cálculo do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) ou para o cálculo do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos (ITCD).

§ 3º O preenchimento da DOI deverá ser feito:

I - pelo Serventuário da Justiça titular ou designado para o Cartório de Ofício de Notas, quando da lavratura do instrumento que tenha por objeto a alienação de imóveis, fazendo constar do respectivo instrumento a expressão “EMITIDA A DOI”; II - pelo Serventuário da Justiça titular ou designado para o Cartório de Registro de Imóveis, quando o documento tiver sido:

a) celebrado por instrumento particular;

b) celebrado por autoridade particular com força de escritura pública;

c) emitido por autoridade judicial (adjudicação, herança, legado ou meação); d) decorrente de arrematação em hasta pública; ou

e) lavrado pelo Cartório de Ofício de Notas e não constar a expressão “EMITIDA A DOI”;

e) lavrado pelo Cartório de Ofício de Notas, independentemente de ter havido emissão anterior de DOI; ( Redação dada pela Instrução Normativa RFB nº 1.239, de 17 de janeiro de 2012 )

III - pelo Serventuário da Justiça titular ou designado para o Cartório de Registro de Títulos e Documentos, quando promover registro de documentos que envolvam alienações de imóveis celebradas por instrumento particular, fazendo constar do respectivo documento a expressão “EMITIDA A DOI”.

20) Tendo em vista o previsto na Circular n. 566, de 23 de dezembro de 2011 da CEF, qual a relação estabelecida entre os notários e registradores e a exigência do certificado digital para acesso ao canal eletrônico de relacionamento Conectividade Social?

O titular da serventia notarial e de registro, na qualidade de empregador, ainda que não esteja obrigado a se identificar pelo CNPJ poderá se utilizar de Certificado Digital de Pessoa Física para acesso a Conectividade Social que utiliza os certificados

(7)

digitais em padrão ICP-Brasil, desde que conste necessariamente o seu número de identificação junto ao Cadastro Específico do INSS (CEI).

Deverão efetuar a Matrícula CEI no prazo máximo de até 30 dias do início de sua atividade, junto à Receita Federal do Brasil: [...]

g) o titular de cartório, sendo a matrícula emitida no nome do titular, ainda que a respectiva serventia seja registrada no CNPJ; [...] (Art. 19, inciso II, letra G, da Instrução Normativa RFB nº 971, de 13 de novembro de 2009)

Provimentos n. 178/CGJ/08; 204/CGJ/10 e 229/2012 (Central Eletrônica de Atos Notariais e de Registro no âmbito da CGJ/MG)

21) Tendo em vista o que dispõe o artigo 19 da Resolução n. 35/2007 do Conselho Nacional de Justiça, o art. 16 do Decreto nº 74.965, de 26 de novembro de 1974, que regulamentou a Lei Federal nº 5.709, de 7 de outubro de 1971, existe ato normativo em Minas Gerais para a implantação da central eletrônica de Atos Notariais e de Registros? Discorra sobre sua finalidade.

Através do Provimento n. 178, de 04 de julho de 2008 e alterações posteriores, foi implantada a Central Eletrônica de Atos Notariais e de Registro no âmbito da Corregedoria Geral de Justiça do Estado de Minas Gerais.

A finalidade da Central Eletrônica de Atos Notariais e de Registro é o armazenamento, concentração e disponibilização de informações sobre inventários, divórcios, separações, restabelecimento da sociedade conjugal, aquisições de imóveis rurais por estrangeiros, indisponibilidades de bens, testamentos, procurações e substabelecimentos. (art. 1º)

22) Como funciona e qual deve ser o procedimento adotado pelos notários e registradores para o cumprimento do Provimento n. 178/2008 e alterações posteriores?

Os Tabeliães de Notas e Oficiais do Registro Civil das Pessoas Naturais com atribuições notariais, titulares ou responsáveis interinos, remeterão à Corregedoria Geral de Justiça, por meio eletrônico, até o 15º dia útil do mês subseqüente à prática do ato, dados relativos às escrituras públicas referidas na Lei Federal nº 11.441, de 2007, bem como de restabelecimento de sociedade conjugal, testamentos, procurações e substabelecimentos.

Os Oficiais do Registro de Imóveis, quanto aos atos relativos às aquisições de imóveis rurais por estrangeiros (incluem aquelas referentes a pessoa jurídica brasileira da qual participem, a qualquer título, pessoas estrangeiras, físicas ou jurídicas, que detenham a maioria de seu capital social, bem como aquelas relativas a pessoa natural brasileira, casada ou em união estável com estrangeiro, sob o regime da comunhão de bens) e indisponibilidades de bens, remeterão à Corregedoria Geral de Justiça, por meio eletrônico, até o 15º dia útil do mês subseqüente à prática do ato

A remessa dos dados será realizada através de aplicativo agregado ao Sistema de Serviço Notarial e de Registro, módulo DAP/TFJ.

(8)

23) A informação sobre o cancelamento da indisponibilidade de bens será efetuada de que maneira e em que prazo?

O cancelamento da indisponibilidade será lançado no sistema no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas após a prática desse ato. (art. 4º parágrafo único).

24) Quem poderá ter acesso aos atos contidos na Central Eletrônica de Atos Notariais e de Registros? Como será disponibilizado? Será possível acessar todos os atos ou há limitação?

Qualquer interessado terá acesso gratuito à Central Eletrônica de Atos Notariais e de Registro através do sítio do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, no endereço eletrônico http://www.tjmg.gov.br/corregedoria, para obtenção de informações sobre eventual prática dos atos referidos no Provimento n. 178/2008.

Os atos referentes a testamentos e aquisições de imóveis rurais por estrangeiros não serão disponibilizados no endereço eletrônico.

Provimento n. 18 CNJ, de 28 de agosto de 2012 (Central Notarial de Serviços Eletrônicos Compartilhados – CENSEC)

25) Qual o objetivo da criação da Central Notarial de Serviços Eletrônicos Compartilhados – CENSEC?

A criação da CENSEC objetiva: interligar as serventias extrajudiciais brasileiras que praticam atos notariais, permitindo o intercâmbio de documentos eletrônicos e o tráfego de informações e dados; aprimorar tecnologias com a finalidade de viabilizar os serviços notariais em meio eletrônico; implantar em âmbito nacional um sistema de gerenciamento de banco de dados, para pesquisa; incentivar o desenvolvimento tecnológico do sistema notarial brasileiro, facilitando o acesso às informações, ressalvadas as hipóteses de acesso restrito nos casos de sigilo e possibilitar o acesso direto de órgãos do Poder Público a informações e dados correspondentes ao serviço notarial.

26) Cite os módulos operacionais que compõe a CENSEC e que funcionará por meio de portal na rede mundial de computadores?

A CENSEC será composta dos seguintes módulos: registro central de testamento on-line - RCTO; central de escrituras de separações, divórcios e inventários – CESDI; central de escrituras e procurações – CEP e central nacional de sinal público –CNSIP. 27) Qual o prazo para envio dos módulos que compõe a CENSEC?

Os tabeliães de notas, com atribuição pura ou cumulativa dessa especialidade, e os oficiais de registro que detenham atribuição notarial devem atender aos seguintes prazos para os módulos RCTO, CESDI e CEP: até o dia 5 de cada mês subsequente, quanto a atos praticados na segunda quinzena do mês anterior; até o dia 20, quanto a atos praticados na primeira quinzena do próprio mês.

(9)

Nos meses em que os dias 5 e 20 não forem dias úteis, a informação deverá ser enviada no dia útil subsequente.

28) As informações constantes no registro central de testamento on-line – RCTO serão acessadas de que forma? É livre o acesso?

Não. A informação sobre a existência ou não de testamento somente será fornecida pelo Colégio Notarial do Brasil – Conselho Federal, nos seguintes casos: mediante requisição judicial ou do Ministério Público, gratuitamente; de pessoa viva, a pedido do próprio testador, mediante apresentação da cópia do documento de identidade e de pessoa falecida, a pedido do interessado, mediante apresentação da certidão de óbito expedida pelo Registro Civil de Pessoas Naturais.

29) As informações constantes no central de escrituras de separações, divórcios e inventários – CESDI serão acessadas de que forma e por quem?

Qualquer interessado poderá acessar o sítio eletrônico para obter informação sobre a eventual existência dos atos decorrentes da Lei n. 11.441/07. Em caso positivo, o sistema indicará o tipo de escritura, a serventia que a lavrou, a data do ato, o respectivo número de livro e folhas, os nomes dos separandos, divorciandos, “de cujus”, cônjuges supérstites e herdeiros, bem como seus respectivos números de documento de identidade (RG ou equivalente), CPF e o (s) advogado(s) assistente(s).

30) As informações constantes no central de escrituras e procurações – CEP serão acessadas de que forma? É livre o acesso?

As informações constantes da CEP poderão ser acessadas, diretamente, por meio de certificado digital, pelos tabeliães de notas e oficiais de registro que detenham atribuição notarial e serão disponibilizadas, mediante solicitação, aos órgãos públicos, autoridades e todos os órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, os órgãos públicos da União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

31) A Central Nacional de Sinal Público – CNSIP funciona de forma e quem poderá proceder a consulta?

Por meio da CENSEC, os tabeliães de notas e oficiais de registro remeterão ao Colégio Notarial do Brasil – Conselho Federal, cartões com seus autógrafos e os dos seus prepostos, autorizados a subscrever traslados e certidões, reconhecimentos de firmas e autenticações de documentos, para fim de confronto com as assinaturas lançadas nos instrumentos que forma apresentados.

A consulta poderá ser feita gratuitamente pelos tabeliães de notas e oficiais de registros que detenham atribuição notarial.

32) A quem compete a fiscalização da CENSEC?

A Corregedoria Nacional de Justiça poderá verificar, diretamente pela CENSEC, o cumprimento dos prazos de carga das informações previstas no Provimento 18.

O Colégio Notarial do Brasil – Conselho Federal deverá informar à Corregedoria Nacional de Justiça, mensalmente, os casos de descumprimento dos prazos de carga das

(10)

informações e indicar as serventias omissas em aviso dirigido a todos os usuários do sistema, inclusive nos informes específicos solicitados por particulares e órgãos públicos.

Provimento n. 223/CGJ/2011 (Dispõe sobre a realização de atos notariais e registrais relativos à união estável)

33) Para o cumprimento no disposto contido no Provimento n. 223/2011, qual o conceito de união estável?

Considera-se como união estável aquela formada pelo homem e pela mulher, bem como a mantida por pessoas do mesmo sexo, desde que configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família.

34) Faculta-se aos conviventes, plenamente capazes, lavrarem escritura pública declaratória de união estável. É possível a representação das partes por procurador?

Sim. A procuração deve ser por escritura pública, com poderes específicos para o ato e outorgada há no máximo 90 (noventa) dias. Vencidos os 90 dias, deverá ser exigida certidão do serviço notarial onde foi passado o instrumento público do mandado, a fim de confirmar que o ato não foi revogado ou anulado.

35) Os que as partes deverão declarar na escritura pública declaratória de união estável? Devem declarar expressamente a convivência pública, contínua e duradoura, estabelecida com o objetivo de constituição de família (art. 1.723 CCB); que não incorrem nos impedimentos do artigo 1.521 do CCB, salvo quanto ao inciso VI, quando a pessoa casada se achar separada de fato, judicial ou administrativamente e que não são casadas ou que não mantêm outro relacionamento com o objetivo de constituição de família.

36) Os que as partes poderão declarar na escritura pública declaratória de união estável? Elas poderão deliberar de forma clara sobre as relações patrimoniais, nos termos do art. 1.725 do CCB, inclusive sobre a existência de bens comuns e de bens particulares de cada um dos conviventes, descrevendo-os de forma detalhada, com indicação da matrícula e registro imobiliário.

37) Discorra sobre o acesso da escritura pública declaratória de união estável no serviço de títulos e documentos e seus efeitos, levando-se em conta a publicidade e perpetuidade já promovida no tabelionato de notas?

Apesar dos efeitos no tabelionato de notas, a referida escritura poderá ser registrada no serviço de títulos e documentos do domicílio dos conviventes, nos termos do artigo 127, VII, da Lei Federal n. 6.015/73.

(11)

38) É possível o acesso da escritura pública declaratória de união estável no Registro de Imóveis?

Sim. Uma vez lavrada a escritura pública declaratória de união estável, poderão os conviventes realizar, no serviço de registro de imóveis, os seguintes atos: registro da instituição de bem de família, nos termos dos artigos 167, inciso I, item 1, da Lei Federal nº 6.015/1973; averbação, na matrícula, da escritura pública declaratória de união estável, nos termos do artigo 246, caput, da Lei de Registros Públicos.

Para tal prática, deverá ser apresentada a escritura pública declaratória de união estável, bem como o respectivo comprovante de registro no serviço do registro de títulos e documentos.

39) Se o tabelião de notas for procurado pelas partes para formalizar a união estável, através de ata notarial, qual a instrução deverá ser fornecida as partes?

O artigo 11 do Provimento n. 223/CGJ/11 veda a lavratura de ata notarial para fins de caracterização de união estável.

Provimento n. 242/CGJ/2012 (Regulamenta a Reserva Legal)

40) Após Lei n. 12.651, de 25 de maio de 2012, e com a edição do Provimento n. 242/CGJ/2012, como fica a exigência da reserva legal nos serviços notariais e de registro?

Considerando o período de transição entre a publicação da Lei Federal n. 12.651/12 e a efetiva implantação do órgão responsável pelo CAR, resta facultativa a averbação da reserva legal no Cartório de Registro de Imóveis, nos termos do art. 18, § 4º, da Lei n. 12.651/12, mostrando-se, assim, sem amparo legal qualquer exigência de prévia averbação da reserva legal como condição para todo e qualquer registro envolvendo imóveis rurais. Ficam revogados o Provimento n. 92/GACOR/2003 e o Aviso n. 30/GACOR/03.

Referências

Documentos relacionados

2º BATALHÃO DE AVIAÇÃO DO EXÉRCITO.. O COMANDANTE DO EXÉRCITO, no uso da atribuição que lhe confere o art. 4º da Lei Complementar nº 97, de 9 de junho de 1999, alterada pela

Os Campos de Férias/ATL da JFSS (adiante designada CF/ATL JFSS) dirige-se á satisfação de necessidades de lazer, à ocupação de crianças cujas férias letivas

Retomar a leitura a partir do último ponto de paragem Este sistema de DVD permite retomar a reprodução do disco a partir do ponto da última paragem (apenas possível para os últimos

Para determinar as leis de propagação de vibrações nas zonas adjacentes às linhas existentes, onde previsivelmente irá rodar a nova geração de comboios, a pedido

Garcia Bellido considera que se pode atestar a interpretatio romana da deusa do Lucus sob deno- minações como Ataecina, Proserpina, Feroniae, Dea Domina Sancta ou Salus Augusta,

e efetiva de 11,30% a.a., sendo o valor total da primeira prestação R$ 4.135,64 (quatro mil, cento e trinta e cinco reais e sessenta e quatro centavos), vencivel em 17-12-2015,

OFICIAL DO 20.. O Prof Elenor Kunz, presidente do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte, também denominado CBCE, deu início à Assembléia, fazendo parte da mesa o Presidente,

1-A escritura pública declaratória de União Estável na medida em que produz efeitos na ordem jurídica quanto ao reconhecimento e declaração da união